Imagem de De 1900 até hoje: a história das bruxas nos filmes e seu impacto social no megacurioso

Mágico de Oz, Abracadabra, Bruxa de Blair e outros; descubra como se deu a evolução e a transformação dos estereótipos das bruxas nos cinemas 

Nos &uacute;ltimos anos, a bruxaria nos cinemas vem ganhando novas abordagens por parte de est&uacute;dios e criadores, que passaram a apostar em cen&aacute;rios psicol&oacute;gicos e humanos para explorar um dos seres mais relevantes da hist&oacute;ria audiovisual.
De 1900 at&eacute; hoje, as bruxas passaram por uma s&eacute;rie de estere&oacute;tipos e abordagens que as consolidaram como personagens emblem&aacute;ticas, sendo respons&aacute;veis por gerar impactos sociais profundos e reviver cr&iacute;ticas importantes sobre suas origens, em especial os fundamentos sobre o que de fato caracteriza a criatura m&aacute;gica da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120265-8-fatos-historicos-perturbadores-que-mais-parecem-ficcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fic&ccedil;&atilde;o</a>.
Cinematograficamente falando, o termo "bruxaria" era relacionado, durante a primeira metade do s&eacute;culo XX, a uma pr&aacute;tica realizada por pessoas do sexo feminino que envolvia maldi&ccedil;&otilde;es, apelo &agrave; magia negra e a cren&ccedil;as vinculadas a entidades sobrenaturais. Essas mulheres, que comumente eram apresentadas como seres decr&eacute;pitos, ou seja, criaturas envelhecidas e com particularidades f&iacute;sicas &mdash; tons de pele distintos, marcas no rosto e deformidades &oacute;sseas &mdash; logo marcaram um arqu&eacute;tipo, assim foram levadas &agrave;s mais diversas categorias audiovisuais.
Um exemplo dessa abordagem s&atilde;o as obras Branca de Neve e os Sete An&otilde;es&nbsp;(1937) e O M&aacute;gico de Oz (1939), que fundaram bases para a introdu&ccedil;&atilde;o do termo "bruxa m&aacute;", uma nova vis&atilde;o de antagonista que contrastava com as personalidades doces, puras e inocentes das protagonistas. E, falando em personalidade, vale refor&ccedil;ar que essa psique opositora tinha como base alguns dos princ&iacute;pios que levaram milhares de mulheres &agrave; execu&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica durante a Idade M&eacute;dia.
<h2 class="uk-text-justify">Os julgamentos de Salem</h2>
As hist&oacute;rias sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120292-freio-de-bruxa-o-metodo-de-torturar-mulheres-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">julgamentos de bruxas de Salem</a>, um dos cen&aacute;rios mais marcantes durante os anos de 1692 e 1693, foram levados pela 1&ordf; vez ao cinema em formato mudo, no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX. Nessas obras, as mulheres eram acusadas dos crimes mais b&aacute;rbaros poss&iacute;veis ap&oacute;s recusarem a paix&atilde;o de um homem, por exemplo, que despertavam sua f&uacute;ria para serem humilhadas e chamadas de bruxa ap&oacute;s t&ecirc;-lo "tentado ao pecado".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/02/02231006480073.jpg" alt="(Fonte: History / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Simbolicamente falando, o conceito dos filmes era exibir como as mulheres acusadas de bruxaria eram levadas &agrave; execu&ccedil;&atilde;o ao serem responsabilizadas pelos erros de um homem, tornando-se incapazes de combater um sistema patriarcal onde elas n&atilde;o tinham a oportunidade de sequer se defender. A proposta foi amplamente abordada ainda no cinema mudo, mas ganhou novos contornos a partir de 1937, com o lan&ccedil;amento de A Donzela de Sal&eacute;m.
<h2 class="uk-text-justify">Poder e sensualidade</h2>
A partir da d&eacute;cada de 1920, com a chegada dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118972-100-anos-de-make-como-os-padroes-de-beleza-mudaram-desde-os-anos-1920.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Loucos Anos 1920</a> (Era do Jazz) e as primeiras produ&ccedil;&otilde;es com sons, o esp&iacute;rito de liberdade e a autoridade sobre o corpo flu&iacute;ram nas mulheres, que passaram a atuar em atividades que antes eram consideradas imorais ou tabus. O tratamento que elas recebiam anteriormente, sendo apresentadas como donas de casa, religiosas e obedientes aos homens, desapareceu logo em seguida, e Hollywood foi palco para verdadeiros esc&acirc;ndalos ao subverter a participa&ccedil;&atilde;o feminina em roteiros ainda mais ousados.
Ao apelar para a quebra dos padr&otilde;es comportamentais das mulheres, a ind&uacute;stria viu a paranoia sobre a atra&ccedil;&atilde;o sexual das bruxas retornar com toda for&ccedil;a, e isso passou a ser utilizado como uma esp&eacute;cie de poder feminino intr&iacute;nseco a v&aacute;rias bruxas da &eacute;poca. Essa habilidade considerada assustadora surgiu como uma provoca&ccedil;&atilde;o para boa parte do p&uacute;blico e investidores, que iniciaram movimentos de cobran&ccedil;a sobre censura e modera&ccedil;&atilde;o na forma como as personagens eram exibidas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/02/02231116527074.jpg" alt="(Fonte: a24 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: a24 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com isso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120260-em-1982-ator-e-criancas-morreram-em-set-de-filmagem-em-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a> lan&ccedil;ou um manifesto &mdash; um guia de regras &mdash; que deveria ser aplicado como forma de conter os telespectadores, e os diretores deveriam evitar abordar temas com radicalidade, abordando drogas, bebidas, nudez, beijos demorados, viol&ecirc;ncia, agress&atilde;o a animais e outros artif&iacute;cios ditos controversos. Assim, a sensualidade se tornou um recurso subjetivo nos filmes modernos e transformou-se em sugest&otilde;es, provocando o p&uacute;blico a partir de detalhes que muitas vezes passam impercept&iacute;veis.
Isso pode ser observado em longas-metragens como Abracadabra&nbsp;(1993), Jovens Bruxas (1996), A Bruxa (2015) e&nbsp;A Bruxa da Casa ao Lado (2019), que apelaram para uma sedu&ccedil;&atilde;o interpretativa e menos visual para contar hist&oacute;rias de obsess&atilde;o, romance e atra&ccedil;&atilde;o propostas para todo tipo de p&uacute;blico.
<h2 class="uk-text-justify">A descoberta dos poderes e do corpo na adolesc&ecirc;ncia</h2>
No final dos anos 1980 e 1990, os filmes de bruxaria foram direcionados para o p&uacute;blico adolescente, apostando em temas como a descoberta do corpo e o amadurecimento. Essa abordagem levou em considera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o somente as barreiras que jovens garotas encontravam ao conversar com sua fam&iacute;lia sobre rea&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas e sentimentais, mas tamb&eacute;m a ascens&atilde;o de uma &eacute;poca que se discutia ang&uacute;stias, medos e preocupa&ccedil;&otilde;es entre causas f&uacute;teis e realistas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/02/02231545355075.jpg" alt="(Fonte: Paramount / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Paramount / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, as novas tend&ecirc;ncias buscaram considerar um estere&oacute;tipo que, at&eacute; ent&atilde;o, era pouco conhecido por f&atilde;s do g&ecirc;nero, que era o despertar dos poderes e a busca por respostas sobre as origens. Para isso, as pequenas bruxas deviam encarar situa&ccedil;&otilde;es problem&aacute;ticas com as fam&iacute;lias, d&uacute;vidas no Ensino M&eacute;dio, contos de afloramento e desejos sexuais, bem como outros est&aacute;gios da vida considerados desagrad&aacute;veis especialmente para adolescentes.
Apesar de Jovens Bruxas (1996) ter conseguido se manter fiel &agrave; proposta, o que apaixonou totalmente os f&atilde;s foi o seriado Sabrina &mdash; Aprendiz de Feiticeira (1996), que contou a hist&oacute;ria de uma bruxa, oriunda de uma antiga linhagem, que aprende a lidar com seus poderes at&eacute; ir para a faculdade.
<h2 class="uk-text-justify">O horror cru: psicologismo como tend&ecirc;ncia</h2>
Ainda em 1990, o cen&aacute;rio do horror no cinema deu um enorme salto e viu produ&ccedil;&otilde;es como Candyman, Sil&ecirc;ncio dos Inocentes, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabe&ccedil;a e O Chamado dominarem as bilheterias internacionais, marcando o retorno de entidades sobrenaturais e investindo na viol&ecirc;ncia gr&aacute;fica, apresentada por meio de efeitos pr&aacute;ticos e t&eacute;cnicos. Essa ascens&atilde;o surgiu como a oportunidade perfeita para que os produtores revelassem a identidade mais apavorante das bruxas, e isso foi mostrado no apavorante A Bruxa de Blair&nbsp;(1999).
O longa, que dessa vez passou a evitar se comprometer com causas reais &mdash; em oposi&ccedil;&atilde;o a seus antecessores &mdash; e a funcionar como uma esp&eacute;cie de sugest&atilde;o, foi o suficiente n&atilde;o apenas para confirmar a tend&ecirc;ncia de um novo estere&oacute;tipo de bruxaria, mas tamb&eacute;m o nascimento de uma categoria que se mostraria ideal para contar hist&oacute;rias de bruxas: o terror psicol&oacute;gico.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/02/02231829902076.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Amazon / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na categoria, os telespectadores foram capazes de reviver diversas &eacute;pocas da hist&oacute;ria da bruxaria, como os julgamentos medievais, o antagonismo, a sensualidade e a descoberta de habilidades, que foram recuperados de longas pouco acess&iacute;veis na &eacute;poca como O Beb&ecirc; de Rosemary (1968) e Suspiria&nbsp;(1977) para estabelecer sensos cr&iacute;ticos sobre os mais variados temas, ainda arriscando no olhar feminino e em suas tem&aacute;ticas, como tamb&eacute;m no distanciamento de criaturas "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120148-6-lendas-de-monstros-que-foram-criadas-para-o-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monstruosas</a>" como em A Aut&oacute;psia (2016) e Heredit&aacute;rio&nbsp;(2018).
Em um s&eacute;culo em que a participa&ccedil;&atilde;o feminina surge cada vez mais atuante e igualit&aacute;ria, as novas concep&ccedil;&otilde;es audiovisuais indicam n&atilde;o apenas a introdu&ccedil;&atilde;o de uma perspectiva hist&oacute;rica, mas a possibilidade de fazer diferente, mesmo que exijam um maior comprometimento sensorial e emotivo, tra&ccedil;ando paralelos crus e potencialmente agressivos, de forma a n&atilde;o esconder das gera&ccedil;&otilde;es atuais e n&atilde;o deturpar um passado que at&eacute; hoje cobra sua repara&ccedil;&atilde;o.

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De 1900 até hoje: a história das bruxas nos filmes e seu impacto social

Imagem de Em 1982, ator e crianças morreram em set de filmagem em Hollywood no megacurioso

O ator Vic Morrow gravava uma cena de Twilight Zone quando um helicóptero caiu em cima dele e de dois atores mirins

A tragédia envolvendo o ator Alec Baldwin, que disparou acidentalmente e matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins, foi um dos principais tópicos desses últimos dias. Mas, infelizmente, as mortes de profissionais em sets de filmagem são mais comuns do que muitos pensam. Hoje, a gente conta os detalhes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/mais-lidas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos mais horripilantes</a> casos de Hollywood.&nbsp;Em 1982, o ator Vic Morrow e dois figurantes mirins, Myca Dinh Le (de 7 anos) and Renee Shin-Yi Chen (de 6), gravavam uma cena do filme Twilight Zone (No Limite da Realidade)&nbsp;à noite. Os três saíram mortos do set.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27035100421003.jpg" alt="Imagem: Reprodução"> &nbsp;<ul><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leia outras notícias sobre cinema no Mega Curioso</a></li><li><a rel="noopener noreferrer" target="_blank" href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402758-cupom-mercado-livre-70-off.htm">Aproveite e garanta projetores e mais para seu cinema em casa com desconto no cupom Mercado Livre!</a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;</a></li></ul><h2>A volta de Vic Morrow às superproduções</h2>O filme No Limite da Realidade recebeu esse título, mas era uma adaptação da famosa série de TV dos anos 1960, Além da Imaginação.&nbsp;O roteiro consistia em quatro segmentos distintos, com adaptações de episódios da série. Um deles era um roteiro original, feito por John Landis, celebrado em Hollywood na época por seu sucesso com Os Irmãos Cara de Pau. Steven Spielberg era outro dos diretores e coprodutores do filme, que teve ainda partes dirigidas por Joe Dante (Gremlins) e George Miller (Mad Max).Vic Morrow ficou conhecido pela série de TV Combate!, nos anos 1960, e participou de alguns filmes hollywoodianos. Porém, ao longo da década de 1970, ele foi fazendo menos sucesso e estrelou produções de pouco prestígio. O convite de Spielberg e Landis para estrelar um dos segmentos de No Limite da Realidade poderia dar um novo fôlego para a carreira do ator.No filme, Morrow interpretou Bill, um homem preconceituoso que prova do próprio veneno quando é transportado magicamente para situações em que é oprimido — como a França da ocupação nazista e a Guerra do Vietnã.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27034922216002.jpg" alt="Imagem: Reprodução"> &nbsp;<h2>A cena fatídica e os erros de John Landis</h2>Aquela era a época da “Nova Hollywood”, com diretores temperamentais que mandavam como ditadores nos sets. John Landis tinha fama de ser um desses.&nbsp;A cena da Guerra do Vietnã foi justamente aquela em que a tragédia aconteceu. Pelo roteiro, Vic Morrow aparece magicamente no meio de um ataque americano a uma vila. Então, ele salva duas crianças vietnamitas e corre com elas nos braços, enquanto o helicóptero as perseguia e explosões aconteciam no fundo. Sua última fala nessa cena era: “Eu vou manter vocês seguros, crianças. Eu prometo. Nada vai machucar vocês”.&nbsp;Infelizmente, não foi isso que aconteceu. O helicóptero voava baixo, por ordem do diretor John Landis, e as explosões aconteciam muito perto da aeronave. Tudo isso enquanto Vic Morrow andava com as crianças por um lago, pouco abaixo. Algumas pessoas disseram que aquilo era perigoso, mas a produção do filme fez pouco caso, mandando a gravação continuar.Por volta de duas e meia da manhã a tragédia aconteceu, em poucos segundos: o helicóptero perde o controle, tomba de lado e cai no lago — bem em cima de onde estavam Vic Morrow e as duas crianças. O ator e Myca Dinh Le, de apenas sete anos, foram decapitados pelas hélices da aeronave, suas cabeças voaram com a força do impacto. Já Renee Chen morreu esmagada pelo helicóptero.&nbsp;Há um vídeo do momento do acidente no YouTube. Como tudo acontece muito rápido, não é possível ver nada <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/71701-o-que-faz-tanta-gente-assistir-a-videos-violentos-ou-de-pessoas-mortas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">necessariamente perturbador</a>. Segundo os comentários, você pode ver as cabeças de Morrow e Le voando se diminuir a velocidade para 0.25x aos 03:34 — mas eu não quis comprovar. Assista se quiser:<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WWjZ58eYDSI" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><h2>Um filme marcado pelo desastre</h2>No início do vídeo acima, é possível ver que o primeiro homem que chega à cena cambaleia e parece chocado — talvez tenha visto a carnificina diante de seus olhos. Relatos da época dão conta de que o set ficou em completo silêncio nos momentos após a tragédia. Tal silêncio só foi quebrado quando a mãe de Renee começou a gritar desesperada sobre o corpo da filha.&nbsp;No Limite da Realidade foi lançado mesmo assim, no ano seguinte à tragédia. A cena com as crianças foi cortada e algumas mudanças foram feitas na edição para que a história pudesse fazer sentido sem ela. A crítica disse que o segmento de John Landis — o do desastre — foi o mais fraco do filme, mas a produção fez algum sucesso nas bilheterias.Ironicamente, a cena com as crianças nem existia na primeira versão do roteiro. Landis incluiu essa parte depois que executivos do estúdio Warner Bros. disseram que o personagem de Vic Morrow era muito antipático. Esse foi o início de uma sequência de erros.<h2>“Não vale a pena morrer por um filme”</h2>Além de ser um completo ditador no set, John Landis contratou as duas crianças ilegalmente. Ele sabia que não podia trabalhar com atores-mirins à noite, nem deixá-los perto de explosões, então tratou direto com os pais das crianças “por debaixo dos panos”.&nbsp;Os pais sabiam que as filmagens quebravam a regra do trabalho noturno e concordaram, mas os produtores disseram apenas que haveria barulho — não explosões e um helicóptero. Dizem que o pai de Le chegou a perguntar se a cena era perigosa, e um assistente disse “não”.Mas era perigosa — e muito. O piloto do helicóptero era Dorcey Wingo, um veterano da Guerra do Vietnã que estava começando em Hollywood. Ele chegou a dizer que era difícil controlar o helicóptero com tantas explosões e tão baixo, mas John Landis continuou ordenando que ele continuasse daquele modo. Talvez por medo de colocar sua carreira em risco, ele continuou.Quando soube dessa tragédia, Spielberg — que já estava p*** da cara com Landis pelo uso de munições de verdade no set — cortou qualquer tipo de relação com o colega. Ele afirmou, em entrevistas, que “não vale a pena morrer por um filme”, condenando os abusos de diretores da época, como John Landis. Já George Miller nem quis finalizar a edição de seu segmento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27035315313004.jpg" alt="Imagem: NY Post">(Fonte: NY Post/Reprodução)<h2>O processo e mudanças em Hollywood</h2>John Landis foi o primeiro diretor de cinema a sentar no banco dos réus por algo que ocorreu em um set de filmagens. Ele, o piloto e outros três envolvidos na produção foram acusados por homicídio culposo. As famílias também processaram o estúdio na esfera civil, recebendo uma indenização estimada em 200 milhões de dólares, muito maior que o faturamento.No julgamento, que atraiu a mídia americana, os acusados tentaram colocar a culpa uns nos outros: Landis afirmou que a culpa era dos efeitos especiais, enquanto o piloto e a equipe de efeitos especiais disse que o diretor foi negligente e os expôs ao perigo. Contudo, todos eles foram absolvidos das acusações.Landis continuou sua carreira como se nada tivesse acontecido, lançando sucessos como Um Príncipe em Nova York e videoclipes de Michael Jackson. Ele e sua família continuam dizendo que não têm culpa do acidente e que tudo foi um infeliz erro com os efeitos especiais.Por outro lado, a tragédia com Vic Morrow, Renee Chen e Myca Dinh Le estimulou Hollywood a criar regras para cenas perigosas — antes não existia nenhuma. O texto orienta como proceder em gravações com explosões, armas e outros perigos.&nbsp;A partir disso, seguros em produções se tornaram obrigatórios — e possíveis, afinal, com mais cuidado nos sets, os contratos se tornaram vantajosos para as seguradoras. Profissionais de gerenciamento de risco passaram a fazer parte da equipe de produção. A cada novo acidente, as regras são atualizadas e é provável que isso aconteça após o desastre com Alec Baldwin e Halyna Hutchins.Pena que pessoas precisaram morrer para que as regras mudassem.

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Em 1982, ator e crianças morreram em set de filmagem em Hollywood

Imagem de O Último Duelo: 4 tradições medievais apresentadas no filme épico no megacurioso

Nova produção de Ridley Scott (Gladiador), O Último Duelo é baseado em fatos reais e ocorre em meio à Guerra dos Cem Anos

O &Uacute;ltimo Duelo, a mais recente produ&ccedil;&atilde;o do diretor Ridley Scott (Alien, Gladiador), j&aacute; est&aacute; dispon&iacute;vel nos cinemas de todo o mundo. A obra adapta uma hist&oacute;ria real ocorrida na Fran&ccedil;a do s&eacute;culo XIV, quando a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) eclodiu.
Na hist&oacute;ria, os cavaleiros franceses Jean de Carrouges (Matt Damon) e Jacques Le Gris (Adam Driver) se enfrentam em um duelo &eacute;pico para encerrar o julgamento da esposa de Carrouges, Marguerite (Jodie Comer), que havia sido violentamente atacada por Le Gris e gerou grandes d&uacute;vidas em todos os membros da corte ao expor sua vers&atilde;o sobre os fatos. Obrigada a apelar para o bom senso e justi&ccedil;a, a jovem se v&ecirc; em meio a uma disputa sem precedentes pela verdade, protagonizando uma trama carregada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119667-o-grande-incendio-de-londres-causou-ira-e-sede-de-vinganca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vingan&ccedil;a</a>, f&eacute; e coragem.
Confira abaixo algumas das principais tradi&ccedil;&otilde;es medievais apresentadas em O &Uacute;ltimo Duelo e descubra como o filme se conecta com o passado para contar uma hist&oacute;ria real.
<h2>1. Duelos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26102156690046.jpg" alt="(Fonte: 20th Century Studios / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: 20th Century Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O &Uacute;ltimo Duelo&nbsp;resgata os cl&aacute;ssicos torneios medievais de cavalaria, em que o rei, a corte e membros selecionados da comunidade se distribuem ao redor de uma arena para acompanhar batalhas um contra um. Conhecidas como justas, esses duelos se caracterizam pela utiliza&ccedil;&atilde;o de uma armadura pesada com visibilidade m&iacute;nima, armas longas e modificadas para minimizar ferimentos, e um cavalo resistente ao carregamento de pesos. O vencedor &eacute; decretado ap&oacute;s conseguir derrubar seu advers&aacute;rio.
<h2>2. Selinhos entre o povo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26102247581047.jpg" alt="(Fonte: 20th Century Studios / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: 20th Century Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dar selinhos, na Idade M&eacute;dia, era um ato que representava uma esp&eacute;cie de contrato ou v&iacute;nculo categ&oacute;rico entre duas pessoas. Assim, a pr&aacute;tica servia para validar um acordo entre o senhor feudal e o vassalo, por exemplo, ou entre pessoas que se conhecem formalmente, como foi no caso de Jacques Le Gris e Marguerite de Carrouges na produ&ccedil;&atilde;o de Ridley Scott.
<h2>3. Luva ao ch&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26102346175050.jpg" alt="(Fonte: 20th Century Studios / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: 20th Century Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A luva &eacute; um dos acess&oacute;rios mais importantes para esgrimistas, e desde a Idade M&eacute;dia era vista como algo de valor, sendo o principal elo entre a m&atilde;o do guerreiro e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120179-projeto-plutao-a-arma-mais-destrutiva-criada-pelos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arma</a>. Sua import&acirc;ncia era tanta que a vestimenta era utilizada como forma de convocar o advers&aacute;rio para um combate justo, quando o desafiante jogava uma de suas luvas ao ch&atilde;o e via seu oponente fazer o mesmo, confirmando a aceita&ccedil;&atilde;o do embate.
<h2>4. Deus decide a vit&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26102438175052.jpg" alt="(Fonte: 20th Century Studios / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: 20th Century Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de a Idade M&eacute;dia ter revelado alguns dos cavaleiros mais importantes de todos os tempos, suas habilidades eram desprezadas em compara&ccedil;&atilde;o ao poder divino. Isso ocorria porque, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119599-imagem-erotica-e-descoberta-em-igreja-de-800-anos-e-viraliza-na-web.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja</a> e a F&eacute; eram consideradas entidades supremas na &eacute;poca, apenas elas tinham poder de conceder alguma decis&atilde;o importante, interferindo em julgamentos, ora&ccedil;&otilde;es, batalhas e em diversos outros tipos de dilemas respons&aacute;veis por determinar o destino de um indiv&iacute;duo ou da coletividade. Independentemente da verdade de Marguerite e das intrigas entre Le Gris e Carrouges, a senten&ccedil;a seria definida por Deus.

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O Último Duelo: 4 tradições medievais apresentadas no filme épico

Imagem de Como armas cenográficas podem dar tiros letais? no megacurioso

Entenda o que pode ter acontecido na morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em disparo acidental feito pelo ator Alec Baldwin

O mundo do cinema despertou de luto na manh&atilde; desta sexta-feira (22) ap&oacute;s as not&iacute;cias confirmarem a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchens devido a um disparo acidental feito pelo ator Alec Baldwin, no set de filmagens do filme Rush &mdash;&nbsp;que estava sendo filmado no Novo M&eacute;xico. O diretor Joel Souza tamb&eacute;m foi ferido nos disparos.
Apesar de o incidente ainda estar sob investiga&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;cia, os primeiros relatos d&atilde;o conta de que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119866-como-e-levar-um-tiro-na-cabeca-sobreviventes-contam-o-que-sentiram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tiros</a> foram disparados por uma arma cenogr&aacute;fica, o que acabou gerando grande confus&atilde;o entre as pessoas. Afinal, como uma arma de encena&ccedil;&atilde;o poderia causar um disparo letal? Vamos entender o que pode ter acontecido.
<h2>O que s&atilde;o armas cenogr&aacute;ficas?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22141318551415.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para entendermos o que pode ter acontecido no set, precisamos ter no&ccedil;&atilde;o do que &eacute; uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104101-designer-cria-arma-que-transforma-lagrimas-em-projeteis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arma</a> cenogr&aacute;fica. &Eacute; comum que as pessoas pensem que as armas cenogr&aacute;ficas s&atilde;o armamentos n&atilde;o funcionais usados em todos os tipos de performances teatrais, ou simplesmente armas de brinquedo que disparam c&aacute;psulas de fogo para produzir fuma&ccedil;a.
Embora esses modelos realmente possam se encaixar nisso, tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel que armas de fogo de verdade sejam usadas como armas cenogr&aacute;ficas nos filmes. O principal motivo disso &eacute; para que as cenas fiquem o mais pr&oacute;ximo poss&iacute;vel da realidade, sobretudo nas cenas em que a c&acirc;mera est&aacute; filmando de perto.
Entretanto, assim como disse o instrutor de armas Dave Brown para a revista American Cinematographer em 2019, s&atilde;o necess&aacute;rios experts no set o tempo todo para garantir que a arma est&aacute; sendo manejada corretamente. Segundo ele, uma arma real continua sendo uma arma, independentemente do tipo de proj&eacute;til que estiver nela.
<h2>Qual o tipo de proj&eacute;til utilizado?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22141423895417.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Em geral, armas cenogr&aacute;ficas s&atilde;o carregadas com outro tipo de muni&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o uma bala de verdade. Normalmente, a muni&ccedil;&atilde;o de uma arma &eacute; composta de um cartucho, um material propulsor (p&oacute;lvora), a espoleta (composto qu&iacute;mico que inicia a rea&ccedil;&atilde;o) e um proj&eacute;til (bala).&nbsp;
Quando o gatilho &eacute; acionado, a espoleta &eacute; ativada e acende a p&oacute;lvora, causando a explos&atilde;o de gases superquentes que ir&atilde;o impulsionar a bala para fora do cano. Ent&atilde;o, o cartucho ir&aacute; cair no ch&atilde;o toda vez que um disparo for feito ou que a muni&ccedil;&atilde;o for substitu&iacute;da. Uma &ldquo;muni&ccedil;&atilde;o falsa&rdquo; &eacute; composta de todas essas partes, exceto pelo proj&eacute;til na ponta.
Portanto, muitas vezes as muni&ccedil;&otilde;es de cinema usam enchimento de papel ou cera no topo dos cartuchos. Na teoria, isso iria emular a mesma a&ccedil;&atilde;o de um disparo normal, por&eacute;m sem um objeto mortal sendo disparado pelo armamento. Mesmo assim, uma pessoa ainda poderia sair ferida caso estivesse pr&oacute;xima demais ao disparo, visto que a explos&atilde;o dos gases continua acontecendo e o proj&eacute;til ainda &eacute; expelido.
<h2>Exemplos no passado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22141554020418.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora o caso de Alec Baldwin tenha chocado a imprensa em 2021, essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que um acidente do tipo aconteceu no mundo do cinema. Em 1984, o ator Jon-Erik Hexum morreu ap&oacute;s atirar na pr&oacute;pria cabe&ccedil;a com um rev&oacute;lver Magnum 44, o qual ele acreditava n&atilde;o estar carregado, durante as grava&ccedil;&otilde;es de Retrato Falado &mdash;&nbsp;uma s&eacute;rie televisionada pela CBS.
Outra trag&eacute;dia envolvendo armas cenogr&aacute;ficas tirou a vida de Brandon Lee, filho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42498-6-curiosidades-matadoras-sobre-bruce-lee.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bruce Lee</a>, em 1993. Ele estava no set de filmagens de O Corvo&nbsp;(1994) quando um cartucho de verdade ficou preso no barril do rev&oacute;lver. Quando a equipe de filmagens carregou a arma com uma muni&ccedil;&atilde;o falsa e o ator tentou efetuar o disparo, a muni&ccedil;&atilde;o verdadeira foi empurrada para fora e terminou ferindo-o. Lee morreu horas depois, com apenas 28 anos.&nbsp;

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Como armas cenográficas podem dar tiros letais?

Imagem de Quem foi Zé do Caixão e qual sua importância para o terror? no megacurioso

Conheça a história de um dos personagens mais famosos do cinema nacional

Z&eacute; do Caix&atilde;o &eacute; um dos mais ic&ocirc;nicos personagens do cinema brasileiro. Interpretado pelo ator e diretor Jos&eacute; Mojica Marins, o coveiro de roupas pretas e unhas enormes aterrorizou os espectadores por mais de 4 d&eacute;cadas. E, ao que tudo indica, voltar&aacute; a ser o pesadelo de muita gente em breve, j&aacute; que o seu primeiro filme ganhar&aacute; <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/226834-ze-caixao-ganhara-remake-produtora-elijah-wood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dois remakes internacionais</a>.&nbsp;
Embora Mojica tenha <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113515-morre-jose-mojica-marins-o-ze-do-caixao-aos-83-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos deixado em 2020</a> em decorr&ecirc;ncia de uma broncopneumonia, seu personagem ficar&aacute; eternizado para sempre na mem&oacute;ria de milhares de f&atilde;s.
<h2 class="uk-text-justify">A hist&oacute;ria de Z&eacute; do Caix&atilde;o</h2>
Jos&eacute; Mojica Marins nasceu em 1936. Filho de espanh&oacute;is, o pequeno come&ccedil;ou a conviver com filmes desde novo, uma vez que seu pai era gerente de um cinema da Zona Oeste de S&atilde;o Paulo, onde ele e a fam&iacute;lia moravam nos fundos. Aos 12 anos, j&aacute; come&ccedil;ou a fazer as suas produ&ccedil;&otilde;es amadoras com uma pequena c&acirc;mera que ganhou de seus pais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/19/19021832488004.jfif" alt="Z&eacute; do Caix&atilde;o" />Z&eacute; do Caix&atilde;o.
Aos 20 anos, come&ccedil;ou a trabalhar no que seriam seus primeiros filmes. Com a ajuda de amigos, fundou uma pequena escola de atores, e seus primeiros trabalhos, &eacute; claro, j&aacute; envolviam obras do g&ecirc;nero de terror com um alto grau de realismo, j&aacute; que Mojica usava animais e insetos de verdade para causar p&acirc;nico real nos atores e nas atrizes.&nbsp;
Aos 27 anos, ele deu vida ao que seria o seu mais ic&ocirc;nico personagem: o Z&eacute; do Caix&atilde;o. A estreia dele foi no filme &Agrave; Meia-Noite Levarei Sua Alma. Segundo o ator, a ideia para a cria&ccedil;&atilde;o do personagem partiu de um pesadelo que ele teve, no qual o esp&iacute;rito de um coveiro o tirava da cama e o carregava para seu suposto t&uacute;mulo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/19/19020450081000.jpg" alt="&Agrave; Meia-Noite Levarei Sua Alma" />&Agrave; Meia-Noite Levarei Sua Alma
O roteiro do filme foi escrito na manh&atilde; seguinte ao sonho. O protagonista era Josefel Zanatas ("Zanatas" significa "Satan&aacute;s" ao contr&aacute;rio), um coveiro do interior que procurava uma mulher para lhe gerar o filho perfeito, rogando pragas e matando a todos que o impedissem de cumprir o seu objetivo. Para causar mais impacto aos espectadores, Z&eacute; do Caix&atilde;o revelou uma apar&ecirc;ncia um tanto fora do comum: al&eacute;m de usar uma cartola e roupas pretas, o personagem tinha unhas&nbsp;enormes, que seriam sua marca registrada nas d&eacute;cadas seguintes.
A &uacute;ltima vez que Z&eacute; do Caix&atilde;o apareceu no cinema foi no filme Encarna&ccedil;&atilde;o do Dem&ocirc;nio, de 2008. Entretanto, Mojica incorporou o personagem durante 7 temporadas do talk show O Estranho Mundo de Z&eacute; do Caix&atilde;o, exibido no Canal Brasil. O programa apresentava entrevistas com personalidades da m&uacute;sica e da TV, com uma boa dose de humor, bem diferente do clima aterrorizante dos filmes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/19/19020751066001.jpg" alt="O Estranho Mundo de Z&eacute; do Caix&atilde;o foi um talk show com o personagem de Mojia" />O Estranho Mundo de Z&eacute; do Caix&atilde;o foi um talk show com o personagem de Mojica.
<h2 class="uk-text-justify">Seus principais filmes</h2>
Dois anos depois da estreia de &Agrave; Meia-Noite Levarei Sua Alma, Z&eacute; do Caix&atilde;o retornou no filme Esta Noite Encarnarei o Teu Cad&aacute;ver. O filme continua a incans&aacute;vel busca do coveiro para encontrar uma mulher que vai gerar o seu filho. Para isso, junto de seu fiel criado, ele sequestra seis jovens mo&ccedil;as e realiza uma s&eacute;rie de torturas com elas, causando a revolta de toda a popula&ccedil;&atilde;o da cidade, que une for&ccedil;as para elimin&aacute;-lo.&nbsp;
A obra se tornou uma trilogia 40 anos depois, com o lan&ccedil;amento do filme Encarna&ccedil;&atilde;o do Dem&ocirc;nio, em 2008. Nele, Z&eacute; do Caix&atilde;o ganha liberdade ap&oacute;s cumprir uma longa pena pelos seus atos s&aacute;dicos em um manic&ocirc;mio. Por&eacute;m, o coveiro ainda continua sua busca pela mulher que vai gerar o seu herdeiro ideal, fazendo de tudo para encontr&aacute;-la.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/19/19020917331002.jpg" alt="Encarna&ccedil;&atilde;o do Dem&ocirc;nio foi o &uacute;ltimo filme com a participa&ccedil;&atilde;o do personagem" />Encarna&ccedil;&atilde;o do Dem&ocirc;nio foi o &uacute;ltimo filme com a participa&ccedil;&atilde;o do personagem.
O personagem tamb&eacute;m participou de outros filmes como O Despertar da Besta (1970). Nele, um psiquiatra faz uma s&eacute;rie de testes com viciados em LSD que acabam tendo diversas alucina&ccedil;&otilde;es com Z&eacute; do Caix&atilde;o. J&aacute; em Exorcismo Negro (1974), Mojica interpreta a si mesmo, travando uma batalha com seu personagem fict&iacute;cio tentando impedir o casamento de uma mo&ccedil;a que foi prometida ao diabo.
E, por fim, em Del&iacute;rios de um Anormal (1978), um psiquiatra come&ccedil;a a ter pesadelos com Z&eacute; do Caix&atilde;o escolhendo sua esposa como aquela que vai gerar seu filho perfeito. A fim de buscar uma solu&ccedil;&atilde;o para o problema, seus amigos decidem procurar ningu&eacute;m menos que o pr&oacute;prio cineasta Jos&eacute; Mojica Marins.
<h2 class="uk-text-justify">Remake de &Agrave; Meia-Noite Levarei a sua Alma&nbsp;</h2>
Na &uacute;ltima semana, o nome de Z&eacute; do Caix&atilde;o voltou a figurar nos Trending Topics por um bom motivo. O primeiro filme do personagem, &Agrave; Meia-Noite Levarei a sua Alma, ganhar&aacute; dois remakes, uma vers&atilde;o americana e uma mexicana.
Segundo o site Screen Daily, a SpectreVision &mdash; empresa voltada para obras do g&ecirc;nero de terror que foi fundada pelo ator Elijah Wood (o Frodo de "O Senhor dos An&eacute;is") &mdash; ser&aacute; a respons&aacute;vel pela vers&atilde;o em ingl&ecirc;s em parceria com a One Eyed Films. J&aacute; a vers&atilde;o em espanhol est&aacute; sendo escrita pelos mexicanos Adrian Garcia Bogliano e Lex Ortega, que tamb&eacute;m vai dirigir o filme.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Screen Daily&nbsp;" data-fonte-url="https://www.screendaily.com/news/elijah-woods-spectrevision-to-reboot-brazilian-horror-icon-coffin-joe-with-uks-one-eyed-films-exclusive/5164259.article"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/19/19021335066003.jpg" alt="Empresa de Elijah Wood ficar&aacute; respons&aacute;vel pelor remakes de &Agrave; Meia-Noite Levarei Sua Alma" />Empresa de Elijah Wood ficar&aacute; respons&aacute;vel pelor remakes de &Agrave; Meia-Noite Levarei Sua Alma
A One Eyed tamb&eacute;m fechou acordo de distribui&ccedil;&atilde;o com a Arrow Films para restaurar e distribuir vers&otilde;es remasterizadas dos filmes de Z&eacute; do Caix&atilde;o. Com isso, espera-se que mais pessoas pelo mundo possam conhecer todo o trabalho de um dos mais famosos personagens brasileiros.&nbsp;

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Quem foi Zé do Caixão e qual é a sua importância para o terror?

Imagem de Você sabe como são criados os sons de animais de filmes e séries? no megacurioso

Captura dos diversos sons emitidos por animais é uma das principais técnicas do cinema e televisão, e muitos deles são obtidos de forma bem curiosa

A magia do cinema vai muito al&eacute;m dos visuais, e a uni&atilde;o de elenco, dire&ccedil;&atilde;o, maquiagem e outros elementos &eacute; essencial para que as grandes produ&ccedil;&otilde;es transbordem emo&ccedil;&otilde;es. E em meio a tantas caracter&iacute;sticas &uacute;nicas da arte audiovisual, um dos aspectos t&eacute;cnicos que mais se sobressai &eacute; a edi&ccedil;&atilde;o de som, fun&ccedil;&atilde;o essencial para reproduzir, com fidelidade e nitidez, os barulhos dos mais diversos personagens e eventos nas telas. Mas voc&ecirc; sabe como ela &eacute; realizada?
Em reportagem especial feita para o canal Insider, o artista de efeitos sonoros Marko A. Costanzo, do est&uacute;dio c5 Sound e respons&aacute;vel por participar de Era do Gelo, As Aventuras de Pi, Salt&nbsp;e Bravura Ind&ocirc;mita, deu mais detalhes sobre o processo criativo de &aacute;udio, focando na sonoplastia, ou seja, na produ&ccedil;&atilde;o de efeitos complementares. Para isso, ele mostrou como os movimentos de personagens interagem com as cenas, dando exemplos pr&aacute;ticos que podem ser vistos apenas dos bastidores.
&ldquo;N&oacute;s temos que criar sons que embelezem seus movimentos&rdquo;, comentou Costanzo, sobre a reprodu&ccedil;&atilde;o da cavalgada em Bravura Ind&ocirc;mita. &ldquo;Usei pedras porque d&aacute; para ouvir o som do impacto. Ao usar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118096-o-que-tem-na-agua-de-coco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coco</a> voc&ecirc; pode ouvir aquele pequeno fog&atilde;o cozinhar, mas quando eu uso uma pedra eu ou&ccedil;o 'bum bum bum bum'&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13103537135085.jpg" alt="(Fonte: Insider - YouTube / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Insider &mdash; YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante o processo de reconstru&ccedil;&atilde;o sonora, o artista utiliza a combina&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios itens e superf&iacute;cies para criar a&ccedil;&otilde;es particulares como passos, vozes, impactos, atritos e muitas outras. Um dos exemplos citados foi a caminhada do mamute Manny, de Era do Gelo, simulada a partir de uma se&ccedil;&atilde;o de tronco de &aacute;rvore vestida por um pequeno fragmento de tecido desgastado.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13103205104081.jpg" alt="(Fonte: Insider - YouTube / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Insider &mdash; YouTube/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto isso, o solo pode variar de composi&ccedil;&atilde;o, incluindo gramas e peda&ccedil;os de ra&iacute;zes falsos, forma&ccedil;&otilde;es irregulares, superf&iacute;cies lisas, recipientes com concentra&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119931-qual-o-papel-do-cerrado-no-abastecimento-nacional-de-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;gua</a> e muitas outras, de forma a desenvolver tons para personagens de todos os tamanhos e caracter&iacute;sticas anat&ocirc;micas. Ao lado de pap&eacute;is, brinquedos, caixas, materiais de fabrica&ccedil;&atilde;o, cartas e at&eacute; aros de bicicletas, Costanzo d&aacute; vida a v&aacute;rios seres, algo que s&oacute; se torna percept&iacute;vel ap&oacute;s eles ganharem estrutura visual.
<h2>Impress&otilde;es vocais</h2>
Al&eacute;m de formar o cen&aacute;rio ideal para a cria&ccedil;&atilde;o de movimentos, o artista de sonoplastia deve apresentar habilidades vocais que consigam imitar sons de animais. Em Marley e Eu, Marko A. Costanzo teve que copiar barulhos do labrador enquanto ele se alimentava, corria pela casa, chorava e latia, considerando o crescimento do pet, que no longa-metragem passa por todos os est&aacute;gios da vida e sofre com as mudan&ccedil;as f&iacute;sicas e comportamentais da velhice.
&ldquo;Os sons que n&oacute;s criamos leva voc&ecirc; para a personalidade do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120099-peter-a-crianca-feral-adotada-como-animal-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal</a>. Voc&ecirc; se torna mais pr&oacute;ximo dele&rdquo;, conclui o sonoplasta. &ldquo;Voc&ecirc; quer dar sons de personalidade ao animal e voc&ecirc; faz isso atrav&eacute;s dos sons de movimento. Isso &eacute; o que artistas completos fazem, eles d&atilde;o detalhes.&rdquo;
<iframe width="683" height="384" src="https://www.youtube.com/embed/l2WCrXc7J-I" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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Você sabe como são criados os sons de animais de filmes e séries?

Imagem de 6 lendas de monstros que foram criadas para o cinema no megacurioso

Conheça algumas ideias originais de criaturas criadas por Hollywood que marcaram tendências no cinema e na televisão

Desde suas origens, a ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica de Hollywood vem adaptando obras liter&aacute;rias e narrativas perpetuadas al&eacute;m do tempo, apostando em hist&oacute;rias que alteram algumas das principais caracter&iacute;sticas de personagens cl&aacute;ssicos e lhes concedem um pouco de originalidade. Isso aconteceu muito durante a Era de Ouro do cinema e foi a iniciativa respons&aacute;vel por criar tend&ecirc;ncias, especialmente entre monstros e seres sobrenaturais da metade do s&eacute;culo XX, que tiveram seus mitos reinterpretados por outro ponto de vista.
Conhe&ccedil;a abaixo alguns dos principais mitos de monstros criados por Hollywood.
<h2>1. Vampiros queimam se expostos ao sol</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14073815904000.jpg" alt="(Fonte: Cinematography / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Cinematography / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A origem da fraqueza vamp&iacute;rica foi revelada em Nosferatu, de 1922. O longa-metragem alem&atilde;o de F. W. Murnau foi a 1&ordf; obra art&iacute;stica que mostrou vampiros morrendo queimados ap&oacute;s serem expostos &agrave; luz do Sol. Vale lembrar que no cl&aacute;ssico<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120126-6-fatos-sobre-cristovao-colombo-que-nao-sao-contados-nos-livros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"></a> Dr&aacute;cula, publicado em 1897 por Bram Stoker, os monstros se sentiam enfraquecidos quando caminhavam durante o dia, mas n&atilde;o os levava &agrave; morte instant&acirc;nea.
<h2>2. Frankenstein &eacute; verde e tem parafusos no pesco&ccedil;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14074131326001.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo Mary Shelley, autora do Frankenstein cl&aacute;ssico de 1818, o gigante de laborat&oacute;rio tinha a pele amarela, e n&atilde;o verde. Por&eacute;m, com o lan&ccedil;amento de A Noiva de Frankenstein (1935) e as limita&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas de maquiagem da &eacute;poca, a criatura ganhou tonalidades verdes que acabaram se tornando oficiais na filmografia. Al&eacute;m disso, os criadores de Frankenstein&nbsp;(1931) inseriram parafusos no pesco&ccedil;o do personagem com a inten&ccedil;&atilde;o de enfatizar a concep&ccedil;&atilde;o el&eacute;trica dele, algo que nunca havia sido mencionado em qualquer conte&uacute;do.
<h2>3. Pessoas s&atilde;o transformadas ap&oacute;s serem mordidas por lobisomens</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14074516998002.jpg" alt="(Fonte: Flickr / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Flickr / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A ideia de transformar pessoas em lobos gigantes ap&oacute;s serem mordidas por um lobisomem foi oficialmente apresentada em O Lobisomem de Londres (1935) como explica&ccedil;&atilde;o &agrave; origem do mito da lua cheia. A proposta, que pegou carona na lenda dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118013-bela-kiss-o-vampiro-que-conservava-suas-vitimas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vampiros</a>, tornou-se hist&oacute;ria oficial em Hollywood e passou a ser amplamente utilizada em alguns filmes, como Van Helsing &mdash; O Ca&ccedil;ador de Monstros (2006), Amaldi&ccedil;oados&nbsp;(2005) e Anjos da Noite (2003).
<h2>4. Zumbis s&atilde;o lentos e comem c&eacute;rebros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14074912563007.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Noite dos Mortos-Vivos (1968), cl&aacute;ssico de John Romero, popularizou os zumbis no cinema e mostrou que os seres andam de forma pesada, arrastada e sem ritmo. Por&eacute;m, em 1985, na com&eacute;dia A Volta dos Mortos-Vivos, foi sugerido que c&eacute;rebro humano funciona como uma esp&eacute;cie de analg&eacute;sico para os monstros e que o ingerir &eacute; o 1&deg; objetivo das criaturas. Anos depois, o cinema consertou esses conceitos lan&ccedil;ando filmes que mostravam zumbis velozes e que se alimentavam de qualquer tipo de carne humana.
<h2>5. Dr&aacute;cula usa um medalh&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14075416505008.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O medalh&atilde;o ou qualquer outro adere&ccedil;o nunca havia sido mencionado em qualquer obra que tratasse do visual de Dr&aacute;cula. Foi ent&atilde;o que, com a chegada do filme Dr&aacute;cula&nbsp;(1931), o monstro passou a utilizar um misterioso medalh&atilde;o com ares supersticiosos, adere&ccedil;o que se tornou caracter&iacute;stica definitiva do vampiro. Curiosamente, o acess&oacute;rio ganhou r&eacute;plicas que foram amplamente vendidas para f&atilde;s em sites de varejo e personaliza&ccedil;&atilde;o.
<h2>6. Bruxas t&ecirc;m a pele verde</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14075836959009.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; a primeira metade do s&eacute;culo XX, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120070-por-que-a-bruxaria-esta-em-alta-na-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas</a> eram retratadas como humanas com peles comuns. Foi o lan&ccedil;amento de O M&aacute;gico de Oz&nbsp;(1939) que mudou essa concep&ccedil;&atilde;o ao apresentar uma antagonista com verruga no rosto e pele esverdeada, mudando as caracter&iacute;sticas reveladas pelo escritor original da obra, Frank L. Baum (1856-1919), criando uma tend&ecirc;ncia que seria levada para as d&eacute;cadas seguintes do cinema.

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6 monstros que foram criados para o cinema

Imagem de A magia dos objetos silenciosos no mundo do cinema no megacurioso

Para evitar barulhos excessivos na gravação de cenas, diretores contam com uma equipe especializada em 'silenciar' objetos

No mundo dos filmes e das s&eacute;ries nem tudo &eacute; o que realmente parece. Al&eacute;m do uso do CGI, que permite a cria&ccedil;&atilde;o de cen&aacute;rios completamente surreais, os diretores &agrave;s vezes precisam utilizar alguns truques para conseguirem atingir os resultados que almejam em uma determinada cena.
Um grande exemplo disso ocorre durante o processo de capta&ccedil;&atilde;o de som. Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar por que copos com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36120-afinal-por-que-o-gelo-e-escorregadio-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gelo</a> s&atilde;o menos barulhentos na televis&atilde;o do que no mundo real? Tudo isso &eacute; fruto de um longo trabalho de bastidores feito especialmente para que determinados objetos se tornem silenciosos.
<h2>Silenciando objetos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13100716025058.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando a equipe de capta&ccedil;&atilde;o de &aacute;udio entra para trabalhar em um est&uacute;dio, existe uma forte necessidade de que tudo esteja relativamente silencioso para que os di&aacute;logos dos personagens sejam gravados com clareza. O problema, entretanto, &eacute; que certos objetos usados em nosso dia a dia produzem sons estridentes demais ou inc&ocirc;modos e que atrapalham a fluidez desse processo.
Por esse motivo, diversos est&uacute;dios contam com equipes especializadas na cria&ccedil;&atilde;o de objetos de mentira &mdash; tamb&eacute;m chamados de aderecistas. Mesmo que essa profiss&atilde;o seja uma das menos glamourizadas no mundo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118812-brasil-tem-14-cidades-no-ranking-do-cinema-mais-caro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinema</a>, essas pessoas s&atilde;o respons&aacute;veis diretas pelo funcionamento das cenas.
Se n&atilde;o bastasse o vidro fazer bastante barulho enquanto quebra, existe um grau de perigo de algu&eacute;m se cortar caso usem uma vers&atilde;o de verdade. Ent&atilde;o, um claro exemplo do trabalho dos aderecistas &eacute; a confec&ccedil;&atilde;o do chamado "vidro de a&ccedil;&uacute;car", uma forma quebradi&ccedil;a e transparente do a&ccedil;&uacute;car que se assemelha muito ao vidro e pode ser moldado em diversas formas.
<h2>Abuso da criatividade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13100920759062.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Mas se voc&ecirc; acha que o vidro falso &eacute; o &uacute;nico caso de objeto falso existente no mundo do cinema, saiba que voc&ecirc; est&aacute; muito enganado. Nos bastidores das grava&ccedil;&otilde;es, existem diversos <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/46817-10-objetos-misteriosos-de-suposta-origem-alienigena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos</a> que produzem mais barulho do que o desejado pelos produtores e, ent&atilde;o, precisam de alguma forma serem substitu&iacute;dos rapidamente.
Voc&ecirc; consegue imaginar outros exemplos? N&oacute;s vamos te ajudar. As cenas realizadas dentro de bares s&atilde;o um prato cheio para os aderecistas trabalharem, portanto exigem diversas modifica&ccedil;&otilde;es. Esse &eacute; o caso dos drinks com gelo. Em geral, as pedras de gelo se movendo pelo copo atrapalham o di&aacute;logo dos personagens e podem ser trocadas por duas vers&otilde;es: pl&aacute;stico ou silicone.
Por n&atilde;o derreterem, essas vers&otilde;es do "gelo" permitem que os diretores gravem as cenas por per&iacute;odos maiores sem perderem continuidade. Embora o gelo de pl&aacute;stico cumpra um papel importante, ele &eacute; relativamente mais pesado do que o gelo de silicone e produz um quantidade consider&aacute;vel a mais de som &mdash; fazendo que o segundo seja o favorito dos aderecistas.
<h2>Realidade modificada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13100815868060.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros./Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros./Divulga&ccedil;&atilde;o)
Quando o assunto &eacute; silenciar um objeto, nem sempre os aderecistas precisam criar algo do zero para fazer que ele produza menos barulho. Em algumas situa&ccedil;&otilde;es, um objeto pode ser levemente modificado para que permane&ccedil;a est&aacute;tico ou perca parte das suas propriedades que emitem muito som.
Isso pode ser visto em cenas em que os personagens precisam usar um saco de papel na cabe&ccedil;a e falar ao mesmo tempo, como ocorre no filme Tammy&nbsp;(2019), protagonizado por Melissa McCarthy. Para que essa cena funcionasse, o aderecista Tim Schultz teve que pensar em como deixar a sacola mais pesada.
Ent&atilde;o, Schultz borrifou os sacos com uma mistura de &aacute;gua e glicerina, que normalmente &eacute; usada para adicionar a apar&ecirc;ncia de suor ou got&iacute;culas de &aacute;gua em qualquer coisa, desde pele humana at&eacute; garrafas de cerveja. Se n&atilde;o fosse por essa fun&ccedil;&atilde;o, os espectadores provavelmente se sentiriam muito incomodados na hora de assistir a uma obra de entretenimento.&nbsp;

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A magia dos objetos silenciosos no mundo do cinema

Imagem de Frankenstein: por que o monstro ganhou a cor verde nos filmes? no megacurioso

Criatura é descrita diferente na obra de Mary Shelley, mas maquiagem de obra de 1931 mudou a aparência do personagem

Se voc&ecirc; precisa imaginar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105972-frankenstein-completa-200-anos-em-2018-teria-sido-a-historia-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monstro de Frankenstein</a>, como voc&ecirc; monta a apar&ecirc;ncia da criatura na sua cabe&ccedil;a? &Eacute; muito prov&aacute;vel que algumas caracter&iacute;sticas se repitam: a altura, a cabe&ccedil;a quase em formato retangular, os parafusos na altura do pesco&ccedil;o e a tradicional pele na cor verde.
Apesar de essa ser a apar&ecirc;ncia tida como cl&aacute;ssica do personagem, reproduzida com frequ&ecirc;ncia em v&aacute;rios filmes e desenhos, a descri&ccedil;&atilde;o n&atilde;o bate com o que foi escrito pela autora da obra original. No livro de Mary Shelley (1797-1851), lan&ccedil;ado em 1818, ele at&eacute; tem outra cor &mdash; e foi s&oacute; ao longo dos anos que modifica&ccedil;&otilde;es transformaram radicalmente o visual do monstro.
<h2>O monstro original</h2>
A criatura sem nome, criada pelo doutor Victor Frankenstein em seu laborat&oacute;rio, &eacute; citada por Shelley como um homem de 2,4 metros. Ele tem cabelo escuro e dentes muito brancos que contrastam com seus l&aacute;bios na cor preta.
J&aacute; a pele &eacute; amarelada e n&atilde;o h&aacute; detalhes sobre a exist&ecirc;ncia de cicatrizes ou costuras evidentes &mdash; muito menos os parafusos que, posteriormente, seriam adicionados ao visual para indicar por onde a eletricidade foi transportada na criatura.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/12/12165114390033.jpg" alt="Mary Shelley. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Mary Shelley. (Fonte: Wikimedia Commons)
Ali&aacute;s, o primeiro livro Frankenstein ou o Prometeu Moderno&nbsp;nem sequer entra nos detalhes cient&iacute;ficos, sem explicar como o cientista realizou o experimento que deu vida ao monstro.
Essa abordagem da obra original, entretanto, n&atilde;o sobreviveu por muito tempo. Na adapta&ccedil;&atilde;o teatral de Richard Brinsley Peake (1792&ndash;1847), por exemplo, o monstro ganhou uma pele azul clara ou acinzentada.
<h2>A criatura esverdeada</h2>
O maior problema em representar a tonalidade da criatura viria com o cinema: em filmes filmados e exibidos em preto e branco, como representar um indiv&iacute;duo de pele t&atilde;o peculiar?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/12/12164216572028.jpg" alt="O monstro do Edison Studios. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O monstro do Edison Studios. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na adapta&ccedil;&atilde;o feita em 1910 pelo Edison Studios, de Thomas Edison (1847-1931), a criatura tem uma apar&ecirc;ncia mais descuidada, inclusive com cabelos desgrenhados &mdash; mas sem altera&ccedil;&otilde;es no tom de pele.
Foi s&oacute; em 1931 que essa caracter&iacute;stica se estabeleceu, gra&ccedil;as ao longa-metragem Frankenstein lan&ccedil;ado pela Universal. Dirigido por James Whale (1889-1957), o filme apresenta Boris Karloff (1887-1969) no papel do monstro pela primeira de muitas vezes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/12/12164437979029.jpg" alt="Karloff durante o longo processo de maquiagem para Frankenstein." />Karloff durante o longo processo de maquiagem para Frankenstein.
Entre a equipe t&eacute;cnica, o respons&aacute;vel pelo figurino do monstro foi Jack Pierce (1889-1968), que trabalhou em outras pel&iacute;culas de horror do est&uacute;dio. Pierce criou o visual que foi imortalizado, com o formato retangular e os parafusos.
A cor verde foi adotada por motivos pr&aacute;ticos: no filme em preto e branco, tons de verde se transformavam em uma tonalidade p&aacute;lida, quase cadav&eacute;rica, que dava um ar assustador ao personagem e o diferenciava dos demais atores.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/12/12164610604030.jpg" alt="Os p&ocirc;steres da franquia com a cor verde j&aacute; oficializada. (Fonte: Universal Studios)" />Os p&ocirc;steres da franquia com a cor verde j&aacute; oficializada. (Fonte: Universal Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A maquiagem foi reproduzida em p&ocirc;steres de divulga&ccedil;&atilde;o da obra e, ao longo dos anos e das sequ&ecirc;ncias, virou parte integral da criatura. O terceiro filme da franquia, O&nbsp;Filho de Frankenstein&nbsp;(1939), quase foi rodado em cores &mdash; e um teste de maquiagem com Karloff com o rosto esverdeado <a href="https://www.youtube.com/watch?v=g3f-zm2jyFo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode ser visto no YouTube</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/12/12164753386031.jpg" alt="At&eacute; o Frank, personagem da Turma da M&ocirc;nica que homenageia a criatura de Shelley, traz o visual cl&aacute;ssico do monstro da Universal." />At&eacute; o Frank, personagem da Turma da M&ocirc;nica, homenageia a criatura de pele verde. (Fonte: Mauricio de Souza Produ&ccedil;&otilde;es/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Universal foi a detentora dos direitos do personagem por d&eacute;cadas, embora outros est&uacute;dios tenham lan&ccedil;ado as suas pr&oacute;prias vers&otilde;es com modifica&ccedil;&otilde;es.
&Eacute; o caso de A Maldi&ccedil;&atilde;o de Frankenstein, de 1957, que apresenta o ator Christopher Lee (1922-2015) interpretando uma vers&atilde;o da criatura com a pele mais p&aacute;lida e ferida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/12/12164914075032.jpg" alt="O Frankestein de Lee." />O Frankenstein de Lee. (Fonte: Hammer Films/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O sucesso dos filmes da Universal, a boa ideia de Pierce adaptada para os filmes coloridos e, posteriormente, a adi&ccedil;&atilde;o do personagem em outros in&uacute;meros produtos culturais fizeram com que a cor verde fosse imortalizada no monstro.

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Frankenstein: por que o monstro ganhou a cor verde nos filmes?

Imagem de Vera Atkins: a Moneypenny, de James Bond, da vida real no megacurioso

Ela trabalhou com um grupo de espiões contra os nazistas e inspirou a personagem da franquia 007

Ao escrever a ic&ocirc;nica s&eacute;rie de hist&oacute;rias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/utensilios/91729-10-gadgets-bizarros-de-espionagem-que-eram-usados-antigamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Bond</a>, Ian Fleming buscou v&aacute;rias vezes inspira&ccedil;&atilde;o em eventos e pessoas reais. Embora o pr&oacute;prio autor nunca a tenha identificado, acredita-se que Vera Atkins seja a pessoa real que inspirou a popular personagem Miss Moneypenny dos livros e dos filmes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/08/08102142483060.jpg" alt="(Fonte: Screenrant/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Screenrant/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mas quem foi Vera Atkins e por que Fleming teria se inspirado nela?
<h2>Uma vida de dedicada &agrave; espionagem</h2>
Atkins, na verdade, chamava-se Vera Maria Rosenberg. Nasceu em 1908 em Bucareste, na Rom&ecirc;nia, e se mudou com os pais para Londres em 1933, onde adotou o sobrenome da m&atilde;e. Apesar de morar na Inglaterra, ela foi educada na tradicional universidade francesa de Sorbonne. E isso veio a calhar mais tarde.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/08/08101647889057.jpg" alt="Vera Atkins. (Fonte: Nicky van der Drift / International BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Vera Atkins. (Fonte: Nicky van der Drift/International BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Seu amplo conhecimento sobre a Fran&ccedil;a e a cultura do pa&iacute;s a tornou uma excelente candidata para a se&ccedil;&atilde;o francesa do setor Executivo de Opera&ccedil;&otilde;es Especiais da Gr&atilde;-Bretanha, que consistia em uma organiza&ccedil;&atilde;o respons&aacute;vel por apoiar a resist&ecirc;ncia na Europa dominada pelos nazistas. Com o tempo, Atkins se tornou a principal assistente do coronel Maurice Buckmaster, que ocupava o cargo de diretor do Executivo de Opera&ccedil;&otilde;es Especiais. Seria essa fun&ccedil;&atilde;o que teria inspirado Fleming a criar a personagem Moneypenny, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116734-do-pior-ao-melhor-o-ranking-dos-24-filmes-da-franquia-007.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">secret&aacute;ria do chefe de James Bond</a>.
E n&atilde;o pense que o trabalho de assistente de Atkins era algo que qualquer pessoa teria a capacidade de fazer. Para se ter uma ideia, enquanto esteve com Buckmaster, ela foi respons&aacute;vel por coordenar uma rede composta por cerca de 500 espi&otilde;es distribu&iacute;dos por toda a Fran&ccedil;a. Ela fazia de tudo um pouco para ajudar seus companheiros: criava identidades falsas, ajudava a inventar elaboradoras hist&oacute;rias para os disfarces, orientava sobre a vida que os esperava e at&eacute; se comunicava com a fam&iacute;lia dos espi&otilde;es.
Atkins n&atilde;o tinha um posto como oficial do governo. No entanto, &eacute; indiscut&iacute;vel que era dona de uma personalidade forte e pouco afeita a falhas. Alguns jornais at&eacute; chegaram a se referir a ela como a &ldquo;marreta&rdquo; da opera&ccedil;&atilde;o. Achava normal trabalhar 18 horas por dia e, segundo um document&aacute;rio de 1997 para a TV brit&acirc;nica, despachava cada agente para miss&atilde;o com um sonoro e en&eacute;rgico grito que consistia em um palavr&atilde;o em franc&ecirc;s.
<h2>Ca&ccedil;ada aos inimigos</h2>
O Executivo de Opera&ccedil;&otilde;es Especiais foi criado por Winston Churchill para &ldquo;incendiar a Europa&rdquo; dominada por Adolf Hitler por meio de subvers&atilde;o e sabotagem. A unidade come&ccedil;ou devagar, mas ap&oacute;s a vit&oacute;ria Dwight D. Eisenhower, ent&atilde;o presidente dos EUA, chegou a dizer que o grupo de espi&otilde;es era o equivalente a 15 divis&otilde;es.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: CBC/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cbc.ca/xcompany/m_dispatches/soe-recruitment-officer-makes-the-fate-of-her-agents-her-post-war-mission"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/08/08101852295058.jpg" alt="(Fonte: CBC/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, o destino ainda tinha mais uma miss&atilde;o para a eficiente assistente do coronel Buckmaster. Dos quase 500 agentes, 118 nunca mais retornaram. Alguns morreram em combate, outros desapareceram dos campos de concentra&ccedil;&atilde;o e das salas de interrogat&oacute;rio, mas a maioria acabou presa pelos nazistas.
E o que fez Atkins? Tomada de um intenso senso de responsabilidade por cada um dos agentes perdidos, viajou para a Alemanha depois do fim da guerra para investigar os desaparecidos. Conseguiu rastrear todos eles, exceto um. Al&eacute;m disso, as evid&ecirc;ncias que conseguiu recolher ajudaram a levar os assassinos de seus colegas ao tribunal por crimes de guerra.
Vera Atkins nunca se casou e passou o resto de seus dias em uma cabana inglesa &agrave; beira-mar. Todo seu empenho e trabalho na guerra nunca foram esquecidos. O governo franc&ecirc;s a nomeou comandante da Legi&atilde;o de Honra da Legi&atilde;o Francesa. A Rainha Elizabeth II concedeu &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/31008-sera-que-as-engenhocas-de-james-bond-funcionariam-na-vida-real-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Miss Moneypenny da vida real</a> o t&iacute;tulo de comandante do Imp&eacute;rio Brit&acirc;nico. Ela morreu em 24 junho de 2000 no Reino Unido.

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