Imagem de Dinossauro 'esquecido' tinha superolfato para encontrar comida no megacurioso

O réptil, que viveu há 66 milhões de anos, também apresentava grande capacidade de equilíbrio

<head></head><body>Quando os fósseis de um dinossauro da espécie Thescelosaurus negligente foram analisados pela primeira vez, os paleontólogos não encontraram nada de interessante. Mas um novo estudo, baseado na reconstrução digital do seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127299-cerebro-x-sociedade-estudo-aponta-sistemas-cerebrais-responsaveis-pelo-foco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>, sugere que&nbsp;o réptil possuía sentidos superdesenvolvidos, lhe dando capacidades extraordinárias.Batizado de Willo, o animal que viveu há 66 milhões de anos, na América do Norte, tinha um superolfato e equilíbrio excepcional, de acordo com o estudo publicado na revista Scientific Reports, no dia 6 de novembro. Para detectar estas capacidades, os autores realizaram uma tomografia computadorizada dos restos mortais, encontrados em 1993.A tecnologia permitiu que a equipe, formada por cientistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e da Universidade de Bristol, no Reino Unido, reconstruísse tecidos moles do crânio do dinossauro. Perdidas durante a fossilização, partes como o cérebro e o ouvido interno ganharam uma versão digital.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10142419501228.jpg" alt="(Fonte: Scientific Reports/Reprodução)">(Fonte: Scientific Reports/Reprodução)Essas estruturas pertencentes a Willo foram comparadas com as de outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126976-dinossauro-descoberto-por-fazendeiros-na-australia-e-o-maior-ja-achado-no-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> e seus parentes vivos. Os resultados mostraram que ele não tinha uma boa audição, já que ouvia apenas 15% das frequências escutadas pelos humanos e não era capaz de ouvir sons agudos, porém a deficiência era compensada de outras formas.<h2>Olfato e equilíbrio superdesenvolvidos</h2>Nesta nova investigação, os pesquisadores descobriram que os bulbos olfativos do Thescelosaurus negligente, áreas do cérebro responsáveis pelo processamento do cheiro, eram maiores do que os de qualquer outro dinossauro conhecido até o momento. As estruturas são semelhantes às dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127296-cacadores-capturam-o-maior-jacare-ja-registrado-no-mississippi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jacarés</a>, que sentem o cheiro de uma gota de sangue a quilômetros de distância.É possível que o réptil, cujo nome científico significa algo como “lagarto maravilhoso e esquecido”, em tradução livre, tenha usado seu superolfato para procurar comida, especialmente vegetais enterrados como tubérculos e raízes. A análise mostrou, ainda, um senso de equilíbrio igualmente acima da média.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/10143608359254.jpg" alt="Willo viveu no período Cretáceo junto com outros predadores. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Willo viveu no período Cretáceo junto com outros predadores. (Fonte: Getty Images/Reprodução)“Ele também tinha um senso de equilíbrio incomumente bem desenvolvido, ajudando-o a identificar a posição do corpo no espaço 3D, outra característica frequentemente encontrada em animais escavadores”, especificou o pesquisador da Universidade de Bristol, David Button, em nota.O estudo aponta que Willo tinha aproximadamente 3,6 m de comprimento e pesava em torno de 340 kg. Os fósseis do dinossauro estão guardados no Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte, nos EUA.<h2>Vida no subsolo</h2>A combinação de olfato e equilíbrio superdesenvolvidos, braços e pernas poderosos e habilidades auditivas e cognitivas diminuídas sugere que o Thescelosaurus negligente passava pelo menos parte do seu tempo no subsolo. Animais que atualmente apresentam características semelhantes vivem abaixo da terra.“A ideia de que possam ter existido dinossauros vivendo sob os pés do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123258-por-que-o-tiranossauro-rex-tinha-bracos-tao-curtos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t-rex</a> e do triceratope é fascinante”, declarou a chefe de paleontologia do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte, Lindsay Zanno, coautora do estudo.</body>

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Dinossauro 'esquecido' tinha superolfato para encontrar comida

Imagem de 5 vezes que fezes humanas fossilizadas nos trouxeram conhecimento no megacurioso

Relembre alguns dos casos mais intrigantes de cocôs humanos antigos que foram usados para entendermos mais sobre o nosso passado

<head></head><body>Que todo ser humano faz <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118424-6-curiosidades-sobre-coco-que-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocô</a> é algo que sabemos bem, mas você tinha ideia que parte de suas fezes pode se fossilizar? Se transformando, então, em coprólitos, você pode até pensar que excrementos antigos são ainda mais nojentos do que o normal, mas eles fornecem uma série de informações relevantes para que pesquisadores aprendam mais sobre a humanidade.Por exemplo, os coprólitos podem revelar quais os alimentos que as pessoas comiam em determinada época, os parasitas que viviam nos seus intestinos e até provar que os humanos viviam numa área específica durante a última era glacial. Pensando nisso, separamos uma lista com cinco vezes que as fezes humanas fossilizadas nos trouxeram mais conhecimento sobre a vida!<h2>1. Parasitas em abundância</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08154913422259.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Fezes humanas encontradas em latrinas antigas revelaram que os parasitas intestinais eram algo comum no mundo antigo. Por exemplo, os banheiros da Era Bíblica em Jerusalém continham excrementos com protozoários causadores da chamada "diarreia viajante", enquanto dejetos humanos do Império Romano tinham tricurídeos e lombrigas causadoras de disenteria.&nbsp;Esses desagradáveis seres mostraram que as pessoas daquelas épocas provavelmente comiam carne mal cozida, como o molho de peixe cru e fermentado conhecido como garum. Porém, outra hipótese é que esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/85332-veja-8-parasitas-que-vivem-dentro-de-humanos-e-o-que-eles-provocam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parasitas</a> se espalhavam por meio de más práticas de saneamento, como água contaminada ou falta de lavagem das mãos.<h2>2. Descoberta de humanos antigos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08154927084260.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Durante quase um século, pesquisadores acreditavam que os primeiros humanos nas Américas foram os <a href="http://Conhe%C3%A7a%20o%20povo%20Cl%C3%B3vis%3A%20uma%20das%20primeiras%20sociedades%20das%20Am%C3%A9ricas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Clóvis, um grupo que chegou à região pouco antes de 13 mil anos atrás</a>. Contudo, nas últimas décadas, investigadores encontraram evidências que indicam que os humanos chegaram nessa parte do planeta milhares de anos antes.Uma dessas descobertas foi a de coprólitos humanos nas cavernas de Paisley, nos Estados Unidos, os quais mostram que humanos estiveram nessa região há 14,5 mil anos.&nbsp;Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127152-quando-os-primeiros-humanos-chegaram-nas-americas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quando os primeiros humanos chegaram nas Américas?</a><h2>3. Fezes em Stonehenge</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08154810256255.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Por si só, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117669-stonehenge-nao-foi-construido-na-inglaterra-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge já é um monumento curioso o suficiente</a>. Contudo, os trabalhadores da construção neolítica deixaram para trás mais do que apenas estruturas de pedra. Em Durrington Walls, um assentamento neolítico a cerca de 2,8 km de distância da construção, os pesquisadores encontraram aglomerados fossilizados de fezes humanas.Essa descoberta sugere que esses trabalhadores realizavam festas de inverno épicas, nas quais eles e seus cães comiam carne mal cozida repleta de ovos de parasitas. Inclusive, essa é a primeira evidência histórica de parasitas intestinais recuperados na Grã-Bretanha neolítica.<h2>4. Canibalismo mesolítico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08154758279252.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A prova de que os humanos da Idade da Pedra Média, ou do Período Mesolítico, eram canibais, também pôde ser vista em seus coprólitos. Afinal, pesquisadores encontraram pedaços de ossos humanos em cocô humano de 9 mil a 10,2 mil anos atrás, nas profundezas de uma caverna em Alicante, na Espanha.Alguns desses ossos tinham marcas de mordidas, cortes e arranhões. No entanto, não se sabe ao certo se essas pessoas foram comidas durante rituais ou simplesmente porque os canibais estavam morrendo de fome.<h2>5. Ingerindo algodão</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08154731205251.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O DNA antigo de coprólitos de 1,5 mil anos no Caribe relevou quais eram os alimentos preferidos pelas culturas pré-colombianas. Dois grupos em Porto Rico, chamados de Huecoid e Saladoid, costumavam comer uma variedade de alimentos — incluindo milho, batata-doce, pimenta, amendoim, mamão e tomate.No entanto, dois ingredientes chamaram a atenção na lista: algodão e tabaco. Pesquisadores acreditam que é possível que as sementes ou óleo de algodão tenham sido consumidos por esses povos. Outra possibilidade é que as mulheres indígenas que teciam com fibras de algodão usassem a saliva para preparar o fio cru, o que deixaria resquícios de algodão em suas fezes.</body>

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5 vezes que fezes humanas fossilizadas nos trouxeram conhecimento

Imagem de Resolvido o enigma de criaturas marinhas mortas há 390 milhões de anos  no megacurioso

Estudo revela que nível do mar e mudanças climáticas foram responsáveis pela morte de um grupo de animais marinhos

<head></head><body>Cientistas parecem ter finalmente decifrado o enigma por trás da extinção de uma misteriosa comunidade de animais marinhos conhecida como biota Malvinoxhosan, que desapareceu há aproximadamente 390 milhões de anos no antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127553-novo-supercontinente-pode-eliminar-alguns-mamiferos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supercontinente</a> Gondwana, situado próximo ao que é atualmente o Polo Sul.O mistério, que permaneceu não resolvido por quase dois séculos, foi desvendado graças a um estudo inovador liderado pelo cientista evolucionista Cameron Penn-Clarke, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, e pelo professor David Harper, da Universidade de Durham.<h2 style="text-align: justify;">Um mistério do passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06111530259075.jpg" alt="Fóssil de trilobita. (Fonte: GettyImages/ Reproducão)">Fóssil de trilobita. (Fonte: GettyImages/ Reproducão)Durante o período Devoniano Médio (entre 393 milhões e 382 milhões de anos atrás), conhecido também como "Era dos Peixes", o supercontinente Gondwana, que abrangia partes da África, América do Sul, Austrália, o sul da Ásia e a península Arábica, encontrava-se em condições climáticas diferentes daquelas que vivenciamos atualmente. O clima da Terra era mais quente e os níveis do mar eram bem mais altos, alagando grandes porções do solo terrestre.&nbsp;Neste cenário, existia a biota Malvinoxhosan, uma comunidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127271-5-dos-animais-marinhos-mais-venenosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais marinhos</a> típicos de águas frias, incluindo trilobitas, braquiópodes e moluscos. No entanto, esse curioso grupo desapareceu súbita e misteriosamente há cerca de 390 milhões a 385 milhões de anos, intrigando cientistas por séculos.Numa tentativa de solucionar a questão, a equipe de pesquisadores mergulhou fundo nos registros fósseis, analisando centenas de vestígios da biota Malvinoxhosan&nbsp;encontrados em diversas camadas rochosas que se formaram com o passar das eras.<h2 style="text-align: justify;">Declínio mortal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06111906717077.jpg" alt="Mudança no nível do mar e no clima da Terra levou a morte de diversos animais marinhos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Mudança no nível do mar e no clima da Terra levou a morte de diversos animais marinhos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Ao se voltar para as rochas, a equipe percebeu que cada camada rochosa correspondia a uma leve diminuição do nível do mar, o que acendeu um alerta que isso poderia representar uma potencial resposta para o mistério.A análise minuciosa das rochas em comparação com o sumiço dos animais revelou um padrão intrigante: à medida que o nível do mar diminuía, a diversidade e o número de espécies da biota Malvinoxhosan&nbsp;diminuíam drasticamente.&nbsp;Os cientistas concluíram que a descida do nível do mar perturbou as correntes oceânicas próximas ao Polo Sul, permitindo que águas mais quentes do equador se misturassem com as águas frias do sul. Isso resultou na substituição da biota Malvinoxhosan por espécies marinhas que melhor se adaptavam às águas quentes.&nbsp;Esse evento de extinção teve um impacto devastador nos ecossistemas das regiões polares, colapsando a biodiversidade desses lugares, que até hoje não se recuperaram completamente.<h2 style="text-align: justify;">Espelho do passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/07/07152644537286.jpg" alt="Trilobitas nossos mares há milhões de anos. (Fonte: GettyImagens / Reprodução)">Trilobitas nossos mares há milhões de anos. (Fonte: GettyImagens / Reprodução)Além de desvendar esse mistério de longa data, essa pesquisa oferece percepções cruciais sobre a sensibilidade dos ecossistemas polares às mudanças no nível do mar e na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125675-o-que-significam-tantos-recordes-de-temperaturas-altas-recentemente-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperatura</a>. Infelizmente, as mudanças que ocorreram há 390 milhões de anos têm paralelos alarmantes com as mudanças climáticas modernas.&nbsp;Como a Terra continua a mudar, cada descoberta como essa nos aproxima de desvendar os mistérios do nosso planeta, oferecendo lições inestimáveis para preservar nosso mundo para as gerações futuras.</body>

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Resolvido o enigma de criaturas marinhas mortas há 390 milhões de anos 

Imagem de Fósseis de lampreias 'assassinas' revelam segredos de 160 milhões de anos no megacurioso

Cientistas na China desenterraram fósseis de lampreias excepcionalmente preservados com milhões de anos, revelando uma parte obscura de sua história evolutiva

<head></head><body>As lampreias são criaturas marinhas fascinantes, conhecidas por sua aparência única e estilo de vida parasitário. Recentemente, cientistas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a> fizeram uma descoberta notável ao desenterrar dois fósseis de lampreias que datam de 160 milhões de anos. Estes fósseis incrivelmente preservados lançaram luz sobre a história evolutiva obscura desse grupo de peixes.<h2>Lampreias: uma breve visão geral</h2>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127497-lampreia-do-pacifico-o-peixe-sanguessuga-que-sobreviveu-a-4-extincoes-em-massa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lampreias</a> são peixes notáveis que pertencem ao grupo de vertebrados sem mandíbula. Elas surgiram pela primeira vez no registro fóssil há cerca de 360 milhões de anos, durante o período Devoniano. Esses animais primitivos, representados por 31 espécies vivas atualmente, possuem bocas de ventosas repletas de estruturas de queratina semelhantes a dentes que usam para prender suas presas e se alimentar de sangue e outros fluidos corporais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/05/05204829969022.jpg" alt="A boca da lampreia é semelhante a uma ventosa repleta de dentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">A boca da lampreia é semelhante a uma ventosa repleta de dentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Descoberta dos fósseis de lampreias do Jurássico</h2>Os fósseis recentemente descritos datam do período Jurássico, preenchendo uma lacuna crucial na história evolutiva das lampreias. Esses fósseis foram desenterrados na região nordeste da China e foram nomeados Yanliaomyzon occisor e Y. ingensdentes, cujos nomes em latim e grego significam "assassino" e "dentes grandes", respectivamente. Os pesquisadores ficaram impressionados com a qualidade de preservação desses fósseis, que incluem estruturas de alimentação completas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/05/05205532609024.jpg" alt="(Fonte: Nature Communications/Reprodução)">(Fonte: Nature Communications/Reprodução)<h2>Evolução das lampreias</h2>Os fósseis descreviam lampreias com bocas "extensamente dentadas", indicando que essas criaturas aquáticas atacavam outros animais há pelo menos 160 milhões de anos. Essas características bucais também mostraram notável semelhança com as lampreias de bolsa modernas, sugerindo um hábito ancestral de comer carne. Esse estilo de vida predatório provavelmente levou ao aumento no tamanho do corpo das lampreias durante o período Jurássico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/05/05205746337025.jpg" alt="(Fonte: Nature Communications/Reprodução)">(Fonte: Nature Communications/Reprodução)<h2>Mudanças no ciclo de vida das lampreias</h2>As lampreias passaram por mudanças significativas em seu ciclo de vida entre os períodos Devoniano e Jurássico. O grande tamanho de Y. occisor é semelhante às espécies subsequentes que desenvolveram um ciclo de vida em três fases, indicando que também pode ter tido um ciclo trifásico e migrado rio acima para desovar.A descoberta dos fósseis de lampreias do Jurássico na China representa um marco importante na compreensão da história evolutiva desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127494-bizarro-peixe-sanguessuga-existe-ha-450-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> fascinantes. Essas descobertas preenchem lacunas no registro fóssil e lançam luz sobre as mudanças nos hábitos alimentares e na história de vida dessas criaturas aquáticas ao longo de milhões de anos. Como os cientistas continuam a desvendar os segredos desses peixes, podemos esperar mais percepções sobre a evolução e a história desses notáveis vertebrados sem mandíbula.</body>

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Fósseis de lampreias 'assassinas' revelam segredos de 160 milhões de anos

Imagem de Milhares de fósseis de dinossauros foram destruídos nos EUA no megacurioso

Segundo relatórios oficiais, desde 2018, havia um esquema de contrabando de fósseis no estado de Utah

<head></head><body>O governo dos Estados Unidos anunciou a descoberta de um esquema de contrabando e destruição de ossos de dinossauros que ocorria desde 2018 em terras que pertencem ao estado de Utah. Relatórios oficiais falam em milhares de fósseis contrabandeados ou destruídos, entre ossos de dinossauros e outros itens com igual valor histórico. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o valor contrabandeado chega a US$ 1 milhão.Muitos desses fósseis eram enviados a outros países, como a China. Neste caso, os contrabandistas os mandavam com outros materiais coletados, como rochas ou produtos para a indústria da construção. Em outros, os fósseis eram completamente destruídos. Isso ocorria para a produção de insumos industriais, igualmente contrabandeados.“Ao remover e processar esses ossos de dinossauros para produção de produtos de consumo, com fins lucrativos, dezenas de milhares de quilos de fósseis de dinossauros perderam praticamente todo o valor científico, deixando as gerações futuras incapazes de experimentar a ciência e a maravilha desses ossos”, disse a procuradora dos Estados Unidos, Trina Higgins, em um comunicado à imprensa.<h2>Fósseis viraram até objetos de decoração</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Departamento de Justiça dos EUA&nbsp;" data-fonte-url="https://www.justice.gov/d9/styles/d05_standard/public/2023-10/blm_paleo_case_photos_9.jpg?h=790be497&amp;itok=C_hOQrkj"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01144822187361.jpg" alt="Escultura feita com fóssil. (Fonte: Reprodução: Departamento de Justiça dos EUA)">Escultura feita com fóssil. (Fonte: Reprodução: Departamento de Justiça dos EUA)Os fósseis contrabandeados não serviam a um único objetivo. Muitos deles viravam kits de escavação de dinossauros. Esses kits são comercializados com o objetivo de estimular as pessoas a procurarem fósseis sem estarem vinculados a uma pesquisa científica, como se fosse parte de um passatempo.Outros itens foram esculpidos e acabaram se desfigurando totalmente. Nesse caso, a ideia era usá-los como base para a criação de objetos de decoração, como cabos de facas, joias, esferas polidas (similares a bolas de boliche), esculturas, entre outros.<h2>Contrabando de fósseis é altamente lucrativo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Divulgação: Departamento de Justiça dos EUA&nbsp;" data-fonte-url="https://www.justice.gov/d9/styles/d05_standard/public/2023-10/untitled.png?h=b2774bcf&amp;itok=WtTVrE_a"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01144946422362.png" alt="(Fonte: Divulgação: Departamento de Justiça dos EUA)">(Fonte: Divulgação: Departamento de Justiça dos EUA)Esse tipo de contrabando costuma ser muito vantajoso para os criminosos. No ano passado, agentes do FBI interceptaram um carregamento de fósseis saindo do estado da Califórnia e com destino a China. O valor da apreensão foi de aproximadamente US$ 25 mil (cerca de R$ 100 mil).Em 2006, agentes estadunidenses fizeram uma apreensão que continha até ovos de dinossauros. O valor do contrabando era equivalente a US$ 10 mil (valores da época). &nbsp;&nbsp;<h2>É crime vender fósseis?</h2>Nós já publicamos aqui no Mega Curioso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126818-e-possivel-ficar-rico-vendendo-fosseis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma matéria explicando como funciona (e se é permitido) o comércio de fósseis</a>. Nos Estados Unidos, a legislação varia de estado para estado.Vender fósseis, inclusive para outros países, não é considerado crime desde que a exploração ocorra em terras particulares. No caso relatado nesta matéria, o crime está em explorar terras que pertencem ao estado de Utah.Logo, os contrabandistas estão lesando os interesses desse estado. Além disso, uma das características do contrabando é a sonegação fiscal. É permitido vender ossos de dinossauros no estado de Utah, mas essa atividade é tributada e o contrabandista opta por sonegar os impostos, aumentando a sua margem de lucro.Portanto, todos esses fósseis destruídos não teriam se tornado um caso de polícia se essa exploração tivesse sido feita em terras particulares e o comércio tivesse sido tributado — ainda que essa atividade cause um prejuízo aos cientistas que não terão acesso aos itens.Essa, aliás, é uma reclamação comum da comunidade científica sobre a legislação estadunidense, considerada muito permissiva. A verdade é que o comércio de fósseis gera <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116370-fossil-de-t-rex-e-vendido-por-us-318-milhoes-em-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milhões de dólares anuais</a> em receitas e os EUA, devido à sua geografia, se destacam nesse mercado.Na maior parte dos países, o comércio de fósseis obedece a leis mais restritivas, sendo até mesmo proibido em muitos lugares. No Brasil, por exemplo, ele não é permitido.</body>

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Milhares de fósseis de dinossauros foram destruídos nos EUA

Imagem de Novo monstro marinho pré-histórico é descoberto e ganha nome "viking" no megacurioso

Paleontólogos desenterraram uma incrível descoberta: registros fósseis de criaturas marinhas do período Cretáceo

<head></head><body>A descoberta de um novo mosassauro-gigante — batizado de Jormungandr wahallaensis — traz à tona uma visão impressionante sobre o passado marinho da Terra. Batizado em homenagem à mitologia nórdica e descoberto nas terras do estado de Dakota do Norte, nos Estados Unidos, essa criatura aquática carnívora era verdadeiramente uma maravilha da evolução.<h2>Uma criatura da mitologia nórdica</h2>O nome escolhido é uma homenagem à mitologia dos antigos vikings, especificamente a Jörmungandr, uma serpente marinha que enfrentaria Thor no Ragnarok, o fim do mundo. Esse nome evoca imagens de uma criatura colossal e misteriosa, o que é apropriado para este mosassauro recém-descoberto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/31201617512504.jpg" alt="Representação da luta entre Thor e Jormungandr. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Representação da luta entre Thor e Jormungandr. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)<h2>Uma jornada ao período Cretáceo</h2>Os mosassauros foram répteis aquáticos gigantes que dominaram os mares do período <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cretáceo</a>, há aproximadamente 80 milhões de anos. Esse é um período fascinante da história da Terra, quando criaturas incomuns, como os dinossauros, governavam a Terra e esses gigantescos seres reinavam nos oceanos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/31201731399505.jpg" alt="Representação do Mosassauro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Representação do Mosassauro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Descoberta em Dakota do Norte</h2>Os paleontólogos encontraram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125556-fosseis-de-80-milhoes-de-anos-sao-encontrados-apos-ciclone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a> do Jormungandr wahallaensis na Dakota do Norte, uma região que ainda guarda segredos geológicos e paleontológicos. Essa descoberta incluiu partes vitais, como um crânio quase completo, mandíbulas, coluna cervical e vértebras, permitindo uma compreensão mais profunda dessa espécie.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/31202026423506.jpg" alt="Crânio do Jormungandr wahallaensis. (Fonte: American Museum of Natural History/Reprodução)">Crânio do Jormungandr wahallaensis. (Fonte: American Museum of Natural History/Reprodução)<h2>Um dragão-de-komodo gigante com nadadeiras</h2>Amelia Zietlow, coautora do estudo, descreve o Jormungandr wahallaensis como "um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120577-6-curiosidades-sobre-o-dragao-de-komodo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dragão-de-komodo</a> gigante com nadadeiras", destacando seu tamanho e forma impressionantes. Com aproximadamente 7 metros de comprimento, as já citadas nadadeiras, uma cauda semelhante à de um tubarão e características distintas, essa criatura era um predador formidável nos mares antigos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/31202352198507.jpg" alt="Dragão-de-komodo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Dragão-de-komodo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Parentesco e evolução</h2>Os mosassauros têm suscitado muitas questões ao longo dos anos. Ainda é um mistério quantas vezes eles evoluíram para ter nadadeiras e quando se tornaram totalmente aquáticos. Além disso, os cientistas debatem se esses répteis gigantes estão mais relacionados com lagartos, cobras ou outras criaturas vivas. O Jormungandr wahallaensis contribui para preencher lacunas nesse conhecimento e lançar luz sobre as relações evolutivas da espécie.O Jormungandr wahallaensis é uma adição notável à família dos mosassauros e à rica tapeçaria da história da Terra. Sua relação com a mitologia nórdica e sua semelhança com o dragão-de-komodo nos lembram da incrível diversidade de formas de vida que existiram em nosso passado distante.À medida que os cientistas desvendam mais segredos sobre esses répteis aquáticos, estamos um passo mais perto de compreender a evolução e o papel que desempenharam nos mares do Cretáceo. O Jormungandr wahallaensis nos leva a uma jornada emocionante através do tempo e nos permite apreciar a maravilha da evolução em ação.</body>

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Novo monstro marinho pré-histórico é descoberto e ganha nome 'viking'

Imagem de Crocodilos na Europa? Conheça essa jornada de milhões de anos no megacurioso

Um dente de crocodilo de 4,5 milhões de anos dá mostras de um passado remoto desses répteis na Europa

<head></head><body>A Europa é famosa por sua rica história natural, mas é improvável que você veja um crocodilo na região. Isso acontece porque o clima temperado europeu não é ideal para esses répteis adaptados aos climas tropicais. Além disso, as grandes massas de água e extensos desertos separam o continente das regiões tropicais, dificultando a migração natural desses animais.No entanto, a recente descoberta de um dente fóssil com 4,5 milhões de anos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127376-santuario-com-artes-paleoliticas-sem-precedentes-e-descoberto-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a> revelou que esses predadores majestosos já habitaram o Velho Continente. Esse achado oferece uma janela para o passado, desvendando como esses animais chegaram à Europa e desapareceram ao longo das eras.<h2>A descoberta do dente fóssil</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19205516059450.png" alt="Dente fóssil de 4,5 milhões de anos. (Fonte: IPHES)">Dente fóssil de 4,5 milhões de anos. (Fonte: IPHES)A descoberta do dente fóssil de 4,5 milhões de anos ocorreu em Baza-1, um sítio arqueológico localizado na província de Granada, no sul da Espanha. Os paleontólogos que conduziram a pesquisa classificaram o dente como pertencente ao gênero Crocodylus, mas não encontraram resolução anatômica suficiente para determinar a espécie exata.<h2>A presença dos crocodilos no continente europeu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19210302759452.png" alt="O último crocodilo da Europa viveu no período Plioceno. (Fonte: Wikimedia Commons)">O último crocodilo da Europa viveu no período Plioceno. (Fonte: Wikimedia Commons)Até esta descoberta, a evidência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127065-conheca-cassius-o-crocodilo-de-120-anos-que-e-o-maior-do-mundo-e-continua-a-crescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilos</a> na região remontava a épocas anteriores, do Mioceno ao início do Plioceno. Eles provavelmente migraram da África para a Europa cerca de 6,2 milhões de anos atrás. Esse evento de migração coincidiu com a chamada "crise de salinidade messiniana", um período em que o Mar Mediterrâneo secou devido a mudanças climáticas globais e eventos tectônicos. Isso permitiu que várias espécies atravessassem a terra exposta entre a África e a Península Ibérica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19210726198456.jpg" alt="O Mar Mediterrâneo secou durante a crise de salinidade messiniana. (Fonte: Getty Images)">O Mar Mediterrâneo secou durante a crise de salinidade messiniana. (Fonte: Getty Images)<h2>O desaparecimento dos crocodilos ‘europeus’</h2>Segundo os pesquisadores, os crocodilos não conseguiram sobreviver quando o clima da região se tornou mais frio e seco durante o Plioceno. Como eles não conseguiram se adaptar às mudanças nas condições ambientais, eventualmente acabaram desaparecendo da Europa, deixando para trás um registro fóssil limitado.<h2>Importância da descoberta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19211010810460.jpg" alt="O estudo de fósseis ajuda a reconstruir a história. (Fonte: Getty Images)">O estudo de fósseis ajuda a reconstruir a história. (Fonte: Getty Images)A descoberta do dente fóssil em Baza-1 ajuda a traçar a história dos crocodilos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126880-europa-perdida-5-cidades-antigas-que-sao-um-misterio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> e fornece percepções sobre como essas criaturas navegaram por continentes e enfrentaram as mudanças climáticas ao longo de milhões de anos. Além disso, os fósseis descobertos podem ajudar a reconstruir um momento crítico história, quando as espécies migraram da África para a Europa, oferecendo um vislumbre das condições ambientais da época.</body>

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Crocodilos na Europa? Conheça essa jornada de milhões de anos

Imagem de Primeiros ''ruivos'' podem ter mais de 10 milhões de anos no megacurioso

Primeira evidência molecular para 'pigmento ruivo' é descoberto em fóssil de sapo com mais de 10 milhões de anos.

<head></head><body>Um estudo paleontológico liderado por Tiffany Slater e Maria McNamara, da Universidade de Cork, na Irlanda, descobriu a primeira evidência de pigmento ruivo na coloração de animais. O grupo de pesquisadores encontrou evidências moleculares da existência de feomelanina — que dá a cor avermelhada —, em fósseis de sapos com cerca de 10 milhões de anos.A pesquisa é um importante passo para entender a degradação biomolecular que acontece durante o processo de fossilização. Com as novas técnicas e procedimentos, vai ser mais fácil entender a real coloração de animais extintos e entender melhor o caminho evolutivo até os animais atuais.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: University College Cork/Divulgação)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.ucc.ie/en/mariamcnamara/news/tiffanys-findings-on-ginger-pigments-in-fossil-record-published-in-nat-comms.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09103133116073.jpg" alt="Profa. Maria McNamara e a Dra Tiffany Slater lideres da pesquisa e o fóssil do sapo ruivo. (Fonte: University College Cork/Divulgação)">Profa. Maria McNamara e a Dra Tiffany Slater lideres da pesquisa e o fóssil do sapo ruivo. (Fonte: University College Cork/Divulgação)Um das inovações do estudo é melhorar o procedimento de análise biomolecular de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127461-o-que-se-sabe-de-novo-sobre-as-penas-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a>. Com isso, pode-se entender melhor o que acontece com as moléculas ao serem expostas às extremas condições de temperatura e pressão que resultam na fossilização. As novas descobertas permitem entender que o material biomolecular original não se perde, mas se transforma, e muito do seu conteúdo original pode ser entendido.Para completar o estudo, pesquisadores recorreram a um time de cientistas das universidades Fujita Health University (Japão), Linyi University (China) e Lund University (Suécia). O artigo foi publicado na <a href="https://www.nature.com/articles/s41467-023-40570-w#Sec2" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revista Nature</a>.Além de ajudar na compreensão da evolução biomolecular das espécies, o estudo pode dar caminhos para responder questões práticas do reino animal. Por exemplo, atualmente sabe-se que a feomelanina tornou-se tóxica para a maioria dos animais, mas mesmo assim ela evoluiu e faz parte da coloração de algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110449-misterio-resolvido-pesquisa-genetica-revela-da-onde-vem-os-ruivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies</a>.<h2>Como ocorre o processo de fossilização?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09103347005074.jpg" alt="Um fóssil pode ser uma ossada completa, ou pequenos vestígios como dentes e até pegadas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Um fóssil pode ser uma ossada completa, ou pequenos vestígios como dentes e até pegadas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Com tantos relatos de fósseis encontrados, pode parecer que achar um deles é tarefa fácil, mas, na verdade, isto é extremamente raro. Considerando o número de animais que morreram no planeta, o número de fósseis é ínfimo. Isto acontece por que, para que a fossilização ocorra, uma série de condições climáticas e de características do solo precisam ser corretas.Quando um animal morre, seu corpo é <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123941-quanto-tempo-demora-para-um-corpo-se-decompor-por-completo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">decomposto</a>&nbsp;por fungos e bactérias e se os seus restos não chegarem em rochas sedimentares, não sobreviverão para contar a história. Quando há movimentação do corpo (seja por água, vento ou outros animais) e os restos chegam a rochas sedimentares, ou quando o animal morre por lá, pode-se iniciar um processo de diagênese. Este é a compactação e a cimentação dos restos orgânicos nos sedimentos.Para que seja possível a fossilização, é preciso que o corpo seja coberto por sedimentos de forma rápida, antes que bactérias decomponham sua totalidade. Além disso, os sedimentos da camada superior do fóssil precisam ser afinados, dificultando a ação de processos erosivos. Por fim, a temperatura baixa e um solo com baixa oxigenação também facilitam o processo, já que tornam a existência de micróbios mais difícil.</body>

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Primeiros ''ruivos'' podem ter mais de 10 milhões de anos

Imagem de Hominídeos do passado brigavam por carcaças com outros animais no megacurioso

Segundo artigo científico, as populações de Homo erectus só sobreviveram porque disputavam os restos de comida de grandes felinos e outros predadores

<head></head><body>Quando imaginamos o passado da humanidade, ainda em períodos pré-históricos, é comum pensarmos em nossos ancestrais como grandes caçadores que conseguiam transformar feras gigantescas em refeições usando ferramentas rudimentares.A verdade é que nem sempre o passado dos hominídeos foi glorioso. Pesquisadores sugerem que o Homo erectus, espécie de hominídeo que viveu na Terra por milhões de anos, só teria conseguido sobreviver por ter um comportamento incomum: viver dos restos de outros animais.Sendo assim, em vez de grandes caçadores, esses hominídeos disputavam com animais carniceiros da época, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125648-o-ritual-de-acasalamento-peculiar-das-hienas-malhadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hienas</a>-gigantes (Pachycrocuta brevirostris), as carcaças que os grandes felinos deixavam para trás. A hipótese foi publicada na revista Scientific Reports.“Este estudo mostra que os felídeos dentes-de-sabre deixavam carcaças ricas em recursos comestíveis e que os hominídeos eram capazes de competir com <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42747-natureza-brutal-hienas-comem-zebra-gravida-ainda-viva-no-quenia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hienas</a>-gigantes por esses recursos. Os experimentos de simulação mostraram que manter um tamanho ideal de grupo é essencial para o sucesso da estratégia de eliminação dos hominídeos”, explica o artigo.<h2>Dentes dos felinos faziam com que eles desperdiçassem carne</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06090447989047.jpg" alt="Ancestrais das hienas atuais viviam de carcaças, assim como hoje. (Fonte: Getty Images)">Ancestrais das hienas atuais viviam de carcaças, assim como hoje. (Fonte: Getty Images)O estudo considerou uma série de características de animais que viviam nessa época para concluir o comportamento necrófago dos hominídeos da época. Em primeiro lugar, os felinos eram os grandes caçadores desse período — e não os hominídeos. Isso já era sabido.Contudo, os dentes dos felinos tinham um formato que impossibilitava que esses animais limpassem totalmente as carcaças dos grandes mamíferos que abatiam. Um grande felino tiraria de uma caça cerca de um terço da energia que precisava para sobreviver. Isso o obrigava a voltar a caçar em aproximadamente uma semana.Quem se aproveitava desse comportamento eram os animais que aprenderam que os restos dos felinos eram grandes banquetes.<h2>Comida grátis, mas não tão fácil</h2>Os pesquisadores explicam que ainda que os felinos deixassem muita comida para trás, esse resto de caça não era consumido sem esforço. Uma série de animais disputava uma vaga nesse buffet. O estudo calculou se essas brigas seriam vantajosas para as espécies envolvidas e, de acordo com os cálculos, brigar pelas sobras era, sim, muito mais vantajoso do que caçar.Quanto mais felinos existiam no ecossistema, mais caças esses animais faziam, gerando mais carcaças. Desse modo, as populações de felinos cresciam e as de animais necrófagos, como as hienas e os hominídeos, cresciam junto.Agora, conforme o número de felinos caia, as populações de hienas também diminuíam — e o artigo sugere que os hominídeos também eram impactados pela falta de carcaças.Para vencer as hienas e conseguir comer, os hominídeos tiveram que se unir em grupos estratégicos. Esses grupos não poderiam ser tão pequenos a ponto de não amedrontarem as hienas-gigantes, que eram bem maiores do que as hienas atuais. No entanto, esses grupos não podiam ser muito grandes, caso contrário, a carcaça não seria suficiente.Resolver essa equação não foi algo simples e exigiu muita cooperação entre esses indivíduos, algo que pode ter moldado o futuro dessa espécie.</body>

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Hominídeos do passado brigavam por carcaças com outros animais

Imagem de Dinossauro desconhecido de pescoço comprido é descoberto na Europa no megacurioso

O recém-identificado titanossauro, chamado de Garumbatitan morellensis, percorria o atual território da Espanha há 122 milhões de anos

<head></head><body>Há cerca de 122 milhões de anos, um enorme saurópode nunca antes visto pela humanidade percorria as terras do que hoje é a Espanha. Segundo os novos fósseis encontrados na região, a forma incomum de seus ossos sugere que o recém-descoberto "titã" era bastante primitivo e pode ajudar na compreensão da evolução desses gigantescos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126830-quantos-dinossauros-ainda-nao-foram-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> de pescoço longo.A espécie foi chamada de Garumbatitan morellensis pelos pesquisadores, sendo encontrada durante escavações no sítio arqueológico de Sant Antoni de la Vespa, próximo à cidade de Morella, entre 2005 e 2008. Os pesquisadores descobriram restos de pelo menos três indivíduos da espécie no local, incluindo vértebras enormes, ossos de pernas longas e dois conjuntos quase completos de ossos do pé. O achado é considerado algo extremamente raro entre saurópodes e data para o início do período Cretáceo.&nbsp;<h2>Nova espécie de dinossauro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05002706480510.jpg" alt="(Fonte: GBE-UNED/Divulgação)">(Fonte: GBE-UNED/Divulgação)Conforme descrito em um novo estudo publicado na revista Zoological Journal of the Linnean Society no dia 28 de setembro, os saurópodes são dinossauros herbívoros quadrúpedes com pescoços e causas alongadas — os quais costumavam atingir tamanhos colossais. Já o G. morellensis parece pertencer a um subgrupo de saurópodes conhecidos como titanossauros, que eram mais massivos e a única linhagem que sobreviveu até o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127531-os-5-asteroides-que-mais-apresentam-risco-para-a-terra.htm#:~:text=O%20asteroide%202021%20UE%20%C3%A9,ao%20longo%20de%20sua%20vida." rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteroide</a> que matou os dinossauros atingir a Terra cerca de 66 milhões de anos atrás.&nbsp;Com base nos ossos disponíveis para estudo, os pesquisadores não conseguiram dizer exatamente o quão grande as criaturas poderiam ser. Porém, um dos indivíduos encontrados no local destacou-se pelo seu grande tamanho, apresentando vértebras com mais de um metro de largura e um fêmur de quase dois metros de comprimento.&nbsp;Tendo esses números em mente, esses dinossauros provavelmente tinham pelo menos o tamanho médio dos titanossauros — algo como 28 metros de altura. Em média, os dinossauros mais pesados dessa classe pesavam algo como 70 toneladas. Embora os titanossauros fossem saurópodes mais pesados, eles não eram os mais longos. Por esse motivo, o comprimento do pescoço da nova espécie surpreende bastante.&nbsp;<h2>Criatura primitiva</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/05/05002738924511.jpg" alt="(Fonte: GBE-UNED/Divulgação)">(Fonte: GBE-UNED/Divulgação)Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, a forma dos ossos das pernas e dos pés sugere que o G. morellensis foi um dos saurópodes mais primitivos do seu subgrupo Somphospondyli. Fósseis desse tipo são encontrados em todos os continentes modernos, mas até agora não se sabia de onde originavam.A descoberta do novo dinossauro na Espanha sugere que a Europa pode ter sido o local onde esses titanossauros vagaram pela primeira vez antes de se espalharem pelo planeta. No entanto, mais evidências ainda serão necessárias para provar essa hipótese.A equipe de estudo também acredita que Sant Antoni de la Vespa, bem como outros locais da Península Ibérica, podem ser a chave para aprendermos mais sobre como a evolução dos saurópodes realmente aconteceu. Em 2022, cientistas revelaram os restos morais de um enorme saurópode não identificado em Portugal, que agora também é um candidato ao título de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119399-maior-dinossauro-do-mundo-teria-dobro-do-tamanho-previsto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior fóssil de dinossauro</a> conhecido na Europa, o qual remonta a 150 milhões de anos.&nbsp;</body>

Dinossauros e Fósseis

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