Imagem de Nova espécie de réptil que conviveu com dinossauros é encontrada no megacurioso

Acredita-se que o animal seja um parente distante dos crocodilos e viveu há cerca de 230 milhões de anos

O mundo no per&iacute;odo dos dinossauros ainda &eacute; um mist&eacute;rio em muitos aspectos, principalmente com rela&ccedil;&atilde;o aos tipos de animais que viviam na Terra nesse per&iacute;odo. Entretanto, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),&nbsp;Virginia Tech e Museu de La Plata encontraram uma nova esp&eacute;cie que pode ter composto a fauna da Era Mesozoica.

O animal seria um tipo de r&eacute;ptil que foi batizado de&nbsp;Dynamosuchus collisensis, do grupo dos ornitossuqu&iacute;deos&nbsp;(Ornithosuchidae). Acredita-se que ele seria um parente distante dos crocodilos e teria vivido h&aacute; cerca de 230 milh&otilde;es de anos.

O primeiro achado dessa nova esp&eacute;cie no Brasil&nbsp;aconteceu no munic&iacute;pio de Agudo, no Rio Grande do Sul, pelo paleont&oacute;logo&nbsp;Rodrigo Temp M&uuml;ller, em 2019. Ao todo, quatro&nbsp;animais desse grupo j&aacute; foram encontrados e descritos em todo o mundo.

<figure class="image"><img alt="" src="http://www.andifes.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Imagem5-3-169x300.png" />
<figcaption>Osteodermo da esp&eacute;cie encontrada no Brasil (UFM/ Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>Como s&atilde;o os&nbsp;ornitossuqu&iacute;deos?</h2>

Esses animais s&atilde;o caracterizados por possu&iacute;rem dentes muitos grandes, al&eacute;m de um focinho avantajado, projetado &agrave; frente das mand&iacute;bulas inferiores. Ap&oacute;s pesquisas, o f&oacute;ssil encontrado no Brasil apresentava dentes serrilhados, evidenciando que a esp&eacute;cie poderia ser carn&iacute;vora.

Entretanto, por conta do formato da sua cabe&ccedil;a, ele tamb&eacute;m poderia ser um&nbsp;necr&oacute;fago, ou seja, se alimentava dos restos mortais de outros animais. Uma outra caracter&iacute;stica dos&nbsp;ornitossuqu&iacute;deos &eacute; que eles n&atilde;o tinham um h&aacute;bito de vida semiaqu&aacute;tico, vivendo apenas na terra. Eles tamb&eacute;m eram quadr&uacute;pedes, mas conseguiam se locomover utilizando apenas as duas patas posteriores.

A descoberta do novo f&oacute;ssil vai ajudar a entender como era formada a cadeia alimentar do Per&iacute;odo Tri&aacute;ssico, bem como o processo de imigra&ccedil;&atilde;o que o&nbsp;ornitossuqu&iacute;deos fizeram na Am&eacute;rica Latina, j&aacute; que pesquisas mostraram que ocorreram diversas migra&ccedil;&otilde;es entre o Brasil e a Argentina.

<iframe allow="encrypted-media" frameborder="0" height="332" src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fcappaufsm%2Fphotos%2Fa.417392281689916%2F2789931494435971%2F%3Ftype%3D3&amp;width=500" style="border:none;overflow:hidden" width="500"></iframe>

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.984Z

Nova espécie de réptil que conviveu com dinossauros é encontrada

Imagem de Novos templos perto de Jerusalém podem mudar a história da Bíblia  no megacurioso

Foram encontradas estatuetas em forma humana, de cavalos e um local decorado com esfinges no complexo de templos em Moza

Em 2012, foi descoberto um complexo de templos monumentais datados da Idade de Ferro, entre o final do s&eacute;culo X a.C. e o come&ccedil;o do IX a.C.. O conjunto foi encontrado por arque&oacute;logos da IAA (Autoridades de Antiguidades de Israel), em Moza, pr&oacute;ximo a Jerusal&eacute;m.

Essa revela&ccedil;&atilde;o seria a prova de que existiam outros templos sancionados al&eacute;m do oficial, localizado em Jerusal&eacute;m.

O local foi identificado como a cidade b&iacute;blica de Moza e est&aacute; dentro dos limites da tribo de Benjamim, que serviu como uma esp&eacute;cie de centro administrativo para guardar e distribuir gr&atilde;os. Esse achado questionaria as representa&ccedil;&otilde;es b&iacute;blicas at&eacute; ent&atilde;o conhecidas.&nbsp;

<figure class="image"><img alt="(Fonte: TAU/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/05/05171148002430.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: TAU/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>In&iacute;cio da escava&ccedil;&atilde;o</h2>

A primeira escava&ccedil;&atilde;o acad&ecirc;mica do local s&oacute; aconteceu em 2019 e o intuito era desenterrar por completo os edif&iacute;cios e estud&aacute;-los. Este seria o &uacute;nico templo monumental da Idade de Ferro escavado na regi&atilde;o central de Jud&aacute;.

Foram descobertas instala&ccedil;&otilde;es e artefatos de culto, como figuras antropom&oacute;rficas e um grande estande decorado. O que quer dizer que apesar das narrativas da B&iacute;blia que descrevem as reformas realizadas por Ezequias e Josias, existia, sim, templos sancionados em Jud&aacute;&nbsp;al&eacute;m do oficial em Jerusal&eacute;m. Isso muda a maneira como se entende as pr&aacute;ticas religiosas dos juda&iacute;tas, segundo os arque&oacute;logos.

A expedi&ccedil;&atilde;o deve recome&ccedil;ar na primavera deste ano e ser&aacute; composta de 50 participantes, entre funcion&aacute;rios e estudantes das Universidades de Tel Aviv, Charles na Rep&uacute;blica Tcheca, Osnabr&uuml;ck na Alemanha e a UCLA dos Estados Unidos.

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.961Z

Novos templos perto de Jerusalém podem mudar a história da Bíblia 

Imagem de Tubarões fossilizados de 330 milhões de anos são achados em caverna no megacurioso

Os registros fósseis foram identificados no Parque Nacional Mammoth Cave, em Kentucky, que abrigava restos de mais de 15 espécies de tubarões

Pesquisadores e cientistas encontraram, na regi&atilde;o de Kentucky, nos Estados Unidos, registros f&oacute;sseis de uma enorme comunidade de <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwiPzrel7LXnAhVEHbkGHb5iAX0QFjAAegQIARAB&amp;url=http%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fanimais%2F37615-conheca-alguns-fatos-curiosos-sobre-os-tubaroes.htm&amp;usg=AOvVaw3PeEJTFLx9kzSgM9zqc0sx">tubar&otilde;es</a>. O fato curioso &eacute; que o local, mais precisamente o&nbsp;Parque Nacional Mammoth Cave, fica relativamente distante do oceano, e chegou a abrigar mais de 150 tubar&otilde;es, classificados entre 15 a 20 esp&eacute;cies diferentes. Al&eacute;m disso, a equipe exploradora concluiu que os animais s&atilde;o de uma &eacute;poca de 330 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, popularmente conhecido como o per&iacute;odo geol&oacute;gico do Final do Mississipi ou Mississipiano, caracterizando uma era em que a Am&eacute;rica do Norte era coberta pelo oceano.

Dentre o conte&uacute;do fossilizado, os cientistas encontraram diversas evid&ecirc;ncias da comunidade dos peixes, parcialmente cristalizadas e formando o calc&aacute;rio que se acumulou nas entranhas da <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwjqmP2v7LXnAhVbD7kGHanqDhkQFjAAegQIBBAB&amp;url=http%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Flugares-surpreendentes%2F99695-9-cavernas-incriveis-que-nao-parecem-ser-deste-mundo.htm&amp;usg=AOvVaw0naPeRbRM2vqOPUG2o6RoL">caverna</a>. Dentro os registros, foram identificados diversos dentes dos animais e recortes de cartilagem, incrivelmente preservadas mesmo com a passagem de centenas de milh&otilde;es de anos.&nbsp;&quot;Quase nunca h&aacute; registro de todos os dentes de tubar&atilde;o vindos dessas rochas. Ent&atilde;o isso foi emocionante&quot;, disse o paleontologista John-Paul Hodnett, em entrevista &agrave; <a href="https://edition.cnn.com/travel/article/mammoth-cave-sharks-scn-trnd/index.html">CNN</a>. &quot;Portanto este &eacute; um novo recorde de tubar&otilde;es de um determinado per&iacute;odo de tempo&quot;, acrescentou ele.

<figure class="image"><img alt="https://www.gizmodo.co.uk/2020/02/jaw-of-330-million-year-old-shark-found-in-kentucky-cave/" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03135051845315.jpg" />
<figcaption>(Fonte:&nbsp;National Parks Service/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>Tubar&atilde;o das cavernas?</h2>

Por&eacute;m, o que mais chamou aten&ccedil;&atilde;o dos exploradores foi a descoberta de parte da cabe&ccedil;a de um enorme tubar&atilde;o, que se assemelhava bastante a um <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwjD4K7G7LXnAhWjH7kGHQJ1D1AQFjAAegQIARAB&amp;url=http%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fanimais%2F99198-terror-dos-mares-descubra-10-curiosidades-iradas-sobre-tubaroes-brancos.htm&amp;usg=AOvVaw37ph9GKOCFGI_ebuIycBgV">tubar&atilde;o branco</a>.&nbsp;Hodnett comentou que apenas partes da mand&iacute;bula eram vis&iacute;veis e cerca de 75cm dela estava ainda imersa nos sedimentos cristalizados.&nbsp;&quot;Na verdade, n&atilde;o &eacute; um esqueleto inteiro, mas apenas partes da cabe&ccedil;a. E a cabe&ccedil;a em si &eacute; bem grande&quot;, explicou o paleont&oacute;logo.

O pesquisador, ap&oacute;s a descoberta, levou &agrave; frente um estudo para identifica&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie do animal e, atrav&eacute;s da observa&ccedil;&atilde;o dos <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwjfu_S47LXnAhW1HLkGHa0SBDYQFjAAegQIAhAB&amp;url=https%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fsaude-bem-estar%2F111724-haja-sorriso-3-fatos-estranhos-sobre-os-dentes.htm&amp;usg=AOvVaw1E2EqQxFBcaph5lgojaXQ3">dentes</a>, chegou &agrave; conclus&atilde;o de que o esp&eacute;cime se tratava de um&nbsp;Saivodus striatus, esp&eacute;cie que possui as dimens&otilde;es de um tubar&atilde;o branco atual, com cerca de 6 metros de comprimento.

<figure class="image"><img alt="https://edition.cnn.com/travel/article/mammoth-cave-sharks-scn-trnd/index.html" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/03/03135327517316.jpg" />
<figcaption>(Fonte:&nbsp;National Parks Service/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Segundo reportagem da CNN, a descoberta dos f&oacute;sseis na caverna ocorreu como uma coincid&ecirc;ncia, j&aacute; que o mapeamento da caverna estava sendo feito pelos&nbsp;cientistas Rick Olson e Rick Toomey, que identificaram os f&oacute;sseis e reletaram ao paleont&oacute;logo. Atualmente, Hodnett continua seus estudos na regi&atilde;o, buscando identificar mais esp&eacute;cies.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.675Z

Tubarões fossilizados de 330 milhões de anos são achados em caverna

Imagem de 16 túmulos de sacerdotes do Egito Antigo são encontrados no megacurioso

Os túmulos foram encontrados no Vale do Nilo

Arque&oacute;logos encontraram cerca de 16 tumbas do <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=http://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/43033-proxima-parada-egito-saiba-mais-sobre-o-cartao-postal-do-mundo-antigo.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjojo_Xvq7nAhUzCrkGHYicBx0QFjABegQICRAC&amp;usg=AOvVaw1vWVnMtWtRJevLYNLkJP0D">Egito</a> Antigo em uma vila chamada Tuna-Al-Gabal, no Vale do Nilo, na &uacute;ltima quinta-feira (30). De acordo com um an&uacute;ncio realizado pelo Minist&eacute;rio de Antiguidades do Egito, elas pertenceriam a tr&ecirc;s dinastias, datadas entre 664 e 399 a.C.

Eles estavam escavando um cemit&eacute;rio de grandes propor&ccedil;&otilde;es na regi&atilde;o central do Egito, pr&oacute;ximo&nbsp;da cidade de Minya. Al&eacute;m dos restos mortais, foram encontrados diversos artefatos antigos no local.

<h2>As novas tumbas descobertas do Egito Antigo</h2>

Al&eacute;m de novos t&uacute;mulos, encontraram tamb&eacute;m mais de 20 sarc&oacute;fagos de calc&aacute;rio, cujas tampas apresentam formato humano e cont&ecirc;m&nbsp;<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=http://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102096-pedra-de-roseta-a-chave-que-desvendou-os-segredos-da-civilizacao-egipcia.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwj667flvq7nAhXpJLkGHViRBJoQFjAAegQIBBAC&amp;usg=AOvVaw002g-HqYwO1eNMSrEaHYO-">hier&oacute;glifos</a>&nbsp;gravados.

Foram descobertos tamb&eacute;m mais um contingente de cinco caix&otilde;es de madeira, in&uacute;meros amuletos e algo em torno de 10 mil est&aacute;tuas funer&aacute;rias na cor azul, que eram usadas como decora&ccedil;&atilde;o nos t&uacute;mulos daquele regi&atilde;o.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/31/31153534667341.jpg" width="1138" />
<figcaption>M&uacute;mia em sarc&oacute;fago de calc&aacute;rio. Fonte: Minist&eacute;rio de Antiguidades eg&iacute;pcio/Divulga&ccedil;&atilde;o.</figcaption>
</figure>

Apesar da preocupa&ccedil;&atilde;o da equipe de cientistas com pe&ccedil;as possivelmente danificadas, elas se encontravam bem conservadas e em boas condi&ccedil;&otilde;es.

De acordo com Mostafa Waziri, que &eacute; o secret&aacute;rio-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, esses t&uacute;mulos&nbsp;muito provavelmente eram pertencentes aos sumos sacerdotes do deus eg&iacute;pcio&nbsp;Thoth. Entretanto, os sarc&oacute;fagos e tumbas possivelmente eram dedicados ao deus H&oacute;rus.

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.547Z

16 túmulos de sacerdotes do Egito Antigo são encontrados

Imagem de Estudo comprova maior presença de DNA de neandertal em grupos africanos no megacurioso

A pesquisa foi fundamentada em métodos computacionais e sugere que toda a população humana pode ter traços genéticos de neandertais

Um <a href="https://www.cell.com/cell/fulltext/S0092-8674(20)30059-3?_returnURL=https%3A%2F%2Flinkinghub.elsevier.com%2Fretrieve%2Fpii%2FS0092867420300593%3Fshowall%3Dtrue">estudo</a> dirigido por pesquisadores da Universidade de Princeton pode ser o primeiro passo para quebrar a teoria da &quot;grande onda&quot; humana que saiu da &Aacute;frica em dire&ccedil;&atilde;o aos outros continentes a cerca de 60 mil a&nbsp;80 mil anos atr&aacute;s. At&eacute; ent&atilde;o, a cren&ccedil;a de muitos cientistas e historiadores era de que, ap&oacute;s a migra&ccedil;&atilde;o para o territ&oacute;rio da Eur&aacute;sia, a popula&ccedil;&atilde;o africana se juntou &agrave; de outros <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwjI6PvkzK7nAhXBB9QKHUu9BLwQFjAAegQIARAB&amp;url=https%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fciencia%2F112379-e-se-os-neandertais-ainda-estivessem-entre-nos.htm&amp;usg=AOvVaw1y8j9eRTMAN_Opgm2Ye79d">neanderatais</a> pr&eacute;-existentes em regi&otilde;es long&iacute;nquas, resultando em cruzamentos e gerando os ancestrais evolutivos dos diversos povos.

Uma das grandes descobertas da ancestralidade humana ocorreu no ano de 2010, quando vest&iacute;gios de de corpos antigos resultaram na coleta de material gen&eacute;tico determinante para confirmar que os humanos modernos herdaram cerca de <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=2&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwjKgfvvzK7nAhUeH7kGHaFsC2UQFjABegQICxAF&amp;url=https%3A%2F%2Fwww.nationalgeographicbrasil.com%2Fhistoria%2F2019%2F06%2Fdna-antigo-traz-reviravoltas-historia-migratoria-dos-neandertais&amp;usg=AOvVaw2wLreBcSPz5jeS58o5Mvx_">2% de DNA neandertal</a>. Ap&oacute;s isso, os esfor&ccedil;os para identifica&ccedil;&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es entre os organismos modernos e os mais antigos foram direcionados para o exterior da &Aacute;frica, na busca do entendimento das condi&ccedil;&otilde;es adaptativas do humano.

<figure class="image"><img alt="http://america.aljazeera.com/articles/2013/12/17/neanderthals-caredforelderlyburieddeadevidenceshows.html" height="600" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/31/31164033488379.jpg" width="960" />
<figcaption>(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Por&eacute;m,&nbsp;Joshua Akey,&nbsp;professor do Instituto Lewis-Sigler de Gen&ocirc;mica Integrativa (LSI) e autor senior da pesquisa identificou, atrav&eacute;s do m&eacute;todo computacional conhecido por&nbsp;IBDmix, facilitou a procura de DNA neanderal em popula&ccedil;&otilde;es africanas e n&atilde;o africanas, mostrando n&iacute;veis de material gen&eacute;tico&nbsp;&ldquo;surpreendentemente consistentes&rdquo; entre a gen&eacute;tica asi&aacute;tica e a do restante do mundo, quebrando a ideia de que asi&aacute;ticos possuem 20% a mais de DNA neandertal do que outras popula&ccedil;&otilde;es.

&ldquo;Esta &eacute; a primeira vez que podemos detectar o sinal real da ascend&ecirc;ncia neandertal nos africanos&rdquo;, disse a co-autora da pesquisa, Lu Chen, pesquisadora de p&oacute;s-doutorado no LSI. &ldquo;E surpreendentemente mostrou um n&iacute;vel mais alto do que pens&aacute;vamos anteriormente.&quot; Os resultados surgiram ap&oacute;s testes comparativos entre cerca de 2500 genomas de humanos do mundo inteiro e o material gen&eacute;tico de um neandertal da regi&atilde;o de&nbsp;Altai, na Sib&eacute;ria.&nbsp;

A descoberta levou a crer que, na verdade, um grupo de <a href="https://www.google.com/url?sa=t&amp;rct=j&amp;q=&amp;esrc=s&amp;source=web&amp;cd=1&amp;cad=rja&amp;uact=8&amp;ved=2ahUKEwiz8cqCza7nAhX9E7kGHXmaAXMQFjAAegQIBBAB&amp;url=https%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fciencia%2F108488-nova-teoria-pode-explicar-porque-somos-os-unicos-humanos-na-terra.htm&amp;usg=AOvVaw0oCaHQjhUjYQYpiI0R5tnR">Homo sapiens</a> partiu da &Aacute;frica e misturou-se ao material gen&eacute;tico de outros pa&iacute;ses, cerca de 70 mil anos atr&aacute;s. Ap&oacute;s isso, retornaram para a &Aacute;frica com o DNA de outros neandertais, recombinando os genes.&nbsp;&quot;Esse fluxo g&ecirc;nico com os neandertais existe em todos os seres humanos modernos, dentro e fora da &Aacute;frica. &quot;, diz o antrop&oacute;logo Michael Petraglia, do Instituto Max Planck, em entrevista &agrave; <a href="https://www.sciencemag.org/news/2020/01/africans-carry-surprising-amount-neanderthal-dna?rss=1">Science</a>.

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.528Z

Estudo comprova maior presença de DNA de neandertal em grupos africanos

Imagem de Caverna egípcia tem pinturas de 10 mil anos atrás no megacurioso

Uma missão arqueológica liderada pelo governo egípcio descobriu os registros rupestres muito mais antigos que a pirâmides

Uma caverna no Sinai do Sul, no Egito, foi encontrada com diversas pinturas rupestres no teto, paredes e em pedras ca&iacute;das no ch&atilde;o. A descoberta foi de um turista, que avisou as autoridades para que fizessem uma visita ao local. Assim, uma miss&atilde;o arqueol&oacute;gica do Minist&eacute;rio do Turismo e Antiguidades do Egito foi at&eacute; l&aacute; e constatou que as pinturas eram datadas de 5.500 a.C.&nbsp;a 10 mil anos a.C. A caverna possui tr&ecirc;s metros de profundidade e cerca de 20 metros de largura. L&aacute; tamb&eacute;m foram encontrados ossos de animais, que podem ser de bedu&iacute;nos n&ocirc;mades que utilizavam a caverna como abrigo.

<figure class="image"><img alt="(Fonte: Facebook/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/29/29085514280260.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Facebook/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

O Secret&aacute;rio-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mostafa al-Waziry comunicou, via Facebook, que a caverna fica localizada na regi&atilde;o de al-Zaranij, de dif&iacute;cil acesso. Com cenas muito diversificadas, foi preciso dividir as pinturas em tr&ecirc;s grupos. As mais antigas foram encontradas no teto, com a peculiaridade de serem em propor&ccedil;&otilde;es realistas. Elas representavam animais e foram pintadas na cor vermelha. O segundo grupo conta com pinturas que datam da Idade do Cobre. Nelas, foram retratados mulheres e animais em formas assim&eacute;tricas, sem realismo aparente. O &uacute;ltimo grupo mostrava pessoas carregadas por camelos e tamb&eacute;m n&atilde;o eram realistas ou sim&eacute;tricas.

Este foi o primeiro achado no Sinai do Sul, segundo o chefe da miss&atilde;o arqueol&oacute;gica, Hisham Hussein. Desde 2019 o Minist&eacute;rio desbrava a regi&atilde;o em busca de sinais desse tipo, por isso as miss&otilde;es v&atilde;o continuar ao longo desse ano, para registrar e documentar qualquer sinal de vida passada por essas regi&otilde;es, pois podem ajudar a elucidar muitas quest&otilde;es da sociedade antiga.

<figure class="image"><img alt="(Fonte: Facebook/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/29/29085605233261.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Facebook/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>Arte rupestre &eacute; uma das marcas do Egito</h2>

As artes rupestres s&atilde;o muito comuns no Egito e dizem muito sobre as tradi&ccedil;&otilde;es e costumes dos seres humanos em um determinado per&iacute;odo da hist&oacute;ria. Atrav&eacute;s da pintura rupestre que se desenvolveu boa parte da arte eg&iacute;pcia, que por volta dos 3 mil anos a.C. evoluiu para o que se conhece culturalmente hoje, com a pintura de t&uacute;mulos e templos, em geral ligados &agrave; religiosidade.

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.171Z

Caverna egípcia tem pinturas de 10 mil anos atrás

Imagem de 33 tipos de vírus são encontrados em geleira antiga no megacurioso

28 deles são gêneros totalmente desconhecidos

Pesquisadores pertencentes&nbsp;&agrave;&nbsp;Universidade Estadual de Ohio, Universidade de Nebraska e ao Laborat&oacute;rio Nacional de Lawrence Berkeley, todos nos Estados Unidos, encontraram 33 tipos de v&iacute;rus que estavam &quot;escondidos&quot; em alguns peda&ccedil;os de uma calota de gelo de 15 mil anos, localizada em Guliya, que fica na por&ccedil;&atilde;o chinesa do Tibet.

Desses 33 v&iacute;rus, 28 deles pertencem a g&ecirc;neros completamente novos, ou seja, jamais foram vistos antes pela ci&ecirc;ncia.

<h2>A descoberta de novos v&iacute;rus</h2>

A pesquisa feito pelos cientistas estadunidenses n&atilde;o &eacute; exatamente nova. Na realidade, os primeir&iacute;ssimos fragmentos da calota foram coletados no ano de 1992, ou seja, h&aacute; 28 anos. Ali&aacute;s, foi justamente nessa &eacute;poca que a idade do gelo contido na calota foi calculada em 15 mil anos.

Os pesquisadores guardaram algumas amostras do gelo em um refrigerador para, futuramente, descobrir&nbsp;as modalidades de microorganismos que porventura podiam ter ficado enclausuradas no n&uacute;cleo da geleira em quest&atilde;o.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/28/28021141781253.jpg" width="960" />
<figcaption>Foto: Pixabay</figcaption>
</figure>

V&aacute;rios anos depois, mais precisamente em 2015, novas amostras de gelo foram coletadas por outro grupo de cientistas e foram ent&atilde;o armazenadas em um refrigerador tamb&eacute;m.

Recentemente, os cientistas finalmente resolveram fazer uma an&aacute;lise das amostras armazenadas. Nessa apurada an&aacute;lise realizada por eles, foi poss&iacute;vel encontrar 33 tipos diferentes de v&iacute;rus, sendo que 28 deles eram totalmente desconhecidos at&eacute; o presente momento.A despeito das amostrar pertencerem&nbsp;a uma mesma geleira, elas estiveram presentes em&nbsp;&eacute;pocas e climas distintos.&nbsp;

A relev&acirc;ncia desse estudo no momento atual

De acordo com os cientistas participantes, esse tipo de pesquisa &eacute; de suma relev&acirc;ncia para o momento atual, uma vez que o aquecimento global acaba provocando o derretimento de in&uacute;meras geleiras.

E essas calotas, por sua vez, podem eventualmente liberar uma s&eacute;rie de novos microorganismos, inclusive v&iacute;rus totalmente desconhecidos por n&oacute;s, o que pode ser bastante perigoso, pois n&atilde;o se sabe ainda&nbsp;que tipo de doen&ccedil;as poderiam&nbsp;provocar.

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.987Z

33 tipos de vírus são encontrados em geleira antiga

Imagem de Como a voz de uma múmia com mais de 3 mil anos poderia soar? no megacurioso

Com a ajuda de procedimentos tecnológicos, um grupo de cientistas se esforça para entender como uma figura importante do Egito Antigo falava

Nesyamun, um sacerdote eg&iacute;pcio que viveu h&aacute; mais de 3 mil anos, era o respons&aacute;vel por entoar c&acirc;nticos de adora&ccedil;&atilde;o aos deuses do Egito Antigo, como Nut, a deusa dos c&eacute;us. Depois de morto, o sacerdote foi enterrado com uma escritura que dizia &ldquo;Nesyamun, de voz verdadeira&rdquo;.
No entanto, n&atilde;o foi deixado nenhum registro que informasse como a voz do sacerdote soava. Mas gra&ccedil;as a pesquisadores na Inglaterra, essa informa&ccedil;&atilde;o acabou se tornando dispens&aacute;vel. Tr&ecirc;s mil&ecirc;nios depois, Nesyamun, agora uma m&uacute;mia, finalmente, pode ter seu timbre conhecido pelo mundo.
<h2>Processo de reconstru&ccedil;&atilde;o</h2>
Com o avan&ccedil;o da tecnologia e o aprimoramento da impressora 3D, cientistas finalmente puderam entender como essa voz t&atilde;o importante soava. A miss&atilde;o principal era reconstruir o trato vocal da m&uacute;mia e a primeira coisa que perceberam foi como os tra&ccedil;os da boca e da garganta ainda estavam em &oacute;tima forma.
Com isso, foi processada uma imagem do trato vocal da m&uacute;mia e, em seguida, foi feita uma impress&atilde;o em 3D como forma de simular &ldquo;o som que faria um trato vocal se ele estivesse em um caix&atilde;o e sua laringe voltasse &agrave; vida novamente&rdquo;, como foi dito por David Howard, pesquisador da Royal Holloway, em Londres.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/1iQrESd1OH4?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Resultados</h2>
At&eacute; agora, com o trato vocal da m&uacute;mia reconstru&iacute;do, a r&eacute;plica reproduz apenas um som limitado. Ainda dif&iacute;cil de descrever, os cientistas dizem que lembra um &ldquo;ah&rdquo; ou &ldquo;eh&rdquo;, remetendo &agrave;s vogais.
Mesmo que pare&ccedil;a um resultado abaixo do esperado para muitos, &eacute; v&aacute;lido destacar que o processo de reconstruir a voz de algu&eacute;m que viveu h&aacute; milhares de anos nunca foi feito desse modo particular.
Howard disse que est&aacute; esperan&ccedil;oso de que, algum dia, ser&aacute; poss&iacute;vel reproduzir palavras de uma forma bem pr&oacute;xima de como elas soariam originalmente.

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.978Z

Como a voz de uma múmia com mais de 3 mil anos poderia soar?

Imagem de Cérebro de vítima de erupção do Vesúvio foi transformado em vidro no megacurioso

Os tecidos cerebrais encontrados na década de 1960 foram afetados pelo calor extremo, passando pelo processo de vitrificação

O forte calor gerado pela mais violenta erup&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112333-pergaminhos-carbonizados-pelo-monte-vesuvio-podem-ser-desvendados.htm">Monte Ves&uacute;vio</a>, na It&aacute;lia, ocorrida no ano 79 d.C., transformou o c&eacute;rebro de uma das v&iacute;timas em vidro. A descoberta foi citada em um estudo publicado no New England Journal of Medicine, na &uacute;ltima quinta-feira (23).
A an&aacute;lise de um cr&acirc;nio encontrado por arque&oacute;logos nas ru&iacute;nas de Herculano, nas proximidades do vulc&atilde;o, na d&eacute;cada de 1960, revelou que o material negro achado no interior da cabe&ccedil;a era na verdade o c&eacute;rebro do homem transformado em vidro, por meio de um processo conhecido como vitrifica&ccedil;&atilde;o.
De acordo com os pesquisadores respons&aacute;veis pelo estudo, as temperaturas registradas na hora da erup&ccedil;&atilde;o podem ter chegado a 520 graus, fazendo com que as subst&acirc;ncias contidas no c&eacute;rebro humano se transformassem em vidro, em um processo que incluiu tamb&eacute;m o resfriamento natural do material, posteriormente.
<figure class="image"><img alt="" height="541" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/24/24181828307474.jpg" width="500" /> <figcaption>Fragmentos do material encontrado no cr&acirc;nio da v&iacute;tima. (Fonte: New England Journal of Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Estima-se que a v&iacute;tima analisada seja um homem de aproximadamente 25 anos de idade cuja fun&ccedil;&atilde;o era atuar como zelador do Collegium Augustalium, onde os seus restos mortais foram encontrados &mdash; o corpo estava deitado em uma cama de madeira, enterrada em meio &agrave;s cinzas vulc&acirc;nicas.
<h2>Descoberta rara</h2>
A preserva&ccedil;&atilde;o de restos cerebrais t&atilde;o antigos &eacute; um evento extremamente raro, de acordo com o antrop&oacute;logo forense da Universidade de N&aacute;poles Federico II Pier Paolo Petrone, um dos autores do estudo.
Em geral, os pesquisadores se deparam com outro tipo de material na regi&atilde;o do cr&acirc;nio, uma subst&acirc;ncia semelhante a sab&atilde;o, isso quanto o tecido cerebral &eacute; encontrado, pois se trata de um material de r&aacute;pida decomposi&ccedil;&atilde;o.
Segundo Petrone, esta &eacute; a primeira descoberta de restos antigos do c&eacute;rebro humano vitrificado pelo calor.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149673-cerebro-vitima-erupcao-vesuvio-transformado-vidro.htm">Cérebro de vítima de erupção do Vesúvio foi transformado em vidro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.891Z

Cérebro de vítima de erupção do Vesúvio foi transformado em vidro

Imagem de Tecnologia e arqueologia se unem para desvendar enigmas do passado no megacurioso

Parceria entre diferentes áreas está ajudando a preencher lacunas sobre a história do planeta e da civilização humana

Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar no quanto o nosso entendimento sobre as origens da civiliza&ccedil;&atilde;o humana e a evolu&ccedil;&atilde;o do nosso planeta avan&ccedil;ou gra&ccedil;as aos avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos das &uacute;ltimas d&eacute;cadas? O salto foi absurdo e, com o surgimento de novas t&eacute;cnicas e o desenvolvimento de equipamentos mais refinados e modernos, jamais se desvendaram tantos mist&eacute;rios sobre o passado como agora.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Hist&oacute;ria&nbsp;de todos n&oacute;s</h2>
Em um fascinante artigo publicado no site <a href="https://theconversation.com/archaeological-discoveries-are-happening-faster-than-ever-before-helping-refine-the-human-story-128743" style="color: blue; text-decoration: underline;" target="_blank">The Conversation</a>, a dupla formada por Elizabeth Sawchuk &ndash; estudante de p&oacute;s-doutorado e professora e pesquisadora assistente de Antropologia da Universidade Estadual de Nova York &ndash; e Mary Prendergast (professora de Antropologia da Universidade Saint Louis em Madrid) elenca uma s&eacute;rie de exemplos de como a tecnologia vem ajudando pesquisadores das mais variadas &aacute;reas a preencher lacunas da hist&oacute;ria da civiliza&ccedil;&atilde;o humana e do pr&oacute;prio planeta, especialmente de uns anos para c&aacute;.
<figure class="image"><img alt="" height="1024" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193214051296.jpg" width="1128" /> <figcaption>Australopithecus africanus (Fonte: Wikimedia Commons / Jos&eacute; Braga / Didier Descouens)</figcaption></figure>
Para se ter ideia da velocidade com a qual novas descobertas v&ecirc;m sendo feitas, Elizabeth e Mary nos convidas a pensar no quanto o nosso conhecimento sobre a nossa pr&oacute;pria origem progrediu desde que o 1&ordm; f&oacute;ssil pertencente a um homin&iacute;deo, o cr&acirc;nio da &ldquo;Crian&ccedil;a de Taung&rdquo;, foi encontrado na &Aacute;frica do Sul, em 1924. N&atilde;o s&oacute; o pequeno artefato &ndash; que consiste nos ossos da cabecinha de uma crian&ccedil;a de cerca de 3 anos que foi classificado como sendo da esp&eacute;cie Australopithecus africanus &ndash; mudou para sempre o entendimento que se tinha da evolu&ccedil;&atilde;o humana, como alterou os rumos das pesquisas nessa &aacute;rea.
De l&aacute; para c&aacute;, outras tantas esp&eacute;cies de homin&iacute;deos foram identificadas &ndash; entre elas, a Australopithecus deryiremeda e a Australopithecus sediba &ndash; e, gra&ccedil;as aos avan&ccedil;os nas t&eacute;cnicas de obten&ccedil;&atilde;o de amostras de DNA e de sequenciamento gen&eacute;tico, a ideia de que os humanos modernos evolu&iacute;ram h&aacute; cerca de 200 mil anos na &Aacute;frica teve de ser repensada, uma vez que as evid&ecirc;ncias examinadas nos &uacute;ltimos anos mostram que a esp&eacute;cie aparentemente surgiu pelo menos 100 mil anos antes que isso.
<figure class="image"><img alt="" height="768" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193314973297.jpg" width="1021" /> <figcaption>Australopithecus sediba (Fonte: Wikimedia Commons / Brett Eloff)</figcaption></figure>
Ademais, o desenvolvimento de novas tecnologias que permitem a an&aacute;lise gen&eacute;tica de materiais com milh&otilde;es de anos permitiu aos cientistas identificar antigos homin&iacute;deos que viveram entre 7 e 5 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s &ndash; possivelmente por volta da &eacute;poca em testes de DNA sugerem que o nosso ancestral mais antigo tomou uma linha evolutiva distinta da dos grandes s&iacute;mios. Al&eacute;m disso, com os avan&ccedil;os, os pesquisadores j&aacute; podem revisitar e reavaliar f&oacute;sseis armazenados em museus e universidades e retomar estudos que a tecnologia do passado obrigou a aposentar.
Esse &eacute; o caso do f&oacute;ssil de 4,4 milh&otilde;es de anos conhecido como &ldquo;Ardi&rdquo; &ndash; que foi descoberto na Eti&oacute;pia no in&iacute;cio dos anos 90, mas s&oacute; por ter a sua idade e autenticidade comprovadas e esp&eacute;cie devidamente classificada em 2009, quando recebeu o nome cient&iacute;fico de Ardipithecus ramidus. Esse indiv&iacute;duo, ali&aacute;s, permitiu que os pesquisadores descobrissem uma por&ccedil;&atilde;o de coisas sobre como e quando os homin&iacute;deos come&ccedil;aram a caminhar de forma ereta, sobre as 2 pernas.
<figure class="image"><img alt="" height="1500" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193458613298.jpg" width="1000" /> <figcaption>Ardi, &agrave; direita (Fonte: Wikimedia Commons / Emoke D&eacute;nes)</figcaption></figure>
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Preenchendo lacunas</h2>
O progresso tecnol&oacute;gico das &uacute;ltimas d&eacute;cadas tamb&eacute;m trouxe &agrave; tona evid&ecirc;ncias de que, ao contr&aacute;rio do que se pensava, a nossa esp&eacute;cie pode n&atilde;o ter se originado em um &uacute;nico lugar &ndash; mas sim ter evolu&iacute;do em diferentes partes do continente africano por volta da mesma &eacute;poca. Os avan&ccedil;os revelaram ainda que os Homo sapiens ocuparam o planeta concomitantemente com outras esp&eacute;cies, como os Homo floresiensis, os neandertais e os denisovanos. E mais: hoje sabe-se, por exemplo, que os humanos modernos e os neandertais se relacionaram no passado, tanto que uma grande parcela da popula&ccedil;&atilde;o, em especial a de origem europeia, carrega genes dessa esp&eacute;cie extinta em seu DNA. Os denisovanos, por sinal, tamb&eacute;m dividiram a &ldquo;cama&rdquo; com os nossos ancestrais. E com os neandertais! Sim, uma suruba de esp&eacute;cies...
<figure class="image"><img alt="" height="661" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193613738299.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: Quora / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O bacana &eacute; que, al&eacute;m de a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/" target="_blank" title="Tecnologia">tecnologia</a> ter progredido de maneira a possibilitar que amostras gen&eacute;ticas sejam coletadas a partir de fragmentos de ossos de milhares &ndash; e at&eacute; milh&otilde;es &ndash; de anos, hoje &eacute; inclusive poss&iacute;vel obter DNA e elementos como prote&iacute;nas, lip&iacute;deos, minerais, mol&eacute;culas etc., de res&iacute;duos presentes em dentes, &ldquo;gomas de mascar&rdquo;, fibras, utens&iacute;lios, ferramentas e muitas outras fontes.
Esses elementos todos, por sua vez, podem revelar n&atilde;o s&oacute; aspectos gen&eacute;ticos, mas detalhes sobre a dieta, h&aacute;bitos e sa&uacute;de dos nossos antepassados, como podem oferecer oportunidades para que os cientistas possam reconstruir como era o ambiente onde os indiv&iacute;duos estudados viviam, como eram as suas rotinas, quais tipos de dificuldades enfrentavam e com quais doen&ccedil;as padeciam.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Do micro ao macro</h2>
Mas o progresso tecnol&oacute;gico n&atilde;o chegou apenas aos laborat&oacute;rios, n&atilde;o! Hoje em dia &eacute; cada vez mais comum que os cientistas fa&ccedil;am descobertas arqueol&oacute;gicas por meio de imagens de sat&eacute;lite, observa&ccedil;&otilde;es feitas por drones e levantamentos conduzidos por meio do sensoriamento remoto realizado por laser e outros equipamentos. Foi assim que &ldquo;cidades perdidas&rdquo; e edifica&ccedil;&otilde;es &ldquo;engolidas&rdquo; pela natureza foram redescobertas em florestas da Am&eacute;rica Central, em regi&otilde;es remotas do Oriente e da &Aacute;sia e em &aacute;reas des&eacute;rticas da &Aacute;frica.
<figure class="image"><img alt="" height="576" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193754066300.jpg" width="1024" /> <figcaption>Antiga cidade maia descoberta na Guatemala (Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
E essas ferramentas v&ecirc;m auxiliado os pesquisadores a fazer descobertas sem ter que realizar escava&ccedil;&otilde;es ou impactar o ambiente, al&eacute;m de facilitar o monitoramento e prote&ccedil;&atilde;o dos s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos e possibilitar que locais potencialmente perigosos ou situados em regi&otilde;es de conflito sejam estudados, mesmo que &agrave; dist&acirc;ncia. Inclusive estruturas situadas sob a superf&iacute;cie podem ser estudadas gra&ccedil;as ao desenvolvimento de novos equipamentos e sensores &ndash; e at&eacute; a IA e conceitos de Big Data v&ecirc;m sendo escalados para ajudar os exploradores na an&aacute;lise das informa&ccedil;&otilde;es coletadas.
E voc&ecirc; notou que as designa&ccedil;&otilde;es &ldquo;arque&oacute;logo&rdquo; e &ldquo;paleont&oacute;logo&rdquo; foram pouco usadas no texto? Isso porque as equipes e expedi&ccedil;&otilde;es est&atilde;o se tornando cada vez mais diversas e multidisciplinares &ndash; e &eacute; cada vez mais comum que membros das comunidades locais e cientistas amadores sejam convidados para contribuir com os pesquisadores e participar ativamente dos processos de descobrir, recriar e reescrever a Hist&oacute;ria. A nossa Hist&oacute;ria.
<figure class="image"><img alt="" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193853816301.jpg" width="1200" /> <figcaption>(Fonte: Woods Hole Oceanographic Institution / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, sabe aquele papo de que devemos olhar para o passado para compreender o presente e prever como ser&aacute; o futuro? Esse conceito nunca foi t&atilde;o verdadeiro como agora, j&aacute; que as descobertas arqueol&oacute;gicas das &uacute;ltimas d&eacute;cadas n&atilde;o est&atilde;o somente enriquecendo o nosso conhecimento no &acirc;mbito hist&oacute;rico e evolutivo. Os dados levantados v&ecirc;m, por exemplo, aportando cada vez mais suporte emp&iacute;rico para as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que est&atilde;o ocorrendo no planeta, e revelando alternativas usadas por nossos ancestrais para se adaptar e sobreviver sob novas condi&ccedil;&otilde;es que podem servir n&atilde;o s&oacute; de exemplo nos dias de hoje, como de li&ccedil;&atilde;o.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149291-tecnologia-arqueologia-unem-desvendar-enigmas-passado.htm">Tecnologia e arqueologia se unem para desvendar enigmas do passado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Arqueologia

Novidades