Imagem de O Grande Incêndio de Londres causou ira e sede de vingança no megacurioso

Em uma época de tensão, um culpado era tudo o que os habitantes queriam

Em setembro de 1666, antes que se extinguissem as chamas que consumiram a cidade de Londres por mais de 5 dias, os cidad&atilde;os j&aacute; haviam encontrado os culpados por t&ecirc;-lo come&ccedil;ado: os cat&oacute;licos, holandeses e franceses.
Os cat&oacute;licos, porque h&aacute; muito planejavam a queda da na&ccedil;&atilde;o protestante, e por isso teriam lan&ccedil;ado uma f&uacute;ria ardente sobre todos eles, ou os holandeses e franceses, devido &agrave; guerra &aacute;rdua contra a Inglaterra que travavam na &eacute;poca, sendo o fogo uma &oacute;tima maneira de fazer a cidade "se ajoelhar" de uma vez por todas.
<h2>Pagando na mesma moeda</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/10/10220238113020.jpg" alt="(Fonte: VEJA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: VEJA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Antes que o inferno acabasse, alguns cidad&atilde;os arrastaram um padeiro holand&ecirc;s de seu com&eacute;rcio para que uma turba de londrinos o destru&iacute;sse. Por pouco o homem n&atilde;o foi enforcado, mas foi salvo pelo duque de York. Os seios de uma francesa foram serrados por homens que pensavam que as mulheres carregavam o fogo que havia come&ccedil;ado tudo aquilo. Do outro lado da cidade, um homem franc&ecirc;s quase foi esquartejado pela multid&atilde;o que acreditava que ele possu&iacute;a pequenas bombas incendi&aacute;rias.
Entre sangue, fuma&ccedil;a e fuligem que dominavam as ruas de Londres, a necessidade de culpar algu&eacute;m era muito forte. De acordo com Adrian Tinniswood, autor de By Permission of Heaven: The Story of the Great Fire, os londrinos sentiam que Deus n&atilde;o podia ter lan&ccedil;ado a morte sobre eles, principalmente depois da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119389-esqueleto-de-5-mil-anos-seria-de-vitima-de-peste-bubonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peste</a>, ent&atilde;o aquilo precisava ser um ato de guerra &mdash; mas n&atilde;o era.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/10/10220330723021.jpg" alt="(Fonte: Historic UK/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Historic UK/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por volta de 21h, o padeiro Thomas Farriner fechou seu neg&oacute;cio, localizado no centro de Londres, na Pudding Lane, e apagou o fogo de seu forno de biscoitos. Sua filha Hanna, de 23 anos, verificou a cozinha &agrave; meia-noite para se certificar de que o forno estava vazio antes de ir para cama. Uma hora depois, o andar t&eacute;rreo do pr&eacute;dio estava engolfado pela fuma&ccedil;a.
O fogo n&atilde;o demorou a se espalhar. A Grande Londres tinha cerca de mil quil&ocirc;metros quadrados entre as paredes romanas do s&eacute;culo IV, que abrigavam cerca de 80 mil pessoas na &eacute;poca, em um aperto que era uma equa&ccedil;&atilde;o para o caos.
Os edif&iacute;cios grandes, feitos de madeira e gesso em espa&ccedil;os ex&iacute;guos, contribu&iacute;ram para a propaga&ccedil;&atilde;o das chamas, principalmente ap&oacute;s um ver&atilde;o muito seco que os deixou esturricados.
<h2>Ignor&acirc;ncia e caos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/10/10220450582022.jpg" alt="(Fonte: The History Notes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The History Notes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O que fez os londrinos suspeitarem de uma conspira&ccedil;&atilde;o foi a maneira como o fogo se comportava, irrompendo em outro lugar mesmo ap&oacute;s ser totalmente contido. No entanto, a causa real era apenas o vento excepcionalmente forte vindo do leste, espalhando as brasas por toda a cidade.
Foi imposs&iacute;vel conter os boatos e as suposi&ccedil;&otilde;es, ainda mais com tudo a favor deles: a imprensa havia sido reduzida a chamas, e h&aacute; duas semanas os ingleses queimaram a cidade portu&aacute;ria holandesa de West-Terchelling, ou seja, aquilo tinha que ser uma retalia&ccedil;&atilde;o.
Quando as pessoas perderam o controle para a sede de vingan&ccedil;a, Carlos II emitiu comunicados reais que foram colocados em lugares que n&atilde;o estavam em chamas para alertar as pessoas de que deveriam dirigir seus esfor&ccedil;os para aplacar o fogar&eacute;u, n&atilde;o tentar encontrar um respons&aacute;vel.
O inc&ecirc;ndio acabou na manh&atilde; de 6 de setembro, deixando mais de 50 mortos entre milhares de feridos. Cerca de 80% da cidade foi queimada, incluindo 87 igrejas e 13,2 casas, deixando 80 mil pessoas desabrigadas e uma d&iacute;vida de 9 milh&otilde;es de euros, em uma &eacute;poca em que a renda da cidade era de apenas 12 mil euros.
<h2>Algu&eacute;m para culpar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/10/10220610442023.jpg" alt="(Fonte: Look and Learn/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Look and Learn/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A investiga&ccedil;&atilde;o real, que emitiu um relat&oacute;rio entregue ao Parlamento em 22 de janeiro de 1667, concluiu que n&atilde;o houve invas&atilde;o holandesa nem francesa. Contrariado, o povo colocou a culpa nos cat&oacute;licos devido &agrave; luta longa e sangrenta contra o catolicismo e o protestantismo na Inglaterra.
Entretanto, no momento em que as pessoas come&ccedil;aram a atacar os cat&oacute;licos, Robert Hubert confessou o crime, alegando que o inc&ecirc;ndio foi parte de um compl&ocirc; franc&ecirc;s. Filho de um&nbsp;relojoeiro franc&ecirc;s, ele foi parado em Essex ap&oacute;s tentar chegar aos portos da costa leste.&nbsp;Condenado &agrave; morte pelo presidente da Suprema Corte, Robert Hubert foi enforcado em 29 de outubro de 1666, em Tyburn.
Ningu&eacute;m sabe realmente por qual motivo o homem confessou um crime que n&atilde;o havia cometido. Para o conde de Clarendon, contudo, Hubert teria optado por isso porque deveria estar "cansado de sua vida".&nbsp;Seja como for, a confiss&atilde;o do homem serviu para acabar com a ira popular sedenta por um culpado, embora a conspira&ccedil;&atilde;o cat&oacute;lica tenha persistido por anos.
Em 1681, foi colocada uma placa em Pudding Lane, no local onde havia a padaria, com os dizeres: "Aqui, com a permiss&atilde;o do C&eacute;u, o Inferno desabou sobre esta cidade protestante dos cora&ccedil;&otilde;es maliciosos dos papistas b&aacute;rbaros, pela m&atilde;o de seu agente Hubert, que confessou seu mal".
A placa permaneceu no lugar at&eacute; meados do s&eacute;culo XVIII.

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O Grande Incêndio de Londres causou ira e sede de vingança

Imagem de 7 fatos essenciais sobre a história do naufrágio do Titanic no megacurioso

Desde o local do naufrágio até a quantidade de sobreviventes, relembre algumas informações essenciais para compreender o acidente

No dia 15 de abril de 1912, o colossal transatl&acirc;ntico RMS Titanic colidiu com um iceberg no Oceano Atl&acirc;ntico e ocasionou a morte de mais de dois ter&ccedil;os da tripula&ccedil;&atilde;o de 2,2 mil pessoas. Essa se tornaria uma das trag&eacute;dias mais famosas de todos os tempos e inclusive seria tema do romance hollywoodiano Titanic&nbsp;(1997), dirigido por James Cameron e protagonizado por Leonardo DiCaprio.
O naufr&aacute;gio da embarca&ccedil;&atilde;o se tornou algo t&atilde;o fascinante para a maioria das pessoas que at&eacute; hoje procuramos saber mais sobre o tema. Por isso, n&oacute;s separamos sete fatos hist&oacute;ricos que ir&atilde;o te ajudar a ter uma percep&ccedil;&atilde;o mais completa sobre o acidente do Titanic. Entenda!
<h2>1. Marco hist&oacute;rico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03111704452131.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de hoje o Titanic ser sin&ocirc;nimo de trag&eacute;dia, nem sempre as coisas foram assim. Antes de sua primeira viagem, a embarca&ccedil;&atilde;o era celebrada por ser um marco para o avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico em 1912. Com mais de 280 metros de largura, o navio era considerado o maior meio de transporte criado por um ser humano no mundo.
Esse seria n&atilde;o s&oacute; o maior navio de passageiros do planeta, como tamb&eacute;m o mais largo de todos &mdash; constru&iacute;do com 28 metros de largura e pesando mais de 46 mil toneladas.
<h2>2. Excesso de luxuosidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03111617733130.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Titanic n&atilde;o foi constru&iacute;do exatamente para as classes menos favorecidas. Boa parte das acomoda&ccedil;&otilde;es do transatl&acirc;ntico eram equipadas com mob&iacute;lias luxuosas, o que fornecia um visual deslumbrante. Quem viajava de primeira classe poderia desfrutar de banhos de banheira, uma gigante escadaria e um menu de jantar do mais alto n&iacute;vel.
Logicamente, essa experi&ecirc;ncia n&atilde;o era nada barata. Para se ter ideia, um ticket para andar no navio poderia variar entre US$ 1,7 mil e US$ 50 mil.
<h2>3. Viagem inaugural</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03111808374135.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por mais que as expectativas fossem altas para o Titanic, o fracasso da embarca&ccedil;&atilde;o veio logo em sua primeira viagem. Ao partir de Southampton (Inglaterra) em 1912, o navio posteriormente fez paradas em Cherbourg (Fran&ccedil;a) e Queenstown (Irlanda) antes de rumar para Nova Iorque (Estados Unidos).
Entretanto, a trag&eacute;dia veio com apenas alguns dias de viagem. A embarca&ccedil;&atilde;o n&atilde;o estava em alto mar por mais de quatro dias quando naufragou no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118807-maior-iceberg-do-mundo-se-separa-da-antartica-e-flutua-no-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atl&acirc;ntico</a>.&nbsp;
<h2>4. Colis&atilde;o com o iceberg</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03111722640133.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Agrave;s 23h40 do dia 14 de abril daquele ano, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/55534-21-fatos-curiosos-sobre-o-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a> estava circulando a 600 km de Newfoundland (Canad&aacute;) quando colidiu com um iceberg no norte do Oceano Atl&acirc;ntico. Enquanto tentava manobrar em velocidade m&aacute;xima, a embarca&ccedil;&atilde;o bateu na grossa camada de gelo abaixo da linha d'&aacute;gua.&nbsp;
Durante o impacto, o gelo abriu um buraco no casco do navio. Ent&atilde;o, grandes quantidades de &aacute;gua come&ccedil;aram a entrar pelo rombo. &Agrave;s 2h20 do dia 15 de abril, o navio afundou completamente no mar gelado, sem que tivesse qualquer barco por perto para prestar ajuda.&nbsp;
<h2>5. Naufr&aacute;gio lento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03111904104137.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foram mais de duas horas completas at&eacute; que o RMS Titanic afundasse por completo. Mesmo assim, nem todos pareciam desesperados. Conforme os relatos descrevem, a banda do navio decidiu continuar tocando mesmo ap&oacute;s a colis&atilde;o na esperan&ccedil;a de acalmar os passageiros.
Nesse meio tempo, algumas pessoas conseguiram se direcionar at&eacute; os barcos salva-vidas para realizar a manobra de evacua&ccedil;&atilde;o e sair do acidente ainda com vida.
<h2>6. Mortos e sobreviventes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03111941557138.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante aquela tr&aacute;gica noite, cerca de 1,5 mil pessoas morreram no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110256-navagio-a-belissima-ilha-grega-que-surgiu-de-um-naufragio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufr&aacute;gio</a> do Titanic. Entre elas, 832 passageiros e 685 membros da tripula&ccedil;&atilde;o. A taxa de sobreviv&ecirc;ncia entre passageiros de primeira classe foi de 62%, enquanto diminui para 45% e 25% para a segunda e terceira classe, respectivamente.
Embora muitos tenham morrido dentro do navio e outros congelaram esperando por ajuda com coletes salva-vidas na &aacute;gua, apenas 340 corpos foram recuperados do acidente. No total, foram 706 sobreviventes.&nbsp;

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7 fatos essenciais sobre a história do naufrágio do Titanic

Imagem de MV Wilhelm Gustloff: o mortal naufrágio ofuscado pelo Titanic no megacurioso

O navio transportava mais de 10 mil refugiados alemães quando a tragédia aconteceu

<head></head><body>Poucos sabem da trágica história do MV Wilhelm Gustloff, um navio cruzeiro alemão construído em 1936 nos estaleiros Blohm &amp; Voss, em Hamburgo. Ele foi encomendado pela Kraft durch Freude (KDF), uma organização que promovia atividades culturais e recreativas, como concertos e festivais, para trabalhadores alemães de todas as classes.O navio foi entregue à KDF em 15 de março de 1938, sob o comando do capitão Carl Lubbe, e tinha a capacidade para transportar 1.463 passageiros e 417 tripulantes, totalizando 1.880 pessoas em seus 208 metros de comprimento por 56 metros de altura.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02141932149210.webp" alt="(Fonte: Taringa!/Reprodução)">(Fonte: Taringa!/Reprodução)Equipado com 3 armas antiaéreas e 8 canhões, o Gustloff efetuou por volta de 50 viagens recreativas, transportando mais de 70 mil passageiros.<h2>Os quatro torpedos &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02142047383211.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Em janeiro de 1945, com o avanço da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119082-robert-hanssen-o-espiao-do-fbi-que-se-vendeu-para-a-uniao-sovietica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">União Soviética</a> na frente da linha oriental da Alemanha, a derrocada do Terceiro Reich era iminente. Rapidamente, o medo da violência perpetrada pelos soviéticos se espalhou entre a população alemã, forçando <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/119084-a-estranha-morte-de-geli-raubal-a-sobrinha-e-namorada-de-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> e Karl Donitz iniciarem a Operação Hannibal: uma evacuação em massa de civis, soldados e equipamentos da Prússia Oriental sitiada pelo Exército Vermelho.As pessoas foram encaminhadas para a cidade portuária de Gotenhafen, onde o navio Gustloff as esperava para levá-las embora do perigo. A embarcação recebeu a bordo cerca de 9.600 refugiados, ao lado de mil tripulantes, saindo do porto em 30 de janeiro de 1945 sob o comando de Friederich Petersen e Wihelm Zahn.Entretanto, os alemães não faziam ideia de que a Marinha soviética esperava que aquele tipo de fuga fosse acontecer, posicionando alguns cruzadores de batalha, incluindo o submarino S-13 de Alexander Marinesko, em rotas estratégicas do Mar Báltico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/02/02142353678213.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Marinesko não pensou duas vezes em ordenar que fossem preparados quatro torpedos e lançados em direção ao Gustloff quando o avistou naquela noite. No primeiro, eles escreveram “Para a Pátria”; no segundo, “Para Stalin”; no terceiro, “Para o povo soviético”; e no quarto, “Para Leningrado”. Apenas o segundo torpedo não atingiu seu alvo.Às 21h, o Wilhelm Gustloff foi atacado bem na proa. Não demorou muito para que começasse o maior e mais mortal naufrágio da história, ofuscado pelo gigante <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118440-como-o-tamanho-do-titanic-contribuiu-para-que-o-navio-afundasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">RMS Titanic</a> até hoje.Entre as pessoas que não foram pisoteadas ou que caíram enquanto o navio virava nas águas, apenas 964 delas foram salvas antes que o Gustloff sumisse da superfície, às 22h18. Cerca de 9 mil pessoas morreram aquele dia, das quais 4 mil eram crianças e adolescentes.Devido ao sentimento de repúdio aos alemães que prevalecia no mundo todo, ninguém lamentou as vidas que foram perdidas naquele dia.</body>

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MV Wilhelm Gustloff: o mortal naufrágio ofuscado pelo Titanic

Imagem de Gemini VIII: quando Neil Armstrong impediu um desastre no megacurioso

Armstrong e David Scott enfrentaram a morte no espaço

<head></head><body>Em 16 de março de 1966, aconteceu a primeira ancoragem espacial do mundo com a sexta missão tripulada da cápsula Gemini VIII. Comandada pelo notório <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115361-videos-da-missao-apollo-11-na-lua-sao-restaurados-por-ia-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Neil Armstrong</a>, a missão tinha o objetivo de realizar atividades extraveiculares maiores do que as feitas na Gemini IV e uma acoplagem com um foguete Agena em órbita.No entanto, durante o momento de acoplamento algo deu errado: a Gemini VIII e o veículo-alvo começaram a girar mortalmente.Neil Armstrong e David Scott estavam frente a frente com a morte, no que poderia ser a ruína da curta história do programa de voos espaciais humanos nos Estados Unidos.<h2>Alerta de risco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/07/07190237694437.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodução)">(Fonte: Britannica/Reprodução)Armstrong tentou usar os propulsores da Gemini VIII para parar de girar, mas isso só piorou. Eles estavam sem contato com os controladores de Houston e longe de qualquer estação de rastreamento. Tudo que conseguiram fazer foi lutar para reestabelecer o controle e tentar parar de rodar, mas nem nisso tiveram sucesso.Em poucos minutos, os dois homens já não conseguiam mais visualizar as taxas no painel de instrumentos devido à velocidade com que rodopiavam. Eles podiam acabar desmaiando e morrendo logo em seguida com a intensidade dos giros, ou com a explosão do foguete Agena.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/07/07190340787438.jpeg" alt="(Fonte: Sutori/Reprodução)">(Fonte: Sutori/Reprodução)Acreditando se tratar de uma falha de controle de altitude no Agena, Armstrong decidiu desacoplar, porém a Gemini VIII passou a girar mais violentamente. Então ele chegou à conclusão de que o problema era um propulsor preso no Sistema de Altitude e Manobra Orbital (OAMS) da cápsula.Incapaz de parar os propulsores individuais, Armstrong desligou o OAMS e ativou o Sistema de Controle de Reentrada (RCS), que eram dois anéis propulsores ao redor do nariz da Gemini VIII. Só assim a cápsula parou de rodopiar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/07/07190537426439.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Uma vez que os retrofoguetes foram disparados e o adaptador separado, a missão precisava imediatamente retornar à Terra. A Gemini VIII fez um pouso de emergência no Oceano Pacífico após 10 horas e 41 minutos de expedição espacial. Os homens foram resgatados por um contratorpedeiro da Marinha dos Estados Unidos.Apesar do perigo, Armstrong e Scott entraram para a História ao fazerem o que ninguém ainda havia feito – além de sobreviverem a uma situação mortal.“O cara era brilhante. Ele conhecia o sistema tão bem. Ele encontrou a solução e a ativou em circunstâncias extremas. Foi meu dia de sorte por estar voando com ele”, disse Scott no filme biográfico First Man, narrando a trajetória de Neil Armstrong.</body>

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Gemini VIII: quando Neil Armstrong impediu um desastre

Imagem de 5 histórias fascinantes que envolvem explosões nucleares no megacurioso

Confira algumas histórias misteriosas sobre a fase de testes nucleares e as maiores catástrofes atômicas do planeta

Ao longo do s&eacute;culo XX, a humanidade viveu sob a tens&atilde;o de conflitos armados, e as primeiras hist&oacute;rias sobre iniciativa nucelar tomaram conta do planeta, com diversos grupos realizando testes e amea&ccedil;ando na&ccedil;&otilde;es com ataques. Alguns desses casos infelizmente se concretizaram e foram respons&aacute;veis por devasta&ccedil;&otilde;es sem precedentes, enquanto outros ficaram apenas nos bastidores, mas elevaram misteriosos rumores durante fases pr&eacute;-operacionais.
Conhe&ccedil;a abaixo algumas das mais misteriosas e fascinantes hist&oacute;rias envolvendo explos&otilde;es nucleares.
<h2>1. Dupla sobreviv&ecirc;ncia</h2>
<iframe width="634" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/6dtEWCfWGIY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Em 6 de agosto de 1945, Tsutomu Yamaguchi foi uma das v&iacute;timas do ataque nuclear a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118087-por-que-chernobyl-continua-perigosa-e-hiroshima-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima</a> e, mesmo se escondendo do bombardeio, n&atilde;o conseguiu impedir que a sua pele fosse afetada pela explos&atilde;o. Gravemente queimado, ele passou uns dias com sua fam&iacute;lia para se recuperar, mas em 9 de agosto, ap&oacute;s conseguir ter condi&ccedil;&otilde;es suficientes para voltar a trabalhar, seu escrit&oacute;rio foi totalmente devastado pela segunda bomba at&ocirc;mica, e Yamaguchi foi tomado pela radia&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Mesmo doente, o homem viveu at&eacute; os 93 anos e ganhou o t&iacute;tulo nacional de nijyuu hibakusha, ou seja, "pessoa bombardeada duas vezes".
<h2>2. O encontro entre piloto e v&iacute;tima</h2>
<iframe width="634" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/xwpgmEvlRpM" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Koko Kondo tinha 8 meses quando a primeira bomba at&ocirc;mica detonou Hiroshima. A jovem cresceu acompanhando o sofrimento causado pelo ataque e as tristes hist&oacute;rias de pessoas que perderam tudo com a explos&atilde;o; assim, jurou vingan&ccedil;a contra a tripula&ccedil;&atilde;o do avi&atilde;o Enola Gay, respons&aacute;vel por liberar a bomba.&nbsp;
Quase 10 anos depois, Koko foi convidada para um programa de audit&oacute;rio norte-americano e acabou sendo surpreendida pela participa&ccedil;&atilde;o conjunta de seu algoz: o capit&atilde;o Robert Lewis. Inicialmente enfurecida, a japonesa controlou seu &iacute;mpeto ao ver o piloto chorando de arrependimento e, em vez de atac&aacute;-lo publicamente, segurou sua m&atilde;o em um gesto de solidariedade e perd&atilde;o.
<h2>3. Os testes nucleares de Maralinga</h2>
<iframe width="634" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/R0MgVjCEwd0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Escolhida como parte de um projeto da Guerra Fria, a &aacute;rea de Maralinga, Austr&aacute;lia, foi palco para uma s&eacute;rie de testes nucleares entre 1956 e 1963, quando sete <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118975-david-copeland-explodiu-bombas-com-pregos-em-londres-em-1999.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bombas</a> at&ocirc;micas explodiram, sendo uma delas duas vezes maior do que a que tinha destru&iacute;do Hiroshima. Assustadoramente, h&aacute; suspeitas que esses testes n&atilde;o foram realizados para experimentar o poder das bombas, mas sim a resist&ecirc;ncia humana ap&oacute;s o impacto, e muitos militares acabaram sendo expostos &agrave; radia&ccedil;&atilde;o, com 30% deles sendo v&iacute;timas de c&acirc;ncer.
<h2>4. O misterioso incidente Vela-5B</h2>
<iframe width="634" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/HwLF785weFU" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Em 22 de setembro de 1979, o sat&eacute;lite Vela-5B, projetado para detectar explos&otilde;es nucleares, registrou uma explos&atilde;o de 3 quilotons perto das Ilhas Pr&iacute;ncipe Edward, no Pac&iacute;fico, que aparentemente contou com um flash duplo e uma onda atmosf&eacute;rica. Por&eacute;m, as aeronaves de vigil&acirc;ncia n&atilde;o encontraram nada quando foram investigar o local e at&eacute; hoje n&atilde;o h&aacute; conclus&otilde;es sobre o que de fato aconteceu. Uma falha de leitura do sat&eacute;lite? Testes secretos da &Aacute;frica do Sul e Israel? A d&uacute;vida permanece.
<h2>5. O mel americano &eacute; radioativo</h2>
<iframe width="634" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/ywHAtbqVkvs" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Durante um trabalho escolar que provaria o impacto dos testes nucleares de 1950 e 1960 ao meio ambiente, foi identificado que uma garrafa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118122-os-ursos-realmente-amam-comer-mel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mel</a> era 100 vezes mais quente do que v&aacute;rios outros alimentos e que essa amostra em espec&iacute;fico continha altos n&iacute;veis de c&eacute;sio-137, um is&oacute;topo radioativo encontrado em precipita&ccedil;&atilde;o. O caso despertou a aten&ccedil;&atilde;o de cientistas, e cerca de 122 amostras de mel foram coletadas pelas &aacute;reas de cria&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos, com cerca de 68 destas apresentando registros positivos para a presen&ccedil;a de c&eacute;sio-137.&nbsp;
Segundo os especialistas, as plantas absorveram o is&oacute;topo da terra e o armazenaram em n&eacute;ctar, por&eacute;m em concentra&ccedil;&otilde;es que, quando condensadas, n&atilde;o afetam o organismo humano.

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5 histórias fascinantes que envolvem explosões nucleares

Imagem de Cuyahoga: o rio que pegou fogo nos Estados Unidos em 1969 no megacurioso

As águas do rio eram tão poluídas que bastou uma faísca para gerar um incêndio

<head></head><body>Com o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil Americana</a>, em 9 de abril de 1865, a cidade de Cleveland, em Ohio (EUA), passou por uma rápido processo de industrialização. No meio do caminho, esse processo gerou toneladas de lixo e esgoto industrial que terminaram no leito do Rio Cuyahoga, que corre por 160 quilômetros através do estado até desaguar no Lago Erie.As antes límpidas águas do rio foram alvo de todo o tipo de rejeito lançado pelas tubulações das fábricas, e não demorou muito para que se tornassem uma versão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114891-o-grande-fedor-de-1858-que-quase-intoxicou-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio Tâmisa do século XIX.</a> Durante as décadas de 1950 e 1960, a poluição havia atingido um nível tão alto que todos os peixes e organismos já estavam mortos, com apenas cadáveres inchados de ratos boiando pelo rio.Infelizmente, os habitantes pouco se importavam porque acreditavam que esse era o preço que pagavam para estarem no centro da manufatura moderna, e o governo sequer fazia algo senão alertar as pessoas a se manterem longe do Cuyahoga.<h2>As chamas na água</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PBS&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQxOe9mFtrit4qgvmWKNn8NtCKxrJiPbkuPlhphBJKC9XcD_Z8Ve_31DEdeNc_i7vz1perhMCuDCCE&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06145555002245.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodução)">(Fonte: PBS/Reprodução)Em 22 de junho de 1969, o Rio Cuyahoga simplesmente pegou fogo depois que as faíscas de um trem que passava perto do canal acenderam uma mancha de óleo na água, causando chamas de até 5 metros de altura.Mas isso já não era uma novidade, pois o rio já havia pegado fogo em 1912, matando cerca de 5 pessoas. E em 1952, causou um prejuízo de US$ 1,5 milhões aos cofres públicos. Ainda assim, nada foi feito.Apesar de o incêndio de 1969 ter causado danos de apenas US$ 50 mil, o governo se deparou com uma mídia voraz vindo em sua direção.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/06/06145734235247.jpg" alt="(Fonte: EpochaPlus/Reprodução)">(Fonte: EpochaPlus/Reprodução)Apesar de ter sido considerado nada em comparação com os anteriores, esse incêndio atraiu atenção nacional da imprensa para o estado do Rio Cuyahoga, tornando o incidente matéria de capa nos jornais de todo o país.Em vista disso, Carl Stokes, o primeiro prefeito negro de Cleveland, iniciou uma grande campanha para despoluir o rio, temendo que o escândalo o prejudicasse nas eleições futuras.A limpeza do Rio Cuyahoga resultou na criação da Agência de Proteção Ambiental (EPA) em 1970. Em 22 de abril daquele ano, o senador Gaylord Nelson criou o primeiro Dia da Terra para atrair conscientização sobre o meio ambiente e a natureza – embora tenha sido motivado por fins políticos.</body>

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Cuyahoga: o rio que pegou fogo nos Estados Unidos em 1969

Imagem de Desabamento da Sampoong: quando a ganância causou um desastre fatal no megacurioso

Uma loja de departamentos desabou em Seul, matando mais de 500 pessoas, porque o dono se recusava a fechar a loja e ter prejuízos

<head></head><body>A humanidade já presenciou <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117152-bhopal-o-desastre-que-matou-mais-de-25-mil-pessoas-na-india.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diversas ocasiões</a> em que a sede de poder ou dinheiro de uma pessoa ou de um grupo custou a vida de outros seres humanos inocentes. Ainda assim, o desabamento da Sampoong, ocorrido em 1995, na Coreia do Sul, impressiona pelas enormes ganância e teimosia de seus principais culpados.&nbsp;No fim da tarde de 29 de junho de 1995, a luxuosa loja de departamentos Sampoong, em Seul, desabou. Mais de 500 pessoas morreram e quase 1500 ficaram feridas — os últimos sobreviventes foram resgatados 17 dias depois do desastre. Tudo isso ocorreu porque o dono da loja, Lee Joon, e seu filho Lee Han-Sang, se recusaram a evacuar o prédio quando as rachaduras começaram a aparecer — por medo de prejuízos.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/13/13234624496004.jpg" alt="Desabamento da loja Sampoong, em Seul, matou 500 pessoas (Imagem: Wikimedia Commons)">Desabamento da loja Sampoong, em Seul, matou 500 pessoas (Imagem: Wikimedia Commons)<h2>Uma tragédia anunciada</h2>A verdade é que o desabamento de Sampoong é uma sequência de erros, que iniciam na construção da loja. Mas é possível encontrar uma característica em toda a cronologia do desastre: a busca incessante pelo lucro.No final dos anos 1980, impulsionado pelo boom econômico do país e pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/olimpiadas/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olimpíadas</a> de Seul, diversos prédios estavam sendo construídos em todo o país. O empresário Lee Joon tinha um terreno em suas propriedades, onde antes havia sido um aterro sanitário. O projeto inicial era de um prédio residencial de quatro andares, mas Lee decidiu criar uma loja de departamentos no lugar.&nbsp;Para isso, o projeto precisaria ser modificado, com a retirada de colunas de suporte para instalar escadas rolantes. Além disso, o dono da loja resolveu adicionar um quinto piso à construção. A primeira empresa de engenharia contratada para a obra alertou que essa decisão era perigosa. Em vez de ouvir os especialistas, Lee os demitiu.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116783-negligencia-administrativa-motiva-desastre-da-represa-vajont-em-1963.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Negligência administrativa motiva desastre da represa Vajont</a></li></ul><h2>Mais erros em sequência</h2>Como se não bastasse retirar colunas e adicionar um piso, Lee Joon decidiu diminuir as colunas: de 80 centímetros, no projeto original, para 60. O objetivo disso era aumentar o espaço para mercadorias — e, claro, os lucros.&nbsp;O quinto andar da loja de departamentos seriam uma pista de patinação no gelo — uma atividade diferente, já que o zoneamento da região não permitia que o prédio inteiro fosse uma loja de departamentos. Na última hora, Lee Joon mudou de ideia e construiu uma praça de alimentação. Como é comum que as pessoas comam no chão, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118130-5-curiosidades-sobre-os-costumes-da-coreia-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coreia do Sul</a>, o piso precisava ser aquecido. Isso demandou mais estrutura e, com isso, havia mais peso sobre as colunas do prédio.Por fim, três enormes condicionadores de ar foram instalados no teto da construção, adicionando mais 45 toneladas de carga as já sobrecarregadas estruturas. Em resumo, o prédio era como um castelo de cartas esperando para cair. Mesmo assim, a loja de departamentos Sampoong foi inaugurada em 1990 e recebeu mais de 40 mil visitantes por dia nos cinco anos em que funcionou. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/13/13234507432001.jpeg" alt="A loja Sampoong, ainda de pé (Imagem: INF News/Reprodução)">A loja Sampoong, ainda de pé (Imagem: INF News/Reprodução)<h2>Teimosia e ganância fatais</h2>Em meados de 1995, algumas rachaduras começaram a aparecer no quinto andar, onde ficavam os restaurantes — mas a única reação de Lee Joon e da gerência da Sampoong foi mudar alguns estabelecimentos de local e colocar tapumes.&nbsp;No dia do desabamento, 29 de junho de 1995, as rachaduras se tornaram ainda mais evidentes e impossíveis de ignorar. A gerência decidiu fechar algumas partes do quinto andar da Sampoong e os diretores saíram do prédio. Mas, quando alguém sugeriu que toda a loja fosse evacuada e fechada para reparos, o dono Lee Joon respondeu bravo: ele não fecharia a loja de forma alguma, já que o movimento era grande.&nbsp;Ainda na manhã do fatídico dia, clientes e funcionários ouviram estouros vindos da parte de cima do edifício. A vibração dos pesados condicionares de ar se espalhava pela frágil estrutura, de modo que elas foram desligadas, após reclamações. Já era tarde e as rachaduras estavam cada vez maiores: era uma questão de tempo para a loja desabar por inteiro. Mesmo assim, Lee Joon se recusou a fechá-la.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/36612-7-desastres-industriais-mais-terriveis-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 desastres industriais mais terríveis de todos os tempos</a></li></ul><h2>O fatídico fim da Sampoong</h2>Como mostra o episódio sobre a tragédia na série documental Seconds From Disaster, do National Geographic, ainda havia centenas de clientes na Sampoong menos de uma hora antes dela <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117516-o-desastre-do-salao-italiano-o-crime-que-abalou-michigan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desabar</a> por completo.&nbsp;Exatamente às 5h52 da tarde, no horário local, mais estouros foram ouvidos e, apenas nessa hora, alarmes foram soados e as pessoas começaram a correr. Mas havia pouca chance para escapar, já que a estrutura colapsou nesse momento.&nbsp;Nos dias seguintes, um difícil trabalho de resgate foi realizado, já que o resto do prédio que ficou de pé poderia cair em cima dos bombeiros, causando uma tragédia ainda maior. Durante alguns dias, a operadora Korea Telecom enviou sinais para fazer tocar os celulares dos possíveis sobreviventes. A última delas, uma moça de 19 anos chamada Park Seung-hyun, saiu dos escombros depois de 17 dias. 502 pessoas morreram.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/13/13234411729000.jpeg" alt="Trabalhos de resgate após o desastre da Sampoong (Imagem: The Guardian/Reprodução)">Trabalhos de resgate após o desastre da Sampoong (Imagem: The Guardian/Reprodução)As investigações demonstraram que a causa do desastre não poderia ser um incêndio, uma explosão do sistema de gás ou mesmo um ataque terrorista, já que todo o prédio desabou para dentro, sem jogar destroços para fora. Não demorou para o professor de engenharia Lan Chung descobrir a sequência de erros descrita anteriormente e chegar às causas do desastre: teimosia e ganância.A frágil estrutura do prédio estava fadada ao desastre, mas o laudo demonstrou que a movimentação dos condicionadores de ar pelo teto, dois anos antes, — para atender reclamações de vizinhos, reclamavam do barulho — foi o que desencadeou todos os eventos que seguiram. Ainda assim, a direção da loja teve bastante tempo para tomar uma atitude e salvar as mais de 500 vidas perdidas no desastre da Sampoong.Por sua negligência, o dono da Sampoong, Lee Joon, e seu filho, Lee Han-Sang, foram presos e receberam penas de sete anos de prisão. O pai faleceu pouco tempo depois de ser solto e acredita-se que o filho foi viver como pregador na Mongólia. Autoridades de Seul, que foram subornadas para aprovar o péssimo projeto da Sampoong, também foram presas e cumpriram pena. As famílias foram indenizadas.&nbsp;Em reação ao desastre, as vistorias em construções na Coreia do Sul foram reforçadas, evitando novos desabamentos. A história também é um exemplo de como a ganância de uma pessoa pode custar a vida de tantas outras.&nbsp;</body>

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Desabamento da Sampoong: quando a ganância causou um desastre fatal

Imagem de Roger Boisjoly: o engenheiro que tentou impedir o desastre da NASA no megacurioso

A Challenger poderia não ter explodido naquele 28 de janeiro de 1986

<head></head><body>Quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/90545-challenger-relembre-o-triste-desastre-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ônibus espacial Challenger</a>, desenvolvido pela NASA, caiu apenas 73 segundos após o seu lançamento, em 28 de janeiro de 1986, matando instantaneamente 5 astronautas e 2 especialistas em carga útil –, significou um retrocesso nas pesquisas espaciais promovidas pelos Estados Unidos. O desastre marcou toda a nação e o mundo, mas o que o tornou ainda mais emblemático e controverso foi o fato de que ele poderia ter sido evitado se tivessem ouvido apenas um homem: Roger Boisjoly.Na época, ele era engenheiro de foguetes propulsores sólidos na empresa Morton Thiokol (atual ATK Thiokol), localizada em Utah, e responsável por liberar a utilização das peças para a confecção dos foguetes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/18/18204833330246.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Seis meses antes do lançamento fatal, analisando alguns documentos, Boisjoly descobriu que havia uma falha nas anilhas de borracha que vedavam as partes do tanque de combustíveis, especificamente nos anéis do acelerador sólido direito que deveria fazer a Challenger subir. Essas anilhas poderiam endurecer a baixas temperaturas e permitir que os gases em alta temperatura e a pressão escapassem, danificando o tanque de combustível externo do ônibus espacial.Boisjoly e mais quatro engenheiros escreveram um longo memorando para o presidente da Thiokol para alertar que seria perigoso demais o lançamento, ressaltando que haveria perda de vida humana. Contudo, o aviso foi totalmente desprezado e as peças foram encaminhadas para a composição do foguete.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/18/18204923019247.jpg" alt="(Fonte: Exame/Reprodução)">(Fonte: Exame/Reprodução)“Eu lutei com todas as minhas forças para impedir aquele lançamento. Eu estou arrasado”, revelou o engenheiro à National Public Radio, em uma entrevista feita por Daniel Zwerdrando depois do acidente, e que entrou como material confidencial.Em 28 de janeiro de 1986, a previsão do tempo para a manhã do lançamento era de -1 °C na Flórida. A NASA nunca fazia lançamentos em temperatura tão baixas, mas o ambicioso cronograma do governo e da instituição falaram mais alto.Roger Boisjoly foi demitido quando revelou o assunto ao comitê de investigação presidencial após o desastre.</body>

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Roger Boisjoly: o engenheiro que tentou impedir o desastre da NASA

Imagem de 4 locais que ficaram conhecidos pelo acúmulo de cadáveres humanos no megacurioso

Ao longo de 300 mil anos de história dos assentamentos humanos, vários cenários se destacaram pelo acúmulo e empilhamento de mortos

Enquanto muitas paisagens e cartões-postais no planeta exibem o impressionante poder da natureza ou uma notória ação humana, outros locais se destacam por contar um passado sombrio, trazendo trágicas narrativas sobre mortes e outros eventos dramáticos que resultaram na formação de verdadeiros cemitérios contendo pilhas de corpos e registros fósseis que reforçam os perigos que atravessaram o cenário.Confira abaixo alguns desses assentamentos e locais históricos que foram marcados pela escuridão e pelo acúmulo de cadáveres.<h2>1. As catacumbas de Paris</h2><iframe width="1004" height="565" src="https://www.youtube.com/embed/109NG9htnxo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Com aproximadamente 400 km de extensão, o ossuário subterrâneo em Paris, com origem datada da época da ocupação romana na cidade, abriga incontáveis cadáveres que se acumularam no local durante o século XVIII, quando a França viu seus cemitérios transbordarem após mais de 6 milhões de mortes registradas. Hoje, o local é atração turística e já chegou a ser referência em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118547-por-que-trailers-mostram-tanto-sobre-os-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filmes</a> de terror, inspirados por um passado assustador para a humanidade.<h2>2. Pompeia</h2><iframe width="1004" height="565" src="https://www.youtube.com/embed/xB_O0Adpm80" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em 79 d.C., a erupção do vulcão Vesúvio sepultou completamente a cidade romana de Pompeia, que sofreu com uma queda de quase seis horas ininterruptas de fragmentos de rocha sólida. Apesar de a grande maioria da população ter conseguido escapar a tempo, centenas de pessoas foram soterradas e tiveram seus corpos moldados pelas cinzas, resultando em um sítio arqueológico dramático que conta um dos eventos mais tristes da história italiana.<h2>3. Monte Everest</h2><iframe width="1004" height="565" src="https://www.youtube.com/embed/q4Kw7GlZcHM" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Você com certeza já deve ter escutado em filmes a expressão "muitos foram, mas poucos voltaram com vida". Essa é a ideia por trás das fatalidades registradas no Monte <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117916-hannelore-schmatz-a-1-mulher-a-morrer-no-everest.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Everest</a>, locai que anualmente atrai dezenas de exploradores e aventureiros que desejam alcançar o topo de mais de 8,8 quilômetros de altitude. Em pouco mais de 60 anos, mais de 300 alpinistas morreram na escalada, sendo consumidos por adversidades climáticas, instabilidades e defeitos de equipamento. Até hoje, muitos corpos continuam desaparecidos.<h2>4. Floresta do Suicídio</h2><iframe width="1004" height="565" src="https://www.youtube.com/embed/NELAKmk1Vtg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A Floresta Aokigahara, popularmente conhecida como Floresta do Suicídio, se destaca por ser extremamente silenciosa e rodeada de lendas sobre demônios, fantasmas e outros tipos de entidades sobrenaturais. Apenas em 2010, mais de 50 pessoas cometeram <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117992-conrad-roy-jovem-cometeu-suicidio-por-incentivo-de-namorada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suicídio</a> no local, e hoje o marco é ocupado por mensagens motivacionais e textos de compaixão para que as pessoas possam reconsiderar suas ações.

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4 locais que ficaram conhecidos pelo acúmulo de cadáveres humanos

Imagem de Alexander Kliuyev: o piloto que fez uma aposta mortal com um avião no megacurioso

Aparentemente, ele não levou em consideração a vida dos 97 passageiros a bordo

<head></head><body>Em 20 de outubro de 1986, a aeronave Tu-134-A que transportava o voo 6502 da companhia Aeroflot da União Soviética, era operada pelo piloto Alexander Kliuyev, com o copiloto Gennady Zhirnov, o oficial de navegação Ivan Mokhonko, o engenheiro de voo Kyuri Khamzatov e mais 3 comissários de bordo.Com 97 passageiros, o voo doméstico saiu de Koltsovo, em Ecaritemburgo (Rússia), em direção à Grósnia. Quando o piloto Kliuyev estava se aproximando do aeroporto, ele decidiu fazer uma aposta mortal e estúpida com o copiloto Zhirmov: pousar o avião sem qualquer contato visual com o solo.<h2>A catástrofe</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/19/19183916222534.jpg" alt="Alexandre Kliuyev. (Fonte: Daily Mail/Reprodução)">Alexandre Kliuyev. (Fonte: Daily Mail/Reprodução)Para isso, o piloto ordenou que Zhirmov fechasse as cortinas das janelas da cabine a apenas 2 minutos da aterrissagem, dizendo que usaria o método por instrumentos para pousar a aeronave.Os alarmes dispararam e o controlador de tráfego aéreo sugeriu mudar o método de pouso, com a Atualização de Tráfego Aéreo (ATC) alertando para que o piloto tomasse as devidas precauções, uma vez que não estava seguindo uma abordagem NDB (rádio orientação) com o avião já a menos de 100 metros de altura.Ignorando os alertas, Kliuyev pousou a uma velocidade de 280 km/h, com o aparelho totalmente instável, fazendo-o virar de cabeça para baixo após ultrapassar o fim da pista e explodir em chamas, matando instantaneamente 70 passageiros que não sabiam de nada do que estava acontecendo. Entre os 24 sobreviventes, 14 deles eram crianças.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/19/19184058191538.png" alt="(Fonte: Facts WT/Reprodução)">(Fonte: Facts WT/Reprodução)Por incrível que pareça, Kliuyev não morreu e foi condenado a 15 anos de prisão, mas foi libertado após 6 anos cumprindo a pena. O copiloto Zhirmov fez o possível para tentar salvar o máximo de pessoas que conseguiu, ficando gravemente ferido e morrendo de ataque cardíaco a caminho do hospital.Como característico do comportamento do governo soviético, a tragédia foi encoberta e os relatórios oficiais maquiados para parecer que a situação não foi tão grave assim. De acordo com o que consta nos documentos do então Primeiro-ministro da União Soviética, Nikkolai Fyzhkov, apenas 53 passageiros teriam morrido no acidente.</body>

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