Imagem de Aurora Cursino dos Santos: a prostituta que virou pintora renomada no megacurioso

No início do século XX, a artista plástica Aurora Cursino dos Santos criou uma obra densa enquanto estava internada em manicômios

<head></head><body>Aurora Cursino dos Santos foi uma mulher brasileira que viveu entre 1896 e 1959. Vítima de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121452-conheca-6-transtornos-mentais-dos-mais-assustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtornos psiquiátricos</a> graves, Aurora entrou para a posteridade por duas razões: ela foi prostituta e desenvolveu uma instigante obra nas artes plásticas durante o período em que esteve internada. A artista pintou mais de duzentos quadros que seguem sendo estudados até hoje.<h2>A história de uma prostituta que marcou o mundo das artes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/29/29232349010001.jpg" alt="(Fonte: Amazon)">(Fonte: Amazon)Nascida em São José dos Campos, Aurora casou obrigada pelo pai. Mas o casório duraria menos que um dia: ela fugiria do marido e optaria pela separação.Entre 1910 e 1930, ela se prostituiu no Rio de Janeiro e São Paulo. Com o dinheiro do trabalho, Aurora viajou para a Europa e se dedicou às artes. Era grande fã de literatura, artes plásticas, música popular e erudita.Em 1919, ela foi violentada por um jornalista a quem se recusou a atender. Ele a atacou com mordidas e arrancou sua blusa. Aurora tentou denunciá-lo à polícia, mas não deu em nada. Na época, vigorava penas leves para quem estuprasse "mulher pública ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123372-como-era-a-vida-das-prostitutas-de-luxo-no-renascimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prostituta</a>".Decepcionada com a boemia, Aurora resolve fazer um curso de enfermagem e trabalha como doméstica em várias casas. Sem dinheiro, acaba caindo nos albergues e, por fim, é internada em diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100837-16-retratos-tristes-de-pacientes-de-manicomios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manicômios</a>.Lá, acaba frequentando um ateliê improvisado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119637-croche-a-importancia-da-atividade-no-combate-ao-estresse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arteterapia</a>, comandado pelo psiquiatra Osório César, que fazia um trabalho inovador do Brasil. "Eram práticas de linguagem que estimulavam a autoexpressão dos ditos pacientes, de seus conflitos, suas dores. Partia-se do pressuposto de que a arte havia sido fundamental na construção do espírito humano e que, portanto, ela seria igualmente importante na reconstrução desse espírito, em casos de perturbação mental grave", comenta o psicanalista Joel Birman.Deste modo, Aurora conseguiu desenvolver seus talentos e manifestar seus sentimentos através da arte. Segundo investigado em matéria da Folha, ela foi internada por conta de sua "personalidade psicopática amoral", que era um diagnóstico relacionado ao seu histórico de prostituição.<div dir="ltr"><h2 dir="ltr">A marca de uma artista</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/29/29232245409000.jpg" alt="(Fonte: Folha de São Paulo)">(Fonte: Folha de São Paulo)</div>A sua trajetória e a análise de suas obras foram registradas recentemente no livro Aurora: Memórias e Delírios de uma Mulher da Vida, baseado em um estudo de Silvana Jeha, doutora em História pela PUC-Rio, e Joel Birman, professor do Instituto de Psicologia da UFRJ.Já na introdução do livro, os autores escrevem: "puta, louca e finalmente artista, ela condensa em sua obra algo que diz respeito a todas as mulheres". A isto, Silvana Jeha complementou em entrevista à Folha de São Paulo: "Sobretudo, o que ela pinta é o patriarcado. Os quadros dela são basicamente um ataque do patriarcado à mulher. Se alguém desenhou para mim o que é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121008-conheca-6-sociedades-comandadas-por-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patriarcado</a>, foi a Aurora".Sua obra foi exposta pela primeira vez em 1950, quando Osório levou alguns de seus quadros para a Exposição Internacional de Arte Psicopatológica, na França. As pinturas têm como marca as cores fortes que misturam texto e imagem. Em torno dos desenhos, há sentenças verborrágicas, frases como "Deus me livre, senhor Jesus"; "Enfermeiras me asfixiaram nas águas e me apunhalaram"; "Derramei sangue muitas vezes", "Caí no chão quase morta, tanto fazia eu vir da rotunda ou de baixo"."Aurora nos fornece um testemunho sobre a condição da mulher na primeira metade do século XX. Ela aborda o feminicídio, a violência de gênero e outras questões que somente agora têm sido nomeadas. Hoje em dia, existe todo um vocabulário novo para designar aquilo que a mulher sofre desde sempre", declarou a historiadora Silvana Jeha em entrevista à BBC.</body>

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Aurora Cursino dos Santos: a prostituta que virou pintora renomada

Imagem de 6 obras de arte que foram perdidas ao longo da história no megacurioso

Desastres, guerras ou os próprios artistas foram responsáveis pela perda de algumas das mais importantes obras de arte da história

Ainda que museus estejam repletos de obras de arte, outras tantas delas n&atilde;o tiveram a mesma sorte e acabaram perdidas. Segundo o pesquisador Noah Charney, historiador e especialista em crimes relacionados a obras de arte, muitas das maiores obras de arte da humanidade foram perdidas por roubo, vandalismo, desastres ou intencionalmente. Veja algumas dessas obras que se perderam para sempre.
<h2>1. Afrescos da Roma antiga</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27212918625001.jpg" alt="Apesar das ru&iacute;nas brancas, as cidades antigas costumavam ser coloridas. (Fonte: Reddit)" />Apesar das ru&iacute;nas brancas, as cidades antigas costumavam ser coloridas. (Fonte: Reddit)
Quem v&ecirc; as ru&iacute;nas de Roma pensa que a cidade era uma mistura de cinza e branco, mas na realidade, ela era muito colorida. Entretanto, muitos murais que coloriam a cidade foram perdidos durante a erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o Ves&uacute;vio em 79 d.C. Quando partes da regi&atilde;o que estavam enterradas sob as cinzas foram redescobertas nos s&eacute;culos XVIII e XIX, percebeu-se que havia muito mais cores nas paredes do que se imaginava.
<h2>2. O concerto de Johannes Vermeer</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27213047268002.jpg" alt="Obra de Vermeer roubada nos anos 1990. (Fonte: Art Ref)" />Obra de Vermeer roubada nos anos 1990. (Fonte: Art Ref)
Em 1990, dois ladr&otilde;es entraram disfar&ccedil;ados de policiais no Museu Isabelle Stewart Gardener, em Boston, e roubaram 13 obras. Uma delas foi a pintura &ldquo;O Concerto&rdquo; de Johannes Vermeer que tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/amp/artes-cultura/123553-por-que-obras-de-arte-sao-tao-caras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">valor estimado em 200 milh&otilde;es de d&oacute;lares</a>. Nenhuma das obras foi recuperada at&eacute; hoje.
<h2>3. A C&acirc;mara de &Acirc;mbar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27213218624003.jpg" alt="C&acirc;mara de &Acirc;mbar em 1917. (Fonte: BBC)" />C&acirc;mara de &Acirc;mbar em 1917. (Fonte: BBC)
Durante o s&eacute;culo XVIII, a imperatriz Elizabeth da R&uacute;ssia instalou v&aacute;rios pain&eacute;is de parede revestidos por 6 toneladas de &acirc;mbar e adornados com folhas de ouro em um c&ocirc;modo do Pal&aacute;cio Catarina, perto de S&atilde;o Petersburgo. A obra do barroco russo ficou conhecida como a &ldquo;oitava maravilha do mundo&rdquo;. Por&eacute;m, durante a invas&atilde;o nazista, em 1941, os alem&atilde;es desmontaram a C&acirc;mara e levaram os pain&eacute;is para o castelo K&ouml;nigsberg, no estado da Pr&uacute;ssia. Quando o Ex&eacute;rcito Vermelho tomou o local, em 1945, n&atilde;o havia mais nenhum vest&iacute;gio da C&acirc;mara de &Acirc;mbar.
<h2>4. Pinturas de Picasso feitas para o filme Le Mystere Picasso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27213356571004.jpg" alt="Pr&oacute;prio artista destruiu as obras. (Fonte: Mental Floss)" />Pr&oacute;prio artista destruiu as obras. (Fonte: Mental Floss)
Esse &eacute; um caso de destrui&ccedil;&atilde;o pelo pr&oacute;prio artista. Picasso pintou v&aacute;rias obras durante as filmagens do filme Le Mystere Picasso, por&eacute;m, elas foram destru&iacute;das depois como parte do projeto. Isso porque a ideia era a de que as pessoas s&oacute; pudessem apreciar tais pinturas atrav&eacute;s do pr&oacute;prio filme.
<h2>5. A est&aacute;tua do Colosso de Rodes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27213448039005.jpg" alt="Est&aacute;tua n&atilde;o sobreviveu a um terremoto. (Fonte: Wikip&eacute;dia)" />Est&aacute;tua n&atilde;o sobreviveu a um terremoto. (Fonte: Wikip&eacute;dia)
Mais uma v&iacute;tima de desastres naturais, a est&aacute;tua representava o deus H&eacute;lios e foi erguida na cidade de Rodes, na Gr&eacute;cia. Ela era uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121653-quem-escolheu-as-7-maravilhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 Maravilhas do Mundo</a> e possu&iacute;a 33 metros de altura. Infelizmente, sua vida foi curta. Ela ficou de p&eacute; por apenas 54 anos e n&atilde;o sobreviveu a um terremoto em 226 a.C. Nessa ocasi&atilde;o, ela se quebrou na altura dos joelhos e ficou ca&iacute;da no porto por 800 anos at&eacute; ser derretida e vendida pelas for&ccedil;as &aacute;rabes que tomaram a cidade em 653 d.C.
<h2>5. Retrato de Sir Winston Churchill de Graham Shuterland</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27213603969007.jpg" alt="Esposa de Churchill foi respons&aacute;vel pela destrui&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Art Ref)" />Esposa de Churchill foi respons&aacute;vel pela destrui&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Art Ref)
Shuterland foi contratado para fazer um retrato do primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, em 1954. O artista costumava retratar o lado &ldquo;real&rdquo; de seus modelos e assim ele fez com o estadista brit&acirc;nico. A obra foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119693-6-roubos-de-museu-reais-que-parecem-mentira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apresentada ao p&uacute;blico</a> no mesmo ano, por&eacute;m, a esposa de Churchill odiou o quadro e o destruiu logo ap&oacute;s a exibi&ccedil;&atilde;o.

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6 obras de arte que foram perdidas ao longo da história

Imagem de Os 6 maiores roubos da história da arte no megacurioso

Nem nos museus as obras estão a salvo da cobiça dos ladrões

<head></head><body>Roubar uma obra de arte pode ser o sonho de todo criminoso, afinal, é mais fácil carregar um quadro do que malas de dinheiro. Além disso, algumas obras podem ser avaliadas em bilhões de dólares. Conheça alguns dos roubos de arte mais famosos da história.<h2>1. Roubo do Museu Isabella Stewart Gardner</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28092020391079.jpg" alt="Obra desaparecida é estimada em 200 milhões. (Fonte: Museu Isabella Stewart Gardner)">Obra desaparecida é estimada em 200 milhões. (Fonte: Museu Isabella Stewart Gardner)Na madrugada do dia 18 de março de 1990, dois homens vestindo uniformes policiais chegaram ao museu e falaram aos seguranças do local que estavam investigando distúrbios na região. Em seguida, os bandidos amarraram os seguranças no porão e 81 minutos depois saíram do local levando consigo 13 obras. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/amp/artes-cultura/123553-por-que-obras-de-arte-sao-tao-caras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">valor do roubo</a> está estimado em meio bilhão de dólares. Esse é considerado o maior roubo de arte da história.<h2>2. Roubo da Mona Lisa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/08/08123731275623.jpg" alt="Nem a Mona Lisa escapou dos crimes. (Fonte: Shutterstock)">Nem a Mona Lisa escapou dos crimes. (Fonte: Shutterstock)Sim, até a Mona Lisa, a obra de arte mais famosa do mundo, já foi roubada. O crime aconteceu em 1911, mas na época ela não era um ícone como é hoje. Na realidade, seu desaparecimento contribuiu para sua fama. Quem roubou a obra de Da Vinci foi um ex-funcionário do Louvre que tinha instalado a porta de vidro que protegia a obra e sabia que a segurança do museu não era das melhores. O quadro só foi resgatado 2 anos mais tarde, quando o ladrão tentou vendê-lo a galeristas de Florença, na Itália.<h2>3. Roubo do Retábulo de Gante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28092422324084.jpg" alt="Retábulo era composto por 12 painéis. (Fonte: Mega Curioso)">Retábulo era composto por 12 painéis. (Fonte: Mega Curioso)Ao longo da história, essa obra já foi quase queimada por calvinistas, foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119007-retabulo-de-gante-a-obra-de-arte-mais-perseguida-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roubada por Napoleão Bonaparte e também por Hitler</a>. Em 1934, o belga Arsène Goedertier roubou um dos 12 painéis que a compõem e pediu um resgate de 1 milhão de francos por ele. As autoridades locais se recusaram a pagar e as negociações continuaram. Porém, em novembro do mesmo ano, o ladrão sofreu um ataque cardíaco e morreu. A obra, que estava escondida em um local desconhecido, até hoje não foi encontrada.<h2>4. Roubo do Sogenannte Saliera</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28092748767087.jpg" alt="Saleiro em ouro foi roubado em 2003. (Fonte: Wikimedia)">Saleiro em ouro foi roubado em 2003. (Fonte: Wikimedia)A escultura, criada pelo ourives italiano Benvenuto Cellini, estava em exposição no museu Kunsthistorisches, em Viena. Em 2003, um engenheiro de segurança aposentado visitou o local e percebeu falhas na segurança. Dias depois, ele subiu por andaimes que ficavam ao lado do museu e levou a obra. O alarme soou, mas como alarmes falsos eram muito comuns, os seguranças ignoraram a situação. Só 5 horas depois o roubo foi percebido. A escultura só foi resgatada 2 anos depois, quando o ladrão tentou negociá-la e foi descoberto.<h2>5. Roubo da Poppy Flowers</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28093023188090.jpeg" alt="Obra foi roubada duas vezes. (Fonte: Wikipédia)">Obra foi roubada duas vezes. (Fonte: Wikipédia)Poppy Flowers é uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121759-5-falsificacoes-de-obras-de-arte-que-eram-na-verdade-originais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pintura de Van Gogh que estava em exposição&nbsp;</a>no museu do Cairo e foi roubada duas vezes de lá. Da primeira vez, em 1977, o quadro só foi recuperado uma década depois. Em 2010, os alarmes do museu não funcionaram e mais uma vez a obra foi roubada. Desde então ela permanece desaparecida.<h2>6. Roubo do Museu de Montreal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/28/28093232869091.jpg" alt="Uma das obras roubadas. (Fonte: Wikimedia)">Uma das obras roubadas. (Fonte: Wikimedia)Em 1972, o Museu de Montreal estava passando por reformas e ladrões aproveitaram para entrar por uma claraboia que estava aberta. Eles fugiram com 18 pinturas e 39 joias. Só um dos quadros roubados, pintado por Rembrandt, valia 1 milhão. As pinturas nunca foram encontradas.</body>

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Os 6 maiores roubos da história da arte

Imagem de 5 fatos sobre o Snoopy que você não conhecia no megacurioso

O cachorrinho beagle da HQ Peanuts já tem mais de 70 anos e uma história cheia de fatos incríveis

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44419-mae-treina-beagle-para-ajuda-la-na-troca-de-fraldas-do-seu-filho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">beagle</a> mais famoso do mundo nasceu no dia 4 de outubro de 1950. Foi neste dia que o ilustrador Charles M. Schulz desenhou pela primeira vez o cachorro Snoopy dentro de sua HQ <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116385-parabens-snoopy-o-caozinho-mais-famoso-dos-quadrinhos-completa-70-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peanuts</a>. Curiosamente, o cachorro de Charlie Brown só ganhou um nome um mês depois.Snoopy nunca conversou com seus companheiros humanos, mas ele sempre compartilhou seus pensamentos a partir de balões de quadrinhos. Neste texto, contamos 5 fatos que talvez você não saiba sobre este amado cãozinho.<h2>1. Charles Schulz se inspirou no seu cão Spike</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23201111546005.jpg" alt="(Fonte: Monster Brain)">(Fonte: Monster Brain)Charles Schulz disse que cresceu no meio a vários cães. Em 1934, sua família adotou Spike, um vira-lata preto e branco que adorava andar de carro. Ao jornal Star Tribune, ele declarou que Spike e Snoopy tinham características muito semelhantes.Outra curiosidade é que Schulz cogitou chamar o cachorrinho de Sniffy. Ele mudou de ideia por lembrar que, um dia, sua mãe havia dito que, se tivesse outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cão</a>, ela gostaria de chamá-lo de Snoopy.<h2>2. Snoopy tem sete irmãos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23201358623006.jpg" alt="(Fonte: Pinterest)">(Fonte: Pinterest)Em 1975, Charles Schulz fez uma tirinha em que apresentava os irmãos de Snoopy: Spike, Belle, Marbles, “Ugly” Olaf e Andy. Mais tarde, ele criaria mais dois irmãos, Molly e Rover.Posteriormente, o cartunista disse que se arrependeu de ter criado estes irmãozinhos. "É possível — eu acho — cometer um erro na tira e, sem perceber, destruí-lo. Eu mesmo percebi isso alguns anos atrás, quando comecei a apresentar os irmãos e irmãs do Snoopy", declarou em 1987.<h2>3. Há um museu do Snoopy no Japão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23201810441009.jpg" alt="(Fonte: JRail Pass)">(Fonte: JRail Pass)Em 2016, foi inaugurado no Japão o Snoopy Museum Tokyo. Em 2019, ele foi reaberto em um lugar maior, na cidade de Machida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107363-veja-como-era-a-vida-em-toquio-no-japao-ha-mais-de-um-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tóquio</a>. O local recebe exposições e hospeda objetos e tirinhas originais dos Peanuts.<h2>4. Snoopy tem uma pintura de Vincent Van Gogh dentro de sua casinha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23202406476010.jpg" alt="(Fonte: Pinterest)">(Fonte: Pinterest)Nos quadrinhos, nunca vimos o interior da casinha do Snoopy, mas sabemos que ele tem vários pertences pessoais, como discos, livros, uma mesa de sinuca e uma pintura original de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117802-quadro-raro-de-van-gogh-sera-exibido-ao-publico-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vincent Van Gogh</a>.&nbsp;No filme de animação&nbsp;It's Magic, Charlie Brown, de 1981, vemos o interior da casinha do Snoopy pela primeira vez e conferimos que a pintura realmente está lá.<h2>4. Snoopy tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23202713683011.jpg" alt="(Fonte: Twitter)">(Fonte: Twitter)Snoopy recebeu em 2015 uma cobiçada estrela na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105510-20-fatos-sobre-a-calcada-da-fama-de-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Calçada da Fama de Hollywood</a>. Ela está localizada exatamente do lado da estrela de Charles Schulz. Contudo, Snoopy não é o primeiro personagem de desenho animado a ter uma. Pato Donald, Mickey Mouse, Pernalonga, Branca de Neve e Shrek estão entre os desenhos que também têm uma.<h2>5. Snoopy tem uma relação bem próxima com a NASA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/23/23203255182014.jpg" alt="(Fonte: NASA)">(Fonte: NASA)Por incrível que pareça, Snoopy e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> são bem conectados — e desde o final da década de 1960. Os astronautas distribuem anualmente o Prêmio Snoopy de Prata para alguns funcionários da NASA que fizeram feitos notáveis. O cachorrinho, aliás, é o mascote de segurança da agência espacial.Em 2019, uma coleção do McLanche Feliz do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121124-os-6-principais-segredos-que-o-mcdonald-s-esconde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">McDonald's&nbsp;</a>distribuiu livros temáticos com histórias do Snoopy na lua e em Marte.E sua experiência no espaço foi mais além disso: em 2022, Snoopy juntou-se à missão Artemis I da NASA para participar de um voo não tripulado ao redor da lua. Como o projeto visava apenas enviar objetos na nave, ao invés de astronautas, Snoopy foi um dos felizes selecionados.</body>

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5 fatos sobre o Snoopy que você não conhecia

Imagem de Subhash Kapoor: o contrabandista de antiguidades mais infame do século no megacurioso

O homem vendeu objetos roubados para museus famosos pelo mundo, como o Met, em Nova York

<head></head><body>O contrabando e a destruição de objetos de arte e patrimônios culturais de relevância nacional, regional, local ou internacional, são grandes problemas, principalmente no que diz respeito às culturas do Oriente Médio – apesar desse tipo de crime acontecer pelo mundo todo.Em novembro desse ano, o&nbsp;contrabandista indiano Subhash Kapoor, de 71 anos, foi condenado em primeira instância por um tribunal em Kumbakonam, na Índia, a 10 anos de prisão por roubo e exportação ilegal de 19 objetos religiosos antigos de um templo na cidade de Ariyalur, estado de Tamil Nadu.Por mais de duas décadas, o homem liderou uma quadrilha responsável por traficar mais de 2.600 objetos no valor de US$ 143 milhões.<h2>O ídolo oculto</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;India Times&nbsp;" data-fonte-url="https://www.indiatimes.com/news/india/idol-smuggler-subhash-kapoor-sentenced-to-10-years-in-jail-for-trafficking-of-chola-artifacts-583620.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21164522507467.jpg" alt="Subhash Kapoor. (Fonte: India Times/Reprodução)">Subhash Kapoor. (Fonte: India Times/Reprodução)Antes de entrar para o ramo de contrabando de maneira oficial, Kapoor era proprietário da galeria Art of the Past, em Manhattan, Estados Unidos. A empresa de sua irmã, Nimbus Import/Exports, se especializou na venda de antiguidades de todo o subcontinente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123563-sokushinbutsu-a-antiga-pratica-budista-da-automumificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indiano&nbsp;</a>e sudeste da Ásia para os principais museus do mundo, mal sabendo que todos eles eram roubados.“Kapoor foi um dos traficantes de antiguidades mais prolíficos do mundo, mas graças ao trabalho de nossos investigadores e analistas dedicados, conseguimos recuperar milhares de peças saqueadas por sua rede”, disse o promotor distrital Alvin L. Bragg, em comunicado oficial à imprensa.A Interpol perseguia Kapoor desde 2011, quando foi sinalizado e detido pela agência na Alemanha, e extraditado para a Índia para investigação e julgamento. O estrago cultural causado pelo homem ainda é impossível de ser medido, porém, museus e galerias pelo mundo já iniciaram esforços de repatriação de objetos comprados da coleção de Kapoor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21164813249472.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)As autoridades norte-americanas começaram a investigar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123390-os-esquemas-de-enriquecimento-rapido-mais-bobos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquema sujo</a> de Kapoor depois que a polícia de Udaya Palayam encerrou em 2008 um relatório em nome do templo Sri Varadaraja Perumal, em 2000, sobre 19 ídolos roubados. Três anos mais tarde, os federais vasculharam as unidades de armazenamento de Kapoor em Manhattan e no Queens, onde encontraram milhares de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117231-conheca-3-mulheres-incriveis-da-antiguidade-descobertas-em-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiguidades</a> roubadas.A "Operação Ídolo Oculto", como ficou chamada a investigação, já conseguiu repatriar para a Índia 235 artefatos que encontraram relacionados aos negócios ilícitos do contrabandista. A empresa de Kapoor distribuiu e emprestou artefatos essenciais da humanidade roubados para instituições renomadas, incluindo o Metropolitan Museum of Art (Met), National Gallery of Australia e a Yale University Art Gallery.<h2>Um problema antigo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22155331118387.jpg" alt="(Fonte: The Times of Israel/Reprodução)">(Fonte: The Times of Israel/Reprodução)Kapoor é a ilustração perfeita de um problema antigo. Depois que a Alemanha nazista de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> passou a realizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121091-lago-toplitz-pode-guardar-toneladas-de-ouro-roubado-pelos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saques maciços</a> de igrejas, templos e outros edifícios para coletar todo o tipo de conteúdo, principalmente cultural –, o comércio ilícito de antiguidades se tornou tão grande no início do século XXI, que se tornou o crime internacional mais caro do mundo depois do<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123023-rainha-vitoria-a-maior-traficante-de-drogas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;tráfico de drogas</a> e armas.Assim que contrabandistas, como Kapoor, roubam uma peça, todas as informações essenciais sobre ela são perdidas para sempre, fazendo um buraco para a História geral e local. Diante dessa verdadeira epidemia que a Unesco decidiu promulgar uma convenção em 1970 proibindo o comércio de obras que ainda não estavam fora de seus países de origem.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22155431071389.jpg" alt="(Fonte: Holocaust Museum/Reprodução)">(Fonte: Holocaust Museum/Reprodução)A Itália é um dos governos que se tornaram mais agressivos no quesito busca e repatriação de antiguidades saqueadas, chegando a travar uma longa batalha legal contra o curador de antiguidades do Getty, Marion True, por adquirir peças exportadas ilicitamente.Nos últimos anos, vários museus americanos, do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, ao Museu de Belas Artes de Boston, foram forçados pela justiça a devolverem antiguidades saqueadas a seus países de origem.</body>

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Subhash Kapoor: o contrabandista de antiguidades mais infame do século

Imagem de Por que obras de arte são tão caras? no megacurioso

Corrupção é um dos maiores problemas da indústria da arte

<head></head><body>Em 15 de novembro de 2017, um leilão da Christie’s – a empresa de arte mais importante do mundo – vendeu a pintura Salvator Mundi,&nbsp;confeccionada por Leonardo da Vinci, por US$ 450,3 milhões, para Mohammad bin Salman, atual ministro da defesa da Arábia Saudita, em nome do Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi.Com isso, a tela de 1500, a última pintura feita por Da Vinci, e que carrega a imagem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99352-o-que-sabemos-sobre-a-existencia-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>, se tornou a obra de arte mais cara da História até o momento. Desprezando o peso histórico da peça, a quantia reacendeu a recorrente e controversa pergunta: por que obras de arte são tão caras?<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ilya S. Savenok/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/christies-unveils-leonardo-da-vincis-salvator-mundi-foto-jornalistica/859765196"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21155604051415.jpg" alt="(Fonte: Ilya S. Savenok/Getty Images)">(Fonte: Ilya S. Savenok/Getty Images)A maneira como a arte é enxergada e sua valorização é um debate espinhento, por vezes associado a caprichos e alavancas do capitalismo – o que, por vezes, acaba desvalorizando o próprio artista.&nbsp;Para boa parcela da sociedade, é absurdo pagar milhões por um objeto que vai ficar pendurado em uma parede ou exposto sobre uma mesa, sobretudo quando essa quantia de dinheiro é colocada em contraste com os níveis de disparidade social.<h2>A arte é para poucos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084034752249.jpeg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Se você acha que a arte pertence a um pequeno grupo de ultra-ricos e constitui um status de poder, ou que sua supervalorização também está associada a manobras criminosas que acontecem por trás do mercado da arte, fique sabendo que essas ideias não estão totalmente erradas.O século XIX marcou o período em que os artistas começaram a se afastar do estilo realista de pintura – devido à ascensão da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123267-tangentes-o-conceito-do-design-que-explica-seus-memes-preferidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografia</a> –, uma vez que não havia mais a necessidade de que fosse criado imagens hiper-realistas, por isso telas antigas parecem justificar o alto preço e se tornam mais fáceis para as pessoas entenderem o motivo de serem tão caras.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084140569251.jpg" alt="(Fonte: Factum Arte/Reprodução)">(Fonte: Factum Arte/Reprodução)O conceito abstrato muito pregado pela contemporaneidade tende a afastar as pessoas da arte porque parece feito para alguém com um QI elevado ou de muito conhecimento artístico. No entanto, a típica ideia de que se uma obra de arte precisa de algum tipo de explicação, ela falhou em sua missão, prevalece. Ainda assim, existe a possibilidade que você consiga entender a mensagem, mas que ela pareça irrelevante.Portanto, a arte permanece um processo muito subjetivo e pessoal. Ela afeta seus espectadores de maneiras diferentes e caminha em um eixo de ideia muito tênue de expressão, refazendo o mesmo caminho que outros tipos de expressão artística, principalmente por, na maioria das vezes, não acabar fornecendo um elemento estético muito forte que chame atenção de uma pessoa.<h2>O problema da indústria</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;International Monetary Fund&nbsp;" data-fonte-url="https://www.imf.org/en/Publications/fandd/issues/2019/09/the-art-of-money-laundering-and-washing-illicit-cash-mashberg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084310686253.jpg" alt="(Fonte: International Monetary Fund/Reprodução)">(Fonte: International Monetary Fund/Reprodução)O que faz uma peça de arte ser cara é sua autenticidade e exclusividade – em qualquer nível –, pois a escassez gera valor, sobretudo quando o seu autor, como fonte última e direta de escassez, está morto. As pinturas de Da Vinci, por exemplo, se tornaram as mais caras do mundo porque ele confeccionou apenas 24 em vida, das quais apenas 20 são conhecidas.Um problema do mercado da arte que eleva seus preços é a enorme quantidade fluindo para meios de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123301-copa-do-mundo-2022-conheca-as-inusitadas-regras-para-turistas-no-qatar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lavagem de dinheiro</a>, embora isso pareça <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122661-5-teorias-da-conspiracao-esdruxulas-com-base-cientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria da conspiração</a>. Recentemente, agentes federais derrubaram um antro de drogas na Filadélfia, Estados Unidos, e encontraram um acervo de obras de artes com peças que iam de Renoir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117643-necrofilia-estupro-e-violencia-o-lado-sombrio-de-salvador-dali.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dalí</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/17/17084403836254.jpg" alt="(Fonte: Max Loeffler/The New York Times/Reprodução)">(Fonte: Max Loeffler/The New York Times/Reprodução)Esta é uma consequência direta da falha na identificação dos compradores e vendedores das peças, beneficiando os criminosos que procuram esconder seus ganhos ilícitos. Enquanto isso, o outro problema que complementa esse lado da moeda do mercado de arte – e que perturba os profissionais sérios e atrasa seu trabalho –, está no uso das peças como investimento.Muitos magnatas adquiriram obras milionárias não por apreciação, tampouco para as pendurar em casa, mas sim para estocá-las em depósitos, esperando o melhor momento para vendê-las. O Porto Livre de Genebra, na Suíça, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121707-bunkers-apocalipticos-o-negocio-que-fatura-milhoes-por-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bunker</a> usado por milionários, guarda uma infinidade de obras que poderiam estar em museus.É por movimentos como esse que as enormes somas pagas pelas obras raramente chegam ao artista, fazendo do mercado da arte mais sujo e obscuro do que já é.</body>

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Por que obras de arte são tão caras?

Imagem de 4 filmes famosos que foram acusados de plágio no megacurioso

O caso da série da Netflix que teria copiado uma ilustradora brasileira não é uma novidade na cultura pop

<head></head><body>O caso apontado pela ilustradora brasileira Mary Cagnin — que indicou ter visto muitas semelhanças entre <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/254638-plagio-artista-brasileira-indica-semelhancas-entre-obra-serie-1899.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">1899</a>, nova série da Netflix, e sua HQ Black Silence, publicada em 2016 — levantou o debate sobre o que significa <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/71755-a-franquia-o-exterminador-do-futuro-e-um-caso-de-plagio-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plágio</a>, referência ou coincidência entre diferentes obras de arte.Mas certamente não é a primeira vez que uma situação deste tipo acontece. Neste texto, contamos o caso de 4 filmes que já foram acusados de plagiar outras obras — inclusive brasileiras.<h2>1. As Aventuras de Pi</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;O Globo&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/Eu9qWNURmcRSK2kmv7f_h-V8_2s=/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2019/V/A/wKdCFWSY2crFGSPrsxVQ/foto19cul-101-pi-d4.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21194941608676.jpg" alt="(Fonte: O Globo)">(Fonte: O Globo)Em 2012, o filme&nbsp;As Aventuras de Pi,&nbsp;dirigido por Ang Lee, fez muito sucesso e chegou a levar o Oscar de Melhor Direção. Sua história girava em torno de um menino, chamado Pi, que está numa embarcação que naufraga, ficando sozinho com alguns animais do zoológico da família. No fim, Pi acabava permanecendo no barco com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121032-7-curiosidades-intrigantes-sobre-o-tigre-de-bengala.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tigre de Bengala</a>, e desenvolve uma ligação profunda com ele.O filme se baseava no livro A Vida de Pi,&nbsp;escrito pelo canadense Yann Martel em 2001, que venceu com ele o Man Booker Prize, o mais prestigiado prêmio literário da Grã Bretanha. Ocorre, no entanto, que a obra guardava muitas coincidências com Max e os Felinos, romance &nbsp;de 1981 do escritor gaúcho Moacyr Scliar.O livro de Scliar conta a história de um jovem judeu que sobrevive a um naufrágio e acaba dividindo um bote salva-vidas com uma pantera. Martel declarou então que realmente havia se inspirado na ideia do escritor brasileiro depois de ler uma resenha. Scliar, que faleceu em 2011, nunca chegou a processar o autor.<h2>2. Cisne Negro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21195931784678.jpg" alt="(Fonte: Plano Crítico)">(Fonte: Plano Crítico)O filme Cisne Negro, dirigido por Darren Aronofsky em 2010, foi visto como plágio do anime japonês&nbsp;Perfect Blue, de 1998. Eles têm a mesma premissa: mostram uma artista que vai percorrendo o caminho para a insanidade à medida que a pressão por sua carreira faz com que ela perca a noção da realidade.O filme japonês é visto por muitos como uma obra-prima criada por Satoshi Kon. Alguns fãs do <a href="https://www.megacurioso.com.br/anime/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anime</a> também viram semelhanças com Réquiem para Um Sonho, outro filme do diretor. Ambas as obras repetiriam premissas e frames muito parecidos com os do desenho.Ainda que Darren Aronofsky tenha negado ter copiado ou referenciado Perfect Blue&nbsp;nos filmes, o mais curioso é notar que eles possui os direitos para fazer um remake americano do anime.<h2>3. Matrix</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21200734154680.jpg" alt="(Fonte: Revista Galileu)">(Fonte: Revista Galileu)Lançado em 2021, Matrix: Resurrections&nbsp;teve prejuízo nas bilheterias de cinema. Mas talvez o pior resultado colhido pela franquia criada pelas irmãs Wachowski foi uma acusação de plágio.O filme foi acusado pelo quadrinista Grant Morrison de ser um plágio de sua HQ&nbsp;Os Invisíveis, lançada em 1994. O escritor declarou em 2003 que sentiu que suas ideias na revista foram apropriadas indevidamente por produtos da cultura pop, incluindo Matrix.“Senti meu território invadido (...). De repente&nbsp;[a temática] estava em toda parte; você meio que sente que as gazelas chegaram ao seu bebedouro e estão bebendo da sua água. Então, para mim foi o fim de Os Invisíveis.&nbsp;Edições de Os Invisíveis estavam no set [de Matrix]. As pessoas que estavam lá me contaram.&nbsp;[As Wachowski] são fãs de <a href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quadrinhos</a>. Elas eram fãs da Vertigo em particular”, afirmou Morrison. O quadrinista, no entanto, nunca entrou com um processo contra as irmãs Wachowski.<h2>4. Inception</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/21/21202531895681.jpg" alt="(Fonte: LW Lies)">(Fonte: LW Lies)O filme Inception, dirigido por Christopher Nolan em 2010, também foi acusado plagiar um anime de Satoshi Kon — sim, o mesmo autor que teria sido copiado por Darren Aronofsky em Cisne Negro.A "inspiração" seria do filme Paprika, de 2006, o último filme feito pelo diretor japonês antes de sua morte em 2010. O anime foi baseado no romance de 1993 de Yasutaka Tsutsui.A história dos dois filmes é bem semelhante. Em Paprika, um laboratório de tecnologia cria um dispositivo que permite a entrada no mundo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41931-15-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-os-sonhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonhos</a>. A princípio, a máquina é destinada a fins terapêuticos, para potencialmente curar doenças mentais e traumas. Mas quando o aparelho é roubado, as pessoas começam a se comportar de maneira estranha e os sonhos começam a se confundir com a realidade.Mesmo com as coincidências entre as tramas, o diretor de Inception não foi processado. </body>

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4 filmes famosos que foram acusados de plágio

Imagem de Kitsch: conheça o estilo de arte dos "bom dias" de WhatsApp no megacurioso

Sabe aquelas figurinhas reluzentes de bom dia que você recebeu no WhatsApp hoje? Elas se encaixam dentro de um estilo artístico controverso

<head></head><body>Sabe aquelas figurinhas que nossas tias e avós nos mandam no WhatsApp desejando um bom dia? Por incrível que pareça, estas imagens podem se adequar em um estilo artístico. Falamos aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/102036-arquiteto-mistura-o-kitsch-e-o-brega-para-levar-cor-a-bolivia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">kitsch</a>, um termo que passou a designar objetos ou obras de arte considerados como de mau gosto.Neste texto, contamos o que é este estilo e como aquelas figurinhas que as pessoas mais velhas amam podem ter um fundo artístico mais interessante do que parece.<h2>O que é o kitsch?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/15/15093701406075.jpg" alt="(Fonte: JSTOR Daily)">(Fonte: JSTOR Daily)Originalmente, o termo kitsch não estava atrelado ao mundo artístico. Trata-se de uma palavra alemã de sentido controverso: imagina-se que ela possa ter surgido por volta dos anos 1870 e designava os detritos que ficavam nas ruas e eram às vezes reaproveitados para criar outras coisas.O sufixo "tsch" da palavra, no alemão, costuma ser associado a coisas vulgares, ingênuas ou infantis. E isto tem a ver com a forma pela qual o kitsch foi apropriado nas artes. A palavra começou a ser usada para designar obras banais, ingênuas e que mostravam falta de profundidade - em oposição ao que se imaginava ser a função contemplativa das chamadas belas artes.Com o tempo, o kitsch evoluiu e passou a incluir <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107865-artista-cria-ilustracoes-incriveis-usando-objetos-banais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos de arte</a> feitos propositadamente com esta função. Artistas começaram a criar obras que copiavam as referências da cultura erudita em produtos para as massas, que vulgarizavam o conceito original da arte.<h2>A popularização do kitsch&nbsp;com a&nbsp;internet</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/15/15093824764076.jpg" alt="(Fonte: Reforme)">(Fonte: Reforme)Já há estudiosos pesquisando a associação do kitsch com linguagens estéticas que são correntes em imagens que transitam pela internet. E elas teriam forte associação com outras questões circulantes em parte da sociedade, como o conservadorismo e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121840-juramento-a-bandeira-dos-eua-nao-foi-escrito-so-por-patriotismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">patriotismo</a> exacerbado.O filósofo Thorsten Botz-Bornstein lançou um livro chamado The New Aesthetics of Deculturation: Neoliberalism, Fundamentalism, Kitsch&nbsp;em que apresenta o argumento que o kitsch seria uma espécie de "fundamentalismo estético". “O kitsch abunda quando verdades concretas enraizadas em ambientes culturais concretos não estão disponíveis. Então o prazer próprio se torna a grande referência estética”, escreve na obra.Em outras palavras, aquelas imagens fofinhas e brilhantes de bom dia que chegam para nós pelas redes sociais revelariam uma falta de profundidade cultural - uma vez que se focam nas experiências imediatas de prazer e não na reflexão - e a uma tendência a enxergar o mundo de uma forma excessivamente simplista. "O resultado é a criação de verdades alternativas ou – se o mecanismo persistir – de realidades alternativas", diz Thorsten Botz-Bornstein.Outro aspecto interessante, segundo os estudiosos da filosofia e da arte, é que este gosto pelo kitsch se liga a outros elementos da vida cotidiana. O ensaísta Kyle Chayka e o crítico Adam Platt já observaram que este efeito homogeneizador do kitsch se espalha também nos espaços físicos, tomados por uma estética "<a href="https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/139489-cenario-instagramavel-rua-paris-tirando-paz-moradores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">instagramável</a>", em que tudo parece igual."O arco da estética digital tende ao minimalismo por causa de sua fotografabilidade. Por esse padrão, a beleza é o que se presta ao fluxo de mídia social. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/21602-a-feiura-e-o-que-impede-especies-diferentes-de-se-misturar-afirma-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feiúra</a> significa não fotografável – e o kitsch é o claro beneficiário dessa mudança visual", escreve a jornalista Daisy Alioto. </body>

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Kitsch: conheça o estilo de arte dos 'bom dias' de WhatsApp

Imagem de O vilarejo na Guatemala que está se tornando uma obra de arte no megacurioso

Projeto criou uma cidade com casas e comércios com cores vibrantes e relacionadas com a comunidade local

<head></head><body>“O que é aquela cidade com os prédios azuis?”, se perguntam os turistas que estão passeando pelas águas azuis do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107609-conheca-12-dos-lagos-mais-belos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lago Atitlán</a> na Guatemala. O vilarejo de Santa Catarina Palopó, que por muitos anos passou despercebido, hoje tem recebido a atenção das pessoas que decidem conhecer as comunidades locais do lago.<h2>Turismo regional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16105115760362.jpg" alt="Lago Atitlán com duas crateras de vulcão ao fundo. (Fonte: Wikimedia Commons)">Lago Atitlán com duas crateras de vulcão ao fundo. (Fonte: Wikimedia Commons)Todos os dias, lanchas que funcionam como táxis, pegam e transportam os moradores locais a caminho do trabalho. Mulheres vestindo trajes tradicionais maias também utilizam o transporte para vender seus artesanatos, assim como os turistas que pretendem explorar a região.&nbsp;O Lago Atitlán fica em uma cratera vulcânica. Ao seu redor estão três <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109215-18-fatos-interessantes-sobre-vulcoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulcões</a> perfeitamente cônicos e 11 <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122434-maias-os-5-maiores-enganos-a-respeito-dessa-civilizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vilarejos maias</a>, o que forma uma espécie de complexo turístico natural e cultural. Cada uma das vilas é conhecida por alguma coisa — têxteis, cerâmica, chocolate — e todas competem pela atenção dos turistas que vão até o local para conhecer o lago.Santa Catarina Palopó está entre os vilarejos que dependem do turismo para se manter economicamente. Porém, por muito tempo os cerca de 5.000 indígenas que vivem lá dependeram quase que exclusivamente da pesca e da agricultura. Como essas fontes de renda não vinham conseguindo disputar com as demais aldeias, o turismo por lá não estava conseguindo sustentar a crescente população da cidade.&nbsp;A solução para este problema surgiu dos próprios moradores locais. Percebendo que muitas pessoas deixavam o vilarejo para tentar emprego na Cidade da Guatemala, no México ou nos Estados Unidos, um grupo de trabalhadores, artesãos, empregadas domésticas e donas de casa criou o projeto Pintando Santa Catarina Palopó em 2016. O objetivo inicial do projeto era simples: pintar todas as 850 casas e comércios em cores vibrantes, na tentativa de transformar a cidade serrana em um destino cultural.<h2>A cidade colorida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/16/16104914918359.jpg" alt="(Fonte: Pintando Santa Catarina Palopó project)">(Fonte: Pintando Santa Catarina Palopó project)O projeto surgiu como uma mistura de atrair mais turistas, revitalizar o vilarejo e reforçar as tradições locais. Para isso, o artista guatemalteco Diego Olivero foi convidado para organizar oficinas de design social com líderes comunitários. Isso iria garantir que os moradores pudessem participar ativamente do processo.Olivero, ao mesmo tempo que explicava como poderia ser feito um trabalho artístico e atrativo, também aprendeu a importância da comunidade local estar ligada à natureza e ao local onde nasceram. O resultado foi que a escolha das cores veio do próprio meio cultural dos moradores e teve como principal fonte de inspiração o huipil, uma vestimenta tradicional deles.Stephany Blanco, a diretora executiva do projeto, queria pintar as casas com as cores e figuras que representassem a comunidade. Para isso, foram criadas uma variedade de designs para que as famílias pudessem escolher qual queriam para suas casas e que melhor representassem a família.As principais cores foram inspiradas no Lago Atitlán, nos vulcões e nas plantas. A equipe criou uma paleta de cores com nomes como “água”, “lama” e “pedra verde”. E assim, os moradores começaram a ver o azul vívido, roxo intenso e verde vibrante tomando conta de Santa Catarina Palopó. As cores laranja, amarelo e rosa completam o esquema principal de cores.Nos últimos cinco anos, o turismo no vilarejo subiu 74%, estimulando o comércio local. Já foram abertos 17 novos negócios, como um centro cultural, cafés, restaurantes, galerias de arte e centros de artesanato. Das 850 casas, 749 já foram pintadas. O que fez com que, além do turismo, os próprios moradores se interessassem mais pela sua própria localidade.</body>

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O vilarejo na Guatemala que está se tornando uma obra de arte

Imagem de Como fazer os jovens gostarem de música clássica? no megacurioso

É cada vez menor o número de jovens que ouvem música clássica, mas para mudar esse cenário uma série de medidas seriam necessárias

<head></head><body>Quando você vê um adolescente andando na rua com seus fones brancos firmemente presos aos ouvidos, balançando levemente o corpo como se fosse um bosque sacudido por uma brisa interior, você pode ter uma certeza quase absoluta que não é música clássica o que ele está ouvindo.Qualquer um de nós pode verificar esse fato por conta própria: a maioria dos adolescentes consegue citar entusiasticamente o nome de dezenas de bandas e artistas de pop ou funk, os últimos lançamentos ou o que está em suas listas de reprodução favoritas.&nbsp;Mas tente perguntar a eles quem foi Johann Sebastian Bach, Richard Wagner ou Johannes Brahms, por exemplo, e provavelmente você notará um tipo engraçado de olhar vidrado e perdido.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: Andrea Piacquadio / Pexels/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/mulher-de-camisa-branca-com-botoes-enquanto-ouve-musica-3776839/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10230406186017.jpg" alt="Fonte: Andrea Piacquadio / Pexels/ Reprodução)">Fonte: Andrea Piacquadio / Pexels/ Reprodução)Segundo oThe National Endowment for the Arts, em 2008, somente 8,8% dos estadunidenses haviam visto uma apresentação de música clássica nos últimos 12 meses. Décadas antes disso, esse percentual era de 11,6%. E tem mais, naquele ano, somente 3% das gravações vendidas consistiam de música clássica, bem como apenas 3% dos ingressos de shows vendidos eram para concertos clássicos.De lá para cá, a situação não mudou muito. Os millennials e a geração Z estão ouvindo bem menos música clássica que as anteriores. Se nada for feito, possivelmente, a geração Alpha, aqueles nasceram após 2010 e que serão a maioria da humanidade a partir de 2025, seguirão pelo mesmo caminho.<h2>De quem é a culpa?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10230525159018.jpg" alt="(Fonte:Eleazar Ceballos/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte:Eleazar Ceballos/ Pexels/ Reprodução)Mas será possível atribuir o&nbsp;desinteresse do jovem pela música clássica&nbsp;a algum culpado? Para alguns, computadores, smartphones e consoles de games talvez possam ser responsabilizados pela baixa popularidade desse estilo musical entre os adolescentes. Para outros, isso não explica toda a questão: boa parte dos jovens simplesmente acha a música clássica chata. Claro que isso não se aplica a todos.Crianças e jovens são agitados e emocionais, falam rápido e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122014-musica-classica-pode-deixar-criancas-mais-inteligentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensam da mesma forma</a>. Então, nada mais natural que preferirem que sua música também seja rápida e "mexa" de alguma forma com suas emoções. O ritmo da música clássica, com suas muitas paradas e recomeços, longos momentos, mudanças de humor e dinâmica, sem contar o andamento, é o oposto do que psique turbinada desse grupo deseja.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120541-samba-quando-o-ritmo-brasileiro-era-considerado-crime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gênero pop</a>, por exemplo, tem músicas estruturalmente mais simples e apelativas que funcionam como ímãs para a mente da juventude. Além disso, a temática da música pop atrai mais os adolescentes que a complexidade multifacetada da música clássica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10230648523019.jpg" alt="(Fonte: Kampus Production/ Reprodução/ Pexels)">(Fonte: Kampus Production/ Reprodução/ Pexels)Colin Eatock, um compositor canadense, pesquisou entre seus alunos da Universidade de Toronto o motivo pela falta de apelo da música clássica entre os jovens. Em termos gerais, as razões apontadas pelos estudantes (que incluíam alunos com mais de 40 anos) poderiam ser divididas em duas categorias: coisas que as pessoas não gostam na cultura que cerca a música clássica e coisas que as pessoas não gostam como a música clássica soa.Sobre isso, o próprio Eatock aponta um aspecto interessante: a música clássica é puramente instrumental, não existe texto para dar significado às composições. E quando temos cantores, óperas e concertos, o estilo vocal soa antinatural e artificial, com muitos gritos e berros. Ou seja, mesmo que não estejam cantando em uma língua estrangeira, as palavras são praticamente ininteligíveis. Desnecessário dizer o quanto isso pode parecer absurdo para um jovem de hoje.Afinal, quantos adolescentes você conhece que gostam de permanecer parados por mais de uma hora para admirar e aproveitar a sutileza de qualquer coisa? Isso nos faz lembrar daquela imagem de um grupo de adolescentes em um museu concentrados em seus smartphones, não nas obras de arte, que viralizou há algum tempo na internet.A boa notícia é que os&nbsp;serviços de música clássica ainda resistem, sejam do jeito tradicional, em salas de concerto, ou modernizados em plataformas de streaming de música e vídeo.No entanto, são muito mais caros de serem consumidos hoje em comparação com algumas décadas atrás. Nos anos 1970 e 1980, por exemplo, era possível até ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121080-o-que-mudou-na-arte-apos-a-semana-da-arte-moderna-de-1922.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acesso à música erudita</a> de graça. Aliás, é importante considerar que a música é algo que está deixando de fazer parte da educação escolar de cada vez mais crianças e adolescentes.<h2>Como despertar o interesse dos jovens pela música clássica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10230828478021.jpg" alt="(Fonte: Ð?ng Thanh Tú/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Ð?ng Thanh Tú/ Pexels/ Reprodução)Como os jovens consomem música hoje é bem diferente do que as gerações anteriores faziam. A grande questão é que não existe uma única solução para fazer com que crianças e adolescentes passem a gostar de música erudita.Aliás, cabe aqui uma observação: gostar é uma palavra um tanto específica, afinal, gostamos ou não de algo com base em nossas experiência, cultura, sentimentos e expectativas. Então, interesse seria um termo mais apropriado.Dito isto, alguns possíveis caminhos para atrair a atenção dos jovens e despertar seu interesse pela música clássica apontados por pesquisadores, empresários do setor musical, especialistas em música erudita e professores de música são bastante diversos. Alguns deles incluem:1. Fazer com que a música clássica deixe de ser considerada “melhor” que outros estilos musicais ou elitista. De forma direta, diga a um adolescente para conhecer algo elitista que ele, provavelmente, recusará. Afinal, querem seguir os caminhos que sua tribo trilha. Faz parte da juventude.2. Integrar conservatórios em escolas e universidades também é uma saída. Os jovens tendem a fazer aquilo que seus amigos fazem. Se um universitário que estuda economia tem um amigo que gosta e estuda música clássica, há uma grande probabilidade de ele acompanhar o colega a uma apresentação.&nbsp;O importante é que seja no mesmo lugar, isto é, se os jovens com interesse em música clássica estiverem em uma instituição educacional separada, eles terão bem poucos amigos não músicos para "fisgar".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10231131288024.jpg" alt="(Fonte: Kostiantyn Klymovets/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Kostiantyn Klymovets/ Pexels/ Reprodução)3. Quanto mais barato melhor. Mas aqui é um meio-termo. Boa parte dos ingressos para concertos clássicos são adquiridos por jovens que já estudam música ou por admiradores do estilo. Logo, seria necessário encontrar uma maneira de atrair os curiosos musicalmente. Talvez,&nbsp;investindo em um marketing mais atual e viral.4.&nbsp;Educar o jovem seria outra forma de despertar o interesse dele por compositores clássicos. O problema está na maneira como isso é feito atualmente — e quando é feito. Por exemplo, talvez ele até tenha ouvido falar sobre Mozart ou Beethoven, mas provavelmente se perguntará quem esse tal de Rautavaara ou como se pronuncia Korngold ou Berlioz.&nbsp;Desenvolver programas temáticos ou algo mais criativo&nbsp;para apresentar os compositores clássicos gradativamente aos jovens poderia ser uma solução, mesmo que fosse preciso apostar no interesse deles por instrumentos ou até apelar para o emocional.5. Mostrar que a música clássica combina com quase tudo também constituiria um bom caminho. Por exemplo, não é raro que hoje bandas de heavy metal a artistas de música pop desenvolvam algum projeto com uma orquestra sinfônica. Trilhas sonoras de games, seriados e filmes poderiam contribuir muito nesse sentido.6. O conceito de concertos clássicos pode ser algo assustador como experiência para os jovens. Temas tediosos e músicos vestindo smokings com caudas é algo que possivelmente os desanima e os faz reafirmar ainda mais a ideia de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123272-as-melhores-musicas-para-se-concentrar-no-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">música clássica é anacrônica e arcaica</a>. Isso poderia ser “atualizado” sem perder a originalidade.&nbsp;7. A música clássica precisa ser fácil para o jovem. Por exemplo, é mais prático para ele se interessar por jazz, blues ou qualquer outra coisa que não precise de uma explicação pré-show.&nbsp;Isso significa que estudiosos do assunto, compositores, músicos, professores e maestros precisariam encontrar uma forma de tornar o conceito de música erudita algo que possa ser descoberto facilmente por quem não tem uma gota de conhecimento sobre o segmento. Ou mais tragável por quem tem curiosidade<h2>Um caminho complicado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10231359061029.jpg" alt="(Fonte: Gustavo Anacleto / Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Gustavo Anacleto / Pexels/ Reprodução)Na internet há uma série infinita de artigos sobre “Como fazer com que os jovens gostem de música clássica”. Alguns reúnem aspectos interessantes, como os que compilamos acima, mas não existe um consenso sobre isso. Além disso, a maioria falha em um ponto muito importante: o fator gostar. Se o jovem não é guiado pela música clássica, dificilmente se interessará por ela. Ou ela o pega, ou não!Nenhuma quantidade de pressão ou convencimento fará com que eles gostem de algo que não querem ou não pensam em gostar. E esse é o maior erro cometido quando se tenta apresentar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120487-astor-piazzolla-o-genio-que-revolucionou-o-tango-argentino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">música clássica ao público&nbsp;</a>jovem. Afinal, se existe um grupo que odeia que algo seja “enfiado goela abaixo” é este.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Andrea Piacquadio/ Pexels/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/mulher-com-casaco-violeta-segurando-fones-de-ouvido-brancos-3796604/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/10/10231542439031.jpg" alt="(Fonte: Andrea Piacquadio/ Pexels/ Reprodução)">(Fonte: Andrea Piacquadio/ Pexels/ Reprodução)Finalmente, o tecido musical da vida cotidiana da juventude atual não é bem uma coisa sinfônica. Pense bem, quantos games, programas de televisão ou canais do YouTube usam a música clássica de alguma maneira? Não muitos, podemos apostar.Talvez, o primeiro passo para fazer com que crianças, adolescentes e jovens mais velhos se interessem e passem a gostar de música clássica&nbsp;é integrá-la às suas vidas e rotinas sem forçar a barra.&nbsp;Mas é aqui que encontramos o trabalho mais difícil de todo o processo, pois envolve a educação recebida em casa, a escola, o comportamento do mercado de entretenimento que gosta do lucro e a própria psique do jovem, que deve ser a primeira coisa considerada quando se deseja apresentar algo para ele.&nbsp;Para entender o quanto isso é complicado, basta considerar o relatório da The Audience Agency , segundo o qual “o público da música clássica está concentrado nas faixas etárias médias e idosas, com 42% na faixa etária de 41 a 60 anos e 37% acima de 61 anos”.</body>

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