Ciência
18/06/2015 às 06:04•3 min de leitura
Se hoje você tem acesso a todo tipo de informação com apenas alguns cliques, se pode ler sua revista favorita pelo celular, se morre de ansiedade na frente da TV antes do último episódio de Game of Thrones e se usa um aplicativo para pedir comida antes do tão esperado final de temporada, talvez você se assuste ao saber que, ainda que sejamos seres evoluídos, temos questões curiosas que ainda permanecem sem uma resposta. O All That is Interesting selecionou alguns dos problemas mais fascinantes ainda não resolvidos pelos homens. Confira:
Talvez você não saiba, mas existe um evento bioquímico chamado “apoptose”, que é também conhecida como “morte celular programada” ou “suicídio celular”. O fato é que, por algum motivo ainda desconhecido, células têm essa capacidade de se autodestruir de uma maneira misteriosamente pré-programada.
Essa morte de nada tem a ver com a morte celular provocada por algum tipo de doença. Na verdade, pelo menos 50 bilhões de células em um corpo humano médio morrem por causa dessa autodestruição ao longo da vida. Não se sabe, no entanto, por que essa morte ocorre.
Quando esse suicídio celular acontece em escalas ainda maiores, a pessoa pode morrer também, principalmente em decorrência de atrofiamento muscular. Por outro lado, quando as células se matam menos do que deveriam, a superpopulação celular pode ocasionar alguns tipos de câncer. Seria, então, um mecanismo natural para nos fazer viver mais?
Criada na década de 1960, a Teoria Computacional da Mente é autoexplicativa, e você pode começar a entender do que ela trata pela simples comparação de que o cérebro humano seria também um tipo de computador e a mente, o sistema operacional.
Da mesma forma que um computador funciona por meio de alguns comandos e de um sistema programado para mantê-lo ativo, o cérebro humano também tem esses receptores de informação. Assim como o cérebro, máquinas também precisam criar representações daquilo que não conseguem computar fisicamente – essa analogia é o fio da meada dessa teoria.
A questão aqui é: quando um computador apresenta alguma pane, é possível, na maioria dos casos, resolver o problema em uma assistência técnica, certo? Agora quando a mente humana apresenta algum problema como a depressão, a questão se torna extremamente delicada e particular. Não podemos reprogramar o cérebro humano. Será que essa humanização limita a comparação entre cérebro e computador?
Quem nunca teve uma dor de cabeça? A questão é que, ainda que essa experiência seja praticamente universal, nenhuma dor de cabeça é igual à outra. Ou talvez até seja, mas não costumamos conseguir expressar a questão da dor com exatidão. Isso tem a ver com o fato de que até mesmo nossa percepção de dor é subjetiva – por inúmeras razões, algumas pessoas são mais sensíveis à dor do que as outras.
Ainda que a Psicologia, a Filosofia, a Psiquiatria, a Neurociência e tantas outras áreas científicas estudem e problematizem a consciência, é extremamente complicado definir o que consciência é. Não há, nesse sentido, alguma teoria considerada absolutamente correta e coerente. E você? Será que consegue definir o lado mais abstrato da mente humana?
Voltando a falar sobre subjetividade, temos as cores. Será que o seu cérebro recebe as informações visuais da cor da mesma forma que o cérebro da pessoa que está sentada ao seu lado recebe? Já sabemos que, sim, as cores existem e dependem de frequências de luz, assim como sabemos também que pessoas com algum grau de daltonismo as enxergam de maneira diferente.
Ainda assim, talvez o amarelo que você vê seja diferente do amarelo que as outras pessoas enxergam. Imagine um grupo de pessoas reunidas olhando para o céu enquanto um piloto faz acrobacias aéreas. Todas as pessoas e o piloto devem saber que o céu que serve como plano de fundo para esse evento é azul, mas a verdade é que nunca saberemos se o azul enxergado por essa gente é o mesmo azul, com o mesmo tom. Já pensou quão bizarro é isso?
Você já ouviu falar do Paranormal Challenge? Basicamente é um desafio promovido pela James Randi Educational Fundation, que desde o início de 1964 mantém a proposta em pé: aquele que conseguir provar cientificamente que tem algum tipo de habilidade paranormal leva para casa US$ 1 milhão.
Desde então, mais de mil pessoas de todo o mundo se inscreveram no desafio e nenhuma delas levou a bolada para casa. Por outro lado, muitos paranormais famosos mundialmente já se recusaram a participar do desafio – para se inscrever, o candidato deve ter alguma referência acadêmica e um certificado de que a saúde mental está em dia.
De acordo com Randi, pouquíssimos desses mais de mil participantes disseram ter falhado por falta de habilidade. A maioria das pessoas acredita que não conseguiu realizar o que gostaria por uma questão de nervosismo.
A questão é: não são as questões sobrenaturais que estão sendo contestadas, mas a dificuldade de provar que elas de fato acontecem, menos ainda no âmbito científico. Ao que tudo indica, questões espirituais e científicas nem sempre podem andar lado a lado.
E você? Consegue se lembrar de alguma outra questão que pareça não ter solução? Conte para a gente nos comentários!