Família não concorda com a conta e vive em hospital por 6 anos

06/01/2021 às 03:002 min de leitura

Em tempos de pandemia, ninguém gosta de ir em hospitais. Ficar internado então, nem pensar. Mas esse não parece ter sido o caso de uma família que deixou um hospital em Pequim, na China, no final da semana passada. Um homem chamado Tian Nan permaneceu em um quarto junto com seus pais na instituição de saúde por seis anos.

Em 2014, Tian chegou ao hospital de Pequim, apresentando uma série de sintomas, que incluíam náuseas, vômitos e dificuldade de locomoção. Após um procedimento médico, ele teve que permanecer internado no hospital durante nove dias, acompanhado do pai e da mãe. Mas, quando teve alta, não concordou em pagar por sua estadia e acusou o hospital de prorrogar de forma irregular o seu tratamento.

Fonte: Beijing Daily/Reprodução
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Sem conseguir chegar a uma solução, os três transformaram o quarto do hospital em sua própria casa, trazendo potes e panelas, pertences pessoais e quilos de mantimentos. Apesar de várias diligências para expulsá-los dali, o hospital não conseguiu removê-los nem nos tradicionais feriados,  como o Ano Lunar, em que as famílias se reúnem em suas casas.

O processo judicial

Fonte: Beijing Daily/Reprodução
Fonte: Beijing Daily/Reprodução

Os administradores do hospital contrataram advogados e levaram a família ao tribunal por diversas vezes, e chegaram até a conceder o perdão total das dívidas que, em 2019, chegavam a 1,26 milhão de yuans, o equivalente a R$ 1,03 milhão. Também forneceram provas de que Tian não necessitava de nenhum tipo de tratamento.

Além da ocupação desnecessária de suas instalações, o hospital ponderou em suas alegações que a família estava usando recursos que poderiam ser utilizados para tratar de pacientes reais. Mas, numa reviravolta do caso, Tian resolveu processar o hospital por negligência médica e a pendência continuou.

Fonte: Beijing Daily/Reprodução
Fonte: Beijing Daily/Reprodução

Finalmente, na semana passada, o juiz Luo Shengli, do Tribunal Popular do Distrito de Xicheng, decidiu que Tian e seus pais deveriam deixar o hospital, porém considerou que uma negligência da instituição pode ter gerado a controvérsia e condenou o hospital a 20% de responsabilidade civil.

A família concordou em receber os 480 mil yuans (R$ 384 mil) e, com o dinheiro no bolso, rumou em direção à sua cidade natal, para onde exigiram ser levados confortavelmente em uma ambulância.

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