Como são feitos o vinho e a cerveja sem álcool?

09/04/2013 às 08:012 min de leitura

Embora um apreciador típico normalmente considere uma heresia remover o álcool do seu vinho ou da sua cerveja favorita, há certamente vários motivos culturais/médicos que justificam a produção de versões não alcoólicas de um bom “gole”. Na verdade, dependendo do processo utilizado, é possível mesmo que grande parte do sabor característico da cerveja ou do vinho seja preservado no produto final.

Bem, mas como exatamente são produzidas as versões não alcoólicas dessas bebidas tradicionais? Há várias possibilidades. Na verdade, é impossível produzir diretamente uma cerveja ou um vinho desprovidos de álcool. Trata-se mais de remover o álcool naturalmente formado durante o processo de fermentação, o que pode ser feito por meio de pelo menos três técnicas.

Entretanto, vale lembrar que a retirada de absolutamente todo o álcool de uma bebida envolve, normalmente, um processo excessivamente lento e oneroso. Dessa forma, considera-se que uma bebida “sem álcool” foi alcançada quando a porcentagem da substância é inferior a 0,5%.

Fervura

Aferventar a cerveja ou o vinho é provavelmente o processo mais popular para produzir uma versão não alcoólica. O princípio é incrivelmente simples: como o álcool entre em ebulição antes da água — a aproximadamente 78 °C —, basta aquecer a substância até que grande parte dela acabe evaporando.

O processo traz um revés, entretanto. Como todos os elementos são cozidos, é impossível não alterar, mesmo que minimamente, o sabor original das bebidas — embora grande parte dos compostos assim alterados acabe posteriormente eliminada.

Destilação a vácuo

Trata-se aqui de um processo um tanto mais profissional do que o anterior — embora, em teoria, seja bastante semelhante. Basicamente, a bebida original é colocada no vácuo, o que altera as condições de pressão. Isso faz com que o álcool evapore a uma temperatura menor, minimizando o tempo de cozimento.

Na verdade, alguns processos industriais chegam a prescindir totalmente do aquecimento da substância. O álcool acaba quase todo extraído unicamente por meio da alteração de pressão.

Osmose reversa

O terceiro método para produção de bebidas “sem álcool” chama-se osmose reversa. Trata-se de um processo bastante semelhante ao que tipicamente é utilizado para purificar a água.

Neste caso, a cerveja ou o vinho são filtrados por uma estrutura de poros minúsculos, pelos quais apenas o álcool, a água e alguns ácidos voláteis conseguem passar. O álcool é então destilado (separado) do produto, e o restante é devolvido à mistura de açúcares e componentes de sabor que não atravessaram a malha.

Como surgiu a cerveja sem álcool?

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

A origem da versão não alcoólica da cerveja remonta ao período da Lei Seca, nos EUA, época em que o álcool era completamente vetado. Inicialmente, o presidente Woodrow Wilson havia proposto uma versão da bebida com 2,5% de volume alcoólico, ou que acabou não sendo aceito pela Temperance Society.

Entretanto, o órgão acabou aceitando uma cerveja com 0,5% de álcool, que foi então legalizada. Uma grande ironia? Muitas pessoas compravam as bebidas para, posteriormente, adicionar álcool puro à mistura.

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