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Cometer erros é uma atitude comum a todos os seres humanos e, nesse contexto, desenvolvemos diversos aprendizados filosóficos sobre a importância de aprender com os erros

Cometer erros &eacute; uma atitude comum a todos os seres humanos e, nesse contexto, desenvolvemos diversos aprendizados filos&oacute;ficos sobre a import&acirc;ncia de aprender com os erros. Por&eacute;m, a neuroci&ecirc;ncia foi mais al&eacute;m e determinou que h&aacute; um aparato neurobiol&oacute;gico destinado &agrave; avalia&ccedil;&atilde;o e armazenamento dos erros.
Somos sem&acirc;nticos. Imagine que o universo e tudo o que est&aacute; contido nele sejam apenas as mesmas coisas em situa&ccedil;&otilde;es diferentes, o que seria &oacute;bvio se analisarmos que toda mat&eacute;ria s&atilde;o &aacute;tomos e que, quando alterados os constituintes b&aacute;sicos, teremos resultados diferentes.
<h2>Os "neur&ocirc;nios dos erros"</h2>
Um estudo determinou que esses "neur&ocirc;nios dos erros" estariam localizados no c&oacute;rtex cingulado anterior e na &aacute;rea motora suplementar, ambos na regi&atilde;o frontal, conhecida entre outras fun&ccedil;&otilde;es pela avalia&ccedil;&atilde;o de riscos, por exemplo. Esses neur&ocirc;nios retificadores s&atilde;o ativados quando cometemos um erro e os corrige rapidamente.
A fun&ccedil;&atilde;o desempenhada por tais neur&ocirc;nios possibilita um automonitoramento sem um feedback expl&iacute;cito, que se manifesta por meio de ajustes de comportamento. Uma assinatura espec&iacute;fica de ondas cerebrais, chamada ERN ou negatividade relacionada ao erro, &eacute; detect&aacute;vel no c&eacute;rebro imediatamente ap&oacute;s a falha. Quanto maior o ERN para um determinado desacerto, mais os neur&ocirc;nios de erro disparam. Se a assinatura ERN em todo o c&eacute;rebro n&atilde;o for vis&iacute;vel ou for baixa, o sujeito pode reconhecer que cometeu um erro, mas estar&aacute; relutante em mudar seu comportamento.
Al&eacute;m disso, a ideia de que "aprendemos com os erros" sugere que joguinhos que estimulem a neuroplasticidade podem ter efeitos positivos sobre o funcionamento cerebral. Aqueles joguinhos de letras e cores em que o texto e a cor s&atilde;o iguais e, em outros casos, a palavra e a colora&ccedil;&atilde;o s&atilde;o diferentes, podem ser uma boa gin&aacute;stica para o desempenho desses neur&ocirc;nios.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15201145325503.png" alt="a" />
Uma maior compreens&atilde;o sobre esse modo de funcionamento cerebral pode ajudar a desenvolver tratamentos para transtornos como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), que se caracteriza por uma tentativa constante de corre&ccedil;&atilde;o de erros percebidos. Aprendemos com os erros. Portanto, n&atilde;o se penalize tanto com os seus erros, aprenda com eles e aperfei&ccedil;oe-se.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Aprendemos com os erros e a neurociência pode comprovar

Imagem de NASA encontra sinais que podem significar vida em Marte no megacurioso

As assinaturas de carbono encontradas pelo rover Curiosity, da NASA, deixou os cientistas intrigados com a possibilidade de vida extraterrestre

Recentemente, o rover Curiosity da&nbsp;Administra&ccedil;&atilde;o Nacional da Aeron&aacute;utica e Espa&ccedil;o <span style="color: #4d5156; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">(NASA) coletou amostras de rochas em p&oacute; na superf&iacute;cie de Marte. O surpreendente veio ap&oacute;s as an&aacute;lises que indicaram a rica presen&ccedil;a de um carbono que, na Terra, est&aacute; associado a processos biol&oacute;gicos da vida. Ainda &eacute; cedo para afirmar que exista vida antiga ou moderna em Marte, ainda n&atilde;o foram encontradas evid&ecirc;ncias conclusivas. Mas essa &eacute; certamente uma descoberta intrigante.
Mesmo que a hip&oacute;tese de vida acabe por ser desconsiderada, &eacute; necess&aacute;rio investigar o que poderia ter causado as assinaturas de carbono. Uma das coisas que devemos sempre considerar &eacute; que se trata de dois planetas completamente distintos. Portanto, o conhecimento que temos sobre as atividades terrestres talvez n&atilde;o possam ser aplicados em Marte.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/08/rover-curiosity-08181311175402.jpg" alt="Rover Curiosity" />Seflie tirada pelo rover Curiosity&nbsp;na&nbsp;superf&iacute;cia de Marte.&nbsp;(Fonte: NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mesmo assim, a explica&ccedil;&atilde;o biol&oacute;gica que os cientistas do Curiosity apresentam em seu artigo &eacute; inspirada na vida da Terra, que envolvem bact&eacute;rias antigas que, na superf&iacute;cie, teriam produzido uma assinatura &uacute;nica de carbono ao liberar metano na atmosfera, onde a luz ultravioleta teria convertido esse g&aacute;s em mol&eacute;culas maiores e mais complexas. Essas novas mol&eacute;culas teriam chovido na superf&iacute;cie e teriam sido preservadas com sua assinatura distinta de carbono nas rochas do planeta vermelho.
Existem ainda outras duas hip&oacute;teses que devem ser consideradas: a primeira sugere que a assinatura de carbono pode ter resultado da intera&ccedil;&atilde;o da luz ultravioleta com o g&aacute;s di&oacute;xido de carbono na atmosfera marciana, produzindo novas mol&eacute;culas contendo carbono que teriam se estabelecido na superf&iacute;cie. Na segunda, o carbono poderia ter sido deixado para tr&aacute;s em um evento raro de centenas de milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, quando o sistema solar passou por uma gigantesca nuvem molecular rica no tipo de carbono detectado. O carbono &eacute; t&atilde;o importante porque &eacute; algo encontrado de forma cont&iacute;nua em toda a vida na Terra.
Marte &eacute; menor, mais frio, tem gravidade mais fraca e gases diferentes da Terra em sua atmosfera. O carbono pode ainda estar circulando sem nenhuma rela&ccedil;&atilde;o &agrave; ideia de vida. Por&eacute;m, o que foi encontrado em Marte, na Terra, significaria atividade biol&oacute;gica. Por isso, a partir de agora, o fundamental &eacute; definir como o carbono se comporta em Marte e chegar &agrave;s conclus&otilde;es.
E enquanto aguardamos&hellip; O que voc&ecirc; acha?
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do&nbsp;Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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NASA encontra sinais que podem significar vida em Marte

Imagem de Aprender um idioma deveria estar na sua lista de resoluções para 2022 no megacurioso

Você é daqueles que, ao chegar em dezembro, promete começar ou retomar alguma tarefa no ano seguinte, mas não demora muito tempo até falhar na missão?

Voc&ecirc; &eacute; daqueles que, ao chegar em dezembro, promete come&ccedil;ar ou retomar alguma tarefa no ano seguinte, mas n&atilde;o demora muito tempo at&eacute; falhar na miss&atilde;o? Saiba que voc&ecirc; n&atilde;o est&aacute; sozinho. De acordo com uma pesquisa do Wall Street Journal, 88% das pessoas n&atilde;o conseguem cumprir suas resolu&ccedil;&otilde;es (&agrave;s vezes, antes mesmo de fevereiro) e um estudo da Universidade de Scranton (EUA) descobriu que apenas 8% delas cumprem todas.
Sabemos que estudar uma nova l&iacute;ngua (ou praticar uma que voc&ecirc; j&aacute; saiba) &eacute; cada vez mais importante hoje em dia &mdash; n&atilde;o &eacute; &agrave; toa que aprender um novo idioma est&aacute; entre as principais resolu&ccedil;&otilde;es de Ano Novo.&nbsp;Existem diversos motivos para o estudo, e n&oacute;s do Duolingo &mdash; plataforma de aprendizado de idiomas mais popular e o app educacional mais baixado do mundo e do Brasil &mdash; queremos lhe dar uma m&atilde;ozinha para cumprir, pelo menos, essa promessa.
E podemos garantir que essa resolu&ccedil;&atilde;o vai se concretizar, porque o app se enquadra em todos os requisitos do famoso m&eacute;todo chamado S.M.A.R.T, publicado na revista Management Review em 1981 como uma das formas mais efetivas para cumprir um objetivo. Para ter sucesso, uma meta precisa ter as seguintes caracter&iacute;sticas: ser Specific (espec&iacute;fica), Measurable (mensur&aacute;vel), Achievable (ating&iacute;vel), Relevant (relevante) e Time-bound (temporiz&aacute;vel).
Foi justamente essa a mensagem principal da campanha de Ano Novo do Duolingo, lan&ccedil;ada no come&ccedil;o de janeiro. Basicamente, invadimos S&atilde;o Paulo com caminh&otilde;es verdes que, ao som do Funk do Duo, desafiaram as resolu&ccedil;&otilde;es "tradicionais", como se alimentar melhor, se exercitar mais, guardar mais dinheiro, beber menos&hellip; Foi um sucesso!
Segundo o nosso relat&oacute;rio, o Duolingo Language Report, divulgado no final de 2021, os mais de 500 milh&otilde;es de usu&aacute;rios do app passaram mais de 700 milh&otilde;es de horas na plataforma, completando cerca de 10 bilh&otilde;es de li&ccedil;&otilde;es e aprendendo 15 bilh&otilde;es de palavras em 100 cursos para 40 l&iacute;nguas diferentes. O que n&atilde;o falta &eacute; op&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o baixe o app e comece j&aacute;!
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Analigia Martins &eacute; diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Aprender um idioma deveria estar na sua lista de resoluções para 2022

Imagem de BBB na redação do Enem e dos vestibulares no megacurioso

Você pode, sim, usar o Big Brother Brasil em sua redação, e aqui você aprende como fazer isso!

&mdash; BETOOOOOO, posso usar BBB na reda&ccedil;&atilde;o? &mdash; Claro! Mas, antes, entenda o seguinte:
&Eacute; evidente que o programa tem v&aacute;rias caracter&iacute;sticas negativas que s&atilde;o comuns aos realitys de todo o globo terrestre. Sim, &eacute; sensacionalista, pode manipular o comportamento social com objetivos lucrativos, pode ser alienante e se limitar a conhecimentos tidos como superficiais. Simmmm!
No entanto, &eacute; justamente aqui que mora a criticidade. Ela est&aacute; na capacidade de desenvolver uma reflex&atilde;o produtiva mesmo diante daquilo que o corpo social n&atilde;o entende como culturalmente &uacute;til. Ser cr&iacute;tico &eacute; transpor a barreira da superficialidade, entender como o BBB representa comportamentos sociais estabelecidos e aplicar essa an&aacute;lise &agrave; reda&ccedil;&atilde;o da prova do vestibular.
Cuidado! O seu receio em utilizar esse tipo de refer&ecirc;ncia se encontra em uma intelectualidade elitista, que considera a cultura de massa como inferior, se comparada com os elementos art&iacute;sticos inacess&iacute;veis valorizados pela nossa educa&ccedil;&atilde;o.
E &eacute; justamente essa a simbologia que Juliette tem em nosso pa&iacute;s: a quebra do comportamento elitista! Citar Juliette na reda&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; s&oacute; um repert&oacute;rio, &eacute; um ato de resist&ecirc;ncia. Resist&ecirc;ncia &agrave; educa&ccedil;&atilde;o antidemocr&aacute;tica. Aquela que te obriga a decorar frases de Immanuel Kant, entender a modernidade proposta por Zygmunt Bauman ou at&eacute; mesmo compreender a estrutura&ccedil;&atilde;o lingu&iacute;stica evidenciada por Foucault.
Entenda: o Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio (Enem), a Funda&ccedil;&atilde;o Universit&aacute;ria para o Vestibular&nbsp;(Fuvest) e os principais vestibulares do pa&iacute;s n&atilde;o querem papagaios em suas salas de aula. O processo avaliativo est&aacute; em busca de criticidade, de autoria, de originalidade, tal como a sociedade buscou salva&ccedil;&atilde;o de todos os seus medos na hero&iacute;na do momento: Juliette.
Quer ver como isso ficaria na pr&aacute;tica? Aqui vai um exemplo de introdu&ccedil;&atilde;o nos moldes do Enem para o tema: &ldquo;a xenofobia enquanto pr&aacute;tica cultural do brasileiro&rdquo;.
O Big Brother Brasil (BBB), atra&ccedil;&atilde;o de grande audi&ecirc;ncia nacional, em sua edi&ccedil;&atilde;o 21, teve como protagonista Juliette, que ganhou o carinho do grande p&uacute;blico pela sua originalidade e apego &agrave;s ra&iacute;zes de sua regi&atilde;o, o Nordeste. No entanto, esse comportamento emp&aacute;tico n&atilde;o foi o mesmo encontrado pela nordestina dentro do programa, em que os participantes expuseram uma problem&aacute;tica que assola o Brasil desde os tempos coloniais: a xenofobia. Essa express&atilde;o de &oacute;dio ao comportamento da ganhadora do show televisivo tem como origem clara a concep&ccedil;&atilde;o conservadora. Assim, n&atilde;o s&oacute; a falha educacional, como tamb&eacute;m o sensacionalismo midi&aacute;tico contribui para o aprofundamento do quadro.
E, a&iacute;? Voc&ecirc; citaria BBB em sua reda&ccedil;&atilde;o?
***
Beto Ferreira, colunista do Mega Curioso, &eacute; professor de reda&ccedil;&atilde;o graduado pela Universidade Federal de Goi&aacute;s e criador do ecossistema de estudos Juntos na Reda&ccedil;&atilde;o.

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BBB na redação do Enem e dos vestibulares

Imagem de Esquecer pode ser sinal de uma memória saudável no megacurioso

O ato de esquecer está presente no dia a dia de pessoas no mundo inteiro, porém, ao contrário do que muitos pensam, nem sempre “esquecer” é sinal de uma falha cognitiva ou de um problema de saúde

O ato de esquecer est&aacute; presente no dia a dia de pessoas no mundo inteiro, por&eacute;m, ao contr&aacute;rio do que muitos pensam, nem sempre &ldquo;esquecer&rdquo; &eacute; sinal de uma falha cognitiva ou de um problema de sa&uacute;de. Um estudo realizado na Universidade de Toronto (Canad&aacute;) concluiu que, na verdade, ser esquecido pode ser uma evid&ecirc;ncia de intelig&ecirc;ncia e que a boa mem&oacute;ria &eacute; algo sobrevalorizado.
De acordo com o estudo canadense, &eacute; importante que o c&eacute;rebro se esque&ccedil;a de detalhes irrelevantes e se concentre em coisas que nos ajudar&atilde;o a tomar decis&otilde;es na vida real, sendo a mem&oacute;ria uma ferramenta essencial para otimizar a tomada de decis&otilde;es. A regi&atilde;o do c&eacute;rebro da tomada de decis&otilde;es, o lobo frontal, &eacute; a mesma relacionada em testes de QI. N&atilde;o podemos esquecer que o nosso c&eacute;rebro &eacute; feito para nos prevenir, para a nossa sobreviv&ecirc;ncia, logo, opta por mem&oacute;rias mais importantes assim como pela economia de energia.
Por isso, concordo que o esquecimento pode ser considerado um benef&iacute;cio, e n&atilde;o um obst&aacute;culo. A mem&oacute;ria foi feita para "esquecer". N&atilde;o seria poss&iacute;vel armazenar e reter tudo. Afinal, formatamos a mem&oacute;ria como um todo, por exemplo, n&atilde;o codificamos a letra e sim o contexto da frase ou da palavra. Podemos pensar na letra, mas quando lemos este texto, por exemplo, o formatamos em um todo.
<h2 class="uk-text-justify">Nem tudo &eacute; positivo</h2>
&Eacute; necess&aacute;rio ressaltar que o estudo canadense tamb&eacute;m afirma que esquecer de coisas importantes com frequ&ecirc;ncia pode ser um problema, e n&atilde;o tem rela&ccedil;&atilde;o com a intelig&ecirc;ncia. Temos sempre que montar um "quebra-cabe&ccedil;a de ideias" n&atilde;o generalizando o esquecimento como um fator bom sem analisar os pormenores.
Afinal, o esquecimento pode ser um dist&uacute;rbio, assim como pode ser o princ&iacute;pio de uma doen&ccedil;a neurodegenerativa. Tem que saber identificar o esquecimento em si, como ele acontece e sua rela&ccedil;&atilde;o.
Um alto QI tem rela&ccedil;&atilde;o com conex&otilde;es mais eficientes, sinapses mais potentes e duradouras, que s&atilde;o as comunica&ccedil;&otilde;es entre neur&ocirc;nios e codifica&ccedil;&atilde;o de mem&oacute;ria nas c&eacute;lulas de engrama, ou seja, uma pessoa inteligente quando quer aprender algo, tem maior facilidade de aprender, pois tem foco e maior facilidade de memorizar, utilizando bem o processo necess&aacute;rio para uma melhor memoriza&ccedil;&atilde;o, com conex&otilde;es mais eficientes. Portanto, o c&eacute;rebro funciona mais r&aacute;pido, com muitas informa&ccedil;&otilde;es a todo instante, por isso tende a esquecer mais tamb&eacute;m. Por&eacute;m, no fim, por mais que esque&ccedil;a muito, a quantidade de informa&ccedil;&otilde;es &eacute; maior.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Esquecer pode ser um sinal de memória saudável

Imagem de Como usar conectivos em seu texto? no megacurioso

Esses elementos servem para dar fluidez ao conteúdo

Para elaborar um bom texto, precisamos lan&ccedil;ar m&atilde;o de diversas estrat&eacute;gias: definir o p&uacute;blico-alvo, escrever conforme a norma-padr&atilde;o, respeitando as regras da l&iacute;ngua portuguesa, dar fluidez e estrutura&ccedil;&atilde;o l&oacute;gica &agrave;s nossas produ&ccedil;&otilde;es etc. Nesse sentido, um aspecto muito importante &eacute; dominar o uso de conectivos, tamb&eacute;m chamados de conectores ou articuladores do discurso.
Esses termos ou express&otilde;es ligam senten&ccedil;as e par&aacute;grafos, permitindo que o texto seja constru&iacute;do com base em uma sequ&ecirc;ncia de ideias, garantindo a coes&atilde;o e a coer&ecirc;ncia, ou seja, a correta rela&ccedil;&atilde;o entre as palavras e a organiza&ccedil;&atilde;o l&oacute;gica do conte&uacute;do.
Os conectivos podem ser conjun&ccedil;&otilde;es, adv&eacute;rbios ou pronomes. Eles ser&atilde;o categorizados de acordo com a fun&ccedil;&atilde;o que exercem no contexto. Temos conectivos que indicam causa, conclus&atilde;o, finalidade, oposi&ccedil;&atilde;o etc.
A seguir, conhe&ccedil;a alguns deles e saiba como os aplicar em seu texto.
<ul class="uk-text-justify">
<li>ADI&Ccedil;&Atilde;O: e; al&eacute;m disso; mas tamb&eacute;m.</li>
<li>CAUSA: &eacute; evidente que; certamente; naturalmente; evidentemente; por.</li>
<li>REAFIRMA&Ccedil;&Atilde;O: nesse sentido; nessa perspectiva; em outras palavras; ou seja; novamente; em suma; em resumo; dessa forma; outrossim; destarte.</li>
<li>SEMELHAN&Ccedil;A: do mesmo modo; tal como; assim como; pela mesma raz&atilde;o.</li>
<li>OPOSI&Ccedil;&Atilde;O/RESTRI&Ccedil;&Atilde;O: mas; apesar de; no entanto; entretanto; por&eacute;m; contudo; todavia; tampouco; por outro lado.</li>
<li>LIGA&Ccedil;&Atilde;O TEMPORAL: atualmente; contemporaneamente; ap&oacute;s a d&eacute;cada de; antes de; em seguida; at&eacute; que; quando.</li>
<li>OPINI&Atilde;O: a meu ver; creio que; em meu/nosso entender; parece-me que; (in)felizmente; obviamente.</li>
<li>HIP&Oacute;TESE: a menos que; supondo que; mesmo que; salvo se; exceto se.</li>
<li>FINALIDADE: para; para que; com o intuito de; com o objetivo de; a fim de.</li>
<li>EXEMPLIFICA&Ccedil;&Atilde;O: por exemplo; isto &eacute;; como se pode ver; a exemplo de.</li>
<li>ESCLARECIMENTO: (n&atilde;o) significa que; quer dizer; isto &eacute;; n&atilde;o pense que; com isso.</li>
<li>&Ecirc;NFASE: efetivamente; com efeito; na verdade; como vimos; como pudemos refletir; mais uma vez.</li>
<li>D&Uacute;VIDA: talvez; &eacute; prov&aacute;vel; &eacute; poss&iacute;vel; provavelmente; possivelmente; porventura.</li>
<li>CHAMAR A ATEN&Ccedil;&Atilde;O: note-se que; atentar para o fato de que; constata-se que; mais uma vez.</li>
<li>CONCLUS&Atilde;O: portanto; logo; enfim; em conclus&atilde;o; em suma; concluindo; para que.</li>
<li>CERTEZA: evidentemente; certamente; decerto; naturalmente.</li>
<li>PROPOR&Ccedil;&Atilde;O: &agrave; medida que; da mesma forma.</li>
<li>CONFORMIDADE: conforme o(a); de acordo com; consoante; em conformidade.</li>
</ul>
<h2 class="uk-text-justify">Exemplos</h2>
"Embora&nbsp;Lu&iacute;sa tenha se planejado e sa&iacute;do de casa cedo, chegou atrasada &agrave; aula de pilates que&nbsp;marcaria o in&iacute;cio de uma nova turma, porque&nbsp;o tr&acirc;nsito atravancou seu caminho."
A conjun&ccedil;&atilde;o embora&nbsp;tem como principal fun&ccedil;&atilde;o introduzir uma ora&ccedil;&atilde;o que encerra uma ideia de concess&atilde;o, pois, apesar de ter sa&iacute;do de casa cedo, a Lu&iacute;sa se atrasou para a aula de pilates. O objetivo do pronome relativo que&nbsp;&eacute; retomar o sintagma &ldquo;aula de pilates&rdquo; presente na ora&ccedil;&atilde;o anterior. Por fim, a conjun&ccedil;&atilde;o subordinativa porque&nbsp;inicia uma ora&ccedil;&atilde;o que exprime ideia de causa, pois, "porque o tr&acirc;nsito atravancou seu caminho", a Lu&iacute;sa chegou atrasada &agrave; aula de pilates.
O uso adequado desses conectores estabelece uma rela&ccedil;&atilde;o de sentido eficiente em um texto. &Eacute; importante lembrar que cada um desses elementos tem uma fun&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica. Por isso, para cada tipo de rela&ccedil;&atilde;o a ser estabelecida entre as ora&ccedil;&otilde;es, h&aacute; um conectivo que se adaptar&aacute; perfeitamente.
***
Mariana Bordignon S. de Souza, colunista semanal do Mega Curioso, &eacute; formada em Letras-Portugu&ecirc;s, p&oacute;s-graduada em Doc&ecirc;ncia Universit&aacute;ria e especialista em Gest&atilde;o de Projetos. Est&aacute; envolvida com o mercado editorial h&aacute; mais de 10 anos.

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Como usar conectivos em seu texto?

Imagem de Janeiro branco: por que tantos problemas da saúde mental? no megacurioso

O Janeiro Branco é uma campanha que visa chamar atenção da sociedade para a necessidade de cuidar da saúde mental e emocional

O Janeiro Branco &eacute; uma campanha que visa chamar aten&ccedil;&atilde;o da sociedade para a necessidade de cuidar da sa&uacute;de mental e emocional. O m&ecirc;s de janeiro, que se encerra em breve, foi escolhido porque, de uma forma simb&oacute;lica, &eacute; no in&iacute;cio de ano que as pessoas tendem a refletir mais sobre suas vidas, emo&ccedil;&otilde;es e quest&otilde;es existenciais.
&Eacute; importante salientar que a sa&uacute;de mental, muito mais do que um tema que est&aacute; "na moda", &eacute; uma necessidade urgente. Em meu centro de pesquisas, recebemos dez vezes mais queixas e dados. Os profissionais da sa&uacute;de mental no departamento que eu chefio apresentam um n&uacute;mero alarmante de casos.
Al&eacute;m disso, o fato de o Brasil ser "o pa&iacute;s mais ansioso do mundo" &mdash; segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) &mdash; tem rela&ccedil;&atilde;o direta com a viol&ecirc;ncia enfrentada diariamente. Isso gera uma cultura de ansiedade que pode ser facilmente percebida no comportamento do povo brasileiro.
O ciclo de ansiedade &eacute; constante, funciona como uma pend&ecirc;ncia e faz parte do instinto para nossa preven&ccedil;&atilde;o. Saber que a viol&ecirc;ncia existe j&aacute; eleva a ansiedade, pensar que pode sair na rua e acontecer algo tamb&eacute;m, assim como ir dormir e qualquer barulho arremeter ao pensamento de que algu&eacute;m pode estar invadindo a sua casa.
<h2 class="uk-text-justify">Por que tantos problemas emocionais no Brasil?</h2>
Existem diversas outras quest&otilde;es no cotidiano do Brasil que podem aumentar a ansiedade, como problemas pol&iacute;ticos, econ&ocirc;micos, sociais e a pr&oacute;pria pandemia. Afinal, por mais que a pessoa seja negacionista, qualquer doen&ccedil;a pand&ecirc;mica, por instinto, eleva a ansiedade, pelo receio, mesmo que inconsciente, de ser infectado. Isso &eacute; inevit&aacute;vel, assim como a ansiedade derivada da mudan&ccedil;a da rotina.
A ansiedade busca na am&iacute;gdala cerebral um mapa de mem&oacute;rias que possa ajudar a resolver determinada situa&ccedil;&atilde;o. Memorizamos com a emo&ccedil;&atilde;o para nossa preven&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, c&eacute;lulas de engramas s&atilde;o formatadas em situa&ccedil;&otilde;es de risco e ficam armazenadas, podendo ser recuperadas em situa&ccedil;&otilde;es de grande ansiedade, estresse e em busca de solu&ccedil;&otilde;es. Isso &eacute; um mecanismo de defesa.
Quando um indiv&iacute;duo est&aacute; constantemente em um estado de ansiedade, a am&iacute;gdala &eacute; moldada assim como outras regi&otilde;es do c&eacute;rebro, causando consequ&ecirc;ncias como dist&uacute;rbios, transtornos e doen&ccedil;as que podem levar &agrave; depress&atilde;o e al&eacute;m de outros. &Eacute; por isso que o brasileiro &eacute; o povo que mais acessa a internet, mais especificamente as redes sociais. Nelas, h&aacute; uma busca inconsciente pela homeostase, liberando neurotransmissores da recompensa, entre eles, a dopamina, para uma satisfa&ccedil;&atilde;o moment&acirc;nea que nos tira em instantes da atmosfera negativa.
Ap&oacute;s um transtorno ser instalado, a capacidade de reconhecer o problema diminui, o que pode levar &agrave; nega&ccedil;&atilde;o. Para evitar esse cen&aacute;rio, recomenda-se dormir 8 horas por noite, realizar a dieta do mediterr&acirc;neo, praticar atividades f&iacute;sicas por pelo menos 30 minutos ao dia, utilizar menos as redes sociais e conviver com pessoas que n&atilde;o sejam negativas.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Janeiro Branco: por que tantos problemas na saúde mental?

Imagem de Como neurotransmissores definem traços de personalidade primários no megacurioso

Existem diversos 'gatilhos' que podem levar ao surgimento de um distúrbio; entenda como os neurotransmissores influenciam

O&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" target="_blank" title="6 mitos sobre o c&eacute;rebro humano que voc&ecirc; ainda escuta por a&iacute;">c&eacute;rebro humano</a> est&aacute; em constante mudan&ccedil;a e adapta&ccedil;&atilde;o, de modo que a meta &eacute; sempre evoluir e ter um bom desempenho de fun&ccedil;&otilde;es gastando o m&iacute;nimo de energia poss&iacute;vel. Estudos j&aacute; demonstraram que h&aacute; mudan&ccedil;as no c&eacute;rebro de pessoas com transtorno de personalidade narcisista, por exemplo. Por&eacute;m, a Ci&ecirc;ncia ainda n&atilde;o conseguiu determinar se a pessoa nasce com esse marcador gen&eacute;tico ou se o seu comportamento e o ambiente desencadeiam o aparecimento de doen&ccedil;as.
As an&aacute;lises sobre o aumento de casos de dist&uacute;rbios de personalidade espec&iacute;ficos levam a crer que os h&aacute;bitos cotidianos e a influ&ecirc;ncia da cultura tecnol&oacute;gica estejam relacionados a essas altera&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas. Afinal, os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119028-como-funciona-o-cerebro-num-relacionamento.htm" target="_blank" title="Como funciona o c&eacute;rebro num relacionamento?">neurotransmissores</a> s&atilde;o mensageiros qu&iacute;micos que podem transmitir, estimular e equilibrar os sinais entre neur&ocirc;nios e outras c&eacute;lulas do corpo. Esses bilh&otilde;es de mensageiros trabalham constantemente e podem afetar diversas fun&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas e psicol&oacute;gicas.
<h2 class="uk-text-justify">Gatilhos para dist&uacute;rbios</h2>
Existem diversos gatilhos que podem levar ao surgimento de um dist&uacute;rbio, como a necessidade de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/bem-estar/76651-fuja-dos-doces-especialistas-comprovam-que-acucar-vicia.htm" target="_blank" title="Fuja dos doces: especialistas comprovam que a&ccedil;&uacute;car vicia">libera&ccedil;&atilde;o da dopamina</a> e a disfun&ccedil;&atilde;o em neurotransmissores como a serotonina, que &eacute; respons&aacute;vel por aumentar a secre&ccedil;&atilde;o da dopamina. Esta, por sua vez, envolve uma necessidade de conquistas gradativa n&atilde;o exata, de modo que est&aacute; conectada n&atilde;o s&oacute; a a&ccedil;&otilde;es constantes, mas tamb&eacute;m &agrave; vaidade, por exemplo. A&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120097-por-que-o-sol-nos-deixa-mais-felizes-a-ciencia-explica.htm" target="_blank" title="Por que o sol nos deixa mais felizes? A Ci&ecirc;ncia explica!">serotonina</a> est&aacute; relacionada &agrave; ansiedade, ao sono, &agrave; sensa&ccedil;&atilde;o de bem-estar, entre outros fatores que podem prejudicar a busca por mais conquistas.
Todos os neurotransmissores est&atilde;o envolvidos em processos que resultam na personalidade. A rede neural est&aacute; conectada, e o mau funcionamento de um neurotransmissor pode levar ao mau funcionamento de outros. A neuroterapia pode ajudar a tratar eventuais problemas e dist&uacute;rbios de personalidade.
Considerando o c&eacute;rebro, a neuroplasticidade e as adapta&ccedil;&otilde;es desse &oacute;rg&atilde;o, o meu estudo concluiu que dist&uacute;rbios como a personalidade narcisista e a histri&ocirc;nica t&ecirc;m ra&iacute;zes gen&eacute;ticas, mas esse n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico fator desencadeante e pode n&atilde;o ser determinante. Internet, redes sociais e games, por exemplo, est&atilde;o elevando os n&iacute;veis de ansiedade, o que afeta o ciclo da dopamina e pode fazer surgir o narcisismo. Com a neuroterapia, o foco est&aacute; no motivo pelo qual tais comportamentos surgiram, visando, assim, a uma maior efic&aacute;cia no processo de tratamento.
O estudo completo pode ser acessado neste <a href="http://www.ijmcer.com/wp-content/uploads/2021/09/IJMCER_BB0340271279.pdf" target="_blank">link</a>.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Como neurotransmissores definem traços de personalidade primários

Imagem de Comportamento hater: a depreciação é um pedido de ajuda no megacurioso

Desde que houve uma popularização das redes sociais, as pessoas ficaram cada vez mais familiarizadas com o termo 'hater' (pessoas que ficam online tecendo comentários maldosos sobre outras pessoas)

Desde que houve uma populariza&ccedil;&atilde;o massiva das redes sociais e do uso da internet, as pessoas ficaram cada vez mais familiarizadas com o termo hater, que designa pessoas que ficam online tecendo coment&aacute;rios maldosos sobre famosos ou outras pessoas comuns sem ter nenhum interesse aparente por tr&aacute;s disso. Esse comportamento j&aacute; foi avaliado por diversos especialistas, e personalidades importantes do mundo digital j&aacute; se pronunciaram publicamente sobre preju&iacute;zos f&iacute;sicos e emocionais desenvolvidos pelas constantes cr&iacute;ticas.
O ato de depreciar algu&eacute;m esconde as necessidades do pr&oacute;prio hater de chamar aten&ccedil;&atilde;o. Afinal, voc&ecirc; pode depreciar aquele youtuber ruim pelo conte&uacute;do in&uacute;til ou errado, ou seja, a maioria. Mas algu&eacute;m com conhecimento vai perder tempo depreciando esse youtuber? Essas pessoas nem ao menos v&atilde;o ter paci&ecirc;ncia para se fixar no canal. Pessoas inteligentes tendem a ser impacientes com conte&uacute;dos in&uacute;teis.
Mesmo que as pessoas justifiquem tais atitudes depreciativas como uma forma de manifesta&ccedil;&atilde;o para "mudar o mundo", isso n&atilde;o desconfigura a necessidade e a busca por aten&ccedil;&atilde;o, pois pessoas autossuficientes ignoram o que n&atilde;o soma. Isso ocorre pela economia de energia do c&eacute;rebro, que opta por gastar em a&ccedil;&otilde;es mais eficientes e &uacute;teis. Quanto mais inteligente a pessoa, maior o gasto de energia no c&eacute;rebro. Desvendar, aprender, raciocinar, prever e criar metas &mdash; tudo isso exige um alto gasto de energia. Essa condi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m exige otimiza&ccedil;&atilde;o do tempo, aproveitando-o ao m&aacute;ximo em todas as circunst&acirc;ncias.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12115613399186.jpg" alt="a" />Fonte: Shutterstock
<h2 class="uk-text-justify">"Eu tenho raz&atilde;o"</h2>
Ao acreditar "ter raz&atilde;o em algo", o c&eacute;rebro do hater pode liberar neurotransmissores relacionados ao comportamento instintivo, aceita&ccedil;&atilde;o e narcisismo. Isso tem v&iacute;nculo com a sobreviv&ecirc;ncia, j&aacute; que, quando aceito, n&atilde;o se est&aacute; s&oacute;, e n&atilde;o estar s&oacute; aumenta a sensa&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a. O medo da solid&atilde;o tem rela&ccedil;&atilde;o com a evolu&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro: quanto mais desenvolvido o lobo frontal, menor o medo e maior, inclusive, a procura pela solid&atilde;o.
Na verdade, a sensibilidade para a empatia de quem n&atilde;o julga est&aacute; relacionada n&atilde;o apenas &agrave; vontade, mas ao pensamento das nuances da a&ccedil;&atilde;o, principalmente de como ser&aacute; visto o julgamento, assim como o quanto afetar&aacute; o atingido. No fim, toda a&ccedil;&atilde;o tem uma rea&ccedil;&atilde;o, e pessoas ocupadas, satisfeitas e que precisam otimizar o tempo sabem os riscos de um coment&aacute;rio depreciativo e suas consequ&ecirc;ncias.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Comportamento hater: a depreciação é um pedido de ajuda

Imagem de “Não olhe para cima” é reflexo da cultura do abstrato no megacurioso

Os absurdos da trama podem ser explicados pela manipulação da verdade que assola a sociedade atualmente


O sucesso mais recente da Netflix, N&atilde;o olhe para cima, despertou a aten&ccedil;&atilde;o, inicialmente, por conta de seu elenco de peso. Depois da estreia, por&eacute;m, a trama principal envolvendo um cometa avassalador e a rea&ccedil;&atilde;o dos negacionistas frente &agrave; ci&ecirc;ncia, causou respostas e discuss&otilde;es muito ativas nas redes sociais. Sob a dire&ccedil;&atilde;o de Adam McKay, o filme leva ao p&uacute;blico uma vis&atilde;o de como, mesmo em um mundo com tantas fontes de informa&ccedil;&otilde;es, a verdade ainda pode ser contada de diversas maneiras.
Na produ&ccedil;&atilde;o, os personagens mostram como a sociedade &mdash; e seus governantes &mdash; est&aacute; alheia aos interesses e &agrave;s necessidades da massa. Al&eacute;m disso, o filme demonstra como uma verdade pode ser alterada e manipulada, principalmente quando os l&iacute;deres de uma na&ccedil;&atilde;o colocam os seus interesses &agrave; frente da seguran&ccedil;a da popula&ccedil;&atilde;o, difundindo uma s&eacute;rie de inverdades.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/fonte-netflix-reproducao-06174549595387.jpg" alt="(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Eacute; preciso entender que a quest&atilde;o principal do filme, no entanto, n&atilde;o &eacute; a facilidade em manipular, como muita gente tem interpretado, mas sim a cultura do abstrato. Isto &eacute;, vivemos em uma era em que a realidade se confunde entre o real e o virtual. Tamb&eacute;m estamos passando por uma falta de f&eacute;, que tem rela&ccedil;&atilde;o com a era virtual, em que tudo se tornou question&aacute;vel, mesmo por pessoas que n&atilde;o conhecem nada sobre o assunto.
Al&eacute;m disso, essa futilidade &eacute; resultado de um narcisismo impregnado na atual sociedade, muito por reflexo das redes sociais, em que por tr&aacute;s de uma tela o ser humano potencializou o narcisismo instintivo, transformando-o em algo abstrato, visto que ningu&eacute;m &eacute; soberano o suficiente &mdash; a n&atilde;o ser que seja uma pessoa imortal ou escusa de defeitos, o que, sabemos, n&atilde;o existe. Na vida, assim como o equil&iacute;brio &eacute; praxe, tamb&eacute;m &eacute; a sem&acirc;ntica: o virtual &eacute; abstrato e, com ele, nossa vida est&aacute; se tornando fantasiosa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/fonte-netflix-reproducao-06174906222390.jpg" alt="(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No enredo, os pol&iacute;ticos gananciosos e extravagantes nos d&atilde;o a percep&ccedil;&atilde;o de como se pode votar de forma incoerente, mostrando uma sociedade vazia e sem cogni&ccedil;&atilde;o para perceber pessoas incompetentes e fraudulentas &mdash; nesse sentido, a cr&iacute;tica &eacute; mais que v&aacute;lida, dado os governantes mundiais atuais. E a sociedade em si, mergulhada em uma cultura pautada pela futilidade, desacredita daqueles que n&atilde;o s&atilde;o &ldquo;famosos&rdquo; o suficiente.
Para quem ainda n&atilde;o viu, N&atilde;o olhe para cima aborda a guerra contra a ci&ecirc;ncia promovida por um grupo de empres&aacute;rios que elegem pol&iacute;ticos &ldquo;marionetes&rdquo; com interesses ego&iacute;stas e gananciosos em detrimento do bem-estar mundial. Diante disso, quando &ldquo;cai a ficha&rdquo; da realidade, j&aacute; &eacute; tarde demais. E, caso a trama se torne realidade, somos todos culpados tamb&eacute;m. Esse &eacute; o reflexo dos riscos que vivemos atualmente.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD, neurocientista com forma&ccedil;&otilde;es em Neuropsicologia, Biologia, Hist&oacute;ria, Antropologia, Neurolingu&iacute;stica, Neuroplasticidade, Intelig&ecirc;ncia Artificial, Neuroci&ecirc;ncia aplicada &agrave; aprendizagem, Filosofia, Jornalismo e forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito, chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International e membro da Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neuroci&ecirc;ncias.

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