Imagem de Navio viking é escavado na Noruega e traz pistas do passado no megacurioso

É a primeira escavação viking desse tipo nos últimos 100 anos


<p>Uma equipe de arqueólogos pretende concluir ainda neste mês a escavação de um navio viking em Gjellestad (Noruega). A embarcação tem 19 metros de comprimento, 5 metros de largura e foi encontrada graças ao uso de um radar de penetração do solo (GPR) perto de Jell Mound, um dos maiores montes funerários da Idade do Ferro em toda a Escandinávia.</p>



<p>Como era de se esperar, a maior parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116059-destrocos-de-navio-nazista-sao-encontrados-na-noruega.htm">navio</a> apodreceu ao longo dos séculos; porém, detalhes como o design dos pregos e o que sobrou da quilha favorecem a construção de uma réplica no futuro. A estimativa dos estudiosos é de que ele seja do período <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112670-pesquisadores-recriam-rosto-de-guerreira-viking.htm">viking</a> pré-cristão (anos 750-850). </p>



<p>“Ainda não sabemos se ele era a remo ou a vela. Outros, como o Gokstad e o Tune, combinavam remo e vela”, relatou o arqueólogo Knut Paasche, do Instituto Norueguês para Pesquisa do Patrimônio Cultural. Segundo o pesquisador, o estudo da quilha também será essencial: “a quilha parece muito diferente das outras, o que é realmente empolgante”.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Georadar detects a Viking ship in Norway" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/43XzV5LOliw?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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<h2>O poder viking</h2>



<p>Barcos e navios imponentes eram símbolos de poder entre os vikings, tanto na vida quanto após a morte. Sendo assim, era comum que membros da nobreza fossem enterrados com objetos nas embarcações, na maior expressão possível de status e riqueza.</p>



<p>De acordo com o especialista Christian Rodsrud, líder da escavação, o enterro no navio pode ter sido para um rei, uma rainha ou outro nobre. “Tenho certeza que essa sociedade tinha contatos distantes, e a pessoa enterrada deve ter viajado bastante.” </p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.bbc.com/news/world-europe-55145985"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09105154387047.jpg" alt="(Fonte: M. Havgar/KHM/Reprodução)" /></a><figcaption>As escavações começaram em junho deste ano. (Fonte: M. Havgar/KHM/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Outro fato que corrobora essa constatação é que a sepultura apresenta indícios de ter sido saqueada, talvez por rivais da família nobre, como um ato político. Essa é a aposta descrita em um <a href="https://www.cambridge.org/core/journals/antiquity/article/gjellestad-a-newly-discovered-central-place-in-southeast-norway/85418467F08E1679592BD0FC569F35C2">artigo</a> publicado recentemente no periódico <em>Antiquity</em>. </p>



<p>Ainda não foram encontrados ossos humanos com o navio escavado em Gjellestad, mas os arqueólogos identificaram os ossos de um animal grande — provavelmente um cavalo ou um búfalo. Já os objetos devem ter sido removidos pelos saqueadores.</p>


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Navio viking é escavado na Noruega e traz pistas do passado

Imagem de Máquina Enigma nazista é descoberta no fundo do mar Báltico no megacurioso

Raro dispositivo de criptografia foi utilizado como instrumento de mensagens secretas para os antigos soldados nazistas


<p>Mergulhadores encontraram nas proximidades da Baía Gelting, na Alemanha, restos de um artefato <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116850-como-um-dono-de-motel-na-espanha-ajudou-a-derrotar-o-nazismo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nazista</a> utilizado na Segunda Guerra Mundial, fabricado para esconder mensagens criptografas de nações rivais ou espiões. </p>



<p>A descoberta da máquina Enigma foi feita durante um mergulho de inspeção em nome da Rede WWF, onde pesquisadores foram enviados às profundezas do mar Báltico para limpar redes de pesca descartadas e outros detritos com potencial prejudicial para a vida marinha. Aparentemente, o equipamento foi arremessado no oceano intencionalmente antes de um navio nazista ser capturado por inimigos.</p>



<p>“O WWF tem trabalhado por muitos anos para livrar o mar Báltico de perigosas redes fantasmas”, disse Gabriele Dederer, da WWF. “Nós regularmente encontramos objetos maiores nos quais as redes se enredam debaixo d’água. Os chamados ‘ganchos’ são geralmente troncos de árvores ou pedras. A Enigma é de longe o achado histórico mais emocionante”.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08084004974002.jpg" alt="(Fonte: Submaris / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Submaris / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A equipe de mergulhadores conseguiu detectar a relíquia com a ajuda da empresa Submaris, que doou uma tecnologia sonar capaz de identificar objetos presos a redes. O arqueólogo subaquático Florian Huber também reforçou a história da estratégia proposital dos alemães em se livrar de itens comprometedores, lembrando de um evento que ocorreu em 1945, onde quase 50 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113718-marinha-dos-eua-esta-criando-submarino-autonomo-capaz-de-matar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">submarinos</a> nazistas foram destruídos pelos tripulantes para limpar os arquivos armazenados, caso fossem capturados.</p>



<p>“Como arqueólogo subaquático, já fiz muitos achados emocionantes e estranhos”, disse Florian. “No entanto, eu não sonhei que encontraríamos uma vez uma máquina Enigma. Foi um dia cinzento de novembro que não esquecerei tão cedo.”</p>



<p>O artefato submerso foi entregue ao Museu de Arqueologia de Schleswig para restauração e preservação.</p>



<h2>A máquina Enigma</h2>



<p>Projetada pelo engenheiro Arthur Scherbius após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116994-febre-das-trincheiras-doenca-da-1a-guerra-reaparece-no-canada.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Primeira Guerra Mundial</a>, a máquina Enigma foi disponibilizada apenas como item comercial, mas seus recursos de última tecnologia atraíram diversas nações na época, que encontraram potencial no dispositivo para conceber seus planos de comunicação e segredos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/08/08083928630001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O artefato foi amplamente utilizado pelos soldados alemães durante a Segunda Guerra, sendo essencial para esconder planos de ataque e estratégias de posicionamento no campo de batalha dentro e fora do país. Além disso, sua portabilidade permitia que fosse facilmente transportada, dificultando ainda mais a captura das informações sigilosas.</p>


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Máquina Enigma nazista é descoberta no fundo do mar Báltico

Imagem de Romanos pagavam subornos a imperador para serem deixados em paz no megacurioso

Pilhas de pratas chegaram a ser pagas para imperador romano como prova da fidelidade dos súditos


<p>Linguistas da Universidade de Sofia, na Bulgária, traduziram os textos de uma antiga inscrição grega datada do século II d.C. em que o imperador Lúcio Sétimo Severo agradece seus servos por uma contribuição financeira paga em pilhas de prata.</p>



<p>No final do século II d.C., o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/116824-qual-foi-o-maior-imperio-de-todos-os-tempos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Império</a> Romano passava por uma época turbulenta, com a morte do imperador Pertinax e a venda do trono ao influente senador Dídio Juliano. A forte oposição resultou em uma incursão do povo e do exército contra o atual líder de Nicopolis ad Istrum (antiga Bulgária), causando a queda de Juliano e a consequente tomada do poder de Severo, que recebeu cerca de 700 mil moedas de prata como prova da fidelidade dos súditos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/03/03093016306037.jpg" alt="(Fonte: Kalin Chakarov / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Kalin Chakarov / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Foi então que Lúcio, como forma de mostrar gratidão, decidiu emitir uma carta ao público agradecendo pela “contribuição em dinheiro” que havia recebido, segundo tradução de Nicolay Sharankov, professor assistente no Departamento de Filologia Clássica da Universidade de Sofia. Posteriormente, o pronunciamento foi gravado em um artefato de pedra que eternizaria a memória do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116921-5-imperadores-romanos-que-tiveram-fins-terriveis.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">imperador</a>.</p>



<p>O projeto de restauração do texto utilizou como base uma tradução anterior feita em inglês por James H. Oliver. No processo, Sharankov atualizou a versão para o búlgaro, contando com a ajuda de Kalin Chakarov, arqueólogo do Museu Regional de História em Veliko Tarnovo, Bulgária, que ficou responsável por coordenar a reparação do monumento.</p>



<h2>Súditos pagam por misericórdia</h2>



<p>No ano de 192 d.C., a metrópole de Nicopolis ad Istrum enfrentou dias tensos, contando com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116927-2-historias-de-mortes-tragicas-que-abalaram-hollywood.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">morte</a> de dois líderes e dando início a uma curta era conhecida como “o ano dos cinco imperadores”. De acordo com historiadores, a deposição de Juliano abriu portas para que um grupo de cinco candidatos disputassem a vaga de supremacia, incluindo Lúcio Sétimo Severo, que logo viria a se tornar o primeiro cidadão provinciano, sem antecedentes romanos, a alcançar o trono.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/03/03093201915038.jpg" alt="(Fonte: Kalin Chakarov / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Kalin Chakarov / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O suborno a Severo veio como forma encontrada pelos apoiadores dos perdedores para se livrarem de possíveis punições. Os 700 mil denários, então, seriam um pedido de “misericórdia” e uma afirmação de “lealdade” dos eleitores. “Vocês demonstraram assim que são homens de boa vontade e lealdade e estão ansiosos para ter melhor posição em nosso julgamento sobre vocês”, escreveu o imperador, legitimando de vez seu status perante à população.</p>


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Romanos pagavam subornos a imperador para serem deixados em paz

Imagem de Golias, da história bíblica de Davi, não teria sido um gigante no megacurioso

Escritores da Bíblia podem ter comparado o suposto gigante à muralha de sua cidade-natal


<p>Para muitos historiadores, os eventos narrados na Bíblia são cheios de metáforas, e a surpreendente vitória do rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/teorias-da-conspiracao/20031-4-enigmas-e-conspiracoes-da-antiguidade.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Davi contra Golias</a> pode ter sido contada com um certo exagero ao longo dos séculos. No livro sagrado, mais especificamente em Samuel (capítulo 17, versículo 4), Golias é descrito como um homem muito grande. Porém, sua altura “real” sempre foi motivo de estudos e especulações, e uma nova pesquisa pode mudar o que se imagina sobre o assunto.</p>



<p>O professor de arqueologia Jeffrey Chadwick, da Universidade Brigham Young, em Jerusalém, acredita que a descrição de Golias como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116929-o-gigante-de-cardiff-a-maior-farsa-biblica-de-todos-os-tempos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">gigante</a> tem a ver com uma metáfora em relação à muralha que protegia a cidade de Gate. “Não estamos tentando fazer uma declaração sobre a veracidade da história”, explica Chadwick. “A questão é métrica”, conclui o arqueólogo.</p>



<p>Acontece que em algumas escrituras Golias é descrito com a altura de 6 côvados e 1 palmo,  equivalente entre 2,92 metros e 3,96 metros, dependendo da equivalência usada para converter a antiga unidade de medida côvado, que pode ser de 45 a 66 centímetros – já o palmo seria metade de 1 côvado.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/03/03220459238356.jpg" alt="Restos da antiga cidade de Gate, onde teria vivido Golias" /><figcaption>Restos da antiga cidade de Gate, onde teria vivido Golias</figcaption></figure>



<p>Em outros textos, o tal gigante teria “apenas” 4 côvados e 1 palmo, ou seja, ele teria algo entre 2,02 metros e 2,97 metros! Qualquer uma dessas alturas é bastante impressionante, principalmente pelo fato de o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107542-a-tragica-historia-de-robert-wadlow-o-homem-mais-alto-de-todos-os-tempos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">homem mais alto de todos os tempos</a> e que se tem documentação até hoje é Robert Wadlow, que entrou para o Guinness Book com 2,72 metros.</p>



<p>Chadwick se debruçou a determinar o tamanho real do côvado e do palmo. Através de análises de diversos sítios arqueológicos de Israel, ele buscou padrões de medidas para chegar a um valor. Assim, ele conclui que na região da antiga cidade de Gate, 1 côvado corresponderia a 54 centímetros, enquanto 1 palmo seria igual a 22 centímetros. Dessa maneira, o gigante teria algo entre 2,38 metros e 3,46 metros.</p>



<p>Além disso, a equipe de arqueologia de Chadwick escavou uma parte da antiga muralha na região norte de Gate e determinou que as fundações da parede de pedra tinham exatamente 2,38 metros, justamente a descrição de 4 côvados e 1 palmo. E isso era observado em todos os 40 metros de extensão da muralha que já foram escavados. A parede em si da fortificação teria 7 metros de altura e foi construída no século 10 a.C.</p>



<p>“A altura de mais ninguém é registrada como uma métrica única na Bíblia”, analisa Chadwick. Para ele, entretanto, os autores da Bíblia nunca tiveram acesso ao corpo de Golias, criando uma metáfora sobre sua foça e robustez através de uma comparação com a muralha fortificada da cidade.  </p>


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Golias, da história bíblica de Davi, não teria sido um gigante

Imagem de O gigante de Cardiff: a maior farsa bíblica de todos os tempos no megacurioso

Até onde você iria para provar que está certo?


<p>Embora tudo tenha começado com uma discussão, o que prevaleceu foi a vontade de um provar para o outro quem estava certo. Era 1867 quando George Hull, dono de uma tabacaria em Nova York, viajou até Ackley, em Iowa (EUA), para tratar de alguns negócios para sua loja.</p>



<p>Muito cético e ateu, ele cruzou com o pregador metodista Reverendo Turk. E foi durante uma conversa que eles se desentenderam com relação à passagem bíblica de Gênesis 6:4: “Havia gigantes na Terra naqueles dias”. Hull disse que não passava de bobagem e que não deveria ser interpretado literalmente, mas Turk argumentou que tudo na Bíblia deveria ser levado de maneira literal.</p>



<p>Contrariado, Hull voltou para o hotel em que estava hospedado e continuou refletindo sobre o motivo de as pessoas acreditarem em histórias fantasiosas da Bíblia. Ele teve a “brilhante” ideia de criar um falso gigante para tentar provar sua teoria de que as pessoas estão inclinadas a acreditar em qualquer coisa pela fé. Além disso, poderia ganhar muito dinheiro com o “pensamento de rebanho” dos fiéis.</p>



<h2>O homem de pedra</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18182725244004.jpg" alt="(Fonte: Bible Study Tools/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Bible Study Tools/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Para que pudesse dar forma a seu homem petrificado, Hull viajou no auge do verão para Fort Doge, em Iowa, e contratou alguns garimpeiros para extrair um bloco de gesso de 3 metros de altura que pesava 5 toneladas, alegando que seria para um monumento em homenagem a Abraham Lincoln em sua cidade natal.</p>



<p>De lá, embarcou com a peça em um trem e fez uma viagem de mais de 64 quilômetros. Hull entrou em contato com Edward Burghardt, um cortador de pedras alemão, e pediu para que ele esculpisse a pedra no formato de um homem. O negociante só aceitou guardar segredo porque Hull ofereceu uma parte de seus lucros futuros com a farsa.</p>



<p>Ele posou como modelo para que Burghardt e outros dois escultores dessem vida ao futuro “achado antropológico e bíblico dos séculos”. Hull gastou mais de US$ 3 mil dólares no empreendimento que levou 2 anos para ficar pronto, uma vez que ele queria perfeição nos detalhes.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18182911056005.gif" alt="(Fonte: Lock Haven University/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Lock Haven University/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O resultado foi um homem nu com um sorriso misterioso de “benevolência” deitado de costas com o braço direito agarrado à barriga, como se sentisse dor, uma perna meio torcida cruzada sobre a outra. Os escultores envelheceram a pedra com ácido sulfúrico e alfinetaram o corpo para replicar os poros da pele.</p>



<p>Hull pensou muito onde poderia enterrar seu gigante, chegando a percorrer vários estados. No fim das contas, decidiu sepultá-lo na fazenda de seu primo William Newell, em Cardiff, Nova York, cerca de 96 quilômetros ao norte de onde morava. O local já era famoso por ter sediado eventos de reavivamento da fé durante as reuniões do Segundo Grande Despertar, em 1790, além de ser uma área em que vários peixes e fósseis foram encontrados ao longo das décadas, principalmente depois de alegações de que Deus teria aparecido no local, segundo Joseph Smith, fundador do mormonismo. Sem que o homem soubesse, era o lugar perfeito.</p>



<p>Em novembro de 1868, Hull viajou de trem com seu gigante de Chicago até a estação de Cardiff e o levou para a fazenda na calada da noite. Ele deixou o primo a par de tudo e disse que avisaria qual seria o momento certo para que sua obra fantástica fosse “descoberta”.</p>



<h2>O gigante de Cardiff</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18183101026006.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: History/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 16 de outubro de 1869, um sábado, Hull avisou ao primo que era a hora, por isso Newell contratou Gideon Emmons e Henry Nichols para cavarem um poço perto do celeiro de sua propriedade, onde a alguns palmos a estátua estava enterrada. Quando encontrou o gigante, um dos homens gritou, achando que se tratava do cadáver de um indígena. Não demorou para que a notícia se espalhasse pela pequena cidade, com homens e mulheres abandonando o trabalho e correndo para o local. </p>



<p>A princípio, muitos acharam que poderia ser um homem petrificado pelas águas do pântano próximo. John F. Boyton, geologista e professor de Ciências, foi para a fazenda e fez os primeiros exames, declarando que o gigante não era um homem, mas sim uma estátua provavelmente esculpida por jesuítas franceses no século XVI ou XVII para impressionar os nativos americanos. Um pastor de Syracuse afirmou que o gigante era a prova da passagem bíblica em Gênesis 8:4, o que só aumentou o frenesi popular.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18183239698007.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 18 de outubro, segunda-feira, após içar a estátua e colocá-la em uma cama de madeira no meio do terreno sob uma tenda, Newell já havia declarado o gigante uma importante descoberta histórica, por isso montou um sistema de visitas em que todos podiam ver o homem por 25 centavos durante 15 minutos. À medida que a procura aumentou, ele ajustou o valor para 50 centavos. No dia, mais de 500 pessoas pagaram para ver a grande farsa de pedra; no fim da semana, mais de 3 mil pessoas já tinham ido até a fazenda.</p>



<p>O esquema gerenciado por Hull ganhou reconhecimento nacional quando o <em>New-York Tribune</em> publicou uma matéria de primeira página sobre o achado. A notícia foi uma das principais no país, com a manchete “O Gigante de Cardiff”, exaltando que se tratava de algo bíblico e histórico.</p>



<h2>A grande farsa</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18183353511008.jpg" alt="(Fonte: Messenger news/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Messenger News/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Determinado a lucrar o máximo que podia com a peça antes que tudo fosse descoberto com o aumento da popularidade e de exames de especialistas, Hull fechou um acordo de US$ 30 mil com empresários em 23 de outubro de 1869. Eles transferiram o gigante de Cardiff para Syracuse, em Nova York, onde sua chegada fez o comércio e as companhias ferroviárias prosperarem ainda mais com a quantidade de turistas.</p>



<p>Othniel C. Marsh, um renomado paleontólogo de Yale, examinou a estátua e declarou em um jornal que ela era feita de gesso solúvel e que, se tivesse sido enterrada em seu manto de terra úmida por séculos, não teria marcas frescas de ferramentas. No entanto, muitos teólogos, pregadores e fiéis se recusaram a acreditar e defenderam a autenticidade da peça.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18183527137009.jpg" alt="(Fonte: David Castleton/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: David Castleton/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Mesmo com o título de “uma decidida farsa” sendo replicado por todo o país, a popularidade do Gigante de Cardiff não caiu; muito pelo contrário. O empresário PT Barnum ofereceu US$ 50 mil pela peça, mas David Hannun, um dos empresários detentores do patrimônio, recusou a oferta. Assim, Barnum confeccionou uma réplica da estátua e a colocou em exibição em seu museu em Manhattan.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/18/18183729403011.png" alt="(Fonte: The Farmers Museum/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Farmers Museum/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A partir disso, vários “gigantes de Cardiff” começaram a surgir por todo o país como se fossem uma nova moda. Em 1901, a peça original foi exibida na Exposição Pan-Americana, evento no qual <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115196-annie-taylor-desceu-as-cataratas-do-niagara-em-um-barril.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Annie Taylor</a> anunciou que desceria as Cataratas do Niágara em um barril. </p>



<p>Desde 1947, a peça está em exposição no Farmers Museum, em Cooperstown, Nova York, e por muitas décadas foi inspiração e motivo de fé para milhares de pessoas, apesar de ser apenas pura invenção.</p>


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O gigante de Cardiff: a maior farsa bíblica de todos os tempos

Imagem de Descobertas milhares de pinturas rupestres na Amazônia colombiana no megacurioso

Segundo arqueólogos, são dezenas de milhares de desenhos, estendendo-se por 13 quilômetros de penhascos mata adentro


<p>Mastodontes, palaeolamas, preguiças gigantes e cavalos selvagens há muito extintos foram representados em gigantescos paredões de rocha pelos primeiros humanos a alcançar a Amazônia e vistos 12 mil anos depois por pesquisadores alcançaram a área hoje dominada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs).</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.google.com/maps/place/Serrania+de+La+Lindosa"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01113106413086.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Google Maps/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Composta por arqueólogos britânicos e colombianos, a expedição encontrou os murais, que contam com milhares de pinturas de animais, humanos e figuras geométricas, gravados em penhascos que se estendem por 13 quilômetros cortando a floresta na região montanhosa da Serranía de la Lindosa (conhecida por sua arte rupestre).</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.theguardian.com/science/2020/nov/29/sistine-chapel-of-the-ancients-rock-art-discovered-in-remote-amazon-forest"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01113245851087.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: The Guardian/Ella Al-Shamahi/Reprodução</figcaption></figure>



<p>A região é dominada pela FARCs e só pôde ser alcançada depois de quatro horas de caminhada por trilhas abertas através da floresta amazônica (a expedição partiu de San José del Guaviare, a 275 quilômetros de Bogotá). Segundo uma das integrantes do grupo, a arqueóloga Ella Al-Shamahi, “o local é tão novo que nem um nome tem ainda”.</p>



<h2>Animais extintos</h2>



<p>A estimativa da idade das pinturas rupestres se baseou nos animais representados, todos extintos há pelo menos 12 mil anos. O líder da expedição, o arqueólogo da Universidade de Exeter José Iriarte, disse ao jornal <em>The Guardian</em> que “são dezenas de milhares de pinturas; será preciso o trabalho de gerações para estudá-los. A cada volta que damos, nos deparamos com mais gravuras. Algumas estão tão alto que somente podem ser alcançadas por drones”.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.theguardian.com/science/2020/nov/29/sistine-chapel-of-the-ancients-rock-art-discovered-in-remote-amazon-forest"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01113339024091.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Wild Blue Media/Marie-Claire Thomas/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Segundo ele, “as representações são tão naturais e perfeitas que restam poucas dúvidas sobre o que está ali. Podemos distinguir os pelos das crinas nos desenhos de cavalos da era do gelo. Há ainda peixes, tartarugas, lagartos, pássaros, pessoas dançando e de mãos dadas – uma figura usa a máscara de um pássaro com bico. É fascinante”.</p>



<p>A descoberta se deu, na verdade, em 2019, mas está sendo divulgada agora por conta da série de documentários <em>Jungle Mystery: Lost Kingdoms of the Amazon</em>, que vai ao ar este mês na TV britânica.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207591-descobertas-milhares-pinturas-rupestres-amazonia-colombiana.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207591-descobertas-milhares-pinturas-rupestres-amazonia-colombiana.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Descobertas milhares de pinturas rupestres na Amazônia colombiana</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Descobertas milhares de pinturas rupestres na Amazônia colombiana

Imagem de Pintura rupestre com cerca de 400 anos representa flor alucinógena no megacurioso

Tribo ameríndia se reunia em caverna para consumo da planta alucinógena, acreditam pesquisadores


<p>No teto da Caverna Pinwheel, localizada no sul da Califórnia, Estados Unidos, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=pintura+rupestre#gsc.tab=0&gsc.q=pintura%20rupestre&gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">pintura rupestre</a> que lembra um cata-vento é, na verdade, a representação de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/55556-10-plantas-que-voce-pode-ter-no-jardim-sem-saber-que-sao-letais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">flor alucinógena</a>, aponta um novo estudo liderado pela Universidade de Central Lancashire, na Inglaterra.</p>



<p>Presos ao teto, pesquisadores encontraram caroços fibrosos mastigados com cerca de 400 anos contendo escopolamina e atropina, substâncias altamente psicoativas que estão presentes na <em>Datura wrightii</em>, planta representada na pintura. A caverna tem ainda o desenho de uma mariposa, provavelmente da espécie mariposa-falcão. Esses insetos são conhecidos por ingerirem o néctar entorpecente da flor, auxiliando na sua polinização. </p>



<p>Acredita-se que a caverna era utilizada pelo povo ameríndio Chumash entre os anos de 1600 e 1800, que utilizava a planta para fins medicinais e cerimoniais. Os pesquisadores sugerem que a tribo se reunia dentro da caverna após ingerir a Datura. De acordo com o artigo, esta descoberta é a primeira evidência clara da ingestão de alucinógenos em um local de arte rupestre.</p>



<p>Historiadores creem que a planta era usada com a finalidade de obter poderes sobrenaturais para adulterar ou neutralizar eventos negativos, ver o futuro ou mesmo encontrar objetos perdidos. Foi documentado também que os Chumash preparavam chá com a flor para cerimônias ritualísticas de amadurecimento para os meninos. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27164931771026.jpg" alt="Pintura da planta ritualística no teto da Caverna Pinwheel." /><figcaption>Representação da planta ritualística no teto da Caverna Pinwheel. (Fonte:  David Wayne Robinson/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>David Robinson, líder da pesquisa arqueológica, acredita que os artistas responsáveis pelas pinturas estavam sóbrios quando as produziram, já que seria um verdadeiro desafio fazer isso após a ingestão de escopolamina e atropina. “É extremamente improvável por causa dos efeitos debilitantes da Datura”, explicou ele.</p>



<p>Para Robinson, as ilustrações do teto podem ter sido feitas para criar um cenário, desempenhando um papel similar ao de obras de arte religiosas encontradas nas igrejas modernas. Olhar para as ilustrações pode ter permitido que os participantes do ritual se concentrassem à medida que as drogas se instalavam em seus corpos, em uma verdadeira experiência compartilhada. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27165419447029.jpg" alt="A Datura desabrocha apenas ao anoitecer, e ao amanhecer é polonizada pela mariposa-falcão." /><figcaption>A Datura desabrocha apenas ao anoitecer, e ao amanhecer é polonizada pela mariposa-falcão. (Fonte: Dlarsen/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O desenho que ilustra a Datura tem cerca de 10 por 18 centímetros e foi descoberto em 1999 por trabalhadores que entraram na caverna. Robinson acredita também que a pintura pode ter sido feita como homenagem à planta sagrada. “Eles estão venerando a planta, dizendo: ‘Isso é legal!”.</p>



<p>O local não era apenas um espaço ritualístico, no entanto. Arqueólogos também descobriram um “endireitador” de haste de flecha e pontas de projéteis na caverna, sugerindo que ela também era usada para preparar caças. Além disso, também foram encontrados restos de animais e sementes, indicando que os Chumash também utilizavam o local para armazenamento e preparação de alimentos. </p>


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Pintura rupestre com cerca de 400 anos representa flor alucinógena

Imagem de 6 casos impressionantes de mumificação natural no megacurioso

Apesar da mumificação natural estar ligada a vários fatores, ambientes extremos são os maiores responsáveis pela preservação dos corpos


<p>O processo de mumificação é mais famoso pelo uso no Egito Antigo, mas além de ser algo bastante difundido entre outras civilizações, em alguns casos ele pode ocorrer sem a interferência humana. Contando com a ação de condições ambientais extremas que impactam diretamente no processo de decomposição dos corpos, vestígios físicos acabam sendo mais bem preservados e os restos mortais contam mais histórias sobre suas origens durante e após a vida.</p>



<p>Conheça 6 corpos naturalmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/115329-possivel-causa-da-morte-da-mumia-que-grita-e-descoberta.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mumificados</a> que impressionaram os estudiosos:</p>



<h2>1. As múmias de Llullaillaco</h2>



<p>Três crianças, vítimas de sacrifícios humanos, foram encontradas bem preservadas no no topo do vulcão Llullaillaco, na Argentina. Segundo os pesquisadores, os corpos foram adaptados a uma dieta específica, levando-os à morte após a ingestão de uma série de itens que, na época, eram considerados alucinógenos.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://listverse.com/2020/11/17/top-10-naturally-mummified-bodies-found-across-the-world-2020/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/22/22203551887035.jpeg" alt="(Fonte: Listverse / Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Listverse / Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>2. O bebê inuíte de Qilakitsoq</h2>



<p>Com uma aparência muito semelhante a de um boneco, o bebê da tribo inuíte parece ter vindo diretamente de um filme de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/116561-3-fotos-coloridas-que-mostram-o-terror-da-escravidao-ha-160-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">terror</a>. Curiosamente, foi revelado que a criança possuía Síndrome de Down e aparentemente foi enterrada devido às más condições familiares, incapazes de mantê-lo vivo e saudável.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=0kjUKZd_Jv8
</div></figure>



<h2>3. O homem de Cashel</h2>



<p>O homem de Cashel, mumificado natualmente em uma turfa há cerca de 4 mil anos atrás, foi vítima de uma morte violenta, tendo sua coluna e um braço quebrados, além de ter recebido diversas machadadas nas costas. Supostamente, seu óbito estava envolvido com algum ritual da realeza, muito similar aos de jogos de caça a classes sociais desfavorecidas.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="World&#039;s oldest mummified bog body found in Europe" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/s1J8m2oea_g?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<h2>4. A donzela de gelo</h2>



<p>As condições extremamente gélidas do Monte Ampato, no sul do Peru, foram responsáveis por manter muito bem preservado o corpo de uma mulher inca vítima de sacrifício, que morreu com idade entre 12 a 15 anos. Sua pele, tecidos, órgãos, sangue, cabelo e conteúdo estomacal foram plenamente identificados, mesmo com a tragédia sendo datada de 1450 a 1480.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Inca Mummy: Highest Tomb on Earth Found - World Geographic Channel" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/QsKdhgYajb8?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<h2>5. Os homens de sal</h2>



<p>Encontrados em Chehrabad, no Irã, seis corpos mumificados foram encontrados enterrados em minas de sal, cada um com sua peculiaridade. Segundo análises, todos os restos datam de épocas diferentes entre os anos 550 a.C. e 651 d.C., com um deles se destacando por abrigar, em suas entranhas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116723-microdispositivo-libera-medicamento-no-intestino-gradualmente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">parasita intestinal</a> mais antigo já catalogado no Irã.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="The Iranian Salt Mummies (History Documentary)" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/twyxXYqPDkM?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<h2>6. O homem de Tollund</h2>



<p>Morto por enforcamento, o homem de Tollund foi encontrado enterrado abaixo de 60 centímetros de folhas pantanosas em Bjældskovdal, Dinamarca, em posição fetal e com um laço de couro fortemente amarrado em seu pescoço. Seu rosto incrivelmente bem preservado chamou a atenção dos historiadores, que puderam idenfiticar todos os traços da expressão facial.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Tollund Man - The Most Well-preserved Body From Pre-historic Times In The World" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/NYC8BEGbdMY?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<h2> </h2>


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6 casos impressionantes de mumificação natural

Imagem de Egito Antigo: restauração de inscrições milenares gera descobertas no megacurioso

O trabalho sendo feito no Templo de Esna traz novos olhares sobre a cultura egípcia sobretudo nos campos da Astronomia e das Artes


<p>Uma equipe de arqueólogos que estuda as inscrições do Templo de Esna desde 2018 anunciou grandes novidades: a primeira visão das verdadeiras cores das pinturas e hieróglifos do sítio arqueológico desde o período antigo e a revelação de novas informações sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/115518-as-5-historias-mais-incriveis-sobre-o-nascimento-do-egito-antigo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cultura egípcia</a>.</p>



<p>O projeto foi conduzido pelo Instituto de Estudos do Antigo Oriente da Universidade de Tübingen, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44723-proxima-parada-alemanha-prepare-se-para-conhecer-esse-majestoso-pais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Alemanha</a>, em parceria com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.</p>



<h2>O sítio arqueológico</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/19/19092132332013.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Localizado a oeste do Rio Nilo, cerca de 56 quilômetros ao sul de Luxor, o Templo de Esna é também conhecido como Templo de Khnum, nome do principal deus a quem é dedicado.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/19/19093757563015.jpg" alt="(Fonte: Ancient Origins / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: University of Tübingen, Ancient Origins / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Ele é famoso por sua arquitetura incomum para obras deste tipo, seu teto repleto de enigmas, e seus importantes hieróglifos, que são considerados o corpo de texto mais bem preservado e coerente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103575-viaje-na-historia-com-estas-15-curiosidades-aleatorias-sobre-o-antigo-egito.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Egito Antigo</a> conhecido atualmente. Estes escritos descrevem as premissas religiosas da época e dão instruções para eventos a serem realizados no local.</p>



<h2>Valiosas descobertas</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/19/19092340858014.jpg" alt="(Fonte: Ahmed Amin / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Ahmed Amin / PHYS / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Segundo o egiptólogo Christian Leitz, chefe do estudo, a equipe utilizou um método de limpeza que revelou muito do que estava apagado, e informações até então desconhecidas, como o nome dado pelos egípcios a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115805-constelacao-de-satelites-assusta-moradores-no-interior-de-sao-paulo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">constelações</a> de estrelas, vieram à tona.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/24/24143028805217.jpg" alt="(Fonte: Ahmed Amin /  PHYS / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Ahmed Amin / PHYS / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Além disso, agora há mais dados disponíveis para interpretar os enigmas nos hieróglifos. Os arqueólogos também puderam estimar o tempo necessário para que todas estas inscrições (que são bastante elaboradas) fossem produzidas: cerca de 200 anos.</p>



<h3>Revelando cores</h3>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/19/19095205699018.jpg" alt="(Fonte: Esna Project Tübingen / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Esna Project Tübingen / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Com a foto acima é possível comparar uma parte das inscrições após a impressionante restauração (à esquerda) e como elas estavam antes (à direita). Pode-se imaginar que as cores primárias usadas eram muito mais vívidas na época em que estas pinturas foram feitas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/24/24110524391076.jpg" alt="(Fonte: Ahmed Amin / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Ahmed Amin / PHYS / Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O Templo de Esna foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116303-escavacao-encontra-resquicios-de-sacrificio-humano-de-6-mil-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">escavado</a> e inicialmente estudado na primeira metade do século passado, mas suas centenas de pinturas coloridas estiveram ocultas até agora, embaixo de camadas de pó, terra e matéria orgânica.</p>


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Egito Antigo: restauração de inscrições milenares gera descobertas

Imagem de Arqueólogos descobrem possível local onde Jesus operou um milagre no megacurioso

Atualmente, a Reserva Natural Banias abriga a igreja mais antiga de Israel 


<p>Arqueólogos da Universidade de Haifa, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=israel#gsc.tab=0&gsc.q=israel&gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Israel</a>, acreditam ter descoberto o local onde Jesus curou uma mulher que estava sangrando e sofrendo por 12 anos. A igreja fica localizada em Banias, nas Colinas de Golã, região que era conhecida como Cesareia de Filipe naquela época. Os pesquisadores acreditam que ela data de pelo menos 320 d.C. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/23/23205224845410.jpg" alt="Fonte: All That Interesting/Reprodução" /><figcaption>Fonte: All That’s Interesting/Reprodução</figcaption></figure>



<p>De acordo com a Bíblia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=jesus#gsc.tab=0&gsc.q=jesus&gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Jesus</a> estava a caminho da casa de Jairo, que precisava de uma cura para sua filha doente, quando a mulher que receberia o milagre se aproximou. Quando ela tocou nas roupas do Cristo, “imediatamente seu sangramento parou e ela sentiu em seu corpo que estava livre de seu sofrimento”, como descrito nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. </p>



<p>A equipe, liderada pela professora Adi Erlich, acredita que, além de ser a igreja mais antiga do país, também foi construída para registrar o ato histórico do filho de Deus revelando-se como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=messias#gsc.tab=0&gsc.q=messias&gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Messias</a> a seu discípulo Pedro e pedindo para que ele espalhasse a religião pelo mundo. </p>



<p>A escavação também revelou uma pequena pedra parecida com um souvenir com cruzes entalhadas. A equipe acredita que a pedra foi deixada por peregrinos religiosos por volta do ano 400 no local (sugerindo que era um memorial ao milagre e não um templo ativo na época). “Assim que finalizarmos as escavações, todos são bem-vindos para vir e visitar”, disse Erlich.</p>



<h2>Antigo templo romano</h2>



<p>Os arqueólogos acreditam que esta mesma igreja tenha sido construída no topo de um santuário romano que fazia referência ao deus grego Pan, no século III. O local foi então adaptado pelos cristãos nos séculos IV e V — mais especificamente por volta de 320 d.C — para servir ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=cristianismo#gsc.tab=0&gsc.q=cristianismo&gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Cristianismo</a>. O local agora faz parte da Reserva Natural Banias, no norte da região, onde Erlich e sua equipe de arqueólogos estão reunindo descobertas importantes da História Antiga. </p>


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