Imagem de 9 livros importantes para entendermos a Independência do Brasil no megacurioso

Indicamos 9 obras importantes para que se entender as diferentes nuances sobre Independência do Brasil

No pr&oacute;ximo 7 de setembro, completaremos 200 anos do famigerado grito dado por D. Pedro I &agrave;s margens do rio Ipiranga. Este ato marca simbolicamente o in&iacute;cio da independ&ecirc;ncia do Brasil, fazendo com que o pa&iacute;s se tornasse aut&ocirc;nomo em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; metr&oacute;pole, Portugal.
Contudo, como todo fato hist&oacute;rico, este &eacute; um epis&oacute;dio controverso e que acumula diferentes vis&otilde;es. Neste texto, listamos 9 livros fundamentais se voc&ecirc; quiser saber mais sobre este assunto.
<h2>1. Dicion&aacute;rio da Independ&ecirc;ncia: 200 Anos em 200 Verbetes, de Eduardo Bueno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16145045736261.jpg" alt="(Fonte: Ambrosia)" />(Fonte: Ambrosia)
O historiador ga&uacute;cho Eduardo Bueno tem como marca o tom bem-humorado, mas cr&iacute;tico, em que aborda fatos da hist&oacute;ria do Brasil. Neste livro, ele prop&otilde;e a ideia inusitada de falar sobre a Independ&ecirc;ncia a partir de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121859-12-palavras-que-voce-nao-sabia-que-estao-no-dicionario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dicion&aacute;rio</a>. S&atilde;o 200 verbetes que ajudam a contar este epis&oacute;dio t&atilde;o importante aos brasileiros.
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<h2>2. Independ&ecirc;ncia do Brasil, de Jo&atilde;o Paulo Pimenta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16145150502264.jpg" alt="(Fonte: Contexto)" />(Fonte: Contexto)
Nesta obra, o historiador Jo&atilde;o Paulo Pimenta, professor da USP, prop&otilde;e uma provoca&ccedil;&atilde;o: repensar o epis&oacute;dio da Independ&ecirc;ncia do Brasil refletindo sobre o que &eacute; mito e o que &eacute; verdade. Com linguagem bem acess&iacute;vel, o livro aborda o assunto n&atilde;o apenas pela &oacute;tica do que ocorria no Brasil no s&eacute;culo XIX, mas tamb&eacute;m em Portugal e em parte da Europa, da Am&eacute;rica e da &Aacute;frica.
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<h2>3. Personagens da Independ&ecirc;ncia do Brasil: Os principais nomes da emancipa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica do pa&iacute;s e da hist&oacute;ria do Sete de Setembro,&nbsp;de Rodrigo Trespach</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Senado&nbsp;" data-fonte-url="https://www12.senado.leg.br/radio/1/autores-e-livros/2021/09/17/personagens-da-independencia-do-brasil/@@images/d7953021-66d5-4185-920d-0a877001bb9f.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16145318658272.jpg" alt="(Fonte: Senado)" />(Fonte: Senado)
No livro Personagens da Independ&ecirc;ncia do Brasil, o escritor e historiador Rodrigo Trespach foca nas biografias de pessoas que impactaram neste momento hist&oacute;rico. Dentre os 50 nomes retratados, est&atilde;o os de gente como Gon&ccedil;alves Ledo (jornalista e pol&iacute;tico), Hip&oacute;lito da Costa (que criou o primeiro jornal brasileiro, mas em Londres) e Pedro Am&eacute;rico (autor da famosa pintura que retrata o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/100251-a-guerra-dos-tronos-brasil-as-tretas-que-levaram-a-independencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grito da Independ&ecirc;ncia</a>).
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<h2>4. Independ&ecirc;ncia do Brasil na Bahia, de Lu&iacute;s Henrique Dias Tavares</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16145442940275.jpg" alt="(Fonte: Estante Virtual)" />(Fonte: Estante Virtual)
Esta obra examina a guerra pela independ&ecirc;ncia pela perspectiva da prov&iacute;ncia da Bahia, que durou de fevereiro de 1822 a julho de 1823. O historiador Lu&iacute;s Henrique Dias Tavares retrata que a Bahia vivia um momento singular nesta &eacute;poca, atuando com resist&ecirc;ncia e luta armada contra o ex&eacute;rcito portugu&ecirc;s.
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<h2>5. Hist&oacute;ria do Brasil em Quadrinhos - Independ&ecirc;ncia do Brasil, de Manoel de Souza, Edson Rossatto, Jota Silvestre, Celso Kodama, Laudo e Omar Vi&ntilde;ole</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16145628174279.jpg" alt="(Fonte: Amazon)" />(Fonte: Amazon)
E que tal aprender hist&oacute;ria por meio de quadrinhos? Esta &eacute; a promessa dessa obra, que conta, de forma did&aacute;tica e acess&iacute;vel aos mais jovens, como os epis&oacute;dios da Independ&ecirc;ncia transcorreram no Brasil. O livro se inicia com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119895-a-conturbada-e-imunda-jornada-da-corte-portuguesa-para-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chegada da fam&iacute;lia real</a> ao Brasil e se estende at&eacute; o fato hist&oacute;rico de 1822.
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<h2>6. V&aacute;rias faces da Independ&ecirc;ncia do Brasil, organizado por Bruno Leal e Jos&eacute; Inaldo Chaves</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16145734955281.jpg" alt="(Fonte: Contexto)" />(Fonte: Contexto)
O t&iacute;tulo&nbsp;V&aacute;rias faces da Independ&ecirc;ncia do Brasil&nbsp;j&aacute; entrega: este livro busca aumentar a quantidade de nuances em torno deste evento. Por isso, aborda como a Independ&ecirc;ncia foi sendo articulada em diferentes lugares: de norte a sul, nas prov&iacute;ncias, nos grupos sociais diversos, estendendo assim o olhar para al&eacute;m de uma &uacute;nica vers&atilde;o oficial sobre o acontecimento.
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<h2>7. Independ&ecirc;ncia: a hist&oacute;ria n&atilde;o contada: A constru&ccedil;&atilde;o do Brasil: 1500-1825, de Paulo Rezzutti</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16182226507443.jpg" alt="(Fonte: Amazon)" />(Fonte: Amazon)
Esta obra de Paulo Rezzutti trata da Independ&ecirc;ncia a partir de uma narrativa inusitada: ela muda o foco cronol&oacute;gico e se inicia em 1943, quando pe&ccedil;as de ouro pertencentes &agrave; coroa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/35662-exumacao-do-corpo-de-d-pedro-i-traz-mais-detalhes-a-historia-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">D. Pedro I</a> est&atilde;o sendo derretidas. Em seguida, voltamos a 1789, assistindo ao nascimento do futuro governante do Brasil. No meio de tudo isso, est&aacute; a constitui&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria da Independ&ecirc;ncia.
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<h2>8. O sequestro da Independ&ecirc;ncia: Uma hist&oacute;ria da constru&ccedil;&atilde;o do mito do Sete de Setembro,&nbsp;de Carlos Lima Junior, Lilia Moritz Schwarcz e L&uacute;cia Kl&uuml;ck Stumpf</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16182512851445.jpg" alt="(Fonte: Amazon)" />(Fonte: Amazon)
Nesta obra, tr&ecirc;s estudiosos bastante respeitados fazem uma an&aacute;lise da Independ&ecirc;ncia sob a perspectiva da cultura visual constru&iacute;da sobre o epis&oacute;dio. O tema central &eacute; o quadro Grito do Ipiranga, de Pedro Am&eacute;rico, que d&aacute; margem para a investiga&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios outros elementos que foram usados para formar a identidade nacional.
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<h2>9. 1822: Como um homem s&aacute;bio, uma princesa triste e um escoc&ecirc;s louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil - um pa&iacute;s que tinha tudo para dar errado, de Laurentino Gomes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/16/16182557460446.jpg" alt="(Fonte: Amazon)" />(Fonte: Amazon)
Este livro, do jornalista Laurentino Gomes, j&aacute; &eacute; um novo cl&aacute;ssico sobre a hist&oacute;ria do Brasil. 1822 completa a trilogia do autor ao lado dos livros 1808 (sobre a chegada da corte portuguesa ao Brasil) e 1889&nbsp;(sobre a proclama&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica) e fala sobre os diferentes relatos que se criaram sobre o dia 7 de setembro.&nbsp;
O jornalista defende a tese de que v&aacute;rios movimentos que ocorriam no mundo (como a Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa e a independ&ecirc;ncia dos Estados Unidos) influenciaram os rumos que o pa&iacute;s foi tomando, ao buscar o fim da submiss&atilde;o &agrave; metr&oacute;pole portuguesa. A obra ganhou o prestigiado <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/226316-premio-jabuti-vencedores-melhor-romance-ultimos-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pr&ecirc;mio Jabuti.</a>
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9 livros importantes para entendermos a Independência do Brasil

Imagem de 200 anos da Independência do Brasil: toda a História! no megacurioso

Apresentamos uma porção de informações cruciais, mas que nem sempre são conhecidas, no ano da comemoração dos 200 anos do Brasil separado de Portugal

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200 anos da Independência do Brasil: toda a história!

Imagem de Cerco de Leningrado: 900 dias de morte, canibalismo e desgraça no megacurioso

O cerco nazista a cidade de Leningrado em 1941 levou os cidadãos ao extremo da sobrevivência

<head></head><body>A egolatria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120308-as-atrocidades-cometidas-por-josef-stalin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Josef Stalin</a> o fez passar muito tempo pensando que a Alemanha nazista de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122804-petr-ginz-a-vitima-do-holocausto-envolvida-em-catastrofe-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> não coordenaria uma série de ataques para subjugar sua então União Soviética, embora houvesse um pacto de não-agressão assinado em 1939 e apesar de todas as informações e advertências que recebeu ao longo de 1941.Isso porque, logo após a Invasão da<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Alemanha à Polônia</a>, culminando na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121486-as-4-piores-guerras-que-o-mundo-ja-enfrentou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> na Europa, a fome de Hitler por poder foi ficando cada vez maior, principalmente sua confiança na contaminação do<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122781-cable-street-o-confronto-popular-que-parou-o-fascismo-em-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;fascismo</a> pelo continente. Pensando em findar seus objetivos ideológicos estabelecidos pelo seu conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114057-desextincao-o-ambicioso-plano-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espaço-Vital</a> (Lebensraum), destruir o bolchevismo, escravizar a população e utilizar da força motriz do trabalho para sustentar a população germânica; capitando todos os recursos soviéticos, sobretudo petróleo e minérios – vitais para a economia alemã –, em 6 de junho de 1941, ele deu início à Operação Barbarossa.A princípio, as tropas nazistas encontraram um adversário despreparado e com poucas defesas organizadas, portanto, os primeiros avanços – que tinham como alvo Leningrado (atual São Petersburgo), Moscou, Kiev e Stalingrado – foram fulminantes e prósperos contra parte do exército desprevenido, porém o plano estava condenado antes mesmo de começar devido a como as visões de Hitler e de seus generais divergiam sobre o inimigo e como abordá-lo.O resultado disso é que o sucesso inicial dos nazistas começou a desacelerar, principalmente sobre a poderosa e incansável resistência soviética, que se recusava a simplesmente morrer, então a alternativa de Hitler foi sitiar a cidade. Foi assim que os nazistas assassinaram milhares de civis e soldados de maneira sistemática ao longo de um conflito esmagador e covarde que durou 900 dias, conhecido como Cerco de Leningrado.<h2>O início do inferno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05140558077079.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)Conforme os exércitos alemães foram avançando em território soviético, o infame Cerco de Leningrado foi se consolidando, até que se oficializasse, em 8 de setembro de 1941, quando uma divisão motorizada nazista conquistou uma posição ao norte da cidade, onde havia 3 milhões de civis e soldados. Foi então que o inferno começou.As ordens expressas de Hitler era "apagar Leningrado da face da Terra", como escreveu em um memorando aos seus generais. O objetivo era cercá-la e transformar tudo em poeira através de bombardeios de artilharia de todos os calibres possíveis. Todo o tipo de acordo para rendição deveria ser ignorado, já que o Terceiro Reich não tinha nenhum interesse em alimentar a populosa cidade depois que a tomassem, muito pelo contrário, ele queria viver dela.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05140638870080.jpg" alt="(Fonte: Open Democracy/Reprodução)">(Fonte: Open Democracy/Reprodução)Uma vez que os subúrbios de Leningrado foram tomados e o cerco estava feito, então Hitler optou por fazê-los morrerem de fome. E as movimentações para isso começaram imediatamente, com um ataque aéreo da Luftwaffe que destruiu 6 meses de comida, com a necessidade de um racionamento sendo implementado rapidamente, visto que o fornecimento de alimentos estava bloqueado.Os trabalhadores qualificados receberam em média 700 gramas de pão por dia, enquanto os demais trabalhadores, crianças e mulheres receberam entre 15 a 300 gramas. O privilégio que tomou conta de todos os aspectos interno do cerco também contribuiu para a inanição e o aumento das mortes, no que a comida foi garantida primeiro para os soldados e suas famílias, bem como o fornecimento de alimentos chegava antes para trabalhadores industriais e membros do exército, em um esquema de distribuição desigual. A população tinha que se concentrar – e se contentar – apenas com as rações menores pouco nutritivas.<h2>Morrendo de fome</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05140749627081.jpg" alt="(Fonte: The Mirror/Reprodução)">(Fonte: The Mirror/Reprodução)Portanto, foi uma questão de tempo para que cães e gatos sumissem das ruas para aparecer na mesa dos cidadãos famintos. Os pássaros também não escaparam do menu das pessoas de Leningrado, que incluía papel de parede, reboco de parede e sopa feita de couro fervido.Em uma atmosfera de desespero e morte, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a> veio logo em seguida e ficou como uma prática comum. O escritor russo Daniil Granin, sobrevivente do cerco de Leningrado, descreveu em seu livro a cena de uma criança que morreu de fome aos 3 anos e que teve o cadáver fatiado por sua mãe para servir de comida para o irmão. Os casos de cadáveres sendo devorados ficou registrado entre 1 mil e 2 mil durante a batalha pela sobrevivência. No entanto, muitos daqueles que canibalizaram foram mortos pelo governo.E em meio a tudo isso, havia também os bombardeios que foram incansáveis, chegando a matar até 1 mil pessoas por dia, enchendo as ruas de cadáveres, servindo um banquete à fome.&nbsp;Mas o pior ainda estava por vir: o inverno. Ele foi crucial para a consumação do diabólico plano nazista, e uma corrida contra o tempo para os soviéticos de Leningrado que, de fome e frio, chegou a sofrer baixas de até 100 mil pessoas por mês.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05141041653087.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reproduçã)">(Fonte: All That's Interesting/Reproduçã)O frio intenso trouxe uma perspectiva de benefícios para os cercados, pois alguns suprimentos conseguiram atravessar o Lago Ladoga extremamente congelado. A Estrada da Vida, como o caminho ficou conhecido, se tornou a única ligação entre Leningrado e o mundo exterior, mas os riscos foram imensos.Nas primeiras quatro semanas, o gelo não suportou o peso excessivo dos 40 caminhões abastecidos com suprimentos, que racharam a superfície ainda frágil e mergulharam para o fundo do lago com a chance de sobrevivência de milhares de cidadãos.Além de abastecer 360 mil toneladas, durante 152 dias, a estrada carregou 514 mil pessoas para fora de Leningrado. Para combater os ataques alemães aéreos, canhões foram montados no gelo e metralhadoras posicionadas.<h2>Os mártires da desgraça</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/05/05141202564089.jpg" alt="(Fonte: Francr24/Reprodução)">(Fonte: Francr24/Reprodução)Enquanto as temperaturas desciam cada vez mais e matavam as pessoas de frio, estresse e fome, diante de um cenário de pura incerteza sobre o futuro da cidade e da própria União Soviética –, um grupo de pesquisadores do Vavilov Institute of Plant Industry, encarregados de preservar 40 mil tipos diferentes de alimentos em um extenso banco de sementes, se recusaram a comer as toneladas de batatas, milho, arroz, trigo, feijão e ervilha durante o cerco.A atitude visou a preservação da ciência a longo prazo, a biodiversidade da Terra e do país. Como resultado desse sacrifício patriótico, a maioria deles morreram de fome e frio ao lado de suas reservas abundantes. Enquanto lutavam contra as adversidades, eles também tiveram que evitar que sementes e colheitas congelassem e se tornassem infrutíferas, e também protegê-las de ratos famintos e dos próprios cidadãos.Portas foram barricadas e veneno espalhado em todos os lugares do instituto, estabelecendo uma vigilância de 24 horas que recrutou o que lhes restava de forças para sobreviver até o último instante.Esta luta, oculta aos terrores da sociedade, terminou só em 27 de janeiro de 1944, quando o Exército Vermelho quebrou o cerco nazista e o último cientista morreu. O instituto enfrentou uma longa batalha para sua preservação ao longo dos anos, até que os retratos dos seus 28 heróis fossem finalmente pendurados como forma de honrá-los.</body>

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Cerco de Leningrado: 900 dias de morte, canibalismo e desgraça

Imagem de 11 personagens fundamentais para a Independência do Brasil no megacurioso

Diversos brasileiros e brasileiras foram heróis que contribuíram para a libertação do país na ruptura com Portugal

<head></head><body>No dia 7 de setembro, comemoramos a data da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103907-o-que-a-historia-nao-conta-5-curiosidades-sobre-a-independencia-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Independência do Brasil</a>, fato ocorrido em 1822. Dom Pedro I, príncipe regente na época, foi o responsável por bradar o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=r3q_0eqmIUg" rel="noopener noreferrer" target="_blank">famoso grito “Independência ou morte!”</a> às margens do rio Ipiranga. O que muitos não sabem é que ele não é a única personalidade que marca essa data histórica.&nbsp;Por mais que Dom Pedro I seja figura central no processo da independência do país, outros homens e mulheres foram de suma importância para que o país fosse emancipado. Para que você entenda bem como o fato ocorreu é fundamental conhecer os principais personagens dessa história.<h2 style="text-align: justify;">Dom Pedro I</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06101423141522.jpg" alt="Dom Pedro I é o primeiro imperador do Brasil. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)">Dom Pedro I é o primeiro imperador do Brasil. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)Nascido em Lisboa no ano de 1798, Dom Pedro I era filho (o quarto) do príncipe Dom João VI e da princesa Carlota Joaquina. O casal só viraria rei e rainha do país lusitano em 1816, quando a mãe de Dom João VI, a rainha D. Maria I, “a Louca”, faleceu. &nbsp;A vida de Dom Pedro I começa a tomar novos rumos após as tropas de Napoleão invadirem Portugal, com a corte portuguesa sendo obrigada a deixar o país em direção ao Brasil. O pequeno Pedro tinha apenas nove anos na época. Ele cresceu sem muita proximidade com os pais e era um mau aluno, não dando a devida atenção para os estudos.Em 1821, D. João VI volta para Portugal e deixa <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/100251-a-guerra-dos-tronos-brasil-as-tretas-que-levaram-a-independencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dom Pedro I</a> como regente administrando o Brasil. No mesmo ano, as cortes obrigaram o regente a voltar para Portugal, mas ele foi convencido a não retornar e anunciou a decisão com a conhecida frase “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Diga ao povo que fico”. Por isso a data do fato, 9 de janeiro de 1822, ficou conhecida como “Dia do Fico”.Depois de permanecer no Brasil, contando com o apoio da elite brasileira contra os patrícios e de revoltas populares por todo o país, o regente, diante da pressão e da hostilidade de Portugal nos meses seguintes, proclamou a Independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.<h2 style="text-align: justify;">Dona Leopoldina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06104759275570.jpg" alt="A imperatriz Leopoldina foi um dos grandes alicerces da Independência. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">A imperatriz Leopoldina foi um dos grandes alicerces da Independência. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)Maria Leopoldina nasceu na Áustria em 1797 e era filha do imperador Francisco I. &nbsp;A arquiduquesa austríaca era inteligente, culta, bondosa e extremamente católica. Por ser uma mulher de visão e com bom conhecimento sobre política, ela foi uma figura determinante para a independência do Brasil.Um grande ato de Leopoldina foi o de convencer seu marido, Dom Pedro I, a ficar no Brasil quando foi chamado de volta para Portugal, no que ficou conhecido como “Dia do Fico”. Ela também foi a responsável por assinar a Declaração de Independência do Brasil no lugar de seu marido, no dia 2 de setembro de 1822, e enviar a carta a Dom Pedro I que culminaria no grito da independência.De acordo com os estudiosos, Leopoldina já previa que o caminho para o país era buscar a independência e deu os primeiros passos nessa direção. A imperatriz foi a primeira mulher a governar o país.Leopoldina, infelizmente, morreu cedo, aos 29 anos. Seus últimos momentos foram de muita depressão e sofrimento em decorrência do péssimo casamento que tinha com o imperador.<h2 style="text-align: justify;">Maria Quitéria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06102558764535.jpg" alt="Maria Quitéria foi a primeira mulher a entrar para as Forças Armadas do país. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">Maria Quitéria foi a primeira mulher a entrar para as Forças Armadas do país. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)Maria Quitéria era baiana e foi considerada a heroína de Independência, conquistando o importante feito de ser a primeira mulher a integrar o Exército Brasileiro. Mesmo sem ter estudado, possuía grande habilidade com as armas e sabia caçar muito bem.Após ser proibida pelo pai de se alistar para apoiar a Independência, Maria Quitéria cortou seus cabelos e entrou no Exército como se fosse homem. Tamanho foi seu sucesso como combatente que sua coragem incentivou outras mulheres a se alistarem.Maria Quitéria participou de diversas batalhas e foi agraciada por Dom Pedro I com o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”.<h2 style="text-align: justify;">José Bonifácio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06102726740539.jpg" alt="José Bonifácio era conhecido como &quot;Patriarca da Independência&quot;. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">José Bonifácio era conhecido como "Patriarca da Independência". (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)José Bonifácio nasceu em 1763 na cidade de Santos e ficou conhecido como o “Patriarca da Independência”. Foi certamente um dos principais idealizadores e organizadores da Independência do Brasil, com destaque para sua atuação na Assembleia Constituinte de 1823. Porém, Bonifácio era defensor da aristocracia rural escravista, fazendo valer a vontade do grupo social a qual ele pertencia.<h2 style="text-align: justify;">Frei Caneca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06102948982544.jpg" alt="Frei Caneca foi mais um herói condenado à morte. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">Frei Caneca foi mais um herói condenado à morte. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)Frei Caneca foi um líder revolucionário nascido em Recife em 1779. Atuou como professor, jornalista e, como o próprio nome indica, religioso. Teve papel fundamental na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121378-revolucao-pernambucana-abriu-caminho-para-a-independencia-do-brasil.htm#:~:text=A%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Pernambucana%20foi%20um,desigualdades%20sociais%20existentes%20na%20capitania." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Pernambucana</a>, ocorrida em 1817, revolta que visava separar Pernambuco do domínio da monarquia portuguesa. O fato resultou na primeira proclamação da república no país, sufocada pelos monarquistas logo depois. Mesmo assim, estava preparado o terreno fértil para o movimento que seguiria. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Sepé Tiaraju</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06103350639550.jpg" alt="Monumento em homenagem a Sepé Tiaraju na cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">Monumento em homenagem a Sepé Tiaraju na cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)Sepé Tiaraju foi um cacique guarani que lutou na Guerra Guaranítica (1753 a 1756) contra portugueses e espanhóis. Se opunha fortemente à escravidão e contra a posse de terras sul-americanas por Portugal e Espanha. O herói virou figura lendária no Rio Grande do Sul, contando até com processo de canonização para que ele vire um santo.<h2 style="text-align: justify;">Cipriano Barata</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06103826374551.jpg" alt="Cipriano Barata foi um jornalista crítico voraz da coroa portuguesa. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">Cipriano Barata foi um jornalista crítico voraz da coroa portuguesa. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)Médico nascido em Salvador, Cipriano Barata ganhou destaque como político, filósofo e jornalista. Com escrita ácida contra a coroa portuguesa, foi perseguido e preso. Cipriano apoiou a Revolução Pernambucana e foi mais um que lutou pela independência do país.<h2 style="text-align: justify;">Bárbara Heliodora</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06104148019555.jpg" alt="Bárbara Heliodora ficou conhecida como a &quot;Heroína da Inconfidência Mineira&quot;. (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)">Bárbara Heliodora ficou conhecida como a "Heroína da Inconfidência Mineira". (Fonte: Wikimedia/ Reprodução)Conhecida como “Heroína da Inconfidência Mineira”, Bárbara Heliodora era esposa de Alvarenga Peixoto, famoso inconfidente que ajudou a articular o movimento. Acredita-se que era Bárbara a responsável por dar força ao marido e ajudá-lo a continuar na luta revolucionária.<h2 style="text-align: justify;">Maria Felipa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06104405871559.jpg" alt="Não se sabe ao certo se Maria Felipa existiu ou se é apenas uma lenda. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">Não se sabe ao certo se Maria Felipa existiu ou se é apenas uma lenda. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)Assim como Maria Quitéria, Maria Felipa era baiana, porém não se sabe se ela é real ou apenas uma figura folclórica da região, dado que não há registros históricos que corroborem os atos heroicos praticados por ela.Pelo que se conta em tradições passadas oralmente, Maria Felipa era uma mulher negra, marisqueira e muito corajosa que teria sido uma das personagens de destaque na guerra contra os portugueses na Ilha de Itaparica, na Bahia.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Luís Gonzaga das Virgens e Veiga</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06105224308576.jpg" alt="Luís Gonzaga eternizado em busto numa praça de Salvador. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)">Luís Gonzaga eternizado em busto numa praça de Salvador. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)Luís Gonzaga foi um rebelde baiano nascido em 1762 que chegou a desertar três vezes do Exército. Participou como um dos líderes da Conjuração Baiana (1798), mobilizando a Bahia contra a colônia portuguesa e contra a escravidão. Foi enforcado em praça pública em 1799 após ser condenado pelo crime de lesa-majestade. &nbsp; &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Domingos José Martins</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06104623304565.jpg" alt="Martins foi um dos idealizadores da Revolução Pernambucana. (Fonte: Wikimedia / Reprodução)">Martins foi um dos idealizadores da Revolução Pernambucana. (Fonte: Wikimedia / Reprodução)Mais um que participou ativamente da Revolução Pernambucana, Domingos José Martins era um comerciante de destaque e era contra os impostos exorbitantes que a coroa portuguesa cobrava da capitania de Pernambuco. É tido como um dos líderes do movimento revolucionário e ajudou a difundir as ideias iluministas em diversas capitais brasileiras.</body>

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11 personagens fundamentais para a Independência do Brasil

Imagem de Massacre de São Bartolomeu: a carnificina que tomou Paris há 450 anos no megacurioso

O episódio, ocorrido em 24 de agosto de 1572, é uma das amostras mais violentas da busca pelo poder ocorridas na França

<head></head><body>A história da França é rica em acontecimentos que marcaram o curso da humanidade e muitos desses eventos foram marcados pela violência, mostrando o quanto a instabilidade era uma ameaça que se revelava de diferentes formas. Não era raro que diversos movimentos saíssem de sua própria proporção, evidenciando a luta pela manutenção do poder por grupos específicos.&nbsp;Um dos episódios que marcou a história foi o Massacre de São Bartolomeu, ocorrido em 1572, há 450 anos. O cenário, aparentemente, não se encaminhava para um desfecho tão dramático. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> ainda tinha plenos poderes, mas se via ameaçada pela Reforma Religiosa. O avanço de outras religiões gerava embates, exigindo uma análise mais aprofundada do contexto em que aquele período estava inserido.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/St._Bartholomews_Day_massacre#/media/File:Frans_Hogenberg,_The_St._Bartholomew's_Day_massacre,_circa_1572.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02151423956349.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia)">(Fonte: Wikimedia)<h2>O avanço da Reforma Religiosa</h2>Tanto a emergência do protestantismo luterano, que ganhou maior peso com o movimento liderado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121545-quem-foi-martinho-lutero-o-lider-da-reforma-protestante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martinho Lutero</a>, quanto do Calvinismo, uma outra vertente protestante, ameaçavam o domínio católico no continente europeu. João Calvino, figura de maior destaque, foi um dos responsáveis por promover a popularização de seus valores em diversos países.&nbsp;Na Inglaterra, os protestantes eram representados pelos puritanos; na Escócia, pelos presbiterianos; na Holanda, pelos reformados. Já na França, os huguenotes eram o grupo que levava os ensinamentos adiante, sendo a maioria deles calvinista. A ideia da predestinação, e mesmo de uma visão de que o trabalho era um caminho para a riqueza, se mostravam como uma forma de pensar divergente do catolicismo.&nbsp;A legitimação do lucro, arduamente criticada, e mesmo o relativo fracasso da Igreja Católica em atender às necessidades dos fiéis, possibilitaram esse movimento de revolução espiritual, configurando-se como um dos marcos do final da era feudal na transição para o capitalismo.No episódio do Massacre de São Bartolomeu, no entanto, é importante lembrar que foi a anuência do poder real que determinou o ataque, mostrando que nem mesmo o Édito de Saint-Germain — assinado por Catarina de Médici em 1562, que oferecia certa trégua aos calvinistas — foi o bastante para impedir um novo episódio na perseguição religiosa contra os huguenotes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/02/02150936960348.jpg" alt="O Massacre de São Bartolomeu, por Fraçois Dubois. (Fonte: Wikimedia)">O Massacre de São Bartolomeu, por Fraçois Dubois. (Fonte: Wikimedia)<h2>Um episódio violento</h2>O ataque, realizado na madrugada de 24 de agosto, dia de São Bartolomeu, foi brutal. Há hipóteses que, inclusive, apontam Catarina de Médici como a figura que instigou o episódio, começando pelo ataque coordenado. Gaspard de Coligny, um dos líderes protestantes, foi o primeiro alvo, o que representou uma ameaça.&nbsp;O Rei Carlos IX da França, em seguida, teria autorizado o ataque massivo. Entre as vítimas, não havia apenas calvinistas, mas pessoas assassinadas sem qualquer distinção e chance de defesa, incluindo crianças, e indo muito além de uma perseguição que se espalhou por várias províncias francesas. O número de mortos não é totalmente definido, podendo estar entre 5 mil e 30 mil mortos conforme a fonte.&nbsp;O dia ficou marcado não apenas por tingir de vermelho as casas, as ruas de Paris e seus rios, chegando a impossibilitar o consumo de água ou a pesca e tornar algumas áreas insalubres, mas por evidenciar o quão longe quem detinha o poder estava disposto a ir para frear o avanço de tudo aquilo que podia ser considerado uma ameaça, ainda que tivesse apenas uma suposta <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revolução</a> ocorrendo.O dia do massacre, por sua vez, passou ser o dia de São Bartolomeu, que promoveu grandes esforços para promover a fé cristã, mas que sofreu uma morte violenta. Após o episódio, o calvinismo perdeu parte de sua força na França. No final das contas, tanto a reativação da Inquisição e mesmo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122387-5-historias-fascinantes-de-guerra-ao-longo-dos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras</a> de religião não evitaram o desgaste do poder papal.&nbsp;O maior estímulo aos ideais capitalistas, entretanto, continuou. Apesar do cenário instável, o absolutismo se consolidou como uma forma de poder que estimulava o mercantilismo e buscava o apoio da burguesia, a quem concedia favores; e a nobreza, a quem atraía buscando obter benefícios e controlar.</body>

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Massacre de São Bartolomeu: a carnificina que tomou Paris há 450 anos

Imagem de Vândalos: os bárbaros que saquearam Roma no megacurioso

Seu nome virou sinônimo de destruição, mas a história mostra que eles não eram mais violentos ou destrutivos que outras tribos

<head></head><body>O termo "vândalo" se tornou comum para se referir a pessoas que realizam atos de destruição. A palavra tem origem em uma tribo de bárbaros que viveram na região onde hoje fica a Alemanha, embora a sua origem ainda seja incerta.Historicamente eles ficaram conhecidos por terem dominado <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122246-por-que-e-tao-dificil-fazer-construcoes-em-roma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma</a> em 455 d.C. Porém, diferente do que o nome sugere, não existem muitos registros que associem os vândalos a atos de depredação, violência e destruição.&nbsp;<h2>Os verdadeiros vândalos da história</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01105005419034.jpg" alt="Invasão dos vândalos à Roma.">Invasão dos vândalos à Roma.A primeira referência escrita aos vândalos foi registrada em 77 d.C., quando o naturalista romano Plínio, o Velho, mencionou Vandilii, para se referir ao grupo de bárbaros. Os primeiros conflitos que eles tiveram com o Império Romano aconteceram durante o século II d.C. Mas foi somente por volta de 370 d.C. que a relação com os romanos passou a ser mais constante, quando os hunos empurraram diversas tribos bárbaras em direção ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>.Nas décadas seguintes, conforme o Império Romano demonstrava cada vez mais sinal de fraqueza, os vândalos passaram a se infiltrar mais pelo território romano. Para impedir que fossem dominados pelos bárbaros, foi feito um tratado que garantia que eles deixariam a própria Roma em paz.&nbsp;Mas Gaiseric, o rei vândalo, aproveitou o assassinato de Valentiniano III, então imperador romano, orquestrado por Petrônio Máximo para declarar o tratado dos vândalos com Roma inválido e marchou sobre a capital do Império. Nesta época, os vândalos já haviam dominado as regiões que correspondem a atual Espanha e Tunísia.Embora o saque da capital romana tenha se tornado o principal evento realizado pelos vândalos, ele não foi exatamente violento. Eles negociaram com o papa Leão I, que os convenceu a não destruir Roma. Com isso, eles invadiram a capital e saquearam a riqueza da cidade, mas deixaram os prédios intactos e retornaram para o seu território. Além disso, os vândalos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adotaram muitas das facetas da cultura romana</a>, incluindo suas roupas e artes.<h2>Vândalos gentis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/01/01105527327044.jpg" alt="Tomada da Bastilha.">Tomada da Bastilha.A ideia de associar esse grupo de bárbaros à violência e à destruição aconteceu muito depois dos saques à Roma. Não há nenhuma evidência que sugira que os vândalos fossem mais violentos ou destrutivos do que seus contemporâneos. Ao contrário, mesmo durante os saques realizados durante o século V, eles pouparam a maioria dos moradores das cidades por onde passavam e não incendiaram seus edifícios.&nbsp;A associação com o ato de destruir pode ter se originado apenas no final do século XVIII. Isso teria acontecido quando um abade francês chamado Henri Grégoire de Blois usou o termo "Vandalisme" para descrever a destruição de obras de arte durante e após a Revolução Francesa. Ele teria feito uma referência ao saque que a tribo de bárbaros fez na Roma antiga "civilizada". Isso teria feito a palavra vandalismo se tornar comum para descrever atos de dano e destruição.</body>

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Vândalos: os bárbaros que saquearam Roma

Imagem de Alexandre II, o Czar que acabou com a servidão na Rússia no megacurioso

Conhecido por suas reformas liberais e modernizantes, Alexandre II tirou 22,5 milhões de camponeses russos da servidão, rompendo com um sistema que durou por mais de 200 anos

<head></head><body>Muito antes da Princesa Isabel assinar a Lei Áurea, ou de Abraham Lincoln colocar em vigor a Proclamação da Emancipação, um imperador russo tirou da servidão 22,5 milhões de camponeses. Foi uma das muitas medidas tomadas por Alexandre II, conhecido pela alcunha de "o Libertador".Ao longo dos 26 anos de seu reinado, colocou em prática diversas reformas para aumentar a liberdade de expressão da população e dar mais espaço à iniciativa privada. Mas foram suas medidas em favor dos pobres, visando tirá-los do julgo da aristocracia, que marcou seu comando, um dos últimos do período pré-comunismo.<h2>Quem foi Alexandre II</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30165618199342.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Nascido em Moscou em 1818, filho mais velho do Czar Nicolau I, Alexandre II foi um imperador marcante para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122772-os-misterios-por-tras-do-paradeiro-incerto-do-penis-de-rasputin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">história da Rússia pré-comunismo</a>. Apesar de não demonstrar interesse por ser um governante quando era adolescente, assumiu com vigor a posição do pai, aos 37 anos, quando este faleceu.Sua educação foi conduzida pelo poeta Vasily Zhukovsky, que incluiu na rotina do futuro imperador um conjunto com diversas disciplinas, bem como o ensino das mais variadas línguas europeias.Alexandre II foi casado duas vezes. A primeira, com Maria Alexandrovna. Com ela teve oito filhos (seis homens e duas mulheres). A segunda, com Catarina Dolgorukov, com quem já tinha quatro filhos, frutos de seu relacionamento extraconjugal.<h2>O fim da servidão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30170256885353.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Instituída pelo Czar Aleixo em 1649, a servidão foi um sistema que existiu por quase duzentos anos no império russo. A ideia era que a lei forçasse os camponeses russos a se manterem nas terras sem, no entanto, serem donos delas. Ainda que muitas revoltas tenham tentado dissolver a servidão, coube a Alexandre II o fim dela, em 19 de fevereiro de 1861.Historiadores afirmam que o imperador foi influenciado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Francesa</a>. Com o fim do sistema, 22,5 milhões de camponeses foram libertos, mas seguiram sem as terras, já que Alexandre II manteve os nobres como donos dos latifúndios.Ainda que tenha sido pouco eficaz em tornar a população menos pobre, serviu para diminuir a desigualdade, especialmente comparado com outros países da região à época.<h2>As medidas liberais de Alexandre II</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Emancipation_reform_of_1861#/media/File:Reading_of_the_Manifest_(Liberation_of_peasants)_-_Kustodiev,_1907.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30170426486355.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Alexandre II implementou outras reformas liberais no império. Desgostoso do resultado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121166-ucrania-e-russia-as-origens-de-um-conflito-de-quase-um-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra da Crimeia</a>, ele reorganizou as forças armadas, inclusive instituindo o recrutamento militar obrigatório. Em contrapartida, baniu o castigo corporal e a marcação de soldados a fogo.&nbsp;Criou, ainda, uma nova maneira de administração judicial, tendo como base o modelo francês adotado após a Revolução Francesa. Desenvolveu um código penal e um sistema civil e criminal mais simples do que o anterior. Ao povo, estruturou a burocracia regional com poder restrito de criação e cobrança de impostos.<h2>Seu assassinato deu fim a seus ideais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30165815405345.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ao longo de seus anos à frente do governo russo, Alexandre II sofreu várias tentativas de assassinato. Três delas chegaram a colocar sua vida em perigo, mas conseguiu sobreviver e condenar os homens que haviam tentado matá-lo. Contudo, não escapou de um novo atentado, comandado pelo grupo terrorista conhecido como Vontade do Povo.Durante uma viagem a São Petersburgo, foi alvejado por uma bomba jogada por Ignaty Grinevitsky. Seus guardas tentaram salvá-lo, levando-o até o Palácio de Inverno, mas os ferimentos foram tão graves que o Czar não resistiu.Com sua morte, seus planos foram por água abaixo. Seu filho, Alexandre II, suspendeu direitos de liberdade e perseguiu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104485-5-fatos-para-entender-o-protestantismo-ao-redor-do-mundo-nos-dias-atuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protestantes</a> e rebeldes. Um triste fim para seu legado.</body>

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Alexandre II, o Czar que acabou com a servidão na Rússia

Imagem de Por que os pais soviéticos deixavam seus filhos dormindo na neve? no megacurioso

Durante o inverno na URSS, era comum que os jardins de infância deixassem as crianças dormindo ao ar livre 

<head></head><body>A Rússia definitivamente é um dos países mais frios e que mais recebe neve durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121915-como-os-animais-conseguem-sobreviver-ao-frio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inverno</a>. Até mesmo nos meses mais quentes o país ainda é bastante frio, uma vez que está localizado ao lado do Círculo Polar Ártico.Logo, é de se imaginar que os russos queiram ficar dentro de casa o tempo todo, certo? Esse não era o caso nos tempos de União Soviética. Entre as décadas de 1950 a 1970, era comum que os soviéticos deixassem suas crianças dormirem ao ar livre, onde poderiam respirar ar fresco e luz solar. Achou tudo isso bizarro? Então, veja mais sobre essa situação ao longo dos próximos parágrafos!<h2>Cochilo no frio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/31/31015119347521.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Independente se fosse verão ou inverno, era bastante comum na URSS que os pais deixassem seus filhos tirando uma soneca ao ar livre — mesmo que isso significasse permanecer na neve por algumas horas. E não se engane: essa não era uma prática isolada, mas sim algo generalizado pela Rússia soviética.Parte desse pensamento local sobre tornar o ar fresco parte da rotina no jardim de infância veio da forma como os czares eram criados. Na época em que a família Romanov governava a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122825-quem-foi-mikhail-gorbachev.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">União Soviética</a>, os primogênitos raramente saíam de seus aposentos para respirar um pouco de ar.Por conta dessa falta de exposição ao ar fresco e ao sol, muitos membros da família real cresceram com sistemas imunológicos fracos e tiveram inúmeros problemas de saúde ao longo da vida. Ao notar isso, os civis perceberam que era preciso deixar as crianças fora de casa por um tempo para reverter esse problema.<h2>Criando imunidade natural</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/31/31014906577518.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na década de 1930, o povo soviético enfrentou uma séria luta contra uma epidemia de tuberculose — incluindo o desenvolvimento de tratamentos e vacinas. Porém, naquela época ficou claro que a melhor forma de combater a doença era mudando os hábitos cotidianos de higiene e estilo de vida.Além disso, o povo soviético sabia que a próxima geração de crianças precisava crescer com pulmões e sistemas respiratórios fortes para evitar com que o problema ressurgisse. Logo, expor os filhos ao ar fresco e atividades ao ar livre mostrou-se ser a melhor solução naquele momento.Era comum que as pessoas dormissem com as janelas abertas, mesmo nos dias mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119203-por-que-faz-tanto-frio-em-curitiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frios</a> do ano. E apesar de ser uma prática voltada às crianças, também era aconselhado que os adultos tentassem passar o maior tempo possível fora de casa. Essa prática permitiu com que a população elevasse os níveis de vitamina D e aumentasse a imunidade contra alguns patógenos.Quanto ao frio, as roupas quentes usadas pelos locais nunca foram suficientes para barrar as baixas temperaturas, mas isso provavelmente fez com que a população soviética desenvolvesse uma tolerância natural à temperatura e ao frio ao seu redor.&nbsp;</body>

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Por que os pais soviéticos deixavam seus filhos dormindo na neve?

Imagem de Petr Ginz: a vítima do Holocausto envolvida em catástrofe da NASA no megacurioso

A trágica trajetória do garoto foi descoberta pelo mundo através de um acidente espacial que chocou os EUA em 2003

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119782-anne-frank-historia-e-legado-da-jovem-martir-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anne Frank</a> já dizia que o papel tem mais paciência do que as pessoas, por isso escreveu seu diário enquanto vítima do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122129-quadrinhos-foram-pioneiros-no-ensino-sobre-o-holocausto-aos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a> orquestrado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121354-gerhard-kretschmar-o-bebe-que-inspirou-o-holocausto-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>. Por acreditar que o diário teria mais paciência para ouvir toda sua situação, além de que, em um momento como aquele, era o único em quem poderia confiar de verdade.Escrever foi uma das maneiras que a manteve viva – até quando pôde –, bem como a pintura e o hábito de escrever romances e poemas também foi para Petr Ginz. Nascido em Praga, na República Tcheca, em 1º de fevereiro de 1928, a paixão pelas artes despertou muito cedo no garoto, estimulado pela irmã Chava, que o presentou com 6 cadernos para que usasse em suas atividades.Tudo o que ele tocou e transformou, virou história, até mesmo quando as tropas da SS o alcançaram na década de 1940.<h2>Uma trágica trajetória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/24/24192742832555.jpg" alt="(Fonte: FDB/Reprodução)">(Fonte: FDB/Reprodução)Aos 14 anos, Ginz começou a retratar em seus diários os anseios banais de qualquer adolescente, como reflexões sobre o que a sociedade espera de uma pessoa em sua idade, como as coisas andavam na escola, sua relação com a família, amigos, vizinhos, etc.Tudo foi absolutamente normal, como para Anne Frank, até que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122408-se-hitler-era-do-terceiro-reich-qual-eram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazismo</a> se manifestou pelas ruas de Praga, e um alvo foi colocado em suas costas devido às vestes judias que usava. Então, de repente, as situações engraçadas durante a hora do recreio na escola e coisas aleatórias e felizes ditas pelos seus pais no jantar, foram substituídas por relatos obscuros sobre parentes, vizinhos e amigos que simplesmente começaram a desaparecer.Portas escancaradas, casas reviradas e até incendiadas. Depois surgiram as proibições oficiais, anunciadas por toda a parte, impedindo que "pessoas como ele" frequentassem estabelecimentos públicos, usassem o transporte, possuíssem instrumentos musicais, câmeras fotográficas e até um simples termômetro.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/24/24192946142558.jpg" alt="(Fonte: Iowa Magaizine/Reprodução)">(Fonte: Iowa Magaizine/Reprodução)Até que a miséria e ostracismo alcançaram Ginz e sua família, espalhando fome e desespero pela região onde morava. Apesar de toda a confusão em seus pensamentos, não demorou muito para que entendesse o que estava acontecendo: eles estavam sendo caçados.Quando menos esperava, Ginz amanheceu com um de seus vizinhos, ao ter a casa invadida e ouvir de oficiais que todos seriam deportados para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentração</a> Theresienstadt, na cidade-fortaleza de Terezín.<h2>'Terra, vista da Lua'</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/25/25074330974000.jpg" alt="Ilan Ramon. (Fonte: Pinterest/Reprodução)">Ilan Ramon. (Fonte: Pinterest/Reprodução)Uma vez naquele campo, começou o início do fim da jornada do jovem Ginz. Em seu tempo de confinamento, ele conseguiu escrever uma revista chamada Verdem (algo como "nós lideramos" ou "nós venceremos"), exemplificando um pouco da dor e vontade de libertação.Aos 16 anos, Petr Ginz foi deportado para <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Auschwitz-Birkenau</a>, onde foi executado em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119296-zyklon-b-o-gas-mortal-usado-por-hitler-para-exterminar-os-judeus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câmara de gás</a> em 28 de setembro de 1944. Por 53 anos, sua história ficou esquecida, até que em meados de 1997, Ilan Ramon, então coronel da Força Aérea Israelense, escolheu um desenho feito por Ginz para levar ao espaço.Ramon integrou a equipe da NASA que participou da primeira missão espacial a bordo do ônibus espacial Columbia, construído pelos Estados Unidos. O astronauta foi convidado a levar um símbolo que representasse sua trajetória judaica, portanto, ele escolheu o desenho intitulado 'Terra, vista da Lua', feito por Ginz aos 14 anos, retirado do Yad Vashem – o memorial israelense dedicado às vítimas do Holocausto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/24/24195903805561.jpg" alt="(Fonte: Israel Science and Technology Directory/Reprodução)">(Fonte: Israel Science and Technology Directory/Reprodução)Infelizmente, em 1º de fevereiro de 2003, no aniversário de Ginz, o ônibus espacial explodiu ao reentrar na atmosfera da Terra, após 16 dias em missão. O rosto de Ramon foi parar em todas as páginas de jornais ao lado do expressivo desenho feito por Ginz – de procedência ainda anônima na época. A repercussão despertou a atenção de uma pessoa na cidade de Praga, que reconheceu os traços do garoto e contatou o Yad Vashem.Essa pessoa revelou que estava em posse de 6 cadernos, repletos de memórias e desenhos com traços idênticos, encontrados em uma casa antiga. A pintora Chava Pressburger foi a responsável por analisar os cadernos quando foram apresentados ao museu, omprovando que autoria era de Petr Ginz, seu irmão.Com a quantidade de informações que os cadernos carregavam, o menino artista cuja vida foi ceifada por Hitler entrou para a história tendo seus relatos cotidianos publicados no livro The Diary of Petr Ginz: 1941-1942.</body>

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Petr Ginz: a vítima do Holocausto envolvida em catástrofe da NASA

Imagem de Caso Calvine: a melhor foto de OVNI na história é redescoberta no megacurioso

Mantida em segredo pelo Ministério da Defesa britânico por mais de três décadas, fotografia foi finalmente revelada ao público

<head></head><body>No dia 4 de agosto de 1990, dois caminhantes andavam pela cidade de Calvine, na Escócia, quando avistaram um grande objeto voador em formato de diamante pairando no ar. Rapidamente, a dupla decidiu tirar seis fotografias do Objeto Voador Não Identificado (OVNI), que nunca chegaram a ser divulgadas.&nbsp;Os negativos, então, foram entregues ao jornal escocês Daily Record, que prontamente decidiu enviar os arquivos para o Ministério da Defesa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112425-reino-unido-explora-energia-limpa-em-busca-da-descarbonizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reino Unido</a>. Desde então, as fotos haviam permanecido desaparecidas por 32 anos, cenário que só mudou graças ao trabalho incansável do jornalista britânico David Clarke, que foi atrás de respostas. Olha só o desfecho dessa história!<h2>Em busca das fotos perdidas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30013004568008.jpg" alt="(Fonte: Craig Lindsay/Divulgação)">(Fonte: Craig Lindsay/Divulgação)De acordo com as declarações feitas por Clarke, os negativos nunca tinham sido vistos por mais ninguém desde que foram transportados para o Ministério da Defesa. Em contrapartida, o governo afirmada que as fotos foram devolvidas ao Daily Record, que por sua vez garantiu nunca ter recebido nada e não fazer ideia do que tenha acontecido com as fotos.Foi preciso 13 incessantes anos de busca para que Clarke finalmente encontrasse uma pista sobre o paradeiro das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119686-a-evolucao-da-fotografia-com-o-passar-das-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografias</a>. Ao entrar em contato com o ex-assessor de imprensa da Royal Air Force, Craig Lindsay, o jornalista descobriu que ainda existia uma cópia de uma das fotos intacta por aí.Lindsay guardou uma das fotos originais esperando que um dia alguém viesse procurá-la — algo que se concretizou no desejo de Clarke. Foi então que o ex-assessor concordou em entregar a foto para o jornalista, desde que o objetivo fosse abordar o tema de origem desconhecida em um tom sério.<h2>Anos de busca</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30012917377007.jpg" alt="(Fonte: David Clarke/Divulgação)">(Fonte: David Clarke/Divulgação)Durante os 32 anos em que as fotos estiveram desaparecidas, David Clarke reuniu uma equipe que pudesse lhe ajudar nessa missão. Os esforços, apesar de parecerem intermináveis, tiveram resultados. Porém, a perfeição só não foi obtida porque os pesquisadores não fazem ideia até hoje de quem foram os responsáveis por tirar essas fotos.A identidade dos fotógrafos nunca foi realmente exposta, mas um registro da descrição do incidente dado em 1990 permanece vivo até hoje. Até onde se sabe, os dois homens trabalhavam como chefes de cozinha em um hotel de Pitlochry e decidiram dar um passeio nas colinas de Calvine.Foi aí que avistaram o OVNI movendo-se silenciosamente pelo ar. Os observadores também notaram que uma aeronave militar passou pela região no mesmo momento, aparentemente diminuindo a velocidade para chegar o objeto antes de acelerar para longe.&nbsp;<h2>Teorias sobre o caso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/30/30013031615009.jpg" alt="Maquete em 3D da fotografia. (Fonte: Ministério da Defesa do Reino Unido/Divulgação)">Maquete em 3D da fotografia. (Fonte: Ministério da Defesa do Reino Unido/Divulgação)Conforme apurado por Clarke, os dois homens presentes no local viram o objeto no céu e logo se assustaram. Então, ambos correram para uma floresta na região em busca de abrigo, ouvindo um jato militar descer o vale e ficar circulando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ovnis/37987-torcedores-avistam-suposto-ovni-durante-jogo-de-baseball-no-canada-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">OVNI</a>. Então, decidiram tirar as fotografias.Apesar da foto ser bastante clara e do caso ter despertado bastante atenção da mídia, nenhum dos homens se manifestou publicamente. A situação gerada sobre o caso fez com que muitas teorias fossem criadas, com algumas pessoas argumentando que o objeto era produto humano e outras acreditando em origem extraterrestre.&nbsp;Na visão do jornalista, a primeira hipótese é a mais provável. Há quem diga que o OVNI da fotografia possivelmente era a "Aurora", uma aeronave ultrassecreta supostamente construída pelos Estados Unidos na década de 1980 — apesar do governo norte-americano negar a existência de tal coisa.Fato é que a investigação nunca chegou a uma conclusão definitiva e não há qualquer tipo de indício de que uma resposta concreta aparecerá em relação a esse OVNI em um futuro breve. Portanto, só nos resta imaginar.&nbsp;</body>

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