
Estilo de vida
21/07/2016 às 10:39•2 min de leitura
A imagem animada que você verá logo mais foi registrada pela sonda espacial SDO — Solar Dynamics Observatory — no início do mês, e parece mostrar o Sol girando de forma estranhamente errática. Estaria a nossa estrela entrando em alguma fase bizarra do ciclo solar? Ou, quem sabe ainda, se descontrolado perigosamente no centro do Sistema Solar? Confira a seguir:
Gira, gira!
Na verdade, de acordo com a NASA, o nosso bom e velho Sol não está aprontando nada fora do normal, nem foi flagrado em um momento de insanidade. A curiosa movimentação nem sequer foi feita por ele, coitado!
Em realidade, o giro rápido foi realizado pela SDO, e a manobra — que é repetida duas vezes por ano — serve para ajudar um instrumento específico chamado Helioseismic and Magnetic Imager a fazer medições precisas do que os astrônomos chamam de “escurecimento de bordo”, ou seja, da camada mais externa do Sol.
Segundo a NASA, essa manobra é necessária porque o Sol não é perfeitamente esférico, e porque a sua superfície dinâmica pode gerar distorções nas observações. Essas características dificultam a vida da sonda espacial na hora de ela delimitar exatamente onde a “borda” da estrela se encontra. Assim, o giro permite que os instrumentos da SDO capturem o perímetro completo do Sol e, com isso, mapeiem o formato do nosso astro-rei com muito mais precisão.
Assim os astrônomos podem entender melhor o que acontece na superfície do Sol
A manobra consiste em fazer a SDO girar 360 graus em um de seus eixos, e foi realizada ao longo de seis horas. Durante esse período, a sonda registrou uma foto a cada 12 segundos — e a imagem animada que você viu acima foi criada pelo pessoal da NASA a partir de todas elas.
Vale destacar que o mapeamento da superfície do Sol é superimportante, já que ajuda os astrônomos a entender como o formato da estrela varia com respeito ao ciclo solar. Esse monitoramento permite que os cientistas acompanhem a atividade da estrela — incluindo eventos como tempestades solares e ejeções plasma — e possam prever com mais exatidão quando esses eventos podem representar riscos para os astronautas ou para o nosso planeta.