Imagem de Visite as Pirâmides de Gizé e outros marcos históricos sem sair de casa no megacurioso

Entusiastas de arte e história podem aproveitar um conceito de exploração de monumentos com alto nível de detalhes em 3D

Em parceria com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, especialistas da Universidade de Harvard lançaram tours virtuais com passeios pelos principais monumentos históricos do país oriental. Um dos destaques fica por conta da exposição tridimensional das Pirâmides de Gizé, que chama a atenção pela fidelidade com o modelo original, diversos pontos de interesse e ângulos de visualização, e o comodismo de conhecer o marco diretamente de sua casa.Com o propósito de promover o turismo egípcio em todo o país e aumentar a consciência do povo local sobre sua própria civilização, o projeto Gizé Digital foi disponibilizado como uma experiência única de visitação. De longe, entusiastas podem aprender mais sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/esculturas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esculturas</a>, pinturas, arquitetura antiga e diversos artefatos marcantes que estão abrigados em salões, locais subterrâneos, templos e outras inúmeras estruturas.No <a href="http://giza.fas.harvard.edu/about/#staff" rel="noopener noreferrer" target="_blank">site oficial</a>, é possível passear pelas três pirâmides — <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123334-5-lugares-historicos-mais-antigos-que-as-piramides-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quéops, Quéfren e Miquerinos</a> —, pela Esfinge supostamente construída durante o reinado de Quéfren (2575 a.C. – 2465 a.C.) e pelos túmulos de Meresankh III e Menna. Cada cenário conta com uma perspectiva onde o visitante é capaz de girar tridimensionalmente para a direção desejada, bem como observar as paisagens de fora ou em seus interiores.Além disso, descrições trazem informações adicionais e oficiais sobre os conteúdos das esculturas. Esses dados vão desde datas até referências a importantes nomes da construção histórica egípcia, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108434-conheca-historia-hatshepsut-mulher-tornar-farao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hetepheres II</a>, Khufukhaf, Qar e muitos outros. Vale reforçar que essa exposição é gratuita e é compatível com os principais navegadores, não exigindo a realização de login ou inserção de quaisquer dados cadastrais.Assista abaixo um vídeo sobre o tour:<iframe width="620" height="349" src="https://www.youtube.com/embed/KGRBikmjN_M" title="DIGITAL GIZA: Giza 3D Tour of the Giza Plateau" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>Saiba mais sobre o Projeto Gizé Digital</h2>Com aproximadamente 20 túmulos e monumentos em detalhes e centenas ainda planejadas para digitalização, o projeto de Harvard permite que os visitantes vejam, explorem e interajam com as Pirâmides e seus cemitérios e assentamentos ao redor — tudo a partir de um computador ou outro dispositivo digital. Inaugurada em 2011, a iniciativa conta com o suporte de diversas outras universidades pelo mundo, bem como o de curadores do Museu de Belas Artes de Boston, a Fundação Andrew W. Mellon, o Museu Egípcio da Universidade de Leipzig e várias outras galerias de pesquisadores da Europa, América e ÁfricaCom base em banco de dados e no uso de tecnologias de ensino e modelagem, os especialistas construíram o maior acervo digital do mundo focado nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105545-camara-oculta-na-grande-piramide-de-gize-guardaria-trono-feito-de-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pirâmides de Gizé</a>. Através de um poderoso software de armazenamento, foi possível não somente hospedar mais de 150.000 arquivos e registros presentes em coleções mundiais desde o século XIX, mas também realizar conexões por meio de artefatos, documentos e outros tipos de relíquias."Também continuamos a explorar e desenvolver novas formas de vivenciar a antiga Gizé interativamente, incluindo aplicativos de realidade virtual e aumentada, digitalização 3D e impressão de artefatos antigos e iniciativas de ensino online", concluem os idealizadores do projeto.

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Visite as Pirâmides de Gizé e outros marcos históricos sem sair de casa

Imagem de Patinho Feio: o primeiro computador brasileiro no megacurioso

Pesando 60 quilos e do tamanho de dois frigobares, a máquina foi a responsável por promover o fechamento do mercado nacional

O Statista mostrou que em 2012, cerca de 342 milh&otilde;es de computadores foram enviados para o mundo todo, sendo que &eacute; estimado que esse ano haja uma queda para 310 milh&otilde;es, figurando 9,5%, devido &agrave; alta infla&ccedil;&atilde;o e as interrup&ccedil;&otilde;es na cadeia de suprimentos.
Desde que o professor de f&iacute;sica John Vincent Atanasoff e seu aluno de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o, Clifford Berry, constru&iacute;ram o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122771-o-mecanismo-de-antikythera-o-primeiro-computador-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiro computador</a> digital eletr&ocirc;nico moderno do mundo em 1942, no Iowa Ste College, os computadores se tornaram as m&aacute;quinas mais importantes e avan&ccedil;adas do mundo. Foi gra&ccedil;as ao equipamento que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explora&ccedil;&atilde;o espacial</a> se tornou poss&iacute;vel, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121245-como-o-entretenimento-influencia-a-aprendizagem-de-uma-lingua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entretenimento&nbsp;</a>se transformou em uma ind&uacute;stria bilion&aacute;ria, e a ci&ecirc;ncia conseguiu <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120679-6-doencas-raras-capazes-de-mudar-a-sua-aparencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combater e estudar todos os tipos de doen&ccedil;as</a> para prevenir a humanidade ou alcan&ccedil;ar alguma cura.
A d&eacute;cada de 1970 ficou marcada pela comercializa&ccedil;&atilde;o em massa dos computadores de uso pessoal, com as empresas entrando em uma verdadeira corrida para decidir qual seria a primeira a faz&ecirc;-lo. Enquanto isso, em 24 de julho de 1972, um grupo de 12 formandos, incluindo Edith Ranzini, Edson Fregni e C&eacute;lio Ikeda, do ent&atilde;o Laborat&oacute;rio de Sistemas Digitais da Universidade de S&atilde;o Paulo &ndash; atual Departamento de Engenharia de Computa&ccedil;&atilde;o e Sistemas Digitais &ndash;, lan&ccedil;aram o Patinho Feio, primeiro computador brasileiro.
<h2>A iniciativa que mudou tudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14125431583226.jpg" alt="(Fonte: G1/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jorge Maruto, Journal do USP/CCS)
Em 1970, quando a Marinha pediu para que os engenheiros da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) constru&iacute;ssem um computador nacional para ser utilizado em seus navios, os engenheiros da USP j&aacute; projetavam o seu.
O nome Patinho Feio foi uma brincadeira, visto que o computador da Unicamp se chamaria Cisne Branco, mas a alcunha acabou pegando. De qualquer forma, o computador da Unicamp acabou n&atilde;o dando certo, e o G10, sucessor do Patinho Feio, seria o escolhido para os sistemas de navega&ccedil;&atilde;o mar&iacute;timo.
Apesar da pouca mem&oacute;ria, apenas 4kb, o Patinho Feio pesava cerca de 60 quilos, e tinha o tamanho de dois frigobares &ndash; o do lado esquerdo era a fonte de alimenta&ccedil;&atilde;o, e o outro era o composto funcional da m&aacute;quina, que totalizava 1 metro de altura e de largura. Ela tamb&eacute;m era composta por 45 placas de circuito impresso, possu&iacute;a 8 bits e operava em linguagem assembly.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14125512325227.jpg" alt="(Fonte: Jornal da USP/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Kenji/AE)
O computador era controlado por um painel com bot&otilde;es e chaves que enviavam c&oacute;digos bin&aacute;rios para fazer funcionar pequenos programas. Os aparelhos que eram conectados &agrave; m&aacute;quina &ndash; os sistemas perif&eacute;ricos &ndash;, serviam para salvar e iniciar os programas, armazenados em fitas perfuradas impressas em teletipo (uma esp&eacute;cie de m&aacute;quina de escrever que enviava e recebia mensagens por tel&eacute;grafo), que seriam lidas por uma m&aacute;quina e executadas.
A pouca mem&oacute;ria do Patinho Feio permitiu que rodasse apenas programas de demonstra&ccedil;&atilde;o, seguisse instru&ccedil;&otilde;es para criar listas, copiar textos, e realizar contas de soma e subtra&ccedil;&atilde;o. Contudo, o objetivo dele nunca foi ser avan&ccedil;ado, mas demonstrar o que os engenheiros haviam aprendido nas aulas de Engenharia da Computa&ccedil;&atilde;o da Poli-USP para que pudessem desenvolver outros equipamentos na ind&uacute;stria ou at&eacute; mesmo aprimor&aacute;-los.
E foi exatamente o que aconteceu.
<h2>O "petr&oacute;leo" do Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14125606744228.jpg" alt="(Fonte: Poli-USP/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />













(Fonte: Kenji/AE)
Ao longo de 8 anos, o Patinho Feio foi o respons&aacute;vel por auxiliar em pesquisas na &aacute;rea de sistemas digitais e no treinamento de professores e alunos de gradua&ccedil;&atilde;o dos cursos da EPUSP. Ap&oacute;s o marco que foi seu lan&ccedil;amento, o grupo de engenheiros se dedicaram a produzir o G10 para que fosse usado pela Marinha.
O G10 serviu como a base para o primeiro computador comercial brasileiro, chamado MC 500 e fabricado pela Cobra (Computadores e Sistemas Brasileiros), por todo o conhecimento obtido previamente com o Patinho Feio, que se tornou &uacute;til na m&atilde;o dos pesquisadores, serviu bem nos sistemas de controle de trens, apoio a motoristas em rodovias e na central telef&ocirc;nica.
Al&eacute;m disso, o Patinho Feio foi o pontap&eacute; inicial que o Brasil precisava para entrar no mercado nacional no segmento de mini e microcomputadores, em 1976, iniciada a partir de uma resolu&ccedil;&atilde;o da CAPRE (Comiss&atilde;o de Coordena&ccedil;&atilde;o das Atividades de Processamento Eletr&ocirc;nico), um &oacute;rg&atilde;o vinculado &agrave; Secretaria de Planejamento da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica.
Isso era o processo que fazia parte da forte iniciativa de desprendimento tecnol&oacute;gico estrangeiro, com o fechamento ao mercado dos produtos de inform&aacute;tica importados, que havia come&ccedil;ado no final da d&eacute;cada de 1960 e in&iacute;cio de 1970, com o Brasil produzindo nacionalmente dispositivos semicondutores e circuitos integrados. Foi assim que surgiram laborat&oacute;rios, como o de Microeletr&ocirc;nica da Polit&eacute;cnica (LMI), da USP, e o Instituto de Microeletr&ocirc;nica do CTI, em Campinas, S&atilde;o Paulo.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Guia dos Curiosos&nbsp;" data-fonte-url="https://www.guiadoscuriosos.com.br/curiosidades/variedades/medidas/dinheiro/brasil/estados/c/computador/fantastico-mundo-da-informatica/primeiro-computador-brasileiro/primeiro-computador-brasileiro/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14125658341229.jpg" alt="(Fonte: Guia dos Curiosos/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Guia dos Curiosos/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
J&aacute; em meados de 1968, o Brasil se tornava um dos primeiros pa&iacute;ses a montar um laborat&oacute;rio destinado &agrave; pesquisa e ao ensino de microeletr&ocirc;nica. Esse dar &agrave;s costas para o mercado internacional, ent&atilde;o visto como um movimento ousado, hoje &eacute; lido como um retrocesso tecnol&oacute;gico gigante que culminou em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123101-por-que-a-pirataria-no-brasil-e-social-e-moralmente-aceita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pirataria institucionalizada</a>, apesar de ter sido respons&aacute;vel por feitos hist&oacute;ricos importantes, como foi o Patinho Feio.
O incentivo do BNDES para o desenvolvimento tecnol&oacute;gico nacional nas universidades brasileiras, levou o grupo de jovens formandos da USP a desmontarem um IBM 1130 para que pudessem estudar e criar o primeiro computador brasileiro, tendo como base o curso de arquitetura de computadores ministrado por Glen Langdon, ent&atilde;o funcion&aacute;rio licenciado pela IBM, que havia ensinado a cria&ccedil;&atilde;o de uma m&aacute;quina digital.
O fechamento de mercado brasileiro se sustentou por meio de muita propaganda, com um cartaz da estatal COBRA chegando a dizer que &ldquo;computador &eacute; igual petr&oacute;leo: &eacute; dif&iacute;cil depender dos outros&rdquo;.

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Patinho Feio: o primeiro computador brasileiro

Imagem de Ada Lovelace: a 1ª programadora de computadores do mundo no megacurioso

Ada Lovelace é conhecida como a pessoa que escreveu pela primeira vez um algoritmo de computador

<head></head><body>Nem todo mundo sabe, mas a história da computação presta reverência a várias mulheres. E uma delas é <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205163-dia-ada-lovelace-celebra-primeira-programadora-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ada Lovelace</a>, considerada a primeira programadora de computadores do mundo. Isto ocorre porque, em 1840, Ada escreveu o primeiro algoritmo de máquina, feito ainda no papel.<h2>A vida de Ada Lovelace</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13144845291310.jpg" alt="(Fonte: UX Mag)">(Fonte: UX Mag)Augusta Ada Byron King nasceu em 10 de dezembro de 1815. Ela era filho poeta romântico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122663-as-3-figuras-historicas-mais-esquisitas-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lord Byron</a>, cuja vida foi cercada de polêmicas e excessos. Ada foi crescendo e sempre se interessou pela matemática.&nbsp;Sua infância foi um tanto atípica. Ela nasceu do primeiro casamento de Lord Byron com Lady Anne Byron. Quatro meses após o seu nascimento, seu pai deixou a Inglaterra e Ada nunca chegou a reencontrá-lo.Ainda que fosse membro da aristocracia, ela foi educada de forma diferente. Lady Anne não queria que a filha fosse influenciada pelo temperamento artístico do pai e, por isso, proibiu que a menina estudasse poesia. Ela foi educada a partir apenas do ensino da matemática e das ciências.&nbsp;Conta-se também que Lady Byron forçava que a menina ficasse deitada por horas a fio, pois isso estimularia o seu pensamento e a capacidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117295-criancas-com-autocontrole-se-tornam-adultos-mais-saudaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autocontrole</a>.<h2>As ideias visionárias de Ada Lovelace</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Chemistry World&nbsp;" data-fonte-url="https://d2cbg94ubxgsnp.cloudfront.net/Pictures/1024x536/7/6/4/139764_C0162060-Ada_Lovelace-_British_computer_pioneer-SPL_crop3.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/13/13144338327290.jpg" alt="(Fonte: Chemistry World)">(Fonte: Chemistry World)Quando era adolescente, Ada Lovelace aproximou-se do professor Charles Babbage, que lecionava matemática na Universidade de Cambridge. Ele havia projetado a Máquina Diferencial, uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122771-o-mecanismo-de-antikythera-o-primeiro-computador-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">computador</a>&nbsp;mecânico planejado para fazer tabelas matemáticas de forma perfeita. Ocorre que Babbage, por razões pessoais e por falta de dinheiro, nunca conseguiu construir a máquina.Charles Babbage e Ada Lovelace mantiveram uma correspondência por anos, em que discutiam a matemática e a computação enquanto ele trabalhava em sua máquina. Em 1842, Babbage deu uma palestra na Universidade de Turim, e Ada, que tinha então 20 anos e era conhecida como Condessa de Lovelace, foi contratada para fazer a tradução da fala dele do francês para o inglês.Ao fazer a transcrição, Ada colocou no texto suas anotações sobre a palestra, o que deixou claro que ela entendia muito da Máquina Analítica. Ela sugeriu melhorias à máquina, como a entrada de outros dados, fazendo com que a máquina manipulasse outras informações além de números.Em uma das notas que anexou no texto, Ada Lovelace descreve um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106526-algoritmo-ja-pode-simular-nosso-cerebro-e-agora-falta-maquina-para-roda-lo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algoritmo</a> que faria a Máquina Analítica calcular com precisão. Hoje este é considerado o primeiro algoritmo criado para ser usado em um computador. Uma vez que a máquina de Babbage não foi construída, o algoritmo de Ada não chegou a ser testado com ela em vida. Mas o processo envolvia fazer a máquina repetir uma série de instruções, tal como ocorre hoje com os programas de computador.&nbsp;Ada Lovelace previu que as máquinas poderiam ser usadas para compor música, produzir gráficos e ajudar nos processos científicos. Tudo isso veio a acontecer — só que 100 anos depois do seu tempo. O professor Charles Babbage ficou tão impressionado com a moça que a apelidou de "a feiticeira dos números".Ela morreu aos 36 anos, em 1852, após ser acometida pelo câncer. Suas contribuições à ciência e à engenharia fazem com que o dia 11 de outubro seja celebrado como Ada Lovelace Day, data reservada para reconhecer e apoiar as mulheres na ciência. </body>

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Ada Lovelace: a 1ª programadora de computadores do mundo

Imagem de Cientistas reconstituem o rosto de três escoceses da Idade Média no megacurioso

Técnicas inovadoras foram usadas para recriar os rostos de três cadáveres encontrados em uma cripta na Escócia

<head></head><body>Em 1957, operários que trabalhavam na impermeabilização da abóbada de uma cripta medieval em Whithorn, na Escócia, encontraram três caixões de pedra. Dentro deles, estavam enterradas três pessoas: dois homens e uma mulher. Junto a elas, estavam alguns adereços que traziam pistas sobre quem teriam sido.Mais de 60 depois, especialistas usaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119545-topografia-geografo-cria-incriveis-mapas-3d-de-regioes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia 3D</a> para dar vida aos rostos dos indivíduos que estavam naqueles caixões. E o resultado é simplesmente impressionante.<h2>A reconstituição de pessoas do período medieval</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Smithsonian Mag&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/after-700-years-scholars-recreate-the-faces-of-three-medieval-scottish-people-180980880/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/09/09103856603000.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Mag)">(Fonte: Smithsonian Mag)O trabalho foi realizado dentro do projeto de pesquisa Cold Case Whithorn, desenvolvido no sítio arqueológico de Whithorn. O local era habitado pela mais antiga comunidade cristã identificada na Escócia, e teria existido por cerca de 1.600 anos.O objetivo deste projeto é trazer mais informações sobre como foi este tempo histórico. "É sempre um desafio imaginar como era realmente a vida nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121356-3-habitos-alimentares-medievais-que-mudaram-a-historia-da-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempos medievais</a>. Essas reconstruções são uma maneira brilhante de se envolver com quem essas pessoas do nosso passado realmente eram, de suas vidas cotidianas, suas esperanças e suas crenças", relatou à BBC Julia Muir Watt, gerente de desenvolvimento do projeto.Os pesquisadores já conseguiram digitalizar e reconstituir o rosto destas três pessoas: um bispo, uma jovem e um clérigo com lábio leporino e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116695-representatividade-mae-cria-linha-de-bonecos-com-deficiencias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenda palatina</a>. Eles teriam residido no condado de Wigtownshire entre os séculos XII e XIV, e foram enterrados na região de Dumfries e Galloway, na Escócia.<h2>Os rostos identificados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/09/09104850411004.jpg" alt="(Fonte: Revista Galileu)">(Fonte: Revista Galileu)A partir dos métodos usados - que envolvem datação por radiocarbono, registros históricos e análise de isótopos estáveis - os cientistas identificaram a figura de um bispo chamado Walter, que teria presidido Whithorn entre 1209 e 1235. Seu esqueleto trazia sinais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103781-9-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-obesidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obesidade</a> e de que ele teria tido uma dieta rica em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a>. Já seus dentes confirmavam que ele cresceu em Galloway. Junto ao corpo, estavam uma roupa e objetos de valor, como um anel de ouro incrustado de rubis e esmeraldas.A mulher não foi identificada, mas os pesquisadores afirmam que seu crânio revela uma jovem bonita, de rosto muito simétrico, e que teria morrido por volta dos 20 anos. Os elementos enterrados juntos a ela sugerem que tenha sido alguém da elite local.Já o clérigo, que também não foi identificado, foi o mais desafiador, segundo os especialistas forenses. Isso acontece por seu rosto ser assimétrico e apresentar uma fenda palatina. Por mais que ele tenha sido enterrado ao lado de membros da elite, acredita-se que ele tenha sido o mais pobre dos três.As técnicas usadas no estudo foram impressionantes. Um pesquisador criou a imagem 3-D dos crânios, que depois foram reconstruídas digitalmente para ficarem muito realistas. “Isso envolve o uso de profundidades de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113301-o-espaco-pode-ser-ideal-para-a-criacao-de-orgaos-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecidos moles</a> faciais, musculatura esculpida individualmente para caber em cada crânio e métodos científicos de estimativa de cada característica facial, como olhos, nariz, boca e orelhas, a partir da morfologia do crânio”, informou o antropólogo e artista forense Christoper Rynn, que trabalhou nesta parte do projeto.As informações sobre a dieta e a saúde daquelas pessoas foram levantadas a partir da análise de isótopos estáveis dos corpos. A arqueóloga Shirley Curtis-Summers falou sobre a relevância destes dados: "este projeto é de enorme importância, porque embora nunca possamos contar a história completa da vida desses povos medievais, podemos reconstruir sua dieta, mobilidade e agora seus rostos, o que nos permite mergulhar em seu passado e ficar cara a cara com eles".</body>

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Cientistas reconstituem o rosto de três escoceses da Idade Média

Imagem de Qual é o verdadeiro significado de Cc e Bcc? no megacurioso

Enviar e receber e-mails é uma das coisas mais normais, nos dias hoje. Porém, os termos CC e BCC existem desde a época das máquinas de escrever

Cc e Bcc s&atilde;o termos que sobreviveram a passagem do tempo e, agora, s&atilde;o empregados em novas tecnologias. Originalmente, essas siglas faziam parte de uma &eacute;poca que a comunica&ccedil;&atilde;o escrita era feita somente por cartas ou telegrama.
Em primeiro lugar, voc&ecirc; precisa saber que essas siglas t&ecirc;m origem no ingl&ecirc;s: Cc significa carbon copy&nbsp;("c&oacute;pia carbono" em portugu&ecirc;s) e Bcc representa blind carbon copy&nbsp;("c&oacute;pia carbono cega" em portugu&ecirc;s). O seu uso pose ser rastreado desde a &eacute;poca que o uso de m&aacute;quinas de escrever eram a norma nas empresas.
<h2>Papel carbono: a vers&atilde;o antiga das m&aacute;quinas copiadoras</h2>
Por muito tempo, se voc&ecirc; precisava digitar um registro, comunicado ou documento financeiro, o mecanismo utilizado era uma m&aacute;quina de escrever. Agora, quando o assunto era fazer c&oacute;pias, a coisa mudava de figura.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/14/a-14165720262157.jpg" alt="a" />(Fonte: Unsplash)
O mais comum era incluir uma folha de papel carbono, ou carbon copy, entre cada uma das vers&otilde;es para garantir que a informa&ccedil;&atilde;o seria transferida para as demais folhas. Hoje, o termo Cc aparece nos e-mails para indicar as pessoas inclu&iacute;das em c&oacute;pia no e-mail porque podem ter interesse no t&oacute;pico em quest&atilde;o, por&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o o destinat&aacute;rio principal.
<h2>A confidencialidade da c&oacute;pia oculta</h2>
Bcc tamb&eacute;m est&aacute; presente nos nossos e-mails modernos, mas j&aacute; h&aacute; registros da sua origem desde 1979, em manuais de secret&aacute;rias. Na pr&aacute;tica, o uso da chamada c&oacute;pia oculta era feito quando m&uacute;ltiplas c&oacute;pias eram feitas com o papel carbono, por&eacute;m o destinat&aacute;rio n&atilde;o era preenchido.
Essa informa&ccedil;&atilde;o era inclu&iacute;da posteriormente, mantendo, assim, a confidencialidade de quem receberia esse documento. Quem est&aacute; acostumado sabe que o recurso de c&oacute;pia oculta dos e-mails desempenha mesma fun&ccedil;&atilde;o.
Ao usar esse m&eacute;todo, quem recebe o e-mail n&atilde;o sabe se outros destinat&aacute;rios est&atilde;o inclu&iacute;dos. Al&eacute;m de receber o correio eletr&ocirc;nico dessa forma, as respostas s&atilde;o enviadas somente para o remetente.&nbsp;Embora o uso de Cc e Bcc esteja bastante normalizado, ainda vale a pena entender as suas origens e conhecer como as tecnologias est&atilde;o em constante evolu&ccedil;&atilde;o.

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Qual é o verdadeiro significado de Cc e Bcc?

Imagem de A eleição em que Bolsonaro defendeu o uso da urna eletrônica no megacurioso

Por incrível que pareça, em 1993, o então deputado Jair Bolsonaro discursou para militares defendendo a instalação das urnas eletrônicas para evitar fraudes

<head></head><body>Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro parece ser um grande crítico das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109459-a-historia-da-urna-eletronica-e-das-eleicoes-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urnas eletrônicas</a> que, segundo ele, seriam fáceis de serem fraudadas. Quem o vê esbravejando sobre o sistema eleitoral pode nem acreditar, mas em 1993, o então deputado federal Bolsonaro pleiteou para que o então sistema de voto em papel se tornasse eletrônico.Filiado ao PPR, partido de Paulo Maluf, Bolsonaro discursou no dia 20 de agosto de 1993 para militares da reserva na sede do Clube Militar do Rio de Janeiro, defendendo que as urnas eletrônicas seriam a forma de evitar as fraudes. "Esse Congresso está mais que podre. Estamos votando uma lei eleitoral que não muda nada. Não querem informatizar as apurações. Sabe o que vai acontecer? Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122084-6-invencoes-militares-bizarras-que-nunca-foram-utilizadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">militares</a> terão 30 mil votos, e só serão computados 3.000", falou em seu discurso.Segundo matéria do Jornal do Brasil veiculada nesta época, a reunião entre Jair Bolsonaro e os militares ocorreu em sigilo, e teve na plateia cerca de 200 pessoas. Além da informatização, Bolsonaro também defendeu outras mudanças no sistema, como a proibição de votos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120190-neurociencia-pode-ajudar-a-melhorar-a-alfabetizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">analfabetos</a> e a exigência do ensino médio para os candidatos.<h2>O contexto da fala de Bolsonaro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/07/07183932152014.jpg" alt="(Fonte: O Globo)">(Fonte: O Globo)Para entender a defesa de Bolsonaro das urnas eletrônicas, é preciso analisar o que estava acontecendo no país. O Brasil enfrentava forte inflação e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/44766-20-anos-do-plano-real-veja-10-curiosidades-sobre-a-moeda-nacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Plano Real</a> estava sendo instalado. Em fevereiro de 1994, uma medida provisória instaurou a Unidade Real de Valor (URV), um sistema de conversão financeira que preparava o Brasil para a adoção da nova moeda.Os ânimos do país estavam esquentando, e havia organizações que criticavam o governo de &nbsp;Itamar Franco, e o consideravam ruim para os trabalhadores. Os militares também criticavam a URV, pois, de acordo com a fala de Bolsonaro, os coronéis, capitães e sargentos teriam seus soldos diminuídos.Jair Bolsonaro então assumia um tom crescente contra o governo e, segundo registrado em matéria do Jornal do Brasil, recomendava que houvesse "ações de guerrilha, saques e sabotagem" contra o Plano Real.Na época, Bolsonaro fez várias manifestações confrontativas ao governo, dizendo que o presidente "não era homem" e chamando o então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, de "Bozo Ricupero", pois estaria fazendo "papel de palhaço ao dizer que as medidas protegem salários".<h2>Por que Bolsonaro critica as urnas eletrônicas?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Portal F5&nbsp;" data-fonte-url="https://portalf5.com.br/v2017/content/uploads/2021/08/4ago1995-o-entao-deputado-jair-bolsonaro-em-seu-gabinete-na-camara-1538004780902_956x500.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/07/07183825277012.jpg" alt="(Fonte: Portal F5)">(Fonte: Portal F5)Este fato ocorrido em 1993 contrasta com uma das principais plataformas de Bolsonaro: colocar o sistema do voto eletrônico sob suspeita. As críticas feitas pelo presidente contra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122534-qual-e-a-diferenca-entre-voto-branco-e-voto-nulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tribunal Superior Eleitoral</a> (TSE) vêm ocorrendo pelo menos desde outubro de 2018, quando ele foi para o segundo turno contra o candidato Fernando Haddad, do PT.Em 14 de julho, o Ministério de Defesa sugeriu que as eleições de 2022 tivessem um sistema de votação paralela em cédulas de papel, no intuito de testar a confiabilidade do sistema eletrônico. Mas não colou: a fala de Bolsonaro ocorrida no dia 18 de julho para embaixadores estrangeiros, criticando o TSE, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a transparência do pleito, foi imediatamente posta sob descrença.As urnas eletrônica começaram a ser instaladas no Brasil justamente em 1994, em uma experiência feita em Florianópolis e que envolveu 1880 eleitores. Elas foram oficialmente implementadas em 1996, com a participação de 57 municípios. Em 2000, todos os eleitores do Brasil votaram assim e o sistema impresso foi extinto. </body>

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A eleição em que Bolsonaro defendeu o uso da urna eletrônica

Imagem de Teste de Turing: o exame final para as Inteligências Artificiais no megacurioso

Criado em 1950, o Teste de Turing testa a capacidade de uma máquina se comportar igual a um ser humano de maneira indistinguível

<head></head><body>Em seu trabalho intitulado "Computing Machinery and Intelligence", o matemático e cientista da computação <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111413-ha-65-anos-morria-alan-turing-o-pai-da-computacao-e-da-ia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alan Turing</a> desenvolveu um questionamento: seriam as máquinas capazes de desenvolver pensamentos? Embora essa seja uma pergunta curta e de ampla repercussão entre os seres humanos, ela continua sendo uma ampla frente de discussão no segmento tecnológico.Afinal, as tecnologias se desenvolveram rapidamente com o passar das décadas e o surgimento das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) se tornaram uma realidade. Logo, nunca antes tecnologia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121184-7-filosofos-brasileiros-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filosofia</a>, neurociência e teologia estiveram tão próximas em um único meio. Portanto, para sanar sua própria dúvida, Turing propôs uma maneira indireta de descobrir se uma máquina pensa: o Teste de Turing. Entenda!<h2>Origem do Teste de Turing</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/13/13004741374581.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na visão de Turing, a única forma de responder essa pergunta sem qualquer tipo de ambiguidade seria a reformulando. Logo, seria preciso encontrar termos mais específicos para "pensar" e "máquinas". Em sua primeira tese, o matemático propôs que a pergunta fosse alterada para "uma máquina pode fazer o que nós, seres pensantes, podemos fazer?".&nbsp;Em outras palavras: "é possível que uma máquina imite um ser humano?". O Jogo da Imitação, como foi chamado, seria a base de todo um pensamento. Nesse cenário, é preciso imaginar que teríamos um homem (A), uma mulher (B) e um interrogador neutro (C), todos trancados em salas separadas e com comunicação limitada por mensagens computadorizadas — sem que A interaja com B.O objetivo do jogo é que C consiga descobrir quem é o homem e quem é a mulher através de uma pequena troca de palavras. Porém, o que isso tem a ver com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107151-6-coisas-que-a-google-faz-com-inteligencia-artificial-e-voce-nem-percebe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inteligência Artificial</a>. De acordo com o Teste de Turing, se substituíssemos A ou B por uma máquina inteligente, ela seria capaz de ludibriar o interrogador sem que ele conseguisse encontrar resquícios de comunicação robotizada. Com isso, essa tecnologia seria aprovada no teste.<h2>Avanço tecnológico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/22/22184215199728.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Embora alguns possam argumentar que a teoria traçada por Turing seja falha e que passar no teste não significa que uma máquina realmente seja capaz de pensar como um humano, o assunto abordado em seu documento serviu como base para impulsionar uma das bases da IA: o Machine Learning.&nbsp;O objetivo desse segmento é criar um programa de computador que replique a mente de uma criança, mas com uma capacidade de aprender mil vezes aprimorada. Por meio de erros e acertos, essa máquina seria educada continuamente até alcançar as características do cérebro adulto.De acordo com os críticos de Turing, o Jogo da Imitação avalia apenas as capacidades de comunicação textual de uma IA — ignorando outros fatores da inteligência humana. Muitos aplicativos modernos já estão capacitados a trabalhar com destreza em várias tarefas específicas executadas pelos seres humanos, mas isso significa que elas já atingiram um nível de inteligência semelhante ao nosso?Por mais que ainda existam brechas nessa teoria, o Teste de Turing entrou para a história como um dos pilares da construção da tecnologia moderna e, curiosamente, nenhuma máquina ainda foi capaz de passá-lo.</body>

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Teste de Turing: o exame final para as Inteligências Artificiais

Imagem de Inteligências artificiais estão reproduzindo os preconceitos humanos no megacurioso

O problema se tornou o debate do século, principalmente sobre como deve ser solucionado

<head></head><body>A proposta de uma inteligência artificial (IA) é que ela seja mais evoluída do que a mente humana, porém, ainda assim, apesar de sua capacidade quase ilimitada de conhecimento, ela é construída e operada por uma mente humana, que carrega construções sociais que podem ser facilmente transferidas durante a criação de qualquer tipo de máquina.Em maio de 2016, um relatório apresentado e discutido no artigo "Machine Bias" do jornal investigativo ProPublica, mostrou que o programa Correctional Offender Management Profilling for Alternative Sanctions (Compas), usado por vários tribunais dos Estados Unidos para avaliação de risco, estava sendo tendencioso contra pessoas negras. Dados da máquina rotularam que réus negros são mais propensos a se tornarem reincidentes, sinalizando erroneamente quase o dobro da taxa com relação à pessoas branca (45% a 24%).Nesse caso, o problema é que o Compass e programas semelhantes de perfil estão presentes em vários tribunais pelo país, informando e influenciando na decisão de juízes e outros funcionários. E é irônico imaginar que o sistema judiciário americano, com seu longo histórico de<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120981-como-o-racismo-se-manifestou-em-palavras-ao-longo-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;preconceito racial</a>, recorreu à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122203-o-que-aconteceria-se-uma-ia-se-tornasse-completamente-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IA</a> na tentativa de parecer mais justo, só para descobrir que são preconceituosos.<h2>Alertando sobre um problema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/14/14114319780139.jpg" alt="(Fonte: University of Toronto/Reprodução)">(Fonte: University of Toronto/Reprodução)A empresa que fornece o software, Northpointe, contestou as conclusões do relatório apresentado no artigo do jornal, porém se recusou a revelar o funcionamento interno do Compas, alegando que o produto é "comercialmente sensível".Mas o problema não parou por aí, um estudo de 2015 mostrou que a pesquisa de imagens do Google pela palavra "CEO" mostrou apenas 11% das pessoas como mulheres, embora 27% dos executivos-chefes nos EUA sejam mulheres. Outro estudo liderado por Anupam Datta, da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, descobriu que o sistema de publicidade online do Google mostrava empregos de alta renda para homens com muito mais frequência do que para mulheres.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Brookings Institution&nbsp;" data-fonte-url="https://www.brookings.edu/research/algorithmic-bias-detection-and-mitigation-best-practices-and-policies-to-reduce-consumer-harms/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/14/14114930611142.jpg" alt="(Fonte: Brookings Institution/Reprodução)">(Fonte: Brookings Institution/Reprodução)A pesquisadora Joy Buolamwini, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriu mais problemas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121632-quais-sao-os-maiores-equivocos-sobre-pessoas-trans-e-nao-binarias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gêneros</a> vinculados a IA ao perceber que as inteligências desenvolvidas pela IBM Microsoft e a empresa chinesa Megvii conseguiam identificar corretamente o gênero de uma pessoa em uma fotografia em 99% das vezes, mas apenas se fossem homens brancos. Para mulheres de pele escura, a precisão do reconhecimento facial do software caía para 35%.Em uma indústria que lucrará, só em 2022, US$ 432,8 bilhões com o mercado de inteligência artificial, incluindo software, hardware e serviços, segundo o International Data Corporation (IDC) —, é alarmante que esse problema seja recorrente, principalmente porque mostra um medo inevitável que existe há muitos anos: que as ferramentas computacionais se tornem cada vez mais opacas, conforme ficam mais avançadas.<h2>O debate do século</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/14/14114611186141.jpg" alt="Timnit Gebru. (Fonte: The Verge/Reprodução)">Timnit Gebru. (Fonte: The Verge/Reprodução)Em 2016, a conferência mais importante do mundo sobre inteligência artificial reuniu mais de 5 mil pessoas em um auditório em Barcelona, na Espanha, das quais apenas 6 delas eram negras, sendo que todas eram homens e branco, — o que perturbou a doutora Timnit Gebru, pós-graduada na Universidade de Stanford.Do seu computador em Menlo Park, Califórnia, ela escreveu em uma postagem no Facebook dizendo que não estava preocupada com as máquinas dominando o mundo, apenas com o pensamento de grupo, insularidade e arrogância na comunidade IA.&nbsp;“As pessoas que criam a tecnologia são uma grande parte do sistema. Se muitos forem ativamente excluídos de sua criação, essa tecnologia beneficiará alguns e prejudicará muitos”, escreveu ela.Seu pequeno manifesto chamou atenção da Google, que na época estava trabalhando na construção de um grupo de ética IA. O que Gebru fez revolucionou a indústria, mostrando que esta precisa de pessoas com perspectivas diferentes se quiser concretizar um futuro menos discriminatório e mais igualitário, longe dos problemas criados pelas estruturas sociais.Ainda assim, isso não é o suficiente. Na verdade, o trabalho para desassociar palavras e estereótipos é muito difícil, isso porque uma IA produz associações e correlações de palavras através de cálculos extremamente complexos com base em uma grande quantidade de dados não filtrados pela internet, indo desde o Reddit até sites de pornografia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/14/14115200255144.jpg" alt="(Fonte: Dice Insights/Reprodução)">(Fonte: Dice Insights/Reprodução)“Esses algoritmos são como bebês que podem ler muito rapidamente milhões e milhões de sites, mas que não tem uma boa compreensão do que é algo útil ou prejudicial”, disse James Zou, professor assistente de ciência de dados biomédicos e engenharia da computação e elétrica da Universidade de Stanford, em matéria à CBC.O estudo co-assinado por Zou sugeriu que até os melhores programas de linguagem com inteligência artificial apresentam problemas raciais e de gênero, e que a filtragem de dados por palavras e estereótipos levaria à censura de textos históricos, músicas e outras referências culturais.Ou seja, a tarefa para tentar solucionar o problema não é nada simples, e é o motivo de haver um extenso debate. De um lado, há especialistas que argumentam que seria melhor que esses programas continuassem aprendendo por conta própria até que alcançassem a sociedade; e do outro, estão aqueles que acham que os programas precisam, sim, de intervenção humana no nível de código para combater o preconceito embutido nos dados.Para Sasha Luccioni, pesquisadora do Instituto Mila, a solução pode estar em que tipo de pessoa se envolve com o modelo de AI, pois ela é responsável por projetar os seus vieses ideológicos, preconceitos e formas de absorver o mundo.</body>

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Inteligências artificiais estão reproduzindo os preconceitos humanos

Imagem de Quais informações o Google guarda sobre você? no megacurioso

Muitos podem não saber, mas algumas informações que você fornece em seu computador ficam armazenadas nos servidores do Google

<head></head><body>Não há dúvidas de que, quando falamos em tecnologia, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121979-5-funcoes-do-google-que-voce-provavelmente-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google</a> certamente é uma das empresas mais influentes na atualidade. Com um grande volume de informações circulando em seus servidores, é normal que ele acabe retendo muitos dados dos mais variados tipos, inclusive alguns que você fornece durante a sua navegação.Ficou curioso para saber que tipo de dados o Gigante das Buscas coleta? Confira cada um deles a seguir.<h2>Quais informações o Google guarda sobre você?</h2><h3>Histórico de pesquisa do Chrome</h3>Sendo o <a href="https://www.tecmundo.com.br/google-chrome" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chrome</a> um navegador criado pela Google, é de se esperar que ele acabe guardando alguns dados. Na verdade, isso acontece com todos os softwares do gênero, visto que esse backup ajuda a otimizar a experiência do usuário em diversos sentidos.Após o lançamento da versão 69 do Chrome, muitos desses dados passaram a ser coletados de maneira mais voraz graças a sincronização automática com a conta Google. Vale ressaltar, entretanto, que o mecanismo não funciona da mesma forma caso esteja em uma aba anônima.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06124053658193.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h3>Dados de compra</h3>Quando você acessa um site de loja, é comum encontrar a opção de fazer login com a conta Google — que na maior parte dos casos é o seu Gmail. Dessa forma, o Gigante das Buscas pode conhecer quais itens você comprou, em que data a transação foi feita, o número do seu pedido e muito mais.Também é comum que alguns usuários acabem mantendo dados de seus cartões, sejam eles de débito ou crédito, no navegador. Na pressa, muitos acabam clicando na sugestão do navegador de guardar essas informações para compras futuras e acabam se arrependendo posteriormente.<h3>Senhas de contas e serviços</h3>Tal como mencionamos no caso dos cartões no bloco acima, também é comum que os usuários permitam que o navegador (neste caso, o Chrome) guarde as senhas para que, ao acessar aquela página novamente, não tenha o trabalho de fazer o login novamente. Dessa forma, esse é mais um dado que o Google sabe sobre você.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/06/06124056315194.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)<h3>Histórico de localização</h3>Não há dúvidas de que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121903-5-funcoes-do-google-maps-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google Maps</a> é um serviço que ajuda bastante. Seja para um deslocamento andando ou de carro, o auxílio com mapas consegue traçar um caminho inteiro sem grandes problemas. Esses trajetos também se tornam algo armazenado pelo Google, bem como os locais em que você esteve com o auxílio da navegação.<h3>Visualizações do YouTube</h3>Por fim, mencionaremos aqui os seus registros de pesquisas e vídeos visualizados no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106027-mega-curioso-apresenta-youtube-o-filme-parte-2.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">YouTube</a>. Quando você assiste a um vídeo, a plataforma começa a registrar as suas preferências para fazer sugestões baseadas em seus gostos. Ah, e sim: o site de vídeos é de propriedade da Gigante das Buscas.&nbsp;<h2>Como descobrir tudo que o Google sabe sobre mim?</h2>Para saber tudo que o Google já registrou sobre você, basta fazer o seguinte:<ul><li>Logue em sua conta Google (no site de buscas mesmo) e depois acesse o site takeout.google.com/settings/takeout;</li><li>Observe na tela seguinte todos os serviços que guardam seus dados. Escolha sobre quais deles deseja saber e clique em Próxima etapa;</li><li>Escolha o método de exportação, como quer receber esses dados (se por e-mail, Dropbox ou Google Drive), a frequência para recebê-los (é possível apenas uma vez ou bimestralmente pelo período de um ano) e tamanho (de 1 GB a 50 GB);</li><li>Clique em Criar exportação, faça o download quando estiver tudo correto e explore os arquivos em busca dos dados que deseja posteriormente.</li></ul>Dessa forma, você consegue exatamente quais dados o Google tem armazenados sobre você. Lembrando que dentro de cada serviço também é possível excluir dados para aumentar a sua privacidade, como apagar o histórico de vídeos visualizados do YouTube, por exemplo.</body>

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Quais informações o Google guarda sobre você?

Imagem de O que acontece com os arquivos depois de serem deletados do PC? no megacurioso

Saiba qual o destino final de todos os arquivos do seu computador após serem excluídos definitivamente da lixeira

<head></head><body>Os nossos computadores funcionam de forma similar ao cérebro de um ser humano. Se estamos sobrecarregados de informações, encontramos dificuldade de processar tudo o que está acontecendo ou simplesmente escolhemos não salvar dados que acreditamos não serem importantes para as nossas vidas.Portanto, no caso dos PCs, a ideia precisa ser a mesma e é preciso deletar o excesso de arquivos ou os itens indesejados para que tudo volte a operar nos conformes. Porém, o que acontece com um arquivo do nosso computador depois que clicamos na opção "excluir"? Veja a resposta a seguir.<h2>Indo para a lixeira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17144045696306.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Quando clicamos para excluir um arquivo pela primeira vez, ele é enviado para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes-malucas/37654-homem-transforma-uma-lixeira-em-um-ambiente-domestico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixeira</a> do computador. O ícone dessa ferramenta é uma lata de lixo como as que temos dentro de casa e, geralmente, pode ser facilmente encontrado na área de trabalho do seu PC.Quando a lixeira contém algum arquivo, o ícone muda para indicar que o usuário possui certos itens que podem ser recuperados caso seja necessário. Posteriormente, você pode entrar na lixeira para esvaziá-la de uma vez por todas e acabar com qualquer resquício do arquivo que foi excluído antigamente.Entretanto, por que é que os nossos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117027-chineses-atingem-supremacia-quantica-com-computador-fotonico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">computadores</a> não deletam os arquivos indesejados de uma vez por todas sem precisar de uma repetição de processos? O motivo é simples. Para um computador, apenas remover a referência de um arquivo nos sistemas de buscas é muito mais rápido do que instruir o disco rígido a substituí-lo por outros dados. Além disso, essa é uma forma de dupla verificação para que você não se arrependa do que excluiu.<h2>Excluído definitivamente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/17/17144048727307.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Quando a lixeira é esvaziada e o computador exclui o arquivo de uma vez por todas, isso significa que ele está trabalhando para remover qualquer referência ao item no <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/21252-marcha-imperial-de-star-wars-e-reproduzida-com-um-disco-rigido-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">disco rígido</a>. Depois que essas informações foram deletadas da máquina, não será mais possível ver o arquivo ou recuperá-lo.O espaço que antes era destinado para esse arquivo no disco rígido deixa de existir e fica aberto para receber novos itens. Isso também significa que o arquivo original deixa de ser legível pelo computador, mas só terá todos os rastros finalmente deletados quando outro arquivo for salvo no seu local.&nbsp;Como o arquivo está tecnicamente lá, ele pode ser recuperado usando um software de recuperação de dados para reconstruir seu cabeçalho. Porém, como dito anteriormente, isso só será possível se nenhum outro dado tiver substituído essa pasta no sistema operacional.Se você deseja se certificar que o seu arquivo excluído não poderá ser resgatado de maneira alguma é a chamada "formatação de baixo nível". Essa técnica preenche as linhas de código do disco rígido com vários zeros. Quando o espaço do arquivo excluído é tomado por essa enxurrada de zeros, não há mais saída para recuperá-lo e torná-lo legível para o computador.&nbsp;</body>

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