Imagem de 6 fatos interessantes sobre os orangotangos no megacurioso

Conheça mais sobre os incríveis primatas encontrados exclusivamente nas florestas de Bornéu e Sumatra

Conhecidos por seu tradicional pelo alaranjado, os orangotangos s&atilde;o criaturas &uacute;nicas em muitos sentidos. Nas l&iacute;nguas malaias, seu nome significa homem da floresta; mesmo assim, pouqu&iacute;ssimas pessoas realmente conhecem essa esp&eacute;cie a fundo.
Por isso, listamos seis curiosidades fascinantes sobre esses incr&iacute;veis primatas para voc&ecirc; se surpreender cada vez mais. Confira e nos conte de qual fato mais gostou.
<h2>1. Nativos do sul da &Aacute;sia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23170313657465.jpg" alt="(Fotos: Shutterstock)" />(Fotos: Shutterstock)
Os orangotangos fazem parte de um g&ecirc;nero de primatas com tr&ecirc;s esp&eacute;cies, sendo o &uacute;nico grande primata na &Aacute;sia, al&eacute;m dos Homo sapiens. Todas elas s&atilde;o nativas do sul asi&aacute;tico, especialmente das florestas tropicais de Born&eacute;u e Sumatra.&nbsp;
As tr&ecirc;s esp&eacute;cies conhecidas at&eacute; hoje s&atilde;o orangotango-de-sumatra (Pongo abelii), orangotango-de-born&eacute;u (Pongo pygmaeus) e orangotango-de-tapanuli (Pongo tapanuliensis). A &uacute;ltima, inclusive, s&oacute; foi reconhecida como uma esp&eacute;cie separada em 2017.
<h2>2. Maiores mam&iacute;feros em &aacute;rvores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23170410125469.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Os orangotangos s&atilde;o criaturas arb&oacute;reas e passam 95% do tempo de vida na copa das &aacute;rvores. Eles bebem, alimentam-se, descansam e dormem em &aacute;rvores, o que faz deles a maior esp&eacute;cie de mam&iacute;feros que habitam a parte de cima das florestas no mundo todo.
Assim como outros grandes macacos, eles costumam construir ninhos nas &aacute;rvores para se proteger da chuva e fugir de predadores. Esses ninhos s&atilde;o forrados com uma boa camada de folhas macias para proporcionar o melhor lar poss&iacute;vel.
<h2>3. Reprodu&ccedil;&atilde;o lenta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23170450000470.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Os orangotangos t&ecirc;m o maior intervalo de reprodu&ccedil;&atilde;o entre todos os mam&iacute;feros da Terra. Cada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117093-nascimento-de-bebe-orangotango-e-registrado-em-belissimas-fotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filhote</a> permanece 8 anos sendo cuidado pela m&atilde;e at&eacute; se tornar independente e atingir a maturidade sexual. Ou seja, um orangotango pode chegar &agrave; adolesc&ecirc;ncia ainda nos bra&ccedil;os dos pais.
Somente ap&oacute;s esse per&iacute;odo &eacute; que eles voltam a se reproduzir. Em m&eacute;dia, um orangotango vive entre 40 e 50 anos na natureza e at&eacute; 60 anos em cativeiro.
<h2>4. Bra&ccedil;os compridos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23170519735471.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Uma curiosidade sobre a anatomia dos orangotangos &eacute; que esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116332-primatas-com-cerebros-maiores-nao-sao-mais-inteligentes-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a> t&ecirc;m bra&ccedil;os maiores que as pernas, um exemplo de como eles se adaptaram para viver no topo das &aacute;rvores. Machos grandes podem atingir uma envergadura de bra&ccedil;os maior que 1,80 metro.&nbsp;
Os grandes membros superiores permitem que eles se balancem sem esfor&ccedil;o entre os galhos, os quais agarram com as m&atilde;os e os p&eacute;s, em um m&eacute;todo chamado de escalada quadrumana.
<h2>5. DNA humano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23170548813472.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Outro fato intrigante sobre esses primatas &eacute; que eles dividem 97% do DNA com os seres humanos. Isso torna os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117389-orangotango-mais-velha-do-mundo-morre-aos-61-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orangotangos</a> &mdash; que se ramificaram de sua linhagem comum com os humanos h&aacute; cerca de 13 milh&otilde;es de anos &mdash; nossos parentes mais distantes entre os grandes macacos.
Nossos parentes mais pr&oacute;ximos s&atilde;o os chimpanz&eacute;s e os bonobos, que dividem 98,7% do DNA conosco e 99,6% entre eles. Gorilas e humanos t&ecirc;m 98% do DNA dividido.
<h2>6. Intelig&ecirc;ncia acima do normal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23170634330473.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O mais surpreendente, entretanto, &eacute; que os orangotangos s&atilde;o absurdamente inteligentes. Esses primatas s&atilde;o conhecidos por forjar ferramentas para procurar alimentos na selva e ser capazes de observar o comportamento humano, como usar martelos e serras, lavar roupa, remar, e tentar reproduzi-los.
E isso n&atilde;o &eacute; tudo! Eles conseguem at&eacute; mesmo dominar algumas das tecnologias que n&oacute;s criamos. Na d&eacute;cada de 1960, um orangotango chamado Fu Manchu vivia fugindo de sua jaula no Zool&oacute;gico Omaha, nos Estados Unidos. O motivo? Ele havia aprendido a abrir um cadeado com um peda&ccedil;o de arame.

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6 fatos interessantes sobre os orangotangos

Imagem de Os camelos realmente guardam água na corcova?  no megacurioso

Saiba para que servem os dois 'morrinhos' nas costas dos camelos e como isso os ajuda a sobreviver no deserto

Voc&ecirc; j&aacute; parou para se perguntar qual &eacute; a real fun&ccedil;&atilde;o das corcovas dos camelos? Os dois tradicionais "morrinhos" nas costas dessas criaturas s&atilde;o uma marca &mdash; que compartilham com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/73020-camelo-ou-dromedario-5-fatos-curiosos-a-respeito-dos-imensos-bichos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dromed&aacute;rios</a>, que t&ecirc;m apenas uma corcova &mdash; com uma fun&ccedil;&atilde;o muito maior que a est&eacute;tica.
&Eacute; comum que as pessoas assumam que, pelo fato de os camelos viverem no deserto e esse ser um ambiente dif&iacute;cil de se obter &aacute;gua, elas sirvam como um reservat&oacute;rio para o l&iacute;quido. Mas ser&aacute; que isso &eacute; verdade? Abordaremos a anatomia desses fant&aacute;sticos animais nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos.
<h2>Armazenamento interno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27151208850215.jpg" alt="(Fonte: Stocksnap)" />(Fonte: Stocksnap)
Se voc&ecirc; estava buscando respostas, ent&atilde;o saiba que sim, as corcovas dos camelos realmente servem para armazenar &aacute;gua. Mas engana-se quem pensa que essa &eacute; a &uacute;nica finalidade. Afinal, a &aacute;gua n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico recurso escasso no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107201-conheca-alguns-animais-que-vivem-no-deserto-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto</a>. Al&eacute;m da dificuldade de hidrata&ccedil;&atilde;o, achar fontes de alimento pode ser uma tarefa dif&iacute;cil.
Por esse motivo, os camelos gostam de comer o m&aacute;ximo que podem quando t&ecirc;m tempo para isso, abrigando o excesso de gordura nas corcovas e utilizando uma parcela desse estoque sempre que n&atilde;o h&aacute; comida &agrave; vista. Segundo especialistas, essas criaturas podem viver meses sem uma &uacute;nica refei&ccedil;&atilde;o.
Isso significa que, enquanto n&atilde;o tiverem o que comer, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105551-vem-rir-existe-um-concurso-de-beleza-para-camelos-que-baniu-o-botox.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camelos</a> ir&atilde;o gastar a reserva de energia at&eacute; o fim, fazendo que possam perder at&eacute; 40% de seu peso corporal durante os per&iacute;odos de jejum intermitente. Vale ressaltar que a dieta deles &eacute; bastante vasta, com at&eacute; mesmo os cactos do deserto servindo para um lanchinho.
<h2>Preservando &aacute;gua e gordura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27151011569211.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Embora as corcovas n&atilde;o armazenem &aacute;gua como um cantil, elas podem ser usadas para ajudar as criaturas a preservar um pouco da &aacute;gua existente em outras partes do organismo. E o que isso quer dizer? Ao confinar quase toda a gordura corporal em uma &uacute;nica regi&atilde;o, os camelos passam a ter boa parte da superf&iacute;cie do corpo sem ser impactada pelo calor.
Diferente do que ocorre com outros mam&iacute;feros, que t&ecirc;m estoques de gordura espalhados por v&aacute;rias partes do corpo, os camelos conseguem se manter frescos por boa parte do dia. Esse &eacute; o motivo pelo qual eles podem andar longas dist&acirc;ncias no calor escaldante do deserto sem derrubar praticamente nada de suor.
Mesmo durante a noite, quando a temperatura da areia cai drasticamente, eles est&atilde;o preparados. Nessa hora, todo o calor "colhido" pelas corcovas &eacute; distribu&iacute;do igualmente pelo restante do corpo, fazendo que os camelos consigam se manter com uma temperatura confort&aacute;vel mesmo depois que o sol j&aacute; foi embora.
<h2>Mantendo-se hidratados</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27150929756208.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Para que continuem hidratados durante todo o per&iacute;odo que ficam caminhando pelo deserto, a t&aacute;tica dos camelos se baseia em encontrar formas eficientes de consumir o l&iacute;quido armazenado em seu corpo. Segundo informa&ccedil;&otilde;es do National Geographic, os camelos-bactrianos podem consumir cerca 30 litros de &aacute;gua em 13 minutos.
Essa capacidade se deve em parte &agrave;s c&eacute;lulas el&iacute;pticas do sangue, cuja flexibilidade ajuda na absor&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua e no fluxo sangu&iacute;neo: como os camelos urinam com pouca frequ&ecirc;ncia, criam fezes bastante secas e podem deixar sua temperatura corporal chegar a 41 &deg;C antes de come&ccedil;ar a suar, eles s&atilde;o basicamente feitos para reter &aacute;gua e resistir &agrave; desidrata&ccedil;&atilde;o.

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Os camelos realmente guardam água na corcova?

Imagem de Primeiro animal com mil patas é descoberto na Austrália no megacurioso

Cientistas estão intrigados com o modo de vida da espécie

Responda r&aacute;pido: qual &eacute; o animal com mais patas no mundo inteiro? Chutou "centopeia"? Ent&atilde;o errou, pois existe um bichinho com mil delas, o rec&eacute;m-descoberto Eumillipes persephone. O animal foi encontrado no oeste da Austr&aacute;lia (<a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42622-medo-e-morte-19-fotos-que-provam-que-a-natureza-na-australia-e-assustadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tinha que ser na Austr&aacute;lia</a>, n&eacute;?) e &eacute; considerado o primeiro mil&iacute;pede "verdadeiro".
O termo "mil&iacute;pede" se refere a animais dipl&oacute;podes, que t&ecirc;m dois pares de pata em cada segmento do corpo, mas a maioria deles n&atilde;o chega a ter mil patas. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120315-piolho-de-cobra-conheca-o-animal-que-necrosou-o-dedo-de-empresaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piolho de cobra</a>, por exemplo, tem no m&aacute;ximo 750 patas. Por isso os cientistas est&atilde;o t&atilde;o admirados com a nova esp&eacute;cie, visto que o indiv&iacute;duo encontrado tinha 1.306 patas.
<h2>Como vive esse animal?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o Gizmodo&nbsp;" data-fonte-url="https://i.kinja-img.com/gawker-media/image/upload/c_fit,f_auto,g_center,pg_1,q_60,w_965/087dd86adbc252b935be9361ee019a2a.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/27/27203409967013.jpg" alt="Descoberta foi divulgada como " o="" primeiro="" mil="" pede="" verdadeiro="" fonte:="" gizmodo="" reprodu="" />Descoberta foi divulgada como "o primeiro mil&iacute;pede verdadeiro". (Fonte: Gizmodo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se voc&ecirc; pretende passear pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45378-proxima-parada-australia-um-selvagem-e-fascinante-pais-cheio-de-belezas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a>, mas est&aacute; com medo de encontrar esse bichinho, fique tranquilo, porque o Eumillipes persephone vive muito fundo no solo. Em entrevista ao Gizmodo, Paul Marek, entomologista da Virginia Tech e um dos envolvidos na descoberta, disse que "esse animal est&aacute; a 60 metros de profundidade, no escuro. &Eacute; simplesmente estonteante considerar isso. Deve haver algum tipo de sensor para orienta&ccedil;&atilde;o na busca de alimentos e recursos e para encontrar outros parceiros".
No entanto, n&atilde;o &eacute; porque ele se esconde embaixo da terra que est&aacute; livre de predadores. &Eacute; por isso que esse animal tem 100 gl&acirc;ndulas de toxinas distribu&iacute;das pelo corpo &mdash; do tipo alcaloide, usadas para afastar outros animais, como besouros e formigas. Toxinas desse tipo s&atilde;o mais comuns em plantas, mas podem ser encontradas em alguns insetos e t&ecirc;m sempre a fun&ccedil;&atilde;o de defesa.
<h2>Uma luta contra o tempo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/28/28120230734081.jpg" alt="(Fonte: Aggyrolemnoixytes/Paul Marek)" />(Fonte: Aggyrolemnoixytes/Paul Marek)
Catalogar as esp&eacute;cies que vivem neste planeta n&atilde;o &eacute; uma miss&atilde;o r&aacute;pida, f&aacute;cil ou barata. At&eacute; porque muitas delas podem ser descobertas quando j&aacute; estiverem em risco de extin&ccedil;&atilde;o &mdash; e isso preocupa a cientista Juanita Rodriguez, da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO).
Ao The Guardian, ela afirmou o seguinte: "Poucas pessoas percebem a grande propor&ccedil;&atilde;o da biodiversidade australiana que ainda n&atilde;o foi descrita e, portanto, tamb&eacute;m a import&acirc;ncia dos taxonomistas. Essencialmente, estamos levando as esp&eacute;cies &agrave; extin&ccedil;&atilde;o provavelmente mais r&aacute;pido do que as descrevemos".

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Primeiro animal com mil patas é descoberto na Austrália

Imagem de A cruel indústria de experimentos e testes em cachorros no megacurioso

Usados como cobaias em laboratório e com raças modificadas geneticamente, os 'melhores amigos do homem' nem sempre têm uma vida fácil

H&aacute; milhares de anos, antes mesmo de sonhar inventar a internet ou de iniciar uma revolu&ccedil;&atilde;o industrial, o ser humano encontrou um parceiro inusitado para sua jornada: o lobo. Aos poucos, o la&ccedil;o entre as duas ra&ccedil;as foi se tornando cada vez mais pr&oacute;ximo, e os caninos foram domesticados.&nbsp;
A temperatura do corpo e o temperamento animal mudaram, o cr&acirc;nio, os dentes e as patas encolheram, as orelhas ca&iacute;ram e eles se tornaram criaturas mais d&oacute;ceis e menos amedrontadoras. Os lobos aprenderam a reconhecer as express&otilde;es humanas e se tornaram nossos aliados; ent&atilde;o, teriam virado <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/36607-7-fatos-sobre-cachorros-que-voce-provavelmente-ainda-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a>, fi&eacute;is escudeiros, amados, queridos e explorados pelos seres humanos.&nbsp;
<h2>A domestica&ccedil;&atilde;o dos c&atilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23160750145361.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Os cachorros foram as primeiras criaturas domesticadas, muito antes dos gatos, das galinhas e das vacas. Esse, inclusive, &eacute; um ponto importante para entender como a rela&ccedil;&atilde;o do humano com a natureza mudou.
Para que a ra&ccedil;a pudesse ser domesticada, foi necess&aacute;rio que o DNA dos lobos fosse cruzado milhares de vezes. E assim surgiram os primeiros c&atilde;es. Mas o ser humano n&atilde;o estava satisfeito. A partir de determinado momento hist&oacute;rico, come&ccedil;aram a ser realizadas cruzas selecionadas para alcan&ccedil;ar novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42726-10-racas-de-caes-que-nao-existem-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ra&ccedil;as</a> de c&atilde;es com habilidades especiais.
O objetivo era alcan&ccedil;ar melhor desempenho f&iacute;sico para ca&ccedil;a, pastoreio e outras atividades. No intervalo de 1 s&eacute;culo, 160 ra&ccedil;as foram criadas. Alguns desses animais, no entanto, foram t&atilde;o desconfigurados pela ind&uacute;stria de experimenta&ccedil;&otilde;es que muitos passaram a desenvolver problemas de sa&uacute;de ao longo da vida.
<h2>Ra&ccedil;as desfiguradas pelo homem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23160824661362.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Exemplos de ra&ccedil;as de cachorro que apresentaram complica&ccedil;&otilde;es nos &uacute;ltimos 100 anos devido &agrave; influ&ecirc;ncia humana n&atilde;o faltam. O bull terrier, representado na anima&ccedil;&atilde;o Toy Story (1995), cresceu muito diferente em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; ra&ccedil;a original, desenvolvendo um cr&acirc;nio mais alongado do que o normal e o abd&ocirc;men encorpado, em mudan&ccedil;as f&iacute;sicas que fizeram que passasse a apresentar muito mais doen&ccedil;as de pele, por exemplo. Al&eacute;m disso, c&atilde;es dessa ra&ccedil;a podem ter v&aacute;rios problemas na arcada dent&aacute;ria.
Outro caso cl&aacute;ssico de como as modifica&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas se tornaram um pesadelo na vida dos c&atilde;es s&atilde;o os pugs. Essa ra&ccedil;a (em conjunto com os buldogues) teve o focinho encurtado e achatado geneticamente, o que resultou em olhos esbugalhados, press&atilde;o alta, problemas no cora&ccedil;&atilde;o e no sistema respirat&oacute;rio, dificuldade para manter a temperatura do corpo est&aacute;vel, entre outros problemas graves de sa&uacute;de.
<h2>Crueldade cient&iacute;fica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20164042109400.jpg" alt="(Fonte: DxE/The Intercept)" />(Fonte: DxE/The Intercept)
Para quem &eacute; apelidado de "melhor amigo do homem", h&aacute; momentos que fica dif&iacute;cil acreditar que os seres humanos gostam mesmo dos cachorros. Nos Estados Unidos, um verdadeiro festival de horrores amea&ccedil;a a vida de c&atilde;es criados para uso &uacute;nico em experimenta&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas.
Os norte-americanos demonstram repulsa aos festivais na China e na Coreia do Sul, em que cachorros s&atilde;o mortos para servir como alimento, mas a maneira como essas criaturas s&atilde;o exploradas na Am&eacute;rica do Norte para fins coorporativos e acad&ecirc;micos n&atilde;o fica muito para tr&aacute;s.
De acordo com o Relat&oacute;rio de Uso de Animais divulgado pelo Minist&eacute;rio da Agricultura dos EUA, apenas em 2016, cerca de 61 mil c&atilde;es foram usados para experimenta&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas. Frequentemente, os testes n&atilde;o envolvem qualquer finalidade m&eacute;dica, e sim interesses comerciais triviais, e em quase todos os casos os c&atilde;es fornecem pouco ou nenhum valor cient&iacute;fico exclusivo.
<h2>Crueldade disfar&ccedil;ada de avan&ccedil;o cient&iacute;fico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/23/23160923505364.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/37437-7-orgaos-que-ja-foram-produzidos-em-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laborat&oacute;rios</a> que realizam experimentos em cachorros, existe uma ra&ccedil;a que parece ser a favorita: os beagles, considerados ideais por conta de sua personalidade d&oacute;cil e pela confian&ccedil;a que t&ecirc;m no ser humano. O que os torna os companheiros perfeitos tamb&eacute;m faz que sejam os mais manipul&aacute;veis para estudos explora&ccedil;&atilde;o.
Mesmo em situa&ccedil;&otilde;es em que os estudos s&atilde;o considerados dentro da lei, os experimentos podem ser aterrorizantes. Os beagles s&atilde;o propositalmente induzidos a passar fome e ficar em um estado de sede intensa para gerar um comportamento que, de outra forma, n&atilde;o apareceria. Por vezes, s&atilde;o criados para desenvolver doen&ccedil;as severas ou ter seus &oacute;rg&atilde;os arrancados para que possam ser estudados mais de perto. Eles s&atilde;o alimentados &agrave; for&ccedil;a com detergentes, pesticidas e subst&acirc;ncias qu&iacute;micas industriais a ponto de vomitarem e at&eacute; mesmo morrerem. Isso tudo para que n&oacute;s, seres humanos, possamos provar um ponto.
Recentemente, tem crescido a no&ccedil;&atilde;o no mundo corporativo de que o uso de experimenta&ccedil;&otilde;es em animais est&aacute; associado &agrave; crueldade e &eacute; visto com maus olhos por boa parte da popula&ccedil;&atilde;o. Mesmo assim, muitos c&atilde;es ainda dependem de grupos de ativistas para serem resgatados dos laborat&oacute;rios onde s&atilde;o torturados como cobaias e conseguirem chegar a um lar de amor e confian&ccedil;a.

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A cruel indústria de experimentos e testes em cachorros

Imagem de Lascas de prata são encontradas em cocô de minhoca pré-histórica no megacurioso

Descoberta foi feita nas fezes fossilizadas de criaturas de 500 milhões de anos e deixou cientistas 'chocados'

Um grupo de pesquisadores foi surpreendido ao encontrar pequenas manchas de prata nas fezes fossilizadas de uma minhoca pr&eacute;-hist&oacute;rica, uma vez que n&atilde;o existem explica&ccedil;&otilde;es atuais de como tal criatura poderia ter ingerido a subst&acirc;ncia. O achado se deu nas Montanhas Mackenzie, no Canad&aacute;.
Segundo os envolvidos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111576-olhe-a-bomba-por-que-os-chimpanzes-tem-mania-de-atirar-coco-em-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coc&ocirc;</a> foi produzido por pequenas minhocas que habitavam o fundo do mar quando a regi&atilde;o era coberta por um oceano durante o Per&iacute;odo Cambriano, que ocorreu entre 543 milh&otilde;es e 490 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s. A maior das part&iacute;culas de prata tinha cerca de 300 micr&ocirc;metros de largura, o que foi considerado um tamanho razo&aacute;vel pelos pesquisadores dado o comprimento do animal analisado.
<h2>Descoberta surpresa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/26/26133929116004.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Enquanto estudavam as fezes fossilizadas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/40612-voce-conhece-a-maior-minhoca-do-mundo-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">minhocas</a>, os cientistas encarregados descreveram a descoberta de resqu&iacute;cios de prata como algo "muito surpreendente". Em entrevista ao portal Live Science, Julien Kimmig, pesquisador que comandou a opera&ccedil;&atilde;o, afirmou que "&Eacute; a primeira vez que vemos algo assim".
Segundo ele, a equipe ficou inicialmente confusa a respeito de a qual animal pertenciam os copr&oacute;litos (nome cient&iacute;fico das fezes fossilizadas), por&eacute;m, ap&oacute;s a an&aacute;lise profunda de mais amostras de rochas, foi poss&iacute;vel identificar vermes fossilizados ainda em suas tocas, as quais teriam sido constru&iacute;das debaixo do mar.
"Tivemos sorte de encontrar algumas minhocas ainda presas nas rochas", disse Kimmig. O pesquisador tamb&eacute;m ressaltou que encontrar copr&oacute;litos em registros f&oacute;sseis n&atilde;o &eacute; exatamente algo inovador para a ci&ecirc;ncia, mas que costuma ser bastante dif&iacute;cil para os cientistas identificarem a qual criatura as fezes pertencem.
<h2>Origem desconhecida</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/26/26134120444005.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Embora o copr&oacute;lito de fato tenha origem nas minhocas encontradas dentro das rochas, os pesquisadores acham altamente improv&aacute;vel que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/esculturas/100065-nuvem-de-prata-encanta-quem-passa-por-los-angeles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prata</a> tenha sido ingerida por elas. Ap&oacute;s analisar os arredores do sedimento investigado, os cientistas determinaram n&atilde;o haver concentra&ccedil;&atilde;o suficiente de prata na regi&atilde;o para explicar os peda&ccedil;os de metal.
Al&eacute;m disso, a prata era considerada t&oacute;xica para alguns vertebrados, como as minhocas, apesar de essa hip&oacute;tese nunca ter sido testada devidamente. Na vis&atilde;o de Kimmig, a prata nos coc&ocirc;s de minhoca provavelmente &eacute; proveniente de uma col&ocirc;nia de micr&oacute;bios que teriam extra&iacute;do o metal de uma coluna d'&aacute;gua e o depositado nas fezes fossilizadas. Isso explicaria o porqu&ecirc; de a distribui&ccedil;&atilde;o do metal ter acontecido de maneira t&atilde;o uniforme, segundo o cientista.&nbsp;
<h2>Minera&ccedil;&atilde;o de prata</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/26/26134256773006.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Para Kimmig, a parte mais impressionante das &uacute;ltimas descobertas &eacute;, sem d&uacute;vida, a forma como os micr&oacute;bios (provavelmente bact&eacute;rias) "mineraram" a prata por tanto tempo. "&Eacute; fascinante ver o que as bact&eacute;rias podem fazer com os metais. E sabemos que, hoje, elas podem extrair muitos outros tipos de res&iacute;duos da minera&ccedil;&atilde;o, por exemplo", explicou.
O cientista ressaltou que esse processo &eacute; ainda mais impressionante quando se considera que ele j&aacute; acontecia h&aacute; cerca de 500 milh&otilde;es de anos.&nbsp;

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Lascas de prata são encontradas em cocô de minhoca pré-histórica

Imagem de Proximidade genética entre raças de cães aumenta risco de doenças no megacurioso

Estudos indicam que laços de consanguinidade entre raças caninas contribui para maiores casos de doenças e problemas de saúde ao longo da vida

Seja as curtas patas e o corpo alongado de um Dachshund, seja o focinho encurtado e amassado de um pug, seja o corpo todo pintado de um d&aacute;lmata, voc&ecirc; pode citar in&uacute;meras diferen&ccedil;as entre as variadas <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42726-10-racas-de-caes-que-nao-existem-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ra&ccedil;as</a> de cachorro, n&atilde;o &eacute; mesmo? Entretanto, a gen&eacute;tica que faz cada um desses animais se parecer assim &eacute; frequentemente fruto da consanguinidade.&nbsp;E o que isso significa?
A consanguinidade &eacute; caracterizada pelo cruzamento de dois indiv&iacute;duos geneticamente semelhantes &mdash; algo bastante comum entre cachorros de ra&ccedil;a. E, para piorar a situa&ccedil;&atilde;o, a falta de variedade gen&eacute;tica parece afetar diretamente a sa&uacute;de dos c&atilde;es, isso &eacute; o que diz um novo estudo publicado na Canine Medicine and Genetics.
<h2 class="uk-text-justify">&nbsp;Consanguinidade entre cachorros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/22/22124340078302.jpg" alt="(Fonte: Shuttertstock)" />(Fonte: Shuttertstock)
"Embora estudos anteriores tenham mostrado que c&atilde;es pequenos vivem mais do que os grandes, ningu&eacute;m havia relatado morbidade ou presen&ccedil;a de doen&ccedil;a nesses indiv&iacute;duos. Este estudo revelou que se os c&atilde;es s&atilde;o de tamanho menor e n&atilde;o consangu&iacute;neos, eles s&atilde;o muito mais saud&aacute;veis do que c&atilde;es maiores com alta consanguinidade", relatou Danika Bannasch, autora do estudo e veterin&aacute;ria geneticista na Universidade da Calif&oacute;rnia (Estados Unidos).
Com base na an&aacute;lise de 227 ra&ccedil;as de cachorros, a equipe de pesquisadores conseguiu constatar que a taxa de compartilhamento gen&eacute;tico entre esp&eacute;cimes chega a 25%, em m&eacute;dia, o que seria equivalente ao compartilhamento de material gen&eacute;tico que temos com um irm&atilde;o de mesmo pai e m&atilde;e.&nbsp;
Esses n&iacute;veis s&atilde;o considerados bem mais altos do que o seguro para a reprodu&ccedil;&atilde;o de humanos e at&eacute; mesmo de animais selvagens. Em humanos, altos &iacute;ndices de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112926-incestos-foram-responsaveis-por-deformidades-em-maxilares-de-reis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consanguinidade</a> &mdash; que ficam entre 3% e 6% &mdash; t&ecirc;m sido associados ao aumento da preval&ecirc;ncia de doen&ccedil;as complexas, bem como de outras condi&ccedil;&otilde;es.
<h2 class="uk-text-justify">Doen&ccedil;as complexas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/22/22124343141303.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Segundo os pesquisadores, estudos derivados de outras esp&eacute;cies mostram que fortes la&ccedil;os de consanguinidade costumam ser seguidos de uma maior predisposi&ccedil;&atilde;o para o desenvolvimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/37583-3-doencas-super-raras-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;as complexas</a>, como c&acirc;ncer e doen&ccedil;as autoimunes. Portanto, o compartilhamento gen&eacute;tico entre as ra&ccedil;as de cachorro seria realmente perigoso.
Para Bannasch, alguns c&atilde;es dividem mais &aacute;cido desoxirribonucleico (DNA) do que outros por terem popula&ccedil;&otilde;es menores e os seres humanos os for&ccedil;ar a se reproduzirem apenas entre si para que a ra&ccedil;a n&atilde;o perca certos tra&ccedil;os gen&eacute;ticos. Esse &eacute; um problema que acontece principalmente entre esp&eacute;cies criadas para parecem mais "fofinhas" para o p&uacute;blico.
<h2 class="uk-text-justify">Controle populacional de c&atilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/22/22124345344304.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O estudo tamb&eacute;m demonstrou que existe uma maior taxa de mortalidade entre c&atilde;es de cr&acirc;nio curto do que aqueles de nariz alongado, algo que n&atilde;o era exatamente uma surpresa para os cientistas. Quanto aos problemas causados pela consanguinidade, Bannasch n&atilde;o soube responder se existe uma sa&iacute;da para isso.&nbsp;
Por mais que novas tecnologias de monitoramento das taxas de compartilhamento gen&eacute;tico possam surgir no futuro, a pesquisadora disse em seu artigo que a melhor sa&iacute;da no momento para algumas ra&ccedil;as &eacute; garantir que suas popula&ccedil;&otilde;es n&atilde;o diminuam nos pr&oacute;ximos anos, o que acarretaria uma perda gen&eacute;tica ainda maior.
Para as ra&ccedil;as que j&aacute; t&ecirc;m baixo n&iacute;vel de consanguinidade, a cientista ressalta que todos os esfor&ccedil;os devem ser feitos para elas continuarem sendo vastas geneticamente.

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Proximidade genética entre raças de cães aumenta risco de doenças

Imagem de Félicette: a triste jornada da primeira gata no espaço no megacurioso

Sob o lema 'tudo em prol da Ciência', o animal foi usado e esquecido no tempo

Entre o in&iacute;cio e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fim da Corrida Espacial</a>,&nbsp;durante todo esse tempo at&eacute; hoje, quase 600 humanos j&aacute; estiveram no espa&ccedil;o, o que corresponde a uma fra&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima da nossa popula&ccedil;&atilde;o mundial. Por&eacute;m, para que essa viagem fosse poss&iacute;vel, animais foram enviados na frente para que os testes de seguran&ccedil;a fossem feitos e aprimorados.
Atualmente, esses animais s&atilde;o considerados s&iacute;mbolos de uma era de inova&ccedil;&atilde;o e progresso, e suas fotos est&atilde;o em museus pelo mundo todo, com hist&oacute;rias de sua jornada passando em v&iacute;deos ao som de "Rocket Man", de Elton John.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/98717-conheca-a-triste-historia-de-laika-o-primeiro-animal-cosmonauta-do-mundo.htm#:~:text=A%20cosmonauta,porte%20e%20%C3%A0%20natureza%20tranquila." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadela Laika</a> foi o primeiro cachorro e animal a ser lan&ccedil;ado no espa&ccedil;o para orbitar a Terra como parte do Programa Espacial Sovi&eacute;tico, na nave espacial Sputnik 2, em 3 de novembro de 1957. A National Aeronautics and Space Administration (NASA) fez o mesmo logo em seguida com o chimpanz&eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119260-ham-o-chimpanze-da-nasa-que-foi-o-1-primata-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ham</a>, em 31 de janeiro de 1961, que assumiu o posto de 1&deg; primata lan&ccedil;ado para o espa&ccedil;o.
Ent&atilde;o, em 18 de outubro de 1963, F&eacute;licette se tornou a 1&deg; gata da Corrida Espacial ao ser lan&ccedil;ada para fora da Terra pelo programa espacial franc&ecirc;s. Se voc&ecirc; conhece a hist&oacute;ria dos animais no espa&ccedil;o, sabe que a maioria delas n&atilde;o terminaram bem, salvo Ham e a gata F&eacute;licette que, apesar de ter feito uma miss&atilde;o bem-sucedida, sua hist&oacute;ria acabou sendo tr&aacute;gica tamb&eacute;m.
<h2 class="uk-text-justify">Uma astronauta felina</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080114844005.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Escolhida pelo tamanho e temperamento, F&eacute;licette foi embarcada em uma V&eacute;ronique AG1 movida a combust&iacute;vel l&iacute;quido, um foguete considerado o mais tecnol&oacute;gico da &eacute;poca, lan&ccedil;ado no in&iacute;cio da manh&atilde; do dia 18 de outubro, de um local no Deserto do Saara, na Arg&eacute;lia.
A viagem durou menos de 15 minutos e, a todo o tempo, os eletrodos presos na cabe&ccedil;a da gata permitiram que os cientistas da CERMA estudassem seus sinais vitais e examinassem como o voo espacial afetava sua mente. Ela chegou a experimentar 9,5 g de acelera&ccedil;&atilde;o, sendo que o ser humano desmaia depois de apenas 4 ou 5 g.
Ap&oacute;s aterrissar na Terra novamente, a pior parte de sua jornada come&ccedil;ou. F&eacute;licette se tornou um &iacute;cone nacional, bem como os demais animais enviados ao espa&ccedil;o 2 anos antes pelos sovi&eacute;ticos e americanos. Foi a partir desse momento que ela ganhou a alcunha de F&eacute;licette, em refer&ecirc;ncia ao desenho animado Felix, o Gato.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26080151876008.jpg" alt="(Fonte: Uol/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Uol/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dois meses ap&oacute;s seu lan&ccedil;amento, a gata foi sacrificada pelos cientistas do CERMA para poderem estudar seu c&eacute;rebro. Apesar de terem coletado muitos dados &uacute;teis durante o voo por meio dos eletrodos, eles queriam mais informa&ccedil;&otilde;es sobre como o voo espacial afetou o c&eacute;rebro da gata.
Pouco tempo depois, a gata F&eacute;licette desapareceu da m&iacute;dia como se nunca tivesse existido. Foi s&oacute; em 2020 que uma est&aacute;tua dela foi oficialmente inaugurada na Universidade Internacional do Espa&ccedil;o, em Estrasburgo (Fran&ccedil;a), retratando F&eacute;licette sentada em um globo, olhando para as estrelas de maneira serena.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/13/a-13175809362585.jpg" alt="" />

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Félicette: a triste jornada da primeira gata no espaço

Imagem de 6 ótimas dicas para manter seu pet longe da árvore de Natal no megacurioso

Com medo do seu gato derrubar toda a sua decoração? Saiba o que fazer para que seus bichinhos não destruam tudo

Uma das partes mais legais do fim de ano &eacute; poder arrumar a casa para entrar no esp&iacute;rito natalino. E nenhuma decora&ccedil;&atilde;o pode ser considerada digna sem uma &aacute;rvore de Natal de respeito, certo? Por&eacute;m, os nossos animais de estima&ccedil;&atilde;o n&atilde;o parecem dar muita bola para as nossas tradi&ccedil;&otilde;es e veem na &aacute;rvore uma verdadeira inimiga.
Ent&atilde;o, o que fazer para que eles n&atilde;o acabem destruindo tudo que voc&ecirc; montou? Pensando nisso, n&oacute;s fizemos uma lista com seis dicas para manter o seu pet longe da sua &aacute;rvore de Natal. Olha s&oacute;!
<h2>1. Pendure os ornamentos no alto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/21/21150828963347.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Se voc&ecirc; quer evitar que as suas bolinhas de Natal sejam arremessadas para longe, o ideal &eacute; sempre pendur&aacute;-las na parte de cima da &aacute;rvore. Se os ornamentos forem deixados muito perto do ch&atilde;o, existe uma probabilidade muito maior do seu gato ou do seu cachorro mord&ecirc;-los ou arranc&aacute;-los involuntariamente &mdash; ou de prop&oacute;sito mesmo.
Isso &eacute; uma garantia de que tudo permanecer&aacute; no lugar? N&atilde;o, mas com certeza deixar&aacute; tudo mais dif&iacute;cil para que eles derrubem.
<h2>2. Construa uma barreira f&iacute;sica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/17/17152811908392.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
De prefer&ecirc;ncia, considere colocar a sua &aacute;rvore de Natal em algum canto da casa, e ent&atilde;o cerque-a com alguma barreira f&iacute;sica &mdash; tipo aqueles port&otilde;es para crian&ccedil;a. Se o seu animal de estima&ccedil;&atilde;o n&atilde;o conseguir chegar at&eacute; a sua decora&ccedil;&atilde;o, ele dificilmente se dar&aacute; o trabalho de destru&iacute;-la.
Vale ressaltar que essa &eacute; uma medida que funciona especialmente bem para <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/71410-conheca-7-animais-de-estimacao-muito-mais-ricos-do-que-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais</a> de pequeno porte. Para c&atilde;es maiores, por exemplo, talvez a sua barreira n&atilde;o seja suficiente.
<h2>3. Odor desagrad&aacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/21/21150831869348.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Existem alguns cheiros que os animais de estima&ccedil;&atilde;o simplesmente detestam, mas que n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o inc&ocirc;modos para os seres humanos. Por exemplo, odores c&iacute;tricos como os de lim&atilde;o e laranja costumam ser desagrad&aacute;veis tanto para c&atilde;es quanto para gatos. Sendo assim, voc&ecirc; pode usar isso ao seu favor.
Compre um spray com esse tipo de odor em alguma loja ou fa&ccedil;a um voc&ecirc; mesmo. Com isso, &eacute; prov&aacute;vel que eles se sintam repelidos pela &aacute;rvore.
<h2>4. Compre &aacute;rvores menores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/21/21150834869349.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Uma solu&ccedil;&atilde;o para quem n&atilde;o consegue de jeito nenhum acabar com a destrui&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/45746-voce-conhece-a-origem-da-arvore-de-natal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;rvore de Natal</a> &eacute; trocar as vers&otilde;es maiores por aquelas menorzinhas de mesa. Dessa forma, mesmo que seu pet consiga derrub&aacute;-la, o estrago ser&aacute; consideravelmente menor.
Na maioria dos casos, inclusive, voc&ecirc; conseguir&aacute; posicion&aacute;-la em um local onde seu pet n&atilde;o vai se atrever a subir.&nbsp;
<h2>5. Cuidado com as bordas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/21/21150837619350.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Se voc&ecirc; decidiu seguir a dica anterior, tenha em mente sempre uma informa&ccedil;&atilde;o: evite colocar a &aacute;rvore perto da ponta de uma superf&iacute;cie onde ela pode ser derrubada com facilidade. Especialmente para quem tem gatos, eles podem at&eacute; mesmo se sentir desafiados a derrubar a &aacute;rvore se encontrarem ela pendurada perto de uma borda.
Deixe-a centralizada em uma mesa ou posicione-a em um local da casa com menos chances para o perigo!
<h2>6. Minimize o estrago</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/21/21150841213351.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Se voc&ecirc; tem certeza de que o seu pet encontrar&aacute; uma forma de derrubar tudo que encontrar pela frente, chegou a hora de voc&ecirc; apelar para o desespero e buscar novos m&eacute;todos para pelo menos minimizar o estrago. Por exemplo, voc&ecirc; pode colocar a &aacute;rvore em uma base mais pesada para que ela n&atilde;o saia do lugar com tanta facilidade ou&nbsp;ent&atilde;o troque os ganchos padr&otilde;es que vem junto dos ornamentos por uma pe&ccedil;a de arame que possa ser amarrada ao redor dos galhos da &aacute;rvore. Assim, o seu animal de estima&ccedil;&atilde;o ter&aacute; mais dificuldade em remov&ecirc;-lo, e voc&ecirc; continuar&aacute; tendo um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110315-10-curiosidades-relacionadas-com-o-natal-para-despertar-o-espirito-festivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Natal</a> enfeitado para toda a fam&iacute;lia.&nbsp;

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6 ótimas dicas para manter seu pet longe da árvore de Natal

Imagem de Por que o peru tem esse nome se ele não é peruano? no megacurioso

Tanto o animal como o país sul-americano têm o mesmo nome, embora não tenham muitas relações históricas

Voc&ecirc; j&aacute; sabe que o nome "Brasil" vem da &aacute;rvore pau-brasil, certo? Sendo assim, &eacute; comum que muita gente ache que o nosso vizinho Peru tem esse nome em homenagem &agrave; ave &mdash; s&oacute; que essa hip&oacute;tese n&atilde;o poderia estar mais errada.
Se voc&ecirc; visitar o pa&iacute;s, ver&aacute; que o prato t&iacute;pico dos peruanos &eacute; o ceviche, que &eacute; feito de peixe. O peru, a ave, n&atilde;o tem import&acirc;ncia na culin&aacute;ria local nem deveria, j&aacute; que &eacute; nativa da Am&eacute;rica do Norte. Mas, ent&atilde;o, por que o pa&iacute;s e a ave compartilham o mesmo nome?
<h2 class="uk-text-justify">Peru em portugu&ecirc;s</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20151551130337.jpg" alt="(Fonte: Stocksnap)" />(Fonte: Stocksnap)
Na l&iacute;ngua portuguesa, esse animal recebeu o nome de peru porque os portugueses acreditavam que ele era nativo do vice-reino do Peru, territ&oacute;rio espanhol que ficava al&eacute;m do Brasil e era mais ou menos equivalente ao pa&iacute;s hom&ocirc;nimo hoje. Portanto, n&atilde;o foi a ave quem serviu de inspira&ccedil;&atilde;o para o nome do pa&iacute;s andino, mas exatamente o oposto.
<h2 class="uk-text-justify">Turkey (Turquia) em ingl&ecirc;s</h2>
Os portugueses erraram o pa&iacute;s, mas pelo menos acertaram o continente &mdash; algo que os ingleses n&atilde;o conseguiram fazer. Em ingl&ecirc;s, o peru se chama turkey porque na Inglaterra acharam que a ave vinha da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44601-proxima-parada-turquia-conheca-um-pouco-sobre-a-terra-dos-sultoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a> (que em ingl&ecirc;s tamb&eacute;m &eacute; Turkey). &Eacute; prov&aacute;vel que esse erro tenha acontecido porque o p&aacute;ssaro foi introduzido no mercado ingl&ecirc;s por comerciantes turcos.
Antes de ganhar o nome de turkey, o animal ainda foi chamado de &ldquo;galo da Turquia&rdquo;. Isso porque as pessoas achavam que ele era uma esp&eacute;cie de galinha-da-angola, que tem origem no continente africano. Todos esses animais eram vendidos aos ingleses por mercadores turcos.
<h2 class="uk-text-justify">H&aacute; quem tenha achado que o peru era indiano</h2>
Se voc&ecirc; se espantou com os personagens da novela da Globo Caminho das &Iacute;ndias falando portugu&ecirc;s, voc&ecirc; se assustaria com o peru indiano. Em pa&iacute;ses como a Turquia, R&uacute;ssia e Pol&ocirc;nia, o peru tem nomes que se remetem &agrave; terra de Gandhi. O peru &eacute; chamado de hindi na Turquia, que o nome de uma das l&iacute;nguas faladas no subcontinente asi&aacute;tico. J&aacute; na Pol&ocirc;nia o nome &eacute; dindi, uma varia&ccedil;&atilde;o da palavra de origem indiana.
<h2 class="uk-text-justify">Origem mexicana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20152541193353.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Os primeiros povos a domesticar essa ave foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42384-voce-sabe-a-diferenca-entre-astecas-maias-incas-e-olmecas-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nativos astecas</a>. Depois deles, nativos de territ&oacute;rios americanos, que fazem fronteira com o que hoje conhecemos como o atual territ&oacute;rio mexicano, tamb&eacute;m passaram a criar a ave.
Ali&aacute;s, foram os nativos dos Estados Unidos (EUA) que mostraram aos colonos ingleses todo o sabor do peru. Eles compartilharam a ave em uma ceia que deu origem ao feriado mais importante dos EUA: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120489-thanksgiving-o-que-celebra-o-feriado-americano-de-acao-de-gracas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia de A&ccedil;&atilde;o de Gra&ccedil;as</a>. Ah! O nome oficial (cient&iacute;fico) do peru &eacute;: Meleagris gallopavo, ok?

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Por que o peru tem esse nome se ele não é peruano?

Imagem de Qual é a diferença entre canibal e antropófago? no megacurioso

Um pouco sobre o ato de comer carne humana na história

Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar que comer carne humana est&aacute; entre os fatos mais conden&aacute;veis e errados que algu&eacute;m pode praticar, mas, ainda assim, de modo geral somos profundamente atra&iacute;dos por esse tema?&nbsp;
Por exemplo, a maioria das pessoas n&atilde;o hesitam em comprar um livro para saber mais sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119829-canibalismo-na-europa-de-pratica-heroica-a-barbara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caso de antropofagia</a> da equipe de r&uacute;gbi do Uruguai, que ficou sem comida depois que o avi&atilde;o em que estavam caiu nos Andes ou em assistir a algum filme sobre um "canibal" qualquer.
Ao longo dos mil&ecirc;nios de exist&ecirc;ncia da ra&ccedil;a humana, diversos povos comeram membros da mesma esp&eacute;cie pelos mais variados motivos, do sagrado ao m&oacute;rbido.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20133512641263.jpg" alt="(Imagem: Shutterstock)" />(Imagem: Shutterstock)
<h2 class="uk-text-justify">Antropofagia e canibalismo t&ecirc;m o mesmo significado?</h2>
A resposta r&aacute;pida &eacute; n&atilde;o. &Eacute; muito comum que a antropofagia e o canibalismo sejam considerados sin&ocirc;nimos, pois ambos os termos, de alguma maneira, remetem-se ao ato de comer carne humana. Todavia, especialistas em etnologia preferem fazer uma diferencia&ccedil;&atilde;o entre eles.
A express&atilde;o "antropofagia" tem como base os termos gregos anthropos (homem) e phagein (para comer). Sendo assim, antropofagia &eacute; o ato comer carne humana, simples assim, e por isso pode ser usado para se referir tanto a uma pessoa que come outra, quanto ao caso de um animal que se alimenta de um ser humano.
J&aacute; o termo "canibalismo" surgiu bem mais tarde, tendo suas origens no espanhol canibal, uma varia&ccedil;&atilde;o de cariba, palavra usada para se referir aos habitantes do Caribe na &eacute;poca das grandes navega&ccedil;&otilde;es. Originalmente, significava "resistente", mas, por influ&ecirc;ncia dos espanh&oacute;is, passou a ter o conceito de selvagem, cruel e acabou sendo usado para designar pr&aacute;ticas antrop&oacute;fagas.
A grande diferen&ccedil;a nesse caso &eacute; que "canibalismo" passou a designar a pr&aacute;tica de se comer um indiv&iacute;duo da mesma esp&eacute;cie, n&atilde;o necessariamente um ser humano.
Resumindo:
<ul class="uk-text-justify">
<li>Um homem que come outro homem &eacute;, ao mesmo tempo, um canibal e um antrop&oacute;fago.</li>
<li>Um le&atilde;o que come um ser humano &eacute; um antrop&oacute;fago, mas n&atilde;o &eacute; um canibal.</li>
<li>Agora, se um le&atilde;o come outro le&atilde;o, ele &eacute; um canibal, mas n&atilde;o &eacute; um antrop&oacute;fago.</li>
</ul>
Faz sentido?
No mundo animal, o canibalismo pode acontecer por v&aacute;rios motivos, como a falta de alimentos, ou f&ecirc;meas que devoram sua ninhada devido ao estresse, ou at&eacute; por controle populacional. Esse &eacute; o caso dos peixes guppies de aqu&aacute;rio, por exemplo, que comem seus filhotes para evitar a superlota&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Imagin&aacute;rio popular</h2>
Foi a descoberta das Am&eacute;ricas, em especial, as viagens de Colombo para as &Iacute;ndias Ocidentais, que forneceu ao imagin&aacute;rio popular europeu <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/98928-3-casos-bizarros-envolvendo-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relatos de antropofagia</a> como nunca antes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22133018439276.jpg" alt="(Fonte: Getty Imagens/ Thought Co./ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Imagens/ Thought Co./ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Colombo chegou a escrever em seu di&aacute;rio de viagens os encontros com &ldquo;canibais&rdquo; no continente americano. Em um deles, o navegador escreve que &ldquo;h&aacute; homens com um olho e outros com focinho de cachorro que comem homens. Ao tomar um homem, eles o decapitam, bebem seu sangue e cortam seus &oacute;rg&atilde;os genitais&rdquo;. Em novembro de 1492, ele registrou em seu di&aacute;rio a palavra &ldquo;canibales&rdquo; pela 1&ordf; vez.
<h2 class="uk-text-justify">Canibais por conveni&ecirc;ncia&nbsp;</h2>
Como tudo tem dois lados, ao desembarcar no Novo Mundo, um dos primeiros registros que Colombo fez foi descrever os ind&iacute;genas como pessoas amigas e que n&atilde;o causavam grandes complica&ccedil;&otilde;es, ou seja, n&atilde;o tinham nada de canibais, ao menos por enquanto. Por&eacute;m, os espanh&oacute;is queriam achar ouro e, como n&atilde;o obtiveram sucesso, perceberam que a segunda melhor "posse" seriam os escravos.
Quando Colombo voltou, os nativos que haviam sido considerados amig&aacute;veis se transformaram, repentinamente, em canibais. Com isso, os conquistadores n&atilde;o teriam desculpas para trat&aacute;-los bem: poderiam ser escravizados, serem tratados como animais ou terem suas terras tomadas, por exemplo.
Isso aconteceu em v&aacute;rios momentos durante o per&iacute;odo das grandes navega&ccedil;&otilde;es. Dar ao nativo a classifica&ccedil;&atilde;o de antropofagista ou acus&aacute;-lo de praticar rituais de canibalismo, mesmo que n&atilde;o fizessem isso, era uma excelente ferramenta para desumanizar essas pessoas.
<h2 class="uk-text-justify">&Eacute; crime comer carne humana?</h2>
Podemos dizer que &eacute; errado, que fere princ&iacute;pios morais e religiosos, que &eacute; abomin&aacute;vel e por a&iacute; vai. Contudo, talvez voc&ecirc; se surpreenda em saber que muitos pa&iacute;ses n&atilde;o t&ecirc;m uma lei para proibir e, muito menos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/134852-casal-canibais-usava-aplicativos-namoro-encontrar-vitimas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">punir o canibalismo</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22133354032279.png" alt="(Fonte: Anthro Encyclopedia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Anthro Encyclopedia/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os Estados Unidos, a maioria dos pa&iacute;ses europeus e at&eacute; o Brasil entram na lista. Geralmente, quando algu&eacute;m pratica o canibalismo nessas regi&otilde;es, o criminoso &eacute; acusado de homic&iacute;dio, necrofilia ou profana&ccedil;&atilde;o de cad&aacute;veres.
Essa situa&ccedil;&atilde;o ainda tem um &ldquo;problema t&eacute;cnico&rdquo;. Em v&aacute;rios casos recentes de antropofagia, as v&iacute;timas concordaram em ser mortas e comidas. Um exemplo disso foi o caso de Armin Meiwes, na Alemanha, no qual a v&iacute;tima simplesmente respondeu ao an&uacute;ncio do assassino na internet que dizia &ldquo;procurando um homem bem constru&iacute;do de 18 a 30 anos para ser abatido e depois consumido&rdquo;.
<h2 class="uk-text-justify">Por que as pessoas comem outras pessoas?</h2>
A Biologia, Sociologia, Antropologia e Arqueologia ainda buscam explica&ccedil;&otilde;es para essa pergunta. O canibalismo ritual&iacute;stico, assim como o de sobreviv&ecirc;ncia s&atilde;o mais f&aacute;ceis de serem entendidos, mas as demais situa&ccedil;&otilde;es ainda demandam muitos estudos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22133234814278.jpg" alt="(Fonte: Salon/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Salon/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para se ter ideia, v&aacute;rios manuais de doen&ccedil;as psiqui&aacute;tricas n&atilde;o listam a pr&aacute;tica como uma doen&ccedil;a. Contudo, alguns psic&oacute;logos especulam que a antropofagia pode estar relacionada &agrave; ansiedade de separa&ccedil;&atilde;o da m&atilde;e e a agress&otilde;es. Tamb&eacute;m h&aacute; linhas de pesquisa avaliando se alguns dos atos de canibalismo foram cometidos porque o indiv&iacute;duo sofria de esquizofrenia.
Em algumas situa&ccedil;&otilde;es, ainda h&aacute; elementos de satisfa&ccedil;&atilde;o sexual que tornam ainda mais complexo o estudo do caso. Armin Meiwes, o t&eacute;cnico de reparo alem&atilde;o que comeu o homem que respondeu ao seu an&uacute;ncio, durante seu julgamento explicou o que estava por tr&aacute;s de sua motiva&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Ele disse que sempre quis ter um irm&atilde;o mais novo, algu&eacute;m que fizesse parte dele. Como uma forma de preencher essa obsess&atilde;o, terminou fascinado pela antropofagia.
<h2 class="uk-text-justify">Qual &eacute; o gosto da carne humana?</h2>
Miewes, que sempre pareceu lidar muito bem com o que havia feito, foi entrevistado em sua cela. Quando questionado sobre qual &eacute; o&nbsp;gosto da carne humana, afirmou que parece porco, s&oacute; que um pouco mais amarga, com um sabor mais forte. &ldquo;Tem um gosto muito bom&rdquo;, disse ele.
Ao que parece, ele est&aacute; certo. Na d&eacute;cada de 1920, tamb&eacute;m na Alemanha, um casal serial killer vendeu por um bom tempo carne humana em um mercado ilegal como sendo de porco.

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