Algas marinhas podem reduzir o metano produzido pelas vacas, segundo estudo

11/12/2024 às 21:002 min de leituraAtualizado em 11/12/2024 às 21:00

A criação de gado tem sido apontada como uma das principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, com as vacas liderando o ranking, principalmente por meio de arrotos. Mas, e se a solução para esse problema estivesse em algo totalmente inesperado?

Um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, indicou que algas marinhas podem reduzir as emissões de metano e contribuir significativamente na luta contra as mudanças climáticas. A pesquisa foi publicada na revista PNAS.

O impacto das vacas no clima

As vacas emitem metano, contribuindo significativamente para o aquecimento global. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
As vacas emitem metano, contribuindo significativamente para o aquecimento global. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

As vacas não são exatamente as grandes heroínas do clima. Elas liberam metano (CH4), um gás de efeito estufa muito mais potente que o dióxido de carbono. A pecuária é responsável por cerca de 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa, e isso tem um impacto enorme no nosso planeta.

Para você ter uma ideia, 97% do metano emitido pelas vacas vem dos arrotos, e 3% vem de seus peidos (não podemos deixar de mencionar, não é?). Mas, como se resolve esse problema sem causar um colapso no setor?

É aí que entram as algas marinhas. Os pesquisadores descobriram que, quando adicionadas à dieta do gado, as algas podem reduzir consideravelmente as emissões de metano.

As vacas que consumiram pellets de algas marinhas produziram 40% menos metano do que as que não comeram as algas. O mais interessante é que, ao contrário do que muitos pensavam, esse suplemento não afetou a saúde ou o peso delas, que continuaram ganhando peso normalmente.

Como as algas marinhas funcionam?

O bromofórmio nas algas reduz o metano sem prejudicar a saúde das vacas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
O bromofórmio nas algas reduz o metano sem prejudicar a saúde das vacas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Mas o que exatamente nas algas marinhas faz com que elas sejam tão poderosas na redução do metano? A resposta está em um composto encontrado nessas plantas chamado bromofórmio, que bloqueia as enzimas responsáveis pela produção de metano no estômago das vacas.

E a boa notícia é que, além de serem eficazes, as vacas parecem gostar dessa novidade no cardápio. Durante os testes, elas comeram as algas voluntariamente, sem grandes problemas de aceitação.

Isso é importante, porque os criadores podem disponibilizar as algas para que os animais as consumam enquanto pastam, tornando a implementação dessa solução mais simples. 

Se as vacas podem ajudar a salvar o planeta com um cardápio mais verde, por que não investir nisso? É uma pequena mudança no que elas comem, mas o impacto pode ser gigantesco na luta contra as mudanças climáticas.

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