Imagem de Franca Viola: a italiana que recusou a se casar com seu estuprador no megacurioso

Em 1960, havia uma lei na Itália que 'obrigava' as mulheres a se casarem com seus agressores para recuperar sua honra

&ldquo;A viol&ecirc;ncia contra as mulheres &eacute; end&ecirc;mica em todos os pa&iacute;ses e culturas&rdquo;. Assim definiu o diretor-geral da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), Tedros Adhanom Ghebryesus, sobre um problema que se arrasta h&aacute; s&eacute;culos. De acordo com dados da OMS, uma em cada tr&ecirc;s mulheres, aproximadamente 736 milh&otilde;es delas, &eacute; submetida a viol&ecirc;ncia f&iacute;sica ou sexual por um parceiro &iacute;ntimo, ou a abuso sexual por um n&atilde;o parceiro, sendo que esse n&uacute;mero permaneceu praticamente inalterado na &uacute;ltima d&eacute;cada.
Estendendo a an&aacute;lise, uma em cada quatro mulheres entre 14 a 24 anos que estiveram em um relacionamento j&aacute; experimentaram algum tipo de viol&ecirc;ncia pelo seu parceiro. Ainda, 6% das mulheres em todo o mundo relatam ter sido abusadas sexualmente por algu&eacute;m que n&atilde;o seja seu marido ou parceiro. No entanto, devido &agrave;s taxas altas e subnotifica&ccedil;&atilde;o dos casos, &eacute; prov&aacute;vel que o n&uacute;mero real seja significativamente maior.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153020316253.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
S&oacute; nos Estados Unidos, em m&eacute;dia 463.634 jovens de 12 anos ou mais s&atilde;o alvo de estupro e agress&atilde;o sexual a cada ano, como informa a RAINN (Rape, Abuse and Incest National Network,&nbsp;ou "rede nacional sobre estupro, abuso e incesto" em tradu&ccedil;&atilde;o livre), a maior organiza&ccedil;&atilde;o antiviol&ecirc;ncia sexual dos EUA.
Tedros defende que &eacute; necess&aacute;rio existir esfor&ccedil;os profundos e sustentados por parte dos governos, comunidades e indiv&iacute;duos para mudar atitudes prejudiciais, melhorar o acesso a oportunidades e servi&ccedil;os para mulheres e meninas, e promover relacionamentos saud&aacute;veis e mutuamente respeitosos.&nbsp;
Durante as &uacute;ltimas tr&ecirc;s d&eacute;cadas, as mulheres se tornaram mais propensas a denunciar estupros e tentativas de estupro &agrave; pol&iacute;cia. Em 1960, Franca Viola se tornou a primeira mulher italiana a se recusar a se casar com seu estuprador.
<h2>O sequestro de Viola</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153406992257.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O princ&iacute;pio social de &ldquo;salvar a honra de uma mulher&rdquo; est&aacute; recheado de machismo estrutural na pr&oacute;pria constru&ccedil;&atilde;o da palavra &mdash; e ainda mais em sua aplica&ccedil;&atilde;o. Na It&aacute;lia da d&eacute;cada de 1960, essa ideia era muito forte devido &agrave; influ&ecirc;ncia da Democracia Crist&atilde;, um partido pol&iacute;tico de orienta&ccedil;&atilde;o democrata-crist&atilde; cujo alinhamento pol&iacute;tico-ideol&oacute;gico coincidia com os valores conservadores de centro-direita, que dominava todos os aspectos da sociedade e pol&iacute;tica no p&oacute;s-guerra italiano.
O governo crist&atilde;o tinha influ&ecirc;ncia direta da Igreja Cat&oacute;lica, que promovia ideias tradicionais n&atilde;o s&oacute; de como deveria ser uma fam&iacute;lia &ldquo;ideal&rdquo; italiana, como tamb&eacute;m na maneira como a mulher deveria se mover na estrutura social.&nbsp;
Al&eacute;m de terem seu papel resumido a serem apenas donas de casa e m&atilde;es, tamb&eacute;m tiveram o direito de ir e vir limitado por leis e pol&iacute;ticas, como a Lei Basaglia, de 1978. Para se divorciar, os c&ocirc;njuges precisavam aprovar a culpa um do outro, como adult&eacute;rio, abandono ou comportamento inadequado. As mulheres, como &eacute; de se esperar, foram as mais afetadas pela dificuldade de provar a culpa do parceiro porque eram colocadas em situa&ccedil;&otilde;es desvantajosas, uma vez que as exig&ecirc;ncias para provar a culpa muitas vezes favoreciam apenas aos homens.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Forum Outerspace&nbsp;" data-fonte-url="https://forum.outerspace.com.br/index.php?threads/hist%C3%B3ria-a-italiana-que-destruiu-s%C3%A9culos-de-uma-terr%C3%ADvel-tradi%C3%A7%C3%A3o.572448/"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153159776254.jpg" alt="Franca Viola. (Fonte: Forum Outerspace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Franca Viola. (Fonte: Forum Outerspace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nascida em 9 de janeiro de 1948, em Alcamo, na Sic&iacute;lia, em uma fam&iacute;lia de agricultores, Franca Viola cresceu sob essa e as demais restri&ccedil;&otilde;es &agrave; vida digna de uma mulher na It&aacute;lia. Por volta dos 15 anos, em 1963, ela chegou a namorar por seis meses Fillipo Melodia, na &eacute;poca com 23 anos, um aspirante a criminoso ligado &agrave; m&aacute;fia italiana, antes de p&ocirc;r um fim na rela&ccedil;&atilde;o.
S&oacute; que Melodia nunca aceitou o t&eacute;rmino mesmo ficando afastado de Viola durante o per&iacute;odo de um ano que ela passou na Alemanha. Ele esperou a volta da jovem para tentar uma reconcilia&ccedil;&atilde;o, mas foi rejeitado. Com isso, Melodia recorreu a uma alternativa violenta, tendo em mente que a lei italiana o resguardaria.&nbsp;
Em 26 de dezembro de 1965, ele esperou at&eacute; que o pai de Viola sa&iacute;sse de casa para sequestr&aacute;-la com a ajuda de 15 amigos. Por mais de uma semana, o homem a manteve prisioneira em uma fazenda remota, onde a estuprou repetidamente.
O plano de Melodia era fazer de Viola uma mulher "desonrada", pois perdera a virgindade antes do casamento, sendo obrigada por lei a se casar para "recuperar" a virtude. Mas a jovem disse que n&atilde;o tinha inten&ccedil;&atilde;o de realizar o desejo de Melodia e que, al&eacute;m disso, o processaria por viol&ecirc;ncia carnal, intimida&ccedil;&atilde;o e sequestro.
<h2>Sob os holofotes</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153513266258.jpg" alt="(Fonte: Rejected Princesses/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Rejected Princesses/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo a lei, o crime seria desculpado se o casal se casasse em um "casamento reparador", em que o homem era perdoado por sua viol&ecirc;ncia e a honra da mulher era restaurada. E isso n&atilde;o era apenas uma tradi&ccedil;&atilde;o informal, mas uma exce&ccedil;&atilde;o expl&iacute;cita no c&oacute;digo penal italiano. O artigo 544 equiparava o estupro a um crime contra a moralidade p&uacute;blica e n&atilde;o a um delito pessoal.
Assim que liberada pelo ex-namorado, Viola levou o seu caso ao tribunal e processou Melodia por todos os crimes mencionados, atraindo aten&ccedil;&atilde;o internacional. A publica&ccedil;&atilde;o The New York Times&nbsp;escreveu uma mat&eacute;ria paternalista sob a manchete: &ldquo;Nenhum admirador tira vantagem de Franca&rdquo;, enquanto multid&otilde;es especulavam ao redor de debates sobre a conduta da jovem e o julgamento.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153755053264.jpg" alt="(Fonte: Mashable/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mashable/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A narrativa p&uacute;blica afetou os pensamentos e objetivos de Viola sobre o assunto, enquanto era descrita como "gentil, magra e bonita" pelas reportagens nos jornais. N&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida que a repercuss&atilde;o do caso tenha contribu&iacute;do para a condena&ccedil;&atilde;o de Melodia, que recebeu uma senten&ccedil;a de 11 anos de pris&atilde;o.
Apesar disso, o artigo da lei segundo o qual um estuprador poderia extinguir seu crime se casando com a v&iacute;tima s&oacute; foi abolido em 1981, sendo que a viol&ecirc;ncia sexual se tornou crime contra a pessoa (e n&atilde;o contra a moralidade p&uacute;blica) apenas em 1996, ap&oacute;s o fim da Democracia Crist&atilde;. Em 1976, Melodia foi solto e banido da Sic&iacute;lia por seu relacionamento com a m&aacute;fia. Dois anos depois, ele foi encontrado morto a tiros em Modena, tamb&eacute;m na It&aacute;lia.
<h2>Seguindo em frente</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/03/03153653920263.jpg" alt="(Fonte: Il Riformista/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Il Riformista/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em dezembro de 1968, aos 21 anos, Franca Viola finalmente se casou com Giuseppe Ruisi, um interesse rom&acirc;ntico desde sua inf&acirc;ncia. Mesmo ap&oacute;s tr&ecirc;s anos do encerramento de um dos casos que movimentou a pol&iacute;tica e sociedade italiana, Ruisi precisou solicitar uma licen&ccedil;a para o porte de arma de fogo para proteger sua fam&iacute;lia das amea&ccedil;as que recebiam.
Apesar de o ent&atilde;o presidente da It&aacute;lia, Giuseppe Saragat, e o papa Paulo VI terem expressado publicamente solidariedade pela coragem de Viola e aben&ccedil;oado a uni&atilde;o do casal, ainda assim se tratava de uma sociedade forjada em um forte conservadorismo. A jovem serviu de s&iacute;mbolo apenas a uma pequena parcela que tentava combater o patriarcado e garantir mais direitos &agrave;s mulheres naquela &eacute;poca.
Viola nunca fez parte do ativismo e foi isso que a cineasta Marta Savina ressaltou no curta-metragem que fez sobre a hist&oacute;ria da mulher, atualmente com 75 anos. Ela quis mostrar como Franca Viola continuou sendo um modelo para a causa da qual fez parte, mas n&atilde;o advogou, e tamb&eacute;m como aliados masculinos a ajudaram a responsabilizar outros homens por ass&eacute;dio e viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero durante o processo.

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Franca Viola: a italiana que recusou a se casar com seu estuprador

Imagem de 5 mafiosos que governaram o submundo do crime dos EUA no megacurioso

Esses chefões da máfia estabeleceram sua fama sendo impiedosos criminosos nos Estados Unidos

<head></head><body>Durante décadas, filmes e programas de televisão adorados, como O Poderoso Chefão e Os Sopranos, forneceram ao mundo uma breve visão de como funciona a vida dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123600-fat-pete-o-mafioso-que-sobreviveu-a-12-tiros-por-ser-gordo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">máfia</a>. Mas, embora personagens como Vito Corleone e Tony Soprano sejam inspirados em chefes da máfia da vida real, as histórias reais da máfia norte-americana são muito mais sombrias do que qualquer narrativa fictícia.Por volta de 1920, a máfia americana se espalhou principalmente pela cidade de Nova York e seus arredores, e a situação só piorou depois que membros da máfia siciliana fugiam do regime fascista de Benito Mussolini na Itália. Conheça mais sobre cinco chefões que moldaram a história da máfia nos Estados Unidos!<h2>1. Joe Bonanno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27174616716004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Joe Bonanno subiu ao poder da máfia após a Guerra de Castellammarese, um conflito entre duas organizações criminosas ítalo-americanas. Porém, ao contrário de outros chefões da máfia, ele escreveu uma autobiografia reveladora sobre os bastidores do crime. Embora tenha violado o código de silêncio e sigilo dos mafiosos, Bonanno milagrosamente conseguiu viver em paz por mais 20 anos.Nascido na Sicília em 1905, ele imigrou para Nova York ainda jovem. Culto do jeito que era, Bonanno subiu na hierarquia da Família Maranzano e assumiu o poder, aos 26 anos, após as mortes de Salvatore Maranzano e Joe Masseria. Ao todo, ele liderava uma das Cinco Famílias originais de mafiosos.<h2>2. John Gotti</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27174705626005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Conhecido por ser o mentor do assassinato do mafioso Paul Castelano, John Gotti também era conhecido pelos apelidos "Dapper Don" e "Teflon Don" por sua habilidade de escapar da prisão. Gotti começou a trabalhar para a Família Gambino aos 12 anos e subiu na hierarquia por ser muito próximo de Aniello Dellacroce, que foi subchefe da família após a morte de Carlos Gambino em 1976.Contudo, Gotti nunca se deu bem com Paul Castellano, o novo chefe dos Gambino. Por isso, na década de 1980, ele encomendou a morte do líder para se tornar a nova voz dentro da Família Gambino. Em 1992, Gotti foi condenado por todos os seus crimes e passou o resto da vida na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120678-4-inacreditaveis-fugas-de-prisao-e-a-historia-por-tras-delas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisão</a>. Ele morreu em decorrência de um câncer em 2002.<h2>3. Al Capone</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27174746386007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora dirigisse sua operação em Chicago, e não em Nova York, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117725-al-capone-deposito-ilegal-de-bebida-ligado-ao-mafioso-e-encontrado-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Al Capone</a> se tornou um dos chefes da máfia mais infames de todos os tempos. Nascido de imigrantes italianos em 1899, ele entrou na máfia ainda jovem. Em 1917, Capone teve seu rosto cortado por um inimigo, passando a receber o apelido de "Scarface" ("cara de cicatriz", em tradução livre) tempos depois.&nbsp;Muitos enxergavam Capone como o Robin Hood da máfia, com uma capacidade violenta que chocava até os seus mais próximos. Em 1929, vários rivais de Capone foram brutalmente assassinados no que ficou conhecido como "Massacre do Dia de São Valentim" e ele tornou-se o "Inimigo Público Nº 1 ". Curiosamente, o mafioso não foi preso por nenhuma dessas mortes, mas por 22 acusações de evasão de imposto de renda, em 1931.&nbsp;<h2>4. Nicky Scarfo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Nicky_Scarfo#/media/File:Nicodemo_%E2%80%9ELittle_Nicky%E2%80%9C_Scarfo_(Mitte).jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27174834801008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Diferente de todos que já haviam se tornado chefes da máfia na Filadélfia, Nicky Scarfo governou a região com mais violência e terror que seus antecessores. Vindo de uma família ítalo-americana com fortes lanços com a máfia italiana, Scarfo rapidamente subiu ao poder.&nbsp;Aproveitando a legalização dos jogos de azar em Atlantic City, ele administrou um extenso e lucrativo empreendimento criminoso, mas também governou através do medo, da intimidação e da violência — sendo chamado de "cabeça quente". Porém, a teimosia de Scarfo não gerou lealdade, mas sim ressentimento. Outros mafiosos acabaram testemunhando contra ele nos tribunais e ele morreu na prisão em 2017, aos 87 anos.<h2>5. Joe Profaci</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27174924293009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Chefe da máfia que supervisionou uma das Cinco Famílias originais, Joe Profaci era o gângster comumente visto como inspiração para Don Corleone em O Poderoso Chefão. Nascido na Sicília em 1897, Profaci esteve supostamente envolvido com a máfia desde muito jovem. Na década de 1920, mudou-se para Nova York e estabeleceu sua influência em território norte-americano, tornando-se chefe da Família Profaci — posteriormente Família Colombo.Contudo, Profaci não era tão hábil como Corleone em manter a paz. Sua insistência em cobrar taxas mensais de seus companheiros de gangue causou a sangrenta guerra Profaci-Gallo em 1960, que resultou em assassinatos de ambos os lados. Profaci morreu de causas naturais em 1962, enquanto a batalha continuava. Sendo assim, ele não viu seu império ruir nos anos seguintes.</body>

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5 mafiosos que governaram o submundo do crime dos EUA

Imagem de Príncipe Andrew, Stephen Hawking e outros associados ao Caso Jeffrey Epstein em lista de nomes recém-divulgada no megacurioso

Escândalo de tráfico sexual do magnata estadunidense Jeffrey Epstein tem reviravolta com a divulgação de nova lista de associados

O magnata estadunidense Jeffrey Epstein foi preso em 2019, acusado de tr&aacute;fico sexual e abuso de menores contra dezenas de jovens por d&eacute;cadas. Esse caso chamou a aten&ccedil;&atilde;o do mundo inteiro pela crueldade e tamb&eacute;m pelas conex&otilde;es do criminoso, que era amigo de diversas figuras importantes da pol&iacute;tica e cultura.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125559-little-saint-james-a-ilha-de-jeffrey-epstein-e-seu-legado-de-abuso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Little Saint James: a ilha de Jeffrey Epstein e seu legado de abusos</a></li>
</ul>
Mais de quatro anos ap&oacute;s a morte de Epstein, o caso volta &agrave;s manchetes com a divulga&ccedil;&atilde;o de uma nova lista de associados &mdash; sendo que alguns deles podem ter liga&ccedil;&otilde;es com os crimes sexuais do magnata. Em meio aos mais de 150 nomes revelados no in&iacute;cio de 2024, h&aacute; personalidades como os ex-presidentes Donald Trump e Bill Clinton, o pr&iacute;ncipe Andrew, irm&atilde;o do rei Charles III, o cantor Michael Jackson e o aclamado f&iacute;sico Stephen Hawking. &nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125559-little-saint-james-a-ilha-de-jeffrey-epstein-e-seu-legado-de-abuso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> </a>
<h2>A pol&ecirc;mica lista de associados a Jeffrey Epstein</h2>
<span data-fonte="Stephanie Keith/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/protest-group-called-hot-mess-hold-up-signs-of-foto-jornalistica/1154615743" class="img-fc"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/stephanie-keith-getty-images-04174303207002.jpg" alt="Stephanie Keith/Getty Images" />(Fonte: Stephanie Keith/Getty Images)
A lista, revelada em janeiro de 2024, faz parte de um processo de difama&ccedil;&atilde;o que uma das v&iacute;timas de Epstein, Virginia Giuffre, moveu contra Ghislaine Maxwell &mdash; uma das s&oacute;cias do magnata, tamb&eacute;m presa por envolvimento no esquema de tr&aacute;fico sexual.&nbsp;
Desde o in&iacute;cio do processo, em 2015, a lista era mantida em segredo e os nomes s&oacute; apareciam nos documentos como John ou Jane Doe &mdash; termos em ingl&ecirc;s para "fulano", em tradu&ccedil;&atilde;o livre. Mas, em dezembro de 2023, a ju&iacute;za Loretta Preska decidiu que era hora de liberar esses nomes ao p&uacute;blico. &Eacute; importante explicar que essas pessoas podem ter outras liga&ccedil;&otilde;es com Epstein, que tamb&eacute;m era conhecido por seu trabalho no mercado financeiro.
O pr&iacute;ncipe Andrew, irm&atilde;o mais novo do rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125110-se-o-atual-rei-charles-e-o-3-quais-foram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles III</a>, &eacute; citado nos documentos 67 vezes. Ainda que o nobre e a realeza brit&acirc;nica neguem todas as acusa&ccedil;&otilde;es, uma das v&iacute;timas afirmou que Andrew a tocou de forma inapropriada em uma visita ao apartamento de Epstein, em 2001. J&aacute; o ex-presidente Bill Clinton &eacute; citado 73 vezes, muitas vezes em relatos das v&iacute;timas, e acredita-se que Virginia Giuffre estava tentando fazer Clinton testemunhar contra Epstein.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122912-4-grandes-escandalos-da-familia-real-britanica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 grandes esc&acirc;ndalos da fam&iacute;lia real brit&acirc;nica</a></li>
</ul>
Outro ex-presidente, Donald Trump, &eacute; citado quatro vezes &mdash; pois Jeffrey Epstein costumava frequentar seus cassinos. Como as v&iacute;timas n&atilde;o acusaram Trump de nenhum crime sexual, um dos filhos do ex-presidente comemorou a divulga&ccedil;&atilde;o dos documentos, acusando "a esquerda" de tentar imputar crimes a seu pai.
<h2>V&iacute;timas citaram diversos famosos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04154456135278.jpg" alt="O ex-presidente Donald Trump &eacute; citado v&aacute;rias vezes pelas v&iacute;timas de Jeffrey Epstein (Fonte: Getty Images)" />O ex-presidente Donald Trump &eacute; citado v&aacute;rias vezes pelas v&iacute;timas de Jeffrey Epstein (Fonte: Getty Images)
Johanna Sjoberg, outra v&iacute;tima que testemunhou no caso, afirmou ter conhecido o rei do pop, Michael Jackson, por Epstein &mdash; mas n&atilde;o o acusou de nenhum crime sexual. O mesmo acontece com o famoso m&aacute;gico David Copperfield: ela conta que David lhe perguntou se ela sabia que as meninas estavam sendo recrutadas para encontrar outras v&iacute;timas para Epstein.
Tamb&eacute;m perguntaram a Sjoberg e Giuffre se elas tinham conhecido outras celebridades, como o ator Kevin Spacey ou o diretor George Lucas, mas elas negaram conhec&ecirc;-los. Outros nomes citados no mesmo contexto incluem os atores Leonardo DiCaprio e Bruce Willis, as atrizes Cate Blanchett e Cameron Diaz, e o pol&iacute;tico Al Gore, e at&eacute; mesmo a apresentadora Oprah.&nbsp;
At&eacute; mesmo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121765-como-funcionava-o-dispositivo-de-fala-de-stephen-hawking.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o f&iacute;sico Stephen Hawking</a> foi ligado a Jeffrey Epstein: ele foi fotografado na ilha do magnata, ao participar de um evento cient&iacute;fico patrocinado por ele.&nbsp;
Celebridades do mundo da moda, como a estilista Vera Wang e a modelo Naomi Campbell, tamb&eacute;m foram citadas nos documentos: elas tinham neg&oacute;cios com Epstein e ele usava essa liga&ccedil;&atilde;o com elas para enganar poss&iacute;veis v&iacute;timas. O bilion&aacute;rio <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127863-bill-gates-financia-arma-biologica-para-erradicacao-da-malaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bill Gates</a> tamb&eacute;m fez neg&oacute;cios com o criminoso &mdash; e at&eacute; foi chantageado por Epstein, por conta de um caso extra-conjugal de Gates com uma jogadora de bridge.&nbsp;
Mesmo com tantas pessoas importantes sendo citadas na lista de Jeffrey Epstein, a maioria delas n&atilde;o &eacute; acusada de nenhum crime sexual &mdash; motivo da pris&atilde;o e morte do magnata. Apenas sua s&oacute;cia, Ghislaine Maxwell, est&aacute; presa por recrutar v&iacute;timas para ele.&nbsp;

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Príncipe Andrew, Stephen Hawking e outros associados ao Caso Jeffrey Epstein em lista de nomes recém-divulgada

Imagem de Rosto de Jack, o Estripador, pode ter sido revelado em artefato policial de 130 anos no megacurioso

Bengala de 130 anos contém rosto esculpido que pode ser a representação do famigerado assassino

No outono de 1888, o East End de Londres foi aterrorizado por um pesadelo que ficou conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/120985-6-pessoas-suspeitas-de-terem-sido-jack-o-estripador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jack, o Estripador</a>. Cinco prostitutas foram brutalmente assassinadas: Mary Ann "Polly" Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly. Seus corpos foram encontrados com a garganta cortada, &oacute;rg&atilde;os internos removidos e mutila&ccedil;&otilde;es que sugeriam uma habilidade em manusear l&acirc;minas e bisturis.
O mist&eacute;rio envolvendo a identidade de Jack persiste h&aacute; mais de um s&eacute;culo, com in&uacute;meras teorias e suspeitos lan&ccedil;ados com o passar dos anos. Recentemente, no entanto, arquivistas desenterraram uma rel&iacute;quia intrigante: uma bengala que, acredita-se, representa um suspeito do infame caso.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/120985-6-pessoas-suspeitas-de-terem-sido-jack-o-estripador.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 pessoas suspeitas de terem sido Jack, o Estripador</a></li>
</ul>
<h2 style="text-align: justify;">Artefato perdido</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/01/01221956334002.jpg" alt="Rosto esculpido em bengala do s&eacute;culo XIX pode ser a representa&ccedil;&atilde;o de Jack, o Estripador. (Fonte: College of Policing/ Divulga&ccedil;&atilde;o)" />Rosto esculpido em bengala do s&eacute;culo XIX pode ser a representa&ccedil;&atilde;o de Jack, o Estripador. (Fonte: College of Policing/ Divulga&ccedil;&atilde;o)
A bengala foi um presente dado ao inspetor-chefe Yard Frederick Abberline, que liderou a investiga&ccedil;&atilde;o na &eacute;poca, e ficou perdida por anos at&eacute; ser redescoberta por membros da equipe do College of Policing.
Abberline teria recebido a bengala em 1888 e dedicou anos de sua vida &agrave; busca, sem sucesso, por Jack. &nbsp;A bengala, originalmente exibida no Bramshill Police Staff College at&eacute; o seu fechamento em 2015, acabou sendo armazenada com outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128425-museu-dos-eua-vai-devolver-artefatos-antigos-saqueados-por-traficante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artefatos da cole&ccedil;&atilde;o</a> policial. Seu paradeiro tornou-se um mist&eacute;rio at&eacute; ser encontrada durante uma pesquisa nos arquivos do College of Policing em Ryton, na Inglaterra.
O que torna essa bengala t&atilde;o especial &eacute; o rosto esculpido presente em seu cabo, que muitos acreditam ser de Jack, o Estripador. A composi&ccedil;&atilde;o facial &eacute; baseada em uma antiga representa&ccedil;&atilde;o perdida do assassino, sugerindo uma conex&atilde;o direta com as investiga&ccedil;&otilde;es da &eacute;poca. Caso seja de verdade, os policiais ingleses poderiam estar mais perto de descobrir finalmente a verdadeira identidade do famoso criminoso.
<h2 style="text-align: justify;">Evolu&ccedil;&atilde;o de t&eacute;cnicas policiais</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/01/01222511194006.jpg" alt="Assassino cruel de mulheres, Jack aterrorizou Londres no fim do s&eacute;culo XIX. (Fonte: GettyImages/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Assassino cruel de mulheres, Jack aterrorizou Londres no fim do s&eacute;culo XIX. (Fonte: GettyImages/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A bengala agora est&aacute; novamente em exibi&ccedil;&atilde;o, juntamente com recortes originais de jornais que relatam os crimes de Jack, o Estripador. Esse achado oferece aos policiais modernos uma vis&atilde;o importante e privilegiada de como as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117956-alphonse-bertillon-o-detetive-que-revolucionou-as-investigacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">investiga&ccedil;&otilde;es e t&eacute;cnicas policiais</a> eram no passado e como evolu&iacute;ram desde o s&eacute;culo XIX.
O criador de conte&uacute;do do College of Policing, Antony Cash, explica que o caso de Jack foi muito importante para o desenvolvimento de diversas t&eacute;cnicas forenses que s&atilde;o usadas at&eacute; hoje, como a cria&ccedil;&atilde;o de perfis do criminoso e a preserva&ccedil;&atilde;o da cena do crime. Por isso, apresentar a hist&oacute;ria por tr&aacute;s desse caso tem grande relev&acirc;ncia para o mundo contempor&acirc;neo.&nbsp;
Apesar de todas as an&aacute;lises e teorias feitas ao longo dos anos, o caso de Jack, o Estripador, permanece sem solu&ccedil;&atilde;o. A bengala, com sua cabe&ccedil;a esculpida, &eacute; um testemunho visual de um mist&eacute;rio que continua a fascinar e assombrar a imagina&ccedil;&atilde;o de todo mundo.

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Rosto de Jack, o Estripador, pode ter sido revelado em artefato policial de 130 anos

Imagem de Museu dos EUA vai devolver artefatos antigos saqueados por traficante  no megacurioso

Obras expostas no museu oriundas do comércio ilegal de arte irão retornar para seus países de origem.

<head></head><body>O Metropolitan Museum of Art (conhecido como Met) revelou recentemente uma decisão histórica que marcará um novo capítulo em sua relação com o Camboja e a Tailândia. O famoso museu se comprometeu a repatriar 16 artefatos vinculados ao controverso Douglas Latchford, um negociante de arte indiciado em 2019 por revender de forma ilegal diversas antiguidades. &nbsp;Essas esculturas, originárias do período <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123508-ta-prohm-6-fatos-sobre-o-magnifico-templo-cambojano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">angkoriano</a> (séculos IX a XIV), incluem peças hindus e budistas. A devolução inclui 14 artefatos para o Camboja e dois para a Tailândia.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Justiça histórica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/25/25205655296032.jpg" alt="Cabeça de Buda está entre uma das obras que serão devolvidas. (Fonte: Met Museum / Divulgação)">Cabeça de Buda está entre uma das obras que serão devolvidas. (Fonte: Met Museum / Divulgação)O Met, em cooperação com a Procuradoria dos EUA no Distrito Sul de Nova York, está dando um passo significativo para corrigir um capítulo obscuro em sua história, marcado pelo envolvimento com o tráfico de antiguidades saqueadas, em especial os artefatos contrabandeados pelo conhecido colecionador e revendedor de arte Douglas AJ Latchford, que foi acusado de ser traficante de obras oriundas de países asiáticos como o Camboja e a Tailândia.&nbsp;O diretor do museu, Max Hollein, declarou que a entidade tem trabalhado diligentemente com as autoridades cambojanas e americanas para resolver questões relacionadas a essas obras.&nbsp;Após a morte de Latchford em 2020, o Met continuou a investigar sua coleção Khmer (relativa ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112597-pesquisadores-encontram-capital-perdida-do-imperio-khmer-no-camboja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Khmer</a>), resultando no anúncio da repatriação na semana passada. Hollein ressaltou o compromisso do museu em promover parcerias e colaborações para a compreensão e apreciação global da arte Quemer.Apesar de ficarem felizes pela decisão, críticos argumentam que o Met deveria ter tomado essa atitude mais cedo. Bradley Gordon, advogado do governo do Camboja, observou que as investigações do governo dos EUA, juntamente com as negociações feitas pelo governo do país asiático e a pressão da mídia, foram cruciais para esse desfecho. No entanto, o museu manterá em exibição dez dessas esculturas, acompanhadas de explicações sobre os planos de repatriamento.<h2 style="text-align: justify;">Devolvendo obras roubadas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/25/25210146298033.jpg" alt="A estátua em metal de Avalokiteshvara, a personificação budista da compaixão infinita, também será devolvida. (Fonte: Met Museum/ Divulgação)">A estátua em metal de Avalokiteshvara, a personificação budista da compaixão infinita, também será devolvida. (Fonte: Met Museum/ Divulgação)A história por trás desses artefatos remonta aos anos 1970, quando o Camboja enfrentava conflitos e saques arqueológicos devido ao regime do Khmer Vermelho. Douglas Latchford desempenhou um papel fundamental na aquisição dessas peças pelo Met. Essa não é a primeira vez que o museu repatria obras relacionadas a Latchford.O anúncio atual de devolução não é isolado, já que outras instituições também estão tomando medidas semelhantes em relação a artefatos ligados ao traficante. No entanto, para o Camboja, este é apenas o primeiro passo, e eles esperam que mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/36927-arqueologos-encontram-cidade-perdida-de-1-200-anos-no-camboja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouros nacionais</a> voltem ao lugar a qual pertencem.O Ministério da Cultura e Belas Artes do Camboja expressou gratidão pelo movimento positivo feito pelo Met. Phoeurng Sackona, ministro da Cultura e Belas Artes do país, destaca que o retorno dessas obras é um ato de cura para a nação, mas lembrou que há ainda mais tesouros no Met que aguardam repatriação.&nbsp;</body>

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Museu dos EUA vai devolver artefatos antigos saqueados por traficante 

Imagem de 5 segredos governamentais de lugares do mundo revelados a partir de arquivos confidenciais no megacurioso

Alguns parecem teorias da conspiração, outros servem apenas para esconder os 'podres' de um governo, mas no fim eles acabam se tornando públicos e revelando as verdades sobre alguns países

<head></head><body>Todos os países possuem segredos de Estado que, eventualmente, se tornam públicos. Na maioria dos casos, eles não possuem muita relevância para a maioria das pessoas e servem apenas para a proteção de governantes ou para manter a estabilidade política e econômica.&nbsp;Porém, em outros casos, documentos que comprovam a participação de um país em massacres ou que revelam detalhes sobre a vigilância de civis se tornam públicos, revelando o lado "feio" dos governos. Abaixo, você pode conferir cinco segredos de governo liberados de arquivos confidenciais.<h2>1. Projeto Stargate</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18101824611110.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114706-o-controverso-projeto-stargate-para-leitura-de-mentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Stargate</a> pode parecer ter saído de uma lista de teorias da conspiração, mas ele vem direto de uma série de documentos tornados públicos pela CIA em 2017. Ele foi uma tentativa do governo dos Estados Unidos de criar agentes com percepção extrassensorial durante a Guerra Fria. Em outras palavras, eles acreditavam que seria possível desenvolver habilidades como clarividência, telepatia e psicocinese para usar contra os soviéticos.O projeto teve início em 1972 e foi liderado pelos parapsicólogos Hal Puthoff e Russell Targ como um programa secreto da CIA. Em 1979, o exército dos EUA assumiu o comando, recrutando homens e mulheres que afirmavam ter poderes extrassensoriais. Em 1995, alguns documentos vazados do programa fizeram com que a opinião pública condenasse seus elevados custos e resultados pouco significativos. No mesmo ano, o então presidente Bill Clinton encerrou o projeto de maneira definitiva.<h2>2. Dalai Lama e guerrilheiros tibetanos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18102906970128.jpg" alt="Dalai Lama. (Fonte: GettyImages)">Dalai Lama. (Fonte: GettyImages)O governo dos Estados Unidos é particularmente conhecido por oferecer treinamento para grupos rebeldes e paramilitares ao redor do mundo. O caso mais conhecido aconteceu na década de 1970, quando a CIA participou do treinamento de sauditas — entre eles, Osama bin Laden — que participavam da Guerra do Afeganistão. Mas antes disso, houve um caso que só se tornou público em 1998 e aconteceu no Tibete.Entre os anos de 1957 e 1969, a CIA conduziu uma operação secreta para armar e financiar a resistência tibetana contra o domínio chinês. Enquanto guerrilheiros tibetanos receberam treinamento militar, o líder religioso do país, Dalai Lama, recebeu um subsídio de 180 mil dólares. Em 1970, quando o governo Nixon apoiou o reconhecimento diplomático da China, o apoio (financeiro e militar) teve fim.<h2>3. John Lennon x EUA</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18101053796095.jpg" alt="John Lennon. (Fonte: GettyImages)">John Lennon. (Fonte: GettyImages)Antes mesmo de sair dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120522-os-beatles-quase-participaram-da-trilogia-de-o-senhor-dos-aneis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beatles</a>, John Lennon se tornou um ativista político bastante expressivo. Não apenas pelas suas letras, mas por seu envolvimento com líderes da Nova Esquerda, grupos antiguerra e sua simpatia pelos comunistas trotskistas na Grã-Bretanha. Isso fez com que o FBI o colocasse sob intensa vigilância quando ele se mudou com Yoko Ono para Nova York, em 1971.Os documentos que revelaram o “interesse” do FBI por Lennon foram liberados em 2006 e não possuíam provas do envolvimento do músico em atividades subversivas. Eles apenas falavam sobre a associação do ex-Beatle com os ativistas Tariq Ali e Robin Blackburn. Além disso, eles também continham um relatório de vigilância sobre as atividades de Lennon durante um comício antiguerra em Michigan em 1971 e em outras manifestações políticas, mas que já eram públicas.<h2>4. Massacre na Indonésia</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18102510731124.png" alt="Suharto em seu escritório como chefe da Reserva Estratégica. (Fonte: Wikimedia Commons)">Suharto em seu escritório como chefe da Reserva Estratégica. (Fonte: Wikimedia Commons)A tentativa de combater comunistas levou diversos países a terem repressões bastante violentas. E um dos casos mais sombrios aconteceu na Indonésia entre 1965 e 1966. O então presidente Sukarno deu início a um processo autoritário de controle e de perseguição dos membros do Partido Comunista da Indonésia, que ganhavam cada vez mais força e chegaram a tentar tomar o controle do país. Para eliminar qualquer tipo de ameaça, Suharto, o major-general do exército, liderou uma violenta caça anticomunista no país.Os números são incertos, mas estima-se que entre 500 mil e 1 milhão de pessoas foram mortas e cerca de mais um milhão foram presas em campos de concentração. Os detalhes do massacre só se tornaram conhecidos quando arquivos que pertenciam à embaixada dos EUA em Jacarta se tornaram públicos em 2017. Além de detalhar a campanha de extermínio do exército indonésio, os documentos também confirmavam que os EUA forneceram listas de funcionários comunistas, equipamento de rádio e dinheiro para Suharto.<h2>5. As cinzas de Hideki Tojo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18101359077104.jpg" alt="Tojo em 1948 durante seu julgamento. (Fonte: GettyImages)">Tojo em 1948 durante seu julgamento. (Fonte: GettyImages)A 2ª Guerra Mundial tornou amplamente conhecidos os crimes cometidos pelos nazistas. Porém, os alemães não foram os únicos responsáveis por crimes de guerra durante o conflito. O Japão também foi responsável por ordenar, autorizar e permitir o tratamento desumano de civis e prisioneiros. E um dos principais responsáveis por autorizar esses atos foi Hideki Tojo, primeiro-ministro japonês durante a Segunda Guerra Mundial.Tojo foi julgado no Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente — o equivalente asiático aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120049-tribunal-de-nuremberg-condenacao-de-nazistas-completa-75-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Julgamentos de Nuremberg</a> — e sua execução aconteceu em dezembro de 1948. Porém, o destino de seus restos mortais permaneceram em absoluto segredo até 2021. O objetivo era impedir que nacionalistas japoneses tratassem seu túmulo como um local de adoração. Quando os documentos sobre o caso se tornaram públicos, foi revelado que as cinzas cremadas de Tojo, junto com as de outras seis pessoas executadas com ele, foram espalhadas de um avião do Exército dos EUA sobre o Oceano Pacífico.</body>

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5 segredos governamentais de lugares do mundo revelados a partir de arquivos confidenciais

Imagem de Qual a diferença entre jogos de azar e apostas? no megacurioso

Com a recente regulamentação das apostas, os jogos de azar continuam criminalizados por dependerem exclusivamente da sorte

<head></head><body>Uma reportagem exibida domingo (17) no programa “Fantástico” <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/275066-jogo-aviaozinho-blaze-suspeita-golpes-100-mil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobre personalidades promovendo o “Jogo do Aviãozinho”</a> trouxe à tona o nome da plataforma de apostas Blaze, acusada por usuários de não pagar o prometido. A matéria da TV Globo também reabriu um debate: por que as apostas online são permitidas no Brasil e os jogos de azar, proibidos? Qual é a diferença entre as duas modalidades?Para o especialista em direito penal e digital Marcelo Crespo, essa diferenciação entre apostas e jogos de azar existe apenas para privilegiar as apostas esportivas que supostamente não deixariam o apostador à mercê apenas da sua sorte, afirmou o professor de direito da ESPM em entrevista ao UOL.&nbsp;Como, a rigor, a Constituição não proíbe o jogo de azar,&nbsp;diz o advogado, a ideia é dividir o assunto dos jogos em duas abordagens diferentes. "É um jeito organizado e político de focar num ponto [das apostas esportivas] e deixar o resto [jogos de azar] para outra discussão", conclui Crespo<h2>Apostas são legais no Brasil</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18143335461291.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O Projeto de Lei n° 3626, de 2023, apresentado pela Presidência da República, aprovado pelo Senado Federal, e remetido hoje (18) à Câmara dos Deputados, regulamenta a exploração das apostas de quota fixa, conhecidas como bets. O PL, que veio com uma Medida Provisória anexa, traz regras para evitar manipulação de jogos e destina parte da arrecadação para áreas sociais.Essas apostas de quota fixa já haviam sido criadas em 2018, pela Lei 13.756, mas ainda dependiam dessa regulamentação específica. Ou seja, embora oficialmente permitidas no Brasil, as apostas não eram nem regulamentadas e nem taxadas.&nbsp;Além de estabelecer que somente empresas habilitadas poderão receber apostas, a nova regulamentação obriga que elas destinem 18% do chamado Gross Gaming Revenue (GGR) — a receita líquida obtida com todos os jogos feitos — para fundos governamentais e clubes esportivos.<h2 dir="ltr">Jogos de azar são contravenções penais</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/V83VaAZCizo" title="Jogo do Tigrinho: como funciona a farsa dos jogos de azar?" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A lei brasileira considera jogos de azar aqueles em que o ganho ou a perda dependem da sorte. Isso significa que o resultado depende geralmente de algum dispositivo aleatório, como dados, piões, cartas de baralho, roletas, bolas numeradas ou dos geradores de números aleatórios, como é o caso dos jogos digitais.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119526-brasil-ja-foi-um-dos-centros-dos-jogos-de-azar-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os jogos de azar são criminalizados no Brasil desde o início do século XX</a>, quando o Decreto-Lei n.º 3.688, conhecido como Lei das Contravenções Penais, foi promulgado pelo presidente Getúlio Vargas no dia 3 de outubro de 1941. &nbsp;<h2>Por que apostas são legais no Brasil e jogos de azar, ilegais?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18143102444290.jpg" alt="(Fonte: Receita Federal)">(Fonte: Receita Federal)A grande questão sobre a legalidade ou ilegalidade dos jogos de azar e apostas no Brasil <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123079-mega-sena-qual-a-porcentagem-de-imposto-descontada-do-premio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é a possibilidade de taxação.</a> Para o advogado criminalista Flávio Fabiano, o objetivo quase que exclusivo do Governo Federal é que, ao receber seus prêmios, o apostador informe seu CPF e receba o valor por meio eletrônico. "Ali é possível ver a quantidade de dinheiro que está entrando", afirmou o especialista à Folha Vitória.Além disso, o Ministério da Fazenda pode requisitar, a qualquer instante, das operadoras: informações técnicas, operacionais, econômico-financeiras e contábeis, além de documentos e relatórios das atividades realizadas.Por outro lado, os jogos de azar, como, bingo, cassino e o próprio "jogo do bicho" não têm qualquer tipo de regulamentação. Assim sendo, não é possível rastrear, nem a origem do dinheiro usado nas apostas e muito menos taxar os premiados. "Esse cenário é propício para o cometimento de crimes, como lavagem de dinheiro", conclui Fabiano.</body>

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Qual a diferença entre jogos de azar e apostas?

Imagem de Pai de Fernando Collor assassinou político no Senado em 1963 no megacurioso

Há 60 anos, Arnon de Melo puxou um revólver calibre 38 e efetuou disparos contra Silvestre Péricles de Góes Monteiro

<head></head><body>Em 2017, durante a discussão do parecer da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, houve uma briga coletiva entre os parlamentares, que escalou rapidamente de ataques verbais para a agressão física.&nbsp;O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) tentou desferir um golpe contra o colega Randolfe Rodrigues (Rede-AP) após este apresentar requerimento pedindo a suspensão da sessão de votação do texto. A agressão foi impedida pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e por Otto Alencar (PSD-BA), sendo que Ataídes tentou também agredir Paim por isso.Além de discursos criminosos que infringem a Constituição, ataques pessoais e conotações de baixo-calão, não é de hoje que o Senado brasileiro se tornou uma espécie de octógono de luta livre. Na verdade, o cenário de dissidência política e de ideias já foi ainda maior e perigoso.Exemplo disso é que, em 4 de dezembro de 1963, há pouco mais de 60 anos, o&nbsp;pai de Fernando Collor assassinou um político no Senado.<h2>O histórico familiar</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;OAM&nbsp;" data-fonte-url="https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/dc/2023/05/26/arnon-de-mello-pai-de-collor-fundou-afiliada-da-globo-citada-em-esquema-e-matou-senador-1685123744227_v2_1x1.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13160349337293.jpg" alt="Arnon de Mello. (Fonte: OAM/Reprodução)">Arnon de Mello. (Fonte: OAM/Reprodução)Escândalos precedem o nome da família Melo, e isso não está apenas relacionado à gestão criminosa e controversa de <a href="http://Silvestre%20P%C3%A9ricles%20de%20G%C3%B3es%20Monteiro" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fernando Collor de Mello</a>, ex-presidente do Brasil, que levou seu nome para a boca do povo e dos anais da história da política brasileira em 1990. Seu pai, Arnon de Melo, nasceu em 19 de setembro de 1911, em Rio Largo, Alagoas, em uma família que exercia uma considerável influência política e social no estado.Os Mello ocuparam cargos políticos ao longo do tempo que contribuíram para a reputação e o reconhecimento deles na esfera política local. A participação econômica da família ajudou a consolidar seu poder na região, mas nada seria possível se não fosse pelas muitas redes de relacionamento que eles tinham. Elas foram essenciais para que consolidassem o apoio político, formassem alianças e garantissem uma base na profissão.O panorama dos Melo foi recheado de disputas políticas internas, como estratégias, alianças partidárias e a distribuição de poder na esfera política local ou nacional. Questões de sucessão, sobre quem deveria assumir papéis ou a liderança em organizações familiares, foram catapultadas por conflitos pessoais.<h2>A fúria de um homem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13160609116295.jpg" alt="Silvestre Péricles de Góes Monteiro. (Fonte: História de Alagoas/Reprodução)">Silvestre Péricles de Góes Monteiro. (Fonte: História de Alagoas/Reprodução)Arnon de Melo começou sua carreira política como deputado estadual em Alagoas, chegando a ocupar cargos importantes, como governador do estado e senador em Brasília. O ápice de sua carreira foi quando se tornou presidente do Brasil, em 1955, o primeiro nascido no estado de Alagoas. Apesar de um mandato breve devido a uma série de eventos políticos, ele conseguiu fazer uma passagem suficientemente sólida para deixar sua marca.No entanto, nenhum desses marcos se equipara ao 4 de dezembro de 1963, quando Arnon decidiu responder com vários tiros à ameaça de morte que havia sofrido do senador Silvestre Péricles de Góes Monteiro.Há tempos que os senadores discutiam para tentar medir quem era o mais influente em Alagoas, estado de origem de ambos. O clima entre os políticos era tão agressivo e hostil que Auro de Moura Andrada, presidente da Casa, chegou a se preocupar com o andamento daquela rixa.A situação piorou quando Silvestre disse que Moura Andrada precisava "impedir o ingresso de pessoas suspeitas" (se referindo à Arnon) à Casa.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13160748990297.jpg" alt="(Fonte: Acervo Globo/Reprodução)">(Fonte: Acervo Globo/Reprodução)Como resposta, Arnon sacou um revólver Smith Wesson de calibre 38 e efetuou vários disparos em direção ao seu companheiro cúpula. Nenhum dos tiros atingiu Silvestre, que se jogou ao chão, apesar de também estar armado. Ele se rastejou entre as poltronas do Senado e foi amparado e desarmado pelo colega paraibano João Agripino.Contudo, o estrago já estava feito. Dois tiros disparados por Arnon acertaram o abdômen de José Kairala (PSD-AC), que havia tentado conter os políticos armados. Naquele dia, Kairala substituía José Guiomard, do mesmo partido, para quem devolveria o cargo no dia seguinte.Para piorar, Kairala foi baleado e morto na frente do filho pequeno, da esposa e da mãe, que haviam ido prestigiá-lo no último dia de trabalho. O político foi socorrido e levado ao Hospital Distrital de Brasília, mas já era tarde demais.<h2>Um crime esquecido</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Histórias de Alagoas&nbsp;" data-fonte-url="https://i0.wp.com/www.historiadealagoas.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Senador-Jose-Kairala.png?resize=813%2C619&amp;ssl=1"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13160851423302.jpg" alt="José Kairala. (Fonte: Histórias de Alagoas/Reprodução)">José Kairala. (Fonte: Histórias de Alagoas/Reprodução)Por 44 votos a 4, os parlamentares aprovaram a prisão de Arnon e Silvestre, após uma enorme pressão popular. Essa medida foi necessária porque, apesar de os políticos terem sido presos em flagrante, os demais senadores precisavam dar o aval para que fossem encarcerados definitivamente.Mas, como era de se esperar, isso foi por pouco tempo. Antes do meio do ano de 1964, Arnon já havia sido declarado inocente pelo Tribunal do Júri de Brasília.&nbsp;Sua trajetória e influência política, aparentemente, apagaram o crime. Após deixar a prisão, Arnon foi nomeado novamente em 1970 para o mesmo cargo que ocupara antes, e assim foi até o seu último dia de vida, em 29 de setembro de 1983. Até lá, nem a mídia e nem as pessoas mencionaram que o político tirou a vida de um inocente em um ato de pura vaidade.</body>

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Pai de Fernando Collor assassinou político no Senado em 1963

Imagem de Braskem: quem é a empresa que está afundando Maceió? no megacurioso

A extração de sal-gema ocorre em Maceió desde a década de 1970, mas, após um tremor de terra em 2018, a Braskem fechou suas 35 minas

<head></head><body>Presente nos trending topics pela sua responsabilidade em um dos maiores desastres ambientais urbanos na história do Brasil, a Braskem é uma empresa global de química e petroquímica, com sede em São Paulo e unidades industriais no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e México. Ela é líder na produção de resinas termoplásticas (PE+PP+PVC) nas Américas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112606-tecnologia-brasileira-vai-reciclar-plastico-da-estacao-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e a sexta maior petroquímica do mundo</a>.&nbsp;Quanto à situação financeira, após fechar 2022 com receita de R$ 95,6 bilhões e um prejuízo de R$ 338 milhões, a multinacional brasileira reportou, no terceiro trimestre de 2023, um prejuízo de R$ 2,418 bilhões, perda 119,2% maior quando comparada ao resultado negativo no mesmo período do ano passado. Conforme a B3, a petroquímica possui 49 mil investidores PF, 3,6 mil PJ e 373 investidores institucionais.Seus principais acionistas hoje são a Petrobrás e a Novonor (ex-Odebrecht), que, segundo a Folha de S. Paulo, busca há anos vender parte de suas ações. De acordo com a publicação paulistana, os controladores estão avaliando uma proposta no valor de R$ 10 bilhões vinda da ADNOC (Abu Dhabi National Oil Company), dos Emirados Árabes Unidos.<h2>A história da Braskem</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;APA Alagoas&nbsp;" data-fonte-url="https://i0.wp.com/www.historiadealagoas.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Planta-industrial-da-Salgema-nos-anos-80-1-e1596456157401.jpg?resize=820%2C410&amp;ssl=1"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06153956372639.jpg" alt="(Fonte: APA Alagoas)">(Fonte: APA Alagoas)A trajetória da Braskem em Maceió <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/274460-minas-sal-gema-impactos-o-meio-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segue a exploração de 35 minas de sal-gema</a>, mineral composto principalmente por cloreto de sódio (NaCl) encontrado em depósitos subterrâneos. A mina 18, que ameaça agora colapsar, é uma das estruturas usadas desde 1976, quando a empresa ainda se chamava Salgema Indústrias Químicas S/A.&nbsp;O sistema que a empresa usava para extrair a matéria-prima da soda cáustica e do policloreto de vinila (PVC) era o seguinte: a Salgema cavava um poço e injetava água para obter sal através da salmoura. Depois, a solução era retirada na superfície, e a empresa então preenchia o poço, para dar estabilidade ao solo.Porém, após 40 anos de exploração, algumas dessas minas tiveram vazamento de líquido, o que causou grande instabilidade no solo de Maceió, resultando em inúmeros buracos. Após um tremor de terra sentido na cidade em março de 2018, a Braskem encerrou a extração de sal-gema na região em maio de 2019 e passou a preencher todos os poços novamente.<h2>O desastre ambiental</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/nGbzeRSazrI" title="VEJA O ANTES E DEPOIS DO BAIRRO PINHEIRO EM MACEIÓ, QUE ESTÁ SOB RISCO DE AFUNDAMENTO" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Mesmo antes do tremor de terra em 2018, começaram a surgir, no tradicional bairro do Pinheiro em Maceió, rachaduras nos imóveis, fendas nas ruas, afundamentos de solo e crateras que começaram a aparecer do nada. Logo circularam boatos de que teria havido uma acomodação do solo e que a antiga estrutura de contenção das minas poderia ser o motivo dos danos provocados na superfície.A área dos danos foi gradativamente aumentando, abrangendo ainda naquele ano imóveis e ruas do bairro do Mutange, abaixo do Pinheiro, e do vizinho Bebedouro. No ano seguinte, moradores do Bom Parto também relataram danos em seus imóveis. Para esclarecer a natureza do fenômeno, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) estudou o solo dos locais atingidos e em pouco tempo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descartou uma causa geológica natural</a>.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120475-maceio-entenda-por-que-o-solo-da-cidade-esta-afundando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entendo porque o solo de Maceió está afundando</a></li></ul>De acordo com o Ministério Público Federal em Alagoas, os cientistas participantes do estudo afirmaram "que o tremor de terra ocorrido em março de 2018 se deu em razão do desmoronamento de uma dessas minas". Agora, em 2023, novamente a ameaça do desabamento de outra mina (a 18) mantém 14 mil moradores fora de suas casas. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) multou a Braskem em R$ 72 milhões.&nbsp;</body>

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Braskem: quem é a empresa que está afundando Maceió?

Imagem de Crimes cometidos em outros planetas: como vamos lidar com isso? no megacurioso

Sem leis existentes para se aplicar em território marciano, como devem ser os próximos passos da humanidade no espaço?

<head></head><body>A cada ano que passa, a humanidade se prepara mais para explorar o espaço — inclusive com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127032-5-missoes-espaciais-inovadoras-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missões planejadas</a> para Lua e para Marte em um futuro próximo. Assim, que os humanos progredirem por esses novos terrenos, alguns desafios serão inevitáveis, como a atual ausência de leis em território extraterrestre.Por exemplo, imagine o seguinte cenário: por conta de um erro de planejamento com alguma espaçonave, um grupo de pessoas se vê preso fora da Terra e sua única fonte de alimento até a chegada de ajuda é a prática de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>. Então, comer carne humana poderia ser considerado um crime? Ou então, a execução de um assassinato fora do nosso mundo pode ser julgado por um tribunal? Entenda como esses dilemas éticos poderão ser confrontados.&nbsp;<h2>Falta de precedentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29155356620316.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um grande questionamento que podemos ter é o que acontece quando alguém morre no espaço? Essa é uma resposta que nós não temos, uma vez que não existem precedentes para esse tipo de coisa. Afinal, a morte de viajantes espaciais sempre foi algo rápido e se resumiu a tripulações inteiras, que foram "sepultadas" no universo para o resto da eternidade.O mesmo vale para a refeição especial proibida: a carne humana. A literatura astronáutica sobre como o consumo da carne de outros tripulantes é bastante limitada, se não inexistente. Então, num cenário hipotético onde uma pessoa precisaria morrer para que o restante conseguisse o resgate em uma missão espacial, o que realmente deveria ser feito? Na maioria das vezes, não precisamos de canibalismo espacial ou de um incidente internacional para termos uma resposta.Em diversas ocasiões onde um grupo foi confrontado com uma situação onde seria necessário escolher pela vida de alguém para sobreviver — seja em submarinos naufragados, minas de carvão desabadas e barcos à deriva — as pessoas optam geralmente por encarar o fim juntos e morrer ao mesmo tempo. Porém, caso o cenário extremo acontecesse, existem alguns cenários jurídicos para tal.<h2>Meios jurídicos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29155420688320.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, assim como todos os outros "corpos celestes", é legalmente considerado uma "província de toda a humanidade" no Tratado do Espaço Exterior. O acordo proíbe a apropriação nacional de planetas e outros objetos espaciais. Por consequência, bases, estações, assentamentos e colônias marcianas serão consideradas como operando sob a jurisdição da sua nacionalidade de origem.Colônias, no entanto, têm um histórico de independência no passado humano. Portanto, também temos que considerar que pessoas que passarem a morar em Marte podem acabar decidindo declarar independência e, então, desconsiderar a lei internacional terrestre. Nesse sentido, existem dois cenários prováveis para o que pode acontecer.No acontecimento de um crime espacial, o culpado será julgado pelo sistema judicial de sua nacionalidade terrestre, sendo alvo de punição para o que a lei do seu país determina. Em caso de independência, esse indivíduo terá que ser responsabilizado pelo sistema de regras estabelecido dentro de sua colônia, caso o contrário o espaço se tornaria uma verdadeira terra sem leis. Sendo assim, esses são dilemas que se tornarão cada vez mais reais nos próximos anos.&nbsp;</body>

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