Pesquisa descobre relação entre gosto musical e traços de personalidade

03/01/2017 às 06:003 min de leitura

Você já se perguntou por que algumas pessoas gostam de pop e outras, de sertanejo? Por que tem gente que só se concentra com música clássica enquanto há quem prefira dubstep? Do samba ao funk, do forró à música gaúcha, a verdade é que há ritmos para o gosto de todos – ainda bem!

O Medical Xpress divulgou, recentemente, os resultados de duas pesquisas realizadas por um grupo de cientistas que buscavam entender a relação entre o gosto musical e a personalidade de um indivíduo, e as conclusões são muito interessantes.

Uma pessoa ouve música, em média, durante 20% do tempo em que está acordada. Algumas músicas nos fazem querer chorar, outras nos deixam com vontade de dançar, de viajar, de fazer alguma atividade física, de dormir.

Quando o assunto é música, não é apenas o gosto de cada pessoa que é diferente – algumas criaturas parecem ter música exalando pelos poros e, por isso, cantam ou tocam instrumentos musicais perfeitamente. Outras pessoas, no entanto, mal conseguem bater palmas no ritmo do “Parabéns para Você”. Por que será? Ao que tudo indica, essas diferenças têm relação com a personalidade de cada um.

De acordo com a pesquisa divulgada no portal médico, há pelo menos três perfis de personalidade: os empáticos, que têm interesse pelos pensamentos e pelas emoções das pessoas; os sistemáticos, que têm interesses em padrões, sistemas e regras de governo; e os balanceados, cujos interesses são uma mistura dos dois primeiros tipos.

Diversos testes de personalidade, que foram realizados ao longo dos últimos anos, já comprovaram que 95% das pessoas se encaixam em um desses grupos, e que eles têm grande relação com os padrões de comportamento humano.

Para descobrir a relação entre esses tipos de comportamento e o gosto musical de cada pessoa, os cientistas realizaram inúmeros estudos com mais de 4 mil participantes. Os pesquisadores avaliaram dados comportamentais de cada voluntário e depois relacionaram essas informações com as preferências musicais de cada um deles.

Depois da longa análise, os pesquisadores descobriram que pessoas de personalidade empática preferem músicas mais calmas, com letras profundas e cargas emocionais intensas. No estudo, foram relacionados às músicas “Come Away With Me”, de Norah Jones, e “Hallelujah”, cantada por Jeff Buckley.

Os sistemáticos, por outro lado, preferem músicas mais intensas, geralmente escolhendo estilos como hard rock, punk e heavy metal. Também gostam de músicas de melodias complexa, como as clássicas, e a música que foi relacionada a eles durante a pesquisa é “Etude opus 65 no 3”, de Alexander Scriabin. Pessoas balanceadas, como já era de suspeitar, têm apreço por estilos musicais diversos.

Em seguida, com a ajuda da BBC do Reino Unido, os pesquisadores avaliaram 7 mil voluntários com base em cinco dimensões de personalidades: abertura, conscienciosidade, extroversão, afabilidade e estabilidade emocional. Além disso, eles também fizeram atividades para definir se tinham habilidades musicais, por meio de testes de escolha e memorização de melodias e ritmos.

Pessoas consideradas abertas são imaginativas, têm muitos interesses e não sofrem quando precisam mudar pensamentos e também coisas práticas. Já as pessoas mais fechadas preferem a rotina e o ambiente familiar e tendem a ter valores mais convencionais. Os extrovertidos são mais falantes, assertivos e com mais habilidades para cantar.

Quando analisamos resultados novos de pesquisas científicas, geralmente achamos que as conclusões são obvias, mas é interessante que essa obviedade seja comprovada pela ciência, para que novos estudos tenham o embasamento de que precisam para serem realizados.

Os autores explicam que essas pesquisas podem ajudar, por exemplo, crianças e adultos autistas e que têm dificuldades de comunicação. Além do mais, a música, quando utilizada como terapia, pode ajudar pessoas que precisam se recuperar de traumas ou que estão passando por uma fase de luto – nesse sentido, entender melhor o que o gosto musical de um paciente significa é de grande ajuda para o terapeuta.

Já se sabe, por exemplo, que pessoas que vivenciaram traumas grandes durante a infância têm engajamentos musicais diferentes quando chegam à fase adulta. Para saber melhor sobre a música na sua vida, você pode testar a relação entre seu gosto musical e sua personalidade clicando neste link – em inglês.

Que tipo de música você mais gosta de ouvir? Comente no Fórum do Mega Curioso

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