Imagem de É possível que a evolução retorne a estágios anteriores? no megacurioso

Embora seja muito pouco provável que isso aconteça, características 'perdidas' podem retornar em casos bastante específicos

<head></head><body>A evolução é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125679-por-que-nem-todo-macaco-nao-se-transformou-em-humano-na-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo natural</a>, que ocorre sem um objetivo específico e pode ser positiva ou negativa. Todos os seres vivos do planeta são resultado de milhares ou milhões de anos de evolução. Mas, e se ela caminhasse no sentido contrário? Seria possível que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118054-10-partes-do-corpo-que-os-humanos-perderam-durante-a-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">característica que foi "perdida"</a> durante a evolução, retornasse em um estágio futuro?Por muito tempo acreditou-se que não. Porém, existem evidências que sugerem que isso já aconteceu, e mais de uma vez.<h2>A lei de Dollo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04114557412125.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 1893, o paleontólogo belga Louis Dollo desenvolveu um princípio para descrever a maneira como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125111-5-ideias-erradas-que-temos-sobre-a-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução acontece</a>. Conhecido como lei da irreversibilidade da evolução — ou, simplesmente, lei de Dollo —, este princípio diz que a probabilidade de uma espécie retornar a um estágio evolutivo que foi perdido é tão baixa, que pode ser considerada desprezível.Na prática, isso significa que a evolução pode caminhar para tantos lados, que é praticamente impossível que uma característica perdida reapareça. Um exemplo clássico que ilustra isso é o processo evolutivo dos cetáceos. Mesmo tendo retornado à vida aquática, seu sistema respiratório não voltou a ser branquial, algo que seria mais eficiente para respirar embaixo d’água.A lei de Dollo muitas vezes é confundida como uma regra que diz que é impossível um estágio evolutivo que desapareceu, retorne milhões de anos no futuro. Porém, existem alguns casos que provam que por mais improvável que seja, às vezes um evento aleatório — como é o caso da evolução — pode acontecer mais de uma vez.<h2>Exceções à regra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04114709927127.jpg" alt="Aves como o faisão possuem asas com um osso que foi 'perdido' em ancestrais recentes, mas que estavam presentes nos dinossauros. (Fonte: GettyImages)">Aves como o faisão possuem asas com um osso que foi 'perdido' em ancestrais recentes, mas que estavam presentes nos dinossauros. (Fonte: GettyImages)Um exemplo bem conhecido é dos lagartos do gênero Liolaemus. Esse grupo de répteis são comuns em regiões frias e isso propiciou que eles evoluíssem para dar à luz filhotes vivos (ovovivíparos). Porém, os cientistas descobriram que quando algumas espécies de Liolaemus migraram para regiões mais quentes, elas começaram a botar ovos novamente (ovíparos).Porém, um réptil voltar a botar ovos não é, necessariamente, um retorno a um estágio evolutivo anterior. Na verdade, alguns biólogos consideram que se trata de uma consequência natural da evolução. Mas há outro exemplo que demonstra como uma característica pode retornar, contrariando a lei de Dollo.Um estudo interessante mostrou que um osso do pulso presente em ancestrais de aves, após milhões de anos ausente, surgiu novamente. Ele estava presente em alguns dinossauros que caminhavam sobre as quatro patas. Para suportar o peso, eles precisavam de pulsos fortes, que eram sustentados por um osso chamado de pisiforme.Durante o processo evolutivo que resultou nas aves modernas, alguns dinossauros começaram a andar em duas patas, e com o tempo o pisiforme desapareceu. Porém, existem algumas aves, como o faisão, cujo corpo evoluiu de modo que permitissem manter as asas juntas ao corpo. Para isso, foi necessário que elas se tornassem mais flexíveis, e isso aconteceu com o ressurgimento do osso pisiforme — que não é encontrado nos ancestrais mais recentes dessas aves.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:08.146Z

É possível que a evolução retorne a estágios anteriores?

Imagem de Cidade canadense está sendo invadida por ursos polares no megacurioso

Na cidade de Churchill, no Canadá, existem 900 moradores humanos e mais do que isso de ursos polares

<head></head><body>A cidade canadense de Churchill, no estado de Manitoba, é conhecida como a “capital dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119581-voce-sabia-que-o-pelo-do-urso-polar-nao-e-branco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ursos polares (Ursus maritimus)</a>”. Lá, cerca de 900 pessoas precisam conviver com esses animais sempre que o verão chega. São tantos ursos que não é exagero afirmar que nessa época do ano existem mais ursos do que gente nesse município.Mas o volume de ursos neste ano tem sido tão alto que está surpreendendo até mesmo os moradores antigos dessa cidade, que já estão acostumados com a vinda dos animais.Ocorre que, apesar de atraírem muitos turistas, os ursos são animais perigosos, que chegam à cidade em busca de comida. Sempre que um cidadão local vê um urso polar, ele telefona às autoridades. A equipe de controle para ursos polares é acionada e tenta capturar o bicho, que é levado para um cativeiro, sendo solto depois.Neste ano, até agora, as autoridades receberam 76 chamados. No ano passado, foram apenas 18 e nenhum urso precisou ser capturado. É possível que em 2023 a cidade bata o recorde de captura de ursos registrado em 2003: 176 animais.<h2>Ataques de ursos polares já ocorreram em Churchill</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/01/01132233868020.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesToda essa operação montada na cidade tem como objetivo evitar os ataques. Graças a esse trabalho, incidentes graves com os animais são raros, mas já ocorreram.A primeira pessoa morta por um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108405-polemica-tripulacao-de-navio-cruzeiro-abate-urso-polar-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urso polar na cidade faleceu</a> em 1968. A segunda em 1983. Em 2013, duas pessoas ficaram gravemente feridas depois de serem atacadas, mas conseguiram sobreviver.O número de ataques pode ser considerado baixo porque a população segue à risca as recomendações das autoridades locais. Ainda que a cidade atraia turistas, expedições em busca de ursos são proibidas.<h2>Por que os ursos vão à cidade?</h2>Durante o inverno, os animais ficam sobre imensas plataformas de gelo. Lá, eles caçam outros bichos, como as focas. Mas com a chegada do verão, esse gelo derrete e eles precisam entrar no continente para predar outros bichos e acasalarem. Com o passar dos anos, surgiram cidades nesses locais.<h2>Ursos devem sumir da cidade em 30 anos</h2>Com o aumento das temperaturas, as camadas de gelo devem se tornar tão finas que impossibilitarão que os ursos caminhem sobre elas e cacem as focas. Dessa forma, os animais devem morrer de fome e nunca mais visitarem a “capital dos ursos”. &nbsp;A previsão foi feita em uma pesquisa da Polar Bears International (PBI).Ainda que os ursos comam outros animais, nenhum outro bicho satisfaz tanto as suas necessidades nutricionais como as focas. Então, mesmo que eles dizimem com toda a fauna local, o que seria terrível, eles estão destinados à extinção, caso o clima siga esquentando, segundo a PBI.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:08.050Z

Cidade canadense está sendo invadida por ursos polares

Imagem de Caçadores capturam o maior jacaré já registrado no Mississippi no megacurioso

Recorde de maior aligator capturado no estado do Mississippi foi quebrado; entenda a diferença entre os termos jacaré, aligator e crocodilo

<head></head><body>No dia 26 de agosto, caçadores capturaram o maior aligátor já registrado no estado do Mississippi, nos Estados Unidos. O animal media 4,34 metros e pesava 364 kg, o recorde anterior foi registrado em 2017, quando foi capturado um aligátor de 4,29 metros e 347,5 kg.Os caçadores levaram 7 horas para matar o animal, que conseguiu se soltar pelo menos 8 vezes. Só quando conseguiram trazer o animal a bordo do barco é que tiveram uma noção real do seu tamanho. Ao final da caça, um oficial foi chamado e o recorde foi registrado em uma instalação de vida animal na cidade de Yazoo.O maior aligátor americano já registrado media 4,80 metros e pesava 459 kg. De acordo com o site do Departamento de Vida Selvagem e Caça do estado do Mississippi (MDWFP) a caça é permitida no estado durante 10 dias. Somente caçadores registrados e com a licença em dia podem participar da caça, no período eles podem dois animais com mais de 1,2 metros e um com mais de 2,1 metros.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/03/03232513479031.jpg" alt="Detalhe de Alligator mississippiensis. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Detalhe de Alligator mississippiensis. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)<h2>Aligátor, jacaré ou crocodilo?</h2>O termo inglês “alligator” muitas vezes é traduzido como jacaré ou crocodilo, gerando algumas confusões, já que eles definem animais de duas famílias diferentes, os crocodilos (família Crocodylidae) e os aligatores e caimões (ambos da família Alligatoridae). Todas estas famílias, porém, fazem parte da ordem Crocodilia (ou Crocodylia), popularmente crocodilianos ou crocodilos, répteis semi aquáticos predadores.Nos Estados Unidos o único réptil similar existente é o jacaré-americano (Alligator mississippiensis), cujo termo correto para a tradução é jacaré. Por lá, estes animais se concentram em pântanos e rios e ocorrem comumente em estados como a<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/226032-homem-trava-luta-jacare-florida-usando-lata-lixo-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Flórida e o Mississippi</a>. Em média, os jacarés-americanos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/98628-lei-da-selva-video-mostra-um-jacare-gigantesco-engolindo-outro-menor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alcançam três metros de comprimento</a>, por isso o capturado recentemente chamou a atenção da mídia.Juntamente com o Alligator sinensis (jacará-da-china), o Alligator mississippiensis são duas últimas espécies do gênero alligator (aligátores) existentes. A família Alligatoridae, que engloba os aligátores, contém outros gêneros e subfamílias de animais. No Brasil, os mais comuns são jacaré-anão ou jacaré-paguá (Paleosuchus palpebrosus), o jacaré-açu (Melanosuchus niger), o jacaré-do-pantanal (Caiman yacare), a jacaretinga (Caiman crocodilus), o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) e o jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus).<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/03/03232839472033.jpg" alt="Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) comum no Centro-Oeste brasileiro. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) comum no Centro-Oeste brasileiro. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/48127-conheca-alguns-fatos-curiosos-sobre-jacares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jacaré&nbsp;</a>é a palavra portuguesa popular para descrever os aligatores e outros animais do gênero caimão. A palavra deriva do Tupi "îakaré" ou "jaeça-karé" que significa "aquele que olha de lado". Estes animais fazem parte da categoria da família Alligatoridae, que se distingue de crocodilos pela cabeça mais curta, focinho mais largo, presença de membranas interdigitais e detalhes na dentição e na mandíbula.Os crocodilos são animais da família Crocodylidae, que contém 14 espécies espalhadas pelas Américas, África, Ásia e Austrália. Entre estas espécies está o Crocodilo-de-água-salgada (Crocodylus porosus) que é o maior réptil atual da Terra. Eles podem ultrapassar os 7 metros de comprimento e pesar mais de 1.500 kg e são encontrados na Austrália e Sudeste da Ásia.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:08.082Z

Caçadores capturam o maior jacaré já registrado no Mississippi

Imagem de Fato raro: burro com 'pernas de zebra' nasce em zoológico do Reino Unido no megacurioso

Espécie está em extinção e atualmente há menos de 200 indivíduos do tipo vivendo na natureza

Dentre as várias espécies que se encontram em perigo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122188-5-especies-de-animais-que-ressuscitaram-da-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> na natureza podemos visualizar o burro selvagem africano, que tem entre as suas principais características o fato de possuir pernas que se assemelham com as de uma zebra por conta de suas listras. Porém, como um sinal de esperança na continuação da raça, um filhote nasceu em um zoológico do Reino Unido.Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza,&nbsp;o burro selvagem africano é um animal criticamente ameaçado e com menos 200 sobreviventes na natureza.&nbsp;Dessa forma, esse nascimento renova a esperança de continuação da espécie.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123409-9-especies-de-animais-estranhos-que-estao-ameacadas-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 espécies de animais estranhos que estão ameaçadas de extinção</a></li></ul><h2>Conhecendo o novo potro</h2>O filhote de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116384-baudet-du-poitou-o-burro-frances-de-dreadlocks.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">burro</a> selvagem africano, que ainda não recebeu um nome, nasceu em 20 de agosto no Zoológico de Marwell, sedo descrito com um animal de "pernas desajeitadas" e "orelhas caídas". No momento ele vive em um espaço reservado ao lado da mãe, Nadifa, e não demorou para começar a correr pelo espaço em que está abrigado pouco após o seu nascimento.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/M7f0nOABYMU?si=n9kD7Fvo1KS7DbUE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para garantir que a ligação entre filhote e mãe fosse saudável, Lars, o pai do burrinho, foi transferido para outra área até que o potro já esteja bem adaptado e com algum tempo de vida. Esse vínculo é fundamental na natureza e crucial para a sobrevivência dos filhotes, algo que os cuidadores do zoológico tentam preservar para a segurança da espécie."O potro já foi visto fazendo 'corridas esquisitas' pelo cercado e parece saudável. O animal também já chamou a atenção de um antílope Addax (espécie que também está criticamente ameaçada) no recinto ao lado, pois foram vistos observando um ao outro através da cerca", diz uma mensagem do zoológico.O Zoológico de Marwell também relatou que esse potro é o terceiro filho de Nadifa (que também nasceu dentro do zoológico em 2007, sendo filha de pais que já habitavam o local desde 1993), e que Lars já é pai pela quinta vez. Resta-no agora esperar o avanço do tempo para ver o que está reservado para os burros selvagens africanos.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:07:08.072Z

Fato raro: burro com 'pernas de zebra' nasce em zoológico do Reino Unido

Imagem de Fêmeas de tubarão-martelo se reúnem todo ano em ilha da Polinésia  no megacurioso

Ao monitorar a agregação incomum de fêmeas de tubarão-martelo, cientistas podem ter descoberto dois atóis-chave para a conservação da espécie

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126968-megatubarao-5-fatos-que-o-filme-te-ensinou-errado-sobre-megalodons.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um encontro de fêmeas de tubarões-martelo</a> semelhante a um ritual foi analisado por uma equipe de biólogos de diversas instituições do mundo. A reunião das representantes da espécie ameaçada Sphyrna mokarran ocorre todos os anos, nas águas tropicais do arquipélago de Tuamotu, na Polinésia Central, durante o verão austral, entre dezembro e março, e sob a luz da lua cheia.Com o uso de fotoidentificação e fotogrametria a laser, o estudo registrou o deslocamento dessa população sazonal até seus encontros na passagem de Tiputa (atol de Rangiroa) e na passagem de Tuheiava (atol de Tikehau). Os dois atóis, separados por 15 quilômetros <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/102872-voce-sabe-o-que-sao-os-atois-e-como-afinal-eles-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">têm forma de anel e possuem a característica lagoa central</a> formada pelo afundamento da terra abaixo do nível do mar.&nbsp;Nesses locais, os pesquisadores registraram, nos verões de 2020 e 2021, 54 fêmeas de tubarões-martelo e uma cujo sexo não pôde ser determinado. Dessa população, mais da metade era de visitantes sazonais que passavam lá até seis dias por mês, durante até cinco meses.<h2>Como são os encontros de fêmeas de tubarão-martelo?</h2><blockquote class="reddit-embed-bq" data-embed-height="240" style="height:240px;"><a href="https://www.reddit.com/r/SharkLab/comments/165xedd/every_year_dozens_of_female_hammerhead_sharks/">Every year, dozens of female hammerhead sharks mysteriously convene in French Polynesia under the full moon</a> by <a href="https://www.reddit.com/user/MotherParty4079">u/MotherParty4079</a> in <a href="https://www.reddit.com/r/SharkLab/">SharkLab</a></blockquote>Todas as fêmeas medidas eram presumidamente maduras e tinham comprimentos pré-caudais entre 1,47 m e 2,97 m. Vídeos gravados por cientistas cidadãos entre 2006 e 2019 permitiram a identificação de mais 30 indivíduos, todos “com fortes evidências de segregação sexual durante o ano”, diz o estudo.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126821-tubaroes-da-florida-podem-estar-viciados-em-cocaina-jogada-no-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que chamou a atenção dos pesquisadores</a> foi o elevado número de fêmeas avistadas ao mesmo tempo de uma espécie reconhecidamente solitária. Isso indicou que os atóis de Rangiroa e Tikehau poderiam ser um local de agregação, devido a fatores externos, possivelmente ligados ao ciclo lunar e à presença de raias-águia oceladas (Aetobatus ocellatus), concluiu o estudo.O principal ponto de encontro das fêmeas de tubarões foi um local chamado “planalto cabeça-de-martelo” próximo ao atol de Rangiroa. Sem ter provavelmente qualquer tipo de relação entre si, elas foram avistadas vagando principalmente pela parte inferior do planalto de 45 a 60 metros de profundidade, de acordo com os autores do artigo.<h2>Conclusões sobre a agregação de tubarões fêmea</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31160450746344.jpg" alt="(Fonte: Boube et al.)">(Fonte: Boube et al.)No artigo publicado recentemente na revista Frontiers in Marine Science, os investigadores explicam o pico de número de tubarões fêmea <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124647-como-os-ciclos-lunares-orientam-o-nascimento-de-seres-marinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos dias anteriores e imediatamente posteriores à lua cheia</a> durante os dois verões. Para eles, o aumento da luz da lua facilita a capacidade de caça dos animais à noite, em volta dos atóis.Outras explicações possíveis foram: mudanças no campo geomagnético da Terra conforme as fases da lua, o aumento da temperatura da água após meses de inverno, mas principalmente a grande concentração de raias-águia oceladas entrando nas lagoas para se reproduzir. Para as fêmeas de tubarão-martelo, o evento se transforma em um banquete.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:07.493Z

Fêmeas de tubarão-martelo se reúnem todo ano em ilha da Polinésia 

Imagem de Sexo dos salmões os faz mudar de cor e é capaz de mover montanhas no megacurioso

A época de acasalamento dos salmões é uma verdadeira aventura do mundo animal, capaz até de alterar a estrutura de montanhas

<head></head><body>O ciclo de reprodução dos animais é sempre muito complexo e interessante, independentemente da espécie. Mas mesmo com essa concorrência alta, é fato que poucos animais têm uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124396-5-animais-com-bizarros-rituais-de-acasalamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">época de acasalamento tão emocionante</a> quanto os salmões.O que chamamos de “salmão”, na verdade, é um grupo de peixes chamado de salmonídeos, que além dos salmões também inclui as trutas. As espécies de salmão ocorrem naturalmente nas águas geladas dos oceanos Pacífico e Atlântico.Na América do Sul, esses animais só existem no sul do Chile e da Argentina, mas não de forma nativa, são criados em cativeiro. Um terço de todo o salmão consumido no mundo vem do Chile.Quando criados em cativeiro, o que é o caso dos salmões que consumimos, esses animais vivem uma vida pacata, regada à ração e medicamentos. Nesse caso, o seu processo de reprodução perde totalmente a aventura que seus parentes selvagens experimentam.<h2>Salmão muda de cor para atrair parceiros e depois morre</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/25/25154823741270.jpg" alt="Salmão-vermelho Fonte: Getty Images">Salmão-vermelho Fonte: Getty ImagesNa natureza, é comum que os animais façam grandes estrepolias para chamar a atenção dos seus parceiros. Mas algumas espécies de salmão do Pacífico mudam radicalmente de visual, e inclusive, de cor. Em alguns casos, isso ocorre por uma alteração em sua dieta, pois eles deixam de comer.A mudança mais radical ocorre na espécie salmão-vermelho (Oncorhynchus nerka). Quando está no mar, esse peixe é azulado. Mas em época de acasalamento e desova, quando volta à água doce, ele se torna vermelho.Além disso, a estrutura do seu maxilar muda, ficando com uma aparência de gancho, e sua cabeça fica esverdeada. É uma transformação intensa, tanto que quando encerrado o ciclo de reprodução, esse animal morre.<h2>Salmões se guiam pelo campo magnético da Terra</h2>Alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123423-peixes-possuem-habilidades-surpreendentes-de-mudanca-de-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais têm sentidos muito especiais</a>. Os salmões, por exemplo, nascem com uma espécie de GPS capaz de guiá-los com precisão pelas águas.Esses animais nascem em água doce, em rios gelados de locais como o Canadá e o Alasca. Quando adultos, mudam-se para os oceanos e retornam exatamente para os locais de seus nascimentos para reiniciarem esse ciclo.Cientistas acreditam que eles conseguem fazer isso porque nascem com a capacidade de interpretar o campo magnético da Terra. Além disso, os salmões têm um excelente olfato que também os orienta pela água.<h2>O sexo dos salmões move montanhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/25/25155207933271.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesUm artigo publicado na revista científica Geomorphology&nbsp;avaliou o impacto que a desova dos salmões tem na estrutura de rios, ao longo de milhares de anos. Quando desovam, as fêmeas de salmão movimentam sedimentos do fundo do rio para fazerem seus ninhos. Como isso ocorre todos os anos, os pesquisadores queriam saber se essas alterações eram capazes de alterar a estrutura dos rios, impactando nos vales cortados por essas águas.Segundo esse estudo, o acasalamento dos salmões impacta, sim, esses locais. Ao moverem o cascalho do fundo do rio, eles expõem rochas que acabam sofrendo com a erosão da água. O acúmulo dessa atividade em milhares de anos seria capaz de alterar a geologia do lugar.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:06.828Z

Sexo dos salmões os faz mudar de cor e é capaz de mover montanhas

Imagem de O que acontece com uma carcaça de elefante na natureza? no megacurioso

Em imagens inéditas, pesquisadores no Quênia flagraram uma série de 'convidados ilustres' esperando para consumir a carne da presa morta

<head></head><body>No meio da natureza selvagem, nem sempre somente os mais fortes sobrevivem. Para conseguir obter alimento, todo animal precisa encontrar as melhores oportunidades possíveis para sobreviver por mais um dia. Então, o que acontece quando um enorme elefante cai morto à beira de um lago no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115668-populacao-de-elefantes-do-quenia-dobrou-nos-ultimos-30-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quênia</a>? Predadores enxergam um verdadeiro banquete.Em 2019, uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu observar de perto exatamente essa cena ao montarem armadilhas fotográficas &nbsp;em duas carcaças de elefantes frescas no Parque Nacional Tsavo East. Quer saber o que aconteceu nas horas seguintes? Acompanhe essa incrível jornada da sobrevivência animal ao longo dos próximos parágrafos!<h2>Banquete natural</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Aaron Morris/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/T9pzAlKKHhl5DOI5rpq2vB1HHc0mSEp-8PkU6qML-ko/rt:fit/w:1280/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9iOWQ2N2M1My0z/M2NjLTQ3MjUtODQ0/ZS00NzMxMWUyZjcz/MjY0YjkwNGI1ODY3/ZGEzNmZkMDdfQjgx/NTVGRkYtN0MwNi00/Njk1LTkwNDUtRTZE/Qjc1NjAxMTEwXzFf/MjAxX2EuanBlZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22031350408002.jpg" alt="(Fonte: Aaron Morris/Divulgação)">(Fonte: Aaron Morris/Divulgação)No estudo publicado na revista Food Webs, os pesquisadores relatam que a morte de um animal do porte de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116232-6-curiosidades-sobre-os-elefantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefante</a>, assim como acontece quando uma baleia cai morta no fundo do mar, é comparável a um banquete capaz de sustentar ou até mesmo criar uma comunidade ecológica inteira.Ao longo de um mês de gravação, os pesquisadores viram diversos predadores e necrófagos — animais que se aproveitam de cadáveres deixados para trás — se revezando ao longo dos dias para se alimentar da carcaça. Ocasionalmente, alguns acontecimentos chamavam maior atenção: espécies improváveis comendo lado a lado, jovens hienas com armadilhas presas no pescoço e até mesmo um hipopótamo se alimentando de outro mega-herbívoro.“Há muitas coisas realmente interessantes acontecendo nas carcaças de elefantes”, disse o coautor do estudo Aaron Morris, da Universidade de Minnesota. Para entender como a natureza se comportava ao redor dos elefantes, os pesquisadores posicionaram uma carcaça em terra firme, enquanto a outra estava na margem do rio Galana, o único curso de água que resiste à intensa estação seca subsaariana.<h2>Estudando o comportamento animal</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Aaron Morris/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/ulhgvlPTX6aFUomHy62VwS7-NnbDrP1PrEyV6nmSJuM/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9mMzg5OWY2Ny05/NzE3LTQ5ZDAtOWVk/NS0zMWMyYzgyMWY4/NmNkMzdkYWYxMTg4/YTFkYTA4ZmNfSV8w/MDY1NmIuSlBH.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/22/22031426170003.jpg" alt="(Fonte: Aaron Morris/Divulgação)">(Fonte: Aaron Morris/Divulgação)Elefantes na natureza podem acabar sendo vítimas de predadores com grandes presas ou simplesmente morrerem de exaustão. No caso dos cadáveres utilizados no estudo, um deles foi sacrificado pela equipe do parque após sofrer uma fratura na perna. O ribeirinho, por sua vez, morreu de causas naturais desconhecidas.Por mais que armadilhas fotográficas sejam uma ferramenta cada vez mais popular para rastrear a vida selvagem, imagens como as obtidas no Quênia são bastante únicas. Em uma das noites, os pesquisadores analisavam imagens de leões, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125648-o-ritual-de-acasalamento-peculiar-das-hienas-malhadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hienas</a> e urubus se alimentando dos elefantes quando uma surpresa surgiu em foco: um hipopótamo.A princípio, acreditava-se que o animal estava apenas curioso com o cadáver. Porém, tudo mudou quando ele começou a mastigar a carne. Apesar de hipopótamos serem animais que comem predominantemente plantas, eles também são conhecidos por comerem carne de forma oportunista e ocasional — o que dá um toque especial para o estudo.Na beira da água, hienas e crocodilos dividiam o alimento sem se agredir. Até então, os pesquisadores não sabem ao certo porque algumas espécies se contentam em dividir o alimento, mas uma hipótese é que as hienas facilitem a alimentação dos crocodilos ao abrirem a carcaça com suas presas. No fim das contas, o estudo trouxe diversas informações sobre as interações de grandes animais e de como o ciclo da vida funciona no mundo selvagem.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:05.889Z

O que acontece com uma carcaça de elefante na natureza?

Imagem de Kylinxia: com três olhos, parente dos insetos existiu há milhões de anos no megacurioso

Novas descobertas sobre o Kylinxia foram publicadas em estudo; confira

<head></head><body>Que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111273-got-australia-descobriram-uma-cobra-de-3-olhos-na-terra-dos-cangurus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais com três olhos</a> podem existir, não é bem uma novidade, apesar de ser incomum. E agora já temos evidências de que uma espécie com essa característica já existia há milhares de anos.O mais interessante nisso é que as investigações envolvendo essa criatura tão antiga permitiram descobrir mais sobre a evolução dos artrópodes. É o que reforça um novo estudo sobre um parente dos insetos, o animal do gênero Kylinxia, publicado na Current Biology no último dia 28.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31135044053219.jpg" alt="Tomografia computadorizada do Kylinxia. (Fonte: University of Leicester/Reprodução)">Tomografia computadorizada do Kylinxia. (Fonte: University of Leicester/Reprodução)<h2>Um animal da era cambriana</h2>O fóssil de Kylinxia foi descoberto em rochas com mais de 520 milhões de anos na cidade de Chengjiang, que fica na China. Vale destacar que por lá, um grande número de organismos em excelente estado de preservação já foi encontrado, ajudando cientistas a desvendar peças do quebra-cabeça de eras passadas.Além de ser uma criatura da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116778-estranho-especime-do-cambriano-pode-ser-o-elo-perdido-dos-artropodes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era cambriana</a>, os três olhos não foram a única coisa que impressionou os pesquisadores. Inclusive, quando ele foi descoberto, em 2020, acreditaram que seriam cinco olhos, no total.Com tamanho de um camarão grande, o fóssil de Kylinxia também tinha um par de presas dianteiras e dois pares de pernas articuladas que não foram identificados a princípio, quando ele foi descrito pela primeira vez.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31135159094220.jpg" alt="Fóssil em excelente estado de preservação foi considerado um achado importante para pesquisadores. (Fonte: University of Leicester/Reprodução)">Fóssil em excelente estado de preservação foi considerado um achado importante para pesquisadores. (Fonte: University of Leicester/Reprodução)<h2>Uma nova peça no quebra-cabeça da evolução dos artrópodes</h2>Além disso, na cabeça desse animal, há a presença de seis segmentos — algo presente em alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120936-os-6-insetos-mais-violentos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> atualmente. Em um deles estariam os dois olhos laterais e um olho mediano; no segundo segmento, o par de presas dianteiras, e os quatro segmentos, por fim, com os dois pares de membros articulados.Apesar de haver teorias estabelecendo que espécies de artrópodes teriam menos segmentações na cabeça inicialmente, esse estudo veio para derrubar isso, mostrando que essa herança teria sido transmitida há mais de 500 milhões de anos.Lembrando que os artrópodes correspondem a mais de 85% das espécies animais classificadas, o que nos permite dar uma ideia do quão bem-sucedidos eles foram no quesito adaptação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31134915358218.jpg" alt="Representação do Kylinxia. (Fonte: University of Leicester/Reprodução)">Representação do Kylinxia. (Fonte: University of Leicester/Reprodução)Como o fóssil está incrivelmente bem preservado, as imagens obtidas por meio de tomografia computadorizada foram fundamentais para essas novas constatações.Em comunicado oficial, Robert O'Flynn, que é principal autor do estudo, exaltou o processo de descoberta: “A preservação do animal fóssil é incrível. Após a tomografia computadorizada, podemos virá-lo digitalmente e literalmente olhar para algo que estava vivo há mais de 500 milhões de anos. Ao girarmos o animal, pudemos ver que sua cabeça possui seis segmentos, assim como em muitos artrópodes vivos.”</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:07.514Z

Kylinxia: com três olhos, parente dos insetos existiu há milhões de anos

Imagem de Ancestral do humano teria vindo da Europa e não da África, sugere estudo controverso no megacurioso

Descoberta de fóssil publicada em novo estudo sugere que ancestral do ser-humano e outros primatas teria origem europeia, e não africana

<head></head><body>Há muito tempo é consenso que os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125649-6-descobertas-que-mudam-muito-do-que-sabemos-sobre-o-passado-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestrais da humanidade</a>&nbsp;vieram da região que chamamos de continente africano. Porém, a história pode ser um pouco diferente: nossos parentes milenares podem ter surgido na Europa.Pelo menos é isto o que afirma um estudo recente, que revelou a descoberta de um esqueleto de primata que teria vivido na região da Anatólia, na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121766-maior-cidade-subterranea-do-mundo-e-descoberta-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a>, área que faz fronteira com a Ásia, há cerca de 8,7 milhões de anos.<h2>Primata ancestral do ser-humano pode ter vindo da Europa</h2>A descoberta recente do esqueleto de um parente distante dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108286-hominideos-ja-ocupavam-a-asia-ha-2-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hominídeos</a> — denominação dada ao grupo que inclui humanos, orangotangos, chimpanzés, gorilas e bonobos — na Turquia sugere que nossos mais longínquos ancestrais conhecidos não seriam originários da África, como se pensava até então. O estudo sugere que originalmente o primata teria vivido na região da Europa e migrado para o continente africano entre 7 milhões e 9 milhões de anos atrás.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ayla Sevim-Erol/Universidade de Toronto&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/archaeology/human-and-ape-ancestors-arose-in-europe-not-in-africa-controversial-study-claims"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/01/01141532402048.jpg" alt="Escavação na Turquia encontrou nova espécie de primata que seria ancestral dos hominídeos como humanos e chimpanzés (Fonte: Ayla Sevim-Erol/Universidade de Toronto)">Escavação na Turquia encontrou nova espécie de primata que seria ancestral dos hominídeos como humanos e chimpanzés (Fonte: Ayla Sevim-Erol/Universidade de Toronto)Com a publicação da pesquisa, muitos cientistas agora parecem estar inclinados a acreditar que o ancestral original do ser-humano teria mesmo origem europeia, o que na verdade não desqualifica as informações conhecidas até então. Isto porque a nova espécie, batizada Anadoluvius turkae (em homenagem à Anatólia e à Turquia), seria na verdade o ancestral europeu do nosso ancestral africano.Falando ao Live Science, David Begun explicou um pouco mais sobre a descoberta do A. turkae. O paleoantropólogo da Universidade de Toronto e coautor do estudo afirmou que a espécie recém-descoberta seria um ancestral em comum dos hominídeos, e não um ancestral direto do ser-humano. Sendo assim, o que sabemos sobre a origem dos hominídeos na África não é de forma alguma desconsiderada.<h3>Ancestral do nosso ancestral</h3>Begun clarifica que, embora esta nova espécie de primata tenha sido descoberta na Europa, a maior parte da história da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a>&nbsp;do ser-humano deve mesmo ter ocorrido em território africano. "É muito mais provável que as linhagens dos chimpanzés e dos humanos tenham divergido entre si na África", afirmou o estudioso ao site.Sendo assim, o Anadoluvius turkae seria basicamente um ancestral do nosso ancestral. O fóssil encontrado pelo time de Begun estima que o primata pesaria entre 50 quilogramas e 60 kg, peso equivalente ao de um chimpanzé macho de grande porte.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;David Begun/Universidade de Toronto&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/archaeology/human-and-ape-ancestors-arose-in-europe-not-in-africa-controversial-study-claims"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/01/01141804077049.jpg" alt="Descoberta de fóssil de 8,7 milhões de anos na Turquia sugere que ancestrais dos hominídeos teria surgido na Europa (Fonte: David Begun/Universidade de Toronto)">Descoberta de fóssil de 8,7 milhões de anos na Turquia sugere que ancestrais dos hominídeos teria surgido na Europa (Fonte: David Begun/Universidade de Toronto)Apesar da publicação do estudo sugerir que o ancestral dos nossos parentes distantes tenha tido origem na Europa, nem toda a comunidade científica parece estar no mesmo barco. Também em conversa com o Live Science, o cientista Christopher Gilbert não descartou a possibilidade, mas também levantou outros questionamentos.Gilbert, paleoantropólogo na Faculdade Hunter da Univesidade de Nova York, levanta a possibilidade de que primatas podem ter migrado de uma região para a outra, mas que isto não necessariamente bate o martelo sobre sua real origem. Para ele, grandes primatas como A. turkae podem sim ter saído da Europa em direção à África, mas que o oposto também pode ter acontecido, com a espécie deixando o território africano em direção ao europeu.Mais estudos e pesquisas ainda serão necessários para que se chegue a um consenso, mas de qualquer forma a descoberta do Anadoluvius turkae é muito importante para que possamos entender melhor a origem e a história da humanidade no nosso planeta.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:07.588Z

Ancestral do humano teria vindo da Europa e não da África, sugere estudo controverso

Imagem de Ursa Amarena, famosa na internet, é morta a tiros na Itália no megacurioso

A pacata ursa que costumava passear pacificamente com seus filhotes em áreas habitadas foi assassinada por morador de cidade na noite do dia 31 de agosto

A ursa Amarena, habitante de um parque nacional italiano e que havia viralizado algumas vezes por ser registrada passeando com seus filhotes em &aacute;reas habitadas da regi&atilde;o do Abruzzo, foi morta a tiros na noite do dia 21 de agosto. O assassino j&aacute; foi identificado pelas autoridades italianas e pode ser indiciado por crime de crueldade contra animais, cuja pena &eacute; de quatro meses a dois anos de pris&atilde;o. Os filhotes da ursa seguem desaparecidos.
Segundo informou o Parque Nacional de Abruzzo, Molise e Lazio, a ursa que fazia sucesso na internet j&aacute; foi encontrada morta pelos guardas e veterin&aacute;rios do parque. Identificado como o atirador, o homem de 56 anos, morador da comuna de&nbsp;San Benedetto dei Marsi, afirmou que disparou contra o animal com um fuzil pr&oacute;ximos das 23 horas, de acordo com ele, por ter ficado com medo da ursa, mesmo sendo fato not&oacute;rio que o animal tinha costume de passear pacificamente pela regi&atilde;o.
Os respons&aacute;veis pelos animais do&nbsp;Parque Nacional de Abruzzo, Molise e Lazio continuam as buscas pelos dois filhotes deixados por Amarena, na tentativa de preservar o bem-estar dos animais que agora vivem sozinhos no parque. "&Eacute; um fato muito s&eacute;rio", afirmou um porta-voz da institui&ccedil;&atilde;o. "Ao atingir uma das f&ecirc;meas mais prol&iacute;ficas da hist&oacute;ria do parque, ele causa enormes preju&iacute;zos &agrave; popula&ccedil;&atilde;o", concluiu.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/ejQyzWEv_-0?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Amarena havia aparecido, entre outros casos, em uma filmagem recente passeando com seus filhores em uma localidade pr&oacute;xima de onde foi morta. Segundo os moradores da regi&atilde;o, que ficaram revoltados com o assassinato da ursa, ela se chamava Amarena em refer&ecirc;ncia ao nome das cerejas pretas da regi&atilde;o, um dos alimentos favoritos dela.

Biologia

Novidades