A falta de chuvas prejudicava diretamente a colheita, provando como é difícil acalmar alguém com fome

A partir do momento que uma pessoa assume uma posi&ccedil;&atilde;o de poder, suas decis&otilde;es passam a ter consequ&ecirc;ncias ainda maiores. A quest&atilde;o pode gerar problemas, mas hoje em dia dificilmente ser&aacute; a causa da sua morte. Por outro lado, na Roma Antiga, se voc&ecirc; chegasse ao posto de Imperador, deveria calcular bem seus movimentos. Durante toda a exist&ecirc;ncia dessa civiliza&ccedil;&atilde;o, um quinto de seus l&iacute;deres morreu de forma violenta pelas m&atilde;os de seus subordinados.
Como o assassinato de um l&iacute;der n&atilde;o &eacute; algo simples nem acontece do dia para a noite, uma pesquisa divulgada pela <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165176518302532">Economics Letters</a>&nbsp;oferece uma explica&ccedil;&atilde;o para o alto &iacute;ndice de regic&iacute;dios na hist&oacute;ria romana.
A ideia &eacute; que uma &eacute;poca de estiagem prolongada faz com que as colheitas n&atilde;o sejam t&atilde;o fartas, deixando os soldados mal nutridos e mais propensos a revoltas. Ao compararem a quantidade de chuvas na &eacute;poca&nbsp;&mdash; informa&ccedil;&atilde;o obtida atrav&eacute;s da an&aacute;lise dos an&eacute;is de velhos carvalhos que s&atilde;o sens&iacute;veis &agrave; umidade local &mdash;&nbsp;e as informa&ccedil;&otilde;es dispon&iacute;veis sobre revoltas militares e assassinatos de imperadores de 27 a.C. a 476 d.C., os pesquisadores conseguiram tra&ccedil;ar uma correla&ccedil;&atilde;o entre os dados.
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<h2 dir="ltr">N&atilde;o cai &aacute;gua, mas cai o Imperador</h2>
Cornelius Christian, economista na Universidade Brock, e Liam Elbourne, da Universidade St. Francis Xavier, ambas no Canad&aacute;, s&atilde;o os autores do estudo e chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que um decr&eacute;scimo de 20% na m&eacute;dia de chuvas aumentava a probabilidade de o Imperador ser assassinado no ano seguinte. Quem mais sofreu com isso foram os l&iacute;deres que viveram no per&iacute;odo da Dinastia Gordiana, entre 235 d.C. e 285 d.C.: 14 dos 26 imperadores da &eacute;poca morreram de maneiras violentas. Al&eacute;m da quest&atilde;o do clima, esses anos foram marcados por pragas, invas&otilde;es e depress&otilde;es econ&ocirc;micas.
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Um caso emblem&aacute;tico em que, provavelmente, as chuvas tiveram uma influ&ecirc;ncia consider&aacute;vel foi durante os anos em que Vitellius esteve no poder. Seu primeiro cargo relevante foi como governador-geral de uma regi&atilde;o na Germ&acirc;nia, sendo conhecido pelo v&iacute;cio em jogo e pela fome insaci&aacute;vel. Sua benevol&ecirc;ncia suprimia os defeitos e ele era muito querido por seus subordinados, chegando ao posto de Imperador no ano 15 d.C.
Mas, assim que assumiu o cargo de comandante principal romano, mudou seu comportamento e passou a tratar todos de forma rude, aumentando sua rejei&ccedil;&atilde;o pela popula&ccedil;&atilde;o. Coincidentemente, ele foi substitu&iacute;do por Vespasiano em 69 d.C., um ano ap&oacute;s uma grande seca. Vitellius foi arrastado vivo pelas ruas de Roma e, ap&oacute;s a sess&atilde;o de tortura, morto e jogado no rio Tibre.
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Em uma entrevista ao <a href="https://www.livescience.com/63277-roman-emperor-assassinations.html">Live Science</a>, o historiador da Universidade Brown, Jonathan Conant, considerou a hip&oacute;tese da falta de chuva plaus&iacute;vel, apesar de deixar claro que diversos fatores tinham influ&ecirc;ncia sobre o assassinato de um imperador. A maioria dos crimes contra pol&iacute;ticos aconteceu no s&eacute;culo 3, &eacute;poca em que havia infla&ccedil;&atilde;o crescente, surtos de doen&ccedil;as e guerras em andamento, fatos que desestabilizaram o Imp&eacute;rio.
Apesar de todos esse motivos, &ldquo;geralmente h&aacute; uma seca que precede o assassinato do imperador&rdquo;, reafirmou Christian, que complementa: &ldquo;N&atilde;o estamos tentando afirmar que a chuva &eacute; a &uacute;nica explica&ccedil;&atilde;o para todas essas coisas, mas &eacute; apenas uma das muitas vari&aacute;veis que podem causar isso".
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Períodos de estiagem tornavam mais fácil o assassinato de líderes romanos

Análise dos pênis mostrou que desde aquela época o maior era mais valorizado

Praticamente tudo que produzimos atualmente est&aacute; online. Mesmo que ocorra uma cat&aacute;strofe sem precedentes, por exemplo, no Museu do Louvre, possu&iacute;mos o registro das obras atrav&eacute;s de fotos e v&iacute;deos, al&eacute;m das an&aacute;lises minuciosas feitas por pesquisadores que procuram saber mais sobre a &eacute;poca em que cada obra de arte foi criada.
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Felizmente, a Tape&ccedil;aria de Bayeux n&atilde;o sofreu nenhum dano permanente at&eacute; hoje. Com mais de 9 s&eacute;culos de idade, ela retrata a invas&atilde;o normanda da Inglaterra por Guilherme, o Conquistador. Diversas an&aacute;lises j&aacute; foram feitas, mas nenhuma at&eacute; hoje tinha focado em um detalhe crucial das representa&ccedil;&otilde;es: a presen&ccedil;a extensiva de p&ecirc;nis.
<h2 dir="ltr">Tape&ccedil;aria hist&oacute;rica</h2>
O respons&aacute;vel pela contagem dos p&ecirc;nis foi o professor de Hist&oacute;ria Medieval da Universidade de Oxford, George Garnett. Dentre os 626 humanos e 190 cavalos representados na tape&ccedil;aria, existem 93 p&ecirc;nis, sendo 88 de equinos e os 5 restantes, de pessoas.
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O professor acredita que os respons&aacute;veis pela execu&ccedil;&atilde;o da pe&ccedil;a eram homens, sugerindo que &ldquo;esse &eacute; exatamente o tipo de coisa que seria familiar para qualquer um que tenha passado algum tempo em uma escola exclusiva para meninos, tornando improv&aacute;vel a possibilidade de que tenha sido desenvolvido por uma mente feminina&rdquo;.
Em sua pesquisa, ele procura saber mais sobre a continuidade da forma de pensamento de homens e mulheres por longos per&iacute;odos da Hist&oacute;ria. Para Garnett, a grande d&uacute;vida &eacute; se essa profus&atilde;o de p&ecirc;nis na obra significa algo mais do que apenas a mentalidade adolescente do respons&aacute;vel pelo trabalho.
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Como todo material hist&oacute;rico, existe outro ponto de vista, e nesse caso quem sugere novas possibilidades &eacute; o professor Andrew Lear, que j&aacute; lecionou nas Universidades de Harvard e Columbia, nos EUA. Atualmente, ele organiza excurs&otilde;es de hist&oacute;ria da arte, focadas na hist&oacute;ria gay, e acredita que a tape&ccedil;aria possa ter um significado mais amplo. "Algo que parece imaturo para n&oacute;s pode n&atilde;o ter sido imaturo em outros per&iacute;odos".
<h2 dir="ltr">Virilidade expl&iacute;cita</h2>
Mesmo que as representa&ccedil;&otilde;es f&aacute;licas tenham sido colocadas na tape&ccedil;aria como uma brincadeira, seguem um padr&atilde;o que faz sentido. Os dois protagonistas da obra&nbsp;&mdash; o rei anglo-sax&atilde;o Haroldo e William, o Conquistador &mdash;&nbsp;possuem os cavalos com os maiores p&ecirc;nis.
Em um texto publicado no <a href="https://www.historyextra.com/period/medieval/bayeux-tapestry-penis-why-norman-conquest-battle-hastings-william-conqueror/">Historyextra</a>, Garnett escreveu que &ldquo;s&atilde;o claras as insinua&ccedil;&otilde;es de que a virilidade dos dois protagonistas &eacute; refletida em suas respectivas montarias. O duque William tinha que ser o indiv&iacute;duo de destaque em todos os aspectos, inclusive quanto ao p&ecirc;nis de seu cavalo".
Nesse aspecto, de acordo com a an&aacute;lise do professor, n&atilde;o vivemos em uma sociedade t&atilde;o diferente da representada na tape&ccedil;aria, pois a rela&ccedil;&atilde;o entre for&ccedil;a e tamanho do p&ecirc;nis ainda &eacute; algo assimilado pela maioria. Mesmo assim, essa n&atilde;o &eacute; uma associa&ccedil;&atilde;o sempre presente em outras culturas.
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Para os gregos, a representa&ccedil;&atilde;o de um p&ecirc;nis pequeno em uma escultura significava que aquele homem era ativo e tinha autocontrole, pois conseguia priorizar a raz&atilde;o, quando tentado pelos instintos. J&aacute; a arte er&oacute;tica japonesa mostra p&ecirc;nis representados de forma exageradamente grande, mas sem nenhuma liga&ccedil;&atilde;o disso com outros atributos, como for&ccedil;a ou poder.
Durante os quase mil anos que nos separam da Tape&ccedil;aria de Bayeux, evolu&iacute;mos em diversos aspectos essenciais, que proporcionaram condi&ccedil;&otilde;es para o nosso n&iacute;vel tecnol&oacute;gico atual. Mesmo assim, a associa&ccedil;&atilde;o entre p&ecirc;nis e vit&oacute;rias militares se mant&eacute;m at&eacute; hoje.
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Tapeçaria da Idade Média mostra que tamanho é documento

Imagem de Drops Históricos #020: Vinte edições de muita história pra você!  no megacurioso

Fundação da UNE, criação do Internet Explorer, julgamento das Bruxas de Salém e muito mais!

O m&ecirc;s do cachorro louco tem de tudo na hist&oacute;ria do mundo. Depois de matar mais de 10 mil pessoas na Europa &ndash; a maioria delas, mulheres &ndash;, a ca&ccedil;a &agrave;s Bruxas desembarcou nos Estados Unidos levando uma verdadeira paranoia coletiva ao pequeno povoado de Sal&eacute;m, no estado de Massachusetts. Voc&ecirc; j&aacute; conhece a hist&oacute;ria das Bruxas de Sal&eacute;m? Ent&atilde;o continue a leitura, porque esse &eacute; um dos epis&oacute;dios que a gente conta nesta semana.
Tamb&eacute;m h&aacute; um pouco de Hist&oacute;ria do Brasil, desdobramentos da Segunda Guerra Mundial e um importante marco na trajet&oacute;ria pol&iacute;tica do nosso pa&iacute;s: a funda&ccedil;&atilde;o da Uni&atilde;o Nacional dos Estudantes, 81 anos atr&aacute;s. E &eacute; com ele que a gente come&ccedil;a nossa edi&ccedil;&atilde;o de n&uacute;mero 20 dos Drops Hist&oacute;ricos do Megacurioso!
<h2>13 de agosto</h2>
1937: Funda&ccedil;&atilde;o da Uni&atilde;o Nacional dos Estudantes (UNE)
Na hist&oacute;ria recente do mundo, as organiza&ccedil;&otilde;es de estudantes desempenham um papel fundamental em qualquer revolu&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica. No Brasil, o per&iacute;odo da Ditadura Militar foi um dos momentos em que essa participa&ccedil;&atilde;o mais se evidenciou, com forte atua&ccedil;&atilde;o de organiza&ccedil;&otilde;es estudantis. A principal delas &eacute; a Uni&atilde;o Nacional dos Estudantes (UNE), que re&uacute;ne universit&aacute;rios e secundaristas do Brasil inteiro.
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Organizados desde o per&iacute;odo que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, os estudantes se uniram para protestar contra pautas como o nazifascismo e a explora&ccedil;&atilde;o do petr&oacute;leo brasileiro, al&eacute;m de protagonizar epis&oacute;dios hist&oacute;ricos como o das Diretas J&aacute;, em 1984.
A primeira presidente do movimento foi Anna Am&eacute;lia Queir&oacute;s Carneiro de Mendon&ccedil;a, eleita durante o I Congresso Nacional dos Estudantes, no Rio de Janeiro. Mas oficialmente a UNE foi fundada no II Congresso, no ano seguinte, ironicamente tendo como patrono o ent&atilde;o presidente Get&uacute;lio Vargas, que perseguiu os estudantes.
O document&aacute;rio "Ou ficar a P&aacute;tria livre ou morrer pelo Brasil" conta a hist&oacute;ria dessa institui&ccedil;&atilde;o. Veja as duas partes aqui!
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/S1CWdnWYkow?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>14 de agosto</h2>
1945: Jap&atilde;o se rende &agrave;s For&ccedil;as Aliadas na Segunda Guerra Mundial
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No dia 14 de agosto de 1945, finalmente teve fim o maior conflito b&eacute;lico da hist&oacute;ria da humanidade. Menos de uma semana depois de ser atacado com as duas bombas at&ocirc;micas, sobre Hiroshima e Nagasaki, o Jap&atilde;o decidiu sair da guerra. Nessa data, o ent&atilde;o Ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Jap&atilde;o Mamoru Shigemitsu assinou a Ata de Rendi&ccedil;&atilde;o do Jap&atilde;o, no navio USS Missouri. Sem recursos para continuar lutando e sofrendo simultaneamente uma invas&atilde;o russa, os japoneses negociaram uma rendi&ccedil;&atilde;o com os Estados Unidos, que promoveram uma desmilitariza&ccedil;&atilde;o parcial do pa&iacute;s.
<h2>15 de agosto</h2>
1914: &Eacute; inaugurado oficialmente o Canal do Panam&aacute;
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Uma das passagens mais estrat&eacute;gicas do mundo, o Canal do Panam&aacute; come&ccedil;ou a ser constru&iacute;do pela Fran&ccedil;a em 1880, mas o comando do projeto foi assumido em 1904, ap&oacute;s o pa&iacute;s europeu parar as obras. Somente uma d&eacute;cada depois a inaugura&ccedil;&atilde;o aconteceu, criando uma nova rota comercial que permitiu ampliar e incentivar a economia do litoral Pac&iacute;fico e sua comunica&ccedil;&atilde;o com o oeste das Am&eacute;ricas.&nbsp;Somente em 1977 o Canal passou de fato a pertencer ao Panam&aacute;.
<h2>16 de agosto</h2>
1995: Surge o <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet-explorer">Internet Explorer</a>
Hoje em dia, ele &eacute; quase uma velharia que ainda est&aacute; em funcionamento. Mas durante muitos e muitos anos, o Internet Explorer foi o navegador mais utilizado mundialmente. A primeira vez que a Microsoft colocou o programa &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico foi em 16 de agosto de 1995, voltado para o Windows 95.&nbsp;Ele s&oacute; come&ccedil;ou a perder usu&aacute;rios em 2004, com o lan&ccedil;amento de alternativas como o Firefox e o Google Chrome.
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<h2>17 de agosto</h2>
1645: Ex&eacute;rcito pernambucano vence tropas holandesas
Quem visita Recife, Olinda e outras cidades estrat&eacute;gicas de Pernambuco enxerga at&eacute; hoje tra&ccedil;os da participa&ccedil;&atilde;o holandesa na coloniza&ccedil;&atilde;o do Brasil. No s&eacute;culo XVII, no entanto, o estado brasileiro e for&ccedil;as portuguesas resistiram fortemente a v&aacute;rias tentativas de invas&atilde;o por parte da Holanda, que visava ocupar o territ&oacute;rio.&nbsp;Em 1645, a Batalha de Casa Forte foi travada tendo como cen&aacute;rio o Engenho de Dona Ana Paes, e as tropas pernambucanas se sa&iacute;ram vitoriosas.
<h2>18 de agosto</h2>
1964: Apartheid deixa <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/67249-proxima-parada-africa-do-sul-viaje-por-esse-lindo-pais-cheio-de-historia.htm">&Aacute;frica do Sul</a> de fora das Olimp&iacute;adas
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Enquanto o Brasil vivia um intenso golpe militar, o mundo inteiro ainda se recuperava da Segunda Guerra Mundial e a &Aacute;frica do Sul experimentava suas pr&oacute;prias lutas. Auge das disputas raciais no pa&iacute;s africano, o Apartheid estava em vigor na &Aacute;frica do Sul desde o ano de 1948, designando espa&ccedil;os para negros e brancos dentro das cidades &mdash; inclusive, &eacute; considerado o mais importante caso hist&oacute;rico de segrega&ccedil;&atilde;o racial.
Em 1964, quando o regime j&aacute; tinha 16 anos de implementa&ccedil;&atilde;o, a &Aacute;frica do Sul foi banida dos Jogos Ol&iacute;mpicos do Jap&atilde;o pelo Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional, por conta do regime do apartheid. Com isso, al&eacute;m de grandes preju&iacute;zos sociais, o sistema de segrega&ccedil;&atilde;o racial impactou negativamente tamb&eacute;m o esporte nacional, visto que diversos atletas talentosos ficaram de fora das competi&ccedil;&otilde;es. O pa&iacute;s j&aacute; havia sido punido com a expuls&atilde;o da Copa do Mundo e s&oacute; voltou &agrave;s Olimp&iacute;adas em 1992.
<h2>19 de agosto</h2>
1692: Julgamento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm">Bruxas de Sal&eacute;m</a>
Elas provavelmente s&atilde;o as bruxas mais famosas de toda a hist&oacute;ria, mas nem todo mundo conhece o que de fato aconteceu com elas.
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Em 19 de agosto de 1692, cinco mulheres e um cl&eacute;rigo foram executados ap&oacute;s terem sido acusados de bruxaria. Mas o assustador &eacute; como a coisa chegou a esse ponto. Entre 1692 e 1693, mais de 200 pessoas foram acusadas de bruxaria, e 20 foram executadas depois que uma paranoia coletiva levou &agrave; cren&ccedil;a de que a cidade de Sal&eacute;m estava passando por um per&iacute;odo de domina&ccedil;&atilde;o demon&iacute;aca, gerada pela pr&aacute;tica de bruxaria por parte de algumas mulheres.
Tudo teve in&iacute;cio quando tr&ecirc;s meninas: Elizabeth e Abigail Williams, de 9 e 11 anos, e Ann Putnam, de 11, come&ccedil;aram a apresentar sintomas muito parecidos com os que o cinema apresenta hoje em dia como uma possess&atilde;o sobrenatural. Acontece que elas foram pressionadas pelas autoridades locais a se explicarem e, com medo, acusaram tr&ecirc;s mulheres da cidade de bruxaria, culpando-as por sua situa&ccedil;&atilde;o: Tituba, uma escrava caribenha, Sarah Good, uma moradora de rua local, e Sarah Osborne, uma senhora de idade que vivia miseravelmente nos arredores do povoado.
Elas foram julgadas de uma forma bastante parcial, condenadas e presas, sendo logo ap&oacute;s enforcadas por seus crimes de bruxaria.
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Drops Históricos #020: Sua dose semanal de História aqui no Mega

Ele não foi viabilizado, mas nem por isso propagandas no espaço deixaram de existir

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido o ditado que diz: "n&atilde;o existe almo&ccedil;o gr&aacute;tis". Ele se aplica a diversas situa&ccedil;&otilde;es de nossa vida, e as redes sociais n&atilde;o s&atilde;o uma exce&ccedil;&atilde;o. Parece algo m&aacute;gico, quando voc&ecirc; preenche um pequeno cadastro e pode se comunicar 24 horas por dia com todos os seus amigos, isso sem falar em um buscador supereficiente disponibilizado sem cadastro algum!
Na verdade, essas empresas vendem a sua aten&ccedil;&atilde;o para anunciantes. Hoje, esse mercado &eacute; o que mant&eacute;m grande parte das redes sociais ativas, mas antigamente o marketing n&atilde;o era t&atilde;o simples assim. Os meios de comunica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o conseguiam uma segmenta&ccedil;&atilde;o t&atilde;o grande, ent&atilde;o at&eacute; mesmo t&aacute;ticas que podem ser consideradas duvidosas eram utilizadas para chamar a aten&ccedil;&atilde;o do consumidor.
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Dentre elas, existiu um projeto de posicionar um outdoor gigante no espa&ccedil;o. Isso mesmo, antes de Elon Musk ou qualquer tipo de vislumbre da coloniza&ccedil;&atilde;o de Marte, a propaganda quase fez o desenvolvimento espacial tomar outro rumo.
<h2 dir="ltr">Letreiro espacial</h2>
Com um custo estimado, na &eacute;poca, de 25 milh&otilde;es de d&oacute;lares, a empresa Space Marketing Inc. prop&ocirc;s o posicionamento em &oacute;rbita de um painel, feito com uma pel&iacute;cula de poli&eacute;ster de alta resist&ecirc;ncia. Ele teria &aacute;rea de 1 quil&ocirc;metro quadrado, e sua ilumina&ccedil;&atilde;o seria garantida por pain&eacute;is solares, tornando a visualiza&ccedil;&atilde;o poss&iacute;vel a olho nu.
Se ainda hoje nos impressionamos com os novos lan&ccedil;amentos tecnol&oacute;gicos, imagine avistar um outdoor no espa&ccedil;o em 1993, quando os computadores dom&eacute;sticos ainda eram raridade. Do ponto de vista t&eacute;cnico, o desafio podia ser vencido, mas ele foi inviabilizado por quest&otilde;es financeiras, pois a empresa n&atilde;o conseguiu manter o interesse dos anunciantes pelo tempo necess&aacute;rio para o desenvolvimento do produto.
<h2 dir="ltr">Regulamenta&ccedil;&atilde;o espacial</h2>
Os planos da Space Marketing Inc. n&atilde;o deram certo, mas serviram para colocar o assunto em pauta no Congresso Americano. J&aacute; no mesmo ano, foi aprovada uma lei que proibia an&uacute;ncios no espa&ccedil;o, acabando com qualquer possibilidade de algo semelhante.
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O assunto foi votado nos EUA e tratava somente de objetos que possu&iacute;am exclusivamente esse fim. Muitos anos depois, mais precisamente em 2010, uma startup japonesa foi criada com o intuito de movimentar esse mercado, mas vendendo espa&ccedil;o em objetos que j&aacute; seriam colocados em &oacute;rbita de qualquer forma. A <a href="https://ispace-inc.com">ispace Inc.</a> vende publicidade em foguetes e naves espaciais, colocando a marca do anunciante em evid&ecirc;ncia, com um objetivo futuro de <a href="https://www.bloomberg.com/technology">projetar</a> an&uacute;ncios na Lua.
Eles j&aacute; possuem um investimento inicial de 90 milh&otilde;es de d&oacute;lares, com o qual planejam lan&ccedil;ar, at&eacute; 2020, duas miss&otilde;es sem tripula&ccedil;&atilde;o at&eacute; o sat&eacute;lite. A diferen&ccedil;a entre eles e a empresa americana &eacute; que as proje&ccedil;&otilde;es n&atilde;o seriam vistas a olho nu, logo seriam invis&iacute;veis para a maioria das pessoas na Terra.
Apesar da legisla&ccedil;&atilde;o americana, o &uacute;nico tratado internacional sobre o uso do espa&ccedil;o foi assinado pelos pa&iacute;ses que possu&iacute;am capacidade para viagens do tipo, em 1967, com exce&ccedil;&atilde;o da R&uacute;ssia. Conhecido como Tratado do Espa&ccedil;o Exterior, ele declara que o espa&ccedil;o &eacute; um ambiente livre para explora&ccedil;&atilde;o, desde que n&atilde;o seja utilizado para o posicionamento de armas de destrui&ccedil;&atilde;o em massa ou objetos que prejudiquem o meio ambiente.
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Embora o outdoor espacial nunca tenha sa&iacute;do do papel, an&uacute;ncios envolvendo viagens espaciais n&atilde;o s&atilde;o uma novidade. Nos anos 1990, um rep&oacute;rter japon&ecirc;s foi colocado em uma espa&ccedil;onave russa e, em 2001, a Pizza Hut estampou seu logotipo no exterior de um foguete russo. Isso sem falar no recente lan&ccedil;amento da SpaceX, que colocou um carro da Tesla em &oacute;rbita, desencadeando repercuss&atilde;o pelo mundo todo.
Por se tratar de uma tecnologia recente e com lan&ccedil;amentos espor&aacute;dicos, associar uma empresa a esse tipo de evento gera uma grande exposi&ccedil;&atilde;o. Se tudo correr como planejado, o custo de lan&ccedil;amento ser&aacute; cada vez menor e, nesse momento, talvez seja necess&aacute;rio elaborar um tratado para que o espa&ccedil;o n&atilde;o se torne um grande outdoor.
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Você sabia que já existiu o projeto de um outdoor espacial?

Imagem de Mudança climática: cientistas encontram evidências da queda do império maia no megacurioso

Nem guerra, nem doenças; pesquisadores encontram indícios arqueológicos que podem solucionar mistério do declínio da civilização maia

O Imp&eacute;rio Maia dominou, durante 3 mil anos, a regi&atilde;o onde hoje est&atilde;o Guatemala, Honduras e M&eacute;xico. Apesar de ter constru&iacute;do enormes pir&acirc;mides, templos e cidades gigantescas, em apenas dois s&eacute;culos essa civiliza&ccedil;&atilde;o de cerca de 13 milh&otilde;es de pessoas chegou ao fim, deixando poucos vest&iacute;gios para os colonizadores europeus. A explica&ccedil;&atilde;o para o decl&iacute;nio pode ser a seca severa e, claro, a redu&ccedil;&atilde;o dr&aacute;stica da quantidade de chuvas.
Ao contr&aacute;rio do que se acreditava ser a resposta para o fim dos maias, a superpopula&ccedil;&atilde;o e o desmatamento tiveram pouca liga&ccedil;&atilde;o com o fen&ocirc;meno. A seca extrema, com redu&ccedil;&atilde;o de 50% a 70% do per&iacute;odo de chuvas, coincide com o fim da popula&ccedil;&atilde;o, o que mostra as consequ&ecirc;ncias graves da mudan&ccedil;a clim&aacute;tica sobre o ambiente e, especialmente, sobre n&oacute;s, seres humanos.
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Os ind&iacute;cios est&atilde;o escondidos em sedimentos lamacentos encontrados no fundo do lago Chichancanab, de acordo com estudo publicado na revista Science por pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade da Fl&oacute;rida. O material mineral &eacute; o equivalente a um f&oacute;ssil aqu&aacute;tico, e sua composi&ccedil;&atilde;o e disposi&ccedil;&atilde;o de &aacute;tomos mostra que a &aacute;rea em torno do lago teria passado per&iacute;odos de extrema aridez.
<h2 dir="ltr">&Ecirc;xodo ou extin&ccedil;&atilde;o?</h2>
Muito j&aacute; se discutiu a respeito do fim dos maias, mas, apesar do mist&eacute;rio, tudo indica que a popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi dizimada por doen&ccedil;as, uso de monocultura ou algo do g&ecirc;nero. Com o longo per&iacute;odo de seca que assolou a regi&atilde;o, o mais prov&aacute;vel &eacute; que a mudan&ccedil;a do clima tenha afastado os moradores, que procuraram lugares mais acolhedores e poss&iacute;veis para sobreviver.
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A hip&oacute;tese clim&aacute;tica ganha cada vez mais for&ccedil;a tanto por estudos do solo e dos lagos da regi&atilde;o quanto pela atualidade e pertin&ecirc;ncia do tema. Assim como os maias, que dependiam das chuvas para encher reservat&oacute;rios de abastecimento e irriga&ccedil;&atilde;o de atividade agr&iacute;cola, nossa sociedade atual passa por desafios muito similares, com secas extremas e alagamentos constantes, sem contar as esta&ccedil;&otilde;es que se confundem e a constante eleva&ccedil;&atilde;o da temperatura do planeta.
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Mudança climática: cientistas encontram evidências da queda do Império Maia

Imagem de Drops Históricos #019: mais história para você nesta semana!  no megacurioso

Lançamento de bombas nucleares, Lei Maria da Penha, invenções... Veja essas e outras curiosidades históricas!

Se procurar com calma, voc&ecirc; vai descobrir que todos os dias do ano marcam um evento importante de um conflito b&eacute;lico internacional. Nesta semana, n&atilde;o ser&aacute; diferente. &Eacute; precisamente no final da primeira semana de agosto e no in&iacute;cio da segunda que se concentram dois grandes epis&oacute;dios da Segunda Guerra Mundial: as bombas at&ocirc;micas lan&ccedil;adas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Esse e outros fatos que marcaram a humanidade voc&ecirc; confere aqui na coluna&nbsp;Drops Hist&oacute;ricos, em sua dose semanal de Hist&oacute;ria!
<h2>6 de agosto</h2>
1945: Primeira bomba at&ocirc;mica &eacute; lan&ccedil;ada sobre Hiroshima
A Segunda Guerra Mundial j&aacute; se estendia por 6 anos, isso sem contar os conflitos que a precederam, e o mundo estava em ebuli&ccedil;&atilde;o, mas as pessoas j&aacute; estavam cansadas do clima de batalha. Mas foi nos &uacute;ltimos meses da maior disputa que a Terra j&aacute; viu que aconteceram dois dos epis&oacute;dios mais nefastos de toda a Hist&oacute;ria at&eacute; hoje.
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No dia 6 de agosto de 1945, o avi&atilde;o B-29 Enola Gay lan&ccedil;ou a <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/9057-calcule-o-estrago-que-uma-bomba-atomica-faria-em-sua-cidade.htm">bomba at&ocirc;mica Little Boy</a> sobre Hiroshima, no Jap&atilde;o. A pot&ecirc;ncia da bomba foi t&atilde;o grande que praticamente varreu a cidade japonesa do mapa. Cerca de 70 mil pessoas morreram como efeito direto da explos&atilde;o, e outras 70 mil faleceram nos dias seguintes, por conta dos efeitos da radia&ccedil;&atilde;o &ndash; a mesma que por d&eacute;cadas gerou casos de c&acirc;ncer e deforma&ccedil;&otilde;es nos moradores da regi&atilde;o.
Tr&ecirc;s dias depois, os Estados Unidos lan&ccedil;aram a segunda bomba, Fat Man, dessa vez sobre Nagasaki. Menor, mas muito mais potente do que a primeira, essa explos&atilde;o tirou a vida de 40 mil japoneses instantaneamente, e mais 25 mil morreram em decorr&ecirc;ncia da bomba.
<h2>7 de agosto</h2>
2006: Lei Maria da Penha &eacute; sancionada
Uma em cada cinco <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/">mulheres</a> brasileiras j&aacute; sofreu algum tipo de viol&ecirc;ncia cometida por um homem, sendo que a dom&eacute;stica &ndash; aquela que parte do companheiro, do pai ou dos irm&atilde;os &ndash; &eacute; a mais comum. A cada 2 minutos, cinco mulheres s&atilde;o espancadas, sendo que em 80% dos casos o agressor &eacute; o companheiro. Esses dados s&atilde;o resultado de uma pesquisa divulgada em 2010 pelo SESC em parceria com o Instituto Perseu Abramo e mostram o quanto a <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/98128-13-razoes-pelas-quais-precisamos-do-dia-internacional-da-mulher.htm">viol&ecirc;ncia contra a mulher</a> ainda &eacute; um tema que precisa ser discutido.
Desde 2006, no entanto, as mulheres t&ecirc;m ao menos um recurso para tentar se proteger: a Lei Maria da Penha. Para que ela fosse sancionada, no entanto, foi preciso que uma mulher conhecida e respeitada publicamente na sociedade sofresse danos irrepar&aacute;veis sobre sua vida e sa&uacute;de.&nbsp;
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Em 1983, Maria da Penha Maia Fernandes foi baleada pelo ent&atilde;o marido Marco Ant&ocirc;nio Heredia Viveiros enquanto dormia. Por conta disso, ela perdeu o movimento das pernas e, em vez de conseguir fugir, foi mantida por ele em c&aacute;rcere privado por um per&iacute;odo em que foi seguidamente violentada e sofreu uma nova tentativa de assassinato&nbsp;&ndash; Viveiros tentou eletrocutar a esposa.
Foi somente depois dessas repetidas agress&otilde;es que ela conseguiu fugir, levando as tr&ecirc;s filhas, e procurar apoio judicial. Somente mais de duas d&eacute;cadas depois de ser baleada, ap&oacute;s lutar junto a comit&ecirc;s e institutos de sua cidade, no Cear&aacute;, foi que ela conseguiu que um Projeto de Lei fosse feito com o objetivo de coibir a viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica. Foi assim que, em 7 de agosto de 2006, a Lei n&ordm; 11.340 foi assinada pelo ent&atilde;o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva.
<h2>8 de agosto</h2>
1709: O padre brasileiro Bartolomeu de Gusm&atilde;o inventa o bal&atilde;o de ar quente
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Em 2008, o padre Adelir Ant&ocirc;nio de Carli ficou conhecido como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/39062-conheca-o-homem-que-esta-tentando-atravessar-o-atlantico-usando-so-baloes.htm">Padre dos Bal&otilde;es</a>, depois de tentar um voo malsucedido sobre o oceano Atl&acirc;ntico em seus bal&otilde;es de ar. Mas essa n&atilde;o foi a primeira vez que um sacerdote se fascinou por esses brinquedinhos. Na verdade, em 1709, outro religioso brasileiro era t&atilde;o encantado com a ideia de sair voando que inventou o bal&atilde;o de ar quente. Seu nome era Bartolomeu de Gusm&atilde;o, e ele era de Santos, S&atilde;o Paulo.
Ele j&aacute; havia patenteado em abril de 1709 um objeto voador que utilizava ar quente para se mover, mas em agosto o padre Bartolomeu apresentou sua inven&ccedil;&atilde;o &agrave; corte portuguesa, em um per&iacute;odo em que morou em Lisboa.
A passarola, como ficou conhecido seu invento, &eacute; composta por asas, esferas de metal, agulhas, roldanas e velas, al&eacute;m de lemes para se guiar no ar.
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<h2>9 de agosto</h2>
1974: O caso Watergate leva &agrave; ren&uacute;ncia do presidente dos Estados Unidos
A participa&ccedil;&atilde;o da imprensa na pol&iacute;tica vinha sendo discutida desde que jornais, r&aacute;dio e TV ganharam import&acirc;ncia e alcan&ccedil;aram as grandes massas. Mas foi em 1974 que a influ&ecirc;ncia desses meios ficou evidente, com o caso Watergate, um dos mais emblem&aacute;ticos da pol&iacute;tica norte-americana.
Durante as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais do pa&iacute;s em 1972, cinco pessoas foram presas durante um atentado &agrave; sede do Comit&ecirc; Nacional Democrata, que ficava em um pr&eacute;dio do complexo <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/89519-4-falcatruas-escandalosas-que-foram-expostas-ao-longo-da-historia.htm">Watergate</a>, na capital Washington. Nesse per&iacute;odo, dois rep&oacute;rteres do The Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, iniciaram uma investiga&ccedil;&atilde;o sobre o envolvimento da Casa Branca com tais atentados e passaram a receber informa&ccedil;&otilde;es de um informante secreto, apelidado no pa&iacute;s de Garganta Profunda.
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As informa&ccedil;&otilde;es que chegavam por ele eram t&atilde;o apuradas que, com sua ajuda, os jornalistas conseguiram obter documentos censurados pelo governo, o que obrigou o presidente Richard Nixon a passar por um processo de investiga&ccedil;&atilde;o formal e fez com ele tivesse que renunciar &agrave; presid&ecirc;ncia, no dia 9 de agosto de 1974.
A identidade do Garganta Profunda permaneceu secreta por v&aacute;rias d&eacute;cadas e s&oacute; foi revelada em 31 de maio de 2005: era o ex-vice-presidente do FBI, Mark Felt.
<h2>10 de agosto</h2>
1846: Elias Howe patenteia a <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/27968-confira-a-primeira-orquestra-feita-de-maquinas-de-costura-video-.htm">m&aacute;quina de costura</a>
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Foi durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial que uma moderniza&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria t&ecirc;xtil fez com que as produ&ccedil;&otilde;es voltadas ao vestu&aacute;rio se tornassem muito mais f&aacute;ceis. No dia 10 de agosto de 1846, o estadunidense Elias Howe patenteou o primeiro equipamento que realizava costuras com ponto reto.
Embora j&aacute; houvesse alguns mecanismos para facilitar a vida de quem trabalhava com costura, essa foi a primeira m&aacute;quina focada em ponto reto.
<h2>11 de agosto</h2>
1827: Cursos de Direito s&atilde;o fundados no Brasil
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At&eacute; o ano de 1827, quem quisesse estudar Direito precisava ir para outros pa&iacute;ses, e o destino costumava ser Portugal. Contudo, em 11 de agosto daquele ano, o imperador D. Pedro I fundou duas faculdades voltadas a formar advogados: Faculdade de Direito em S&atilde;o Paulo e Faculdade de Direito do Recife, em Olinda.
N&atilde;o &agrave; toa, o dia 11 de agosto &eacute; tamb&eacute;m considerado o Dia do Advogado no Brasil, al&eacute;m de marcar a data de outra tradi&ccedil;&atilde;o incr&iacute;vel do pa&iacute;s: o Dia do Pendura! Tradicionalmente, estudantes de Direito de v&aacute;rias universidades brasileiras se dirigem coletivamente a restaurantes, almo&ccedil;am e saem sem pagar, pedindo que o gerente "pendure" a conta. A pegadinha j&aacute; rendeu v&aacute;rias confus&otilde;es pa&iacute;s afora.
<h2>12 de agosto</h2>
1981: Lan&ccedil;ado primeiro computador pessoal com MS-DOS
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Desenvolvido por 12 engenheiros e projetistas da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ibm">IBM</a>, o IBM 5150 &eacute; considerado o pai dos hardwares de uso pessoal e, embora n&atilde;o tenha sido o primeiro com o conceito, foi ele quem firmou a nomenclatura de microcomputador ou PC.
O principal objetivo da marca com seu lan&ccedil;amento era concorrer com os computadores dom&eacute;sticos da <a href="https://www.tecmundo.com.br/apple">Apple</a>, que na &eacute;poca j&aacute; faziam sucesso. De fato, isso foi alcan&ccedil;ado, principalmente por conta da acessibilidade da m&aacute;quina para escrit&oacute;rios e empresas, j&aacute; que ele n&atilde;o era t&atilde;o caro.
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Drops Históricos #019: Sua dose semanal de História aqui no Mega

Seus feitos tentaram ser apagados após sua morte, mas o sucesso foi tão grande que isso não foi possível

Apesar de muita resist&ecirc;ncia e do fato de a maior parte dos l&iacute;deres mundiais ser composta por homens, as mulheres t&ecirc;m assumido cada vez mais posi&ccedil;&otilde;es de poder.&nbsp;A forma de encarar a quest&atilde;o se altera de acordo com quest&otilde;es culturais e o governo vigente; mesmo assim, v&aacute;rias marcaram seus nomes na hist&oacute;ria, como j&aacute; mostramos aqui no <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75585-21-mulheres-incriveis-que-mudaram-o-mundo-para-melhor.htm">Mega</a>.
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Mulheres assumindo o posto de fara&oacute; no antigo Egito n&atilde;o era algo comum, mas dentre as poucas est&aacute; Hatshepsut, que realizou grandes obras em seu reinado. Houve a tentativa de retirar dela o cr&eacute;dito pelos feitos, mas eles foram t&atilde;o grandiosos que isso n&atilde;o foi poss&iacute;vel.
<h2 dir="ltr">Caminho at&eacute; o poder</h2>
Filha do fara&oacute;&nbsp;Tutm&eacute;s I e de sua esposa Ahmose, Hatshepsut cresceu junto de sua irm&atilde; Nefrubity. Ela idolatrava seu pai, mas dizia que tinha sido fruto de uma uni&atilde;o divina, entre sua m&atilde;e e o Deus Amun. Essa afirma&ccedil;&atilde;o fica bem clara com a exist&ecirc;ncia de um relevo em sua grandiosa tumba, onde seu pai a coroa na presen&ccedil;a de deuses eg&iacute;pcios.
Ap&oacute;s a morte do fara&oacute;, o trono passou naturalmente para&nbsp;Tutm&eacute;s II, meio-irm&atilde;o e marido de Hatshepsut. Apesar de estranha, a pr&aacute;tica era algo comum no Antigo Egito, dando a ela o t&iacute;tulo de rainha. Tanto seu pai quanto seu marido realizaram diversas incurs&otilde;es na N&uacute;bia, onde conquistaram &aacute;reas que foram anexadas ao imp&eacute;rio.
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N&atilde;o muito tempo ap&oacute;s sua posse,&nbsp;Tutm&eacute;s II morreu, abrindo caminho para&nbsp;Tutm&eacute;s III, enteado e sobrinho de Hatshepsut. Ele ainda era uma crian&ccedil;a e, por isso, n&atilde;o tinha condi&ccedil;&otilde;es de governar o Egito, tarefa que coube &agrave; sua tia/m&atilde;e, como regente. Por 3 anos esse t&iacute;tulo se manteve, at&eacute; que ela mesma determinou que seria o novo fara&oacute;.
<h2 dir="ltr">A Fara&oacute;</h2>
Ela foi uma das poucas mulheres que ocuparam o posto de fara&oacute; durante os tr&ecirc;s mil&ecirc;nios em que isso foi poss&iacute;vel. A defini&ccedil;&atilde;o dela como nova fara&oacute; implicava em todo um processo de reconhecimento pela popula&ccedil;&atilde;o, com a altera&ccedil;&atilde;o de nomes em lugares estrat&eacute;gicos e constru&ccedil;&atilde;o de est&aacute;tuas.
As novas esculturas mantiveram o padr&atilde;o utilizado at&eacute; ent&atilde;o, mostrando a nova fara&oacute; como um homem com barba, a n&atilde;o ser por alguns pequenos tra&ccedil;os femininos, como uma cintura mais fina do que o convencional. Al&eacute;m disso, as palavras utilizadas em inscri&ccedil;&otilde;es deixavam claro que o fara&oacute; era uma mulher.
Durante seu reinado, ela iniciou um n&uacute;mero de projetos de constru&ccedil;&atilde;o que superou muito seus predecessores, principalmente na N&uacute;bia, que havia sido conquistada por seu pai e marido recentemente.
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Tamb&eacute;m foram iniciadas diversas obras no pr&oacute;prio Egito, sendo a mais relevante o templo em Deir el-Bahari, que era conhecido como djeser-djeseru, ou &ldquo;o mais sagrado dos locais sagrados&rdquo;. Quando o local foi descoberto, no s&eacute;culo XIX, os arque&oacute;logos encontraram santu&aacute;rios dedicados a Hathor e An&uacute;bis, al&eacute;m de uma esfinge de Hatshepsut, demonstrando seu triunfo sobre os inimigos. Tamb&eacute;m existia, no centro, um conjunto de relevos mostrando uma expedi&ccedil;&atilde;o ao reino de Punt.
<h2 dir="ltr">Viagem a Punt</h2>
Conhecida tamb&eacute;m como &ldquo;Terra dos Deuses&rdquo;, at&eacute; hoje n&atilde;o se sabe exatamente onde o local ficava; as principais suspeitas apontam para o nordeste da &Aacute;frica. Pelo que foi identificado em registros, a viagem liderada por Hatshepsut foi um sucesso e trouxe diversas maravilhas do local, dentre elas fragr&acirc;ncias maravilhosas, resina de mirra retirada de &aacute;rvores jovens, &eacute;bano e marfim, com ouro verde de Emu. O fato era algo a se comemorar, pois nenhum fara&oacute; conseguiu ser t&atilde;o bem-sucedido nas rela&ccedil;&otilde;es com a localidade.
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Ap&oacute;s a morte de Hatshepsut, Tutm&eacute;s III assumiu o poder, que inicialmente era seu por direito. Apesar de seu corpo ter passado pelo processo funer&aacute;rio usual e colocado no vale dos reis, sua mem&oacute;ria n&atilde;o foi mantida da forma como ela provavelmente esperava.
Os monumentos constru&iacute;dos durante seu reinado foram atacados, suas est&aacute;tuas, destru&iacute;das, e todos os locais que registraram seu nome foram apagados. Egipt&oacute;logos acreditam que essa atitude foi uma tentativa do novo fara&oacute; de obter algum cr&eacute;dito por todo o sucesso que ela alcan&ccedil;ou. Joyce Tyldesley escreveu em um artigo para a <a href="http://www.bbc.co.uk/history/ancient/egyptians/hatshepsut_01.shtml">BBC</a> que, &ldquo;ao remover todas as refer&ecirc;ncias &oacute;bvias &agrave; sua corregente,&nbsp;Tutm&eacute;s III poderia associar o reinado dela a seu pr&oacute;prio nome. Ele ent&atilde;o se tornaria o maior fara&oacute; do Egito&rdquo;.
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A m&uacute;mia de Hatshepsut foi identificada em 2007, cruzando informa&ccedil;&otilde;es com a arcada dent&aacute;ria presente em um vaso can&oacute;pico identificado. No epis&oacute;dio de sua morte, ela tinha aproximadamente 50 anos, sofria de diabetes e estava com as unhas pintadas de vermelho e preto. Apesar da tentativa de apag&aacute;-la da hist&oacute;ria eg&iacute;pcia, seus feitos foram maiores do que isso; portanto, &eacute; considerada uma das l&iacute;deres mais triunfantes do Antigo Egito.
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Conheça a história de Hatshepsut, uma das únicas mulheres a se tornar faraó

Ele exumou o corpo de seu antecessor e o declarou culpado por heresia

A Igreja Cat&oacute;lica ainda possui influ&ecirc;ncia em diversos assuntos, mas nada comparado ao que acontecia nos tempos do Imp&eacute;rio Romano, especificamente no s&eacute;culo 9. As duas institui&ccedil;&otilde;es possu&iacute;am uma intensa liga&ccedil;&atilde;o, chegando ao ponto de existirem bispos nomeados como nobres do Imp&eacute;rio. Ao mesmo tempo, os romanos estavam envolvidos em uma s&eacute;rie de guerras, conflitos entre nobres e influ&ecirc;ncias de inimigos externos, que faziam o poss&iacute;vel para deixar a situa&ccedil;&atilde;o cada vez mais agitada.
<h2 dir="ltr">Papa Formoso</h2>
No meio de todo esse contexto, ocorreu a nomea&ccedil;&atilde;o do Papa Formoso, fato que colaborou com o caos em andamento. O motivo desse descontentamento, oficialmente, existia por ele possuir pensamentos hereges sobre o Esp&iacute;rito Santo. A realidade &eacute; que, at&eacute; onde se sabe, havia uma disputa sobre quais bispos ficariam com os lucros dos diversos bord&eacute;is de Roma, al&eacute;m de uma rixa com Guido de Spoleto.
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Por existirem objetivos conflitantes entre a Igreja Cat&oacute;lica e o nobre, o Papa iniciou a organiza&ccedil;&atilde;o de um ex&eacute;rcito para conter o avan&ccedil;o do advers&aacute;rio. Ap&oacute;s esse movimento, o Papa Formoso morreu repentinamente, v&iacute;tima de gota. Seu sucessor, Bonif&aacute;cio VI, foi al&ccedil;ado ao posto de Papa por um grupo de agitadores, mas tamb&eacute;m morreu em decorr&ecirc;ncia de gota, duas semanas depois. Isso abriu caminho para o Papa Estev&atilde;o VI, que chegou &agrave; posi&ccedil;&atilde;o de formas, no m&iacute;nimo, suspeitas.
<h2 dir="ltr">Papa Estev&atilde;o VI</h2>
N&atilde;o existem muitas informa&ccedil;&otilde;es sobre a vida de Estev&atilde;o nem ind&iacute;cios sobre o que ele seria capaz de fazer. O pouco que se sabe &eacute; que ele era filho de um padre cat&oacute;lico &mdash; algo proibido pela Igreja Cat&oacute;lica at&eacute; hoje &mdash;, que ingressou na institui&ccedil;&atilde;o assim que atingiu a idade necess&aacute;ria. Provavelmente por alguma chantagem feita por Guido de Spoleto, o Papa Formoso foi quem elevou o jovem a bispo.
Na posi&ccedil;&atilde;o, Estev&atilde;o era conhecido por se manter nas sombras. Ningu&eacute;m sabia de suas opini&otilde;es sobre a Igreja, ele n&atilde;o publicou nenhum texto relevante e, provavelmente, n&atilde;o contribuiu em nada para a institui&ccedil;&atilde;o como bispo. Mesmo nessas circunst&acirc;ncias, ele assumiu diversos cargos relevantes durante sua vida.
<h2 dir="ltr">Julgamento macabro</h2>
As informa&ccedil;&otilde;es oficiais sobre a morte dos dois Papas, em momentos-chave e pelo mesmo motivo, no m&iacute;nimo levantam d&uacute;vidas. Coincid&ecirc;ncia ou n&atilde;o, essa foi a causa da morte de v&aacute;rios inimigos de Guido de Spoleto.
Tornando a sucess&atilde;o de fatos cada vez mais suspeita, assim que assumiu o cargo, Papa Estev&atilde;o VI reverteu todas as decis&otilde;es tomadas pelo Papa Formoso e iniciou um processo de purifica&ccedil;&atilde;o dos pol&iacute;ticos romanos, em nome do Sacro Imperador Romano.
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No meio de toda essa movimenta&ccedil;&atilde;o, sua ordem mais absurda foi a exuma&ccedil;&atilde;o do antigo Papa Formoso, para que fosse julgado pelos crimes de heresia dos quais era acusado. Durante o evento, um di&aacute;cono ficou agachado atr&aacute;s do trono papal e foi incumbido de falar pelo cad&aacute;ver, que foi vestido com suas antigas roupas e colocado na posi&ccedil;&atilde;o que um dia ocupou.
Quando o Papa Estev&atilde;o VI perguntou: &ldquo;Por que voc&ecirc; usurpou o papado?&rdquo;, o di&aacute;cono respondeu, como se fosse o antigo Papa, dizendo: &ldquo;Porque eu era o dem&ocirc;nio!&rdquo;. Com o t&eacute;rmino do julgamento, definindo o antigo pont&iacute;fice como culpado, o cad&aacute;ver teve suas roupas retiradas e o t&iacute;tulo de Papa cancelado de forma retroativa. Os dedos que ele um dia utilizou para aben&ccedil;oar pessoas foram cortados e o corpo, enterrado novamente, mas em um t&uacute;mulo comum.
<h2 dir="ltr">Limites levemente excedidos</h2>
Mesmo para a &eacute;poca, a condu&ccedil;&atilde;o do julgamento de um cad&aacute;ver, com a posterior mutila&ccedil;&atilde;o dos dedos, foi considerada um excesso. Por isso, alguns meses depois Estev&atilde;o foi deposto e colocado na cadeia. Seu sucessor, o Papa Romano, reverteu todas as suas a&ccedil;&otilde;es, trazendo de volta as antigas determina&ccedil;&otilde;es do Papa Formoso.
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Estev&atilde;o acabou sendo enforcado, como sinal de sucesso e da retomada das tradi&ccedil;&otilde;es da Igreja Cat&oacute;lica. A ordem de acontecimentos nos leva a crer que seu papado, que n&atilde;o chegou a durar 1 ano, aconteceu totalmente por motivos pol&iacute;ticos.
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Conheça a história do Papa responsável pelo julgamento de um cadáver

Imagem de Conheça a história do cientista maluco que devorou o coração de um rei no site Mega Curioso

Com um paladar bastante peculiar, William Buckland ficou ainda mais conhecido na Inglaterra depois de ter comido o coração do rei francês Luís XIV

Sabemos que as pessoas podem ter um paladar bastante peculiar, mas ningu&eacute;m que eu conhe&ccedil;o chega perto dos h&aacute;bitos alimentares do ge&oacute;logo e paleont&oacute;logo ingl&ecirc;s William Buckland. Tendo vivido entre os anos de 1784 e 1856 e estudado na Universidade de Oxford, o cientista cultivava um passatempo bastante peculiar: comer de tudo.
Isso mesmo! Qualquer coisa que fosse considerada comest&iacute;vel poderia muito bem entrar para o menu de William Buckland. Por esse motivo, algumas fontes apontam que ele provou porco-espinho assado e avestruz em conserva, e at&eacute; mesmo golfinhos, cachorros, jacar&eacute;s e panteras haviam passado por sua mesa. Mas tudo indica que o que o cientista adorava mesmo era saborear ratos com torradas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/11/materias/284901301814050.jpg" alt=" />O cientista William Buckland. Fonte da imagem: <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/File:William_Buckland_c1845.jpg" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikimedia Commons</a>
Hoje em dia, William Buckland &eacute; reconhecido por suas contribui&ccedil;&otilde;es &agrave; geologia e &agrave; teologia, mas &eacute; dif&iacute;cil n&atilde;o ressaltar um dos feitos mais bizarros da hist&oacute;ria desse cientista maluco.
A hist&oacute;ria conta que, em uma visita ao Lord Harcourt, arcebispo de York, o cientista se deparou com um cora&ccedil;&atilde;o que supostamente teria pertencido ao Rei Lu&iacute;s XIV e teria sido roubado de sua cova durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa. O &oacute;rg&atilde;o, que estava preservado e fazia parte da cole&ccedil;&atilde;o do arcebispo, foi rapidamente agarrado por Buckland, que devorou o cora&ccedil;&atilde;o e ainda comentou que, mesmo tendo comido muitas coisas estranhas, era a primeira vez que experimentava o cora&ccedil;&atilde;o de um rei.
Outras fontes apontam que o cientista teria sido apenas convidado a provar um peda&ccedil;o do cora&ccedil;&atilde;o e acabou engolindo-o acidentalmente. Mas, considerando as peculiaridades da dieta de Buckland, n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil de imaginar que ele teria atacado a iguaria da mesma maneira que fazia com seus adorados ratinhos.
*Publicado originalmente em 18/11/2013.
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Conheça a história do cientista maluco que devorou o coração de um rei

Imagem de Confira 9 recordes que membros de realezas fizeram durante o poder no megacurioso

<h2>1. O mais rico</h2>
<ul>
<li>Rei Bhumibol Adulyadej (1946&ndash;2016 / Tail&acirc;ndia)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29173759138004.jpg" alt="" />
&Eacute; de se esperar que um monarca seja rico, n&atilde;o &eacute; mesmo? Mas at&eacute; entre a realeza existe o mais rico de todos. Com uma fortuna de mais de US$ 30 bilh&otilde;es (cerca de R$ 111 bilh&otilde;es), de acordo com a Forbes, o rei Bhumibol Adulyadej, da Tail&acirc;ndia, entrou para o Guinness em 2012. Falecido em 2016, sua cerim&ocirc;nia de crema&ccedil;&atilde;o aconteceu somente 1 ano depois, com a constru&ccedil;&atilde;o de um monumento de mais de 50 metros de altura. Agora &eacute; seu filho e atual rei, Maha Vajiralongkorn, que administra a heran&ccedil;a.&nbsp;
<h2>2. Reinado mais longo</h2>
<ul>
<li>Sobhuza II (1899&ndash;1982 / Suazil&acirc;ndia)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29173833511005.jpg" alt="" />
Se voc&ecirc; pensou que a rainha Elizabeth II est&aacute; h&aacute; muito tempo no poder (mais de 65 anos, no caso), voc&ecirc; n&atilde;o sabe de nada. O mais longo reinado foi registrado na Suazil&acirc;ndia, por Sobhuza II, que controlou a regi&atilde;o durante 82 anos&nbsp;&mdash; praticamente toda sua vida, pois assumiu o trono com apenas 4 meses de idade.
Apesar de ser dif&iacute;cil confirmar, existem rumores de que o mais longo reinado tenha sido de 94 anos, do fara&oacute; eg&iacute;pcio, Phiops II, e talvez de Min Hti, rei de Arakan (parte de Myanmar), por 95 anos.&nbsp;&nbsp;
<h2>3. Reinado mais curto</h2>
<ul>
<li>Sult&atilde;o Khalid bin Barghash (25&ndash;27 de agosto de 1896 / Zanzibar)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29174430371006.jpg" alt="" />
Dois dias. Esse foi o reinado mais curto registrado pelo Guinness e aconteceu em Zanzibar, ao leste da costa africana. Khalid bin Barghash assumiu o poder em 1896, mas os brit&acirc;nicos logo mandaram navios para combater o novo monarca, que acabou morrendo durante a guerra mais curta da hist&oacute;ria &mdash;&nbsp;apenas 1 hora.&nbsp;
<h2>4. Mais viajada&nbsp;</h2>
<ul>
<li>Rainha Elizabeth II (1952&ndash;at&eacute; o momento / Reino Unido e comunidade brit&acirc;nica)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29174505261007.jpg" alt="" />
Apesar de n&atilde;o ter passaporte, a rainha Elizabeth II &eacute; a monarca que mais acumulou milhas at&eacute; agora. Ela j&aacute; realizou mais de 265 viagens, por 119 pa&iacute;ses&nbsp;&mdash; o que soma bem mais de 1,6 milh&atilde;o de quil&ocirc;metros. Os 53 pa&iacute;ses da comunidade brit&acirc;nica j&aacute; foram visitados pela realeza, que s&oacute; n&atilde;o fez check-in no Egito, na Argentina e na Gr&eacute;cia.&nbsp;&nbsp;
<h2>5. Mais herdeiros</h2>
<ul>
<li>Rei Abdulaziz Al-Saud (1932&ndash;1953 / Ar&aacute;bia Saudita)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29175033991008.jpg" alt="" />
Primeiro rei da Ar&aacute;bia Saudita, Abdulaziz Al-Saud teve 45 filhos, e o n&uacute;mero de filhas &eacute; incerto. O que se sabe &eacute; que a fam&iacute;lia real tem mais de 15 mil membros atualmente. Seu filho mais velho, Rei Saud, seguiu seus passos e j&aacute; tem 52 filhos e 54 filhas.&nbsp;&nbsp;
<h2>6. Mais letal</h2>
<ul>
<li>Nurhaci, imperador de Tianming (1616&ndash;1626 / Liaoning, China)&nbsp;</li>
</ul>
Vinte e cinco milh&otilde;es. Esse &eacute; o n&uacute;mero de pessoas mortas durante a queda da dinastia Ming, na China. O imperador Nurhaci, l&iacute;der Manchu, da dinastia Qing, comandou a tomada do trono para combater a fome e as altas taxas cobradas do povo. O resultado foi o mais sangrento combate da Hist&oacute;ria.&nbsp;
<h2>7. Mais esposas&nbsp;</h2>
<ul>
<li>Rei Ibrahim Njoya (1886&ndash;1933 / Bamum, Camar&otilde;es)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29175444427009.jpg" alt="" />
Este recorde &eacute; pol&ecirc;mico. Apesar de o rei Henrique VIII ser famoso por suas seis esposas, quem leva o t&iacute;tulo de mais casamenteiro &eacute; o rei Ibrahim Njoya, da Ar&aacute;bia Saudita, com 30 mulheres. Mas, supostamente, o rei Sobhuza II da Suazil&acirc;ndia teria tido mais de 100 esposas.&nbsp;&nbsp;
<h2>8. Casamento mais longo&nbsp;</h2>
<ul>
<li>Takahito, Pr&iacute;ncipe Mikasa (Jap&atilde;o)</li>
</ul>
Este recorde rom&acirc;ntico &eacute; do casal Takahito, pr&iacute;ncipe Mikasa do Jap&atilde;o, e Yuriko, princesa Mikasa. Eles se casaram em 1941 e ficaram juntos por 75 anos, at&eacute; a data da morte do pr&iacute;ncipe, em 2016. Quem est&aacute; a fim de bater esse recorde &eacute; a rainha Elizabeth II e o pr&iacute;ncipe Philip, que trocaram alian&ccedil;as em 1947.&nbsp;&nbsp;
<h2>9. Reinado mais amplo</h2>
<ul>
<li>Rainha Victoria (1837&ndash;1901 / Reino Unido)</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/07/29/29175740223010.jpg" alt="" />
Esse recorde vai para a rainha Victoria, que dominou cerca de um quinto do mundo durante seu reinado. A era vitoriana, como &eacute; chamada, foi o &aacute;pice do imp&eacute;rio brit&acirc;nico, marcando uma &eacute;poca de inova&ccedil;&atilde;o e grandiosidade. A expans&atilde;o do territ&oacute;rio foi consequ&ecirc;ncia da disputa com outros pa&iacute;ses e o estabelecimento de rotas comerciais e col&ocirc;nias ao redor do mundo.&nbsp;
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