Sangue de jovens poderia conter o segredo para a juventude

08/12/2022 às 06:302 min de leitura

Em uma série de estudos realizados nos últimos 15 anos, o neurobiólogo Saul Villeda e pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que camundongos idosos, quando recebem o sangue de indivíduos mais jovens, passam a ser mais rápidos, pensar melhor e lembrar-se mais de trajetos testados em laboratório.

Com isso, os cientistas passaram a se questionar se o mesmo poderia acontecer entre os seres humanos. Segundo os experimentos, quase todos os indicadores de envelhecimento entre os grupos de ratos investigados melhoraram significantemente após a transfusão sanguínea. Apesar de ser uma das pesquisas de envelhecimento mais provocativas dos últimos tempos, ainda existe um grande processo a ser seguido.

Queda do envelhecimento

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Na visão de Villeda, envelhecer não é exatamente um processo natural dos seres humanos. Em seu artigo, o pesquisador comenta que raramente indivíduos alcançavam os 90 ou 100 anos no passado, mas passaram a ser casos mais comuns desde que a ciência apresentou significantes avanços nas últimas décadas.

De acordo com a equipe, é possível que o sangue em si não se torne o tratamento exato para a velhice, mas fornece alguns indicadores. As descobertas feitas com camundongos em laboratórios mostra que existem mecanismos no sangue para reparar e restaurar um corpo, e que isso pode acabar se transformando em medicamentos poderosos.

No passado, a ideia de que o sangue transmitia vigor e vitalidade já existia, com casos de humanos bebendo sangue na Roma do século I para tratar doenças e curar gladiadores feridos. Entretanto, muitas dessas hipóteses esbarram no nosso sistema imunológico. 

Barreiras no caminho

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Apesar dos experimentos em ratos indicarem certo grau de sucesso, Villeda ressalta que os humanos agem de forma diferente. Entre nós, é bem provável que transfusões em idosos com sangue jovem exigiriam tratamentos repetidos, cada um trazendo mais riscos de infecções, reações alérgicas ou até mesmo lesões pulmonares.

Como cada dosagem reinicia a divisão celular no corpo, isso também poderia despertar o surgimento de câncer. No entanto, o artigo apresenta grandes ambições. Nesse meio tempo, parte da indústria farmacêutica passou a disponibilizar plasma jovem — uma alternativa que tenta reestabelecer algumas funções em idosos.

A troca de plasma terapêutica é vista pelos estudiosos como um processo legítimo para certas doenças autoimunes raras e problemas de coagulação, mas não exatamente para acabar com a velhice. O caminho mais direto seria identificar um fator pró-envelhecimento no sangue idoso que uma droga seria capaz debloquear, como a proteína CCL11, a qual está associada a redução do nascimento de células cerebrais.

Embora os dados iniciais sejam promissores, a busca por um tratamento está longe de ter um final satisfatório. Atualmente, nós sabemos que o sangue realmente realiza um processo de alquimia capaz de restaurar e remodelar a carne ou acelerar sua decadência. No entanto, ainda é necessário decifrar todos os outros códigos que podem estar escrito no nosso sangue para atingirmos um novo patamar.

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