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Comprimido para dormir pode reverter dano cerebral

03/11/2020 às 05:002 min de leitura

Criado para ajudar as pessoas a caírem no sono de maneira mais rápida, o remédio Zolpidem possui um efeito colateral um tanto quanto miraculoso: restaurar algumas funções em cérebros que sofreram algum tipo de trauma grave. O efeito é tão maluco que o sedativo feito do composto imidazopiridina ganhou o apelido de “droga de Lázaro”, personagem bíblico ressuscitado por Jesus.

Apesar dos efeitos serem raros, em 5% a 6% dos casos o indivíduo com dano cerebral pode notar algumas mudanças drásticas. Nestes casos, o paciente pode ter melhora no desenvolvimento da fala, diminuição dos espasmos corporais, menor dificuldade para se locomover ou até mesmo trazer alguém de volta do estado vegetativo.

O “milagre” do Zolpidem 

(Fonte: Pixabay)
(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Apesar do aparente efeito milagroso, os efeitos colaterais do Zolpidem não são para sempre. Logo no fim da ação sedativa causada pelo medicamento, o usuário volta a apresentar as mesmas dificuldades resultantes do dano cerebral. 

Recentemente, pesquisadores das Universidades de Radboud e Amsterdã, nos Países Baixos, descobriram o caso de um homem de 37 anos chamado Richard. Há oito anos, ele sofreu com uma grave falta de oxigênio no cérebro, que resultou em sua incapacidade de fala, alimentar-se de maneira independente ou se mover por conta própria.

Diagnosticado com mutismo acinético, quando existe um estado de atenção do cérebro mas sem capacidade de interação, sua família buscou um tratamento alternativo para sua condição. Foi então que optaram pela administração do Zolpidem. Depois de ingerir o comprimido, Richard passou a andar curtas distâncias e proferir algumas frases.

Efeito passageiro

(Fonte: Pixabay)
(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Bastaram 10 miligramas de Zolpidem para que o homem obtivesse uma resposta do cérebro em apenas 20 minutos. Infelizmente, após duas horas, os efeitos do remédio começaram a passar e Richard voltou ao seu estado “natural”. A família passou a administrar três doses por dia, mas os efeitos se tornaram ainda mais breves a cada dia. 

Segundo os cientistas, doses elevadas de Zolpidem deixam de ter o efeito de “reversão” dos danos cerebrais e voltam a atuar apenas como um medicamento sonífero. 

Até o momento, nenhum membro da comunidade científica conseguiu desmistificar a real ação do sedativo no cérebro humano, mas existe uma grande expectativa de que novas pesquisas possam ajudar a desenvolver uma cura para pacientes em estado vegetativo ou em coma. 

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