Reforma Protestante e Contrarreforma: qual é a relação entre elas?

11/11/2022 às 06:302 min de leitura

A Reforma Protestante foi um movimento religioso desenvolvido no século XVI, tendo como protagonista Martinho Lutero, que era um monge católico. Ele se rebelou contra algumas das práticas da Igreja Católica e resolveu propor certas mudanças que levariam à reforma da Igreja. Mas o que aconteceu, na prática, foi o rompimento de Lutero com o catolicismo e a fundação de uma nova doutrina, chamada de Protestantismo.

Mas o que isto tem a ver com a resposta dada pela igreja, a chamada Contrarreforma Protestante? Explicamos tudo neste texto.

O início da Reforma

(Fonte: MaisFe)(Fonte: MaisFe)

A Reforma Protestante se iniciou efetivamente em 31 de outubro de 1517, quando Martinho Lutero publicou um documento chamado 95 Teses, no qual expunha 95 ideias suas sobre onde o catolicismo deveria ser reformado.

Estas ideias foram consideradas extremamente controversas. Ele se posicionava contra atos que considerava abusos da igreja, como a venda de indulgências para que os fieis pudessem entrar no céu, além de trazer denúncias de corrupção dos clérigos.

Lutero também propunha que os cristãos tivessem livre acesso às escrituras sagradas e a Deus, sem a necessidade de uma instância intermediária (a igreja) para conversar com a entidade divina e obter perdão dos pecados. Outra ação realizada por ele foi a tradução da Bíblia para o alemão. Deste modo, os fieis poderiam ler e interpretar a Bíblia, que antes só existia em latim.

De modo geral, o movimento defendia que os crentes individuais deveriam ser menos dependentes da Igreja Católica, bem como do poder do papa e de seus sacerdotes. Os protestantes alegavam que as pessoas deveriam manter um relacionamento direto com Deus, assumindo a responsabilidade pessoal pela sua fé e pela sua salvação.

E como a Igreja reagiu a tudo isso?

(Fonte: Canção Nova)(Fonte: Canção Nova)

Quando pensamos na resposta dada pela Igreja ao movimento de Martinho Lutero, chegamos à Contrarreforma. O que se sabe é que a Igreja nunca fez as reformas propostas por Lutero, nem tentou responder com a mesma força as suas acusações. 

Quando Lutero propôs a Reforma em 1517, a Igreja tentou silenciá-lo, como já havia feito com seus críticos anteriores. Porém, como Lutero já tinha um amplo apoio da população - o que foi potencializado pelo fato de que ele usou a imprensa para espalhar suas ideias.

O foco central da Contrarreforma era reestabelecer o poder da Igreja e sua centralidade na vida dos fiéis. Quando os sacerdotes viram que o movimento reformista não iria acabar, o papa Paulo II convocou o Concílio de Trento para revisar a Igreja. Durante este concílio, as autoridades católicas mudaram algumas coisas, como o fim da venda de indulgências, estabeleceram novas ordens monásticas e dedicaram especial atenção para o uso da arte, da música e da arquitetura nos cultos.

Um elemento ligado à Contrarreforma é a Santa Inquisição Romana, ampliada como resposta à Reforma. Ela servia para punir e combater os hereges que iam contra a Igreja Católica, misturando religião e política.

Outra estratégia usada pela Igreja foi o Index Librorum Prohibitorum (“Índice de Livros Proibidos”), uma lista que incluía os escritos que não deveriam ser lidos pelos fiéis. Neste índice, estavam livros que eram considerados heréticos ou ameaçadores da fé católica. Quem fosse encontrado com uma das obras contidas no Índice poderia ser perseguido e até morto.

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