Faraó egípcio pode ter sido o primeiro “gigante” de que se tem notícia

09/08/2017 às 05:042 min de leitura

Você já ouviu falar a respeito de uma condição chamada “gigantismo”? Ela geralmente é provocada pelo desenvolvimento de tumores na glândula pituitária — uma estrutura com cerca de 1 centímetro de diâmetro que se encontra no cérebro e também é conhecida como hipófise. Essa pequena glândula é a responsável pela liberação do hormônio do crescimento, e problemas nela podem fazer com que os afetados cresçam mais do que o normal.

Gigante do passado

Pois, de acordo com Charles Choi, do site Live Science, cientistas da Universidade de Zurique, na Suíça, acreditam ter se deparado com o cadáver mais antigo já descoberto com gigantismo. Trata-se de um faraó chamado Sa-Nakht, que reinou no Antigo Egito por volta do ano 2700 a.C., durante um período conhecido como Terceira Dinastia.

Fragmento de um relevo mostrando Sa-Nakht

Segundo Charles, o corpo de Sa-Nakht foi descoberto em 1901, e análises em seus ossos revelaram que o monarca teria medido quase 2 metros— as estimativas apontaram que o faraó teria impressionante 1,987 metro em vida —, quando a altura média dos homens egípcios de sua época não passava de 1,70 m.

Os cientistas explicaram que, apesar de os faraós provavelmente terem acesso a uma dieta mais nutritiva do que o resto da população, esse fator não é suficiente para explicar a grande estatura de Sa-Nakht. Além disso, os pesquisadores destacaram que o fato de Ramsés II, com 1,75 metro de altura, ser o monarca egípcio mais alto de que se tem notícia — além de Sa-Nakht, evidentemente — apoia a evidência de que o rei em estudo agora sofria de gigantismo.

Crânio de Sa-Nakht

Ao examinar os ossos do faraó, os cientistas constataram que os mais longos mostraram sinais de crescimento exuberante — o que, segundo eles, é uma clara evidência de gigantismo. E, se esse realmente for o caso, Sa-Nakht seria o indivíduo portador dessa condição mais antigo já descoberto no mundo.

Uma curiosidade interessante mencionada pelo pessoal do Live Science é que, durante as primeiras dinastias egípcias, existiam muitas pessoas de baixa estatura a serviço da realeza, indicando que havia uma preferência por “baixinhos”. Contudo, como o corpo de Sa-Nakht foi descoberto em uma tumba da elite, os pesquisadores não acreditam que ele tenha sido estigmatizado por ser “gigante”.

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