Imagem de Desenho rupestre de camelo em tamanho real é mistério para pesquisadores no megacurioso

Novas descobertas em sítios arqueológicos mostram interessantes desenhos de espécies extintas provavelmente feitos no Pleistoceno

<head></head><body>Um novo estudo joga um pouco de luz ao pouco que se sabe sobre os povos que habitaram a região da atual Arábia Saudita antes do período Holoceno, no que conhecemos como Plaistoceno. Novas descobertas indicam que conhecidos sítios arqueológicos podem ter sido usados como abrigos muito antes do que se imaginava. Pesquisadores descobriram desenhos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120774-os-camelos-realmente-guardam-agua-na-corcova.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camelos</a>&nbsp;em tamanho real em algumas cavernas, que foram aparentemente redesenhados e reforçados ao longo de milênios. Agora, novas técnicas de datação indicam que as figuras foram feitas muito antes do que se imaginava.As gravuras, esculpidas com pedras no interior de cavernas, foram encontradas no sítio arqueológico de Sahout, no deserto de Nafud, no centro norte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118009-conheca-a-cidade-linear-de-170-km-que-a-arabia-saudita-quer-construir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arábia Saudita</a>. Ao todo, somam nove novas gravuras de camelos em tamanho real distribuídas ao longo de cinco painéis.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Archaeological Research in Asia/Maria Guagnin et. al 2023/Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2352226723000557"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05134008318179.jpg" alt="Representação do traçado dos desenhos encontrados. (Fonte: Archaeological Research in Asia/ Maria Guagnin et. al 2023/Reprodução)">Representação do traçado dos desenhos encontrados. (Fonte: Archaeological Research in Asia/ Maria Guagnin et. al 2023/Reprodução)<h2>O estudo</h2>As gravuras são de uma espécie de camelo já extinta e contêm até detalhes da pelagem dos animais. A espécie em questão ainda não foi nomeada, mas paleontólogos já têm registros da sua existência e de algumas características, como a grossa pelagem para o inverno. Em muitos casos, as pinturas foram reforçadas ou novos desenhos foram talhados em cima dos originais, demonstrando que os sítios foram revisitados várias vezes. Mas o que mais chama a atenção dos pesquisadores são as novas datações.Segundo a análise de radiocarbono, a arte nas cavernas pode ter sido feita no período <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269232-ancestrais-humanidade-chegaram-da-extincao-ha-cerca-900-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pleistoceno</a>,&nbsp;que vai de 2,6 milhões a 11.700 anos atrás, e o local continuou a ser visitado até a metade do Holoceno (entre 7 mil e 5 mil anos atrás).Este é um dos primeiros casos de arte rupestre com datação tão antiga. E os achados vão permitir que pesquisadores possam comparar novos sítios descobertos com as características de desgaste similares à de Sahout. Para analisar os novos achados, os arqueólogos precisaram enfrentar temperaturas de até 42 °C e se esgueirar por longas cavernas, já que muitos desenhos ficam quase no nível do chão. As descobertas ajudam a entender um pouco melhor a ocupação dos desertos do Oriente Médio.Registros arqueológicos são bem mais ricos a partir do ano 6000 a.C, quando provavelmente se iniciou a domesticação de animais na região que permitiu a semissedentarização de alguns agrupamentos. As novas descobertas, porém, mostram que povos nômades podem ter habitado a região muito antes do que se imaginava e com um grau de complexidade também maior.O artigo completo com as novas descobertas foi publicado na revista Archaeological Research in Asia e está disponível no site <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2352226723000557" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Science Direct</a>. O estudo envolveu 17 pesquisadores e foi liderada por Maria Guagnin, do Max Planck Institute of Geoanthropology, na Alemanha.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:12.227Z

Desenho rupestre de camelo em tamanho real é mistério para pesquisadores

Imagem de Com 6 mil anos, sandálias mais antigas do mundo foram descobertas na Espanha no megacurioso

Sandálias teriam sido confeccionadas há cerca de 6 mil anos, segundo estudo. Outros itens encontrados na Caverna dos Morcegos também foram analisados

<head></head><body>Em meio às escavações, arqueólogos se debruçam no trabalho de localizar objetos usados em diferentes períodos em busca de fornecer novas pistas sobre como as diferentes civilizações viviam. Dentre os itens identificados, as sandálias possuem um papel importante. E segundo um novo estudo publicado na revista Science Advances, já podemos dizer qual é a sandália mais antiga do mundo já encontrada.A história envolvendo a descoberta das sandálias inicia em 1857, na Cueva de los Murciélagos ("caverna dos morcegos" em português), na Espanha. O local foi descoberto por mineiros e teria sido utilizado como um cemitério no passado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04093829798011.png" alt="Imagem mostra as sandálias analisadas, que correspondem aos itens b e c. (Fonte: Science Advances/Reprodução)">Imagem mostra as sandálias analisadas, que correspondem aos itens b e c. (Fonte: Science Advances/Reprodução)<h2>As sandálias mais antigas já documentadas</h2>Não foi fácil avançar na análise de tudo o que foi encontrado na caverna: além de cadáveres parcialmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mumificados</a>, pedaços de tecido, ferramentas e pares de sandálias foram descobertos no período. O problema é que muita coisa se perdeu em meio à atividade dos trabalhadores no local.Mas anos depois, em 1867, o arqueólogo espanhol Manuel de Góngora y Martínez conseguiu recuperar e coletar alguns itens, incluindo as sandálias, confeccionadas em grama, couro ou fibras naturais, permitindo que elas fossem devidamente avaliadas.A novidade desse estudo recém-publicado é que as sandálias são mais antigas do que o estabelecido a princípio. Por meio de datação por radiocarbono, pesquisadores identificaram que as sandálias antigas são de 6200 anos atrás, do período <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127516-skara-brae-o-curioso-assentamento-neolitico-na-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Neolítico</a>.Felizmente, a caverna forneceu as condições necessárias para que todos esses materiais se mantivessem preservados ao longo do tempo. No estudo, pesquisadores ainda destacam a possibilidade que parte das sandálias tenham sido destinadas a rituais funerários, dado que apresentavam pouco desgaste.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04095745762022.png" alt="(Fonte: Science Advances/Reprodução)">(Fonte: Science Advances/Reprodução)<h2>Uma nova perspectiva sobre os itens da caverna</h2>Vale destacar ainda que nem todos os objetos encontrados na caverna remontam ao período Neolítico, mas também ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/42166-pesquisadores-encontram-genes-de-olhos-azuis-em-homens-do-mesolitico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesolítico</a>, quando o modo de vida nômade prevalecia, uma vez que a agricultura e o pastoreio ainda estavam se desenvolvendo de forma gradual. Ou seja, o local teria sido utilizado em dois momentos distintos.Como a localização de objetos desses períodos são extremamente raros, a descoberta foi motivo de comemoração entre os pesquisadores envolvidos. O estudo ainda destaca outra informação relevante: "o artesanato da cestaria é considerado um indicador particularmente útil para definir tradições tecnológicas e culturais."Nesse sentido, dentre os itens identificados, os cestos trançados localizados na caverna, que teriam sido produzidos há cerca de 9.500 anos, se destacam pela presença de diversos detalhes e dão uma amostra disso: feitos com tecidos, eles eram decorados com figuras geométricas e ainda apresentavam adornos variados.Essa descoberta oferece um novo olhar acerca do modo como sociedades pré-agrícolas viviam, sobretudo porque estamos falando também de objetos confeccionados em materiais orgânicos e que geralmente não são encontrados em bom estado de preservação.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:11.522Z

Com 6 mil anos, sandálias mais antigas da Europa foram descobertas na Espanha

Imagem de Babilônios escreveram o Teorema de Pitágoras mil anos antes do matemático no megacurioso

As tábuas matemáticas babilônicas são vestígios da antiga maestria matemática na região da Mesopotâmia

<head></head><body>O nome de Pitágoras é reverenciado por todos os amantes da matemática, e o famoso “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121195-5-vezes-que-voce-usou-o-teorema-de-pitagoras-e-nao-lembra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teorema de Pitágoras</a>” é um dos pilares da geometria. No entanto, o que muitos não sabem é que essa equação não foi realmente descoberta por Pitágoras. Em vez disso, uma tabuleta de argila babilônica, cuja origem remonta a 1800 a.C., revela que o teorema já era conhecido séculos antes do nascimento do famoso filósofo e matemático grego.<h2>Origem das tábuas matemáticas babilônicas</h2>As tábuas matemáticas babilônicas são artefatos históricos que remontam a diferentes períodos da história da Babilônia, que abrangeu aproximadamente do século XVIII a.C. ao século VI a.C.Durante esse tempo, os babilônios desenvolveram um sistema matemático sofisticado, usado em várias aplicações práticas. Uma das tabuletas mais famosas é a "Plimpton 322", que apresenta uma lista de números que estão relacionados a triângulos retângulos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/03/03224442252021.jpg" alt="Plimpton 322. (Fonte: Wikimedia Commons)">Plimpton 322. (Fonte: Wikimedia Commons)<h2>Contribuições para a matemática</h2>As tábuas matemáticas babilônicas fornecem uma evidência valiosa do avançado conhecimento matemático dos babilônios. Esses artefatos continham uma variedade de informações relacionadas à matemática e à geometria. Isso incluía problemas matemáticos, cálculos, tabelas de números e até mesmo procedimentos para resolver problemas complexos.Os babilônios eram habilidosos na medição de terras, na resolução de problemas geométricos e na realização de cálculos aritméticos complexos. Essas habilidades eram usadas em várias aplicações práticas, como a medição de terras agrícolas e a construção de edifícios.<h2>Teorema de Pitágoras babilônico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/03/03230832560032.jpg" alt="Teorema de Pitágoras">Teorema de PitágorasO <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120839-6-vezes-que-equacoes-matematicas-revolucionaram-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhecimento matemático</a> relacionado a triângulos retângulos foi registrado em tábuas, demonstrando que os babilônios tinham um entendimento prático de como os lados de um triângulo retângulo estavam relacionados.O "Teorema de Pitágoras", como formulado posteriormente por Pitágoras e sua escola na Grécia Antiga, estabelece que, em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa (o lado oposto ao ângulo reto) é igual à soma dos quadrados dos catetos (os outros dois lados).Os babilônios não escreveram o teorema dessa forma, mas usaram relações numéricas específicas em seus escritos para calcular os comprimentos dos lados de triângulos retângulos. Eles estavam cientes de que nessas figuras geométricas havia uma relação matemática entre os comprimentos dos lados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/03/03231818479035.jpg" alt="Tábua matemática babilônica">Tábua matemática babilônicaPortanto, embora os babilônios não tenham enunciado formalmente o "Teorema de Pitágoras", os registros encontrados são exemplos notáveis de como eles aplicavam esse conhecimento matemático na prática.As tábuas matemáticas babilônicas são uma prova fascinante da riqueza do conhecimento matemático e geométrico que os babilônios possuíam. Elas são um testemunho de como a matemática era aplicada em atividades práticas na antiguidade e ajudam a conectar as raízes da matemática moderna com as civilizações antigas. Como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124868-8-legados-incriveis-deixados-pelas-civilizacoes-antigas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artefatos arqueológicos</a> valiosos, esses objetos continuam a ser estudados e admirados, mostrando que o fascínio pela história transcende o tempo e as culturas.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:11.501Z

Babilônios escreveram o Teorema de Pitágoras mil anos antes do matemático

Imagem de Idioma perdido é encontrado por arqueólogos em tabuleta hitita no megacurioso

Registros foram encontrados na antiga capital do Império Hitita, Bogazköy-Hattusha, localizada na atual Turquia

<head></head><body>Semanas atrás, falamos aqui no Mega Curioso que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127416-restos-humanos-com-pele-e-cerebro-de-3700-anos-sao-descobertos-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogos localizaram em território turco restos mortais bem preservados de dois indivíduos</a> que viveram no período da Idade do Bronze. E para provar que a Turquia continua sendo palco de muitas revelações interessantes, tivemos o anúncio de um novo achado por lá.A descoberta ocorreu em Bogazköy-Hattusha. A cidade foi a antiga capital do Império Hitita entre os anos de 1600 a.C. e de 1200 a.C., e atualmente figura entre um dos patrimônios mundiais da Unesco. O local, que está localizado na porção centro-norte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124901-a-complexa-cidade-subterranea-encontrada-em-um-porao-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a>, tem sido alvo de escavações há mais de um século.Como fruto desse trabalho, mais de 30 mil tabuletas de argila foram localizadas por lá. Nelas, estão dispostas muitas informações sobre a cultura, as tradições, a economia e a história dos hititas e mesmo de outros povos vizinhos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02152240805257.jpg" alt="Uma tabuleta com escrita cuneiforme em idioma desconhecido foi localizada em Bogazköy-Hattusha, na Turquia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Uma tabuleta com escrita cuneiforme em idioma desconhecido foi localizada em Bogazköy-Hattusha, na Turquia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Desvendando um novo idioma</h2>O que torna essa nova descoberta significativa é que, ao observar uma nova tabuleta escondida sob as ruínas, arqueólogos notaram que diferente das demais, ela não estava totalmente disposta com registros na escrita hitita — conhecida por ser a mais antiga e também que a que predominava na região —, mas com trechos em uma língua desconhecida.Apesar da escrita cuneiforme ter sido utilizada nesta tabuleta, ainda não se sabe ao certo o que está sendo indicado. Inclusive, há um aviso no próprio texto que sinaliza a transição entre idiomas, que diz: "continue na língua da terra de Kalasma."O sistema de escrita cuneiforme, que foi desenvolvido pelos povos sumérios há mais de 5 mil anos, foi adotado em muitas línguas antigas, como a babilônica, o persa, o próprio hitita, e também nesse misterioso idioma. De toda forma, vale destacar que essa descoberta não foi tão inesperada assim.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02164056886303.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Em busca de pistas</h2>Em comunicado oficial, Daniel Schwemer, especialista no antigo Oriente Próximo pela Universidade de Wurtzburgo e está envolvido nas investigações desses textos antigos, explica o motivo: “os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126920-4-reis-antigos-que-foram-apagados-pela-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hititas</a> estavam interessados em registrar rituais em línguas estrangeiras”. Identificar textos em outros idiomas é uma consequência disso, portanto.Mas por ora, apesar de boa parte da mensagem permanecer incompreensível, já há algumas informações sobre ela: após a tabuleta de argila ter sido enviada à Alemanha para passar por um cuidadoso processo de análise, já foi possível confirmar que se trata de uma das línguas indo-europeias da Anatólia.Além disso, a expectativa é que ela contenha informações acerca de um ritual realizado por esse antigo povo de Kalasma. Mas para preservar o mistério envolvendo esse novo achado, até que todo seu conteúdo seja decifrado, nenhuma imagem desses registros será divulgada.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:11.435Z

Idioma perdido é encontrado por arqueólogos em tabuleta hitita

Imagem de Destruição de barragem na Ucrânia revela tesouro arqueológico no megacurioso

Resquícios do passado da Ucrânia foram revelados após a queda de uma barragem

<head></head><body>No fim de junho, um homem caminhava em uma praia de rio em Khortytsia, na cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123248-como-a-guerra-na-ucrania-influencia-o-relogio-do-juizo-final.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ucrânia</a>, quando notou uma espécie de tronco saindo da água. Logo descobriu que se tratava de uma peça de um barco, que provavelmente existia há muitos séculos.Ele chamou as autoridades, que acabaram encontrando ali um verdadeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127453-5-incriveis-tesouros-anglo-saxoes-encontrados-por-arqueologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouro arqueológico</a>. Acontece que isso só foi possível porque, cerca de um mês antes, uma explosão levou à destruição da barragem de Kakhovka, dando vazão a 4,8 trilhões de galões de água rio abaixo.&nbsp;A barragem foi explodida em junho, provavelmente por uma ação de forças russas que tentavam inundar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124103-como-a-invasao-da-russia-a-ucrania-esta-matando-golfinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tropas ucranianas</a> para bloquear uma passagem. A catástrofe levou a consequências terríveis, como a destruição de colheitas e isolamento de várias comunidades.<h2>As descobertas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atlas Obscura&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/vGilvmLzyzpuXLggtJglpFt7recrvd111L7w0tKNOoc/rt:fit/w:1280/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy83OThjNmRlZjM5/MGViZWFiM2VfR2V0/dHlJbWFnZXMtMTM2/NTU1NjI0Ni5qcGc.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02103403255071.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura)">(Fonte: Atlas Obscura)Ou seja, a tragédia trouxe um resultado bastante inesperado para a Ucrânia. O arqueólogo Anatolii Volkov, que esteve no local, avaliou alguns objetos descobertos e concluiu que eles devem ser da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124709-mapa-mais-antigo-ja-descoberto-da-europa-mostra-idade-do-bronze.htm#:~:text=A%20Idade%20do%20Bronze%20foi,exata%20varia%20dependendo%20da%20regi%C3%A3o)." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a>, com pelo menos 3 mil anos.Os pesquisadores acharam no lugar vários objetos importantes: pedaços de machados de pedra com pelo menos 1 mil anos; alguns capacetes da era nazista; resquícios de uma antiga ponte; balas de canhão <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122852-a-missao-alema-para-criar-uma-colonia-na-bahia-em-1822.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cossacos</a> do século XVII; e armas usadas nas guerras russo-turcas do século XVIII.De acordo com Yevhen Synytsia, presidente da Associação Ucraniana de Arqueólogos, nunca houve antes uma descoberta arqueológica desta mesma proporção. O fato mais curioso é que a guerra com a Rússia impossibilitou justamente a realização de escavações arqueológicas, limitando muito o trabalho desses profissionais. Agora o governo está debatendo se reconstrói a barragem ou se preserva o achado arqueológico na região do rio Dnipro.<h2>As conexões com a guerra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02103430448073.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Este achado chega em um momento oportuno, uma vez que a guerra levantada pela Rússia contra a Ucrânia é, basicamente, uma batalha pela identidade. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115577-vacina-russa-contra-covid-19-o-que-sabemos-sobre-ela-ate-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vladimir V. Putin</a>, presidente da Rússia, várias vezes menosprezou a independência da Ucrânia, e costuma colocar o país como um apêndice russo, sem uma história ou cultura próprias.Por isso, o tesouro arqueológico ucraniano se soma aos esforços de cimentar esta identidade do país. “Estamos encontrando pedaços de uma cultura antiga, da nossa cultura antiga. Pedaço por pedaço, estamos nos distanciando da Rússia. Isso é extremamente importante para nós”, afirmou Viacheslav Sarychev, secretário científico da Reserva Nacional de Khortytsia.De acordo com Anatolii Volkov, todos os objetos estão agora sendo examinados, classificados e catalogados. A equipe de arqueólogos que trabalha nesta descoberta está sendo ampliada, uma vez que é uma espécie de corrida contra o tempo. Há muitos oportunistas que estão tentando se infiltrar no local para pegar objetos no intuito de comercializá-los no mercado clandestino de antiguidades.Além disso, há também uma pressão para que a história do passado ucraniano não venha à tona. Há o risco, inclusive, de que as autoridades ucranianas façam a barragem ser reconstruída após a guerra, o que fará com que uma parte dessa história seja de novo enterrada.O local foi submerso em 1956, quando a barragem foi levantada. Ela fazia parte de uma usina hidrelétrica. De acordo com Yevhen Synytsia, isso ocorreu porque “ninguém prestava atenção à identidade ucraniana naquela época”, o que fez com que muitos tesouros fossem perdidos. </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:11.394Z

Destruição de barragem na Ucrânia revela tesouro arqueológico

Imagem de Descoberta mostra que humanos construíam com madeira há 476 mil anos no megacurioso

A descoberta de peças interligadas com idades de quase meio milhão de anos mostra uma inesperada tecnologia anterior à evolução do Homo sapiens

<head></head><body>Um dos materiais de mais difícil detecção por arqueólogos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127175-bastao-de-300-mil-anos-achado-na-alemanha-pode-ser-ferramenta-mais-antiga-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artefatos de madeira foram localizados recentemente</a> por pesquisadores do Reino Unido às margens do rio Kalambo, na Zâmbia. Datada por luminescência em pelo menos 476 mil anos, a estrutura simples é feita por dois troncos cruzados, com um entalhe deliberadamente feito na parte superior para que ambos se encaixem em ângulos retos.&nbsp;No release do estudo, publicado recentemente na revista Nature, os pesquisadores explicaram que o achado constitui o exemplo mais antigo até hoje <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117636-16-provas-de-que-a-marcenaria-ainda-encanta-e-surpreende.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de seres humanos construindo estruturas de madeira</a>. O mais surpreendente é que se trata de uma civilização anterior ao Homo sapiens desenvolvendo uma tecnologia impensável para a época.&nbsp;De acordo com o autor principal do estudo, Larry Barham, professor da Universidade de Liverpool, "a estrutura poderia ter sustentado uma passarela ou plataforma elevada acima do ambiente sazonalmente úmido". Essa plataforma de sustentação poderia ter servido a muitos propósitos, desde armazenamento de lenhas, ferramentas e alimentos, até base de uma cabana.&nbsp;<h2>As peças de madeira da cachoeira de Kalambo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02193852778435.jpg" alt="(Fonte: Barham, L. et al./Divulgação)">(Fonte: Barham, L. et al./Divulgação)Pesquisadores já haviam recuperado, durante as décadas de 1950 e 1960, peças da madeira antiga que pode ter sido moldada intencionalmente, na Cachoeira de Kalambo. No entanto, os arqueólogos da época não tiveram sucesso em datar com precisão os artefatos.&nbsp;As escavações só foram retomadas no mesmo local, para o estudo atual, em 2019. Em um sedimento próximo ao rio Kalambo, eles descobriram cinco objetos com sinais de modificação intencional: uma ponta afiada que se encaixava na ponta de um bastão, além de outros objetos que poderiam ter sido usados para escavar ou como cunha.&nbsp;Já no caso dos dois troncos da suposta estrutura de madeira, o de cima tem 1,4 metro de comprimento e pontas afiladas, enquanto o de baixo é um pouco maior (1,5 metro) e traz os entalhes escavados.<h2>Madeira preservada por meio milhão de anos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Barham, L. et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://media.springernature.com/full/springer-static/image/art%3A10.1038%2Fs41586-023-06557-9/MediaObjects/41586_2023_6557_Fig4_HTML.png?as=webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02210125289452.jpg" alt="(Fonte: Barham, L. et al./Divulgação)">(Fonte: Barham, L. et al./Divulgação)Quando os colonizadores chegaram à região, em 1953, atraídos principalmente por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118707-por-que-as-cataratas-de-vitoria-secaram-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma espetacular cacheira de 235 metros de altura</a>, perto da fronteira de Zâmbia com a Tanzânia, não tinham ideia de que o local podia ser um sítio arqueológico. A datação das madeiras, preservadas por um lençol freático permanente,&nbsp;foi feita de forma indireta, aplicando luminescência aos minerais na areia que rodeava os objetos."É extraordinário que a madeira tenha permanecido no lugar e intacta durante meio milhão de anos", afirmou à CNN o professor Geoff Duller, professor da Universidade de Aberystwyth, coautor do trabalho.&nbsp;Além disso, as descobertas contestam uma visão até então dominante de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127347-homo-bodoensis-estudo-descobre-um-novo-ancestral-dos-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os grupamentos hominídeos da Idade da Pedra</a> levavam vidas nômades, disse Duller. Além de exigir habilidades, ferramentas e planejamento, "o esforço envolvido sugere que os fabricantes permaneciam no local por longos períodos", conclui o estudo.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:11.288Z

Descoberta mostra que humanos construíam com madeira há 476 mil anos

Imagem de Skara Brae: o curioso assentamento neolítico na Escócia no megacurioso

Composto por 10 estruturas de pedra perto da Baía de Skaill, nas Ilhas Órcades, Skara Brae é atualmente considerado Patrimônio Mundial da UNESCO

<head></head><body>Você já ouviu falar em Skara Brae? Esse é o nome dado para um assentamento neolítico localizado no norte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121947-7-curiosidades-sobre-a-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escócia</a>, precisamente nas Ilhas Órcades. Entre 3100 e 2500 a.C., o local era composto por dez casas agrupadas habitadas pela população local na época.&nbsp;Skara Brae é considerada a aldeia neolítica mais completa e bem preservada do norte da Europa, tendo sido eleita Patrimônio Mundial pela UNESCO. Até mais antiga do que Stonehenge ou a Grande Pirâmide de Gizé, esse curioso povoado acabou sendo apelidado de "Pompeia escocesa" devido ao seu excelente estado de preservação — o que conta um pouco sobre o passado dessa região.<h2>Descoberta do assentamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02090600312017.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um fato curioso sobre Skara Brae é que o assentamento foi descoberto acidentalmente em 1850. Durante o inverno daquele ano, uma grande tempestade atingiu a região e o vento e as marés altas arrancaram terra e grama de um grande monte conhecido como Skerrabra. Isso acabou revelando a gama de estruturas subterrâneas.Então, o arqueólogo William Watt acabou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126828-por-que-escavacoes-arqueologicas-sao-frequentemente-reenterradas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escavando</a> quatro casas no local, reunindo uma rica coleção de objetos pelo caminho. Depois disso, o local permaneceu inexplorado por alguns vários anos. Em 1925, outra tempestade danificou as estruturas previamente escavadas.Então, somente em 1928, o primeiro professor de Arqueologia da Universidade de Edimburgo, Gordon Childe, foi contratado para preservar o local para o público. Em seus primeiros estudos, Childe acreditava que os edifícios na região datavam para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109661-acharam-uma-carruagem-da-idade-do-ferro-sepultada-com-cavalos-e-condutor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Ferro</a>, há 3 mil anos. No entanto, escavações posteriores feitas por David Clarke na década de 1970, usando datação por radiocarbono, relevou que Skara Brae tinha 5 mil anos.<h2>Comunidade local</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/02/02090654727021.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com os pesquisadores, Skara Brae esteve ocupada durante 600 anos. Cada casa de pedra encontrada na região tinha uma disposição bem semelhante, apresentando um único cômodo. O fato das residências serem tão parecidas indica que todos os habitantes locais viviam numa comunidade muito próxima, onde viviam como iguais.Outro fato curioso é que as casas eram ligadas por passagens cobertas e foram construídas com um material resistente, semelhante a argila. Isso ajudava a impedir a entrada de umidade nos domicílios. Embora muitos materiais tenham se perdido com o tempo, a estrutura base de Skara Brae sobreviveu muito bem aos anos.Na visão de especialistas, é provável que o assentamento tenha sido abandonado por conta de doenças ou até mesmo mudanças para terras mais produtivas. Mas como seus edifícios permaneceram de pé? Logo depois que Skara Brae foi abandonada, a vila foi rapidamente coberta por areia em algumas décadas. Isso criou uma proteção natural para que as estruturas não fossem perturbadas pelos efeitos do tempo.&nbsp;Para nossa sorte, todo esse processo nos permitiu ter uma visão mais aprofundada do passado da humanidade, quase como se o tempo tivesse congelado até nós redescobrirmos essa parte do mundo.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:11.231Z

Skara Brae: o curioso assentamento neolítico na Escócia

Imagem de 5 incríveis tesouros anglo-saxões encontrados por arqueólogos no megacurioso

Conheça cinco tesouros do povo que ajudou a moldar a cultura inglesa

A Gr&atilde;-Bretanha &eacute; um rico reposit&oacute;rio de s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos. Em um territ&oacute;rio relativamente pequeno, a regi&atilde;o j&aacute; foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111035-stonehenge-pode-ter-sediado-festas-gigantescas-na-gra-bretanha-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habita&ccedil;&atilde;o de diversos povos</a>, mais notoriamente os romanos e os diferentes grupos &eacute;tnicos posteriormente chamados de Anglo-Sax&otilde;es.
A chegada deste &uacute;ltimo grupo na Gr&atilde;-Bretanha ocorreu no fim do s&eacute;culo V, ap&oacute;s o Imp&eacute;rio Romano ter perdido a influ&ecirc;ncia no territ&oacute;rio. Os diferentes grupos de origem germ&acirc;nica e c&eacute;ltica dominaram a regi&atilde;o at&eacute; o s&eacute;culo XXI, quando houve a conquista normanda. Neste per&iacute;odo, desenvolveram muito do que seria a l&iacute;ngua e a cultura inglesa da Idade M&eacute;dia, influenciando, por exemplo, a divis&atilde;o geopol&iacute;tica em condados.
Com essa hist&oacute;ria riqu&iacute;ssima, n&atilde;o &eacute; raro que os atuais habitantes do Reino Unido se deparem com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121163-425-corpos-sao-encontrados-em-escavacao-na-gra-bretanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos</a> e com artefatos antigos. Conhe&ccedil;a alguns dos principais tesouros anglo-sax&otilde;es j&aacute; descobertos.
<h2>1. Sutton Hoo Helmet</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19123310717123.jpg" alt="Sutton Hoo Helmet em esposi&ccedil;&atilde;o. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Sutton Hoo Helmet em esposi&ccedil;&atilde;o. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Sutton Hoo Helmet &eacute; um dos tesouros arqueol&oacute;gicos mais famosos da Inglaterra e uma descoberta importante para aumentar a compreens&atilde;o da hist&oacute;ria anglo-sax&atilde;. A pe&ccedil;a &eacute; um elmo (capacete militar) que pode ter sido usado em batalhas ou para fins cerimoniais. Ele &eacute; ricamente ornamentado, com detalhes intrincados, como figuras de animais, drag&otilde;es e padr&otilde;es geom&eacute;tricos em ouro e prata.
O elmo foi descoberto em 1939, em Suffolk, no leste da Inglaterra, quando uma escava&ccedil;&atilde;o num dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117287-sutton-hoo-sitio-arqueologico-que-revelou-mais-sobre-a-inglaterra-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos mais importantes da Inglaterra</a> se deparou com um barco enterrado repleto de pe&ccedil;as valiosas. A pe&ccedil;a &eacute; datada do s&eacute;culo VII e sua descoberta foi importante na compreens&atilde;o das tradi&ccedil;&otilde;es funer&aacute;rias e da elite anglo-sax&atilde;, j&aacute; que foi encontrado em um t&uacute;mulo de algum nobre, provavelmente do rei Raedwald.
<h2>2. Tesouro de Staffordshire</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19123414642124.jpg" alt="Algumas das pe&ccedil;as encontradas em Staffordshire. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Algumas das pe&ccedil;as encontradas em Staffordshire. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Voc&ecirc; j&aacute; deve ter visto programas em que pessoas compram detectores de metais e v&atilde;o &agrave; praia procurar tesouros. Pois bem, se h&aacute; um lugar com maior probabilidade de ach&aacute;-los &eacute; na Inglaterra. Foi o que aconteceu com Terry Hebert em 2009. Em um passeio no Condado de Stafforrdshire, ele achou mais de 200 pe&ccedil;as de ouro em poucos dias. Arque&oacute;logos foram chamados e o local virou um importante s&iacute;tio arqueol&oacute;gico, onde foram encontrados 4600 artefatos. O melhor: itens valios&iacute;ssimos de arte e decora&ccedil;&atilde;o anglo-sax&atilde;.
As pe&ccedil;as, em ouro, prata e variados tipos de cer&acirc;micas, s&atilde;o datadas do s&eacute;culo XI e XII, e mostram os detalhes e o avan&ccedil;o da arte, do artesanato e das joias anglo-sax&atilde;s. O tesouro foi adquirido pelas institui&ccedil;&otilde;es Birmingham Museum and Art Gallery e Potteries Museum &amp; Art Gallery por um total superior a 3,2 milh&otilde;es de libras.
<h2>3. Os Evangelhos de Lindisfarne</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19123511851125.jpg" alt="Detalhe dos evangelhos de Lindisfarne. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Detalhe dos evangelhos de Lindisfarne. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A tradu&ccedil;&atilde;o dos evangelhos do latim para o ingl&ecirc;s antigo se destaca pela beleza e pelo fato de existirem poucos livros do per&iacute;odo anglo-sax&atilde;o. O livro foi produzido no monast&eacute;rio de Lindisfarne, situado na Nort&uacute;mbria um condado no norte da Inglaterra que faz divisa com a Esc&oacute;cia. Ele &eacute; ricamente ilustrado com influ&ecirc;ncias da arte hiberno-sax&atilde;, anglo-sax&atilde; e celta. Estima-se que o livro tenha sido escrito no s&eacute;culo XII pelo monge Eadfrith, que se tornou bispo de Lindisfarne
<h2>4. Urna de Franks</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19123626778126.jpg" alt="Detalhe do Urna de Franks. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Detalhe do Urna de Franks. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Tamb&eacute;m conhecida como C&aacute;psula de Auzon, a Urna de Franks &eacute; um intrincado artefato anglo-sax&atilde;o do in&iacute;cio do s&eacute;culo VIII. Sua sobreviv&ecirc;ncia chama a aten&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que data do s&eacute;culo VIII e &eacute; constru&iacute;da, majoritariamente, em marfim e osso de baleia.
A pe&ccedil;a &eacute; um importante achado para a compreens&atilde;o do per&iacute;odo, pois apresenta pain&eacute;is decorados com cenas da mitologia germ&acirc;nica, crist&atilde;, lendas romanas, al&eacute;m de contar com inscri&ccedil;&otilde;es r&uacute;nicas. Assim, proporciona percep&ccedil;&otilde;es sobre a cultura do in&iacute;cio da Idade M&eacute;dia e a fus&atilde;o de cren&ccedil;as pag&atilde;s e crist&atilde;s na Inglaterra.
<h2>5. Joia de Alfredo, o Grande</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: WikimediaCommons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/File:King_Alfred%E2%80%99s_Jewel%E2%80%94front,_enamel,_back.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19123817803128.png" alt="Detalhes da Alfred Jewel. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Detalhes da Alfred Jewel. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Chamada de "Joia de Alfredo", a pe&ccedil;a &eacute; uma rel&iacute;quia anglo-sax&atilde; do s&eacute;culo IX, feita em ouro e com um cristal a mando de Alfredo, o Grande, que reinou entre 886 e 899. A joia dourada adornada possivelmente retrata o rei &eacute; era usada como parte do conjunto com uma haste de madeira utilizada para apontar livros durante a leitura.

thumb-image-2024-02-29T14:07:10.378Z

5 incríveis tesouros anglo-saxões encontrados por arqueólogos

Imagem de Ai-Khanoum: a cidade grega soterrada no Afeganistão  no megacurioso

Cidade perdida Ai-Khanoum foi completamente saqueada e agora está ameaçada pelo talibãt

<head></head><body>Uma cidade planejada no meio de um local seco, quente e sem nada. Não, este texto não é sobre a construção de Brasília. Muito antes da nossa capital, os gregos decidiram criar uma metrópole longe de sua casa, uma cidade moderna que ficou onde hoje é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103317-15-imagens-que-mostram-o-afeganistao-antes-do-regime-do-taliba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afeganistão</a>. Trata-se de Ai-Khanoum.A existência dessa cidade ficou desconhecida por milênios. Isso porque ela foi completamente encoberta por toneladas e toneladas de areia e terra. Reza a lenda que sua descoberta foi fruto do acaso. O rei afegão Mohammad Zacher Chach caçava no deserto quando teria avistado um vestígio de torre.Sem uma equipe de especialistas em seu país, ele teria pedido para que um time de arqueólogos franceses investigasse o fato. Foi assim que a cidade perdida grega foi descoberta, no ano de 1961.<h2>Cidade teria sido construída no Império Selêucida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13130438853174.jpg" alt="Fotos da expedição que investigou a cidade: Reprodução: Musée Guimet">Fotos da expedição que investigou a cidade: Reprodução: Musée GuimetO Império Selêucida teria sido criado por um ex-general de Alexandre, o Grande, chamado Seleuco I Nicator. Esse império teria durado cerca de 200 anos (312 a.C. a 63 a.C.).A ideia de Seleuco era continuar o projeto de Alexandre, criando um império enorme, que unisse o Norte da África, o Leste da Europa e o Oeste da Ásia sob um único governo, mas sem desrespeitar as culturas e religiões locais.O projeto foi bem-sucedido por séculos, mas com o tempo, controlar tantas regiões diferentes, que desejavam independência, tornou-se impossível — situação que se repetiria com o Império Romano, séculos depois.A decadência do Império Selêucida poderia ser uma das explicações sobre a falência da cidade, que não foi reconstruída após sua destruição.<h2>Como era viver em Ai-Khanoum?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13130619196175.jpg" alt="Reprodução: Musée Guimet">Reprodução: Musée GuimetA cidade ficava sob os pés das montanhas. Sua acrópole ficava sobre um penhasco nas redondezas. A acrópole tinha muitas funções na civilização grega: era local de culto a Zeus, mas também servia como abrigo para os moradores, no caso de invasões.As ruas da cidade eram planejadas para se adaptarem ao terreno seco do deserto. A cidade contava com teatros e templos cuja capacidade era de cerca de 5 mil pessoas.O palácio da cidade contava com 118 colunas coríntias gregas, algumas delas com quase seis metros de altura. Ao sul dessa construção, havia uma gigantesca praça aberta de 27 mil m2. O palácio ainda tinha 21 salas criadas apenas para guardarem itens valiosos. As paredes dos palácios, templos e teatros ainda eram ornamentadas com estátuas e pinturas altamente refinadas.<h2>Ruínas de Ai-Khanoum podem desaparecer</h2>Desde a descoberta, na década de 1960, a cidade perdida de Ai-Khanoum tem enfrentado duras batalhas. Nos anos de 1980 e 1990, ela foi totalmente saqueada. Alguns itens arqueológicos foram recuperados, mas muita coisa ainda está desaparecida.Ao mesmo tempo, as guerras também destruíram a região — e foram muitas desde então. Agora, a nova ameaça às ruínas de Ai-Khanoum é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119658-6-fatos-para-entender-retorno-do-taliba-ao-poder-no-afeganistao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ascensão do Talibã</a>. O grupo tem como objetivo limpar quaisquer resquícios de um passado afegão não islâmico. Em 2001, estátuas gigantescas de Buda foram destruídas, por exemplo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:10.096Z

Ai-Khanoum: a cidade grega soterrada no Afeganistão 

Imagem de As 6 maiores civilizações da Idade do Bronze no megacurioso

O período ficou marcado pelo uso intenso de metais e pelo desenvolvimento de grandes civilizações

<head></head><body>Embora não exista uma definição oficial para o termo "Idade do Bronze", ele geralmente se refere ao período entre as eras da Pedra e do Ferro. Foi um período crucial na história humana, pois a maioria dos avanços iniciais para o desenvolvimento em sociedade — como a escrita e a roda — foram feitos durante este tempo, graças a civilizações e culturas notáveis.&nbsp;Continue a leitura e saiba mais sobre algumas grandes civilizações da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127182-o-que-caldeiroes-contam-sobre-a-gastronomia-da-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a>!<h2 style="text-align: justify;">6. Império Acádio&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22131848828187.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Também conhecido como um dos primeiros impérios da história, o Império Acádio foi uma antiga civilização mesopotâmica fundada por volta de 2350 a.C. por um imperador chamado Sargão I. Em seu auge, o Império Acádio controlava grandes territórios na antiga Mesopotâmia, partes do Irã e do Levante.Durante esse período, as rotas comerciais prosperaram pela região, conectando mercados emergentes com recursos de lugares como as minas de prata da Anatólia e as minas de lápis-lazúli — uma rocha metamórfica de cor azul — do Afeganistão. &nbsp;No final, o império caiu no ano de 2150 a.C., levando a um período de declínio regional, fome e seca em toda a Mesopotâmia.<h2 style="text-align: justify;">5. Canaã&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22132123077189.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Canaã refere-se à região histórica do Levante, centrada na Palestina moderna, juntamente com os territórios do Líbano, Síria, Jordânia e Israel atuais. A origem de seu nome ainda é muito discutida, com teorias sugerindo conexões com o neto da figura bíblica de Noé, o florescimento do comércio de corantes roxos na região na época ou até mesmo conceitos filosóficos de ordem e caos. Independentemente do nome, há pouca dúvida de que foi uma civilização distinta com sua própria cultura.Evidências arqueológicas traçam a presença de assentamentos humanos na região até o período Paleolítico, com destaque para Jericó — um dos mais antigos centros urbanos do mundo. As cidades de Canaã começaram a prosperar durante o início da Idade do Bronze, à medida que os cananeus estabeleciam rotas comerciais com civilizações em toda a região, especialmente o Egito. Canaã foi também uma das civilizações mais afetadas durante o misterioso colapso da Idade do Bronze, levando diretamente ao surgimento dos hebreus e dos reinos de Israel e Judá.<h2 style="text-align: justify;">4. Novo Império Egípcio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19234052580010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O Novo Império Egípcio floresceu por volta de 1550 a 1070 a.C. Foi uma era crucial na história do Egito antigo, marcada por expansão imperial, reis faraós memoráveis e realizações culturais que influenciaram muitas civilizações futuras ao redor do mundo. A era deu origem a alguns dos faraós egípcios mais conhecidos, incluindo Tutankhamon e Ramsés II.Foi também a primeira vez que o termo "faraó" foi usado para se referir aos reis egípcios. É o período mais bem documentado da história egípcia, graças à alfabetização, à diplomacia estrangeira e às relações comerciais que proliferaram durante esse tempo. À medida que o Egito interagia com outras nações, os contratos escritos, tratados e cartas entre os governantes se tornaram essenciais, resultando nos extensos registros escritos do período aos quais ainda temos acesso hoje em dia.<h2 style="text-align: justify;">3. Civilização Minoica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22132744552193.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Também conhecida como uma das primeiras civilizações da Europa Ocidental, a Civilização Minoica foi uma cultura da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126739-tumbas-da-era-do-bronze-sao-as-mais-ricas-ja-descobertas-no-sul-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a> Médio fundada por volta de 2000 a.C., na ilha grega de Creta. Os minoicos — também chamados de cretenses — eram conhecidos por sua arte única, arquitetura e influência cultural em todo o Egeu, formando a base para a antiga Grécia, Roma e muitas outras civilizações ocidentais.A civilização minoica apresentava complexos palacianos elaborados, joias de ouro e cerâmica feita com técnicas avançadas para a época. O termo "minoico" foi criado por Sir Arthur Evans, um arqueólogo que fez descobertas inovadoras entre 1900 e 1905, provando a existência de uma cultura cretense avançada que não conhecíamos até aquele momento. Curiosamente, as ruínas não mostravam sinais de fortificações militares, sugerindo uma cultura de relativa paz entre as comunidades.<h2 style="text-align: justify;">2. Império Assírio&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22132828821194.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Império Assírio foi um importante reino semita no antigo Oriente Próximo que existiu como um estado independente por volta de 2500 a.C. a 604 a.C. Situado na região mesopotâmica do norte e abrangendo as atuais regiões do norte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127170-seca-no-iraque-revelou-cidade-submersa-com-mais-de-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Iraque</a>, nordeste da Síria e sudeste da Turquia, atingiu seu auge durante o período Neo-Assírio, de 911 a.C. a 612 a.C., cobrindo um vasto território do Mediterrâneo até a Pérsia, e das montanhas do Cáucaso até o Egito.A Assíria foi uma civilização conhecida por seus avanços tecnológicos em todo o mundo conhecido, incluindo o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125491-espada-da-idade-do-bronze-que-parece-nova-e-encontrada-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bronze</a> — e posteriormente ferro — para armamento, e o desenvolvimento de uma extensa rede de estradas. A sociedade assíria era fortemente militarizada, com serviço militar obrigatório para cidadãos livres do sexo masculino.<h2 style="text-align: justify;">1. Suméria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/22/22132931591195.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma forte candidata para a civilização mais antiga da história, a Suméria foi fundada entre 4500 e 4000 a.C. na região ao sul da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates. Começou com a chegada do povo Ubaid, trazendo seu conhecimento de agricultura, comércio e artesanato — incluindo metalurgia, cerâmica e tecelagem. Esses avanços dariam origem a uma das maiores e mais influentes civilizações antigas até 3300 a.C.A Suméria prosperou como uma coleção de cidades-estado monárquicas, incluindo Uruk, Ur&nbsp;e Nipur, sendo que cada cidade cultuava sua própria divindade. Os sumérios eram conhecidos por suas contribuições para a linguagem, especialmente a invenção da escrita cuneiforme que permitia extensos registros e a criação das leis mais antigas conhecidas. Sua arte e arquitetura também eram avançadas para a época, com grandiosas estruturas religiosas, zigurates e esculturas encontradas nas principais cidades da civilização.</body>

Arqueologia

Novidades