O uso das máscaras fez cair na real que é hora de parar de fumar

12/05/2021 às 03:002 min de leitura

Estou escrevendo este texto diante de um acontecimento que é típico de reflexão: um homem, de mais ou menos 45 anos, fumante — sei disso pois há 30 minutos ele estava fumando — teve que atravessar a rua correndo e subir uns degraus. Logo parou, baixou a máscara, e respirou puxando o ar de uma maneira que choca a quem vê.

O uso de máscara é primordial, assim como outros hábitos, para evitar a disseminação da covid-19 e não infectar-se. Mas obviamente, quando a usamos, há uma diminuição de oxigênio e respiração de gás carbónico expelido por nós mesmos. Obviamente nada que interfira para uma remoção da máscara.

Como funciona nossa respiração?

Nosso sistema respiratório absorve oxigênio e elimina o dióxido de carbono. O oxigênio inspirado entra nos pulmões e chega aos alvéolos pulmonares. O oxigênio passa por uma barreira, que são as camadas que revestem os alvéolos e os vasos capilares, de 0,001 milímetro de espessura, onde o sangue oxigenado viaja dos pulmões passando pelas veias pulmonares até ao lado esquerdo do coração e, nele, é bombeado para todo corpo. O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono segue de volta para o lado direito do coração através da veia cava superior e a veia cava inferior, onde é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões, onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de carbono.

O dióxido de carbono dentro da máscara não se acumula a ponto de prejudicar na respiração, não sendo uma desculpa para não usar máscara.

O que acontece ao fumar?

A fumaça do cigarro inalada vai para os pulmões distribuindo-se no sistema circulatório e a nicotina chega de 7 a 19 segundos ao cérebro. A temperatura elevada da fumaça queima não somente os pulmões, mas toda a via aérea. A combustão resultante gera partículas de oxigênio, radicais livres, oxidam as estruturas celulares e destroem a base dos pulmões. Essa inflamação causa inchaço e aumento de produção de muco, que funciona como uma capa protetora do tecido epitelial que reveste as vias aéreas. Sem contar com todas as substâncias que existem num cigarro e que são prejudiciais à saúde.

A poluição das cidades, vinculada à fumaça do cigarro, prejudica os pulmões e todo sistema respiratório, dificultando a uma melhor respiração.

A questão é que, para um fumante, que já precisa de mais oxigênio, isso torna-se um tanto quanto desafiador e perigoso. Mas entre remover a máscara e parar de fumar, melhor parar de fumar. Até porque estamos cansados de saber que o cigarro faz muito, muito mal.

A pandemia gerou consciência e há os que refletem sobre ela e os que a ignoram. Devemos sempre na vida tirar aprendizados e fazer a plasticidade mediante à mudança, à evolução, ou seja, melhorar os hábitos e entre eles, parar de fumar.

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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência; cognitiva, infantil, inteligência artificial, Pós-Graduação em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especialização em Propriedade Elétrica dos Neurônios em Harvard, Neurociência Geral em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filosófico e Visões do Mundo – Universidade Autônoma de Madrid, Introdução à Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, História de La Ética pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva – Autorrealização, Propósito e Sentido de Vida – PUC RS.

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