Imagem de Vencedor de concurso de fotos microscópicas faz descoberta científica no megacurioso

O primeiro lugar do concurso Nikon Small World foi o registro do crânio de um peixe-zebra com uma característica até então desconhecida


<p>Divulgado na última terça-feira (13), o resultado do concurso de fotografia Nikon Small World impressionou pela qualidade das fotos e pelas técnicas utilizadas pelos fotógrafos-pesquisadores para obter efeitos de luz sob condições <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/imagens-extraordinarias/102348-15-fascinantes-fotos-microscopicas-de-alimentos-do-seu-dia-a-dia.htm" target="_blank">microscópicas</a> nas quais as fotos foram realizadas.</p>



<p>A competição, que acontece há 46 anos, busca compartilhar imagens microscópicas em composições que combinam arte e ciência.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15160730209262.jpg" alt="Fonte: Ahmad Fauzan/2020 Photomicrography Competition/Reprodução"/><figcaption>5º lugar: Traça nativa na Austrália e Nova Zelândia (Fonte: Ahmad Fauzan/2020 Photomicrography Competition/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Para o gerente de comunicações da Nikon, Eric Flem, “À medida que as técnicas e tecnologias se tornam mais avançadas, temos o orgulho de apresentar os registros que a combinação de pesquisa, criatividade, tecnologia de imagem e experiência pode trazer para as descobertas científicas”.</p>



<h2>Uma descoberta científica</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15161153806265.jpg" alt="Fonte: Castranova et al./2020 Photomicrography Competition/Reprodução"/></figure>



<p>O grande vencedor do concurso foi Daniel Castranova que, com o apoio de Brant M. Weinstein e Bakary Samasa, conseguiu unir mais de 350 registros individuais de um peixe-zebra numa foto final que mostra o dorso da cabeça do animal com um esqueleto fluorescente, escamas azuis e um destacado sistema linfático em laranja.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15161811288266.jpg" alt="(Fonte: Vasileios Kokkoris et al./2020 Photomicrography Competition/Reprodução)"/><figcaption>4º lugar: Esporos de um fungo do solo (Fonte: Vasileios Kokkoris et al./2020 Photomicrography Competition/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O que mais impressiona na foto, além da sua beleza, é uma descoberta científica adicional: a de que o peixe-zebra possui vasos linfáticos dentro do seu crânio, algo que se supunha ser um atributo exclusivo dos mamíferos. Como esse tipo de peixe é um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/43038-conheca-monstrinho-imprescindivel-para-as-pesquisas-cientificas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mais usados em testes de laboratório</a> do mundo, a descoberta pode se revelar muito útil em pesquisas do câncer e do Alzheimer.</p>



<h2>Pequenas maravilhas</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15162545240269.jpg" alt="Fonte: Foto: Daniel Knop/2020 Photomicrography Competition/Reprodução"/><figcaption>2º lugar: Embriões do peixe-palhaço (Fonte: Foto: Daniel Knop/2020 Photomicrography Competition/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A foto que obteve o segundo lugar no concurso foi uma imagem composta por cinco registros do desenvolvimento embrionário de um peixe-palhaço (<em>Amphiprion percula</em>), durante registros efetuados em quatro dias pelo fotógrafo de natureza Daniel Knop. As fotos compreendem a fertilização, desde algumas horas após, até momentos antes da eclosão.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15162752052272.jpg" alt="Fonte: Foto: Daniel Knop/2020 Photomicrography Competition/Reprodução"/><figcaption>3º lugar: Rádula de caracol (Fonte: Igor Siwanowicz/2020 Photomicrography Competition/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O terceiro lugar foi para um close-up multicolorido da rádula (espécie de língua) de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110517-voce-sabia-que-caracois-tem-milhares-de-dentes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">caracol</a> de água doce, capturado por Igor Siwanowicz, um bioquímico e neurobiologista do Instituto Max Planck de Munique, na Alemanha.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:04.688Z

Vencedor de concurso de fotos microscópicas faz descoberta científica

Imagem de Nova espécie de aranha com o rosto azul é documentada na Austrália no megacurioso

A minúscula aranha-saltadora foi encontrada por acaso e não possuía registro catalogado


<p>Uma nova espécie de aranha-saltadora foi descoberta em Nova Gales do Sul, na Austrália. Com um tamanho aproximado de uma ervilha, o minúsculo animal de rosto azul foi encontrado por acaso por Amanda De George, diretora do <em>Backyard Zoology</em>, e aponta o surgimento não apenas de um novo indivíduo, mas de uma possível nova comunidade local dos pequeninos insetos.</p>



<p>Enquanto explorava as regiões próximas à sua casa, Amanda De George aproveitava para tirar fotos de uma pequena aranha-saltadora que estava se alimentando de outro inseto. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116413-15-fotos-incriveis-do-the-close-up-photography-of-the-year-2020.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fotógrafa</a> não demorou a se interessar pelo animal, que apresentava uma constituição exótica e diferenciada, mas acabou perdendo-o de vista e só o encontrou novamente cerca de quatro meses depois.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/13/13090737642020.jpg" alt="(Fonte: Amanda De George/Backyard Zoology)" /><figcaption>(Fonte: Amanda De George/Backyard Zoology)</figcaption></figure>



<p>&#8220;Essa aranha era absolutamente deslumbrante. Ela olhou para mim com seu rosto, palpos e olhos azuis elétricos. Eu literalmente engasguei&#8221;, disse De George, comentando sobre o segundo encontro com o inseto, em entrevista ao <em>IFL Science</em>. &#8220;Nem me preocupei em obter uma documentação imediata, pois pensei que seria muito fácil identificá-la através do Google por causa de suas características exclusivas. Não tinha a menor ideia de que havia realmente encontrado uma espécie nova para a ciência!&#8221;</p>



<p>Foi então que, após publicar as fotos da aranha em suas redes sociais, Amanda foi procurada pelo biólogo Joseph Schubert, do Museums Victoria, que afirmou que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116140-homem-aranha-indiano-viraliza-ao-escalar-paredes-sem-dificuldades.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">aranha-saltadora</a>, de fato, se tratava de uma espécie ainda não identificada, sendo o único grupo de <em>Jotus</em>, um gênero da família <em>Salticidae</em>, que possui a face azulada e um tamanho de cerca de 4 milímetros.</p>



<h2>O início de um novo trabalho</h2>



<p>A descoberta da minúscula aranha-saltadora marca um evento importante não apenas para a diversidade das espécies de aranhas espalhadas pelo planeta, mas para a própria comunidade científica, que continua realizando estudos a fim de registrar o máximo de espécies possíveis, especialmente quando os animais estão em regiões distantes e as medidas de lockdown e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116395-dono-de-cidade-fantasma-nos-eua-fica-em-isolamento-na-pandemia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">isolamento social</a> da quarentena impedem análises presenciais aos ecossistemas dos insetos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/13/13090605031019.jpg" alt="(Fonte: Amanda De George/Backyard Zoology)" /><figcaption>(Fonte: Amanda De George/Backyard Zoology)</figcaption></figure>



<p>Atualmente, a aranha-saltadora de rosto azul ainda não tem nome definido e não está devidamente classificada nos órgãos taxonômicos, mas em breve deverá ser documentada para que toda o planeta tenha conhecimento da nova espécie.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:04.146Z

Nova espécie de aranha com o rosto azul é documentada na Austrália

Imagem de Cientistas revelam as causas do desaparecimento da megafauna asiática no megacurioso

Extinção de diversas espécies, incluindo o Homo erectus, pode ter ocorrido devido a mudanças climáticas e geológicas


<p>Há mais de 100 mil anos, todos os continentes da Terra contavam com <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/85374-conheca-6-animais-gigantescos-e-assustadores-que-ja-habitaram-a-australia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">animais grandiosos</a>, compondo o que a comunidade científica chama de megafauna. Não se sabe exatamente o que os levou à extinção, se causa humana ou climática, mas pouca atenção foi dada às espécies perdidas no sudeste da Ásia. Julien Louys, da Universidade Griffith (Austrália), decidiu lançar luz sobre o cenário e, em um estudo que reconstruiu as dietas de vários animais desaparecidos da região a partir dos isótopos de seus dentes, descobriu que a transformação de florestas tropicais em savanas e vice-versa ao longo de 2,6 milhões de anos acabou com diversos exemplares – incluindo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108643-treta-na-ciencia-pesquisador-propoe-que-homo-erectus-morreu-de-preguica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><em>Homo erectus</em></a>, provavelmente.</p>



<p>Louys e seu colega, Patrick Roberts, do Max Planck Institute for the Science of Human History (Alemanha), explicam que os elementos analisados mostram que, no início da Era do Gelo, florestas tropicais eram abundantes por lá, mas foram substituídas por pastagens há cerca de 1 milhão de anos, fazendo com que algumas figuras prosperassem, como nosso familiar distante e o Stegodon, parente dos elefantes. Outras sumiram, a exemplo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/42331-10-gigantes-animais-pre-historicos-e-assustadores.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><em>Gigantopithecus black</em></a>, o maior macaco que já existiu. Entretanto, as coisas mudaram novamente um tempo depois.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/09/09113237115076.jpg" alt="Stedogon, uma das espécies que prosperaram na savana asiática." /><figcaption>Stedogon, uma das espécies que prosperaram na savana asiática.</figcaption></figure>



<p>Uma combinação de alterações de temperaturas e mudanças geológicas regionais elevou o número de chuvas e possibilitou uma nova expansão das florestas, mantidas até o desmatamento em escala industrial. No processo, muitas espécies de savana morreram, incluindo alguns de nossos parentes mais próximos. &#8220;Apenas nossa espécie, <em>Homo sapiens</em>, parece ter as habilidades necessárias para explorar ambientes de floresta tropical e se manter com sucesso&#8221;, detalha Roberts.</p>



<p>&#8220;Todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108488-nova-teoria-pode-explicar-porque-somos-os-unicos-humanos-na-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">outras espécies de hominídeos</a> foram aparentemente incapazes de se adaptar a esses ambientes dinâmicos e extremos.&#8221;</p>



<h2>Novos perigos, novos desafios</h2>



<p>Com essas informações, os pesquisadores afirmam não ter sido à toa a chegada dos primeiros humanos modernos à área entre 72 mil e 42 mil anos atrás, já que foi justamente o período em que as florestas tropicais começaram a ganhar relevância uma vez mais.&nbsp;</p>



<p>Agora, infelizmente, espécies que dependem desses ambientes estão lutando contra a extinção – já que eles estão sendo devastados para darem lugar a plantações que sustentem a produção mundial de <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/71575-nutella-entra-na-lista-de-viloes-que-prejudicam-o-meio-ambiente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">óleo de palma</a>. &#8220;Os mamíferos do sudeste asiático estão sob ameaça sem precedentes pelas ações dos humanos. Corremos o risco de perder algumas das últimas megafaunas que ainda andam pela Terra&#8221;, alerta Louys.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/09/09113432538077.jpg" alt="Orangotango, uma das espécies que dependem de florestas tropicais e correm o risco de desaparecer." /><figcaption>Mamíferos que dependem de florestas tropicais correm o risco de desaparecer.</figcaption></figure>



<p>&#8220;Nossa perspectiva de longo prazo, portanto, fornece percepções críticas que são relevantes para as prioridades de conservação atuais&#8221;, defendem os cientistas, afirmando que, com o conhecimento adquirido, é possível reverter a situação.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:03.811Z

Cientistas revelam as causas do desaparecimento da megafauna asiática

Imagem de Desastre ecológico na Rússia mata milhares de animais marinhos no megacurioso

Até 95% das criaturas que vivem no fundo do mar, na península de Kamchatka, podem ter morrido


<p>Desde os primeiros dias de outubro, milhares de corpos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114773-animais-marinhos-fofos-e-lindos-sao-na-verdade-bolhas-de-muco.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">animais marinhos</a> têm aparecido misteriosamente na <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/108795-criatura-estranha-surge-em-praia-da-russia-e-sua-identificacao-gera-debate.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">península de Kamchatka</a>, uma região remota da Rússia, intrigando os moradores. As águas cristalinas do local também mudaram suas características, passando a apresentar cor e cheiro estranhos.</p>



<p>O que aconteceu nas águas ainda é um mistério, já que as autoridades locais iniciaram as investigações recentemente. Mas de acordo com o Instituto de Geografia do Pacífico, os animais foram vítimas de uma contaminação por produtos químicos, gerada por algum evento de poluição não identificado.</p>



<p>Na última segunda-feira (5), pesquisadores mergulharam na região da Baía de Avacha e encontraram uma situação crítica em áreas mais profundas. Segundo Ivan Usatov, pesquisador da reserva de Kronotsky e do Instituto de Geografia do Pacífico, 95% das criaturas que vivem em profundidades de 10 a 15 metros foram mortas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08040129744007.jpg" alt="Milhares de animais marinhos mortos surgiram na região. (Fonte: Greenpeace/Divulgação)" /><figcaption>Milhares de animais marinhos mortos surgiram na região. (Fonte: Greenpeace/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>“Alguns peixes grandes, camarões e caranguejos sobreviveram, mas em números muito pequenos”, contou Usatov. Ele afirmou ainda que aves e mamíferos marinhos não foram afetados pelo evento, que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/greenpeace" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Greenpeace</a> classificou como um grande “desastre ecológico”.</p>



<h2>Água contaminada</h2>



<p>Além do surgimento dos corpos dos animais mortos, moradores e pessoas que vão à península de Kamchatka para praticar surf também notaram que o mar estava diferente do que estavam acostumados.</p>



<p>Há diversos relatos de problemas de visão após o contato com a água, além das já citadas mudanças na cor e no odor. Diante disso, foram feitos testes com amostras que revelaram a presença de substâncias derivadas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113662-madeira-pode-substituir-petroleo-na-industria-quimica-diz-estudo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">petróleo</a>, consideradas potencialmente perigosas e em níveis até quatro vezes acima do normal.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08040250682008.jpg" alt="Polvos e outros espécies estão entre as vítimas da poluição. (Fonte: Greenpeace/Divulgação)" /><figcaption>Polvos e outros espécies estão entre as vítimas da poluição na península da Rússia. (Fonte: Greenpeace/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>As análises também encontraram o dobro do nível esperado de fenóis, compostos orgânicos que podem causar irritação na garganta, olhos, nariz e pele, além de danos aos rins e fígados, dependendo da concentração. Suspeita-se que o material contaminante tenha vazado de contêineres de combustível de <a href="https://www.megacurioso.com.br/foguete" target="_blank" rel="noopener noreferrer">foguete</a>, segundo o <em>The Guardian</em>.</p>



<p>Em meio a tantas dúvidas, o que se sabe no momento é que o desastre provavelmente terá consequências a longo prazo, afetando severamente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105977-voce-realmente-sabe-qual-a-posicao-do-ser-humano-na-cadeia-alimentar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cadeia alimentar</a> dessa região da Rússia.</p>


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Desastre ecológico na Rússia mata milhares de animais marinhos

Imagem de 10 partes do corpo que quebraram recordes de tamanho no megacurioso

Genética, adaptação, mutação... Tanto faz! Para atingir um recorde, o que vale mesmo é a proporção que a estrutura do corpo humano alcançou


<p>Para muitos, bater recordes e alcançar números impressionantes em alguma habilidade ou dom é algo invejável, porém muitos se esquecem de que, para alcançar o topo, diversos fatores bons e ruins estão envolvidos. No que diz respeito ao corpo humano, algumas situações se tornam ainda mais delicadas, já que possuem relações estritas com a saúde e o bem-estar.</p>



<p>Conheça abaixo 10 partes do corpo que cresceram em tamanhos assombrosos, atingindo recordes e chocando o mundo das mais diversas formas.</p>



<h2>1 &#8211; Pés</h2>



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https://www.youtube.com/watch?v=NvpXVr6ImHs&#038;feature=emb_logo
</div></figure>



<p>Difícil mesmo é encontrar um sapato que caiba perfeitamente nos pés de Orlando Rodríguez Hernández. O venezuelano, que representa a seleção de basquete de seu país, possui pés de quase 40 centímetros de comprimento, precisando calçar peças de tamanho tem medidas americanas, conversão praticamente inexistente no Brasil.</p>



<h2>2 &#8211; Dentes</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Man awarded Guinness World Record for having longest human tooth removed" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/8i7cgJOZvfA?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Com 3,70 centímetros de dentes caninos, o croata Mijo Vodopija é o recordista de maior dente já visto. Registrado em 2018, o osso ainda é preservado pelo dentista Dr. Max Lukas, que tratou o paciente e resolveu guardar sua preciosidade como comprovação de que tal anormalidade existe.</p>



<h2>3 &#8211; Maior buraco em pele</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=xGFOQ3A9i7s&#038;feature=emb_logo
</div></figure>



<p>Aficionado por arte corporal, Kalawelo Kaiwi detém o topo de maior abertura em carne já feita. Seu exótico alargador de orelha possui mais de 10 centímetros de diâmetro, sendo maior do que uma boca completamente aberta. Assustador.</p>



<h2>4 &#8211; Olhos</h2>



<p></p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Eye trick - Guinness world records 2016" width="1333" height="1000" src="https://www.youtube.com/embed/4v9uySGKEIY?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Parece meme, mas não é. Parecendo uma cena de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116324-3-sanatorios-macabros-que-parecem-ter-saido-de-um-filme-de-terror.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">filme de terror</a>, os olhos esbugalhados da norte-americana Kim Goodman possuem uma proporção inacreditável, ficando praticamente todos fora da caixa orbital. A história da mulher é estranha, tendo descoberto o &#8220;dom&#8221; ainda na infância quando foi atingida por um disco de hóquei na cabeça, algo que fez seus olhos saltarem instantaneamente.</p>



<h2>5 &#8211; Seios</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Woman&#039;s breasts weigh 89 pounds" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/83w_yEWa1fw?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Com quase 25 quilos cada um e ainda em processo de crescimento, os seios de Annie Hawkins-Turner foram registrados como os maiores do planeta, e já serviram como fetiche para várias pessoas em sites adultos, o que rendeu mais de US$ 1 milhão para a mulher. Infelizmente, todo bônus vem com seu ônus, e ela encontra grandes dificuldades para dormir e se acomodar em locais pequenos.</p>



<h2>6 &#8211; Testículos</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Man With The World’s Biggest Genitals Has Reduction Surgery" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/U9vrQmNwF-c?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Após contrair elefantíase nos genitais, os testículos de Horace Owiti Opiyo tornaram-se quase 20 vezes maiores do que a média de um homem adulto, pesando cerca de 5 quilos. Felizmente o homem conseguiu cortar o mal pela raiz e eliminar o peso que tanto lhe causava dor, escapando de uma cirurgia de risco e, ao mesmo tempo, garantindo o recorde mundial. Será que Randy Marsh sentiu inveja?</p>



<h2>7 &#8211; Pênis</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="The Man With The Half-Metre Penis" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/cdErdEk56fs?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Muitos homens sonham em ter pênis maiores, mas para todo desejo, há limites, e Roberto Esquivel Cabrera está aí para provar isso. Com quase 50 centímetros de órgão genital, o homem passou a contrair doenças em seu sistema urinário, já que o xixi não conseguia percorrer o canal completamente e se acumulava, gerando infecções.&nbsp;</p>



<p>Seu concorrente, Jonah Falcon, chegou a afirmar que o recordista utilizava pesos para alongar o pênis, mas eu que não sou maluco para testar isso, e espero que vocês também não.</p>



<h2>8 &#8211; Braços</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="World&#039;s Biggest Arms: &#039;Egyptian Popeye&#039; Moustafa Ismail Touts Real-Life Popeye Arms" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/CuPtJF68XdY?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Será que vale tudo para impressionar os colegas de academia? Com 32 centímetros de diâmetro, os braços de Moustafa Ismail parecem muito os de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115719-boneco-de-neve-brasileiro-o-meme-voltou.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">memes</a> virais que mostram homens com óleo injetado. Mas pasmem, o Guinness rejeitou as acusações de supostos braços artificiais e concedeu, ao jovem, a máxima honraria. Deve ser difícil coçar o sovaco, hein?</p>



<h2>9 &#8211; Bumbum</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Mikel Ruffinelli - World’s Biggest Hips | Extraordinary People Documentary | Reel Truth" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/0rUYb9zCpw0?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Mikel Ruffinelli, de 190 quilos e uma circunferência de impressionantes 2,4 metros, é a dona do atual maior traseiro do planeta. Afirmando-se completamente saudável, a mulher não vê motivo para emagrecer e se sente bem com seu corpo. &nbsp;</p>



<h2>10 &#8211; Cabeça</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://listverse.com/2020/10/07/top-10-record-breaking-body-parts/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/09/09150413600194.jpeg" alt="(Fonte: Listverse/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Listverse/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Mrityunjay Das sofria uma condição rara de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116045-por-causa-da-microgravidade-cerebro-se-reorganiza-no-espaco.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">hidrocefalia</a>, possuindo quase 1 metro de diâmetro de crânio. Felizmente, cerca de 4 litros de líquido foram removidos de seu corpo e o crânio foi reduzido em quase 20 centímetros. As imagens obtidas durante seu tratamento mostraram a criança com apenas 7 meses de idade e chocaram o mundo quando vazaram.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:03.841Z

10 partes do corpo que quebraram recordes de tamanho

Imagem de Pesquisadores encontram pássaro meio macho meio fêmea no megacurioso

Ave foi encontrada na Pensilvânia, nos Estados Unidos; pássaros deste tipo são raros


<p>Recentemente, pesquisadores encontraram uma um tanto peculiar. O lado direito possui penas pretas na parte de baixo, rosa na parte de cima e uma mancha rosada no peito, o que caracteriza os machos da espécie <em>Pheucticus ludovicianus</em>. Já o lado esquerdo apresenta plumagem amarela e marrom, típico das fêmeas. Ou seja, a criatura é metade macho, metade fêmea.</p>



<figure class="wp-block-embed-tiktok wp-block-embed"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.tiktok.com/@carnegiemnh/video/6877596883422956806?referer_url=https%3A%2F%2Fallthatsinteresting.com%2F&#038;referer_video_id=6877596883422956806
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<p>Descoberto no dia 24 de setembro na Reserva Natural Powdermill em Rectur, uma pequena comunidade na <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=pelsilv%C3%A2nia#gsc.tab=0&amp;gsc.q=pelsilv%C3%A2nia&amp;gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Pensilvânia</a>, nos Estados Unidos, o animal, ao contrário do que muitos podem pensar, não é <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=hermafrodita#gsc.tab=0&amp;gsc.q=hermafrodita&amp;gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">hermafrodita</a>, mas sim um <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=ginandromorfo#gsc.tab=0&amp;gsc.q=ginandromorfo&amp;gsc.page=1" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ginandromorfo</a>.</p>



<p>Este fenômeno é resultado de um evento incomum quando dois espermatozoides fertilizam um óvulo que tem dois núcleos em vez de um. O óvulo pode então desenvolver cromossomos sexuais masculinos de um lado e cromossomos sexuais femininos do outro.</p>



<p>&nbsp;“Foi espetacular. Este pássaro está com sua plumagem não reprodutiva, então na primavera, quando estiver com a reprodutiva, essas características vão se acentuar”, explica Annie Lindsay, coordenadora do programa de anilhamento de pássaros em Powdermill.</p>



<h2>Pássaros raros</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08204343999468.jpg" alt="Créditos: Divulgação/Annie Lindsay - Powdermill Nature Reserve"/><figcaption>(Fonte: Annie Lindsay/Centro de Pesquisa de Powdermill/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>Raros, os ginandromorfos são encontrados em muitas espécies de insetos, crustáceos e claro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115969-esse-passaro-e-o-melhor-imitador-da-natureza.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">aves</a>. Os cientistas não sabem se criaturas com esta característica se comportam mais como machos ou fêmeas, ou se podem se reproduzir. E apesar dos estudos em andamento, é difícil saber se um sexo é mais dominante que o outro devido à sua raridade .&nbsp;</p>



<p>Em 64 anos de anilhamento de pássaros, o Centro de Pesquisa de Powdermill registrou menos de 10 que nasceram deste evento incomum. Mais especificamente, o último ginandromorfo desta espécie foi encontrado na reserva há 15 anos.&nbsp;</p>



<p>Após admirarem a descoberta, Lindsay e os colegas levaram a ave para o laboratório, para medir a envergadura da asa e coletar penas para obter o DNA para estudos futuros. E depois de garantir o registro para as suas redes sociais, o pássaro foi devolvido à natureza.&nbsp;</p>


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Pesquisadores encontram pássaro meio macho meio fêmea

Imagem de Cientistas retiram DNA de besouros presos em resina de árvore no megacurioso

De forma inédita, geneticistas conseguiram extrair material genético de insetos que estavam incrustados em resinas de árvores. O DNA foi obtido a par


<p>De forma inédita, geneticistas conseguiram extrair material genético de insetos que estavam incrustados em resinas de árvores. O DNA foi obtido a partir de duas amostras de âmbar retiradas de uma árvore <em>Hymenaea verrucosa</em>, em Madagascar, que continham espécimes de besouros preservados na resina enquanto ainda era &#8220;jovem&#8221; e pegajosa.</p>



<p>Até então, a retirada de DNA de espécimes presas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116109-espermatozoide-de-100-milhoes-de-anos-e-o-mais-antigo-ja-descoberto.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">âmbar</a> era considerada difícil devido à contaminação e a falhas em técnicas de reconhecimento genético, mas a nova descoberta abre um horizonte para aprimorar os estudos sobre tempos remotos e os organismos que viveram em épocas antigas. &#8220;Nossos novos resultados mostram que é realmente possível estudar geneticamente organismos que foram incorporados na resina, embora ainda não saibamos o limite de tempo&#8221;, enfatiza o líder do projeto, Dr. David Peris, do Instituto de Geociências e Meteorologia da Universidade de Bonn, Alemanha.</p>



<p>Segundo os cientistas, as amostras coletadas tinham cerca de 2 a 6 anos de idade e seu material genético foi replicado graças à técnica de reação em cadeia da polimerase, que permite a multiplicação do DNA e a sua condensação em tubos de ensaio. “Esse método nos permitiu realizar várias verificações de autenticidade para que pudéssemos ter certeza de que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116307-gene-neandertal-pode-aumentar-risco-de-casos-graves-de-covid-19.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">DNA</a> detectado em nossos experimentos era, de fato, de besouros preservados na resina”, comentou Kathrin Janssen, do Instituto de Microbiologia Médica.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/06/06100314349211.jpg" alt="(Fonte: Dr. David Peris / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Dr. David Peris / Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Com a descoberta, os geneticistas esperam compreender melhor aspectos fundamentais da preservação do DNA em resina e entender como ocorre a determinação de uma janela temporal, conseguindo datar, com uma maior exatidão, o período de &#8220;embalsamento&#8221; das amostras sem perder suas principais propriedades físico-químicas.</p>



<h2>Tentativas de coleta em âmbar</h2>



<p>Anteriormente, as coletas de material genético em resinas de árvores eram realizadas com a adição de clorofórmio ou álcool 70% no processo de extração. Porém, em casos em que o âmbar não estava contaminado naturalmente, as substâncias alcoólicas comprometeram o DNA e impediram o avanço dos estudos. Nas novas pesquisas, além da técnica de cadeia da polimerase, foi utilizado <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116155-ta-servido-bebidas-nojentas-sao-a-grande-atracao-de-museu-sueco.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">álcool</a> 80% ou superior, resultando em resíduos melhor preservados.</p>



<p>Apesar das resinas não serem consideradas antigas, já que possuem um máximo de 6 anos, espera-se que, nos próximos estudos, as técnicas de &#8220;sequenciamento de próxima geração&#8221; possam contribuir com avanços significativos nas pesquisas sobre o DNA.</p>


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Cientistas retiram DNA de besouros presos em resina de árvore

Imagem de Desmatamento na Amazônia: mundo corre risco de novas pandemias no megacurioso

A humanidade já passou por diversos momentos em que a população vivenciou a disseminação de doenças, que tomaram o cenário global. Diversas partes do


<p>A humanidade já passou por diversos momentos em que a população vivenciou a disseminação de doenças, que tomaram o cenário global. Diversas partes do mundo presenciaram epidemias que se transformaram em pandemias, desafiando a sobrevivência dos seres humanos.</p>



<p>Microrganismos como vírus, fungos, parasitas e bactérias estão em diversas partes do planeta — em animais, águas contaminadas, lixos e no ambiente como um todo — e podem em algum momento chegar até determinada população humana.</p>



<p>A pandemia surge exatamente quando esses organismos transitam entre diversos tipos de seres vivos e conseguem se produzir de maneira rápida ao ponto em que a transmissão se torne descontrolada até mesmo entre os seres humanos.</p>



<h2><strong>O que é uma pandemia?</strong></h2>



<p>Pandemia é quando há uma disseminação mundial de uma nova doença. Os termos epidemia e surto deixam de ser usados e dão lugar a pandemia para caracterizar a transmissão sustentada de uma doença, que passa rapidamente pelos continentes.</p>



<p>Conforme a&nbsp;<a href="https://www.who.int/eportuguese/countries/bra/pt/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Organização Mundial de Saúde</a>&nbsp;(OMS), existem três pré-requisitos para a ocorrência de uma pandemia. O primeiro é o aparecimento de um novo vírus, ao qual a população humana tenha pouca ou quase nenhuma imunidade como defesa. O segundo é a possibilidade de o vírus replicar na humanidade e causar uma doença severa. Já o terceiro se refere à transmissão fácil de pessoa para pessoa.</p>



<h2><strong>O contexto histórico das pandemias</strong></h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/05/infografico-atualizado-2-05190531406106.png" alt="Infográfico atualizado 2" /></figure></div>



<h2><strong>Fatores que influenciam o surgimento de novas pandemias e a sua relação com a natureza e o desmatamento da Amazônia</strong></h2>



<p>O monitoramento por satélite realizado pelo&nbsp;<a href="http://www.inpe.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais</a>&nbsp;(Inpe) registrou nos últimos 12 meses um aumento de 34% nos alertas de desmatamento na Amazônia.</p>



<p>Durante a pandemia do novo&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">coronavírus</a>, o bioma apresentou um aumento de 25% nos alertas de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156017-desmatamento-extincoes-aumentam-risco-novas-pandemias.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">desmatamento</a>, divulgados pelo&nbsp;<a href="http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/programas/amazonia/deter/deter" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real&nbsp;</a>(Deter) do Inpe. Somente neste ano,&nbsp;6.756,73 km² da Amazônia já foram desmatados.</p>



<p>Conforme dados do&nbsp;<a href="https://imazon.org.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia</a>&nbsp;(Imazon), os alertas de desmatamento tiveram um aumento de 68% em agosto, com relação ao ano passado.</p>



<p>Há diversos anos cientistas e ONGs avisam sobre os prejuízos que o desmatamento e a exploração da Amazônia podem causar para a população mundial. Um dos principais riscos é o surgimento de doenças e zoonoses, que podem desencadear pandemias como a do novo coronavírus.</p>



<p>O&nbsp;<a href="https://www.greenpeace.org/brasil/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Greenpeace</a>&nbsp;é uma organização ambiental criada há mais de 40 anos para construir um mundo mais verde e pacífico; atua em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável, trabalhando para proteger o meio ambiente, promover a paz e engajar pessoas a transformarem suas realidades. A ONG atua em 55 países de modo ativista, global e independente e está presente no Brasil desde 1992, sem receber doações de governos, empresas ou partidos políticos, apenas de pessoas físicas.</p>



<p>A gestora ambiental e porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti, comenta os principais problemas que o desmatamento pode trazer para o surgimento de uma nova pandemia.</p>



<p>“Uma mensagem já reforçada por cientistas é que, se quisermos evitar futuras pandemias, precisamos parar a destruição do meio ambiente. Ao desmatar entramos em contato com patógenos (vírus e bactérias que podem nos causar doenças). Por exemplo, desde 1940, 31% das doenças zoonóticas (que passam de animais para humanos) tiveram suas causas na mudança do uso do solo, ou seja, desmatamento. O risco é maior em florestas tropicais que têm maior biodiversidade. É o caso de HIV, ebola e zika”, diz Cristiane.</p>



<p>O doutor, pesquisador e coordenador de pesquisas em Ecologia no&nbsp;<a href="http://portal.inpa.gov.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia</a>&nbsp;(INPA), Adalberto Luis Val, explica a possibilidade de migração dos vírus para os seres humanos.</p>



<p>“Estamos sempre preocupados com o que se chama em inglês de ‘jumping virus’, ou seja, é o vírus pulando lá do reservatório da floresta para a sociedade humana. É preciso entender também que existe uma quantidade muito grande desses mesmos vírus pulando para organismos que estão dentro da própria floresta ou então para organismos que têm um potencial econômico, e os próprios peixes são um exemplo disso”, afirma Val. &nbsp;</p>



<p>Os animais podem ser fontes de doenças infecciosas causadas por vírus, bactérias e parasitas e, quando há um contato próximo com um ser humano, podem transportar esses microrganismos para o organismo humano. Val destaca que “a nossa tendência é domesticar alguns desses organismos que vivem na floresta, portanto eles são também muito vulneráveis a esses vírus, que estão soltos na floresta”.</p>



<p>A floresta é um dos principais locais no mundo que guardam centenas de milhares de espécies de organismos de todos os tipos que podem servir como um “habitat” para novos vírus.</p>



<p>“O&nbsp;<a href="https://www.iec.gov.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Instituto Evandro Chagas</a>, que fica em Belém (PA), está hoje trabalhando justamente com essa questão dos vírus. Em uma conversa, um professor que trabalha nesse instituto disse que já existem alguns milhares de vírus em organismos na floresta — desde pequenos mamíferos da floresta até plantas têm vírus. E sabemos que alguns desses são capazes de infectar humanos e produzir doenças endêmicas locais”, conta Val.</p>



<p>A floresta tropical amazônica passa pelo noroeste do Brasil e vai até Colômbia, Peru e outros países da América do Sul. A floresta tropical é a maior do mundo em biodiversidade e abriga milhares de rios em toda a sua extensão: no total são 5.500.00 km² de área, sendo o ponto mais alto o Pico da Neblina, com 2.993 metros.</p>



<p>Doutor e pesquisador que atuou por durante quase 38 anos no Inpe, Carlos Nobre confirma que a Amazônia é o local com a maior biodiversidade de microrganismos e que pode apresentar uma nova pandemia a qualquer momento.</p>



<p>“As cidades cresceram muito em cima da floresta, bem nessa fronteira da floresta. Então um vírus, uma bactéria ou um protozoário pode migrar, sim. A probabilidade de zoonoses aumenta muito, e é por isso que se diz que, se continuarmos com o desmatamento da Amazônia nesse ritmo globalmente, é ‘sorte’ que uma grande pandemia mundial não tenha se originado ainda na Amazônia, o lugar com mais espécies de microrganismos do mundo”, alerta Nobre.</p>



<p>Um dos principais fatores que podem influenciar o surgimento de uma pandemia direto da floresta é a possibilidade de um vírus “saltar” para um novo hospedeiro. Esse processo é denominado de zoonose e pode se tornar ainda mais grave no novo hospedeiro.</p>



<p>O pesquisador Adalberto Val acrescenta que, “uma vez que um vírus acaba chegando ao homem, se for um vírus com características de rápida disseminação e que cause problemas, ocorre o que temos vivido com a covid-19”. Val lembra que já houve diversos casos na humanidade de vírus que “pulavam” para a espécie humana.</p>



<p><em>“Nós já tivemos alguns episódios de vírus pulando para humanos e causando epidemias, mas o potencial para que isso aconteça é muito alto. Alguns autores dizem que não é se vai acontecer, mas uma questão de quando isso vai acontecer.”</em></p>



<p>O cientista destaca que o principal caminho para evitar esse tipo de acontecimento é trabalhar na preservação do meio ambiente que a floresta compõe. “Precisamos parar de ‘cutucar a floresta com vara curta’, pois isso pode nos colocar em risco em um futuro próximo. Não colocou até agora porque a quantidade de intervenções que fazíamos na floresta era relativamente pequena; o cenário muda à medida que ampliamos isso com novas áreas de mineração e expansão das cidades — não só no Brasil, mas também nos demais países amazônicos. Tudo isso acaba aumentando dramaticamente o risco de algumas dessas pessoas atuarem nessas intervenções como portadoras de uma virose de lá do meio da floresta para as sociedades que vivem nas cidades”, alega Val.</p>



<p>O pesquisador Carlos Nobre também alerta que ataques à floresta aumentam as chances de que haja um vírus com grau elevado de disseminação para a população, como outros já conhecidos pela humanidade.</p>



<p><em>“É ‘sorte’ que nenhuma pandemia até hoje do grau de letalidade e severidade de covid-19, Sars 1, ebola, HIV e zika tenha se originado na Amazônia, mas isso não é impossível, porque todos os elementos estão lá: perturbação da vida selvagem e humanos que vão na florestas e podem ser os vetores para trazer vírus, bactérias, parasitas, protozoários ou patógenos para cá.”</em></p>



<h2><strong>Distribuição de área de desmatamento ao longo do tempo</strong></h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/02/02185051358347.jpg" alt="Gráfico 01" /><figcaption>Fonte: TerraBrasilis/Inpe</figcaption></figure></div>



<p>A gestora ambiental Cristiane Mazzetti explica que “trabalhamos há muitos anos para conter e zerar o desmatamento na Amazônia, pois ele contribui negativamente para a crise do clima e a perda da biodiversidade. Quando ocorre o desmatamento, o carbono presente na floresta é liberado e também acabamos com o habitat das espécies da biodiversidade”.</p>



<p>Os dados do Inpe de 1º de agosto coletados pelo satélite mostram 6,8 mil regiões dentro da Amazônia que foram tomadas por incêndios em julho, tendo um aumento de 28% com relação ao mesmo período em 2019. Já o início de agosto registrou um crescimento de 17% com relação ao mesmo mês no ano passado e demonstra que as temporadas de incêndio começaram antecipadamente em 2020.</p>



<p>Mestre e perito criminal federal na área de meio ambiente, Gustavo Geiser explica como funciona o trabalho de atuação da polícia diante dos alertas de desmatamento na amazônia.</p>



<p>“A polícia judiciária trabalha provocada; isso significa que existe uma denúncia, um alerta de desmatamento, enfim, algo que provoca o Estado a agir. Havendo essa denúncia, surge uma hipótese para ser verificada. Nós buscamos a autoria, para verificar quem cometeu aquele crime e a materialidade, exatamente qual é aquele crime. O meu papel é a descrição dessa materialidade”, afirma Geiser.</p>



<p>O perito ainda destaca as dificuldades diante do processo. “Infelizmente, não temos pernas para abrir inquéritos para cada um dos desmatamentos, então temos a esfera administrativa, Ibama, ICMBio, entre outras, que atuam primeiro e, quando chega na esfera criminal, nós instruímos o processo.”</p>



<p>O cientista Carlos Nobre previu em 1997 que, se o processo de desflorestamento for mantido, parte da Amazônia irá se tornar uma savana em período que pode variar de 50 a 100 anos. Esse processo pode influenciar diretamente o processo da disseminação de novas zoonoses e doenças infecciosas de alto risco para a população humana.</p>



<p>“Essa transformação é como se você libertasse centenas de milhares de espécies de microrganismos que estão naquele equilíbrio. De repente, não existe mais a floresta, e eles espalham — em inglês, conhecido como ‘spillover’, que é o espalhamento. A grande preocupação quanto a zoonoses é justamente o espalhamento”, confirma Nobre.</p>



<p>“Os microrganismos estão em um ambiente com clima típico de dentro da floresta, com pouca variação de temperatura, e de repente se encontram em um clima de savana, muito seco durante uma parte do ano, com uma temperatura bem mais alta. Eles vão morrer, buscar adaptação e ir para outros animais”, descreve Nobre.</p>



<p>Os riscos da migração de zoonoses para a população diante de uma savanização da floresta é grande, devido à perturbação do ambiente onde milhares espécies de vírus vivem atualmente. “Há diferentes espécies de formigas vivendo em cada área da Amazônia; o Reino Unido inteiro não tem 300 espécies de formigas, nem a Escandinávia. Então, essa comparação é só para mostrar que se trata de um local com várias espécies, microrganismos, plantas, animais — e tudo está em equilíbrio, interagindo e evoluindo”, acrescenta Nobre.</p>



<p><em>“A perturbação das florestas tropicais coloca um risco de virar um fenômeno e, a cada semana, ter uma nova zoonose. Nós precisamos combater as mudanças climáticas, a crise climática, a perda de biodiversidade e manter o clima das florestas para evitar esse enorme risco de pandemias”.</em></p>



<h2><strong>Estados com maior área de desmatamento</strong></h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/02/grafico-02-02185127655351.jpg" alt="Gráfico 02" /><figcaption>Fonte: TerraBrasilis/Inpe</figcaption></figure></div>



<p>Conforme os&nbsp;<a rel="noreferrer noopener" href="http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/" target="_blank">dados de alertas de desmatamento do Inpe</a>, diversos estados tiveram picos. Cristiane Mazzetti ressalta que “enquanto muitos estavam em home office, esse não foi o caso daqueles que destroem a Amazônia, e o desmatamento tem aumentado significativamente”.</p>



<p>O cientista Carlos Nobre também destaca a importância de investir na preservação na floresta para evitar prejuízos maiores como o da covid-19. “Um estudo recente mostrou que o custo de preservar as florestas tropicais é uma ‘fraçãozinha’ do prejuízo que a covid-19 está gerando para a economia mundial.”</p>



<h2><strong>Municípios com maior área de desmatamento</strong></h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/02/grafico-03-02185206140353.jpg" alt="Gráfico 03" /><figcaption>Fonte: TerraBrasilis/Inpe</figcaption></figure></div>



<p>Os 5 municípios com maiores alertas de desmatamento são: Altamira (633,28 km²), São Félix do Xingu (468,87 km²), Porto Velho (414,07 km²), Lábrea (379,47 km²) e Novo Progresso (286,91 km²). Segundo Cristiane Mazzetti, isso vem acontecendo principalmente “porque temos, infelizmente, um governo que atua contra o meio ambiente. Desde que assumiu, o governo atual tem enfraquecido os órgãos que exercem a proteção ambiental e enfraquecido as operações para o controle do desmatamento. Com isso, desmatadores, garimpeiros, grileiros (aqueles que roubam terras públicas) e grandes proprietários de terra aproveitam a situação e avançam sobre a floresta. A verdade é uma só: o desmatamento está fora de controle na Amazônia”.</p>



<p>O perito Gustavo Geiser apresenta os principais problemas e impasses da atuação da polícia nos alertas de desmatamento, que ocorrem na floresta durante a pandemia do novo coronavírus.</p>



<p>“O coronavírus acaba dificultando a ação do Estado. Várias pessoas na delegacia tiveram coronavírus — eu mesmo fiquei afastado 3 semanas de cama. Então, a equipe disponível diminuiu; o planejamento era de reunir 40 pessoas, mas levamos em consideração o risco agora. E ainda tem a questão das terras indígenas: devemos ter contato com eles nesse momento? São decisões delicadas, porque corremos o risco de levar o coronavírus para a aldeia. Porém, se eu não tirar os garimpeiros de lá, eles é que vão levar o coronavírus até os povos indígenas”, relata Geiser.</p>



<p>O pesquisador Adalberto Val separa em três grupos esse processo de exploração ligado à possibilidade de surgirem novas pandemias como a da covid-19. “O primeiro é o grande grupo chamado ‘uso da terra’, que envolve o desmatamento raso para a criação de bois, plantação de cana, soja etc. O mundo já acordou para essa realidade e tem plena consciência de que precisamos parar com isso; também há as questões de mineração, abertura de estradas e coisas desse tipo.”</p>



<p>O segundo grupo traz o contexto das mudanças climáticas e a emissão descontrolada de dióxido de carbono. “Nós podemos não ser os maiores emissores de dióxido de carbono, mas dividimos com o mundo os problemas que esse aumento das emissões de dióxido carbono causa em todo o planeta”, acrescenta Val.</p>



<p>“O terceiro ponto é a informação, que é central para todos esses processos. Primeiramente, a vasta informação sobre a Amazônia não é de domínio dos países amazônicos. Para a região da Amazônia, que representa cerca de 60% do território brasileiro, o Brasil hoje recebe 2 e não mais que 2,5 % dos investimentos para a área de ciência e tecnologia. Ou seja, se quisermos colocar a Amazônia na nossa agenda de ciência e tecnologia, precisamos sair desses investimentos históricos e galgar para um investimento massivo na região e, de tal forma, fixar pessoas qualificadas lá para produzir as informações que queremos.”</p>



<p>O cientista amplia o contexto da Amazônia e da possibilidade do surgimento de doenças que podem afetar a humanidade para reiterar a importância da ciência como meio de conhecer e prevenir a sociedade de acontecimentos como a pandemia da covid-19. “Se não conhecermos a nossa casa — e a Amazônia é parte da nossa casa —, não teremos soberania sobre essa parte. Essa questão não pode ser dissociada das questões sociais e culturais. Lembrando sempre que a ciência é uma atividade social com fins sociais. Fazemos ciência para a sociedade em que estamos inseridos”, conclui Val.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204729-desmatamento-amazonia-mundo-corre-risco-novas-pandemias.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204729-desmatamento-amazonia-mundo-corre-risco-novas-pandemias.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Desmatamento na Amazônia: mundo corre risco de novas pandemias</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Desmatamento na Amazônia: mundo corre risco de novas pandemias

Imagem de Primatas com cérebros maiores não são mais inteligentes, diz estudo no megacurioso

Uma recente pesquisa com lêmures pode reaquecer o antigo debate sobre a relação do tamanho do cérebro com a inteligência. Após diversos testes, os an


<p>Uma recente pesquisa com lêmures pode reaquecer o antigo debate sobre a relação do tamanho do cérebro com a inteligência. Após diversos testes, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais">animais</a> superaram os primatas maiores em certas tarefas cognitivas – mesmo com o cérebro 200 vezes menor.</p>



<p>Desenvolvido pelo Centro Alemão de Primatas e publicado na revista científica <em>PeerJ</em>, o experimento analisou o nível de intelecto dos lêmures. Para isso, eles realizaram uma bateria de exames de cognição primata e obtiveram resultados surpreendentes.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/05/05144953731314.jpg" alt="Lêmures trazem traços de ancestrais símios." /><figcaption>Lêmures trazem traços de ancestrais dos símios.</figcaption></figure></div>



<p>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107057-8-fatos-incriveis-sobre-lemures.htm">lêmures</a> se separaram da linhagem principal dos símios há cerca de 60 milhões de anos. Contudo, eles ainda trazem várias características dos ancestrais e fornecem um modelo vivo para as origens das capacidades cognitivas das espécies modernas.</p>



<p>Assim, durante o estudo, as três espécies analisadas conseguiram pontuações equivalentes aos grandes primatas (chimpanzés, orangotangos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115168-especie-de-gorila-mais-rara-do-mundo-e-vista-em-reuniao-de-familia.htm">gorilas</a>). Por exemplo, eles se destacaram em testes sobre aprendizagem social e comunicação.</p>



<p>Como dito, até mesmo animais com encéfalos 200 vezes menor do que os grandes símios tiveram um excelente desempenho nos experimentos. Por outro lado, eles não conseguiram superar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112595-macacos-sao-melhores-em-resolver-problemas-que-humanos-diz-estudo.htm">macacos</a> em tarefas de domínio físico e memória espacial.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/05/05145053606316.jpg" alt="Em relação ao aspecto físico, os lêmures não superam os gorilas.." /><figcaption>Em relação ao domínio físico, os lêmures não superam os gorilas.</figcaption></figure></div>



<h2>Quebrando antigas hipóteses</h2>



<p>A recente pesquisa dos cientistas alemães derruba o antigo conceito de “Inteligência Geral”. Segundo a hipótese, seres com grandes cérebros possuem maior capacidade de memorização e rápido aprendizado.</p>



<p>No passado, a teoria foi utilizada como argumento sobre por que humanos são mais inteligentes do que outros animais. Isso acontece pois nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/108942-11-dicas-simples-para-melhorar-o-funcionamento-do-seu-cerebro.htm">cérebro</a> é maior em relação ao tamanho do nosso corpo.</p>



<p>Então, como conclui o estudo alemão, a nova descoberta revela que o tamanho do encéfalo não está totalmente ligado com as habilidades cognitivas. Ao mesmo tempo, ele traz novas ideias sobre a evolução das capacidades dos símios.</p>



<p>“Com o nosso estudo, mostramos que as habilidades cognitivas não podem ser generalizadas, mas que as espécies diferem em aptidões intelectivas específicas de domínio”, esclarece a autora do estudo, Claudia Fichtel.</p>


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Primatas com cérebros maiores não são mais inteligentes, diz estudo

Imagem de Células vitrificadas de vítima do vulcão Vesúvio continuam preservadas no megacurioso

Um estudo publicado sexta-feira (02) na revista científica PLOS ONE acrescentou um detalhe impressionante a uma pesquisa feita em janeiro deste ano s


<p>Um estudo publicado sexta-feira (02) na revista científica <em>PLOS ONE</em> acrescentou um detalhe impressionante a uma pesquisa feita em janeiro deste ano sobre as células cerebrais de uma vítima da erupção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112333-pergaminhos-carbonizados-pelo-monte-vesuvio-podem-ser-desvendados.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vulcão Vesúvio</a>, na Itália em 79 d.C. Segundo antropólogos da Universidade Federico II de Nápoles, as células não apenas haviam se transformado em vidro, como se mantiveram preservadas.&nbsp;</p>



<p>Autor da investigação, o antropólogo forense Pier Paolo Petrone afirmou num comunicado à imprensa: &#8220;Os resultados do nosso estudo mostram que o processo de vitrificação ocorrido em Herculano, único em seu tipo, congelou as estruturas neuronais desta vítima, preservando-as intactas até hoje&#8221;.</p>



<h2>A cidade de Herculano</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/03/03215853007085.webp" alt="Fonte: Pier Paolo Petrone/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Pier Paolo Petrone/Reprodução</figcaption></figure></div>



<p>Há quase 2 mil anos, a erupção do vulcão Vesúvio atingiu, além de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111661-10-incriveis-descobertas-arqueologicas-de-pompeia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Pompeia</a>, também a sua vizinha Herculano. Apesar do terrível cenário de mortes e destruições, a altíssima temperatura, superior a 500ºC, fez com que o material orgânico cerebral <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/102741-5-descobertas-interessantes-relacionadas-com-os-corpos-de-pompeia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fosse preservado</a>, embora transformado em vidro.</p>



<p>No início de 2020, Petrone e sua equipe relataram no <em>Journal of the American Medical Association (JAMA)</em> que o cérebro de um rapaz de 20 anos, vítima da erupção do Vesúvio, havia se<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113257-cerebro-de-vitima-de-erupcao-do-vesuvio-foi-transformado-em-vidro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">&nbsp;transformado em vidro</a>.&nbsp;</p>



<p>Posteriormente, em novas investigações, os cientistas utilizaram microscopia eletrônica para analisar mais detalhadamente as células cerebrais da vítima. Descobriram então pequenas estrutura esféricas e outras maiores e tubulares, compatíveis com neurônios e axônios, os &#8220;cabos&#8221; responsáveis por conduzir impulsos elétricos no cérebro.</p>



<h2>Uma estrutura cerebral de 2 mil anos</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/03/03223304708086.webp" alt="Fonte: Pier Paolo Petrone/Reprodução" /><figcaption>Quarto onde o cérebro preservado foi encontrado (Fonte: Pier Paolo Petrone/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Analisando a composição química da vítima encontrada no <em>Collegium Augustalium</em>, de Herculano, os pesquisadores perceberam que o material é rico em carbono e oxigênio, indicando que ser realmente orgânico. Além disso, confirmaram que as proteínas identificadas são parte de um tecido cerebral humano.&nbsp;</p>



<p>Em Arqueologia, encontrar tecido cerebral preservado é muito raro. Eventualmente, esse material orgânico é capaz de sobreviver por centenas ou até milhares de anos. Petrone e sua equipe suspeitam que podem ter descoberto parte da medula espinhal e do cerebelo de um homem com quase 2 mil anos.</p>


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