Imagem de Homo Ferox: livro investiga origens da violência humana no megacurioso

Até onde vai a ferocidade humana? Reinaldo José Lopes, colunista científico da Folha de S.Paulo, responde a perguntas sobre sua obra literária

Como descrever os seres humanos? Do latim Homo sapiens,&nbsp;j&aacute; demonstramos ao longo da hist&oacute;ria nossa capacidade de apresentar sabedoria e intelig&ecirc;ncia para construir sociedades complexas, inventar ferramentas impressionantes e sobretudo desenvolver sistemas de comunica&ccedil;&atilde;o que nos distinguem de outras esp&eacute;cies de animais &mdash; e aqui fica o destaque para a palavra "animal".
Mas h&aacute; quem argumente que poder&iacute;amos tamb&eacute;m nos chamar Homo ferox,&nbsp;uma terminologia em latim que tamb&eacute;m nos caracterizaria como seres cru&eacute;is e ferozes, capazes de elaborar grandes guerras, matar seus iguais por &oacute;dio e cometer v&aacute;rios tipos de atrocidade.&nbsp;
Esse &eacute; o tema de estudo do <a href="https://amzn.to/2XL0vFT" target="_blank">livro </a><a href="https://amzn.to/2XL0vFT" target="_blank">Homo Ferox</a>: as origens da viol&ecirc;ncia humana e o que fazer para derrot&aacute;-la&nbsp;(2021), do autor Reinaldo Jos&eacute; Lopes, rep&oacute;rter e colunista da editoria de Ci&ecirc;ncias da Folha de S.Paulo. Em entrevista ao Mega Curioso, Lopes falou um pouco mais sobre o que os leitores podem esperar de seu trabalho.&nbsp;
<h2>Origem animal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21145009796215.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Por mais diferenciados e &uacute;nicos que os seres humanos se sintam pelo potencial de seus c&eacute;rebros e por serem os "&uacute;nicos seres racionais do universo", n&oacute;s nunca deixamos de ser mais que "animais" &mdash; &eacute; o que ressalta Reinaldo Jos&eacute; Lopes em sua obra. Para ele, a ideia de que existe um abismo entre humanos e animais &eacute; antiga em nossas sociedades, mas foi muito aumentada com o passar dos s&eacute;culos.
Embora tenhamos aprendido a trabalhar com a natureza de uma forma que outras esp&eacute;cies nunca foram capazes, ainda temos as mesmas origens. "A pr&oacute;pria B&iacute;blia diz que n&oacute;s somos animais, que temos poucas diferen&ccedil;as entre eles na hora de comer, beber, morrer, nascer e crescer", destacou o escritor, que tem base crist&atilde;-cat&oacute;lica.&nbsp;
Para o autor, o verdadeiro abismo que existe entre seres humanos e demais animais &eacute;, de fato, a linguagem, inegavelmente mais complexa e sem paralelos no reino animal. "Quando analisamos outros s&iacute;mios, como os chimpanz&eacute;s, orangotangos, bonobos ou os grandes cet&aacute;ceos, como golfinhos, orcas, algumas baleias, todos eles t&ecirc;m comportamentos sociais e emocionais muito pr&oacute;ximos &agrave; racionalidade", ele acrescentou.
Apesar da exist&ecirc;ncia da racionalidade nos seres humanos, Lopes aponta que ela &eacute; normalmente usada como "segundo passo" nas nossas tomadas de decis&atilde;o. Nesse ponto, crit&eacute;rios como a empatia podem at&eacute; surgir para evitar desastres e, para que tenhamos compaix&atilde;o por um inimigo, mas s&atilde;o frequentemente deixados de lado pelos instintos de guerra.
<h2>A viol&ecirc;ncia humana</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:World_War_II#/media/File:111-SC-196619_-_Weary_infantrymen_take_a_brief_rest_on_a_slope_in_the_Hurtgen_forest_in_Germany._Left_to_right,_Pfc._Maurice_Berzon,_Buffalo,_N.Y.,_SSgt._Bernard_Spurr,_Newark,_Ohio,_and_SSgt._Harold_Clessler,_Ashland,_Pa.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21145119547216.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ent&atilde;o, se os homens s&atilde;o razoavelmente racionais e t&ecirc;m consci&ecirc;ncia social, automaticamente nos tornamos as criaturas mais violentas do universo, certo? Para Lopes, n&atilde;o &eacute; bem assim que as coisas funcionam: "Eu n&atilde;o acho que a gente &eacute; o animal mais cruel da natureza. A gente &eacute; apenas um animal razoavelmente cruel, assim como outros primatas, mas que ganhou poderes muito acima do normal".
Com 20 anos de carreira como jornalista cient&iacute;fico, Reinaldo enxerga no potencial armament&iacute;cio humano um verdadeiro potencializador da viol&ecirc;ncia. De acordo com o escritor, os Homo sapiens nasceram como criaturas ca&ccedil;adoras-coletoras e t&ecirc;m um n&iacute;vel de viol&ecirc;ncia n&atilde;o t&atilde;o fora da curva quando em compara&ccedil;&atilde;o com outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/33191-cientistas-encontram-genes-que-diferenciam-os-humanos-dos-primatas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a>.
Para Lopes, animais que desenvolvem grandes grupos sociais e s&atilde;o territorialistas costumam apresentar um grau de viol&ecirc;ncia elevado. Entretanto, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116332-primatas-com-cerebros-maiores-nao-sao-mais-inteligentes-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grande c&eacute;rebro humano</a> abriu uma brecha para criarmos ferramentas muito mais complexas para o bem e para o mal. "Se dessem uma metralhadora na m&atilde;o de um chimpanz&eacute; ou para um macaco-prego, isso seria igualmente algo horroroso", ele brincou.&nbsp;Na vis&atilde;o do autor, a quest&atilde;o passa longe de uma maldade intr&iacute;nseca ao ser humano, mas sim aos meios que ficaram a nossa disposi&ccedil;&atilde;o para a arquitetar o estrago.
<h2>Imposi&ccedil;&atilde;o de ideologias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21145221251218.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Por mais vastas e complexas que sejam as sociedades humanas ao passar dos s&eacute;culos, algumas coisas se repetem com frequ&ecirc;ncia ao longo da hist&oacute;ria. Como aponta o jornalista, 90% da viol&ecirc;ncia f&iacute;sica humana est&aacute; associada ao ser masculino &mdash; o que aponta para similaridades para machos de outras esp&eacute;cies &mdash; e uma cultura territorialista batizada de "n&oacute;s contra eles", o que normalmente gera os conflitos de larga escala.
Al&eacute;m das grandes guerras e dos conflitos entre grupos, preconceitos como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119738-a-questionavel-luta-de-albert-einstein-contra-o-racismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">racismo</a> e a homofobia surgem da maneira como os seres humanos constroem suas identidades em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; identidade de outros grupos. Dessa forma, nossa evolu&ccedil;&atilde;o biol&oacute;gica e tamb&eacute;m cultural fez com que desenvolv&ecirc;ssemos um fio condutor comum para a viol&ecirc;ncia humana.
<h2>A busca pela paz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/21/21145504752223.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Em Homo Ferox: as origens da viol&ecirc;ncia humana e o que fazer para derrot&aacute;-la,&nbsp;Reinaldo Jos&eacute; Lopes destaca que a mensagem final do livro deve ser dupla: n&oacute;s n&atilde;o podemos subestimar os aspectos violentos da nossa esp&eacute;cie, mas ainda temos um espa&ccedil;o para evoluir como criaturas e &eacute; por esse percurso que as coisas t&ecirc;m caminhado.&nbsp;
"A avalia&ccedil;&atilde;o sobre o s&eacute;culo XXI &eacute; que temos algumas tend&ecirc;ncias ainda preocupantes, como a volta do nacionalismo pol&iacute;tico, o fundamentalismo religioso &mdash; embora a religi&atilde;o n&atilde;o seja o problema &mdash; e o crescimento desenfreado das redes sociais. Por&eacute;m, ainda temos um cen&aacute;rio muito positivo como esp&eacute;cie para caminharmos no futuro", ele alertou.
No livro, Lopes cita dados que mostram como a viol&ecirc;ncia humana comparativamente vem diminuindo em rela&ccedil;&atilde;o ao que ocorria nas sociedades antigas. "N&oacute;s precisamos aprender a lidar com a polariza&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, ter um pouco mais de imagina&ccedil;&atilde;o para criarmos uma sociedade que se enxerga como pessoas semelhantes e que, mesmo l&aacute; no fundo, todos n&oacute;s temos conceitos parecidos do que &eacute; o bem e do que &eacute; o mal", pontuou Reinaldo.
Sendo assim, a busca pela paz ainda &eacute; algo que est&aacute; em nossas m&atilde;os e que podemos mirar no futuro, mas de maneira alguma podemos relaxar na luta por esse objetivo em qualquer momento. &nbsp;

<ul>
<li>Compre o <a href="https://amzn.to/2XL0vFT" target="_blank">livro Homo Ferox</a>.</li>
</ul>

thumb-image-2024-02-29T14:05:46.751Z

Homo Ferox: livro investiga origens da violência humana

Imagem de Asteroide que matou os dinossauros pode ter privilegiado as cobras no megacurioso

Cobras que sobreviveram ao mundo pós-asteroide conseguiram se espalhar pelo planeta e diversificaram a evolução de espécies

Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; deve ter ouvido v&aacute;rias vezes que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> simplesmente sumiram da Terra depois que um asteroide de dimens&otilde;es colossais se chocou contra o nosso planeta e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117910-como-os-dinossauros-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">causou uma s&eacute;rie de cat&aacute;strofes</a>&nbsp;h&aacute; 66 milh&otilde;es de anos. Muito bem, mas voc&ecirc; sabia que esse asteroide pode ter contribu&iacute;do para o "sucesso" das cobras?
Isso &eacute; o que sugere um estudo divulgado, nesta ter&ccedil;a-feira (14), pela respeitad&iacute;ssima revista cient&iacute;fica Nature Communications. Segundo o artigo, algumas esp&eacute;cies de cobra sobreviveram a esse cen&aacute;rio p&oacute;s-apocal&iacute;ptico morando embaixo do solo e aguentando muito tempo sem comida &mdash; algumas ficaram at&eacute; 1 ano sem alimento e conseguiram ca&ccedil;ar no breu debaixo da terra.
O caos p&oacute;s-asteroide causou a extin&ccedil;&atilde;o de 76% das esp&eacute;cies da Terra &mdash; o que, &eacute; claro, inclui os dinossauros. Acredita-se que alguns mam&iacute;feros, sapos, p&aacute;ssaros e peixes tamb&eacute;m tenham aguentado o impacto, mas as cobras foram as que mais "prosperaram nessa crise".&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/46807-voce-sabia-que-a-extincao-dos-dinossauros-nao-foi-a-maior-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Voc&ecirc; sabia que a extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros n&atilde;o foi a maior da hist&oacute;ria?</a></li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/15/15153343142317.jpeg" alt="" caramba="" as="" cobras="" v="" o="" dominar="" tudo="" imagem:="" bbc="" reprodu="" />"Caramba! As cobras v&atilde;o dominar tudo..." (Imagem: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Uma for&ccedil;a para a evolu&ccedil;&atilde;o</h2>
O cen&aacute;rio p&oacute;s-cat&aacute;strofe permitiu que os seres rastejantes se espalhassem por mais lugares e gerassem muitos filhotes &mdash; diversificando, tamb&eacute;m, a evolu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie. Assim, foi desse modo que chegamos &agrave;s mais de 3 mil esp&eacute;cies de cobras que existem hoje em v&aacute;rios continentes.&nbsp;
De acordo com o artigo, esses per&iacute;odos ap&oacute;s uma extin&ccedil;&atilde;o em massa d&atilde;o um "empurr&atilde;o" no processo evolutivo, tornando-o mais "selvagem, experimental e inovador", nas palavras do cientista Nick Longrich, da Universidade de Bath (Reino Unido), um dos especialistas que participaram da pesquisa. Por&eacute;m, eventos como esse ocorreram poucas vezes ao longo da hist&oacute;ria terrestre.&nbsp;
O complicado &eacute; que, por mais que as cobras tenham sobrevivido a um asteroide que dizimou mais de tr&ecirc;s quartos da vida na Terra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/99447-conheca-9-especies-exoticas-e-belissimas-de-cobras-e-serpentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas esp&eacute;cies est&atilde;o amea&ccedil;adas</a> pela a&ccedil;&atilde;o humana, o que pode estar causando <a href="https://www.megacurioso.com.br/terra/49175-preocupante-a-terra-esta-passando-pelo-sexto-processo-de-extincao-em-massa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outro desses raros eventos de extin&ccedil;&atilde;o em massa.</a>
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116729-quanto-tempo-uma-especie-leva-para-ser-extinta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quanto tempo uma esp&eacute;cie leva para ser extinta?</a></li>
</ul>

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.713Z

Asteroide que matou os dinossauros pode ter privilegiado as cobras

Imagem de 6 resultados bizarros da evolução das espécies no megacurioso

Você já parou para pensar como algumas espécies existem até hoje? Conheça alguns dos exemplos mais bizarros ainda deixados pela natureza

<head></head><body>A evolução é um processo natural dos seres vivos. De acordo com a teoria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118112-charles-darwin-comia-tartarugas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Darwin</a>, a seleção natural faz com que os nossos organismos se adaptem às mudanças no planeta e estejam cada vez mais aptos a produzir espécies mais fortes, resilientes e com "menos defeitos".&nbsp;Quando uma espécie não consegue se adaptar, ela infelizmente acaba morrendo. Porém, quando o assunto é evolução, não existe um padrão estético que dite como seres vivos evoluídos devem se parecer e alguns exemplos podem ser até mesmo assustadores. Confira seis resultados esquisitíssimo da seleção natural!<h2>1. Peixe-bolha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/05/05160155974017.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodução)">(Fonte: Internet/Reprodução)Poucas criaturas no mundo são tão estranhas quanto o peixe-bolha. Em 2013, esse animal foi votado como "O Animal Mais Feio do Mundo", um título que detém até hoje e com toda razão. Apesar da aparência, essa criatura é um predador muito bem adaptado as circunstâncias do seu habitat.O peixe-bolha sabe esperar pacientemente pela sua presa e usa sua mandíbula forte para triturar sua comida. Por fim, seu exterior horrendo é extremamente útil para se defender de ataques de polvos.&nbsp;<h2>2. Pepino-do-mar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/05/05160102973016.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Sem motivos para pânico, o pepino-do-mar não é um cocô boiando na água. Batizado por se parecer um pouco com o fruto, essa criatura completamente esquisita já foi vista como uma iguaria com alta demanda na Ásia.&nbsp;Por conta da pesca predatória, tem sido considerado um produto cada vez mais raro e caro. O pepino-do-mar não é exatamente um peixe, mas um primo distante das estrelas-do-mar e dos ouriços.<h2>3. Dioneia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/05/05155950520015.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A dioneia, também chamada de apanha-moscas, é uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/36520-estranha-especie-de-planta-carnivora-e-descoberta-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas carnívoras</a> mais famosas no mundo. Em geral, esse ser vivo se alimenta de aranhas, formigas e moscas usando suas poderosas folhas em formato de "v" para abocanhar a presa. Essa planta é nativa dos pântanos dos Estados Unidos.Apesar de também conseguir realizar a fotossíntese e produzir seu próprio alimento, esse organismo vivo sempre consegue uma desculpa para engolir uma potencial refeição que estiver passando por perto.<h2>4. Rato-toupeira-pelado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/05/05155852519014.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Não é exatamente calvície, mas o rato-toupeira-pelado não é uma espécie de animal com grande riqueza capilar. Essa criatura nativa da África do Sul chama atenção pelo seu corpo completamente sem pelos e pode ser vista como "fofinha" por algumas pessoas.Porém, saiba que eles não são nada fofos. Com seus potentes dentes, esses roedores escavam túneis pelo subsolo devorando os tubérculos das plantas, que são as partes onde elas armazenam energia para sobreviver.<h2>5. Peixe-tigre-golias</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/98/Poisson-Tigre_Goliath_sous_les_yeux_du_journaliste_halieutique_David_Mailland_-_Congo_23.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/05/05155752660013.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Você já imaginou cruzar com um peixe com dentes do mesmo tamanho dos de um tubarão-branco? Esse é o caso do peixe-tigre-golias, que pode ultrapassar o tamanho de um homem adulto. Esse animal colossal é nativo do Rio Congo e é o equivalente ao que conhecemos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45069-conheca-algumas-curiosidades-sobre-as-piranhas-os-peixes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piranhas</a>, só que ainda maior.Se tudo isso não fosse assustador o suficiente, esses peixes caçam em grupos e são conhecidos por serem capazes de pular e pegar pássaros voando.<h2>6. Mariposa-Poodle</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/05/05155702409012.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A mariposa-poodle é o mais perto de um Pokémon que você encontrará nessa lista e prova como a evolução pode gerar criaturas completamente peculiares e estranhas. Esse inseto foi descoberto na Venezuela em 2009 e desde então vem chamando a atenção de pesquisadores pelo seu formato.Essa mariposa possui seis patas peludas, quatro asas e um par de antenas que mais se parecem com uma escova. Apesar da aparência assustadora, a mariposa-poodle não oferece nenhum tipo de perigo. Sua dieta é composta por néctar, plantas herbáceas, sucos de frutas e nutrientes encontrados nas fezes de animais.&nbsp; </body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.345Z

6 resultados bizarros da evolução das espécies

Imagem de 6 espécies de animais que não parecem ser de verdade no megacurioso

Já parou para imaginar quantas surpresas a natureza nos reserva ao redor do mundo? Essas criaturas são exemplos claros da aleatoriedade da vida

A natureza &eacute; lar para uma s&eacute;rie de criaturas realmente fascinantes. Entretanto, algumas delas s&atilde;o t&atilde;o inacredit&aacute;veis que parecem ter sa&iacute;do direto de um filme de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica criado nos est&uacute;dios de Hollywood. E engana-se quem pensa que os animais bizarros s&oacute; vivem na Austr&aacute;lia.
Pensando nisso, n&oacute;s separamos uma lista com seis esp&eacute;cies de animais completamente malucas e que simplesmente n&atilde;o parecem existir de verdade. Olhe s&oacute; e nos conte qual foi a que mais te surpreendeu!
<h2>1. Bico-de-tamanco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25172645233394.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Imagine s&oacute; uma ave gigantesca com um bico em formato daqueles sapatos holandeses cl&aacute;ssicos. Esse &eacute; o caso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115777-bico-de-tamanco-a-ave-capaz-de-decapitar-um-crocodilo-filhote.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bico-de-tamanco</a>, uma ave que parece uma mistura de cegonha, pelicano e gar&ccedil;a ap&oacute;s sofrerem muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas em laborat&oacute;rio &mdash; isso tudo sem ser parente de nenhum deles.
Esse animal vive nas regi&otilde;es pantanosas do continente africano e consegue permanecer parado por horas consecutivas. Se tudo isso n&atilde;o bastasse, o seu &ldquo;grito&rdquo; &eacute; considerado um dos sons mais esquisitos j&aacute; emitidos por um p&aacute;ssaro na Terra.&nbsp;
<h2>2. Ornitorrinco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25173032327400.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O que dizer dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116784-ornitorrincos-brilham-na-luz-negra-e-ninguem-sabe-o-porque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ornitorrincos</a>? Esse mam&iacute;fero em forma de castor com bico de pato e que bota ovos como se fosse uma galinha &eacute; uma das inven&ccedil;&otilde;es mais inacredit&aacute;veis da natureza, apesar de ser muito real. Essa &eacute; inclusive apenas uma das duas esp&eacute;cies&nbsp;de mam&iacute;feros no mundo que chocam ovos &mdash; o segundo exemplo &eacute; a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119074-cientistas-revelam-misterio-sobre-penis-de-4-cabecas-de-equidnas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">equidna</a>.
O processo de amamenta&ccedil;&atilde;o &eacute; completamente bizarro: os beb&ecirc;s lambem o leite que &eacute; expelido pelo corpo da m&atilde;e como se fosse suor.
<h2>3. Sapo peludo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25173201983401.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nas &aacute;guas da Nig&eacute;ria, Camar&otilde;es, Gab&atilde;o e outros pa&iacute;ses africanos vive uma criatura desconexa da realidade: o sapo peludo. &Eacute; quase como se esses anf&iacute;bios tivessem sido mordidos por um lobisomem e desenvolvido pelos na parte de tr&aacute;s do corpo. Os sapos machos desenvolvem fios peludos para acomodar mais oxig&ecirc;nio e compensar por seus pequenos pulm&otilde;es.
E essa est&aacute; longe de ser a &uacute;nica surpresa. Esses sapos tamb&eacute;m t&ecirc;m a habilidade de transformar seus ossos em garras na quest&atilde;o de um instante, tornando-se um real assassino.&nbsp;
<h2>4. Pangolim</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25173424405405.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os pangolins s&atilde;o uma verdadeira m&aacute;quina de guerra em formato de animal. Al&eacute;m de terem uma grossa camada de escamas que lhes protege de potenciais predadores, esses &ldquo;tatus&rdquo; gigantes conseguem se enrolar no formato de uma bola para construir uma camada extra de prote&ccedil;&atilde;o.
Nessas condi&ccedil;&otilde;es, at&eacute; mesmo le&otilde;es e tigres ficam sem saber o que fazer por n&atilde;o conseguirem machucar esses mam&iacute;feros. Por fim, os pangolins usam suas longas l&iacute;nguas de tamandu&aacute; para conseguirem se infiltrar em buracos e ca&ccedil;ar insetos.
<h2>5. Axolote</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25173448577408.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por mais parecido com um Pok&eacute;mon que seja, eu te garanto que o axolote &eacute; uma criatura de verdade. Essa salamandra anf&iacute;bia vive em ambientes aqu&aacute;ticos no M&eacute;xico, se alimenta de peixes, insetos e minhocas. Sua caracter&iacute;stica mais impressionante &eacute; conseguir regenerar seus &oacute;rg&atilde;os, incluindo o cora&ccedil;&atilde;o e at&eacute; mesmo partes do c&eacute;rebro.
Apesar de estarem amea&ccedil;ados de extin&ccedil;&atilde;o na natureza, os axolotes se tornaram animais de estima&ccedil;&atilde;o ex&oacute;ticos para algumas pessoas. Um dos principais motivos disso &eacute; por serem de f&aacute;cil manuten&ccedil;&atilde;o.
<h2>6. Pitohui</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/25/25173536139409.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De longe, voc&ecirc; pode at&eacute; pensar que o pitohui &eacute; uma ave extremamente comum e inofensiva. O problema, por&eacute;m, &eacute; que esse p&aacute;ssaro nativo das florestas tropicais de Nova Guin&eacute; &eacute; um dos poucos conhecidos no mundo por ser venenoso. Voc&ecirc; n&atilde;o est&aacute; lendo errado!
Sua pele e penas possuem uma toxina chamada batracotoxina, que pode provocar sensa&ccedil;&atilde;o de dorm&ecirc;ncia e paralisa&ccedil;&atilde;o da boca em seres humanos. Essa &eacute; uma das principais armas dessa esp&eacute;cie para se manter livre de predadores e parasitas.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:44.413Z

6 espécies de animais que não parecem ser de verdade

Imagem de Como os cães se tornaram os melhores amigos das pessoas? no megacurioso

A ciência ainda busca explicações para a parceria iniciada há milhares de anos

Com frequ&ecirc;ncia lemos em algum lugar ou ouvimos algu&eacute;m dizer que "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118897-dicionario-canino-12-comportamentos-dos-caes-e-seus-significados.htm" target="_blank" title="Dicion&aacute;rio canino: 12 comportamentos dos c&atilde;es e seus significados">o cachorro &eacute; o melhor amigo do ser humano</a>". Mas como eles se tornaram parceiros t&atilde;o fi&eacute;is? Quando essa rela&ccedil;&atilde;o de companheirismo e confian&ccedil;a come&ccedil;ou? A ci&ecirc;ncia concorda que os c&atilde;es s&atilde;o descendentes dos lobos, evoluindo para os primeiros animais domesticados pelos humanos. Mas &eacute; a&iacute; que acaba o consenso.
Ainda existe um grande mist&eacute;rio envolvendo o in&iacute;cio de tudo e pesquisadores buscam entender como esses animais foram mudados devido &agrave; a&ccedil;&atilde;o humana, seja por meio da gen&eacute;tica ou da arqueologia.
<h2>O in&iacute;cio de uma parceria milenar</h2>
No meio cient&iacute;fico, a hist&oacute;ria sobre como os c&atilde;es foram domesticados a partir dos lobos &eacute; um tema complexo que costuma gerar muitas discuss&otilde;es. Os pesquisadores acreditam que esses animais&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119044-populacao-de-cachorros-foi-dizimada-por-europeus-na-america.htm" target="_blank" title="Popula&ccedil;&atilde;o de cachorros foi dizimada por europeus na Am&eacute;rica">come&ccedil;aram a se mover pelo mundo</a> h&aacute; cerca de 20 mil anos, provavelmente, j&aacute; com seus companheiros humanos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Pexels/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pexels.com/pt-br/foto/dois-pastores-alemaes-adultos-pretos-e-bronzeados-correndo-no-chao-1633522/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/21/21105345431098.jpg" alt="Ci&ecirc;ncia busca entender como tudo come&ccedil;ou" />Ci&ecirc;ncia busca entender como tudo come&ccedil;ou.
Nos &uacute;ltimos anos, cientistas t&ecirc;m se baseado em estudos gen&eacute;ticos e achados arqueol&oacute;gicos para identificarem ind&iacute;cios sobre como os c&atilde;es e os seres humanos passaram a viver juntos. Algumas pesquisas recentes apontam que isso deve ter ocorrido entre 14 mil e 29 mil anos atr&aacute;s.
Os homens que viveram nas cavernas na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115797-ultimo-rinoceronte-lanudo-foi-comido-por-canideo-indica-estudo.htm" target="_blank" title="&Uacute;ltimo rinoceronte-lanudo foi comido por can&iacute;deo, indica estudo">&uacute;ltima era do gelo</a> foram os respons&aacute;veis por come&ccedil;ar a amizade entre as esp&eacute;cies. Com a queda significativa na temperatura, os humanos desse per&iacute;odo come&ccedil;aram a alimentar lobos que se aproximavam dos assentamentos com sobras de carne.
Contudo, &eacute; interessante observar que os lobos eram uma esp&eacute;cie competitiva para os humanos da Eur&aacute;sia, visto que ambos procuravam por presas parecidas, a exemplo dos veados, para sua sobreviv&ecirc;ncia.
<h2>Necessidade vs. oferta</h2>
Como lobos e homens tinham alvos semelhantes e competiam por eles, alguns pesquisadores come&ccedil;aram a se questionar por qual motivo os humanos antigos simplesmente n&atilde;o acabaram com os concorrentes, pois j&aacute; possu&iacute;am as ferramentas e habilidades necess&aacute;rias para isso.
De acordo com cientistas finlandeses, a resposta para essa quest&atilde;o e outras mais complexas est&aacute; relacionada ao fator necessidade vs. oferta. Considerando as necessidades cal&oacute;ricas, os humanos que j&aacute; viviam como coletores e ca&ccedil;adores, muitas vezes tinham excedente de carne. E, ao contr&aacute;rio dos lobos, n&atilde;o precisavam devorar um cervo inteiro. Ao alimentar os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116550-lobos-tambem-podem-sentir-saudades-de-humanos.htm" target="_blank" title="Lobos tamb&eacute;m podem sentir saudades de humanos">lobos selvagens</a> com a carne que sobrava, o homem come&ccedil;ou a modificar esses animais dando in&iacute;cio &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o dos c&atilde;es.
&Eacute; isso que pensa Marina Lahtinen, arque&oacute;loga, qu&iacute;mica e cientista s&ecirc;nior da Finnish Food Authority (Autoridade Alimentar Finlandesa). A pesquisadora recolheu amostras de animais que tanto os seres humanos quantos os lobos teriam atacado, como veados, cavalos e alces. Depois, ela e sua equipe analisaram o conte&uacute;do energ&eacute;tico da comida e compararam com a ingest&atilde;o m&eacute;dia que um humano da &uacute;ltima idade do gelo necessitaria.
O resultado dos estudos da especialista finlandesa mostrou que o conte&uacute;do de energia ultrapassava a quantidade necess&aacute;ria para ingest&atilde;o do homem. Sendo assim, o excesso de comida deve ter sido compartilhado com os lobos.
Nesse processo de milhares de anos, o ponto onde os seres humanos perceberam que esses lobos que se aproximavam mais deles poderiam ser usados como excelentes companheiros nas viagens de ca&ccedil;a, &eacute; tido como o primeiro passo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116822-raposa-se-torna-melhor-amiga-do-homem-que-salvou-sua-vida.htm" target="_blank" title="Raposa se torna melhor amiga do homem que salvou sua vida">domestica&ccedil;&atilde;o</a>.
<h2>A gen&eacute;tica das mudan&ccedil;as</h2>
Os estudos gen&eacute;ticos t&ecirc;m um papel fundamental nas pesquisas que buscam entender como os seres humanos mudaram e promoveram altera&ccedil;&otilde;es evolutivas nos lobos. Uma pesquisa publicada na revista BMC Biology, aponta que os tra&ccedil;os comportamentais desses animais foram a primeira coisa a ser modificada.
Por exemplo, comportamentos com menos agressividade e redu&ccedil;&atilde;o do medo dos seres humanos estavam entre as primeiras altera&ccedil;&otilde;es. As mudan&ccedil;as nas caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas, como as orelhas ca&iacute;das e mand&iacute;bulas menores, vierem muito tempo depois.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/21/21105521353101.jpg" alt="Gen&eacute;tica pode explicar mudan&ccedil;as comportamentais" />Gen&eacute;tica pode explicar mudan&ccedil;as comportamentais.
J&aacute; o pesquisador Jeffrey Kidd e sua equipe da Universidade de Michigan conseguiram identificar 178 genes que podem estar relacionados &agrave; domestica&ccedil;&atilde;o dos c&atilde;es. O cientista conduziu um estudo de genoma completo envolvendo 43 c&atilde;es de aldeia e 10 lobos.
Para isso, os pesquisadores compararam o DNA de lobos com restos mortais de c&atilde;es enterrados h&aacute; 5 mil anos e c&atilde;es de aldeia, esses &uacute;ltimos s&atilde;o animais que vagam procurando comida pr&oacute;ximo dos humanos e se acasalam livremente. Segundo Kidd, os c&atilde;es de aldeia foram usados na pesquisa porque seus genes n&atilde;o foram alterados pelos seres humanos nos &uacute;ltimos 300 anos, ao contr&aacute;rio dos chamados c&atilde;es de ra&ccedil;a.
O fato &eacute; que n&atilde;o importa muito quais explica&ccedil;&otilde;es a ci&ecirc;ncia j&aacute; encontrou e, provavelmente, ainda encontrar&aacute; para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119364-cachorros-precisam-usar-cinto-de-seguranca.htm" target="_blank" title="Cachorros precisam usar cinto de seguran&ccedil;a?">amizade fiel entre o c&atilde;o e o homem</a>. Esse animal de quatro patas sempre teve um papel fundamental na hist&oacute;ria humana, seja na antiguidade ou na hist&oacute;ria mais recente com participa&ccedil;&atilde;o em guerras, resgates e prote&ccedil;&atilde;o de seus companheiros de duas pernas.

thumb-image-2024-02-29T14:05:39.758Z

Como os cães se tornaram os melhores amigos das pessoas?

Imagem de Por que os seres humanos têm queixos? no megacurioso

Cientistas buscam respostas para explicar o fato de humanos serem os únicos seres vivos que contam com a presença de um queixo em sua anatomia

<head></head><body>Você já parou para pensar qual é a utilidade do <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/68311-23-fatos-curiosos-e-aleatorios-que-vao-deixar-seu-queixo-caido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queixo</a> para o seu corpo? Apesar de todos nós termos um, é bem provável que você encontre certa dificuldade para chegar a uma conclusão para essa resposta. Independente se o seu queixo é mais definido que a média ou considerado "fraco", ele continuará parecendo irrelevante para a sua vida.Na natureza, nós somos os únicos animais que contam com essa parte do corpo — inclusive em comparação com primatas e outros parentes próximos. Esse é um mistério que por muito tempo tem intrigado pesquisadores ao redor do mundo, o que resultou na criação de inúmeras teorias para explicar esse mistério.<h2>Entendendo os queixos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/14/14090804299032.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Antes de mais nada, é importante entendermos o que os queixos realmente são. Para simplificar essa resposta, compreendemos essa parte do corpo como uma protuberância do osso que aparece logo abaixo da parede frontal da nossa mandíbula inferior.&nbsp;Em criaturas como os chimpanzés e os tubarões, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/117689-mandibula-de-fosforo-a-condicao-letal-em-mulheres-do-seculo-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mandíbulas</a> dobram para dentro em vez de existir a formação de um queixo. Para se ter ideia, mesmo nossos parentes extintos mais próximos, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104294-e-se-os-neandertais-nunca-tivessem-entrado-em-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>, não os tinham. Inclusive, essa é uma maneira muito prática para os cientistas diferenciarem um crânio de neandertal com o de um ser humano.Ao longo dos anos, nunca existiu uma conclusão para a função do queixo no nosso processo evolutivo. Entretanto, a primeira teoria existente é de que essa protuberância tenha aparecido para nos ajudar com a mastigação. Segundo essa tese, a existência de um osso adicional serviria para diminuir o estresse causado durante a trituração de alimentos — o que não faria muito sentido quando observamos a mastigação de outros primatas.<h2>Processo evolutivo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/14/14090847721033.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se o queixo não existe para nos ajudar a mastigar, então qual a sua real função? A grande verdade é que não há nada comprovado sobre esse tema. Em 1979, os biólogos Stephen J. Gould e Richard Lewontin argumentaram que a probabilidade mais palpável é que esse seja um traço evolutivo "não-adaptativo" da nossa anatomia.E o que isso significa? Significa que, nesse caso, é mais provável que o queixo seja subproduto de uma mudança acontecendo em outra parte do corpo. Em um estudo publicado pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, estima-se que o fato da nossa face ter diminuído ao longo dos anos tenha gerado a necessidade da existência do queixo para a sustentação de outros ossos.Como nossos ancestrais desenvolveram métodos para facilitar a alimentação, logo as mandíbulas muito fortes foram desaparecendo. Por consequência, nossos crânios passaram por um longo processo de adaptação, o qual, em algum ponto, resultou no inusitado e exclusivo surgimento dos queixos dentro da nossa espécie.&nbsp; </body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:39.432Z

Por que os seres humanos têm queixos?

Imagem de 4 animais estranhos que surgiram com a evolução no megacurioso

Cada animal se adapta como pode ao longo da evolução, mas alguns adotaram umas soluções bem originais...

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a> acontece conforme os animais que se adaptam melhor ao ambiente conseguem se reproduzir e passar suas características aos seus descendentes, ao longo de milhões e milhões de anos.&nbsp;A teoria, <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/42150-6-coisas-que-talvez-voce-nao-saiba-sobre-charles-darwin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">disseminada por Darwin</a>, a gente aprende na escola... Mas, na prática, o processo evolutivo pode gerar alguns resultados bem interessantes. Ou, usando o português mais direto, estranhos. Afinal, como que um sapo acaba ficando transparente e nós perdemos nosso rabo? Pois é...Sobre as partes que os humanos perderam ao longo da evolução, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118054-10-partes-do-corpo-que-os-humanos-perderam-durante-a-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">você pode ler nesse outro texto</a>. Mas sobre as soluções estranhas que outros animais desenvolveram, você lê nessa lista, a seguir.<h2>1. O sapo transparente</h2>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/26391-por-que-a-pele-fica-vermelha-quando-nos-queimamos-no-sol-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pele</a> é o maior do corpo humano e ajuda a proteger (e esconder) nossos órgãos internos. Então, pela nossa perspectiva, uma pele transparente (e que deixa nossos órgãos expostos) não parece muito útil.&nbsp;Ainda assim, os sapos da família Centrolenidae evoluíram para ter uma pele que permite ver seus corações batendo e seus intestinos trabalhando. Quer dizer... a parte de cima do corpo deles é verde, mas a parte de baixo deixa ver tudo! Qual a utilidade disso?Essa é a pergunta que os cientistas se fizeram durante muito, muito tempo... Até que testes demonstraram que a cor verde da parte de cima é ideal para se confundir com as folhas, enquanto o abdômen e as perninhas transparentes confundem os predadores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/30/30232105387011.jpeg" alt="Imagem: CGTN/Reprodução">Imagem: CGTN/Reprodução<h2>2. O peixe que anda</h2>Por mais que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/103166-conheca-o-axolote-um-anfibio-fofinho-com-capacidade-de-regeneracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">axolote</a> pareça um peixe, ele não é um — na verdade, ele é um anfíbio. Mas ao contrário da maioria dos anfíbios, ele mantém suas guelras até a idade adulta e vive quase toda sua vida debaixo d'água. Ele nada pelos lagos mexicanos onde mora e, quando chega ao fundo, tira suas patinhas para fora e começa a andar normalmente.Além disso, o visual do bicho é outro destaque, com seus apêndices que mais parecem cabelos arrepiados e a carinha que parece estar sorrindo. É estranho, porém fofo, não?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01000025264020.jpeg" alt="Imagem: MegaCurioso">Imagem: MegaCurioso<h2>3. Os pais exemplares</h2>Os axolotes não são peixes, mas os cavalos-marinhos são — e não, eles não são parentes dos cavalos terrestres, mas sim peixes da família Syngnathidae. Em todas as espécies dessa família, <a href="https://www.megacurioso.com.br/dia-das-maes/43121-10-pais-do-reino-animal-que-sao-verdadeiras-maes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quem carrega os bebês é o macho</a>, não a fêmea.&nbsp;Esse arranjo auxilia os cavalos-marinhos e seus colegas da família Syngnathidae a se reproduzirem. Isso porque as fêmeas já gastam muita energia criando os ovos, então deixar a gestação para os machos é uma forma de dividir tarefas e aumentar as chances de sobrevivência de toda a espécie.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01001258552028.jpeg" alt="Imagem: MegaCurioso">Imagem: MegaCurioso<h2>4. A água-viva que volta no tempo</h2>Como diziam Sandy &amp; Junior, "o que é imortal não morre no final" e esse é o caso da água-viva da espécie Turritopsis dorhnii.&nbsp;Ela tem um mecanismo incrível que permite que, quando a situação está complicada para sua sobrevivência, ela volte aos estágios iniciais de desenvolvimento.&nbsp;Fazendo uma comparação grosseira, é como se a gente decidisse voltar a ser um bebê quando algo de ruim acontecesse. Desse modo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/infografico/44760-6-animais-que-sao-praticamente-imortais-infografico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ela é praticamente imortal</a>.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01002432872037.jpeg" alt="Imagem: Reddit/Reprodução">Imagem: Reddit/ReproduçãoA evolução é mesmo incrível, né? Para ler outras matérias sobre o assunto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clique aqui</a>.&nbsp; </body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:36.836Z

4 animais estranhos que surgiram com a evolução

Imagem de Cientistas descobrem porque os animais evoluíram para sentir gostos no megacurioso

A habilidade de distinguir sabores surgiu na evolução para assegurar que os animais comam apenas aquilo que é nutritivo para eles

<head></head><body>A gente se alimenta para absorver nutrientes e continuar vivos — mas também porque as comidas têm sabores agradáveis, não é mesmo? A questão é que um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) descobriu que a habilidade de detectar sabores se desenvolveu para assegurar que os animais comam apenas as coisas certas.&nbsp;A sensibilidade para sabores salgados, doces ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/102075-voce-sabia-que-o-ovo-e-umami.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">umami</a> (um sabor menos conhecido, mas que também faz parte dos gostos básicos do paladar humano) serve para detectar o que é um alimento nutritivo e o que não é. Assim, os animais não precisam comer de tudo (e gastar energia processando tudo) para absorver os nutrientes necessários.&nbsp;O organismo sabe quais elementos precisa e nos recompensa com sabores agradáveis quando ingerimos comidas que possuem esses elementos. Isso é uma realidade não apenas para humanos, mas também para outros animais. Os cientistas norte-americanos estudaram mamíferos, peixes e insetos para chegar a essa conclusão, por exemplo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/21/21214337457480.jpg" alt="Imagem: Unsplash">Imagem: Unsplash<h2>As chaves do paladar</h2>A relação entre os elementos químicos e os sabores é bastante complexa e depende de uma espécie para a outra, mas um dos elementos que mais ativa os receptores de sabor em humanos é o sódio — responsável pelo gosto salgado. A gente precisa de uma dose diária desse elemento e gostamos de comidas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/75664-o-que-e-o-sal-do-himalaia-ele-e-realmente-melhor-que-o-sal-branco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um pouco de sal</a>.Contudo, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/69720-quanto-e-possivel-comer-de-cada-coisa-antes-de-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma dose muito grande de sódio</a> pode ser prejudicial, enfiar uma colher cheia de sal não é nada que nos agrada, assim como comidas muito salgadas em geral. Já o umami está associado ao nitrogênio, outro elemento essencial para nossa vida. Por fim, os cientistas também afirmam que o fósforo aciona os receptores de sabor. Padrões semelhantes foram encontrados nas várias espécies pesquisadas.&nbsp;De acordo com os pesquisadores, essa habilidade se desenvolveu mais em animais onívoros (como nós, humanos) ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69683-5-animais-vegetarianos-que-gostam-muito-de-uma-carnificina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herbívoros</a> que comem vários tipos de plantas, como modo de selecionar aquilo que é mais nutritivo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/21/21214246020479.jpg" alt="Imagem: Unsplash">Imagem: UnsplashIsso porque como o sódio, nitrogênio e fósforo não existem em grandes quantidades nos alimentos disponíveis na natureza — pelo menos não nas grandes quantidades que os organismos dos animais demandam. Desse modo, detectar esses componentes pelo paladar é uma maneira eficiente de saber que você está comendo os alimentos corretos e evitar que eles gastem energia com comidas desnecessárias.&nbsp;Já grandes predadores, como as orcas, já garantem os nutrientes necessários em suas caças. Seus organismos ainda detectam o sal, que pode ser prejudicial em excesso, mas não são tão apurados para o nitrogênio ou fósforo, como em outros animais.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:35.517Z

Cientistas descobrem porque os animais evoluíram para sentir gostos

Imagem de Homo sapiens: como chegamos até aqui? no megacurioso

Por que somos chamados de Homo sapiens? Como se deu a evolução das espécies? Entenda um pouco mais sobre nós mesmos

Como chegamos at&eacute; aqui? Sabemos que as esp&eacute;cies humanas evolu&iacute;ram durante milhares de anos para chegar at&eacute; ao Homo sapiens. Mas como se deu essa evolu&ccedil;&atilde;o e o que fez com que a nossa esp&eacute;cie fosse vitoriosa e n&atilde;o desaparecesse como outras esp&eacute;cies j&aacute; extintas?
Em 1758, o cientista sueco Carl Linnaeus foi o primeiro pesquisador a dar aos humanos o nome de H. sapiens. O termo em latim significa homem s&aacute;bio. O Homo sapiens &eacute; uma esp&eacute;cie de primata altamente inteligente, incluindo todos os seres humanos vivos. Nossa esp&eacute;cie tamb&eacute;m pode ser chamada de Homo sapiens sapiens. Na linhagem de evolu&ccedil;&atilde;o do g&ecirc;nero Homo, esp&eacute;cies e subesp&eacute;cies, somos os &uacute;nicos que ainda n&atilde;o fomos extintos.
<h2 style="text-align: justify;">A hist&oacute;ria da evolu&ccedil;&atilde;o humana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/27/27120128517178.png" alt="As habilidades de fazer arte e relatar momentos &eacute; um dos ind&iacute;cios de evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies. (Fonte:Freepik/Powerbee)" />As habilidades de fazer arte e relatar momentos &eacute; um dos ind&iacute;cios de evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies. (Fonte:Freepik/Powerbee)
H&aacute; 6 milh&otilde;es de anos uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/40008-8-fatos-que-voce-ainda-nao-sabia-sobre-a-evolucao-humana.htm" target="_blank">esp&eacute;cie ancestral de humanos</a>, chimpanz&eacute;s e bonobos vivia no continente africano. Nessa &eacute;poca, um grupo desses "macacos ancestrais" come&ccedil;ou a se diferenciar e se separar, dando in&iacute;cio aos homin&iacute;neos.
Este ramo &eacute; o come&ccedil;o da nossa &aacute;rvore evolutiva, incluindo todos os humanos modernos, esp&eacute;cies j&aacute; extintas e membros dos g&ecirc;neros Homo, Australopithecus, Paranthropus e Ardipithecus.
Depois que os homin&iacute;neos se separam de outros macacos, ainda havia milh&otilde;es de anos at&eacute; que qualquer esp&eacute;cie de Homo comece a surgir. Embora j&aacute; existam muitos estudos e descobertas, a origem do g&ecirc;nero Homo segue obscura. Sabe-se, por exemplo, que o f&oacute;ssil mais antigo dessa esp&eacute;cie encontrado at&eacute; hoje, relatado na revista Science em 2015, data de 2,8 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, embora n&atilde;o se saiba precisar de qual esp&eacute;cie ele pertenceu.
Possivelmente, o H. sapiens mais antigo, descrito em um artigo na Nature em 2017, pode ter aparecido h&aacute; 315 mil anos. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110799-os-cientistas-tem-um-truque-bem-curioso-para-diferenciar-fosseis-de-rochas.htm" target="_blank">restos fossilizados </a>encontrados junto com ferramentas de pedra dentro de uma caverna marroquina sugerem que os humanos modernos tenham surgidos nesse per&iacute;odo, bem antes do que se imaginava at&eacute; ent&atilde;o.
<h2 style="text-align: justify;">Nem sempre estivemos sozinhos</h2>
Quando se trata de descobrir exatamente quantas esp&eacute;cies distintas de humanos j&aacute; existiram, &eacute; dif&iacute;cil dizer, pois at&eacute; os dias atuais os pesquisadores continuam desenterrando novos f&oacute;sseis que acabam derivando novos estudos. O Museu Nacional de Hist&oacute;ria Natural Smithsonian listou pelo menos 21 esp&eacute;cies humanas reconhecidas pela maioria dos cientistas.
Nos &uacute;ltimos 15 anos, o n&uacute;mero de esp&eacute;cies de Homo conhecidas passou de quatro para nove, segundo o especialista em <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/75238-5-sinais-de-que-os-seres-humanos-continuam-evoluindo.htm" target="_blank">evolu&ccedil;&atilde;o humana</a> Chris Stringer, do Museu Brit&acirc;nico de Hist&oacute;ria Natural. Mas, apesar de o Homo sapiens ser a &uacute;nica esp&eacute;cie sobrevivente, nem sempre foi assim. H&aacute; milhares de anos, havia muitas outras esp&eacute;cies na terra.
Presume-se que o Homo sapiens viveu ao lado de oito esp&eacute;cies de humanos h&aacute; cerca de 300 mil anos, al&eacute;m das esp&eacute;cies que vieram antes. H&aacute; ainda discuss&otilde;es acerca de defini&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie devido a cruzamentos entre neandertais, H. sapiens e H. denisovans &mdash; esp&eacute;cie descoberta na caverna Denisova, na R&uacute;ssia.
Dessa forma, alguns estudiosos acreditam que as esp&eacute;cies deveriam ser agrupadas, sendo humanos modernos H. sapiens sapiens, enquanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116379-heranca-neandertal-aumenta-a-gravidade-da-covid-19.htm" target="_blank">neandertais</a> seriam H. sapiens neanderthalensis e os Denisovans seriam H. sapiens denisovans. Contudo, Chris Stringer refor&ccedil;a que humanos e neandertais s&atilde;o esp&eacute;cies distintas porque sua estrutura &oacute;ssea &eacute; diferente. Ou seja, mesmo com cruzamentos, as esp&eacute;cies s&atilde;o diferentes.
<h2 style="text-align: justify;">A defini&ccedil;&atilde;o anat&ocirc;mica e arqueol&oacute;gica de um ser humano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/27/27120658700184.png" alt="O tamanho dos cr&acirc;nios s&atilde;o uma das caracter&iacute;sticas que diferenciam as esp&eacute;cies. (Fonte: Shutterstock/Puwadol)" />O tamanho dos cr&acirc;nios s&atilde;o uma das caracter&iacute;sticas que diferenciam as esp&eacute;cies. (Fonte: Shutterstock/Puwadol)
Para definir a nossa esp&eacute;cie das demais, alguns pesquisadores identificam essas diferen&ccedil;as pelo esqueleto, enquanto arque&oacute;logos dizem que &eacute; o comportamento que define os humanos modernos. Por isso, n&atilde;o h&aacute; um consenso sobre uma defini&ccedil;&atilde;o exata do que constitui o g&ecirc;nero Homo, de acordo com uma revis&atilde;o de 2015 publicada na revista Science.
De maneira geral, anatomicamente, o g&ecirc;nero Homo tem uma caixa craniana longa e baixa e uma sali&ecirc;ncia da sobrancelha forte e cont&iacute;nua. J&aacute; a esp&eacute;cie H. sapiens tem caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas distintas com uma grande caixa craniana arredondada, aus&ecirc;ncia da sali&ecirc;ncia nas sobrancelhas, um queixo e uma pelve estreita em compara&ccedil;&atilde;o com outras esp&eacute;cies do mesmo g&ecirc;nero.
Para os estudiosos que acreditam que o comportamento &eacute; o que diferencia as esp&eacute;cies do g&ecirc;nero Homo, a principal diferencia&ccedil;&atilde;o &eacute; por meio das caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas e comportamentais. Essas caracter&iacute;sticas s&atilde;o evid&ecirc;ncias de comportamento como enterro de mortos, arte ritual, decora&ccedil;&atilde;o, tecnologia de l&acirc;mina e pesca, entre outros.
No entanto, os pesquisadores apontam que esses h&aacute;bitos referem-se a comportamentos euroc&ecirc;ntricos e podem n&atilde;o ser aplicados a H. sapiens encontrados em outras partes do mundo. Essas informa&ccedil;&otilde;es fazem parte de uma revis&atilde;o de 2003 publicada na revista Current Anthropology.

thumb-image-2024-02-29T14:05:33.388Z

Homo sapiens: como chegamos até aqui?

Imagem de Quais sinais podem indicar vida em outros planetas? no megacurioso

O possível encontro de fungos em Marte despertou uma dúvida em cientistas: como é possível ter certeza de que há vida fora da Terra?

<head></head><body>Nesta última sexta-feira (7), um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/216898-fungo-encontrado-marte-fake-news-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">possível fungo encontrado em Marte</a> levantou novas suspeitas para a comunidade científica e sua procedência — ser real ou não — resgatou o pensamento crítico de "quais sinais podem indicar vida em outro planeta?". Enquanto vivemos o início da era das missões exploratórias espaciais, pouco de fato é sabido sobre o que representa um organismo vivo fora da Terra, e especialistas já estão dando os seus primeiros movimentos para avançar os estudos na área.Desde 1976, com o lançamento das missões <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118631-vikings-construiram-barco-de-pedras-para-se-proteger-do-ragnarok.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vikings</a> para Marte, a NASA vem encontrando dificuldades para conseguir detectar a presença de vida extraterrestre, especialmente pela falta de métodos de isolamento de substâncias mais complexas e pela desafio em tratar adequadamente as amostras coletadas. O conhecimento de que composições orgânicas que contêm carbono, hidrogênio e oxigênio comumente associam tais moléculas à própria ideia de vida, mas será que em outro planeta essas bioassinaturas indicariam o mesmo que na Terra?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/08/08070927218001.jpg" alt="(Fonte: Johns Hopkins University / Reprodução)">(Fonte: Johns Hopkins University / Reprodução)Para esclarecer esses inúmeros questionamentos, os cientistas tiveram que regressar para um ponto inicial da discussão: "o que é a vida?". Então, na tentativa de entender essa química fundamental do Universo, foi necessário acionar a estrutura da Escada de Detecção de Vida, um método prático de construção de evidências para observar um potencial sinal de bioassinatura. "O ponto de partida aqui é que a vida tem muitas características, mas nenhuma característica é um sinal revelador da vida em si mesma", disse Marc Neveu, astrobiólogo da Universidade de Maryland, College Park e do Goddard Space Flight Center.<h2>Escada de Detecção de Vida</h2>A Escada de Detecção de Vida parte de premissas objetivas para a análise de um organismo vivo, fundamentando-se em sete degraus que se direcionam dos sinais mais fracos (base) até os mais fortes (topo). Assim, o processo de observação leva em consideração a estrutura de biofábrica, potencial ciclo metabólico genérico, potenciais componentes biomoleculares, moléculas e estruturas funcionais, metabolismo definido, crescimento e reprodução, e evolução darwiniana, em escala crescente de importância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/08/08070727170000.jpg" alt="(Fonte: C&amp;EN / Reprodução)">(Fonte: C&amp;EN / Reprodução)"Isso realmente coloca muito do ônus da prova de que você encontrou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116990-o-surgimento-de-vida-inteligente-e-extremamente-raro-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida</a> na compreensão do contexto de como seu ambiente se parece e de como processos abióticos que não envolvem a vida estão em jogo", diz Neveu. "A chave aqui é entender onde está a linha de base."A Escada de Detecção, considerada ainda um processo em desenvolvimento, surge como um método científico de colaboração com a astrobiologia, e até mesmo a ordem de seus degraus vem sendo discutida, de forma a incluir elementos mais precisos e comprovativos que se apoiam na evolução dos conhecimentos sobre a vida e na forma em que ela é definida.</body>

Evolução

Novidades