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06/10/2011 às 14:54•2 min de leitura
Os pesquisadores da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, estão engajados em uma causa que vai melhorar a vida de muitas mulheres ao redor do mundo. Eles estão desenvolvendo estudos inéditos com o objetivo de criar o sutiã perfeito. Incrível, não é?!
O grupo já vem fazendo análises com diferentes voluntárias para criar um banco de dados que abranja tudo o que é preciso saber sobre os seios. Segundo eles, essas informações são uma ótima fonte para vários campos como a medicina, o esporte e até a indústria da moda.
A importância da sustentação
Uma das reclamações mais frequentes entre as mulheres são as dores comuns após a prática de esportes ou qualquer outro tipo de exercício físico causadas pelo uso de um sutiã que não proporciona a sustentação adequada.
Preocupada com essa questão, a equipe está investigando quais são as consequência da falta de sustentação adequada no dia a dia das mulheres. Com o avanço dos estudos, pode-se inclusive chegar a um modelo que permita que as atletas melhorem seu desempenho em treinos, provas e competições.
A questão do movimento
Os pesquisadores do Departamento de Ciência e Esportes da Universidade de Portsmouth, sob coordenação da especialista Joanna Scurr, estão desenvolvendo uma série de testes que envolvem centenas de mulheres com diferentes tamanhos de seios. Os experimentos simulam diversos tipos de atividades, desde jogar tênis até lavar louça, por exemplo, para sondar os movimentos do corpo.
As medições foram feitas com tecnologias avançadas que capturam e medem o movimento dos seios. Aparelhos especiais ainda foram usados para avaliar os efeitos de diversos modelos de sutiã de acordo com a atividade muscular e os movimentos produzidos durante cada tipo de atividade.
Os testes mostram que os seios produzem um movimento máximo de 21 cm durante um exercício físico. Em geral, ao caminharmos, os seios se movem de três maneiras distintas – para dentro e para fora, para cima e para baixo e de um lado para o outro, sempre em quantidade iguais que equivalem a 33%. Mas ao corrermos a situação muda consideravelmente e os valores passam a ser 27% de dentro para fora, 51% de cima para baixo e 22% de um lado para o outro – o que faz com que o movimento apresente como padrão o desenho de um 8. Os movimentos são ainda mais acentuados em seios maiores.
No entanto, ao analisar os efeitos de um sutiã esportivo, os pesquisadores notaram que a redução dos movimentos ocorre de maneira semelhante tanto em seios pequenos quanto grandes. Eles ressaltam a importância dessa redução, pois, caso isso não aconteça, as mulheres correm o risco de romper os ligamentos de sustentação das mamas e essa é uma perda irreparável.
Os pesquisadores utilizam tecnologia avançada para medir os movimentos. Fonte: Divulgação
A fórmula secreta
A equipe da Universidade de Portsmouth ainda tem muito trabalho pela frente, mas já é possível notar alguns reflexos desses estudos na indústria. Recentemente, o número de empresas que procuram o auxílio da ciência para desenvolver seus produtos vem crescendo gradualmente.
Os pesquisadores ainda atentam para o modo como estamos acostumados a encarar um sutiã. As empresas de lingerie costumam apenas adaptar os modelos já existentes no mercado de acordo com a necessidade. Porém, o grupo de estudantes pretende estabelecer novos padrões para que os fabricantes possam partir do zero e criar um produto que atenda às necessidades reais das mulheres.
A maior parte dos sutiãs disponíveis hoje no mercado procura reduzir os movimentos dos seios para cima e para baixo. No entanto, a equipe britânica deseja construir um modelo que dê conta dos movimentos nas três direções.
Enquanto o sutiã perfeito não é criado, ficam as dicas de Joanna Scurr e seu grupo: procure usar sutiãs que se encaixem da melhor maneira ao corpo e sustentem os seios adequadamente. Sempre que preciso, invista em peças ajustáveis, de alças largas e acolchoadas que proporcionam suporte e conforto.