Portal da morte: por que as pessoas morrem quando se aproximam deste lugar?

22/02/2018 às 04:301 min de leitura

Conhecido como “Portão de Hades”, “Portal da Morte” ou "Portal do Inferno", o local sinistro que fica na província de Denizli, na Turquia, é famoso também pelas lendas que o cercam há milhares de anos.

Basicamente, dizem que ninguém pode chegar perto das ruínas desses portais, e que aqueles que não seguem a recomendação não encontrarão outro destino além da morte.

Portas do Inferno na TurquiaPortas do Inferno na Turquia (Daily Mail/Edal Anton Lefterov)

Ainda que tudo isso nos pareça questionável, a verdade é que um grupo de cientistas comprovou que, realmente, é melhor ficar longe do Portão de Hades.

Em um artigo publicado recentemente em uma revista de antropologia e arqueologia, pesquisadores revelaram que o local é perigoso justamente por estar sobre uma fissura que libera continuamente grandes quantidades de dióxido de carbono.

Mistério resolvido

As mortes são causadas, portanto, justamente pela grande concentração desse gás na região – para piorar, tanto a direção dos ventos locais quanto a luz solar acabam colaborando para que o dióxido de carbono se espalhe ainda mais e encontre novas vítimas.

Localização Portas do InfernoLocalização das Portas do Inferno (The Sun)

De acordo com a publicação, a concentração da substância é tão alta que é capaz de matar um ser humano em um período de um minuto. O local ganhou a alcunha de “Portão de Hades” justamente porque as emissões foram interpretadas como a respiração de criaturas do inferno.

“Nossas medidas confirmam a presença de CO2 geogênico em concentrações que explicam histórias antigas de touros, carneiros e aves mortos durante cerimônias religiosas”, diz a publicação.

Portas do InfernoVista aérea (The Sun)

Os cientistas explicam também que a descoberta nos ajuda a interpretar trabalhos de escritores antigos como Strabo e Plínio, que já descreveram um fenômeno místico que acontecia na região: “Dois mil anos atrás, apenas as forças sobrenaturais poderiam explicar esses fenômenos das profundezas”, concluiu.

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