Imagem de Tem Coca aí na geladeira, mas será que tem cocaína na Coca-Cola? no site Mega Curioso

O boato de que o refrigerante mais vendido em todo o mundo contém a droga em sua composição continua até hoje, mas será que ele tem fundamento?

Algumas pessoas n&atilde;o vivem sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121508-coca-light-x-coca-zero-qual-a-diferenca-entre-as-duas.htm" target="_blank" title="Coca Light x Coca Zero: qual a diferen&ccedil;a entre as duas?">Coca-Cola</a>, o refrigerante mais popular do mundo. Dizem que cura ressaca, que mata a sede, que acaba at&eacute; com diarreia. O que ningu&eacute;m diz, por&eacute;m, &eacute; a lista de ingredientes que comp&otilde;e esse l&iacute;quido t&atilde;o cultuado.
A bebida, que teria sido criada por engano, &eacute; imitada por a&iacute;, mas os resultados &ldquo;gen&eacute;ricos&rdquo;, como voc&ecirc; bem sabe, n&atilde;o chegam nem perto do original. Qual seria, afinal, o ingrediente secreto da Coca-Cola? Tem gente por a&iacute; que acredita que h&aacute; coca&iacute;na no refrigerante e que seria por isso que gostamos tanto &mdash; e, inclusive, a droga seria o fator respons&aacute;vel por deixar alguns consumidores viciados.
<h2>J&aacute; teve Coca a&iacute; na geladeira!</h2>
A coca&iacute;na j&aacute; fez parte da receita da Coca-Cola, sim. Mas s&oacute; no passado. At&eacute; 1903, a bebida continha uma quantidade significativa da droga, afinal, os malef&iacute;cios do narc&oacute;tico s&oacute; foram conhecidos alguns anos depois &mdash; a droga chegou at&eacute; mesmo a ser usada como parte de terapias psicol&oacute;gicas e psiqui&aacute;tricas, e era legalizada nos EUA at&eacute; 1914.
<h2>Totalmente livre</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/a-28102133083104.jpg" alt="a" />Fonte: Shutterstock
Mesmo com todas as evid&ecirc;ncias comprovando que havia, sim, coca&iacute;na na f&oacute;rmula do refrigerante, h&aacute; mais de 100 anos a companhia que produz a Coca-Cola afirma que n&atilde;o existe, nem nunca existiu, coca&iacute;na entre os ingredientes de fabrica&ccedil;&atilde;o da bebida. O que se sabe &eacute; que em 1903 muitos consumidores exigiram que o narc&oacute;tico fosse retirado de todas as bebidas produzidas pela empresa.
Ainda assim, o produto s&oacute; foi considerado 100% livre da droga em 1929, quando cientistas aperfei&ccedil;oaram o processo de remo&ccedil;&atilde;o das subst&acirc;ncias psicoativas das folhas de coca. Ou seja: desde 1929 n&atilde;o h&aacute; mais vest&iacute;gios de coca&iacute;na na bebida.
A f&oacute;rmula da Coca-Cola ainda continua secreta, mas o que se sabe &eacute; que n&atilde;o h&aacute; mais coca&iacute;na nela. Isso, por&eacute;m, n&atilde;o significa que o refrigerante seja inofensivo: ele &eacute; fonte de muito a&ccedil;&uacute;car e outras subst&acirc;ncias capazes de prejudicar dentes, ossos e a sa&uacute;de de modo geral, principalmente se consumido em excesso. Nunca, nunca mesmo, substitua &aacute;gua por Coca-Cola!
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Já teve cocaína na Coca-Cola mesmo?

Imagem de Como funcionava o dispositivo de fala de Stephen Hawking? no megacurioso

Entenda qual é a tecnologia usada pelo gênio da física para conseguir reproduzir uma voz após ter quase morrido de pneumonia

<head></head><body>Em 1985, o renomado físico <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117612-stephen-hawking-legado-e-maiores-contribuicoes-para-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stephen Hawking</a> perdeu a sua capacidade de fala após contrair pneumonia em uma viagem à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). Naquela época, a condição de saúde do gênio era crítica e ele precisou ser entubado no hospital para respirar.Hawking chegou muito perto de morrer, mas teve a infecção contida ao ser levado ao Addenbrooke's Hospital, em Cambridge. Foi lá onde realizaram uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121491-traqueostomia-6-fatos-essenciais-sobre-este-procedimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">traqueostomia</a> para ajudá-lo a respirar. Como resultado, Hawking perdeu irreversivelmente a capacidade de falar, porém sobreviveu e até hoje conta com a ajuda de um computador para conseguir se expressar. Mas como isso tudo funciona? Entenda!<h2>Recuperação de Stephen Hawking</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26204046353544.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Nos primeiros meses de recuperação, Hawking utilizada um cartão de ortografia para se comunicar com outras pessoas. Com isso, bastava indicar as letras pacientemente em uma cartilha para formar palavras e depois frases. No entanto, Martin King, um físico que estava trabalhando com Hawking em um novo sistema de comunicação, entrou em ação.King ligou para uma empresa com sede na Califórnia chamada Words Plus, cujo programa de computador Equalizer permitia ao usuário selecionar palavras e comandos em um computador usando um direcionador manual. Então, o amigo perguntou se o software poderia ser utilizado para ajudar um professor de física na Inglaterra com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e que passava por problemas.O CEO da Words Plus, Walter Woltosz, respondeu que havia criado uma versão anterior do Equalizer para ajudar sua sogra, que também sofria de ELA e havia perdido a capacidade de falar e escrever, prontamente desejando ajudar. A primeira versão do programa rodava em um computador Apple II ligado a um sintetizador de voz feito por uma empresa chamada Speech Plus.<h2>Frequência de palavras</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Stephen_Hawking#/media/File:Stephen_Hawking_on_his_way_to_a_lecture_before_highschool_students_in_Jerusalem_10-12-2006.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26203925181543.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Com o novo sistema em suas mãos, Hawking tornou-se capaz de se comunicar usando 15 palavras por minuto, bastava usar um dos braços ligados a sua cadeira de rodas. Entretanto, o nervo que lhe permitia continuar usando os polegares continuou se degradando devido à ELA e, em 2008, o físico já não conseguia mais usar o direcionador para escolher as palavras.Foi então que um dos assistentes do professor desenvolveu um recurso chamado "interruptor de bochecha", que detectava quando Hawking tensionava o músculo da bochecha para conseguir montar as frases. Desde então, o gênio passou a usar unicamente sua bochecha para escrever e-mails, livros e se comunicar com outras pessoas.Em 2011, no entanto, a frequência de palavras havia diminuído para duas por minuto. Através de amigos, Hawking conseguiu ajuda de funcionários da Intel, que desenvolveram uma nova interface parecida com o sistema de digitação dos celulares modernos que prevê o que a pessoa está prestes a escrever. Demorou muito tempo para que apresentassem uma versão que agradasse o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106350-a-historia-do-cientista-que-queria-ressuscitar-um-condenado-a-camara-de-gas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cientista</a>, mas tudo acabou dando certo.E, por mais que o processador usado por Hawking tenha mudado algumas vezes durante a sua trajetória, uma coisa permaneceu igual enquanto esteve vivo: sua voz. O físico sempre foi muito apegado ao som do sintetizador antigo da Speech Plus e nunca desejou trocá-lo por mais que novas versões surgissem.</body>

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Como funcionava o dispositivo de fala de Stephen Hawking?

Imagem de Comentários no Mega Curioso e sites da NZN: o que muda? no megacurioso

Mudamos a forma de fomentar conversas entre nossos leitores. Entenda os motivos

Alguns de voc&ecirc;s j&aacute; devem ter notado, mas alguns sites da NZN (Mega Curioso e TecMundo) deixam de ter uma se&ccedil;&atilde;o de coment&aacute;rios aberta ao p&uacute;blico. A decis&atilde;o n&atilde;o foi f&aacute;cil, pois somos a favor de fomentar trocas de ideias saud&aacute;veis entre nossos leitores, mas h&aacute; algum tempo os coment&aacute;rios deixaram de promover conversas produtivas e passaram a abrigar muitos discursos de &oacute;dio e ataques.
Contamos com mais de 20 milh&otilde;es de pessoas visitando nossos sites mensalmente e &eacute; imposs&iacute;vel garantir que todos tenham o mesmo senso de comunidade e respeito ao pr&oacute;ximo. Usamos uma s&eacute;rie de dados para basear nossa tomada de decis&atilde;o e eles mostraram que uma parcela pequena dos nossos leitores ainda engaja fielmente nos coment&aacute;rios. Al&eacute;m disso, muitos avatares sem rosto ou identifica&ccedil;&atilde;o real lideravam grandes discuss&otilde;es.
Sabemos que esse tipo de atitude n&atilde;o reflete todo o nosso p&uacute;blico, mas a ideia n&atilde;o &eacute; encerrar debates ou calar opini&otilde;es. Queremos criar ambientes mais prop&iacute;cios para quem realmente deseja fazer parte de uma comunidade que promova crescimento para todas as partes.
Nossas <a href="https://linktr.ee/megacurioso" target="_blank">redes sociais</a> est&atilde;o abertas para fomentar discuss&otilde;es, ent&atilde;o fica o nosso convite para que participem das&nbsp;se&ccedil;&otilde;es de coment&aacute;rios do <a href="https://www.facebook.com/megacurioso" target="_blank">Facebook</a>, <a href="https://twitter.com/megacurioso" target="_blank">Twitter</a>,&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/megacurioso/" target="_blank">Instagram</a>&nbsp;e <a href="https://www.tiktok.com/@megacurioso" target="_blank">TikTok</a>. Se notar algum erro em nossas publica&ccedil;&otilde;es, voc&ecirc; pode nos avisar <a href="https://nzn.io/#contato" target="_blank">aqui</a>.
Continuamos contando com a participa&ccedil;&atilde;o de todos voc&ecirc;s no envio de cr&iacute;ticas construtivas, corre&ccedil;&otilde;es e opini&otilde;es edificantes!

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Comentários no Mega Curioso e sites da NZN: o que muda?

Imagem de Afinal, que língua é o esperanto? no megacurioso

Conheça um pouco mais sobre o esperanto, idioma que é falado por diversas pessoas ao redor do globo

Com milh&otilde;es de pessoas vivendo ao redor do globo, era de se esperar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/42206-conheca-4-das-linguas-mais-interessantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diversos idiomas</a> surgissem com o passar dos s&eacute;culos. Entretanto, isso acabou gerando alguns bloqueios comunicativos at&eacute; mesmo entre pessoas de pa&iacute;ses vizinhos ou em uma mesma na&ccedil;&atilde;o, e foi exatamente pensando em contornar essa situa&ccedil;&atilde;o que surgiu o esperanto.
<h2>O que &eacute; esperanto?</h2>
Trata-se de uma l&iacute;ngua que surge com a proposta de democratizar a comunica&ccedil;&atilde;o entre todas as pessoas do planeta.&nbsp;Criado pelo m&eacute;dico L&aacute;zaro Zamenhof, o esperanto despontou como uma proposta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109319-15-curiosidades-fascinantes-envolvendo-idiomas-e-linguagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">l&iacute;ngua internacional</a> neutra capaz de preservar todas as outras l&iacute;nguas e culturas existentes no mundo. O pr&oacute;prio Zamenhof chegou a encontrar dificuldades por viver em uma cidade polonesa onde habitavam alem&atilde;es, lituanos, judeus, russos e, claro, poloneses, o que acabava gerando desentendimento entre eles em alguns momentos por conta de bloqueios lingu&iacute;sticos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11133145889270.jpg" alt="Esperanto vem ganhando cada vez mais adepto ao longo dos &uacute;ltimos anos. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Esperanto vem ganhando cada vez mais adepto ao longo dos &uacute;ltimos anos. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>O surgimento do esperanto</h2>
A semente do esperanto foi plantada em 1887, quando o doutor lan&ccedil;ou um livro que serviria como base para o novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/69392-veja-alguns-dos-idiomas-mais-bizarros-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idioma</a>. Nele, era poss&iacute;vel encontrar cerca de 920 palavras com as quais o interessado poderia formar milhares de outros voc&aacute;bulos para se comunicar com outras pessoas, incluindo nesse pacote algumas letras que n&atilde;o existem em nenhuma outra l&iacute;ngua.&nbsp;
Com o passar do tempo, cada vez mais pessoas foram abra&ccedil;ando a proposta lan&ccedil;ada por Zamenhof. Atualmente, o esperanto j&aacute; existe em mais de 115 pa&iacute;ses, com 2 milh&otilde;es de falantes, figurando entre os 300 idiomas mais falados no mundo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/a-11133616686278.jpg" alt="a" />Monumento ao Professor Zamenhof, o criador do Esperanto, em Odessa, Ucr&acirc;nia. (Fonte: Shutterstock)
Em muitos destes lugares, inclusive, o esperanto j&aacute; &eacute; utilizado como segunda l&iacute;ngua por v&aacute;rias pessoas em vez do ingl&ecirc;s, sendo muitas delas habitantes dos Estados Unidos, B&eacute;lgica, Estados Unidos, Pol&ocirc;nia, It&aacute;lia, Alemanha, Fran&ccedil;a, China, Jap&atilde;o e Brasil.
Para fechar com um dado curioso, atualmente h&aacute; mais de 25 mil livros escritos em esperanto, o que s&oacute; prova que ele vem ganhando cada vez mais for&ccedil;a com o passar do tempo.

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Afinal, que língua é o esperanto?

Imagem de Geometria é uma "língua" que apenas os humanos conhecem? no megacurioso

Estudo busca saber se formas como quadrados e triângulos, tal qual nossa capacidade de reconhecê-las, faz parte do que nos torna especiais

<head></head><body>Uma das coisas que mais orgulham a humanidade é poder dizer que os seres humanos são diferentes de qualquer outra espécie de animal que vive na Terra — sobretudo quando se resume ao nosso intelecto. Porém, quais tipos de pensamento são únicos e exclusivos ao cérebro humano?&nbsp;Segundo um novo estudo conduzido pelo neurocientista Stanislas Dehaene, Collège de France, nossa intuição geométrica tem grande papel nesse processo. Em workshop apresentado no Vaticano e organizado pela Pontifícia Academia de Ciências, o pesquisador argumentou que as formas geométricas e nossa capacidade de reconhecê-las desde jovem diz muito sobre como nossa cabeça funciona. Entenda!<h2>Geometria na vida humana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/05/05183218529481.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em determinado momento na sua carreira, Dehaene e outros pesquisadores iniciaram um estudo que comparou &nbsp;a capacidade de humanos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/37715-conheca-os-babuinos-ladroes-da-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">babuínos</a> de perceber formas geométricas. Durante o projeto, a equipe se questionou qual era a tarefa mais difícil no domínio geométrico que poderia revelar uma diferença marcante entre primatas humanos e não humanos?&nbsp;Dessa forma, a pesquisa poderia medir não apenas a percepção visual, mas um processo cognitivo mais profundo. Na visão de Platão, os seres humanos sempre tiveram uma sintonia única com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121048-babilonios-ja-usavam-geometria-mil-anos-antes-de-pitagoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geometria</a>, sendo uma capacidade nossa biologicamente enraizada.No experimento, os participantes viram seis quadriláteros e foram pedidos para detectar aquele que era diferente dos outros. O grupo de humanos, que incluiu alunos do jardim de infância, franceses e adultos da Namíbia rural sem educação formal, conseguiram identificar a discrepância sem problemas. Com os babuínos, a regularidade não fazia diferença, descobriu a equipe.&nbsp;<h2>Dados do experimento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/05/05183220919482.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Ao longo do projeto, foram usados 26 babuínos de um centro de pesquisa no sul da França, que foram colocados em cabines de teste com telas sensíveis ao toque. Quando treinados para identificar a diferença entre objetos não geométricos — como uma maçã entre cinco melancias, por exemplo —, os animais tiveram grande eficácia.Mas quando apresentados a polígonos regulares, seu desempenho entrou em colapso. Inclusive, a capacidade de manipular símbolos e conceitos abstratos é uma das coisas que mais faz o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120815-6-mitos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-escuta-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a> ser distinto e dificilmente replicado pelos sistemas de Inteligência Artificial (IA).Um dos grandes motivos para essa disparidade de reconhecimento geométrico entre as espécies pode ser o fato de objetos possuindo lados paralelos e ângulos retos serem mais presentes e relevantes no cotidiano humano, enquanto que essa prioridade não acontece no mundo animal.<h2>Funcionamento do cérebro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/05/05183223372483.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)De acordo com Deahene, os primeiros dados mostram que os lobos pré-frontal e parietal são as regiões do nosso cérebro associadas ao “senso de número” humano. Ou seja, essas são as áreas do cérebro que iluminam a linguagem da geometria e funcionam como nossa rede de resposta à matemática.A compreensão de diferentes linguagens é o que sempre colocou os seres humanos no patamar de singularidade, e aparentemente a conclusão não é diferente quando falamos de geometria. “Estamos propondo que existem linguagens – múltiplas linguagens – e que, de fato, a linguagem pode não ter começado como um dispositivo de comunicação, mas sim como um dispositivo de representação, a capacidade de representar fatos sobre o mundo exterior”, concluiu o pesquisador.</body>

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Geometria é uma 'língua' que apenas os humanos conhecem?

Imagem de Alfabeto Fonético da OTAN: o que é e para que serve? no megacurioso

Padrão na comunicação militar, o alfabeto fonético busca facilitar a compreensão entre diversas línguas

&ldquo;C&acirc;mbio, na escuta!&rdquo; Essa frase der ter alguma familiaridade para voc&ecirc; por ser muito utilizada na introdu&ccedil;&atilde;o de conversas de r&aacute;dio. Ela est&aacute; muito presente nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119748-6-filmes-perfeitos-para-se-aprender-sobre-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filmes</a> de guerra e sobreviv&ecirc;ncia, por exemplo.
Mas voc&ecirc; sabia que no contexto real existe toda uma comunica&ccedil;&atilde;o oficial, padronizada para que as pessoas de todas as nacionalidades possam entender e se comunicar?&nbsp;
Ela &eacute; baseada no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120245-benjamin-franklin-quis-implementar-um-novo-alfabeto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alfabeto</a> Fon&eacute;tico, criado pela Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte (OTAN), e aderido por todo o mundo na comunica&ccedil;&atilde;o de militares e civis, principalmente no meio da avia&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28095801069095.jpg" alt="Meio de comunica&ccedil;&atilde;o utilizado na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Melhores Destinos/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Meio de comunica&ccedil;&atilde;o utilizado na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Melhores Destinos/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Alfabeto Fon&eacute;tico: quando surgiu?</h2>
A ades&atilde;o do alfabeto fon&eacute;tico se deu por volta de 1920, quando a Uni&atilde;o Internacional de Telecomunica&ccedil;&otilde;es (UIT) desenvolveu uma primeira vers&atilde;o. Nela, cada letra era representada com nomes de cidades, por exemplo: Amsterdam, Baltimore, Casablanca, etc.
Por&eacute;m, a tentativa inicial de unificar as transmiss&otilde;es n&atilde;o obteve sucesso porque nem todos os pa&iacute;ses aderiram. Com a Segunda Guerra Mundial, esta disparidade ficou ainda mais evidente e chegou a prejudicar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/comunicacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunica&ccedil;&atilde;o</a> dos aliados. Isso porque as &aacute;reas militares aliadas que participavam do conflito faziam uso de alfabetos divergentes de norte-americanos e ingleses, que utilizavam o Able Baker.
O alfabeto Able Baker n&atilde;o era muito bem-visto por, principalmente, empregar apenas termos em ingl&ecirc;s. Assim, para reduzir as problem&aacute;ticas e universalizar o alfabeto, a Associa&ccedil;&atilde;o Internacional de Transporte A&eacute;reo (lATA) sugeriu, no ano de 1951, um novo alfabeto fon&eacute;tico que continha palavras em espanhol e franc&ecirc;s. Por&eacute;m, pelos mesmos motivos, ele n&atilde;o deu certo.
Depois de muita discuss&atilde;o dirigida pela OTAN, em 21 de fevereiro de 1956, os pa&iacute;ses integrantes da organiza&ccedil;&atilde;o foram informados da ado&ccedil;&atilde;o de um novo alfabeto fon&eacute;tico. Alguns anos depois, a UIT tamb&eacute;m adotou essa nova vers&atilde;o em todas as comunica&ccedil;&otilde;es. A partir de ent&atilde;o, toda a comunica&ccedil;&atilde;o de r&aacute;dio (militares, civis e amadores) passou a utilizar essa op&ccedil;&atilde;o que ficou conhecida como alfabeto fon&eacute;tico da OTAN.
<h2>Letras e c&oacute;digos</h2>
O alfabeto fon&eacute;tico possui 26 palavras com pron&uacute;ncias de f&aacute;cil compreens&atilde;o em transmiss&otilde;es por r&aacute;dio, seja qual for a nacionalidade. Por&eacute;m, alguns fonemas s&atilde;o adaptados dependendo da l&iacute;ngua.&nbsp;
O termo &ldquo;alfa&rdquo;, por exemplo, que &eacute; originalmente escrito com &ldquo;f&rdquo;, em alguns pa&iacute;ses &eacute; escrito com &ldquo;ph&rdquo;. H&aacute; mudan&ccedil;as na palavra &ldquo;Juliet&rdquo; tamb&eacute;m: em Franc&ecirc;s ela &eacute; escrita com dois &ldquo;t&rdquo; para n&atilde;o ser pronunciada sem o &ldquo;te&rdquo; final, j&aacute; que os franceses leem o &ldquo;t&rdquo; mudo como sil&ecirc;ncio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/a-31175641624533.jpg" alt="a" />
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/s-31175656265535.jpg" alt="s" />

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Alfabeto fonético: entenda o que é e como funciona

Imagem de Implante cerebral traduz os pensamentos de homem paralisado no megacurioso

Homem de 30 anos conseguiu se comunicar ao soletrar frases através dos pensamentos

<head></head><body>A esclerose lateral amiotrófica avançada (ELA) é uma doença neurodegenerativa e progressiva que afeta a capacidade dos pacientes se moverem e falarem. Ela se tornou mais conhecida após o físico inglês <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117612-stephen-hawking-legado-e-maiores-contribuicoes-para-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stephen Hawking</a> ser diagnosticado com a doença, chamando a atenção para um problema, que até 2040 deverá atingir mais de 300 mil pessoas no mundo todo.Porém, a ciência está cada vez mais próxima de devolver aos pacientes, ao menos a capacidade de se comunicar. Em um estudo publicado pela Nature Communications, um grupo de pesquisadores do Wyss Center for Bio and Neuroengineering, em colaboração com a Universidade de Tübingen, na Alemanha, utilizaram uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112024-protese-bionica-tem-resposta-mais-rapida-do-que-mao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interface cérebro-computador</a> (BCI), para que um homem de 30 anos pudesse “falar” novamente.<h2>Soletrando os pensamentos&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/30/30103616709102.jpg" alt="Implante utilizado no paciente. (Fonte: Wyss Center/Reprodução)">Implante utilizado no paciente. (Fonte: Wyss Center/Reprodução)O paciente possui síndrome de encarceramento completo (CLIS). Este é o caso que impede todo o controle muscular voluntário, incluindo o movimento dos olhos ou da boca. Por esse motivo, os dois microeletrodos foram implantados na superfície do córtex motor — a parte do cérebro responsável pelo movimento.Para permitir que o paciente se comunicasse, um programa soletra as letras do alfabeto em voz alta. A partir da resposta do cérebro, era possível identificar quais letras ele queria usar para formar frases como: “Sopa de goulash e sopa de ervilha doce”, “Eu gostaria de ouvir o álbum do Tool alto” e “Eu amo meu filho legal”.O estudo começou há cerca de dois anos, quando o paciente ainda tinha a capacidade de movimentar seus olhos. Porém, por se tratar da forma rápida da doença, os implantes cerebrais não podem se basear neste tipo de movimentação. O que acontece é que os microeletrodos leem a atividade cerebral do homem, e buscam reconhecê-los como os comandos “sim” ou “não”.<h2>Problemas éticos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/31/31113323424148.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Apesar de ser um avanço importante e permitir que pessoas com ELA possam se comunicar com seus parentes e amigos — além de possibilitar que médicos possam entender melhor as condições dos pacientes —, o estudo expõe alguns problemas éticos.O debate sobre neurodireitos existe há alguns anos e inspirou a criação do The NeuroRights Foundation, ONG que tem como objetivo proteger os direitos humanos nas áreas de neurotecnologia e IA. A discussão também está sendo realizada em universidades ao redor do mundo e motivou o Chile a incluir os neurodireitos na sua nova Constituição — foi o primeiro país a tomar este passo.Entre os problemas discutidos por estes grupos estão questões que vão da possibilidade de ler demais pensamentos dos pacientes, sem suas devidas autorizações, até a possibilidade de exercer um controle sobre os seus cérebros. Se há alguns anos, isso parecia tema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113949-10-invencoes-da-ficcao-cientifica-que-se-tornaram-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ficção científica</a>, hoje já se tornou realidade e tema de discussões sérias sobre ética na ciência.</body>

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Implante cerebral traduz os pensamentos de homem paralisado

Imagem de A primeira transmissão subterrânea de rádio da História no megacurioso

Robert LeRoy Ripley teve coragem de ir a fundo para fazer mudanças

Quando o inventor italiano Guglielmo Marconi desenvolveu pela primeira vez a ideia de um r&aacute;dio, ou tel&eacute;grafo sem fio, na d&eacute;cada de 1890, ele nem sequer imaginava que mais tarde seria respons&aacute;vel por uma das revolu&ccedil;&otilde;es da modernidade.
O ano de 1900 foi o per&iacute;odo em que o r&aacute;dio foi usado comercialmente, acabando para sempre com a demora de semanas para descobrir o que estava acontecendo em outras partes do mundo. O primeiro programa de not&iacute;cias de r&aacute;dio foi transmitido em 31 de agosto de 1920 pela esta&ccedil;&atilde;o 8MK, em Detroit, nos Estados Unidos.
Antes de entrar na vida dos cidad&atilde;os como um objeto de entretenimento, o r&aacute;dio foi usado em larga escala por pilotos, capit&atilde;es de navios, motoristas, pol&iacute;cias, servi&ccedil;os de emerg&ecirc;ncia, e tamb&eacute;m causou um impacto direto nos campos de batalha durante a guerra.
<h2>O &uacute;nico caminho para baixo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16111622732174.jpg" alt="(Fonte: RDNews/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: RDNews/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1930, o cartunista americano, empres&aacute;rio e antrop&oacute;logo amador Robert LeRoy Ripley (1890-1949), mais conhecido como Robert Ripley, atrav&eacute;s de seu programa de r&aacute;dio Ripley&rsquo;s Believe It or Not &mdash; revolucionou a Hist&oacute;ria.
O homem era famoso por viajar o mundo contando fatos estranhos sobre os lugares por onde passava, fazendo incurs&otilde;es em cavernas, lagos, rios, ninhos de cobras e outros tipos de lugares inusitados. A produ&ccedil;&atilde;o de Ripley j&aacute; estava acostumada a configurar antenas e linhas de transmiss&atilde;o para enviar sua voz para os EUA de v&aacute;rios cantos do mundo, por isso ele tinha certeza de que conseguiria fazer isso a 850 metros abaixo do solo, quando teve a ideia de fazer a primeira radiotransmiss&atilde;o subterr&acirc;nea da Hist&oacute;ria.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/16/16111712654176.jpg" alt="(Fonte: Today Kamloops/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Today Kamloops/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Contudo, parecia imposs&iacute;vel fazer aquilo acontecer, ainda menos nas Cavernas Carlsbad, no Novo M&eacute;xico, com cerca de 350 quil&ocirc;metros de cavernas mapeadas &mdash; na &eacute;poca o local tinha sido transformado em Parque Nacional h&aacute; apenas 10 anos, e muito n&atilde;o se sabia sobre as cavernas.
Quando o parque foi estabelecido, os visitantes tinham apenas duas op&ccedil;&otilde;es de cavernas, uma delas era uma esp&eacute;cie de escorregador usado para levar guano (fezes) de morcego do fundo. Mas, devido &agrave; &aacute;rdua subida, foi constru&iacute;do um elevador, que Ripley disse em sua transmiss&atilde;o que era o mais profundo do mundo.
Atrav&eacute;s de objetos t&atilde;o rudimentares, o locutor conseguiu fazer algo que ningu&eacute;m havia feito, causando uma verdadeira como&ccedil;&atilde;o no meio, incentivando rep&oacute;rteres a irem cada vez mais longe em suas mat&eacute;rias e movimentando uma ind&uacute;stria t&eacute;cnica para melhorar ainda mais os equipamentos para que viagens como aquela pudessem acontecer com melhor qualidade de som.

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A primeira transmissão subterrânea de rádio da História

Imagem de Grit: o jornal norte-americano que vendia paz e positividade no megacurioso

Nascido em 1880, o Grit foi julgado como 'aberração' por apresentar manchetes positivas aos leitores

Na d&eacute;cada de 1960, um novo jornal despontava nos Estados Unidos (EUA) como uma alternativa para os consumidores. Ao contr&aacute;rio do material encontrado na TIME ou na Reader's Digest, o&nbsp;Grit tinha um diferencial: oferecer manchetes de paz e positivismo para a sociedade.
Em 1969, sua clientela subiu para um p&uacute;blico de 1,5 milh&atilde;o de assinantes. O objetivo do peri&oacute;dico era n&atilde;o carregar not&iacute;cias sensacionalistas de guerra, embora muitas tivessem sido publicadas ap&oacute;s seu lan&ccedil;amento, em 1880. E, com essa mensagem, a marca foi se expandindo.
<h2 class="uk-text-justify">Lan&ccedil;amento do Grit</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/03/03162133335396.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Quando o Grit foi criado, na d&eacute;cada de 1880, o fato de seguir uma filosofia positivista no jornalismo poderia ser visto como uma "aberra&ccedil;&atilde;o", mas era o que os colaboradores do jornal adotavam em suas publica&ccedil;&otilde;es. N&atilde;o havia not&iacute;cias sobre assassinatos, trag&eacute;dias ou assaltos, e os colunistas n&atilde;o davam opini&atilde;o sobre as pol&iacute;ticas recorrentes.
Tudo o que sobrava era not&iacute;cia boa. Um dia, o fundador, Dietrick Lamade, chegou a dizer para sua equipe: "Sempre evite que Grit seja pessimista. N&atilde;o fa&ccedil;a nada que incentive o medo, a preocupa&ccedil;&atilde;o ou a tenta&ccedil;&atilde;o. Sempre que poss&iacute;vel, sugira paz e boa vontade aos homens. D&ecirc; aos nossos leitores coragem e for&ccedil;a para suas tarefas di&aacute;rias. Coloque pensamentos felizes, alegria e contentamento em seus cora&ccedil;&otilde;es".
O objetivo de Lamade era se distanciar de produtores de conte&uacute;do como Randolph Hearst, que inclusive chegou a ser acusado de angariar apoio para a Guerra Hispano-Americana gra&ccedil;as &agrave;s suas hist&oacute;rias sensacionalistas do conflito em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119173-5-fatos-sobre-cuba-entenda-como-funciona-a-ilha-socialista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cuba</a>. Dietrick, filho de imigrantes alem&atilde;es, n&atilde;o apoiava a maneira como Hearst vendia <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/69558-por-que-as-paginas-de-livros-e-jornais-vao-ficando-escurecidas-com-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jornais</a> e queria uma mudan&ccedil;a no cen&aacute;rio.
<h2 class="uk-text-justify">Expans&atilde;o das publica&ccedil;&otilde;es</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Newsboys#/media/File:1-30_A.M._Peter,_15_years_old_(on_left)._Employed_in_camphor_works._Air_full_of_camphor._Sells_papers_Saturday_nights_until_3_A.M._One_of_a_dozen_boys_who_sleep_in_car_barn_these_nights._LOC_nclc.03798.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/03/03161915038395.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na &eacute;poca de sua cria&ccedil;&atilde;o, o Grit ainda era um jornal voltado para o p&uacute;blico rural e n&atilde;o despertava a mesma aten&ccedil;&atilde;o que Lamade desejava. Em uma tentativa de expandir a marca para o restante dos Estados Unidos, o empres&aacute;rio alem&atilde;o teve uma ideia: recrutar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112896-criancas-aprendem-idiomas-mais-rapido-que-adultos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crian&ccedil;as</a> para distribuir o material.
Como ele n&atilde;o tinha qualquer contato direto com esses jovens, decidiu colocar um an&uacute;ncio no peri&oacute;dico na esperan&ccedil;a que o p&uacute;blico mais jovem se voluntariasse para a miss&atilde;o. Aqueles que se inscreveram recebiam um alfinete no peito e deveriam preencher formul&aacute;rios de vendas semanalmente, enviando o dinheiro coletado para o Grit.
Para cada edi&ccedil;&atilde;o do jornal, que custava 10 centavos, o vendedor teria que mandar 7 centavos de volta para o Grit e poderia ficar com o resto. Em m&eacute;dia, uma crian&ccedil;a vendia de 5 a 450 c&oacute;pias por semana. Alguns jovens percorriam um trajeto de 8 km por dia para realizar suas vendas.
<h2 class="uk-text-justify">Neg&oacute;cio familiar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/03/03162239491401.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
De 1932 para 1969, a circula&ccedil;&atilde;o do Grit passou de 400 mil c&oacute;pias para 1,5 milh&atilde;o com a ajuda de cerca de um ex&eacute;rcito de 30 mil crian&ccedil;as &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o, que passavam de porta em porta tentando arrecadar mais vendas. A estrat&eacute;gia foi t&atilde;o bem-sucedida que essa se tornou uma das poucas publica&ccedil;&otilde;es nos EUA a n&atilde;o depender majoritariamente de publicidade para sobreviver.
Al&eacute;m do mais, as publica&ccedil;&otilde;es haviam atingido um p&uacute;blico n&atilde;o explorado: pela estimativa, 65% das c&oacute;pias do Grit eram vendidas em cidades com popula&ccedil;&atilde;o inferior a mil habitantes. Mesmo ap&oacute;s a aposentadoria de Lamade, em 1936, e a morte dele aos 78 anos, em 1938, o peri&oacute;dico continuou espalhando positividade pelo pa&iacute;s.
Como consequ&ecirc;ncia, o Grit acabou sendo passado para as m&atilde;os dos filhos de Dietrick, George e Howard Lamade, e posteriormente para os netos. Por&eacute;m, o aumento da competitividade por causa de outros meios de comunica&ccedil;&atilde;o mais modernos, a queda de colaboradores e a diminui&ccedil;&atilde;o da margem de lucro fizeram o modelo de neg&oacute;cio da empresa mudar.
Em 1981, a fam&iacute;lia Lamade concluiu a venda do Grit para uma corporativa norte-americana, dando fim a um neg&oacute;cio familiar de 97 anos. Em 2006, o Grit deixou de trabalhar como um jornal para se tornar uma revista bimestral, formato que continua at&eacute; hoje.&nbsp;

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Grit: o jornal norte-americano que vendia paz e positividade

Imagem de Charles Kao revolucionou o mundo ao criar a fibra óptica no megacurioso

Sem ele, muita coisa não teria sido possível

&Eacute; gra&ccedil;as &agrave; inven&ccedil;&atilde;o&nbsp;de meados de 1960 de Charles Kao (1933-2018), o premiado f&iacute;sico anglo-americano nascido na China, que hoje voc&ecirc; consegue acessar a&nbsp;internet, por exemplo.
Naquela d&eacute;cada, havia v&aacute;rias empresas e inventores no &aacute;pice da corrida para fazer acontecer o transporte de dados na velocidade da luz, ent&atilde;o Kao criou o primeiro cabo de fibra &oacute;ptica a partir de um material v&iacute;treo constru&iacute;do em uma estrutura revestida com um di&acirc;metro central, em um condu&iacute;te feito de s&iacute;lica fundida.
Ele n&atilde;o fazia ideia, mas sua pesquisa em Engenharia El&eacute;trica lhe garantiu um Pr&ecirc;mio Nobel e entrou para o ranking de uma das obras mais importantes da era moderna.
<h2 class="uk-text-justify">Um olhar para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02195106398006.jpg" alt="(Fonte: Nobel Prize/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Nobel Prize/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Considerado o "pai da fibra &oacute;ptica", Kao foi o respons&aacute;vel por estabelecer a estrutura para o que conhecemos hoje como World Wide Web, um sistema de documentos em hiperm&iacute;dia que s&atilde;o interligados e executados na internet, ou seja, documentos na forma de v&iacute;deos, textos e imagens.
O f&iacute;sico sofreu muita cr&iacute;tica nos anos 1960, quando apresentou o seu projeto que prometia ser revolucion&aacute;rio. Muitos consideraram "inconceb&iacute;vel e rid&iacute;cula" a proposta de que a luz de laser pudesse transportar informa&ccedil;&otilde;es por todo o mundo por meio de um vidro t&atilde;o claro e pequeno que poderia ser comparado com um fio de cabelo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02195210259007.jpg" alt="(Fonte: ISPBLOG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ISPBLOG/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ainda assim, Kao venceu os inventores rivais da grande Bell Labs, uma empresa de pesquisa industrial e desenvolvimento cient&iacute;fico, subsidi&aacute;ria da not&oacute;ria empresa finlandesa Nokia. Por&eacute;m, se ele tivesse deixado sua ideia de lado ou tivesse se desmotivado com a quantidade de cr&iacute;ticas que recebeu, por muitos anos ter&iacute;amos usado os tubos ocos e desajeitados propostos pela Bell Labs como cabo de fibra &oacute;ptica.
Al&eacute;m disso, esses tubos seriam muito mais caros de fabricar e instalar, diminuindo a acessibilidade ainda escassa de boa parte da sociedade, como tamb&eacute;m n&atilde;o conseguiriam transmitir dados quase na velocidade ou na dist&acirc;ncia que precisamos para alimentar um sistema de comunica&ccedil;&atilde;o global como o que temos hoje.
<h2 class="uk-text-justify">O grande revolucion&aacute;rio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/02195321150008.jpg" alt="(Fonte: Timetoast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Timetoast/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m de ser um f&iacute;sico inovador, Kao defendia uma revolu&ccedil;&atilde;o propagada por mudan&ccedil;as sociais e pol&iacute;ticas, por isso fez parte da controversa South Society of China, tamb&eacute;m conhecida como Nan She.
O homem sempre lutou para que mudan&ccedil;as sociais acontecessem em prol do desenvolvimento futuro. Mesmo ap&oacute;s ser diagnosticado com Alzheimer, ele fundou uma corpora&ccedil;&atilde;o sem fins lucrativos chamada Funda&ccedil;&atilde;o Charles K. Kao para a Doen&ccedil;a de Alzheimer, que existe at&eacute; hoje.
Apesar de todos os seus esfor&ccedil;os e contribui&ccedil;&atilde;o para uma era de modernidade, Kao foi receber seu merecido Pr&ecirc;mio Nobel de F&iacute;sica em 2009, s&oacute; 43 anos ap&oacute;s revolucionar o cen&aacute;rio mundial.

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