Estudo comprova maior presença de DNA de neandertal em grupos africanos

03/02/2020 às 03:002 min de leitura

Um estudo dirigido por pesquisadores da Universidade de Princeton pode ser o primeiro passo para quebrar a teoria da "grande onda" humana que saiu da África em direção aos outros continentes a cerca de 60 mil a 80 mil anos atrás. Até então, a crença de muitos cientistas e historiadores era de que, após a migração para o território da Eurásia, a população africana se juntou à de outros neanderatais pré-existentes em regiões longínquas, resultando em cruzamentos e gerando os ancestrais evolutivos dos diversos povos.

Uma das grandes descobertas da ancestralidade humana ocorreu no ano de 2010, quando vestígios de de corpos antigos resultaram na coleta de material genético determinante para confirmar que os humanos modernos herdaram cerca de 2% de DNA neandertal. Após isso, os esforços para identificação das relações entre os organismos modernos e os mais antigos foram direcionados para o exterior da África, na busca do entendimento das condições adaptativas do humano.

http://america.aljazeera.com/articles/2013/12/17/neanderthals-caredforelderlyburieddeadevidenceshows.html
(Fonte: Reprodução)

Porém, Joshua Akey, professor do Instituto Lewis-Sigler de Genômica Integrativa (LSI) e autor senior da pesquisa identificou, através do método computacional conhecido por IBDmix, facilitou a procura de DNA neanderal em populações africanas e não africanas, mostrando níveis de material genético “surpreendentemente consistentes” entre a genética asiática e a do restante do mundo, quebrando a ideia de que asiáticos possuem 20% a mais de DNA neandertal do que outras populações.

“Esta é a primeira vez que podemos detectar o sinal real da ascendência neandertal nos africanos”, disse a co-autora da pesquisa, Lu Chen, pesquisadora de pós-doutorado no LSI. “E surpreendentemente mostrou um nível mais alto do que pensávamos anteriormente." Os resultados surgiram após testes comparativos entre cerca de 2500 genomas de humanos do mundo inteiro e o material genético de um neandertal da região de Altai, na Sibéria. 

A descoberta levou a crer que, na verdade, um grupo de Homo sapiens partiu da África e misturou-se ao material genético de outros países, cerca de 70 mil anos atrás. Após isso, retornaram para a África com o DNA de outros neandertais, recombinando os genes. "Esse fluxo gênico com os neandertais existe em todos os seres humanos modernos, dentro e fora da África. ", diz o antropólogo Michael Petraglia, do Instituto Max Planck, em entrevista à Science.

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