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A escultura pode retratar uma imperatriz ou deusa, e surpreende pelo detalhe.

Trabalhando sob o solo próximo à histórica Muralha de Adriano, na Inglaterra, arqueólogos desenterraram uma cabeça esculpida de uma figura feminina, possivelmente uma imperatriz ou deusa, que teria habitado o imaginário romano há cerca de 1.800 anos. A descoberta aconteceu no sítio arqueológico de Carlisle, um antigo forte romano localizado ao lado do que é hoje o Carlisle Cricket Club.&nbsp;Dirigida pelo arqueólogo Frank Giecco, a equipe de escavação acumulou mais de 5 mil achados no local desde o início dos trabalhos em 2021, incluindo joias, moedas e agora a cabeça de uma estátua esculpida que vem intrigando estudiosos e curiosos.<h2 style="text-align:justify;">Cabeça desconhecida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31092000968014.jpg" alt="De quem será essa cabeça esculpida: uma deusa, uma rainha ou uma feiticeira? (Fonte: Anna Giecco, All That's Interesting/ Divulgação)"><figcaption>De quem será essa cabeça esculpida: uma deusa, uma rainha ou uma feiticeira? (Fonte: Anna Giecco, All That's Interesting/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Entre as especulações sobre a identidade da figura representada, uma das teorias mais populares é a de que a escultura seria um retrato de Julia Domna, uma imperatriz famosa no século III d.C. pelo seu icônico estilo de cabelo e cocares ornamentados. Julia, esposa do imperador Septímio Severo, era uma figura influente, e suas preferências de moda foram amplamente copiadas.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120269-agripina-quem-foi-a-imperatriz-assassina-do-imperio-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Agripina: quem foi a imperatriz assassina do Império Romano?</a></li></ul>O cocar esculpido nesta cabeça sugere a importância da figura retratada, reforçando a teoria de que poderia mesmo se tratar de Julia. Entretanto, outros especialistas não descartam a possibilidade de que seja a representação de uma deusa, uma prática comum na escultura romana destinada a adornar locais de culto e espaços públicos.Além da cabeça esculpida, a equipe também encontrou uma joia rara representando Silvano, o deus romano das florestas e campos. A peça é uma gema entalhada, conhecida como uma cornalina, que brilha em tons dourados. Segundo especialistas em arte romana, o trabalho artístico dessa peça é impressionante e atribuído a uma oficina de gemas em Carlisle, ativa no início do século III d.C.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/floralia-o-festival-romano-antigo-em-honra-a-deusa-da-primavera" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Florália: o festival romano antigo em honra à deusa da primavera</a></li></ul>A imagem de Silvano que aparece na joia se destaca pela sua representação incomum: ao invés de ser retratado como um caçador, o deus aparece mais como um lenhador, segurando um galho e uma foice, com um cachorro ao seu lado – uma descrição que sugere uma visão local do deus, possivelmente adaptada à região da Grã-Bretanha romana.<h2 style="text-align:justify;">Mar de tesouros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31092318420017.jpg" alt="Durante as escavações, milhares de tesouros arqueológicos foram encontrados, incluindo gemas talhadas com imagens. (Fonte: Anna Giecco, All That's Interesting/ Divulgação)"><figcaption>Durante as escavações, milhares de tesouros arqueológicos foram encontrados, incluindo gemas talhadas com imagens. (Fonte: Anna Giecco, All That's Interesting/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>A escavação em Carlisle tem sido uma fonte de descobertas que vão muito além de simples ruínas. No mesmo sítio, há indícios de uma complexa casa de banhos que servia não apenas para a higiene pessoal dos romanos, mas também como centro social e religioso. Peças de cerâmica, incluindo representações de Cupido e Vênus, foram descobertas, sugerindo o gosto dos romanos por arte e mitologia em seus espaços de convívio.&nbsp;Além disso, foi recentemente desenterrada uma amostra rara de Tyrian Purple, um pigmento outrora mais valioso que o ouro, usado apenas pela elite romana. Esse pigmento era produzido a partir de um molusco específico, e seu processo de fabricação era trabalhoso e caro, o que torna essa descoberta um dos achados mais significativos do local.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31092651670018.jpg" alt="Frank Grecco e sua equipe retirando uma das peças encontradas. (Fonte: Uncovering Roman Carlisle / Divulgação)"><figcaption>Frank Grecco e sua equipe retirando uma das peças encontradas. (Fonte: Uncovering Roman Carlisle / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Entre os achados está um anel com a imagem de um rato mordiscando uma semente de papoula, minuciosamente entalhada, revelando o talento artístico e o simbolismo romano. A papoula, associada ao sono na mitologia, sugere que o anel tinha ligação com descanso e sonhos, refletindo o lado pessoal e supersticioso da sociedade romana.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128215-rara-evidencia-de-crucificacao-romana-e-encontrada-na-gra-bretanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rara evidência de crucificação romana é encontrada na Grã-Bretanha</a></li></ul>As descobertas em Carlisle incluem uma estrutura quadrada enigmática, possivelmente parte de um mausoléu ou espaço ritual, cuja função ainda é incerta, segundo os arqueólogos. Moedas e peças de jogos também foram achadas, indicando que o forte ia além da função militar, sendo também um espaço de lazer e convivência.O sítio de Carlisle continua a revelar fragmentos da vida romana na Grã-Bretanha, refletindo as influências culturais e sociais do império. Para os arqueólogos, cada descoberta traz entusiasmo e uma chance valiosa de compreender melhor a complexidade do domínio romano na região.

De quem será essa cabeça esculpida: uma deusa, uma rainha ou uma feiticeira? (Fonte: Anna Giecco, All That's Interesting/ Divulgação)

Durante as escavações, milhares de tesouros arqueológicos foram encontrados, incluindo gemas talhadas com imagens. (Fonte: Anna Giecco, All That's Interesting/ Divulgação)

Frank Grecco e sua equipe retirando uma das peças encontradas. (Fonte: Uncovering Roman Carlisle / Divulgação)

All That's Interesting

Daily Mail

Greek City Times

Uncovering Roman Carlisle

Cabeça de estátua romana desconhecida é achada perto da Muralha de Adriano

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Descoberta revela urbanização lenta em assentamento de 4 mil anos na Arábia Saudita.

No coração do deserto da Península Arábica, uma descoberta fascinante vem levantando a atenção sobre a transição de comunidades nômades para a vida urbana há milhares de anos. Arqueólogos descobriram al-Natah, uma cidade de 4 mil anos, escondida sob o Oásis de Khaybar, no noroeste da Arábia Saudita.Este assentamento, que abrigou cerca de 500 pessoas entre 2400 a.C. e 1300 a.C., mostra que a urbanização nessa região seguiu um caminho diferente e mais lento em comparação com civilizações contemporâneas no Egito e na Mesopotâmia.<h2 style="text-align:justify;">Cidade primitiva</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06091000794008.jpg" alt="Local de Al-Natah,que fica no Oásis de Khaybar. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)"><figcaption>Local de Al-Natah, que fica no Oásis de Khaybar. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A pesquisa liderada pelo arqueólogo francês Guillaume Charloux, em parceria com colegas sauditas, revelou que al-Natah não era apenas um amontoado de casas, mas um exemplo de planejamento urbano primitivo. A cidade se estendia por 2,6 hectares e era cercada por muralhas de até cinco metros de altura, sinal de que uma autoridade local poderosa zelava pela proteção de seus habitantes.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antigas cidades de 2.500 anos são encontradas na Amazônia</a></li></ul>Essas fortificações, que totalizavam impressionantes 14,5 quilômetros, ajudavam a proteger a cidade de ataques, uma ameaça constante em um território ainda povoado por grupos nômades pastoris.O assentamento foi projetado com um distrito central administrativo e uma área residencial, conectados por vielas estreitas e sinuosas. Os vestígios de pelo menos 50 casas indicam que essas construções eram suficientemente robustas para abrigar famílias em edificações de um ou dois andares.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06091236857009.png" alt="Planta indicando as seções arqueológicas A e B. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)"><figcaption>Planta indicando as seções arqueológicas A e B. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A cerâmica encontrada sugere que a sociedade de al-Natah era relativamente igualitária; as peças, apesar de belas, tinham design simples e funcional. Além disso, a descoberta de armas de metal e pedras preciosas como a ágata em uma necrópole próxima aponta para um nível de sofisticação e organização social notáveis.A localização privilegiada do Oásis de Khaybar, uma rara porção fértil em meio à aridez do deserto, pode ter sido fundamental para o desenvolvimento dessa comunidade. Embora os arqueólogos tenham encontrado poucos vestígios de cereais, é provável que os habitantes praticassem agricultura em pequena escala, aproveitando a irrigação natural do oásis.&nbsp;Essa autossuficiência relativa, junto com as muralhas protetoras, teria dado à cidade uma segurança que outros grupos nômades da época não possuíam.<h2 style="text-align:justify;">Seguindo o próprio ritmo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06091634135010.png" alt="Mapa ilustrado mostra toda a distribuição do sítio de al-Natah. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)"><figcaption>Mapa ilustrado mostra toda a distribuição do sítio de al-Natah. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O conceito de “urbanismo lento” descrito por Charloux reforça a ideia de que o desenvolvimento de al-Natah não se deu com a rapidez observada em regiões como a Mesopotâmia e o Egito, onde cidades grandes e complexas surgiram já no quarto milênio a.C.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cidade-portuguesa-perdida-do-seculo-18-e-encontrada-na-amazonia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cidade portuguesa perdida do século 18 é encontrada na Amazônia</a></li></ul>Em vez disso, o noroeste da Arábia seguiu um ritmo diferente, no qual o assentamento urbano surgiu como uma adaptação gradual às condições locais e culturais. Essa forma de vida pode ter dado origem a redes comerciais rudimentares, com oásis fortificados servindo de entrepostos de troca e ligação entre tribos nômades e as rotas comerciais emergentes, como a futura rota do incenso.O estudo da cidade de al-Natah faz parte de uma série de investigações mais amplas sobre a Idade do Bronze na Arábia Saudita, que incluem descobertas em Tayma, outro oásis que já foi habitado por povos antigos e onde foram encontradas fortificações e estruturas similares. A preservação natural do local, graças às rochas de basalto que cobrem a região, foi crucial para que as escavações arqueológicas fossem bem-sucedidas e livres de intervenções modernas.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124175-nan-madol-a-misteriosa-cidade-perdida-no-meio-do-oceano-pacifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nan Madol: a misteriosa cidade perdida no meio do Oceano Pacífico</a></li></ul>No entanto, muitas perguntas ainda permanecem, principalmente sobre o motivo do abandono da cidade entre 1500 a.C. e 1300 a.C. Charloux admite que, por ora, não há respostas claras para essa questão, mas destaca a importância de continuar investigando.&nbsp;Enquanto isso, a redescoberta de al-Natah reforça que a Península Arábica, tantas vezes vista apenas como um deserto inóspito, tem segredos complexos e histórias de civilizações antigas ainda esperando para serem reveladas.

Local de Al-Natah, que fica no Oásis de Khaybar. (Fonte: Guilherme Charloux et al. / Divulgação)

Live Science

PLoS ONE

Phys

Archaeology News

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Vestígios da Idade do Bronze: a cidade oculta de al-Natah em Khaybar

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Não são apenas o aquecimento global e o degelo os responsáveis pelas explosões de metano, mas uma combinação única da geologia do permafrost.

Um fenômeno que tem intrigado geólogos há uma década, as crateras misteriosas do permafrost siberiano, foi explicado em um estudo recente realizado por pesquisadores das universidades de Cambridge, no Reino Unido, e Granada, na Espanha. Segundo a pesquisa, os buracos, que têm dezenas de metros de largura e profundidade, resultam de explosões mecânicas causadas por rachaduras no solo congelado.Publicado na revista Geophysical Research Letters, o estudo concluiu que o aquecimento climático global tem afetado a geologia peculiar da região.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128706-misterio-de-crateras-explosivas-na-siberia-pode-ter-sido-resolvido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mistério de crateras explosivas na Sibéria pode ter sido resolvido</a></li></ul>O grande volume de água derretida na superfície do gelo começa a descer, impulsionada pela pressão osmótica (que leva a água a se deslocar para uma região com mais sal/solutos dissolvidos) de uma região chamada criopeg. Essa água racha o solo e libera o metano contido em cristais de gelo, que explode.<h2>Osmose da água se transforma em estopim de uma explosão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31090624198009.jpg" alt="Representação gráfica da desestabilização das camadas que desencadeiam explosões. (Fonte: Fonte da imagem: Madeline Reinsel/AGU)"><figcaption>Representação gráfica da desestabilização das camadas que desencadeiam explosões. (Fonte: Fonte da imagem: Madeline Reinsel/AGU)</figcaption></figure></figure>Sem qualquer evidência de explosão causada por reações químicas, os autores afirmam que o "estopim" dessas explosões físicas é a osmose, um processo físico-químico natural que leva qualquer líquido a se mover para equalizar a concentração de substâncias dissolvidas nele.No caso da água salgada, quando há uma barreira entre a água e o sal, a pressão aumenta no lado salgado e a água flui para lá. Nessa região, a própria Península Yamal funciona como uma barreira osmótica, ou funcionava até a chegada do aquecimento global. Agora, uma de suas camadas superficiais descongela e recongela sazonalmente.&nbsp;Mas existem mais camadas: os criopegs, que são estratos de água salina descongelada com mais ou menos um metro de espessura distribuídas ao longo da tundra e incorporadas ao permafrost. Finalmente, abaixo de tudo isso, há cristais de água e metano (hidratos), que ficam estáveis devido a uma combinação de alta pressão e baixa temperatura ambiente.<h2>A explosão da cratera</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/02/02183325674007.jpg" alt="Crateras da península Yamal são formadas por uma combinação de aquecimento e osmose. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Crateras da península Yamal são formadas por uma combinação de aquecimento e osmose. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Segundo os autores, quando a camada ativa derrete, ela "mergulha" para dentro do criopeg impulsionada pela pressão osmótica. Só que, lá dentro, não tem espaço suficiente para conter toda aquela água derretida, o que aumenta a pressão interna. A consequência são rachaduras no gelo, que vão em direção à superfície.<ul><li>Leia também:<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/portal-para-o-inferno-cratera-na-siberia-continua-crescendo-16-metros-por-ano" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Portal para o Inferno? Cratera na Sibéria continua crescendo 16 metros por ano</a></li></ul>Isso causa uma inversão no gradiente de pressão, pois o solo rachado provoca uma queda abrupta na pressão na profundidade. Essa mudança rompe a estrutura cristalina dos hidratos de metano, que libera o gás. Essa liberação súbita sob pressão causa a explosão física, como uma rolha de espumante gigantesca saltando da garrafa.&nbsp;Embora seja um fenômeno raro, alerta a primeira autora do artigo, Ana Morgado, da Universidade de Cambridge, “a quantidade de metano que está sendo liberada pode ter um impacto muito grande no aquecimento global”.

Representação gráfica da desestabilização das camadas que desencadeiam explosões. (Fonte: Fonte da imagem: Madeline Reinsel/AGU)

Crateras da península Yamal são formadas por uma combinação de aquecimento e osmose. (Fonte: Getty Images)

ScienceAlert

Geophysical Research Letters

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Explosões misteriosas das crateras da Sibéria são finalmente explicadas

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Na Rota da Seda, cidades gêmeas perdidas no tempo podem um dia ter se sustentado com metalurgia e comércio. 

Nos altos picos das montanhas do Uzbequistão, arqueólogos desvendaram cidades medievais que guardam histórias milenares. Escondidas ao longo da icônica Rota da Seda, essas cidades, chamadas Tashbulak e Tugunbulak, representam um enigma da antiguidade. O que no início parecia apenas montes isolados, revelou-se uma descoberta monumental graças a um equipamento de ponta: o LiDAR (Light Detection And Ranging), que utiliza pulsos de laser para mapear o terreno com precisão.As duas cidades foram avistadas pela primeira vez em 2011, quando uma equipe de arqueólogos explorava as montanhas da Ásia Central. Segundo Farhod Maksudov, do Centro Nacional de Arqueologia do Uzbequistão, “como arqueólogos, reconhecemos essas áreas como locais antropogênicos, lugares onde as pessoas viviam”.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109882-30-curiosidades-sobre-o-uzbequistao-um-pais-cercado-por-outros-aos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">30 curiosidades sobre o Uzbequistão, um país cercado por outros “ãos”</a></li></ul>Ao escavar o solo, eles encontraram milhares de fragmentos de cerâmica, sinalizando que aquela era uma área habitada. Com base nesses dados, o arqueólogo da Universidade de Washington Michael Frachetti notou que estava diante de algo muito maior do que esperavam.<h2>Gigantes escondidos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31195759085015.jpeg" alt="Imagem mostra cerâmica medieval escavada em Tugunbulak. (Fonte: M. Frachetti/Divulgação)"><figcaption>Imagem mostra cerâmica medieval escavada em Tugunbulak. (Fonte: M. Frachetti/Divulgação)</figcaption></figure></figure>A primeira grande descoberta foi Tashbulak, uma cidade medieval a mais de 2 mil metros de altitude, onde, em 2015, Frachetti conheceu um morador da região que relatou ver cerâmicas similares no quintal de sua casa. Após investigar o local, Frachetti confirmou a presença de uma cidadela medieval sob a fazenda do morador e avistou outros montes no horizonte. “E então pensamos: ‘Este lugar é gigantesco’”, comentou o pesquisador.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cidade-portuguesa-perdida-do-seculo-18-e-encontrada-na-amazonia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cidade portuguesa perdida do século 18 é encontrada na Amazônia</a></li></ul>Batizado de Tugunbulak, esse sítio arqueológico foi mapeado com o auxílio do LiDAR, revelando uma cidade que se estendia por quase 1,2 km². "É uma descoberta impressionante", afirmou o arqueólogo Zachary Silvia, da Universidade Brown, ressaltando a importância do achado para a compreensão das redes comerciais da Rota da Seda. A descoberta sugere que áreas aparentemente remotas eram, na verdade, parte de um extenso sistema de troca cultural e comercial.Tugunbulak parece ter sido uma cidade completa, com cidadela, edifícios, pátios e muros fortificados. Para sustentar essa comunidade nas alturas, os habitantes exploravam a abundante fonte de minério de ferro nas montanhas e as densas florestas de zimbro, usadas como combustível. Escavações revelaram indícios de fornos e moedas de várias regiões, sugerindo um centro comercial vibrante que atraía caravanas da Rota da Seda.<h2>Redefinindo a Rota da Seda</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31195948359016.jpeg" alt="Imagem criada pelo LiDAR mostra relevo de Tugunbulak, uma das cidades perdidas no Uzbequistão. (Fonte: M. Frachetti/Divulgação)"><figcaption>Imagem criada pelo LiDAR mostra relevo de Tugunbulak, uma das cidades perdidas no Uzbequistão. (Fonte: M. Frachetti/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para Maksudov, esses achados são a prova de que “essas cidades montanhosas atraíram as caravanas da Rota da Seda porque tinham seus próprios produtos a oferecer”. E Sanjyot Mehendale, da Universidade da Califórnia, acrescenta que as redes comerciais da Rota da Seda eram extremamente fluidas, incluindo sociedades antes vistas como periféricas.&nbsp;<ul><li>Relacionado:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128669-4-descobertas-arqueologicas-que-mudaram-como-enxergamos-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 descobertas arqueológicas que mudaram como enxergamos a História</a></li></ul>Cidades como Tashbulak e Tugunbulak eram parte de uma rede que atravessava toda a Eurásia. Agora, Mehendale e a equipe pretendem descobrir mais sobre os habitantes dessas cidades. Quem eram? Como se organizavam? A pesquisa promete décadas de descobertas, com um tesouro arqueológico enterrado e aguardando revelação.&nbsp;Como afirma Silvia, a equipe ainda tem uma “vida inteira de trabalho pela frente”, e cada nova camada desenterrada pode lançar luz sobre a vida e os segredos guardados nas montanhas do Uzbequistão, conectando-nos diretamente ao coração da Rota da Seda.

Imagem mostra cerâmica medieval escavada em Tugunbulak. (Fonte: M. Frachetti/Divulgação)

Imagem criada pelo LiDAR mostra relevo de Tugunbulak, uma das cidades perdidas no Uzbequistão. (Fonte: M. Frachetti/Divulgação)

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Lasers revelam segredos de cidades perdidas no Uzbequistão 

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O sobrevivente, seu irmão e um sobrinho estavam a caminho de uma ilha para observar baleias quando o motor de seu bote parou no meio do mar gelado.

Recentemente, um barco de pesca russo resgatou o sobrevivente de uma viagem inacreditável. Mikhail Pichugin, de 46 anos, estava à deriva por 67 dias, nas águas geladas do Mar de Okhotsk, no extremos oriente da Rússia. Ele havia partido da região de Khabarovsk, a cerca de mil quilômetros dali, junto com o irmão Sergey, de 49 anos, e o sobrinho Ilya, de 15 anos, em uma jangada inflável.Os três navegavam em direção à ilha de Sakhalin, a maior do país, para observar baleias, explicou Pichugin em uma entrevista à imprensa, da sua cama de hospital. Ele disse que, embora a distância fosse curta, o motor da embarcação parou enquanto eles atravessavam, no dia 9 de agosto.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115808-poon-lim-o-chines-que-ficou-a-deriva-e-acabou-chegando-ao-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Poon Lim, o chinês que ficou à deriva e acabou chegando ao Brasil</a></li></ul>Assim que as famílias registraram o desaparecimento, uma grande operação de busca e resgate foi montada, com o uso de aviões e helicópteros. No entanto, os dias se passavam sem qualquer sinal dos três ocupantes do bote de borracha no mar de Okhotsk.<h2>A terrível jornada dos três ocupantes do bote de borracha</h2><iframe width="315" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/WMtIFXJYSLI" title="Man rescued after 67 days adrift at sea" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ainda não se sabe exatamente como Pichugin conseguiu sobreviver por tanto tempo, principalmente no meio do oceano gelado. Falando a repórteres, sua esposa afirmou que esse “milagre” pode estar relacionado com seu peso: ele pesava cerca de 100 quilos quando partiu para sua trágica aventura, mas registrou a metade disso no dia em que foi resgatado."Tínhamos um saco de dormir com lã de camelo, mas estava molhado e não secava", afirmou o navegante solitário à TV estatal russa. Ele disse que, para conseguir se aquecer, os três entravam debaixo da bolsa protetora e a sacudiam. Para se alimentar, tinham um estoque de macarrão e ervilhas suficiente para duas semanas apenas.&nbsp;Em setembro, conta Pichugin, o jovem Ilya morreu de hipotermia e fome, e os dois irmãos sobreviventes passaram mais três semanas juntos no barco até que, ao tentar lavar suas escaras, Sergey caiu na água gelada. Mas, mesmo resgatado por Mikhail, não resistiu e morreu logo depois.&nbsp;<h2>O resgate do último sobrevivente</h2><blockquote class="twitter-tweet">Russian man rescued after 67 days adrift at sea describes how he battled to survive <a href="https://t.co/WfdCxIYMen">https://t.co/WfdCxIYMen</a>— Guardian US (@GuardianUS) <a href="https://twitter.com/GuardianUS/status/1846588466231980512?ref_src=twsrc%5Etfw">October 16, 2024</a></blockquote>Em uma tentativa desesperada para chamar a atenção de qualquer embarcação ou aeronave que passasse por perto, Mikhail Pichugin decidiu amarrar os corpos do irmão e do sobrinho ao barco, e pendurou suas jaquetas nas laterais.&nbsp;Depois de resgatado milagrosamente, à noite, pelo barco pesqueiro "Anjo", Pichugin chegou ao hospital muito fraco, em estado de choque e provavelmente com hipotermia. Com uma condição mais estável, ele falou à imprensa que sobreviveu "com a ajuda de Deus". E concluiu: "Eu simplesmente não tinha outra escolha. Tinha minha mãe e minha filha em casa".<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/89237-naufrago-que-sobreviveu-a-mais-tempo-no-mar-e-processado-por-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O náufrago que sobreviveu 14 meses no mar e foi processado por canibalismo</a></li></ul>No entanto, mesmo tendo passado por todos esses apertos e sofrimentos, o cidadão corre o risco de ser punido pelas rigorosas leis de segurança marítima da Rússia, podendo pegar até sete anos de cadeia.

Oddity Central

Folha de Pernambuco

Russo sobrevive 67 dias no mar gelado em um bote inflável

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Surto de dança, risos e até avistamento de OVNIs. Conheça histórias fascinantes que mostram do que nosso cérebro é capaz de aprontar. 

Ao longo da história temos registros de eventos de histeria em massa que desafiam a lógica e mostram como o comportamento humano pode ser profundamente influenciado pelo ambiente social e psicológico. Esses episódios, onde grupos inteiros de pessoas experienciam sintomas físicos ou emocionais sem explicação médica, parecem uma mistura de pânico, crenças e efeitos psicológicos compartilhados.Veja agora seis histórias curiosas sobre histeria coletiva que atravessam séculos, continentes e diferentes contextos culturais. Cada uma revela a forma como o medo e as crenças de uma época podem gerar fenômenos bizarros e inexplicáveis.<h2 style="text-align:justify;">1. As bruxas de Salem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214248995003.jpg" alt="Bruxas de Salem: histeria coletiva ou intoxicação? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Bruxas de Salém: histeria coletiva ou intoxicação? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os julgamentos de bruxas em Salém, Massachusetts, são um dos casos mais famosos de histeria em massa. Em 1692, quando jovens da vila começaram a ter ataques e convulsões, rapidamente espalhou-se a crença de que a culpa era de bruxas. Sob pressão, as meninas acusaram várias mulheres da comunidade, desencadeando uma série de julgamentos e execuções.&nbsp;A paranoia coletiva foi alimentada pelo medo das guerras com tribos nativas e pelas tensões religiosas da época. Acredita-se que as meninas, ao lidar com esses medos intensos, tenham manifestado sintomas psicossomáticos que acabaram criando um ciclo de acusações e pânico.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A história da última 'bruxa' de Salém que foi perdoada</a></li></ul>A ideia de que a histeria coletiva influenciou o julgamento permanece como uma explicação plausível, já que quase ninguém escapava da suspeita. Décadas depois, estudos modernos tentaram explicar o ocorrido como um possível caso de envenenamento por fungos alucinógenos, mas a hipótese mais aceita continua sendo a histeria coletiva gerada pelo contexto opressor da época.<h2 style="text-align:justify;">2. Epidemia de Riso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214445461004.jpg" alt="Até quando rir é um bom remédio? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Até quando rir é um bom remédio? (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em janeiro de 1962, algo inesperado aconteceu em uma escola em Kashasha, Tanzânia. Três meninas começaram a rir descontroladamente e, em pouco tempo, muitas colegas também se viram incapazes de conter o riso.&nbsp;A situação logo escapou do controle e se espalhou pela região, com quase 1.000 pessoas — principalmente crianças — manifestando ataques de riso. O episódio, que forçou o fechamento de várias escolas, durou cerca de 18 meses. Na tentativa de explicar esse fenômeno, estudiosos sugerem que o “contágio do riso” foi uma forma de alívio para o estresse vivido por jovens em um país recém-independente, enfrentando tensões políticas e sociais.&nbsp;Ainda hoje, o episódio é um dos casos mais emblemáticos de histeria coletiva, mostrando o poder do ambiente e das emoções em provocar respostas físicas incomuns.<h2 style="text-align:justify;">3. A dança da morte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214537077005.jpg" alt="Imagina só morrer de tanto dançar? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Imagina só morrer de tanto dançar? (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Imagine uma praça na França, em 1518, onde, de repente, uma mulher chamada Frau Troffea começa a dançar descontroladamente. Em questão de dias, ela não está mais sozinha; dezenas e depois centenas de pessoas juntam-se a ela nessa dança desenfreada.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/37340-conheca-a-bizarra-historia-do-surto-que-fazia-as-pessoas-dancar-ate-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça a bizarra história do surto que fazia as pessoas dançar até a morte</a></li></ul>Esse fenômeno — conhecido como “Praga Dançante” — durou cerca de dois meses, deixando médicos e autoridades perplexos. Com tantas pessoas dançando até desmaiarem, a cidade tentou várias abordagens para conter a epidemia, incluindo a construção de salões de dança e o incentivo à música para "liberar" os afetados. Nada parecia funcionar, e cerca de 400 pessoas morreram de exaustão ou de problemas cardíacos.&nbsp;As possíveis explicações variam de possessão demoníaca a envenenamento por fungo, mas, atualmente, a hipótese mais aceita é que foi um caso extremo de histeria coletiva, influenciado pelas duras condições de vida na época.<h2 style="text-align:justify;">4. O Fenômeno da Escola Ariel</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214621952006.jpg" alt="Sempre há um fascínio popular quando o assunto é OVNI. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Sempre há um fascínio popular quando o assunto é OVNI. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em Ruwa, Zimbábue, uma escola se tornou palco de um evento peculiar em 1994, quando 62 alunos relataram ver um OVNI pousando perto do pátio. As crianças descreveram figuras humanoides saindo da nave, em um evento que durou cerca de 15 minutos.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/sera-sinais-alienigenas-podem-estar-prestes-a-serem-revelados-para-o-grande-publico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Será? Sinais alienígenas podem estar prestes a serem revelados para o grande público</a></li></ul>Inicialmente, os adultos receberam as alegações com ceticismo, mas a seriedade das crianças ao relatar suas experiências levou os professores a considerar a possibilidade de que elas tivessem realmente visto algo. Uma equipe de ufólogos e até um professor de Harvard investigaram, coletando desenhos e testemunhos.&nbsp;Embora houvesse teorias de que o país estava em uma “febre de OVNIs”, os especialistas acreditam que o evento foi um caso clássico de histeria em massa. A visão de um foguete que caiu na região dias antes pode ter ajudado a alimentar as crenças das crianças, gerando um cenário no qual a imaginação e o medo coletivo tomaram conta.<h2>5. O Pânico Satânico, anos 1980 e 1990</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30215142783007.jpg" alt="Nada como o medo do Diabo para deixar as pessoas pânico. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nada como o medo do Diabo para deixar as pessoas pânico. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nas décadas de 1980 e 1990, uma onda de pânico tomou conta dos Estados Unidos e de outros países, após relatos de supostos “abusos rituais satânicos” envolvendo crianças. Esse fenômeno começou com a publicação de Michelle Remembers, livro que afirmava expor rituais horríveis de um culto satânico. De repente, a mídia estava repleta de histórias sobre abusos ritualísticos, e escolas e creches foram alvos de investigações.&nbsp;No entanto, muitas das acusações acabaram sendo baseadas em “memórias recuperadas” que, mais tarde, foram desacreditadas. Os julgamentos no caso da McMartin Preschool, na Califórnia, se destacam: dezenas de crianças foram interrogadas de forma questionável, o que levou a acusações sem fundamento.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117394-5-vezes-em-que-satanistas-fizeram-coisas-boas-para-a-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 vezes em que satanistas fizeram coisas boas para a sociedade</a></li></ul>Apesar de nenhuma evidência concreta de cultos satânicos ter sido encontrada, mais de 12.000 alegações de abuso ritual foram feitas durante o período. Até hoje, o “Pânico Satânico” é um exemplo de como o medo pode se espalhar e levar pessoas a acreditar no impossível.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">6. O grande pânico dos palhaços</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30215246898009.jpg" alt="Muita gente tem medo de palhaço, mesmo que sua intenção seja fazer rir. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muita gente tem medo de palhaço, mesmo que sua intenção seja fazer rir. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2016, uma onda de pânico social dominou os Estados Unidos e outros países, causada por rumores de palhaços aterrorizantes em locais públicos. Tudo começou com uma página na internet que trazia imagens de Gags, um palhaço que andava de sorrateiramente pelas ruas de Green Bay, no Wisconsin. Daí em diante, foi um caos.&nbsp;A “Great Clown Panic” (Grande Pânico do Palhaço) começou com relatos de pessoas avistando palhaços agindo de maneira suspeita e ameaçadora. Apesar de poucos incidentes reais terem envolvido violência, o medo se espalhou rapidamente pelas redes sociais e pela mídia.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127930-novo-estudo-tenta-explicar-a-coulrofobia-o-medo-irracional-de-palhacos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo estudo tenta explicar a coulrofobia, o medo irracional de palhaços</a></li></ul>A imagem de palhaços já era ambígua — amada por uns, assustadora para outros — mas sua aparição em locais fora do esperado, como estacionamentos e florestas, intensificou o medo. Histórias e imagens de palhaços sinistros circulavam pela internet, amplificando o pânico e aumentando as chamadas à polícia. Psicólogos explicam que isso é típico de pânicos morais, quando temores subjacentes na sociedade são projetados em uma figura ou evento específico.&nbsp;Ah... e o tal palhaço Gags?! Era só uma propaganda publicitária.&nbsp;

Bruxas de Salém: histeria coletiva ou intoxicação? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)

All Thats Interesting

IFLScience

The Guardian

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6 histórias impressionantes de histeria coletiva

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Conheça as histórias épicas de gladiadores que entraram nas perigosas e cruéis arenas e viraram lendas.

A imagem dos gladiadores romanos é poderosa e repleta de contrastes. Eles eram ícones do espetáculo, figuras de força, coragem e sangue, destinados a entreter as massas com batalhas épicas. Muitos caíram sem deixar rastro, mas alguns conquistaram a fama, registrando seus nomes na história. Vamos conhecer seis gladiadores que se destacaram no império romano, deixando legados que ultrapassaram as areias da arena.<h2 style="text-align:justify;">1. Espártaco: o rebelde que inspirou uma revolta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03202022478002.jpg" alt="Spartacus morreu mas sua bravura entrou para história. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Spartacus morreu, mas sua bravura entrou para história. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Espártaco (Spartacus) é, sem dúvidas, o mais famoso entre os gladiadores. Originário da Trácia e ex-soldado do exército romano, ele acabou capturado e vendido como escravo. Mas Espártaco não se contentou com esse destino: ele liderou uma das maiores rebeliões de escravos da história, a Guerra dos Gladiadores (73-71 a.C.).Com um grupo inicial de 70 companheiros, Espártaco escapou de uma escola de treinamento de gladiadores em Cápua, refugiando-se no Monte Vesúvio. A rebelião cresceu rapidamente, chegando a 90 mil seguidores, e colocou Roma em alerta. A revolta não tinha a intenção de transformar a sociedade, mas a resistência de Spartacus fez com que seu nome fosse lembrado como um símbolo de luta e liberdade, inspirando revolucionários ao longo dos séculos.<h2 style="text-align:justify;">2. Marco Atílio: o gladiador voluntário</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03202407098003.jpg" alt="Enquanto os gladiadores escravos obrigados a lutar, alguns, como Marco Atílio, resolviam entrar na arena por conta própria. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Enquanto os gladiadores escravos obrigados a lutar, alguns, como Marco Atílio, resolviam entrar na arena por conta própria. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Marco Atílio era um cidadão romano que decidiu tornar-se gladiador voluntariamente, provavelmente para pagar dívidas. Em sua estreia, ele foi colocado contra Hilário (Hilarus), um gladiador veterano e campeão pessoal do imperador Nero. Apesar de ser um novato, Atílio derrotou Hilário, surpreendendo a plateia e conquistando a admiração do público romano.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/gladiadores-x-coisas-que-hollywood-nos-ensinou-errado-sobre-eles" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gladiadores: 3 coisas que Hollywood nos ensinou errado sobre eles</a></li></ul>A habilidade de Marco chamou tanto a atenção que seu nome foi registrado nos muros de Pompeia, preservado pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. Sua história revela um lado menos comum da vida de gladiador: nem todos eram forçados a lutar, alguns viam na arena uma oportunidade de conquistar honra e redenção.<h2 style="text-align:justify;">3. Espículo: o favorito do imperador Nero</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03202605789004.jpg" alt="Nero gostava tanto de Espículo que pediu para que fosse o algoz do imperador. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nero gostava tanto de Espículo que pediu para que fosse o algoz do imperador. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Enquanto Espártaco se rebelou contra o sistema, Espículo (Spiculus) soube aproveitá-lo a seu favor. Treinado em Cápua, como muitos gladiadores, ele chamou a atenção de ninguém menos que o imperador Nero. Em sua primeira luta, Espículo derrotou um veterano, ganhando o interesse e, mais tarde, a amizade de Nero.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121723-6-curiosidades-desconhecidas-sobre-os-gladiadores-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 curiosidades desconhecidas sobre os gladiadores romanos</a></li></ul>Essa amizade lhe trouxe prestígio e presentes valiosos. Mas, em 68 d.C., Nero foi condenado à morte, e ele chamou por Espículo para ajudá-lo a evitar uma execução pública. O gladiador, no entanto, não atendeu ao chamado, e Nero acabou cometendo suicídio. Embora tenha se distanciado do imperador, Espículo também não teve um final feliz. Ele foi alvo da hostilidade popular após a queda de Nero e acabou morrendo de forma trágica — sendo esmagado por estátuas de Nero.<h2 style="text-align:justify;">4. Carpóforo: o mestre das feras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03202709642005.jpg" alt="chegou a matar 20 animais perigosos numa única batalha. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Carpófaro chegou a matar 20 animais perigosos numa única batalha. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Enquanto muitos gladiadores lutavam contra outros homens, Carpóforo se especializou em combates contra animais selvagens. Ele enfrentava leões, ursos, leopardos e até rinocerontes em eventos conhecidos como venationes&nbsp;(veações ou bestiários). Em um dos espetáculos mais memoráveis, ele matou 20 feras diferentes em uma única batalha, demonstrando uma habilidade impressionante.Sua carreira era ainda mais arriscada do que a de outros gladiadores, pois lutar contra animais exigia um talento especial e pouca margem para erros. Carpóforo tornou-se uma lenda não apenas por sua coragem, mas também pela destreza que exibia ao enfrentar feras que, normalmente, matariam qualquer um.<h2 style="text-align:justify;">5. Flamma: o escravo que não queria liberdade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03203014900006.jpg" alt="Flamma significa "><figcaption>Flamma (chama), um bom nome para um gladiador que esquentava as arenas romanas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Flamma, cujo nome de batalha significa "chama", foi outro gladiador memorável. Antes de sua vida na arena, ele era um soldado sírio capturado e enviado para a morte certa. Mas o destino tinha outros planos, e Flamma sobreviveu, impressionando a plateia romana com suas habilidades. Ele lutou principalmente na Sicília e sua popularidade o levou a lutar 34 vezes, vencendo 21 dessas batalhas.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119901-fluidos-corporais-dos-gladiadores-ja-foram-usados-como-cosmetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fluidos corporais dos gladiadores já foram usados como cosmético</a></li></ul>Flamma recebeu o rudis, uma espada de madeira que simbolizava a liberdade, em quatro ocasiões diferentes, mas recusou todas as vezes, escolhendo permanecer na arena. Ele se tornou um ídolo dos romanos e morreu aos 30 anos, uma idade considerável para um gladiador. Sua lápide foi encomendada por um companheiro de armas, o que mostra o respeito que ele conquistou dentro e fora da arena.<h2 style="text-align:justify;">6. Cômodo: o imperador gladiador</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03203402117008.jpg" alt="Cômodo era, de fato, um lutador que vivia de lutas cômodas e nada corajosas. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>Cômodo era, de fato, um lutador que vivia de lutas cômodas e nada corajosas. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Cômodo era mais do que um gladiador famoso — ele foi o próprio imperador de Roma, governando de 180 d.C. até seu assassinato em 192 d.C. Filho do respeitado imperador Marco Aurélio, Cômodo demonstrava uma fascinação incomum pela vida de gladiador. Ele afirmava ter vencido cerca de 12 mil lutas, mas, claro, ninguém ousaria enfrentá-lo de verdade.Além de lutar na arena, ele também realizava venationes, matando feras selvagens a partir de uma posição segura. Ele dedicava tanto tempo às lutas que chegou a esvaziar o tesouro romano. Sua arrogância e desprezo pelos deveres imperiais irritaram os cidadãos e senadores romanos, e Cômodo foi morto em sua banheira por Narciso, um de seus lutadores.Ao longo de suas vidas, esses gladiadores viveram o contraste entre a brutalidade e a glória. Seus nomes resistiram ao tempo, e suas histórias mostram a complexidade de um mundo onde a arena romana era palco para tanto horror quanto para a ascensão de verdadeiros ícones.

Spartacus morreu, mas sua bravura entrou para história. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)

Cômodo era, de fato, um lutador que vivia de lutas cômodas e nada corajosas. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)

Britannica

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6 gladiadores romanos que viraram lendas com sangue, coragem e glória

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Se você acha que o calor no Brasil é insuportável, aguarde até conhecer esses lugares!

O planeta Terra nos surpreende com seus extremos, e quando se trata de calor, existem lugares que levam essa experiência a um novo nível. Desde vastos desertos áridos até regiões montanhosas, algumas cidades e paisagens desafiam todos os limites do que consideramos "quente".Prepare-se para se surpreender com os cinco lugares mais quentes do planeta!<h2>5. Mitribah, Kuwait</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04180815451322.jpg" alt="Posto de medição meteorológica de Mitribah. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Posto de medição meteorológica de Mitribah. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mitribah, no Kuwait, é um lugar que não decepciona quando se trata de calor. Em 2016, o posto de medição meteorológica local registrou a impressionante marca de 54 °C.Situada perto da costa do Golfo Pérsico, a cidade experimenta verões escaldantes e secos, com temperaturas frequentemente excedendo 45 graus. A vida em Mitribah é marcada pelo calor, mas a cidade está crescendo, e já existem várias infraestruturas modernas surgindo em meio ao ambiente desértico.<h2>4. Kebili, Tunísia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04181215127327.jpg" alt="Kebili. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Kebili. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Vamos fazer uma pausa em Kebili, na Tunísia, onde 55 °C foram registrados em 1931. Localizada no sul da Tunísia, essa cidade desértica tem um clima quente que combina perfeitamente com sua famosa produção de tâmaras.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122322-os-beneficios-de-comer-3-tamaras-por-dia-durante-uma-semana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os benefícios de comer 3 tâmaras por dia durante uma semana</a></li></ul>A vida floresce em meio ao calor extremo de Kebili, e os moradores adaptaram seus horários para evitarem o calor do meio-dia. Além de ser um local com temperaturas extremas, a cidade também é uma janela para a rica cultura e as tradições do norte da África.<h2>3. Vale da Morte, EUA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04181321030329.jpg" alt="Vale da Morte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Vale da Morte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Ah, o Vale da Morte! Um nome que diz tudo. Esse lugar na Califórnia é famoso por seu calor extremo e detém a marca de 56,7 °C, registrada em 1913. E, acredite, a temperatura aqui é como um forno: frequentemente, no verão, passa dos 48 graus.Localizado 86 metros abaixo do nível do mar, o Vale da Morte é um ambiente árido e seco. Mas, apesar das condições difíceis, mais de 1 mil espécies de plantas se adaptaram a esse deserto, transformando-o em um ecossistema único.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116298-vale-da-morte-recebe-turistas-em-busca-de-calor-extremo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vale da Morte recebe turistas em busca de calor extremo</a></li></ul><h2>2. Deserto de Lut, Irã</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04181417302331.jpg" alt="Deserto de Lut. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Deserto de Lut. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agora, vamos ao Deserto de Lut, no Irã, que tem um título especial por registrar temperaturas de superfície de até 70 °C. Essa paisagem árida é um espetáculo de beleza, com dunas e planaltos de sal que parecem de outro mundo.O calor intenso é devido à falta de vegetação e ao reflexo do calor nas superfícies áridas. Mas, surpreendentemente, algumas espécies de plantas e animais conseguiram encontrar seu lugar nesse ambiente inóspito, provando que a vida é resiliente mesmo nos ambientes mais escaldantes.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125515-deserto-de-lut-o-lugar-mais-quente-do-planeta-pode-chegar-aos-70-c.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deserto de Lut: o lugar mais quente do planeta pode chegar aos 70 °C</a></li></ul><h2>1. Montanhas Huoyan, China</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04181735830335.jpg" alt="Montanhas Huoyan. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Montanhas Huoyan. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Chegamos às Montanhas Huoyan, ou “Montanhas Flamejantes”, na China. Lá, as temperaturas de superfície podem chegar a impressionantes 80 °C! Esse lugar não é apenas quente; é também cercado de mitos e lendas sobre dragões e espíritos.As condições climáticas extremas com a geologia única da região criam um cenário impressionante que atrai tanto turistas quanto cientistas curiosos. Quem diria que o calor poderia ser tão fascinante, não é mesmo?

Posto de medição meteorológica de Mitribah. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Kebili. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

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Conheça os 5 locais que registraram as temperaturas mais altas do mundo

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Especialistas sugerem que gostar de sentir medo pode trazer efeitos positivos ao organismo.

Muitos de nós simplesmente AMAMOS sentir medo. Claro, aqui estamos falando de um medo controlado, como quando entramos em alguma casa mal-assombrada no parque de diversão ou nos deliciamos assistindo a filmes de horror.Para algumas pessoas, parece inconcebível imaginar que há quem goste de passar por essa sensação por escolha própria. Mas a psicologia pode explicar o que impulsiona esse fascínio pelo medo.<h2>Sentir medo pode ser bom?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30192136182173.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A experiência controlada do medo pode trazer benefícios ao nosso organismo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Especialistas dizem que a experiência do medo controlado pode até trazer benefícios aos humanos, uma vez que oferece a sensação de uma euforia fisiológica sem que haja um risco real.O medo traz efeitos físicos no organismo. A adrenalina aumenta, assim como a frequência cardíaca e a pressão arterial, e a reação de fuga é ativada. Todo esse mecanismo é positivo, já que é o que vai nos proteger se estivermos diante de uma ameaça de verdade.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127820-6-demonios-femininos-com-historias-famosas-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 demônios femininos com histórias famosas pelo mundo</a></li></ul>De acordo com a psicologia, quando experimentamos o medo controlado, somos capazes de desfrutar de uma sensação energizada, semelhante à euforia que acomete um corredor, sem ter que enfrentar riscos. Depois que a sensação de medo passa, o corpo libera o neurotransmissor dopamina, que proporciona sensações de prazer e alívio.Um estudo verificou que um efeito semelhante ocorre nas pessoas que visitavam casas mal-assombradas. Elas exibem menos atividade cerebral em resposta a estímulos e menos ansiedade pós-exposição. Esta descoberta fez que pesquisadores sugerissem que expor-se a filmes de terror ou videogames assustadores pode nos ajudar a relaxar.&nbsp;<h2>O medo pode ajudar a formar laços</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30192108941171.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Jogar videogames que dão medo pode ajudar a nos acalmar em situações difíceis. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um dos impulsos naturais dos seres humanos é o desejo de pertencer a um grupo social. Curiosamente, passar por experiências de medo em conjunto ajuda a fortalecer os laços entre os indivíduos. Um exemplo disso é a experiência dos veteranos de guerra ou de sobreviventes de acidentes naturais.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127644-por-que-os-fantasmas-gritam-boo-para-assustar-alguem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por que os fantasmas gritam 'boo' para assustar alguém?</a></li></ul>A psicóloga Sarah Kollat, que também é professora na Universidade Penn State, afirma que as experiências de medo controlado causam o mesmo efeito de fortalecimento de vínculos, mesmo que a experiência seja artificial. Isso porque a exposição ao estresse desencadeia não apenas a resposta de luta ou fuga, mas em muitas situações também inicia o que os psicólogos chamam de "busca de apoio" (uma tradução para o conceito de tend-and-befriend).Essa sensação pode reforçar as conexões sociais ao fazer que o corpo libere oxitocina, o chamado "hormônio do amor". As situações estressantes vividas em conjunto podem aumentar a liberação desse hormônio para podermos iniciar estratégias de enfrentamento social.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127508-5-locacoes-de-filmes-de-terror-que-voce-pode-visitar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 locações de filmes de terror que você pode visitar</a></li></ul>Esse efeito é tão forte que alguns pesquisadores do Laboratório de Medo Recreativo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, constataram que as pessoas que consumiam regularmente mídia de terror, como filmes, eram mais psicologicamente resilientes durante a pandemia de COVID-19 em relação às que não faziam isso.Por isso, na próxima vez que alguém estranhar o seu gosto por filmes de horror, avise que você está simplesmente treinando seu organismo para enfrentar situações difíceis e fortalecendo os seus laços com seus amigos. Vai funcionar!<img src="https://counter.theconversation.com/content/240292/count.gif?distributor=republish-lightbox-basic" alt="A conversa" width="1" height="1">

A experiência controlada do medo pode trazer benefícios ao nosso organismo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Science Alert

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Por que as pessoas adoram sentir medo?

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O luto não é apenas uma experiência humana. Os animais também passam por ele.

A morte é a única certeza que temos. Todos os seres que estão vivos encararão, inevitavelmente, o fim de sua trajetória por aqui. Por mais que essa seja uma experiência natural, nem sempre é fácil passar por ela – especialmente para os que ficam, e sofrem pela perda de seus amados.Os humanos desenvolveram suas estratégias para enfrentar esse fato da vida. Mas o resto do reino animal também procura as suas maneiras para lidar com a morte.<h2>Como os animais lidam com a morte?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04094635318027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os macacos costumam carregar seus filhotes mortos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Dependendo da espécie e das circunstâncias, os animais vão reagir de formas diferentes à morte. “Há uma grande variedade de respostas animais a um companheiro ou membro do grupo morto”, afirma a antropóloga Barbara J. King, que é autora do livro How Animals Grieve.Essas demonstrações emocionais podem variar muito, indo da visível tristeza a respostas mais pragmáticas. Esse é o objeto de estudo da tanatologia evolucionária ou comparativa, que investiga cientificamente a morte e o morrer em animais não humanos.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118673-quais-sao-as-fases-do-luto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as fases do luto?</a></li></ul>Ainda há muito o que se descobrir, mas também há muitos pesquisadores dedicados a esse tema. É o caso da professora de antropologia Alecia Carter, da University College London, que passou anos estudando babuínos e testemunhou muitas vezes mães da espécie carregando os cadáveres de seus filhotes falecidos.&nbsp;Inicialmente, ela estranhou quando viu outros babuínos carregando filhotes mortos que não eram de sua família. Ao observar mais de perto, ela descobriu que esse comportamento de “carregar cadáveres infantis” é muito comum entre os primatas. “Há apenas alguns grupos de espécies onde isso não foi relatado acontecendo”, afirmou Carter.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99735-os-animais-sentem-a-morte-de-seus-entes-queridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os animais sentem a morte de seus entes queridos?</a></li></ul>Ela também constatou que o transporte de cadáveres é mais prevalente em grandes símios e primatas maiores, e mais comum quando os animais perdem seus filhotes por mortes não violentas (como por doenças).O transporte de cadáveres de bebês também foi documentado em elefantes e até mesmo cetáceos, como foi observado no caso de uma mãe orca que apoiou e segurou seu filhote morto por 17 dias.<h2>Por que os animais cuidam de seus mortos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04092758539015.jpg" alt="(Font: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os elefantes preparam "funerais" para os seus mortos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Ainda não se sabe exatamente por que os animais carregam os seus mortos, mas há várias teorias. Uma delas cogita que os pais dos animais não têm certeza que seus filhotes estão mortos. King e Carter, no entanto, dizem que isso é improvável, pois afirmam que as mães parecem "tratar o cadáver de forma muito diferente" de um bebê vivo.Carter defende a ideia de que carregar seus filhos mortos é um ato que deriva diretamente da força dos laços entre mães e bebês. Ela afirma que levar os cadáveres constitui uma grande mudança comportamental e, portanto, não é uma decisão aleatória. "A tristeza não é apenas uma coisa humana — nem alegria, tristeza ou medo. Nós, humanos, estamos cercados por outras espécies que pensam e sentem", completa King.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/gatos-sofrem-pela-morte-de-outros-animais-de-estimacao-segundo-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gatos sofrem pela morte de outros animais de estimação, segundo estudo</a></li></ul>Mas carregar um cadáver não é a única demonstração de cuidados com os mortos. Há animais que foram observados enquanto ficavam perto de seus familiares falecidos, fazendo uma vigília que provavelmente se relacionava a um esforço de proteger o corpo de presas.Já os elefantes são conhecidos por seus "funerais" realizados para seus parentes falecidos, praticando rituais específicos, além de seguir visitando o cadáver por um longo período. Houve até registros de elefantes que enterraram seus mortos, embora isso não seja uma prática comum.Mas outros animais têm reações muito pragmáticas. É o caso das formigas, dos cupins e das abelhas, que entram em ação muito rapidamente quando estão diante dos mortos. Na maioria dos casos, os membros de uma colmeia ou ninho separam o cadáver da colônia, movendo-o para outro lugar, enterrando-o e até o comendo. Os cientistas acreditam que essa prática tem a ver com questões sanitárias, pois assim eles protegeriam o resto do grupo de doenças.São muitas as formas de encarar a morte – certamente, mais plurais do que as usadas por nós, seres humanos. O que não se pode dizer é que os animais passam imunes ao falecimento dos seus entes queridos.&nbsp;

Os macacos costumam carregar seus filhotes mortos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Popsci

Como os animais reagem à morte?

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