Imagem de Arqueólogos descobrem estátua de deus celta com mullet e bigode no Megacurioso

Com uma fisionomia semelhante à de astros do rock de 1980, a imagem do deus celta desconhecido chamou a atenção dos pesquisadores

Uma estátua de uma divindade celta foi encontrada em um sítio da Idade do Ferro em Cambridgeshire, Inglaterra, após escavações no assentamento histórico local. Curiosamente, a figura possuía detalhes claros de um corte de cabelo no estilo mullet e de um bigode discreto, mesmo sendo datada do século I d.C.



Super popular na década de 1980, o estilo mullet era marca registrada de atletas de hockey e de grandes nomes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116870-3-momentos-insanos-e-marcantes-na-historia-do-rock.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rock</a> internacional, que cortavam a franja da forma mais curta possível e deixavam a parte de trás crescer. O penteado, que antes era bastante ridicularizado — algo que rendeu até mesmo uma sátira no filme Debi &amp; Loide &#8211; Dois Idiotas em Apuros —, parece ter feito sucesso há muito tempo, aparentemente sendo um dos visuais de celtas ancestrais.



&#8220;A descoberta mais marcante da escavação para mim foi uma pequena estatueta humana de liga de cobre de 5 cm. O artefato data do século I d.C., e embora possivelmente da fabricação romana, exibe traços muito celtas, como seus olhos ovais,&#8221; disse Shannon Hogan, arqueóloga da National Trust. &#8220;Seu penteado e bigode são claros, o que pode ser indicativo das tendências atuais ou talvez &#8216;típico&#8217; para representações dessa deidade particular.&#8221;



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/22/22075518511002.jpg" alt="(Fonte: Shannon Hogan - National Trust / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Shannon Hogan &#8211; National Trust / Reprodução)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/22/22075606887003.jpg" alt="(Fonte: Shannon Hogan - National Trust / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Shannon Hogan &#8211; National Trust / Reprodução)</figcaption></figure>



Junto à estátua, os arqueólogos encontraram, no assentamento rural da Propriedade Wimpole, cerca de 300 objetos metálicos, incluindo acessórios de um uniforme militar romano, ferramentas cosméticas, moedas, pregos e acessórios de cavalaria, abrangendo um período entre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117532-homens-modernos-faziam-sexo-com-neandertais-na-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a> e o início do Império Romano.



<h2>A origem da miniatura</h2>



Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que a estatueta de pouco menos de 5 centímetros de altura fazia referência ao deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117285-observador-de-passaros-encontra-tesouro-celta-de-us-1-milhao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celta</a> Cernunnos, considerado um dos principais entes da cultura e senhor dos animais, da fertilidade e da abundância. Porém, após análises de material e estudos históricos, eles chegaram à conclusão de que a figura serviu como uma alça para uma espátula que misturou cera ou medicamentos.



&#8220;Temos um conhecimento extremamente limitado de como eram as pessoas comuns da Inglaterra naquela época, então essa figura lindamente detalhada pode estar apenas nos dando um vislumbre tentador de sua aparência, ou como eles imaginavam seus deuses&#8221;, concluiu Hogan.

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Arqueólogos descobrem estátua de deus celta com mullet e bigode

Imagem de Arqueólogos encontram tumbas de 4,5 mil anos em Stonehenge no Megacurioso

Ossos de um bebê e de uma mulher com aproximadamente 20 anos foram encontrados em túmulos da Idade da Pedra em Stonehenge

<a name="_GoBack"></a> Arqueólogos descobriram um túnel na região do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115418-cientistas-descobrem-origem-das-pedras-de-stonehenge.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge</a> com túmulos, restos mortais de pessoas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/99592-primatas-brasileiros-entraram-na-idade-da-pedra-ha-700-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a> e alguns tesouros antigos. Os especialistas acreditam que os ossos têm cerca de 4,5 mil anos de idade e foram encontrados perto da Pedras de Ale. O monumento é um conjunto de 59 pedras em um penhasco situado na costa do báltico sueco.



Os esqueletos encontrados são de um bebê e de uma mulher que provavelmente morreu com 20 anos de idade.&nbsp;



As ossadas estavam com vasos de cerâmica perto, o que levou os especialistas a considerarem que faziam parte dos povos que seguiam a cultura de vasos campaniformes do final do período neolítico, quando as pessoas acreditavam que seus mortos deveriam ser enterrados com os vasos para o pós-vida.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/12/12092723983052.jpg" alt="(Fonte: Arqueologia de Wessex/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Arqueologia de Wessex/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>Stonehenge e a escavação</h2>



De acordo com as lendas locais, Stonehenge é o local de descanso do Rei Ale. Porém, existem também teorias de que a região é um calendário astronômico.



As tumbas foram descobertas ao cavar um fosso no centro do círculo de pedra. Com isso, os arqueólogos reafirmaram as suspeitas de que o local teve um significado especial.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/12/12092745467054.jpg" alt="(Fonte: Arqueologia de Wessex/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Arqueologia de Wessex/Reprodução)</figcaption></figure>



Como dito anteriormente, além de ossos humanos, foram encontrados alguns tesouros antigos, dentre eles, objetos de cerâmica. Alguns deles podem, inclusive, ter sido utilizados para construir o Stonehenge.&nbsp;



Mais estudos precisam ser conduzidos para determinar a origem dos tesouros e novas missões devem ser realizadas em breve.

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Arqueólogos encontram tumbas de 4,5 mil anos em Stonehenge

Imagem de O que são centenas de esqueletos no fundo de um lago do Himalaia? no Megacurioso

Um estudo de DNA conduzido em 2019 descobriu que parte das ossadas pertencia a pessoas do Mediterrâneo Oriental

Um artigo publicado recentemente na revista The New Yorker&nbsp;trouxe à tona um dos mistérios mais intrigantes que, desde 1942, desafia os antropólogos do mundo: o dos “esqueletos do lago”, que questiona a existência de centenas de ossadas humanas existentes ao redor e dentro do lago Roopkund, nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114115-apos-31-anos-de-poluicao-himalaia-volta-a-ser-visivel-na-india.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Himalaias</a> indianos.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/25/25163546227250.webp" alt="Fonte: Awanish Tirkey/Shutterstock" /><figcaption>Fonte: Awanish Tirkey/Shutterstock</figcaption></figure>



Os ossos, pertencentes a 300 a 800 pessoas, foram relatados pela primeira vez no inverno de 1942, quando um guarda florestal os encontrou separados dos crânios, e alguns deles ainda com vestígios de carne.&nbsp;



Em 2019, o mistério se aprofundou ainda mais, quando um grupo de pesquisadores <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/111741-misterio-do-lago-dos-ossos-do-himalaia-como-os-esqueletos-foram-parar-la.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">publicou um estudo</a> na revista Nature Communication, revelando que pelo menos 14 dos indivíduos que morreram no lago não eram do sul da Ásia. Exames de DNA mostraram que os genes dessas pessoas correspondem aos dos povos modernos do Mediterrâneo oriental, além de serem mil anos mais jovens. &nbsp;&nbsp;



<h2>Desvendando o mistério dos ossos do lago</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/25/25163805150253.jpg" alt="Fonte: Shubham Magdum/Shutterstock" /><figcaption>Fonte: Shubham Magdum/Shutterstock</figcaption></figure>



No artigo da The New Yorker, e em um webinar que se seguiu à publicação, o escritor e jornalista Douglas Preston, e o antropólogo Agustín Fuentes, da School for Advanced Research do Novo México nos EUA, tentaram responder às principais questões dos “esqueletos do lago”: o que um grupo de pessoas do Mediterrâneo fazia em uma altitude de 5 mil metros? E como eles morreram?



Uma história, transmitida por tradição oral, afirma que os ossos mais antigos referem-se a um <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/98541-15-gifs-que-mostram-como-a-natureza-libera-a-sua-ira-na-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">acesso de ira</a> da deusa Nanda Devi que conjurou uma tempestade de granizo para dizimar a comitiva de um rei que a enfurecera. Segundo Fuentes, a explicação sobre o granizo parece plausível, pois muitos corpos tinham crânios perfurados.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/25/25163932979256.jpg" alt="Fonte: Vishwas Krishnamurthy/Shutterstock" /><figcaption>Fonte: Vishwas Krishnamurthy/Shutterstock</figcaption></figure>



Para o antropólogo, uma tempestade teria surpreendido uma comitiva em visita ao lago, na crista superior que envolve o local. Provavelmente, as vítimas podem ter morrido de exposição e hipotermia, e seus corpos rolado morro abaixo.



Sobre o grupo de pessoas de aparente herança mediterrânea, ainda não há consenso sobre o que eles faziam a 7 mil quilômetros de casa. Sabe-se apenas que eram homens e mulheres não aparentados que vieram por volta do ano de 1800 d.C. de algum lugar distante do mar. As pesquisas continuam.

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O que são centenas de esqueletos no fundo de um lago do Himalaia?

Imagem de Al Capone: depósito ilegal de bebida ligado ao mafioso é encontrado nos EUA no Megacurioso

Estrutura encontrada por arqueólogos sugere negócios da máfia envolvendo a produção e distribuição clandestina de destilados

Arqueólogos da Universidade do Tennessee encontraram em meio à Floresta Nacional Francis Marion, na Carolina do Sul, Estados Unidos, vestígios de uma antiga fábrica clandestina de bebidas que funcionou durante a Lei Seca norte-americana no início da década de 1920. Segundo os investigadores, o local está relacionado com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117552-mafia-ordena-ambulancias-a-desligarem-sirenes-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">máfia</a> da época e era administrado por um dos principais associados de Al Capone.



O depósito clandestino foi identificado durante expedições na região conhecida como &#8220;Pântano do Buraco do Inferno&#8221;, que estava sendo palco de um trabalho de escavações para reformular a enterrada história do condado de Berkeley, distrito que configurou como um dos maiores distribuidores de bebidas nos Estados Unidos durante a primeira metade do século XIX.&nbsp;



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/22/22071413581000.jpg" alt="(Fonte: Grace Beahm Alford - Staff - Post and Courier / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Grace Beahm Alford &#8211; Staff &#8211; Post and Courier / Reprodução)</figcaption></figure>



Todas as principais evidências apontam para a administração do gangster Benjamin Villeponteaux, um dos principais criminosos associados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/71788-veja-como-era-a-cela-de-prisao-de-al-capone-em-1929.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Al Capone</a>, que morava estrategicamente próximo da fábrica ilegal. Entre tais vestígios, foi encontrado um barril de metal, uma mangueira de jardim verde, blocos de cimento e vários pedaços de sucata, com a maioria dos itens estando rodeado por blocos de cimento reforçados com lâminas metálicas, ainda durante o processo de escavação.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/22/22071448296001.jpg" alt="(Fonte: Grace Beahm Alford - Staff - Post and Courier / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Grace Beahm Alford &#8211; Staff &#8211; Post and Courier / Reprodução)</figcaption></figure>



&#8220;Como sítios arqueológicos, alambiques extintos ou quebrados são frequentemente confundidos com lixeiras modernas&#8221;, escreveu Katherine Parker, estudante de pós-graduação da Universidade do Tennessee que liderou a expedição. &#8220;No entanto, existem várias assinaturas-chave que podem ser usadas para distingui-las.&#8221; Afirmou a pesquisadora, comentando também que a descoberta foi &#8220;desconsiderada&#8221; por arqueólogos, cabendo a ela juntar as peças do quebra-cabeça para conhecer a história por trás da destilaria.



<h2>A floresta do contrabando</h2>



Desde novembro de 2020, Parker e sua equipe vêm explorando os arredores de Berkeley para descobrir mais vestígios sobre a história do condado durante a Lei Seca. Até o momento, sete alambiques foram registrados, e os pesquisadores acreditam que o comércio e fabricação ilegais de bebidas não estavam vinculados apenas aos mafiosos.



<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Finding moonshine in the Francis Marion" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/7IUzO-o2KVw?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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Devido à alta tributação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/117648-cafe-beneficios-e-maleficios-da-bebida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebidas</a> na Carolina do Norte entre 1920 e 1930 — US$ 4 na época —, o negócio tornou-se cultura na região, unindo operações menores e maiores próximas de rodovias para lucrar e prosperar. Com isso em mente, os arqueólogos pretendem continuar o trabalho na floresta, na tentativa de unir melhor as peças para criar uma linha de base histórica.

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Al Capone: depósito ilegal de bebida ligado ao mafioso é encontrado nos EUA

Imagem de 'Múmias do pântano': os cadáveres de 10 mil anos encontrados na lama no Megacurioso

Suas origens são tão impressionantes quanto seus estados de preservação

Era 6 de maio de um s&aacute;bado primaveril de 1950, e os cortadores de turfa Viggo e Emil Hojgaard abriam caminho no p&acirc;ntano de Bjaeldskovdal, localizado a 12 quil&ocirc;metros a oeste de Silkeborg, na Dinamarca, quando encontraram um cad&aacute;ver mergulhado a quase 3 metros de profundidade na lama. A princ&iacute;pio, as express&otilde;es faciais do corpo eram t&atilde;o v&iacute;vidas que os homens pensaram que se tratava de uma v&iacute;tima recente de assassinato, quando, na verdade, eles estavam diante de uma das mais antigas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117511-mumia-com-lingua-feita-de-ouro-e-encontrada-no-egito.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">m&uacute;mias</a> de lama da hist&oacute;ria.
Os arque&oacute;logos o apelidaram de &ldquo;Homem de Tollund&rdquo;, em refer&ecirc;ncia ao vilarejo onde os trabalhadores moravam. O cad&aacute;ver estava nu e deitado em posi&ccedil;&atilde;o fetal, usava uma touca de pele de carneiro e tinha l&atilde; presa sob o seu queixo por meio de uma tira de couro. Ele tamb&eacute;m vestia um cinto, apesar da falta de uma cal&ccedil;a. Foi detectado cerca de 1 mil&iacute;metro de barba em seu queixo e em seu bu&ccedil;o, sugerindo que ele pudesse ter-se barbeado no dia anterior ao de sua morte.
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18202035651333.jpg" alt="Homem de Tullund. (Fonte: Phys/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>Homem de Tollund. (Fonte: Phys/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No entanto, em meio a tantas informa&ccedil;&otilde;es, o detalhe mais curioso foi o la&ccedil;o feito de couro de animal tran&ccedil;ado que havia amarrado firmemente ao redor do pesco&ccedil;o do Homem de Tollund, deixando claro que havia sido enforcado. Apesar da viol&ecirc;ncia de sua morte, ele estava com uma express&atilde;o serena, sendo que seus olhos estavam ligeiramente fechados e os l&aacute;bios franzidos, como se recitasse uma ora&ccedil;&atilde;o silenciosa.
<h2>S&eacute;culos na lama</h2>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18202641687335.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: All That&rsquo;s Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Foi durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109661-acharam-uma-carruagem-da-idade-do-ferro-sepultada-com-cavalos-e-condutor.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Idade do Ferro</a>, por volta de 3900, quando a agricultura j&aacute; havia-se estabelecido na Europa por meio de agricultores migrantes, que cad&aacute;veres humanos come&ccedil;aram a ser enterrados nas turfeiras que cobriram boa parte do norte do continente, onde as zonas eram mais &uacute;midas.
Uma vez que naquela &eacute;poca cremar os corpos era uma atividade comum para se desfazer deles, os arque&oacute;logos conclu&iacute;ram que os enterrar no p&acirc;ntano deve ter acontecido por um motivo especial, como em casos de rituais. A maioria dos cad&aacute;veres encontrados na Dinamarca, por exemplo, apresentava marcas que indicavam uma tradi&ccedil;&atilde;o cultural em como matar e depositar essas pessoas na lama.
Esses povos pr&eacute;-romanos, que viviam em comunidades com sistema de sociedade hier&aacute;rquica, cultivavam animais em cativeiro e at&eacute; pescavam, pois enxergavam os p&acirc;ntanos como uma esp&eacute;cie de &ldquo;portal sobrenatural&rdquo; entre aqui e o al&eacute;m. Dessa forma, era comum que eles colocassem neles oferendas, como colares, pulseiras e an&eacute;is de bronze ou de ouro destinados a deusas e deuses da fertilidade e da fortuna.
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18202927983336.jpg" alt="(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Britannica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Foi assim que os pesquisadores entenderam que os cad&aacute;veres enterrados na lama estavam l&aacute; porque eram sacrif&iacute;cios humanos para os deuses &ndash; em outras palavras, foram assassinados. Os corpos nos p&acirc;ntanos dinamarqueses sempre tinham entre 16 e 20 anos no momento de sua morte, e eles apresentavam sinais de que foram esfaqueados, espancados, enforcados, torturados, estrangulados e at&eacute; mesmo decapitados.
<h2>O acidente natural da preserva&ccedil;&atilde;o</h2>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18202453453334.jpg" alt="(Fonte: Ancient Origins/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Ancient Origins/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O arque&oacute;logo P.V. Glob observou que os cad&aacute;veres sempre estavam nus, com uma pe&ccedil;a de roupa ou algum acess&oacute;rio &ndash; como aconteceu com o Homem de Tollund. Na maioria dos casos, eles foram fixados na lama atrav&eacute;s de pedras ou com uma esp&eacute;cie de malha de gravetos, demonstrando uma verdadeira inten&ccedil;&atilde;o de conserv&aacute;-los ali sem chances de emers&atilde;o, como se fosse um medo de que pudessem voltar.
Por meio de an&aacute;lises qu&iacute;micas em duas &ldquo;m&uacute;mias de lama&rdquo; dinamarquesas, foi detectado que elas atravessaram longas dist&acirc;ncias antes de morrerem, apontando que n&atilde;o eram daquela regi&atilde;o. &ldquo;Voc&ecirc; sacrifica algo que &eacute; significativo e tem muito valor. Ent&atilde;o, talvez essas pessoas que viajaram at&eacute; l&aacute; tivessem muito valor&rdquo;, declarou Karin Margarita Frei, cientista do Museu Nacional da Dinamarca.
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18203010624337.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Com mais de 10 mil anos na turfa, os cad&aacute;veres surpreendem a todos devido ao seu perfeito estado de conserva&ccedil;&atilde;o, com cabelo, unhas e at&eacute; mesmo express&otilde;es faciais discern&iacute;veis. Tudo isso &eacute; atribu&iacute;do a um processo totalmente natural, por&eacute;m considerado um &ldquo;acidente biol&oacute;gico&rdquo;.
Quando a turfa morre e &eacute; substitu&iacute;da por uma nova, o material antigo apodrece e libera &aacute;cido h&uacute;mico, que tamb&eacute;m &eacute; conhecido como &aacute;cido do p&acirc;ntano, com n&iacute;veis de pH semelhantes aos do vinagre, causando o mesmo efeito de conserva&ccedil;&atilde;o de frutas. Al&eacute;m de ser um ambiente muito &aacute;cido, as turfeiras apresentam um baixo &iacute;ndice de oxig&ecirc;nio e, portanto, impedem que aconte&ccedil;a o metabolismo bacteriano que induz &agrave; decomposi&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria org&acirc;nica.
Os corpos eram colocados pelas pessoas ao longo do inverno ou no in&iacute;cio da primavera, quando a temperatura da &aacute;gua ultrapassa -4&deg; C, permitindo que os &aacute;cidos do p&acirc;ntano saturem os tecidos e frustrem o processo de apodrecimento. Conforme as camadas de esfagno morrem, liberando polissacar&iacute;deos, o cad&aacute;ver era envolvido por esse musgo em um inv&oacute;lucro que impedia a circula&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua, a decomposi&ccedil;&atilde;o ou qualquer oxigena&ccedil;&atilde;o.
<h2>Cemit&eacute;rio no p&acirc;ntano</h2>
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18203208499338.jpg" alt="(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Por um lado, esse &ldquo;acidente natural&rdquo; desempenha um papel completo na preserva&ccedil;&atilde;o da pele, mas, por outro, os ossos s&atilde;o corro&iacute;dos e os &aacute;cidos da &aacute;gua pantanosa destroem o DNA humano, inviabilizando estudos gen&eacute;ticos. Em 1950, quando fizeram um raio X no Homem de Tollund, perceberam que seu c&eacute;rebro estava muito bem preservado, por&eacute;m as estruturas estavam totalmente danificadas.
Apesar disso, os tecidos moles das m&uacute;mias forneceram dados suficientes para determinar at&eacute; qual foi a &uacute;ltima refei&ccedil;&atilde;o delas. O Homem de Grauballe, por exemplo, ingeriu um mingau feito de 60 tipos diferentes de plantas, contendo espor&atilde;o-do-centeio o suficiente para envenen&aacute;-lo. O Velho Croghan, encontrado na Irlanda, comeu muita carne, cereais e latic&iacute;nios antes de ser levado para a lama.
<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18203700034339.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption>(Fonte: PBS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A maioria das m&uacute;mias do p&acirc;ntano sofreram de desnutri&ccedil;&atilde;o quando vivas, mas outras tinham tra&ccedil;os de que tinham uma boa posi&ccedil;&atilde;o social. Por outro lado, era dif&iacute;cil encontrar algu&eacute;m que n&atilde;o tivesse alguma deformidade. A arque&oacute;loga Miranda Aldhouse-Green tem fortes convic&ccedil;&otilde;es de que esses atributos incomuns poderiam ser fatores que contribu&iacute;ram para que eles acabassem debaixo da turfeira, por serem considerados, de certa forma, &ldquo;visualmente especiais&rdquo;.
As m&uacute;mias de lama continuam a aparecer ao longo dos anos, por&eacute;m a quantidade delas ainda &eacute; t&atilde;o incerta quanto sob quais circunst&acirc;ncias elas passaram de corpos vivos para cad&aacute;veres em um p&acirc;ntano. Al&eacute;m disso, elas continuam sendo danificadas durante o processo de escava&ccedil;&atilde;o, pois nunca ningu&eacute;m sabe onde exatamente elas estar&atilde;o mergulhadas, com seus corpos encolhidos e carregados com milhares de anos de informa&ccedil;&otilde;es.

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'Múmias do pântano': os cadáveres de 10 mil anos encontrados na lama

Imagem de Stonehenge não foi construído na Inglaterra, diz novo estudo no Megacurioso

De acordo com os pesquisadores, a versão original do monumento de pedra Stonehenge teria sido erguida no sul do País de Gales há mais de 5 mil anos

O local atual onde está localizado Stonehenge pode não ter sido o sítio original onde a estrutura rochosa foi inaugurada, é o que diz um novo estudo feito pelo University College London, da Inglaterra. De acordo com os arqueólogos que trabalharam na descoberta, o misterioso monumento de pedras teria tido origem em Waun Mawn, no sul do <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/70305-proxima-parada-pais-de-gales-conheca-a-terra-dos-castelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">País de Gales</a>.



Segundo as lendas locais, o mago Merlin ajudou a mover Stonehenge da Irlanda para a Planície de Salisbury, onde atualmente está situado, há milhares de anos. Por mais que a história tenha sido considerada como um conto fantasioso por séculos, a nova descoberta indica que a lenda possa ter algum fundo de verdade na sua trajetória.



<h2>A ligação com Stonehenge</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18031733582001.jpg" alt="(Fonte: University College London)" /><figcaption>(Fonte: University College London/Reprodução)</figcaption></figure>



Após uma série de análises do solo de Waun Mawn, os arqueólogos britânicos descobriram uma série de buracos de pedra enterrados que seguem o formato de um círculo — tal qual a estrutura montada em Salisbury. Por fim, os cientistas acabaram ligando o formato dos buracos aos famosos pilares de bluestone utilizados na estrutura pagã.



Além disso, um dos buracos impressionantemente coincide com uma seção transversal &#8220;incomum&#8221; encontrada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/85342-7-fatos-mitos-e-curiosidades-que-voce-talvez-desconheca-sobre-stonehenge.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge</a>. Para os arqueólogos que trabalharam no projeto, a similaridade entre as duas partes funciona como &#8220;uma chave encaixando na fechadura&#8221;.



Em declaração oficial, o autor do estudo, Mike Parker Pearson, fez questão de enaltecer a importância do trabalho feito no País de Gales. &#8220;Isso é o resultado de mais de 20 anos de pesquisa. Posso afirmar que essa é uma das descobertas mais importantes que eu já fiz durante a minha vida como pesquisador&#8221;, pontuou.



<h2>Mudando Stonehenge de lugar</h2>



<figure class="mt-2 is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/18/18031907256002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" width="580" height="388" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Em 1923, o geólogo Herbert Thomas já havia descoberto uma certa ligação das pedras de Stonehenge com a antiga região pertencente a Irlanda. Entretanto, a comunidade científica ainda não tinha provas da localização original do monumento para confirmar que ele havia sido movido de lugar com o passar dos séculos.



Mais recentemente, em 2010, o pesquisador Parker Pearson e sua equipe de trabalho acharam em Waun Mawl um local potencial para as hipóteses criadas no passado, mas &#8220;encontrou diversas dificuldades&#8221; ao tentar achar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106866-a-localizacao-de-stonehenge-pode-ter-sido-definida-antes-de-sua-construcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evidências do círculo de pedras original</a>.



Na visão dos pesquisadores, Stonehenge foi erguido e desmontado antes de 3000 a.C. — quando a construção na Planície de Salisbury começou. Um dos motivos possíveis para a mudança de localização seria a simbologia do &#8220;ciclo da vida&#8221; carregado pelo monumento, o qual teria sido criado para honrar a memória de ancestrais falecidos.

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Stonehenge não foi construído na Inglaterra, diz novo estudo

Imagem de Osso atribuído ao apóstolo Tiago, o Menor, não é dele, diz estudo no Megacurioso

Foi somente a partir do século IV d.C. que os restos mortais dos mártires cristãos foram levados para as igrejas do Império Romano

Um estudo publicado recentemente na revista Heritage Science, conduzido por arqueologistas da Universidade do Sul da Dinamarca, negou a validade de uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110175-descobriram-um-relicario-que-guarda-supostos-fragmentos-da-cruz-de-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relíquias mais famosas da Igreja Católica</a> Romana: os ossos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116613-mensagem-de-1941-encontrada-em-igreja-revela-algo-tocante-sobre-a-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apóstolo Tiago</a>, o Menor, mantidos há séculos na Basílica dos Santos Doze Apóstolos, em Roma.



O osso da coxa do santo, conservado no templo por mais de 1,5 mil anos, foi submetido a uma datação por radiocarbono, que revelou que o fragmento não pertencia ao apóstolo. Segundo o principal autor da pesquisa, Kaare Lund Rasmussen, as datas reveladas “caem em um período obscuro, entre a época que os apóstolos morreram e a que o Cristianismo se tornou religião dominante no Império Romano”.



Em um comunicado à imprensa, divulgado no início deste mês, Rasmussen explica que o alegado osso femoral de São Tiago foi datado entre 214 e 340 a.C. pertencendo, portanto, a um indivíduo 160 a 240 anos mais jovem do que ele.&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/PkPSs7R7AZQajawJr9jihK-970-80.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/15/15145345935183.jpg" alt="Fonte: Kaare Lund Rasmussen/SDU/Divulgação" /></a><figcaption>Fragmentos do fêmur que se pensava serem do santo (Fonte: Kaare Lund Rasmussen/SDU/Divulgação)</figcaption></figure>



<h2>O início do Cristianismo no Império Romano</h2>



Os primeiros séculos do Cristianismo foram muito <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/96966-6-torturas-horriveis-infligidas-aos-primeiros-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">duros para a minoria cristã</a>, especialmente para um apóstolo considerado por estudiosos como irmão do próprio Jesus Cristo. A situação mudou a partir do ano 380, quando o Imperador Teodósio declarou o Cristianismo como religião oficial, e determinou que fossem erguidas igrejas por todo o Império Romano.



Após a construção desses templos, os restos mortais de mártires cristãos passaram a ser removidos de suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117003-as-catacumbas-dos-capuchinhos-abrigam-mais-de-8-mil-cadaveres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">catacumbas</a> (cemitérios subterrâneos coletivos) e levados como relíquias para adoração nas cidades designadas. Esta prática se aplicou aos restos mortais do jovem Tiago, cujo fêmur foi levado para a basílica no século VI d.C.



O trabalho da equipe consistiu em descontaminar o fêmur, preservado por mercúrio há centenas de anos, do qual foi extraído o colágeno que forneceu um único aminoácido que foi submetido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116060-datacao-por-radiocarbono-ganha-melhorias-importantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">datação por radiocarbono</a>, cujos isótopos revelam a última vez em que estiveram em algo vivo.



Segundo os pesquisadores, é provável que as pessoas que levaram o fêmur para a igreja no século VI tenham agido de boa fé, pois os ossos &#8220;pertenciam a um dos primeiros cristãos, apóstolo ou não&#8221;.

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Osso atribuído ao apóstolo Tiago, o Menor, não é dele, diz estudo

Imagem de Torre de Babel: algumas evidências de que o monumento existiu no Megacurioso

Alguns achados arqueológicos permitem sincronizar evidências físicas com os relatos bíblicos, situando a Torre de Babel na Antiga Mesopotâmia

Antes de falar sobre a Torre de Babel, é importante um esclarecimento sobre os mitos, pois simplesmente dizer que esse monumento é só um mito de origem constitui uma definição muito reducionista de um conceito que, por séculos, explicou um fenômeno muito caro à sociedade humana, que é a pluralidade das línguas faladas.



Os mitos de origem, assim como os cosmogônicos (que explicam o surgimento do Universo), são formas encontradas pelos povos antigos para <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/100573-5-lugares-lendarios-que-ninguem-sabe-ao-certo-se-existiram-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explicar a sua realidade</a> ou, no caso, a origem de uma tradição. Mitos não são fantasias, mas também <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/72991-9-vezes-que-o-criacionismo-bater-o-evolucionismo-para-explicar-o-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não são verdades científicas</a>.



A Torre de Babel sempre foi um tema misterioso que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes/102306-20-cenas-de-filmes-que-foram-baseadas-em-famosas-obras-de-artes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habitou o imaginário</a> tanto dos que acham que mitos são reais quanto dos cientistas, estes não no sentido de negar a existência do monumento, mas de pesquisar evidências históricas relacionadas à construção histórica, como o templo de Marduk (ou Babel) ao sul da antiga Mesopotâmia.



<h2>Seria a Torre de Babel um zigurate da Mesopotâmia?</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://apaixonadosporhistoria.com.br/img/foto/galeria_1_316925242.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/13/13101942500426.jpg" alt="Fonte: Apaixonados por História/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Apaixonados por História/Reprodução</figcaption></figure>



Os que defendem a existência factual da Torre de Babel, como o Dr. Douglas Petrovich, da Universidade de Toronto no Canadá, especulam que o monumento bíblico possa estar relacionado com o zigurate de Etemenanki. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110739-a-curiosa-construcao-babilonica-que-ja-foi-chamada-de-torre-de-babel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O zigurate</a> era um tipo de construção arquitetônica de caráter religioso, datada entre o quarto milênio a.C. e o século VII a. C.



Essas edificações apresentam algumas similaridades com as pirâmides egípcias e eram erigidas por meio de fiadas de tijolos dispostos de maneira a estruturar um conjunto de degraus, que levavam até um templo construído no topo do edifício. Um desses templos, o de Marduk, foi reconstruído pelo rei Nabucodonosor II e pelo seu pai Nabopolassar, no século VII a. C., na Babilônia.



Em entrevista à Smithsonian Magazine, o professor da Universidade de Londres Andrew George fala de um estudo realizado em 2017, sobre uma pedra encontrada na antiga Babilônia (hoje Iraque) há mais de 100 anos e que, teoricamente, poderia comprovar a existência da Torre de Babel.



No referido objeto, há o desenho de uma torre com degraus e, ao lado, uma pessoa usando um chapéu em forma de cone segurando uma lança. Abaixo há uma inscrição que, segundo George, diz: &#8220;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110000-o-zigurate-de-chogha-zanbil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zigurate</a>&#8220;. &nbsp;Datada do século VI a.C., a pedra revela detalhes da construção da estrutura, situando-a no reinado do imperador Nabucodonosor II.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://s2.glbimg.com/HDcSANWejBbtJ-sfPgzTPOsKhfA=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2017/06/28/123.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/13/13105937040428.png" alt="Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução</figcaption></figure>



<h2>O que diz a Bíblia?</h2>



Muitos detalhes escritos na rocha confirmam os relatos bíblicos. O Antigo Testamento afirma, em Gênesis 10, que depois do Dilúvio, diferentes grupos de pessoas se dispersaram pelo mundo, com origem nas três linhagens dos filhos de Noé, ou seja, foram divididos em línguas, clãs e nações.



Mais adiante, no entanto, Moisés explica em uma Tabela das Nações que: &#8220;agora, toda <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/51317-e-se-todo-mundo-falasse-o-mesmo-idioma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a terra tinha uma língua</a> e as mesmas palavras. E como as pessoas migraram do leste, eles encontraram uma planície na terra de Shinar e se estabeleceram lá&#8221;. (Gênesis 10: 32-11: 2).&nbsp;



Analisando essas passagens bíblicas, Petrovich observa que a palavra &#8220;Shinar&#8221; é o equivalente hebraico do termo acadiano &#8220;Shumer&#8221;, que os historiadores atuais chamam de &#8220;Suméria&#8221;. Nessa passagem, após falar da dispersão, Moisés retorna na história para explicar como as diferentes línguas se formaram, um estilo narrativo característico dos textos hebraicos.



<h2>A dispersão e as linguagens</h2>



Doug Petrovich afirma, com base em Gênesis 10, que após o evento diluviano, diversos agrupamentos humanos começaram a se espalhar gradualmente pela face da terra. Essas pessoas viviam em pequenos comunidades, com baixo desenvolvimento tecnológico, o que é visível nos registros arqueológicos existentes. &nbsp;



Gênesis 11, porém, revela um evento tecnológico para o arqueólogo, quando um grupo de pessoas muda-se para as planícies de Shinar e começa a construir a primeira grande metrópole. Conforme o relato de Moisés, esse é um povo orgulhoso, capaz de organizar uma comunidade urbana cujo potencial tecnológico permitiria construir um edifício com “seu topo nos céus”, em uma clara afronta a Deus.



Como consequência desse orgulho, Deus os pune confundindo suas linguagens e os dispersando pela terra. Novamente, o registro arqueológico revela que esses habitantes, em determinado momento, passaram &nbsp;a construir novas comunidades em regiões menos desenvolvidas, invadiram outras já existentes ou mudaram-se para cidades maiores onde passaram a viver em áreas separadas (bairros?).



O trabalho de tentar sincronizar os achados arqueológicos com os relatos bíblicos é um campo ainda pouco explorado, com carência de pesquisadores dispostos a encarar a tarefa com um espírito verdadeiramente científico. Além disso, há vários desafios a conciliar, como os diferentes métodos de datação, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117287-sutton-hoo-sitio-arqueologico-que-revelou-mais-sobre-a-inglaterra-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novas ferramentas de pesquisa</a> arqueológica, diferentes tradições cronológicas e traduções bíblicas distintas.

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Torre de Babel: algumas evidências de que o monumento existiu

Imagem de Estatuetas de deuses gregos são encontradas na Turquia no Megacurioso

As dezenas de estátuas de terracota na Turquia foram datadas de 2 mil anos e representam deuses, pessoas e animais da civilização grega

Arqueólogos da Universidade de Akdeniz, na Turquia, descobriram dezenas de estátuas de terracota representando deuses gregos e humanos na cidade de Demre, em Antália. Segundo os pesquisadores, as imagens datam de 2 mil anos e contam um pouco mais sobre as inúmeras lendas e mitos existentes na antiga região de Mira, considerada &#8220;um dos mais importantes assentamentos ancestrais da Lícia&#8221;.



As estatuetas foram encontradas bem conservadas, com algumas contendo inscrições, cores e pinturas perceptíveis, e estavam soterradas sob uma grossa camada de limo. Junto às figuras de deuses, como Artemis, <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/209143-astros-xena-hercules-discutem-internet-invasao-capitolio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hércules</a>, Afrodite, Leto e Apolo, estavam imagens de humanos, com cabeças de mulheres, crianças e de um cavaleiro, que se misturavam entre uma variedade de objetos de cerâmica, bronze, chumbo e prata.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.academia.edu/29043747/Andriake_The_Port_of_Myra_in_Late_Antiquity"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/09/09093053592039.jpg" alt="(Fonte: Nevzat Çevik - Myra Andriake Excavations Archive / Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Nevzat Çevik &#8211; Myra Andriake Excavations Archive / Reprodução)</figcaption></figure>



&#8220;As numerosas figuras de terracota foram uma surpresa. É como se os habitantes da antiga Mira ressuscitassem através de um &#8216;túnel do tempo'&#8221;, afirmou Nevzat Cevik, arqueólogo que liderou as escavações. O estudioso também acredita que o achado &#8220;nos dá ricas pistas sobre o que existia na misteriosa Mira sob uma espessa camada de lodo nos séculos I e II a.C.&#8221;.



<blockquote class="wp-block-quote twitter-tweet">Greek gods and ancient mortals &#8216;resurrected&#8217; in terracotta figurines discovered in Turkey <a href="https://t.co/7mw7g4QmpH">https://t.co/7mw7g4QmpH</a> <a href="https://t.co/D6nyWSSfCd">pic.twitter.com/D6nyWSSfCd</a>— Live Science (@LiveScience) <a href="https://twitter.com/LiveScience/status/1357384561143943168?ref_src=twsrc%5Etfw">February 4, 2021</a></blockquote>



Segundo a equipe, as buscas giraram em torno de antigas histórias sobre o teatro helenístico, local de obsessão por parte dos pesquisadores. A estrutura, que remonta do período de Alexandre, o Grande, vinha sendo escavada desde outubro de 2020, e acabou dando mais respostas do que era esperado.



<h2>Teorias sobre a chegada das estatuetas</h2>



Pesquisas indicam que o teatro helenístico, localizado em um dos maiores portos do antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115847-tubarao-sem-pele-e-sem-dentes-sobrevive-no-mar-mediterraneo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mar Mediterrâneo</a>, era adornado com estátuas e bustos das pessoas de maior importância para a cidade de Mira, destacando-se em meio aos deuses gregos. Apesar de ser algo comum na região, a presença das estatuetas de terracota aponta para outra atividade local, sugerindo a chegada de grupos estrangeiros.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.academia.edu/29043747/Andriake_The_Port_of_Myra_in_Late_Antiquity"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/09/09093121686040.jpg" alt="(Fonte: Nevzat Çevik - Myra Andriake Excavations Archive / Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Nevzat Çevik &#8211; Myra Andriake Excavations Archive / Reprodução)</figcaption></figure>



Fazendo referência à expressão &#8220;convivência coletiva&#8221;, Nevzat Cevik esclareceu que a natureza dos artefatos não tem origem na região, sendo oriundos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117381-2-cultos-ancestrais-que-marcaram-a-idade-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">povos cultistas</a> e adoradores que os trouxeram para a área. Dessa forma, a continuidade nas pesquisas e escavações deve trazer mais conclusões sobre o período helenístico de Mira e a participação do povo na descoberta.

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Estatuetas de deuses gregos são encontradas na Turquia

Imagem de Identificações de crianças são achadas em campo de extermínio polonês no Megacurioso

Etiquetas de identificação de metal eram feitas pelos pais das crianças para que elas pudessem voltar para as suas casas no fim da guerra

Recentemente uma equipe de arqueólogos que trabalhava no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/69517-conheca-12-dos-mais-crueis-homens-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de extermínio de Sobibor</a>, na Polônia, descobriu as etiquetas de identificação de quatro crianças <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110443-saiba-como-os-nazistas-tentaram-esconder-seus-crimes-em-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinadas pelos nazistas</a>, indicando que jovens de tenra idade eram enviados ao terrível crematório onde cerca de 250 mil judeus foram executados. &nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-9189127/ID-tags-children-aged-6-12-murdered-discovered-Sobibor-Nazi-death-camp.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/06/06000610639000.jpg" alt="Fonte: Piotr Bakun/Reprodução" /></a><figcaption>Vista áerea da área de extermínio de Sobibor (Fonte: Piotr Bakun/Reprodução)</figcaption></figure>



Embora de tipos diferentes, as etiquetas de metal traziam gravados os nomes, datas de nascimento e cidade natal das crianças que tinham entre cinco e 12 anos de idade. Os pesquisadores acreditam que as identificações tenham sido uma iniciativa dos pais, esperando que as informações pudessem ajudar seus filhos a retornar para casa no fim da guerra.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i.dailymail.co.uk/1s/2021/01/26/23/38518118-9189127-image-a-11_1611702783882.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/06/06001003595002.jpg" alt="Fonte: Yoram Haimi/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Yoram Haimi/Reprodução</figcaption></figure>



<h2>As etiquetas das crianças de Sobibor</h2>



O campo de Sobibor se conectava a uma linha férrea que trazia judeus de toda a Europa. Perto da estação ferroviária, uma equipe de arqueólogos judeus liderados por Yoram Haimi, da Autoridade de Antiguidades de Israel, localizou a primeira etiqueta: era de Lea Judith De La Penha, de 6 anos, morta em 1943.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i.dailymail.co.uk/1s/2021/01/26/23/38518120-9189127-Zak_s_tag_was_found_in_the_crematorium_which_suggests_his_body_w-a-1_1611705254678.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/06/06002512123003.jpg" alt="Fonte: Yoram Haimi/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Yoram Haimi/Reprodução</figcaption></figure>



A pesquisa continuou e, entre 2012 e 2014, mais três etiquetas foram localizadas na chamada “área de matança”, que compreendia a câmara de gás, o crematório e uma vala comum. As identificações pertenciam a Deddie Zak de 8 anos, Annie Kapper de 12 anos e David Juda Van der Velde de 11 anos, também assassinados pelos nazistas em 1943.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i.dailymail.co.uk/1s/2021/01/26/23/38518142-9189127-image-a-10_1611702602686.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/06/06002702294004.jpg" alt="Fonte: Yoram Haimi/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Yoram Haimi/Reprodução</figcaption></figure>



Durante os anos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107066-para-nunca-ser-esquecido-artista-restaura-e-coloriza-fotos-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>, os comandados de Hitler assassinaram 6 milhões de judeus, além de pessoas com deficiência, ciganos, poloneses e outros povos eslavos. Para Haimi, &#8220;cada pequeno artefato que temos traz uma história. É a história da comunidade de onde eles vieram para Sobibor&#8221;, onde os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109968-noite-dos-cristais-ataque-nazista-judeus-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">judeus poloneses eram mortos.</a>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i.dailymail.co.uk/1s/2021/01/26/23/38518122-9189127-image-a-13_1611702802406.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/06/06002843293005.jpg" alt="Fonte: Yoram Haimi/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Yoram Haimi/Reprodução</figcaption></figure>



Conforme o Museu Memorial do Holocausto dos EUA, em 14 de outubro de 1943, houve um levante em Sobibor: cerca de 300 prisioneiros escaparam da área de matança e tentaram fugir. A maioria deles morreu ou foi recapturada, mas 50 conseguiram escapar. Após a revolta, os oficiais e guardas assassinaram os prisioneiros restantes, e fecharam o campo para sempre em novembro de 1943.

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