Imagem de Museu do Relógio exibe peça rara em homenagem à Independência do Brasil no megacurioso

Um relógio raro de 1922 vai estar à disposição da visita de quem passar pelo museu durante o feriado prolongado de 15 de novembro

Talvez voc&ecirc; n&atilde;o sabia, mas S&atilde;o Paulo abriga um museu bastante peculiar que &eacute; o maior da Am&eacute;rica Latina no assunto: o Museu do Rel&oacute;gio. Localizado no bairro da Vila Leopoldina, a institui&ccedil;&atilde;o conta com um acervo de mais de 600 pe&ccedil;as vindas de todas as partes do mundo e foi fundado em 1950 pelo prof. Dimas de Melo Pimenta.
No ano do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122889-200-anos-da-independencia-do-brasil-toda-a-historia.htm" target="_blank" title="200 anos da Independ&ecirc;ncia do Brasil: toda a hist&oacute;ria!">bicenten&aacute;rio da independ&ecirc;ncia brasileira</a>, o museu apresenta a seus visitantes um rel&oacute;gio muito especial, de nada menos que 100 anos atr&aacute;s, em homenagem ao Centen&aacute;rio da Independ&ecirc;ncia. Comercializado pelo relojoeiro belga Adriano Huybers em 1922, a pe&ccedil;a &eacute; destaque da 49&ordf; Retrospectiva do Museu do Rel&oacute;gio, tradicional evento que acontece anualmente no feriado de 15 de novembro.
<h2>O rel&oacute;gio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/a-11174747752377.jpg" alt="a" />(Fonte: Museu do Rel&oacute;gio)
Com um mecanismo de origem su&iacute;&ccedil;a da marca Prima, o rel&oacute;gio em homenagem ao Centen&aacute;rio da Independ&ecirc;ncia tem um mostrador &uacute;nico, produzido em material met&aacute;lico banhado em prata. A pe&ccedil;a conta com o bras&atilde;o de armas da Rep&uacute;blica Brasileira em alto relevo, tem a marca&ccedil;&atilde;o de horas em algarismos romanos e a indica&ccedil;&atilde;o de segundos em escala pr&oacute;pria. Outro aspecto que chama aten&ccedil;&atilde;o &eacute; a inscri&ccedil;&atilde;o &ldquo;Fico&rdquo;, localizada na base de fixa&ccedil;&atilde;o da coroa do rel&oacute;gio, que remete ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122882-11-personagens-fundamentais-para-a-independencia-do-brasil.htm" target="_blank" title="11 personagens fundamentais para a Independ&ecirc;ncia do Brasil">epis&oacute;dio de 9 de janeiro de 1822</a>, data em que D. Pedro I recusou-se a obedecer &agrave;s ordens de retorno a Portugal.
Al&eacute;m de conhecer a pe&ccedil;a em destaque no evento, o p&uacute;blico pode conferir outros rel&oacute;gios de diferentes estilos, &eacute;pocas e partes do mundo. Com mais de 70 anos de hist&oacute;ria, o Museu do Rel&oacute;gio Professor Dimas de Melo Pimenta &eacute; fruto do sonho e dedica&ccedil;&atilde;o de seu fundador, que d&aacute; nome ao espa&ccedil;o, e &eacute; o &uacute;nico do g&ecirc;nero na Am&eacute;rica Latina. O local &eacute; administrado pela DIMEP, a mais antiga fabricante de rel&oacute;gios de ponto do pa&iacute;s, com 85 anos. A retrospectiva anual do Museu do Rel&oacute;gio &eacute; a &uacute;nica data no ano em que o museu abre em um final de semana, tornando a vista uma oportunidade &uacute;nica para aqueles que n&atilde;o conseguem ir nos demais dias. O evento acontece de 12 a 15 de novembro e tem entrada gratuita.
<h3>Servi&ccedil;o</h3>
<ul>
<li>49&ordf; Retrospectiva do Museu do Rel&oacute;gio</li>
<li>Data: 12 a 15 de novembro de 2021</li>
<li>Hor&aacute;rio: das 10h &agrave;s 17h ?</li>
<li>Local: DIMEP - Avenida Mofarrej, 840 -&nbsp;Vila Leopoldina, S&atilde;o Paulo, SP ?</li>
<li>Entrada Gratuita</li>
<li>Visitas em grandes grupos devem ser previamente agendadas: (11) 3646-4000?</li>
</ul>

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Museu do Relógio exibe peça rara em homenagem à Independência do Brasil

Imagem de "Mandíbula de fósforo": a doença que levou à greve de trabalhadoras de 1888 no megacurioso

Movimento de trabalhadoras que aparece no filme Enola Holmes 2 foi real e ocorreu devido a essa doença

<head></head><body>O primeiro caso registrado de "mandíbula de fósforo", ou “phossy jaw” em inglês, foi o de uma menina que trabalhava em uma fábrica de fósforos em Viena, em 1838. Nos anos seguintes, haveria cada vez mais registros dessa enfermidade que causava a necrose da mandíbula das trabalhadoras de fábricas de fósforos. Há estimativas que 11% das operárias dessas fábricas desenvolviam a doença causada porque elas aspiravam a fumaça gerada pelo fósforo branco.&nbsp;O fósforo branco é um produto químico extremamente tóxico utilizado por décadas pela indústria porque era mais barato que compostos mais seguros. Vale lembrar que durante um longo período após o início da Revolução Industrial, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122779-limpador-de-chamine-o-trabalho-infantil-que-explorava-e-matava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a saúde dos trabalhadores não era levada em consideração</a> e as condições de trabalho eram degradantes.<h2>Fósforos que acendiam em qualquer lugar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11095341375054.jpg" alt="Caixas de fósforos da Bryant &amp; May. (Fonte: All That's Interesting)">Caixas de fósforos da Bryant &amp; May. (Fonte: All That's Interesting)Você já deve ter visto em alguma cena de filme ou desenho animado um personagem que acende um fósforo arrastando ele na parede mais próxima. Essa era a ideia por trás do uso do fósforo branco: criar fósforos que pudessem ser acesos em qualquer lugar. Porém, para isso, era preciso utilizar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123066-tabela-periodica-conheca-o-uso-pratico-dos-elementos-na-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">composto químico</a> que levava as trabalhadoras das fábricas a ter a mandíbula removida ou até à morte. E se engana quem pensa que não se sabia dos efeitos do fósforo branco na saúde humana. Suas consequências já eram conhecidas, mas os donos de fábricas o utilizavam mesmo assim.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11095632888057.jpg" alt="Trabalhadora acometida pela doença. (Fonte: All That's Interesting)">Trabalhadora acometida pela doença. (Fonte: All That's Interesting)O processo de fabricação dos fósforos consistia em misturar o fósforo branco com cola e corante, depois milhares de palitos eram alinhados em uma moldura. Parte das trabalhadoras eram responsáveis por mergulhar os palitos na mistura de cola. Outras encaixotavam os fósforos após secos. Porém, enquanto faziam isso, todas respiravam a fumaça tóxica que o fósforo branco produzia.Alguns proprietários de fábricas implementavam medidas para minimizar os danos, como instruir as trabalhadoras a lavar as mãos após o trabalho ou a cobrir a boca enquanto mergulhavam os fósforos na cola. Nada disso, no entanto, era eficaz contra a toxicidade do produto químico usado.<h2>A greve das trabalhadoras da Bryant &amp; May</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11095052272051.jpg" alt="Trabalhadoras participando da greve de 1888. (Fonte: All That's Interesting)">Trabalhadoras participando da greve de 1888. (Fonte: All That's Interesting)O movimento que culminaria na greve de trabalhadoras de 1888 se iniciou com um artigo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121296-6-marchas-muito-importantes-para-o-movimento-feminista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ativista por direitos das mulheres</a> Annie Besant. Nele, Annie descrevia as condições de trabalho nas fábricas de fósforo: além de ter contato direto com um químico tóxico, elas recebiam salários baixíssimos, eram multadas se estivessem com os pés sujos, se falassem durante o trabalho ou se chegassem atrasadas. Uma das trabalhadoras citadas perdeu um quarto do salário por tirar os dedos de uma máquina em pane antes que eles fossem cortados.Quando o artigo de Annie foi publicado, vários países já proibiam o uso do fósforo branco, mas a Grã-Bretanha continuava a usá-lo. A Bryant &amp; May, uma grande fábrica de fósforos de Londres, ordenou que as trabalhadoras assinassem um documento negando as alegações feitas por Besant e quando elas se recusavam, eram demitidas. Isso fez com que 1400 operárias se recusassem a assinar e entrassem em greve, realizando protestos em frente às instalações da empresa.O movimento das trabalhadoras conseguiu o fim das multas injustas, porém o fósforo branco só teve o uso proibido na Grã-Bretanha em 1910.</body>

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'Mandíbula de fósforo': a doença que levou à greve de trabalhadoras de 1888

Imagem de Reforma Protestante e Contrarreforma: qual é a relação entre elas? no megacurioso

No século XVI, um monge católico questionou os poderes da Igreja e acabando criando sua própria doutrina

<head></head><body>A Reforma Protestante foi um movimento religioso desenvolvido no século XVI, tendo como protagonista <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121545-quem-foi-martinho-lutero-o-lider-da-reforma-protestante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martinho Lutero</a>, que era um monge católico. Ele se rebelou contra algumas das práticas da Igreja Católica e resolveu propor certas mudanças que levariam à reforma da Igreja. Mas o que aconteceu, na prática, foi o rompimento de Lutero com o catolicismo e a fundação de uma nova doutrina, chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120366-reforma-protestante-5-consequencias-sociais-do-luteranismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Protestantismo</a>.Mas o que isto tem a ver com a resposta dada pela igreja, a chamada Contrarreforma Protestante? Explicamos tudo neste texto.<h2>O início da Reforma</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10155130919334.jpg" alt="(Fonte: MaisFe)">(Fonte: MaisFe)A Reforma Protestante se iniciou efetivamente em 31 de outubro de 1517, quando Martinho Lutero publicou um documento chamado 95 Teses, no qual expunha 95 ideias suas sobre onde o catolicismo deveria ser reformado.Estas ideias foram consideradas extremamente controversas. Ele se posicionava contra atos que considerava abusos da igreja, como a venda de indulgências para que os fieis pudessem entrar no céu, além de trazer denúncias de corrupção dos clérigos.Lutero também propunha que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121652-como-os-seguidores-de-jesus-fundaram-o-cristianismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristãos</a> tivessem livre acesso às escrituras sagradas e a Deus, sem a necessidade de uma instância intermediária (a igreja) para conversar com a entidade divina e obter perdão dos pecados. Outra ação realizada por ele foi a tradução da Bíblia para o alemão. Deste modo, os fieis poderiam ler e interpretar a Bíblia, que antes só existia em latim.De modo geral, o movimento defendia que os crentes individuais deveriam ser menos dependentes da Igreja Católica, bem como do poder do papa e de seus sacerdotes. Os protestantes alegavam que as pessoas deveriam manter um relacionamento direto com Deus, assumindo a responsabilidade pessoal pela sua fé e pela sua salvação.<h2>E como a Igreja reagiu a tudo isso?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10155255490335.jpg" alt="(Fonte: Canção Nova)">(Fonte: Canção Nova)Quando pensamos na resposta dada pela Igreja ao movimento de Martinho Lutero, chegamos à Contrarreforma. O que se sabe é que a Igreja nunca fez as reformas propostas por Lutero, nem tentou responder com a mesma força as suas acusações.&nbsp;Quando Lutero propôs a Reforma em 1517, a Igreja tentou silenciá-lo, como já havia feito com seus críticos anteriores. Porém, como Lutero já tinha um amplo apoio da população - o que foi potencializado pelo fato de que ele usou a imprensa para espalhar suas ideias.O foco central da Contrarreforma era reestabelecer o poder da Igreja e sua centralidade na vida dos fiéis. Quando os sacerdotes viram que o movimento reformista não iria acabar, o papa Paulo II convocou o Concílio de Trento para revisar a Igreja. Durante este concílio, as autoridades católicas mudaram algumas coisas, como o fim da venda de indulgências, estabeleceram novas ordens monásticas e dedicaram especial atenção para o uso da arte, da música e da arquitetura nos cultos.Um elemento ligado à Contrarreforma é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45625-curiosidades-gerais-sobre-o-sinistro-tribunal-da-santa-inquisicao-espanhola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santa Inquisição</a> Romana, ampliada como resposta à Reforma. Ela servia para punir e combater os hereges que iam contra a Igreja Católica, misturando religião e política.Outra estratégia usada pela Igreja foi o Index Librorum Prohibitorum (“Índice de Livros Proibidos”), uma lista que incluía os escritos que não deveriam ser lidos pelos fiéis. Neste índice, estavam livros que eram considerados heréticos ou ameaçadores da fé católica. Quem fosse encontrado com uma das obras contidas no Índice poderia ser perseguido e até morto.</body>

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Reforma Protestante e Contrarreforma: qual é a relação entre elas?

Imagem de 4 histórias brutais sobre os vikings que inspiram medo e respeito no megacurioso

Com um legado marcado por invasões e ataques, os vikings tinham um nome a zelar e atuavam em todos os setores sociais com fins de dominação

<head></head><body>Do final do século VIII ao século XI, período conhecido como Era Viking, tribos de guerreiros estrangeiros se espalharam por toda <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123367-os-castelos-assombrados-e-seus-fantasmas-mais-conhecidos-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> com a intenção de aterrorizar, devastar e se estabelecer em terras para além da antiga Escandinávia. Formados por unidades versáteis e preparadas, esses grupos marcaram a reconstrução do continente por meio do fomento de guerras e conflitos internos, mas sem deixar de mostrar a capacidade de se desdobrar mesmo sob condições adversas.O passado dessas tribos está relacionada não apenas com atos bárbaros ou com incitações de conflitos sangrentos, mas também pela introdução de sociedades organizadas, onde temas como cultivo, pescado, comércio e educação eram pautas fortificadas e recorrentes. Misturando todos esses conceitos, não tinha como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> deixarem de ser indivíduos fascinantes e assustadores. Confira abaixo alguns fatos sobre eles que inspiram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109271-os-medos-mais-comuns-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medo</a> e respeito até os dias atuais:<h2>1. A maior conquista viking</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/06/06232937159000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Muitas vezes esquecida, a maior conquista realizada pelos vikings ocorreu no leste europeu, mais precisamente no antigo território russo. No século XIX, o chefe nórdico Rurik ganhou o controle da cidade de Ladoga, perto da região que atualmente é São Petersburgo, e construiu o assentamento Holmgard.&nbsp;Esse foi o primeiro passo para a fundação da Dinastia Rurik, que resultou em conquistas sobre áreas do Mar Negro (maior parte da atual Ucrânia, Bielorrússia e as partes ocidentais da Rússia do leste). A divisão história das terras ficou conhecida como Kievan Rus e deu origem ao vasto território governado, nos dias de hoje, por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121547-3-crimes-graves-cometidos-por-vladimir-putin-em-23-anos-de-governo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vladimir Putin</a>.<h2>2. Vikings serviram aos imperadores bizantinos como mercenários</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/06/06233042838001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)No início dos anos 900, os vikings fundaram a Guarda Varangiana e passaram a agir como mercenários, habitando seus próprios principados em Kiev e Novgorod. A força de resistência consistia em aproximadamente 700 unidades a atuou como escudo e lança de imperadores bizantinos, participando de uma expedição contra Creta.&nbsp;Eles foram provados em batalha várias vezes e evoluíram para um grupo de elite, onde membros recebiam salários mais altos que o resto do exército viking — mais de seis mil homens no total. Além disso, a Guarda Varangiana tinha privilégios em relação à coleta de espólios de guerra e às próprias heranças dos imperadores, tendo a chance de reivindicar os bens do governante para quem foi jurada.<h2>3. Espadas que evoluíram com o tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/06/06233130595002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)As primeiras forjas vikings fabricavam <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/91755-8-incriveis-espadas-historicas-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espadas</a> de até 1,8 kg e de até 90 cm de altura da lâmina. Sem comprometer a resistência, essas dimensões permitiam um bom equilíbrio e, mesmo sem haver uma ponta afiada, era relativamente eficaz em realizar cortes limpos. Apesar disso, o termo "espada viking" é equivocado, já que sua origem remete ao Império Franco durante a era carolíngia (800–888).Esses modelos eram construídos por meio de solda padrão e abandonaram a prática anos depois, com o aprimoramento na metalurgia. Na antiga Escandinávia, ferreiros passaram a misturar ossos de animais mortos com ferro tradicional e obtiveram peças com alta quantidade de carbono — um tipo rudimentar de aço. Apenas por meio de estudos recentes, baseados em experimentos de queima de carvão, foi descoberto que os equipamentos melhoravam consideravelmente seus atributos.<h2>4. Os vikings acabaram com a era de ouro na Inglaterra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/06/06233226735003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Após o fim da "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117324-3-fatos-historicos-que-comprovam-os-problemas-da-idade-das-trevas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade das Trevas</a>", com a morte do rei anglo-saxão Penda, em 655 d.C., a guerra que marcava os reinos europeus transformou-se em um estado de paz. Nos anos seguintes, a Inglaterra cresceu economicamente e viu todos os seus principais setores sociais acompanharem o desenvolvimento, especialmente o educacional. Porém, essa riqueza e o potencial da região atraíram os vikings, dando início a uma invasão em larga escala com massacre de monges, confisco de bens e domínio da costa local.As tribos escandinavas aterrorizaram a Europa a partir de 793 d.C. e surpreenderam os ingleses, que não tiveram meios de revidar e foram pegos despreparados. Essa invasão teve sequência pelas próximas décadas por meio de destruições gratuitas e selvageria desenfreada. Logo, os vikings acabaram desdenhando do poder de reação de suas presas e recuaram na primavera local.&nbsp;Essa tática tornou-se comum nos anos que vieram e os guerreiros ficaram conhecidos como “O Grande Exército Pagão”. Os ataques se transformaram em conquistas diretas e resultaram na destruição de Lindisfarne, no estabelecimento da comunidade Jorvik, na tomada de Danelaw — antigo território de Londres e do Tâmisa — e na invasão de Wessex.</body>

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4 histórias brutais sobre os vikings que inspiram medo e respeito

Imagem de Como era a vida das prostitutas de luxo no Renascimento? no megacurioso

Conheça a histórias das cortesãs de alta classe que viveram na Veneza renascentista

<head></head><body>Há uma frase antiga que diz que as profissionais do sexo levam uma "vida fácil". Bom, além de machista, esta é uma frase mentirosa. E as prostitutas que trabalhavam durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111271-as-9-melhores-invencoes-do-genio-renascentista-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período renascentista</a> sabiam bem disso.Algumas cortesãs que viviam em Veneza, por exemplo, além de serem muito ricas, eram também reverenciadas como intelectuais. Isto porque elas tinham muitos atributos e precisavam estar preparadas para lidar com todo tipo de debate. Não por acaso, várias delas publicaram livros. Por conta disso, estas mulheres conquistavam a liberdade financeira e sexual e inspiravam as esposas dos nobres a imitar o seu estilo arrojado.<h2>Veneza, a capital das cortesãs no Renascimento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/28/28095003363040.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113628-como-veneza-foi-construida-sobre-agua-e-lama-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Veneza</a> era uma das cidades mais ricas da Europa durante o século XVI. O comércio florescia, atraía gente de todo mundo e isso também estimulou o crescimento da prostituição, que se tornou legalizada e tributada.Os historiadores contam que, em 1509, havia 11.164 <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45364-conheca-5-das-prostitutas-mais-famosas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cortesãs</a> em Veneza. Há um cálculo apontando que uma em cada quatro mulheres trabalhava neste ramo. Claro que havia as prostitutas de "baixo escalão" (chamadas de cortigiane di lume, ou "cortesãs da luz"), que eram pobres e ganhavam pouco. Mas também existiam as muito famosas e ricas (chamadas de&nbsp;cortigiane oneeste, que quer dizer "cortesãs honestas"), que moravam em casas luxuosas e ajudavam a lançar modas que se espalhavam na sociedade.O contexto da legalização desta profissão tem razões históricas: no século XIV, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119673-6-fatos-para-entender-a-peste-bubonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peste Negra</a> havia dizimado a população de Veneza. Por consequência, até a igreja concordou que a prostituição fosse legalizada, pois isto, supostamente, diminuiria o número de ataques às mulheres.A consequência é que as cortesãs mais conhecidas tomaram lugar de destaque na sociedade, e foram pintadas por artistas renomados como Tintoretto e <a href="https://www.megacurioso.com.br/luxo/81886-especialistas-descobrem-novas-obras-de-caravaggio-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caravaggio</a>. Em boa parte das vezes, elas eram modelos para que os pintores retratassem personagens bíblicas, como Santa Catarina, Maria Madalena e a Virgem Maria.<h2>Histórias de prostitutas renascentistas famosas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/28/28100913145066.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Muitas destas cortesãs de Veneza entraram para a história. Tullia d'Aragona, por exemplo, morou em várias cidades, como Roma, Florença e Siena. Ela ganhou fama como autora e poetisa, e é considerada a primeira mulher a publicar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121418-estrofe-na-poesia-e-na-musica-o-que-e-e-a-mesma-coisa-nas-duas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poema épico</a>.Suas ligações com a alta aristocracia a salvou de muitos problemas. Ela foi acusada de infringir a lei que proibia que estas mulheres usassem roupas caras. Contudo, por possuir o apoio do duque e da duquesa de Florença, não foi punida.Outra cortesã célebre foi Veronica Franco. Ela era filha de outra cortesã e foi educada desde cedo para seguir este trabalho e com ele progredir na sociedade. Veronica publicou um livro de poesias e outro com uma coleção de suas cartas, que continha correspondências com o rei Henrique III da França e com o pintor Tintoretto.E nem todas as prostitutas eram solteiras. Tullia d'Aragona, por exemplo, casou-se em 1543, o que permitiu que ela não morasse no bairro destinado às cortesãs e não precisasse usar as roupas especiais que identificavam as prostitutas.</body>

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Como era a vida das prostitutas de luxo no Renascimento?

Imagem de Veja todo o esplendor da tumba de Tutankamon após 9 anos de restauração no megacurioso

A tumba do mais famoso faraó da História foi encontrada por arqueólogos há 100 anos; veja tudo o que aprendemos com essa grandiosa descoberta

H&aacute; 100 anos, uma das maiores descobertas da hist&oacute;ria da Arqueologia mudou o mundo: foi encontrada a tumba do fara&oacute; Tutanc&acirc;mon, uma das mais intactas j&aacute; acessadas pelos especialistas, o que ajudou muito na recria&ccedil;&atilde;o contempor&acirc;nea da sociedade do Egito Antigo.
Descoberta em 4 de novembro de 1922 pela equipe do egipt&oacute;logo Howard Carter, a tumba estava intacta, algo raro, pois muitos dos sarc&oacute;fagos e outros objetos de valor de outros fara&oacute;s eg&iacute;pcios foram saqueados em algum momento no passado. O local descoberto possu&iacute;a mais de 5 mil objetos e todo o esfor&ccedil;o em torno da conserva&ccedil;&atilde;o e do estudo da tumba gerou uma popularidade sem igual na &eacute;poca.&nbsp;Tutanc&acirc;mon herdou o trono do Egito por volta do ano 1332 a.C., quando tinha apenas 9 anos de idade, e faleceu prematuramente com apenas 19.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04213422816402.jpg" alt="" />
Carter encontrou a c&acirc;mara mortu&aacute;ria de Tutanc&acirc;mon milagrosamente selada ap&oacute;s 3 mil anos &ndash; e, em seu interior, al&eacute;m da vasta variedade de artefatos, a m&uacute;mia do fara&oacute; dentro de 3 sarc&oacute;fagos (o &uacute;ltimo deles, feito de ouro).
<h2>Tumba VIP</h2>
A extraordin&aacute;ria descoberta foi t&atilde;o celebrada que n&atilde;o demorou para que &ldquo;Tut&rdquo; se transformasse em uma estrela da arqueologia e, no final da d&eacute;cada de 1980, sua tumba recebia em m&eacute;dia 4 mil visitantes por dia! E voc&ecirc; sabe o estrago que turistas &ndash; especialmente os mal-educados &ndash; podem fazer, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04213746456404.jpg" alt="" />
(History/Getty Trust/J. Paul)
Pois &eacute;, al&eacute;m de danos propositais causados por alguns esp&iacute;ritos de porco &ndash; que fizeram rabiscos nas paredes da tumba &ndash;, a grande movimenta&ccedil;&atilde;o de pessoas resultou na transfer&ecirc;ncia de material particulado e sujeira do exterior para o interior da c&acirc;mara mortu&aacute;ria. Como se fosse pouco, a umidade dos corpos suarentos dos visitantes e o di&oacute;xido de carbono exalado por eles dentro do local s&oacute; contribu&iacute;ram para acelerar a deteriora&ccedil;&atilde;o da tumba e, ainda nos anos 1980, cientistas identificaram o que parecia ser uma grave prolifera&ccedil;&atilde;o de fungos pelas paredes da tumba. Repare nos pontinhos marrons na imagem abaixo:
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04213636034403.jpg" alt="" />
(BBC/Reuters)
<h2>Restaura&ccedil;&atilde;o minuciosa</h2>
Os trabalhos de restaura&ccedil;&atilde;o &ndash; conduzidos por especialistas do Instituto Getty de Conserva&ccedil;&atilde;o e do Minist&eacute;rio de Antiguidades do Egito &ndash; come&ccedil;aram em 2009 e, al&eacute;m de focarem na limpeza e recupera&ccedil;&atilde;o das pinturas das paredes da tumba, os peritos realizaram uma s&eacute;rie de estudos e tratamentos, ademais de implementar melhorias para que o local sofra um pouquinho menos com o fluxo de turistas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04214015503406.jpg" alt="" />
(History/Getty Trust/J. Paul)
Os pesquisadores realizaram, por exemplo, testes qu&iacute;micos e exames de DNA em amostras dos tais fungos e compararam imagens atuais das paredes com as capturadas ap&oacute;s a tumba ser descoberta, e constataram que os pontinhos n&atilde;o eram causados por fungos, mas sim por micr&oacute;bios, e que a prolifera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&oacute; n&atilde;o avan&ccedil;ou muito desde os anos 1920, como nem est&aacute; mais ativa. Ali&aacute;s, os pesquisadores suspeitam que os microrganismos podem ter se espalhado pelo local por conta da forma como Tut foi sepultado.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04214112113407.jpg" alt="" />
(BBC/Reuters)
Enfim, como voc&ecirc; pode perceber nas imagens, os pontinhos marrons n&atilde;o foram removidos das paredes. Isso se deve ao fato de os micr&oacute;bios terem penetrado na superf&iacute;cie e, para n&atilde;o correr o risco de danificar as pinturas, os restauradores optaram por deixar as manchinhas como est&atilde;o.
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(History/Getty Trust/J. Paul)
Outra coisa: como a maior amea&ccedil;a &agrave; tumba ainda s&atilde;o os turistas &ndash; o local n&atilde;o foi fechado para visita&ccedil;&atilde;o durante os trabalhos e recebe entre 500 e mil pessoas ao dia &ndash;, para tentar frear os danos, os restauradores instalaram pain&eacute;is diante das paredes para evitar que a sujeira se acumule sobre as pinturas, e sistemas de ventila&ccedil;&atilde;o e filtragem do ar para prevenir os efeitos do p&oacute; e da umidade. Veja mais imagens do interior da tumba do fara&oacute;:
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(History/Getty Trust/J. Paul)
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(BBC/AFP)
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04214820300412.jpg" alt="" />
(BBC/Reuters)
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/02/04/04214732066411.jpg" alt="" />
(BBC/AFP)

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100 anos da descoberta da tumba de Tutancâmon: saiba mais sobre o faraó

Imagem de Anacaona: a cacique que desafiou o domínio espanhol na Ilha de São Domingos no megacurioso

Lembrada como uma das fundadoras da Ilha de São Domingos, Anacaona se tornou cacique de duas tribos e foi vista como ameaça pelos espanhóis

<head></head><body>Anacaona é um dos nomes que representa a coragem e a resistência diante da colonização espanhola ocorrida no período das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121365-6-maneiras-pelas-quais-as-grandes-navegacoes-impactaram-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grandes Navegações</a>. Nascida na região que hoje corresponde ao Haiti, Anacaona era irmã de um dos chefes indígenas locais, aprendendo com ele e vendo, no decorrer de anos, o destino do povo taíno ficar na mão dos europeus.Antes de tudo, é necessário lembrar que assim como em outras regiões da América, a Ilha de São Domingos também abrigava diversos recursos cobiçados, como o ouro e outros recursos naturais, atraindo o interesse dos espanhóis assim que chegaram ao local em 1492. Inclusive, Anacaona teria recebido Cristóvão Colombo em uma de suas viagens que resultou no apossamento de vastas porções de terras na América.&nbsp;E se a princípio os povos nativos receberam e negociaram com os espanhóis sem suspeitar dos planos que a Coroa tinha para aquela região, chegando mesmo a desenvolver um relacionamento mais amistoso, em menos de um ano após o início da exploração da nova colônia as intenções já eram mais claras e já havia se estabelecido uma série de conflitos entre os indígenas e os espanhóis.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/01/01133113878259.png" alt="Além de poetiza, Anacaona se tornou uma líder admirada e respeitada pelo povo taíno. (Fonte: Wikimedia)">Além de poetiza, Anacaona se tornou uma líder admirada e respeitada pelo povo taíno. (Fonte: Wikimedia)<h2>Enfraquecimento da resistência indígena</h2>Num desses episódios trágicos, Anacaona viu seu marido Caonabo, líder de uma das cinco maiores regiões, Maguana, ser capturado a mando de Cristóvão Colombo. Acusado de coordenar um ataque à colônia e enviado para a Espanha, ele acabou sendo vítima fatal de um naufrágio em 1496.Anacaona, então, teve de assumir seu posto. Mas a essa altura, o poder de resistência à influência espanhola já estava enfraquecido: em 1498, seu irmão Bohechío foi forçado a reconhecer a soberania da Coroa. Quatro anos depois, após sua morte, ela herdou sua posição de cacique da região de Jaragua, tornando-se a primeira mulher a liderar duas tribos.É importante lembrar que os ataques realizados aos nativos não consistiam apenas na exploração dos recursos naturais, mas também na imposição do pagamento de impostos destinados à Coroa, na escravidão desse povo e mesmo na recorrência de massacres.Assim como ocorreu em outras colônias na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117063-dez-povos-que-podem-ter-chegado-na-america-antes-de-colombo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">América</a>, os episódios mais violentos dizimaram a população indígena de forma impiedosa. Anacaona, ciente de tal fato, tentou estabelecer uma nova forma de resistência: ela acreditava que os embates realizados entre pequenos grupos tornavam ainda mais evidente a desvantagem para os indígenas, já que estes não tinham os mesmos recursos para lutar que os europeus.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/01/01133829317267.png" alt="Anacaona se tornou cacique de Maguana e de Jaragua e foi vista como uma ameaça pelos espanhóis. (Fonte: Wikipedia)">Anacaona se tornou cacique de Maguana e de Jaragua e foi vista como uma ameaça pelos espanhóis. (Fonte: Wikipedia)<h2>Um ataque premeditado</h2>A existência de relacionamentos entre integrantes de ambos os grupos, mais frequente naquele momento, era um forte indício de que a integração entre os povos havia se fortalecido e que a pacificação poderia ser o caminho. No entanto, um novo episódio acabou por dar um desfecho fatal para a história de Anacaona e dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118510-conheca-5-curiosidades-sobre-as-linguas-indigenas-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indígenas</a> nativos da ilha.Do ponto de vista espanhol, a figura de Anacaona era considerada uma ameaça, já que sua postura mais conciliatória foi interpretada como um mecanismo para promover o relacionamento entre os indígenas e os colonizadores para enfraquecer de forma menos evidente a influência do domínio europeu.E foi em meio a um encontro com um grupo de espanhóis que a líder viu um novo ataque impiedoso ocorrer sob o comando de Nicolau de Ovando. A reunião, que seria realizada para selar a paz entre os povos, na verdade, era uma armadilha para capturar os líderes indígenas e evitar que armassem qualquer tentativa de insurreição.&nbsp;Os caciques, junto de Anacaona, foram sumariamente executados. Enquanto eles foram queimados, a líder indígena foi julgada, condenada por traição e enforcada aos 29 anos. Sua figura, apesar de não aparecer representada nos livros de História como ocorre com os grandes colonizadores, ainda hoje é lembrada na história da Ilha de São Domingos, sendo considerada uma de suas fundadoras.</body>

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Anacaona: a cacique que desafiou o domínio espanhol na Ilha de São Domingos

Imagem de Clorose: "doença do amor" que deixava jovens verdes sumiu misteriosamente no megacurioso

Até hoje a clorose ainda é um mistério para a medicina

Por volta da d&eacute;cada de 1890, cerca de 16% das pessoas internadas no St. Bartholomew's Hospital, em Londres, Inglaterra, foram diagnosticadas com clorose. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122780-7-motivos-para-o-aumento-de-doencas-infecciosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afetados pela doen&ccedil;a</a> desenvolviam fadiga, desejo de comer coisas que normalmente s&atilde;o comer&iacute;amos, falta de apetite, amenorreia e anemia. No entanto, o que mais chamava a aten&ccedil;&atilde;o era o tom esverdeado da pele dos doentes.
Hoje, se voc&ecirc; pesquisar o termo "clorose" no Google, o que encontrar&aacute; ser&atilde;o links para doen&ccedil;as de plantas. No entanto, aqui a clorose &eacute; caracterizada pela perda da cor verde, n&atilde;o um excesso. Ocasionalmente, um ou outro caso explic&aacute;vel de humano com pele colorida ainda aparece, mas o que antes era uma epidemia sumiu com a chegada do s&eacute;culo XX.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: The New Inquiry/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://thenewinquiry.com/blog/diseases-of-virgins-and-spinsters-the-gynephobic-history-of-chlorosis-and-hysteria/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/17124509955169.jpg" alt="(Fonte: The New Inquiry/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The New Inquiry/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>A "doen&ccedil;a do amor"</h2>
Apenas em 1619 &eacute; que o professor de medicina Jean Varandal cunhou o termo clorose. Antes disso, a doen&ccedil;a recebeu v&aacute;rios nomes, como &ldquo;doen&ccedil;a do amor&rdquo; ou &ldquo;febre do amor&rdquo;, possivelmente porque afetava mais as mulheres e as supostas curas tinham algo a ver com o papel feminino dentro de uma rela&ccedil;&atilde;o naquela &eacute;poca.
O termo clorose tem suas ra&iacute;zes na palavra grega cloros, que quer dizer verde-p&aacute;lido ou amarelo-esverdeado. Durante centenas de anos, a doen&ccedil;a do amor&nbsp;era uma constante em v&aacute;rias regi&otilde;es, mas principalmente na Europa.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/25/wellcome-library-25192306618608.jpg" alt="Wellcome Library" />(Fonte: Wellcome Library)
Os diagn&oacute;sticos por tr&aacute;s dela mudaram ao longo dos s&eacute;culos conforme os conhecimentos m&eacute;dicos e as normas sociais do per&iacute;odo. Foi descrita pela primeira vez em 1554, sendo que at&eacute; por volta do ano 1700 era chamada de a &ldquo;doen&ccedil;a das virgens&rdquo;. N&atilde;o por acaso, imaginava-se que uma poss&iacute;vel cura era ter rela&ccedil;&otilde;es sexuais.&nbsp;
Registros hist&oacute;ricos que datam do s&eacute;culo IV a.C., j&aacute; falavam de uma doen&ccedil;a parecida. Os eg&iacute;pcios, por exemplo, tinham relatos sobre alguns dos sintomas notados na clorose. Ao longo da hist&oacute;ria, a doen&ccedil;a do amor foi vista sempre como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123232-conheca-a-sinistra-sindrome-de-alice-no-pais-das-maravilhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;a feminina</a>. Isso ajuda a explicar porque n&atilde;o sabemos quase nada sobre ela, j&aacute; que por envolver mulheres recebia pouca aten&ccedil;&atilde;o e, muitas vezes, era &ldquo;curada&rdquo; com m&eacute;todos absurdos.
<h2>Como a clorose afetava as mulheres</h2>
As principais v&iacute;timas da doen&ccedil;a do amor eram mo&ccedil;as jovens. Fisicamente elas aparentavam estar nutridas, no entanto, a pele tinha um tom amarelo-esverdeado, especialmente nas mais morenas. O branco dos olhos tamb&eacute;m adquiria uma tonalidade azul.
Outros sintomas comuns eram as dores de cabe&ccedil;a, sonol&ecirc;ncia, rosto e tornozelos inchados, sangramentos nasais, diminui&ccedil;&atilde;o da libido, sintomas hoje classificados como de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade e depress&atilde;o</a>, menos desejo sexual, ondas de calor, anorexia ou obesidade e apetite peculiar, como vontade de comer cera ou prefer&ecirc;ncia por coisas azedas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/25/25191617137599.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Por exemplo, se recomendava &agrave;s jovens doentes o casamento, sexo para engravidar, dietas suspeitas, p&iacute;lulas de ferro, sangrias de diversos tipos, incluindo com sanguessugas e at&eacute; mesmo choque el&eacute;trico no &uacute;tero. Em alguns casos era indicado que a mulher abandonasse a educa&ccedil;&atilde;o.
Embora raros os casos, homens tamb&eacute;m foram diagnosticados com clorose. Quando isso acontecia, os m&eacute;dicos apontavam que a doen&ccedil;a surgia naqueles que eram efeminados.
<h2>Desaparecimento da doen&ccedil;a</h2>
N&atilde;o existe uma &uacute;nica explica&ccedil;&atilde;o para dizer o que aconteceu com a doen&ccedil;a. Para pesquisadores atuais da medicina, &eacute; poss&iacute;vel que v&aacute;rios aspectos ajudem a responder por qual motivo a clorose sumiu.
Por exemplo, os sintomas da doen&ccedil;a acabaram sendo desviados para outros tipos de diagn&oacute;sticos, como a anemia hipocr&ocirc;mica ou anorexia. Al&eacute;m disso, o tratamento feminino foi melhorando com o passar dos anos, focando mais na dieta do que na virgindade das mulheres.
Outra raz&atilde;o pela qual a&nbsp;clorose&nbsp;pode ter desaparecido dos registros m&eacute;dicos &eacute; que outras doen&ccedil;as mais chamativas e eventos preocupantes apareceram. Por exemplo, a Primeira Guerra Mundial, a gripe e a pandemia de 1918.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/17/17125803010185.jpg" alt="(Fonte: TV Tropes/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: TV Tropes/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E como era algo &ldquo;de mulher&rdquo;, as jovens que n&atilde;o menstruavam e apresentassem qualquer tipo de sintomas, incluindo ficar verde, eram deixadas em segundo plano, possivelmente com a doen&ccedil;a se curando por conta pr&oacute;pria.
Muita coisa sobre a clorose &eacute; um mist&eacute;rio. Embora o dramaturgo Sheakespere tenha chamado a condi&ccedil;&atilde;o de &ldquo;doen&ccedil;a verde&rdquo;, n&atilde;o se sabe se todas as pessoas afetadas adquiriam essa cor.
Um artigo mais recente, de 1980, publicado no British Medical Journal, sugeriu que muitas pessoas falavam sobre a pele verde porque achavam que deveriam confirmar esse sintoma. Outra hip&oacute;tese levantada pelo artigo em quest&atilde;o &eacute; que o apelido de &ldquo;doen&ccedil;a verde&rdquo; talvez tenha origem no fato de que as afetadas eram mulheres jovens &ndash; metaforicamente, elas estavam "verdes", pois ainda eram "inexperientes".

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Clorose: 'doença do amor' que deixava jovens verdes sumiu misteriosamente

Imagem de Sobibor: a fuga histórica e mais bem-sucedida de um campo nazista no megacurioso

O local foi feito apenas para exterminar os judeus que, inclusive, foram colocados para assassinar o próprio povo

<head></head><body>Desde que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentração</a> Dachau foi aberto, em 22 de março de 1933, cinco anos antes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler invadir a Polônia</a> e estabelecer o início da Segunda Guerra Mundial, houve mais de mil campos de extermínios, dos quais Aushwitz-Birkenau foi o maior de todos. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas foram confinadas nessas instalações.Independentemente do tamanho dos campos, além das câmaras de gás, alojamentos e crematório, eles possuíam uma estrutura em comum: a de guarnição. Todas as instalações foram construídas com altos muros de tijolos aparentes, grossas cercas de arame farpado e normalmente 5 torres de guarda com oficiais da SS fortemente armados.Funcionando como uma alternativa redundante de segurança, o Wachbattalion, ou Batalhão de Guardas, operava como uma autoridade externa dos campos, e fazia parte de uma unidade da SS. Eles eram responsáveis por vigiarem as torres e patrulhar as cercas do perímetro do acampamento. Durante uma emergência, como uma revolta dos prisioneiros ou tentativas de fuga em massa, eles eram acionados para dar suporte.A concentração de guardas em um campo poderia variar, mas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Auschwitz</a>, por exemplo, 700 homens patrulhavam a instalação em 1941, depois esse número cresceu para 2 mil em junho do ano seguinte, então para 3 mil em abril de 1944, e para 3.300 homens em agosto de 1944. Em janeiro de 1945, pouco antes da libertação do campo, haviam 4.480 homens da SS trabalhando na segurança do local.Apesar de toda essa proteção, houve alguns episódios de fugas bem-sucedidas ao longo da história dos campos de concentração, sendo a fuga de Sobibor a mais emblemática e arriscada de todas.<h2>Os 600 de Sobibor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/20/20145026124219.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Muito diferente de Treblinka ou Belzec, o campo de concentração de Sobibor foi construído para simplesmente matar todos os que eram enviados para lá, não mantê-los para algum tipo de trabalho forçado. Estabelecido em maio de 1942, perto da fronteira oriental da Polônia – na floresta da aldeia de Zlobek Duzy, na região ocupada pelos alemães –, a instalação foi erguida como parte da Operação Reinhard, arquitetada por Reinhard Haydrich, o famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plano de exterminação dos poloneses judeus</a>, considerado o pilar central do Holocausto.Criar o campo no meio da floresta foi uma estratégia para mantê-lo o mais escondido o possível dos olhos de todos, inclusive muitas árvores foram plantadas ao longo de seu perímetro, com cercas de arames farpado e um campo minado servindo como complemento para essa segurança estrutural.Sobibor foi administrado pelos alemães e austríacos, com prisioneiros de guerra soviéticos como guardas adicionais para o controle da segurança. Todos os dias, vagões de trens literalmente amontoados de judeus chegavam às portas do campo para que essas pessoas fossem despidas de seus pertences e roupas, e enviadas diretamente às <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119296-zyklon-b-o-gas-mortal-usado-por-hitler-para-exterminar-os-judeus.htm#:~:text=Zyklon%20B%3A%20o%20g%C3%A1s%20mortal%20usado%20por%20Hitler%20para%20exterminar%20os%20judeus,-07%2F07%2F2021&amp;text=Descoberto%20no%20final%20do%20s%C3%A9culo,de%20%C3%A1rvores%20c%C3%ADtricas%20na%20Calif%C3%B3rnia." rel="noopener noreferrer" target="_blank">câmaras de gás</a> do local.Ao longo de 18 meses de operação, Sobibor gaseou entre 170 a 250 mil judeus, e quem ajudou nesse processo foram os Sonderkommandos – prisioneiros judeus selecionados para assassinar o próprio povo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/20/20145141149221.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodução)">(Fonte: Britannica/Reprodução)A vida desses cerca de 600 trabalhadores escravos foi tão miserável quanto a daqueles que encontraram seu fim nas câmaras. Trabalhando todos os dias da semana, das 6h às 18h, com apenas uma pequena pausa para o almoço, a tarefa daqueles designados à unidade Lager III era remover os cadáveres gaseados das câmaras, esfregar sangue e excrementos do chão das instalações e cremar os corpos.Para isso, eles foram tratados de forma diferente dos demais, recebendo melhores rações, acomodações e acesso a luxos, como remédios e cigarros trazidos para os campos pelas vítimas. Apesar desses benefícios, inclusive o de viver, os Sonderkommandos dessa área viviam isolados dos demais presos e eram assassinados periodicamente pelos oficiais da SS por conhecerem os segredos mais sujos do genocídio e dos nazistas. Nada se sabe sobre suas vidas ou experiências, uma vez que nenhum desses presos sobreviveu.Já no Lager II, onde ficavam os Sonderkommandos sem habilidades especiais, era desempenhado uma variedade de outras tarefas, como vasculhar as bagagens das vítimas e reembalar itens valiosos que serviriam como presentes de "caridade" para civis alemães. Aqueles que não se suicidaram no processo fazendo esse tipo de trabalho, formaram uma espécie de resistência que avariava objetos ou roupas para impedir que se tornassem doação dos nazistas e reforçasse uma falsa imagem de benevolência.O Lager II também designava para a brigada ferroviária, responsável por receber os novos prisioneiros que seriam gaseados. Os mais jovens trabalhavam também como putzers, limpando para os oficiais e atendendo as suas necessidades. Uma das tarefas mais humilhantes da unidade era a de barbeiro, que cortava os cabelos das mulheres a caminho das câmaras de gás. Geralmente, os homens jovens eram encarregados para essa função, em uma tentativa nazistas de humilhar tanto eles quanto as mulheres nuas.<h2>A dança da morte</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Washington Post&nbsp;" data-fonte-url="https://www.washingtonpost.com/world/europe/photos-of-nazis-at-sobibor-killing-center-are-the-first-of-their-kind/2020/01/27/829f7c52-4114-11ea-99c7-1dfd4241a2fe_story.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/20/20145255905222.jpg" alt="(Fonte: U.S. Holocaust Memorial Museum)">(Fonte: U.S. Holocaust Memorial Museum)Na primavera de 1943, à medida que as câmaras de gás de Sobibor começaram a ser usadas com menos frequência devido à baixa no número de judeus enviados para o campo, surgiu a hipótese de que aquele seria o fim da instalação — o que significava que todos os Sonderkommandos e demais escravos seriam mortos. Da necessidade, foi formado um comitê clandestino para encontrar uma maneira de fugir antes que fosse tarde demais.Esse objetivo se uniu à necessidade esmagadora de escapar do campo de extermínio, devido ao contexto perturbador de convivência que o local havia alcançado, como declarou a sobrevivente Selma Engel a um grupo de alunos da Guilford High School, em 1995.“Os nazistas sempre tinham algo sádico para nós”, disse ela que, aos 21 anos, sobreviveu à fome trabalhando na brigada ferroviária de Sobibor, resgatando latas de sardinha das bagagens das vítimas que seriam mortas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/20/20145512556224.jpg" alt="Leon Feldhendler. (Fonte: Wikiwand)">Leon Feldhendler. (Fonte: Wikiwand)Os oficiais da SS costumavam fazer uma fogueira para queimar os corpos dos judeus e obrigavam os prisioneiros a se reunirem e tocar instrumentos enquanto os demais eram forçados a literalmente dançar à luz das chamas, sentindo o vapor de pele estorricada do seu povo. Foi assim que Selma conheceu Chaim, seu esposo, um soldado polonês de 27 anos.Liderados por Leon Feldhendler, o comitê de fuga considerou várias opções, como a construção de um túnel sob a cerca e o campo minado do acampamento. Essa falta de um plano consistente se dava pela necessidade de manter o comitê sigiloso, entre sete judeus no máximo, devido às traições anteriores e ameaças de punições coletivas.Isso só mudou em 22 de setembro daquele ano, quando vinte prisioneiros de guerra judeus do Exército Vermelho chegaram a Sobibor para se juntarem ao corpo de Sonderkommandos. Nesse comboio estava Alexander Percherky, um compositor e comissário político que lideraria a revolta ao integrar o comitê.Foi o russo que teve a ideia para a fuga, que aconteceria em duas etapas: na primeira, que deveria acontecer uma hora antes do toque de recolher, os prisioneiros atrairiam os oficias da SS para alguns locais isolados pelo campo e os matariam. A segunda fase começaria depois que os presos fossem reunidos no pátio do Lager I e seria anunciado que a SS havia ordenado um destacamento especial de trabalho na floresta fora do campo, e todo o grupo marcharia para a liberdade pelo portão da frente. Se os vigias achassem a movimentação estranha, eles não poderiam confirmar suas suspeitas, visto que os oficiais estariam mortos.<h2>A marcha da liberdade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/20/20145631578225.jpg" alt="(Fonte: Auschwitz Exhibition/Yad Vashem)">(Fonte: Auschwitz Exhibition/Yad Vashem)A revolta começou como planejado, às 16h, com o pôr do sol já no horizonte de Sobibor, em 14 de outubro de 1943, assim que membros da resistência pegaram suas armas rudimentares e atraíram os oficiais. A partir desse momento, a cada 6 minutos um nazista foi morto pela resistência. Selma Engel foi uma das pessoas que teve o prazer de esfaquear um soldado no peito por várias vezes e esconder seu corpo.A única coisa que saiu errada no plano foi o assassinato do oficial Kurt Beckmann, que não teve o corpo escondido pelos prisioneiros. Às 17h, quando os Sonderkommandos marchavam pelo pátio principal rumo à liberdade, um guarda ucraniano descobriu o cadáver de Beckmann e soou o alarme.Foi nesse momento que a ideia de fugir pelos portões foi abandonada, então a alternativa era invadir as cercas. Alguns fizeram isso, enquanto outros atacavam os guardas, que retaliaram atirando na multidão de prisioneiros em fuga.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/20/20145801533226.jpg" alt="Alexander Pechersky. (Fonte: Tablet Magazine/Reprodução)">Alexander Pechersky. (Fonte: Tablet Magazine/Reprodução)O desespero fez muitos morrerem nas cercas ou no campo minado. Dos 600 que deveriam escapar, apenas metade dos judeus alcançaram a floresta, embora 100 deles tenham sido recapturados nas buscas que se seguiram, e apenas 50 deles tenha sobrevivido até o final da Segunda Guerra Mundial, como foi o caso de Selma Engel.A mulher e seu esposo foram abrigados por fazendeiros poloneses e viveram de casa em casa para evitar serem recapturados, andando pela floresta à noite e se escondendo durante o dia. Assim foi até que o Hitler caísse.E no final das contas, Feldhendler estava certo sobre suas suspeitas de que Sobibor seria desativada quando os trens cheios de judeus pararam de chegar. Afinal, Heinrich Himmler havia cumprido sua promessa a Hitler de que tornaria a Polônia livre de todos os judeus, portanto, aquele campo já não era mais necessário.Logo após o escândalo da fuga, Sobibor foi desmantelada e os prisoneiros restantes assassinados. Tudo o que sobrou da instalação foi uma grande clareira com as cinzas dos poços de cremação, um lugar conhecido como Caminho para o Céu — um nome bonito para um destino dolorido de uma realidade amarga.</body>

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Sobibor: a fuga histórica e mais bem-sucedida de um campo nazista

Imagem de Oomancia: a prática de adivinhar o futuro através de ovos no megacurioso

Adeptos dessa forma de adivinhação vão dos Gregos às bruxas de Salém

<head></head><body>Descrita várias vezes ao longo da história, a Oomancia, ou a prática de prever o futuro através da manipulação de ovos, ganhou seu nome na Grécia com a união das palavras ovo (oon) e adivinhação (manteia). Porém, tal prática parece ser comum em culturas do mundo todo.O historiador romano Caio Suetónio Tranquilo descreveu como a imperatriz Lívia Drusila mantinha um ovo em seu decote com o intuito de prever o sexo do seu filho ainda não nascido. Os druidas realizavam adivinhações com ovos durante a celebração do Samhain, feriado que deu origem ao Halloween, e pagãos alemães usavam a técnica para saber se uma criança estava enfeitiçada.Além destas, culturas da Ásia e da América Latina também contam com essa forma de adivinhação, mas um dos relatos mais interessantes é o de John Hale, um reverendo puritano que escreveu sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122679-a-historia-das-bruxas-que-teriam-assinado-o-livro-do-diabo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">julgamentos das bruxas de Salém</a>.<h2>O Vidro de Vênus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/25/25185631403590.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)John Hale participou ativamente da caça às bruxas ocorrida em Salém, que de 1692 a 1693 levou mais de 200 pessoas a julgamento por bruxaria. Hale era reverendo na região e tinha como papel ouvir as confissões das supostas feiticeiras. Após a morte do reverendo, foram publicados seus escritos sobre todo o processo sob o nome de A modest enquiry into the nature of witchcraft (Investigação sobre a natureza da feitiçaria, em tradução livre).Um dos métodos de adivinhação descritos no livro de Hale é a Oomancia, que ele chamou de Vidro de Vênus. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As supostas bruxas</a> despejavam uma clara de ovo crua dentro de um copo com água morna e observavam as formas que a clara assumia ao entrar em contato com a água. Essas formas ofereceriam previsões sobre com quem a pessoa iria se casar ou como ela iria morrer.Peter Muise, autor do livro Witches and Warlocks of Massachusetts (Bruxas e Feiticeiros de Massachusetts, em português), explica que se a bruxa visse a forma de um arado ou um cavalo nas claras, o marido da consulente seria fazendeiro, se parecesse com uma fortaleza, ele seria um soldado ou se fosse similar a um barco, significava um marido pescador.<h2>Qual a ligação de ovos com magia?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/25/25185633715591.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Muise aponta duas possíveis explicações para o uso de ovos como forma de adivinhação. Primeiro, há a relação dos ovos com o próprio ciclo de da vida. Mas a hipótese mais provável é a de que os ovos eram simplesmente um material de fácil acesso.Segundo o autor, nas suas pesquisas ele encontrou <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121702-como-o-cristianismo-transformou-curandeiras-em-bruxas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relatos de mágica</a> com maçãs, ovos, repolho, nozes e outros alimentos porque era o que as pessoas tinham em casa. Não havia cartas de tarô ou cristais como muita gente imagina.</body>

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