Imagem de Plantas possuem uma espécie de cérebro que determina o momento de brotar no megacurioso

Células embrionárias se comunicam entre si até entrarem em um consenso de qual é o melhor momento para a germinação

Uma nova descoberta pode acirrar a discuss&atilde;o entre vegetarianos e carn&iacute;voros: a evolu&ccedil;&atilde;o pode ter dado uma esp&eacute;cie de c&eacute;rebro para as plantas! Ele n&atilde;o &eacute; igual ao c&eacute;rebro dos animais, &eacute; claro: trata-se de uma rede de c&eacute;lulas que determinariam cada fase do crescimento das plantas.
Essa novidade foi proposta por pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, que dizem ter encontrado esse tipo de c&eacute;lula em &aacute;rvores ainda embrion&aacute;rias. S&atilde;o elas que determinam quando a planta ir&aacute; germinar, por exemplo, j&aacute; que um erro de timing pode fazer com que ela nas&ccedil;a em per&iacute;odos muito quentes ou muito gelados.
A pesquisa foi feita em plantas da esp&eacute;cie Arabidopsis thaliana, que &eacute; nativa da Europa e da &Aacute;sia. Ela possui dois tipos de c&eacute;lulas que determinam quando a planta deve permanecer dormente e quando ela deve germinar. Curiosamente, esse dois tipos de c&eacute;lulas se comunicam entre si, quase igual &agrave;s c&eacute;lulas nervosas dos animais, e &ldquo;escolhem&rdquo; o momento mais prop&iacute;cio para a germina&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/13/13173207544334.jpg" />A Arabidopsis thaliana foi a primeira planta a ter o genoma totalmente mapeado
Como monitorar essa comunica&ccedil;&atilde;o ainda nos est&aacute;gios embrion&aacute;rios &eacute; dif&iacute;cil, os cientistas usaram modelos matem&aacute;ticos para simular alguns cen&aacute;rios e ficaram surpreendidos. Supondo que as c&eacute;lulas conversam atrav&eacute;s das altera&ccedil;&otilde;es hormonais &ndash; tal como os animais &ndash;, os pesquisadores conseguiram criar muta&ccedil;&otilde;es que aceleraram ou atrasaram o brotamento da planta.
Isso n&atilde;o indica, &eacute; claro, que a planta seja capaz de pensar ou de ter algum sentimento. Por&eacute;m, mostra que elas possuem c&eacute;lulas que se comportam de maneira semelhante &agrave; dos c&eacute;rebros dos animais, mesmo que seja apenas durante uma fase da sua vida.
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Plantas possuem uma espécie de cérebro que determina o momento de brotar

Imagem de Fósseis apontam que nossa espécie pode ter surgido antes do que se pensava no megacurioso

Descoberta de fragmentos de ossos no Marrocos pode reescrever a história da nossa origem

O consenso entre os cientistas era de que os humanos modernos, isto &eacute;, indiv&iacute;duos da linhagem Homo sapiens, teriam surgido no leste da &Aacute;frica h&aacute; cerca de 200 mil anos e, pouco a pouco, se espalhado pelo mundo. Entretanto, uma incr&iacute;vel descoberta realizada no Marrocos pode mudar completamente o que sabemos sobre as nossas origens.
Isso porque um grupo de cientistas se deparou com f&oacute;sseis de cinco indiv&iacute;duos pertencentes &agrave; linhagem Homo sapiens, e a data&ccedil;&atilde;o dos ossos apontou que eles t&ecirc;m por volta de 315 mil anos &mdash; ou seja, os exemplares apontam que os humanos modernos surgiram mais de 100 mil anos antes do que se pensava!
<h2>Reescrevendo a nossa hist&oacute;ria</h2>
Os ossos fossilizados foram encontrados em uma regi&atilde;o remota do Marrocos chamada de Jebel Irhoud &mdash; um s&iacute;tio arqueol&oacute;gico conhecido dos cientistas desde o in&iacute;cio dos anos 60. Diversos f&oacute;sseis humanos e ferramentas de pedra j&aacute; foram descobertos nesse local ao longo dos anos, e os exemplares dos quais estamos falando agora foram encontrados durante escava&ccedil;&otilde;es realizadas em 2004.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/08/08180623193334.jpg" />Jebel Irhoud, no Marrocos (Shannon McPherron, MPI EVA Leipzi)
Mais precisamente, os cientistas encontraram alguns dentes, ossos e fragmentos de cr&acirc;nio e de maxilar, assim como sofisticados utens&iacute;lios de pedra e carv&atilde;o &mdash; o que indica que o grupo j&aacute; fazia uso do fogo. Depois, para datar os f&oacute;sseis com a maior precis&atilde;o poss&iacute;vel, o time submeteu o material coletado a dois tipos de an&aacute;lise: a data&ccedil;&atilde;o por termoluminesc&ecirc;ncia e a data&ccedil;&atilde;o por resson&acirc;ncia do spin eletr&ocirc;nico.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/08/08180648083335.png" />Ferramentas de pedra encontradas em Jebel Irhoud (Mohammed Kamal, MPI EVA Leipzig)
A equipe tamb&eacute;m submeteu os exemplares a tomografias computadorizadas de alta resolu&ccedil;&atilde;o para conseguir c&oacute;pias digitais dos f&oacute;sseis. Ademais, por meio de t&eacute;cnicas de reconstru&ccedil;&atilde;o virtual, os pesquisadores determinaram que os ossos apresentam morfologia facial que corresponde &agrave; dos humanos modernos &mdash; e conseguiram diferenci&aacute;-los de todas as demais esp&eacute;cies humanas que existiam na &Aacute;frica naquela &eacute;poca.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/08/08180752895336.jpg" />Fragmento de maxilar (Jean-Jacques Hublin, MPI-EVA, Leipzig)
As tomografias permitiram, ainda, que os pesquisadores pudessem examinar estruturas no interior dos dentes fossilizados, assim como o tamanho e o formato das ra&iacute;zes situadas nos maxilares. Com isso, o time pode comprovar que essas estruturas apresentavam semelhan&ccedil;as com diversas caracter&iacute;sticas dentais encontradas em f&oacute;sseis mais jovens de humanos modernos &mdash; e diferen&ccedil;as com outras esp&eacute;cies, como a Homo heidelbergensis e a Homo neanderthalensis, por exemplo.
<h2>Cr&iacute;ticas</h2>
Vale destacar que as conclus&otilde;es dos cientistas s&atilde;o consideradas controversas, uma vez que, at&eacute; hoje, existe um forte debate sobre quando, exatamente, a nossa esp&eacute;cie evoluiu e quais s&atilde;o as caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas que diferenciam os humanos modernos de seus ancestrais mais antigos.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/F5Tkb5VkslQ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Alguns cientistas que n&atilde;o participaram do estudo apontaram, por exemplo, que algumas caracter&iacute;sticas do cr&acirc;nio, em especial o seu formato mais alongado e a forma da face, sugerem que os f&oacute;sseis pertencem a um ancestral humano mais primitivo do Homo sapiens ou, ainda, a indiv&iacute;duos em processo de transi&ccedil;&atilde;o evolutiva. Isso porque, de acordo com alguns pesquisadores, o cr&acirc;nio parece apresentar uma miscel&acirc;nea de caracter&iacute;sticas modernas e arcaicas, o que indica uma poss&iacute;vel miscigena&ccedil;&atilde;o entre diferentes popula&ccedil;&otilde;es.
De qualquer forma, a descoberta dos f&oacute;sseis revela &mdash; sem sombra de d&uacute;vidas &mdash; que os nossos antigos ancestrais estavam aparecendo por todo o continente africano, em vez de apenas em determinadas &aacute;reas, e existem cada vez mais evid&ecirc;ncias de que eles provavelmente compartilharam com outros grupos&nbsp;n&atilde;o s&oacute; sua cultura e o desenvolvimento de ferramentas, mas tamb&eacute;m seus genes.
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Fósseis apontam que nossa espécie pode ter surgido antes do que se pensava

Imagem de Gatos do futuro: 3 possíveis cenários da evolução dos felinos no megacurioso

A hibridização felina pode gerar gatos domésticos com comportamento de animais selvagens

No livro &ldquo;The Lion in the Living Room&rdquo;, (&ldquo;O Le&atilde;o na Sala de Estar&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre), a autora Abigail Tucker analisa a trajet&oacute;ria dos felinos e tamb&eacute;m tra&ccedil;a tr&ecirc;s poss&iacute;veis caminhos que a evolu&ccedil;&atilde;o traria para esses animais. Se formos pensar direito, a humanidade caminha com os gatos h&aacute; 10 mil anos, mas muitos tra&ccedil;os selvagens ainda permanecem em seus comportamentos.
Veja bem: o gato dom&eacute;stico &eacute; bem mais pr&oacute;ximo do gato selvagem do que o cachorro &eacute; do lobo, por exemplo. &Eacute; por isso que muitos acreditam que ainda estamos em processo de domestica&ccedil;&atilde;o dos gatos que, grosso modo, s&oacute; servem como companhia. Ao contr&aacute;rio dos cachorros, por exemplo, que servem a humanidade para a ca&ccedil;a ou para a prote&ccedil;&atilde;o.
Confira 3 possibilidades para os gatos no futuro:
<h2>1. Muta&ccedil;&otilde;es inaptas</h2>
Dois dos mais famosos gatos da atualidade possuem muta&ccedil;&otilde;es que os deixam fofinhos: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/37420-grumpuccino-o-gato-mais-mal-humorado-da-internet-vira-marca-de-cafe.htm" target="_blank">Grumpy Cat</a> parece estar sempre ranzinza, mas isso &eacute; por conta de um nanismo que faz seu cenho parecer sempre franzido; enquanto a Lil Bub possui um focinho mais achatado e fica com a l&iacute;ngua sempre para fora, culpa de um crescimento disforme de seus ossos.
Apesar de chamarem a aten&ccedil;&atilde;o na internet, a escritora Abigail Tucker ressalta que essas duas gatas n&atilde;o teriam chances na natureza, caso segu&iacute;ssemos a l&oacute;gica de Charles Darwin de que apenas os animais mais aptos prosperam. No futuro, essas muta&ccedil;&otilde;es devem ser ainda mais frequentes, principalmente em gatos dom&eacute;sticos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/05/05163517067247.jpg" />
<h2>2. Gatos h&iacute;bridos</h2>
Muitos criadores est&atilde;o seguindo o caminho inverso da domestica&ccedil;&atilde;o ao cruzar os gatos dom&eacute;sticos com seus primos selvagens. O resultado tem sido um felino muito bonito, ainda que essencialmente selvagem, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/101297-gato-mais-raro-do-mundo-pode-custar-quase-r-80-mil.htm" target="_blank">que chega a custar R$ 80 mil</a>! Esse hibridismo, entretanto, n&atilde;o &eacute; recente: ra&ccedil;as como a Bengala e a Savannah surgiram da mistura entre animais de casa com os que vivem na natureza.
No futuro, essa miscigena&ccedil;&atilde;o parece que vai criar gatos dom&eacute;sticos que de dom&eacute;sticos n&atilde;o ter&atilde;o nada: visto que o hibridismo favorece os genes dominantes da natureza, &eacute; poss&iacute;vel que tenhamos pequenos le&otilde;es vivendo em nossa sala de estar e que poder&atilde;o nos atacar a qualquer momento, inclusive com ferimentos profundos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/05/05163547692248.jpg" />
<h2>3. Gatos gigantes</h2>
Um fato que surpreende os cientistas &eacute; que os gatos dom&eacute;sticos possuem grande chance de sobreviver na natureza. Entretanto, essa nova fase da evolu&ccedil;&atilde;o felina pode ter um resultado inesperado: novas esp&eacute;cies de felinos com tamanho muito acima da m&eacute;dia &agrave; qual estamos acostumados.
Na Austr&aacute;lia, por exemplo, n&atilde;o existe nenhuma esp&eacute;cie nativa de gatos selvagens. Entretanto, h&aacute; relatos de popula&ccedil;&otilde;es felinas vivendo por l&aacute; que seriam de um tamanho bem grande. Na natureza, &eacute; comum que o predador maior tenha mais chance de sobreviver. Assim, no futuro talvez tenhamos novas esp&eacute;cies de gatos selvagens, bem maiores do que as que possu&iacute;mos hoje em dia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/05/05172146485323.jpg" />
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Gatos do futuro: 3 possíveis cenários da evolução dos felinos

Imagem de Cientistas podem ter descoberto como as baleias se tornaram tão grandes no megacurioso

Os mamíferos sofrerem um estirão há 3 milhões de anos motivado por mudanças climáticas

As baleias-azuis (Balaenoptera musculus), como voc&ecirc; sabe, s&atilde;o os maiores e mais pesados animais que j&aacute; existiram na Terra. Para voc&ecirc; ter uma ideia do imenso tamanho desses mam&iacute;feros, eles podem chegar aos 30 metros de comprimento e pesar mais de 180 toneladas, sem falar que seus cora&ccedil;&otilde;es s&atilde;o t&atilde;o grandes quanto um carro, suas l&iacute;nguas t&atilde;o pesadas quanto um elefante e quando eles exalam na superf&iacute;cie, o jato resultante pode chegar a mais de nove metros de altura. Enfim, esses animais s&atilde;o colossais!
<h2>Estir&atilde;o</h2>
Acontece que, de acordo com Matt Simon, do site <a href="https://www.wired.com/2017/05/whales-dang-big-science-may-finally-answer/" target="_blank">Wired</a>, as baleias nem sempre foram t&atilde;o imensas como elas s&atilde;o hoje. Na verdade, existem registros f&oacute;sseis que revelam que esses animais habitam o nosso planeta h&aacute; 30 milh&otilde;es de anos &mdash; e durante boa parte de sua exist&ecirc;ncia, eles n&atilde;o passavam dos nove metros de comprimento.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/26/26132339927119.jpg" />Colossos marinhos
O &ldquo;estir&atilde;o&rdquo; que fez com que as baleias triplicassem de tamanho aconteceu h&aacute; cerca de tr&ecirc;s milh&otilde;es de anos, mas ningu&eacute;m sabia explicar o que, exatamente, teria levado esses mam&iacute;feros a evolu&iacute;rem para se tornar t&atilde;o imensos &mdash; at&eacute; agora. Segundo Matt, um time de cientistas analisou os registros f&oacute;sseis desses animais e modelos das rela&ccedil;&otilde;es evolutivas entre eles e descobriu evid&ecirc;ncias de o crescimento pode ter sido desencadeado por mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
Conforme explicaram os pesquisadores, h&aacute; 3 milh&otilde;es de anos, ao in&iacute;cio da era do gelo, uma s&eacute;rie de eventos causaram uma enorme transforma&ccedil;&atilde;o nos ecossistemas oce&acirc;nicos. As camadas de gelo no norte do planeta se expandiram e o escoamento de &aacute;gua acabou transportando mais nutrientes para o oceano.
Al&eacute;m disso, ventos provocaram um fen&ocirc;meno oce&acirc;nico chamado afloramento, que consiste na subida de &aacute;guas mais profundas &mdash; tamb&eacute;m ricas em nutrientes &mdash; para camadas mais superficiais. Com isso, ocorreram grandes prolifera&ccedil;&otilde;es de plantas, entre elas o fitopl&acirc;ncton que, por sua vez, levaram &agrave; prolifera&ccedil;&atilde;o de zoopl&acirc;ncton, isto &eacute;, de pequenos organismos que vivem dispersos nas &aacute;guas e que se alimentam do fitopl&acirc;ncton.
<h2>Vantagem evolutiva</h2>
Entre os organismos que passaram a abundar nos mares estava o krill, pequenos crust&aacute;ceos que, como voc&ecirc; deve saber, servem de alimento para as baleias. Pois esses bichinhos come&ccedil;aram a se concentrar em maiores quantidades em determinadas regi&otilde;es do oceano durante certos per&iacute;odos do ano, oferecendo &agrave;s baleias uma maior disponibilidade de comida.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/26/26132240522117.jpg" />Boc&atilde;o
De acordo com os cientistas, com mais acesso a alimentos, as baleias foram crescendo de tamanho &mdash; o que tamb&eacute;m ofereceu a esses animais uma vantagem evolutiva. Isso porque, ao se tornarem maiores, as baleias passaram a se menos vulner&aacute;veis a predadores e passaram a ocupar uma posi&ccedil;&atilde;o privilegiada na cadeia alimentar.
Al&eacute;m disso, ao conseguir engolir mais alimento com suas bocas maiores, esses mam&iacute;feros passaram a contar com mais reservas de gordura o que, por sua vez, permitiu que eles pudessem realizar migra&ccedil;&otilde;es mais longas para aproveitar as prolifera&ccedil;&otilde;es de krill que ocorrem anualmente pelo mundo em diferentes regi&otilde;es do oceano. Interessante, n&eacute;? Mas a descoberta tem algo de preocupante tamb&eacute;m...
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/26/26132316599118.jpg" />Para se pensar...
Como voc&ecirc; sabe, o clima do nosso planeta est&aacute; passando por grandes transforma&ccedil;&otilde;es novamente &mdash; e os cientistas est&atilde;o superpreocupados com as consequ&ecirc;ncias disso para os ecossistemas oce&acirc;nicos. Mudan&ccedil;as nas correntes oce&acirc;nicas e temperaturas das &aacute;guas, por pequenas que sejam, podem afetar o equil&iacute;brio do ambiente marinho e a disponibilidade de alimentos para as baleias.
Some a isso os s&eacute;culos de ca&ccedil;a desenfreada que provocaram uma imensa queda nas popula&ccedil;&otilde;es desses colossos dos mares e fica f&aacute;cil entender a raz&atilde;o de os pesquisadores temerem que as baleias possam desaparecer por completo em um futuro n&atilde;o muito distante.
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Cientistas podem ter descoberto como as baleias se tornaram tão grandes

Imagem de Geólogo experiente tenta provar que o Grand Canyon foi esculpido por Deus no megacurioso

Autoridades do parque nacional norte-americano, entretanto, não autorizaram a pesquisa, alegando que ela seria falaciosa e usada contra o pensamento evolucionista de forma tendenciosa

Um dos assuntos que mais d&aacute; treta aqui no Mega Curioso &eacute; a rivalidade entre evolucionistas e criacionistas &ndash; e a gente p&otilde;e lenha nessa fogueira de vez em quando. Mas fazer o qu&ecirc;? Existem furos e verdades em ambas as teorias, por isso &eacute; interessante mostrar quando algu&eacute;m tenta parecer de fato que est&aacute; correto. Esse &eacute; o caso de Andrew Snelling, um cientista criacionista que meteu um processo no Grand Canyon.
Para quem n&atilde;o sabe, essa atra&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica norte-americana possui 1,84 bilh&atilde;o de anos, de acordo com cientistas evolucionistas. Ou seja, esta &eacute; uma grande pedra no sapato dos que defendem que Deus criou todo o universo h&aacute; poucos milhares de anos. Como provar que eles est&atilde;o certos?
Snelling, que &eacute; ge&oacute;logo, acredita no criacionismo e explica que &eacute; dif&iacute;cil ser algu&eacute;m ligado &agrave;s ci&ecirc;ncias e &agrave; f&eacute; ao mesmo tempo. E n&atilde;o pensem que ele &eacute; amador, n&atilde;o: o cara tem doutorado em geologia pela Universidade de Sydney, na Austr&aacute;lia, e tenta provar com seus estudos que o Grand Canyon n&atilde;o &eacute; t&atilde;o antigo quanto juram os evolucionistas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/18/18172828201143.jpg" />Andrew Snelling analisa forma&ccedil;&otilde;es do Grand Canyon
S&oacute; que Snelling tem sofrido um forte boicote das autoridades respons&aacute;veis pelo parque. Segundo o ge&oacute;logo, ele &eacute; proibido de retirar rochas do local para poder analisar em laborat&oacute;rio. Por conta disso, ele resolveu processar os respons&aacute;veis pelo Grand Canyon, na tentativa de conseguir libera&ccedil;&atilde;o para sua pesquisa.
O lugar &eacute; um parque nacional altamente monitorado, mas que normalmente permite an&aacute;lises acad&ecirc;micas, desde que haja uma libera&ccedil;&atilde;o pr&eacute;via das autoridades. Snelling pretendia retirar 60 amostras de l&aacute;, mas disse ter sido impedido. Segundo as autoridades, a nega&ccedil;&atilde;o se deve ao fato de que, apesar de ele ser um cientista, iria usar um m&eacute;todo de pesquisa falacioso em seu estudo.
Acontece que o ge&oacute;logo em nenhum momento disse que iria usar seus conhecimentos para confirmar a exist&ecirc;ncia de Deus, s&oacute; que sua reputa&ccedil;&atilde;o o persegue &ndash; ele &eacute; um dos membros mais fervorosos da organiza&ccedil;&atilde;o Answers in Genesis, uma ONG que j&aacute; considerou o Grand Canyon como uma das maiores obras do poder divino.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/18/18173137650149.jpg" />Grand Canyon: esculpido por Deus ou pela evolu&ccedil;&atilde;o?
Essa proibi&ccedil;&atilde;o divide a comunidade acad&ecirc;mica: muitos defendem que Snelling deve, sim, ter autoriza&ccedil;&atilde;o para a pesquisa, j&aacute; que ele &ldquo;jamais&rdquo; vai conseguir refutar tudo que se sabe sobre o Grand Canyon, principalmente em termos evolutivos. Outros, entretanto, garantem que dar aval para esse estudo seria uma forma de legitim&aacute;-lo, ou seja, de mostrar que o criacionismo pode ser verdadeiro.
Essa treta parece longe de ter um ponto final. E voc&ecirc;, caro leitor, o que pensa de tudo isso? Voc&ecirc; acha que o ge&oacute;logo conseguiria provar o poder de Deus com sua pesquisa cient&iacute;fica ou realmente dar credibilidade a isso seria um tiro no p&eacute;?
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Geólogo experiente tenta provar que o Grand Canyon foi esculpido por Deus

Imagem de Descoberta pode bagunçar a linha evolutiva dos humanos no megacurioso

Análises em fósseis encontrados na África podem mudar o entendimento sobre a nossa evolução

Quem nunca viu a famosa ilustra&ccedil;&atilde;o que voc&ecirc; pode ver a seguir e que mostra os est&aacute;gios da evolu&ccedil;&atilde;o humana &mdash; a partir de um primata? Ela passa a ideia de que o progresso da nossa esp&eacute;cie se deu de forma linear, onde um integrante (mais &ldquo;avan&ccedil;ado&rdquo; e mais bem adaptado ao ambiente) foi gradualmente tomando o lugar do anterior, certo? Confira:
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12182745820271.jpg" />Quem nunca viu essa linha evolutiva?
Entretanto, a nossa evolu&ccedil;&atilde;o pode n&atilde;o ter acontecido de forma t&atilde;o ordenada como parece, e descobertas recentes talvez tenham bagun&ccedil;ado completamente o nosso entendimento de como os humanos chegaram at&eacute; aqui. E como isso foi acontecer? Gra&ccedil;as a alguns f&oacute;sseis encontrados em um local conhecido como C&acirc;mara Dinaledi &mdash; que faz parte do sistema cavernas Rising Star, na &Aacute;frica do Sul &mdash; em 2013.
<h2>Descoberta surpreendente</h2>
Na ocasi&atilde;o, os cientistas coletaram cerca de 1,5 mil f&oacute;sseis e se puseram a montar o que provaria ser um imenso quebra-cabe&ccedil;a. As conclus&otilde;es iniciais vieram em 2015, quando foram divulgadas as primeiras informa&ccedil;&otilde;es sobre a descoberta: os ossos pertenciam a 15 indiv&iacute;duos com uma combina&ccedil;&atilde;o de caracter&iacute;sticas jamais vistas anteriormente, e as criaturas enigm&aacute;ticas foram batizadas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/75691-pesquisadores-descobrem-nova-especie-do-genero-humano-na-africa-do-sul.htm" target="_blank">Homo naledi</a>.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12182951930272.jpg" width="640" height="396" />Cavernas onde os f&oacute;sseis foram encontrados
As an&aacute;lises apontaram que se tratava de f&oacute;sseis de um homin&iacute;deo com dedos curvados, como os dos chimpanz&eacute;s, c&eacute;rebro pequeno e face achatada &mdash; caracter&iacute;sticas que o posicionavam mais para o extremo &ldquo;primitivo&rdquo; da linha evolutiva humana. Entretanto, os cientistas tamb&eacute;m notaram que os H. naledi eram dotados de punhos, dentes, ded&otilde;es e p&eacute;s bem parecidos com os nossos, o que, em contrapartida, era bastante inesperado e, basicamente, contradit&oacute;rio.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12183217759274.jpg" width="640" height="651" />Mistura de caracter&iacute;sticas (John Hawks CC-BY)
De l&aacute; para c&aacute;, mais f&oacute;sseis de H. naledi foram encontrados na &Aacute;frica, o que significa que existem mais exemplares dessa esp&eacute;cie do que de qualquer outra popula&ccedil;&atilde;o de homin&iacute;deos j&aacute; descoberta no mundo &mdash; com exce&ccedil;&atilde;o dos neandertais. Pois nesta semana foram publicados tr&ecirc;s estudos diferentes sobre essas criaturas e as conclus&otilde;es s&atilde;o fascinantes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12183104415273.jpg" />Cr&acirc;nio de H. naledi reconstru&iacute;do (John Hawks CC-BY)
Um dos maiores desafios foi datar os f&oacute;sseis, uma vez que n&atilde;o foi poss&iacute;vel dat&aacute;-los diretamente nem extrair seu DNA. Os pesquisadores tiveram que lan&ccedil;ar m&atilde;o de sedimentos presentes na c&acirc;mara, o que tamb&eacute;m n&atilde;o foi nada f&aacute;cil, j&aacute; que o local sofreu inunda&ccedil;&otilde;es peri&oacute;dicas ao longo dos s&eacute;culos, e os cientistas tiveram que encontrar o material de que precisavam em camadas e mais camadas de dep&oacute;sitos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12183522151277.jpg" />Cr&acirc;nio de um humano arcaico descoberto na Z&acirc;mbia ao lado de um pertencente a um H. naledi (John Hawks CC-BY)
Por fim, com a ajuda de 10 laborat&oacute;rios e institui&ccedil;&otilde;es e o uso de seis t&eacute;cnicas distintas, os f&oacute;sseis finalmente foram datados. Os ossos t&ecirc;m entre 236 mil e 335 mil anos, o que significa que eles s&atilde;o muito mais &ldquo;jovens&rdquo; do que os cientistas imaginavam. T&atilde;o jovens, ali&aacute;s, que a data&ccedil;&atilde;o aponta que, em vez de ocuparem uma das lacunas que existem em nossa longa linha evolutiva, entre os primeiros primatas e n&oacute;s, os H. naledi teriam coexistido com os humanos modernos na &Aacute;frica &mdash; e durante bastante tempo.
<h2>Bagun&ccedil;a</h2>
Estudos anteriores sugeriam que os humanos modernos teriam surgido na &Aacute;frica &mdash; por volta de 200 mil anos atr&aacute;s &mdash; e rapidamente ocupado o lugar de outras esp&eacute;cies no continente. Contudo, a data&ccedil;&atilde;o dos f&oacute;sseis indica que a coisa toda pode ter ocorrido de maneira diferente do que se pensava e, portanto, muito do que assumimos sobre os nossos antigos ancestrais pode n&atilde;o ser bem o que havia sido estabelecido at&eacute; agora.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12183437823276.jpg" />Quebra-cabe&ccedil;a
Os cientistas envolvidos na data&ccedil;&atilde;o dos ossos explicaram, por exemplo, que n&atilde;o &eacute; mais poss&iacute;vel determinar qual esp&eacute;cie desenvolveu esta ou aquela ferramenta, quem introduziu determinados avan&ccedil;os comportamentais e muito menos afirmar que os humanos modernos foram os respons&aacute;veis pela introdu&ccedil;&atilde;o de muitas das novidades que lhes foram atribu&iacute;das.
Para voc&ecirc; ter uma ideia, as an&aacute;lises dos f&oacute;sseis apontaram que, anatomicamente, os H. naledi poderiam muito bem ter desenvolvido ferramentas &mdash; em alguns casos, a cria&ccedil;&atilde;o foi atribu&iacute;da aos humanos modernos que habitavam na &Aacute;frica. Al&eacute;m disso, a quantidade de ossos descoberta e o local onde eles se encontravam indicam que os indiv&iacute;duos foram colocados ali deliberadamente, sugerindo que essa esp&eacute;cie tinha o costume de sepultar seus mortos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/12/12183615761278.jpg" />Esqueleto de um Australopithecus afarensis (de 3,2 milh&otilde;es de anos) ao lado de um H. naledi (com 250 mil anos, aproximadamente) - John Hawks CC-BY 
Outra implica&ccedil;&atilde;o da data&ccedil;&atilde;o &eacute; que, assim como os ossos do H. naledi foram descobertos e surpreenderam todo mundo, &eacute; bastante prov&aacute;vel que tenha havido outras esp&eacute;cies que tamb&eacute;m coexistiram com os humanos modernos na &Aacute;frica &mdash; e cujos f&oacute;sseis simplesmente n&atilde;o foram encontrados ainda. E mais: algo muito importante que f&oacute;sseis colocam em evid&ecirc;ncia &eacute; que a ideia de que a evolu&ccedil;&atilde;o humana aconteceu de forma linear parece estar equivocada, uma vez que as &uacute;ltimas evid&ecirc;ncias apontam que o nosso avan&ccedil;o como esp&eacute;cie foi muito mais complexo.
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thumb-image-2024-02-29T14:02:25.547Z

Descoberta pode bagunçar a linha evolutiva dos humanos

Imagem de A feiura é o que impede espécies diferentes de se misturar, afirma pesquisa no site Mega Curioso

Concentração de alimentos e fatores que estimulam a seletividade das fêmeas ajudam a aumentar a biodiversidade do planeta

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2012/4/materias/2824625333104141.jpg" alt=" width="1200" height="324" /> (Fonte da imagem: <a href="http://www.flickr.com/photos/thebigo/" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Flickr de thebigo</a>)
Na natureza, n&atilde;o &eacute; incomum encontrar esp&eacute;cies que, apesar de compartilhar ambientes e comportamentos semelhantes, simplesmente n&atilde;o se misturam entre si. Segundo os <a title="Nature" href="http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature10971.html" target="_blank">pesquisadores da University of British Columbia</a>, essa biodiversidade tem uma explica&ccedil;&atilde;o simples: os animais simplesmente n&atilde;o querem cruzar porque consideram os outros &ldquo;feios&rdquo;.
Os cientistas chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que, enquanto as f&ecirc;meas de uma esp&eacute;cie continuaram a ser &ldquo;seletivas&rdquo; na hora de escolher um parceiro, s&atilde;o poucas as chances de que popula&ccedil;&otilde;es diferentes se misturem.
&ldquo;Nossos modelos mostram que esp&eacute;cies podem coexistir de maneira est&aacute;vel no mesmo habitat contanto que duas condi&ccedil;&otilde;es simples sejam cumpridas. Primeiro, a distribui&ccedil;&atilde;o de recursos n&atilde;o deve ser uniforme, para que grupos de f&ecirc;meas com prefer&ecirc;ncias diferentes possam ocupar pontos diferentes. Segundo, as f&ecirc;meas precisam ter motivos para serem seletivas, como uma baixa taxa de fecundidade ou altos n&iacute;veis de mortalidade dos filhotes&rdquo;, explica a pesquisadora Leithen M&rsquo;Gonigle.
At&eacute; mesmo &aacute;reas aparentemente mon&oacute;tonas, como lagos ou pastagens, podem ter essas caracter&iacute;sticas, o que impede que o cruzamento entre esp&eacute;cies se torne um problema. Isso colabora para que as f&ecirc;meas evitem o gasto de energia necess&aacute;rio para se locomover at&eacute; parceiros considerados desej&aacute;veis ou para evitar aqueles vistos como feios, ajudando a contribuir para a biodiversidade do ambiente.
*Publicado em 3/4/2012
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thumb-image-2024-02-29T13:56:53.019Z

A feiura é o que impede espécies diferentes de se misturar, afirma pesquisa

Imagem de Evidências sugerem que a Amazônia já esteve duas vezes no fundo do mar no megacurioso

Um dente de tubarão e o pedaço de uma lagosta-boxeadora, encontrados em perfurações de poços de petróleo, podem ser o indício de que a região amazônica já foi invadida pelo mar do Caribe

Hoje em dia, v&aacute;rios dos lugares em que vivemos j&aacute; estiveram inundados pelos mares em eras passadas. Por&eacute;m, voc&ecirc; consegue imaginar que at&eacute; mesmo a Amaz&ocirc;nia passou por esse processo? E n&atilde;o apenas uma vez: acredita-se que a regi&atilde;o j&aacute; esteve submersa pelo menos duas vezes pelo mar do Caribe.
At&eacute; hoje n&atilde;o existe um consenso de como a regi&atilde;o amaz&ocirc;nica se formou. Agora, uma equipe do Instituto de Pesquisa Smithsonian diz ter encontrado um min&uacute;sculo dente de tubar&atilde;o e um peda&ccedil;o de lagosta-boxeadora dentro de po&ccedil;os de perfura&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo da Amaz&ocirc;nia. &ldquo;Os registros no leste da Col&ocirc;mbia e no noroeste do Brasil mostram claramente dois eventos de curta dura&ccedil;&atilde;o em que a &aacute;gua do oceano inundou o que &eacute; agora a parte noroeste da bacia amaz&ocirc;nica&rdquo;, disse Carlos Jaramillo, autor do estudo.
Claro que nem todo mundo est&aacute; convencido de que a &aacute;rea realmente j&aacute; foi inundada pelo mar.&nbsp;&ldquo;Ge&oacute;logos discordam sobre as origens desses sedimentos, mas n&oacute;s fornecemos provas claras de que eles s&atilde;o de origem marinha e que os eventos de inunda&ccedil;&otilde;es foram bastante breves&rdquo;, enfatiza Jaramillo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/05/05185444487358.jpg" />Imagem mostra o que aconteceria nos dias de hoje se o n&iacute;vel do mar subisse 80 metros
A primeira dessas inunda&ccedil;&otilde;es teria ocorrido entre 17 e 18 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s e a segunda, entre 12 e 16 milh&otilde;es de anos. Foram encontradas duas camadas de sedimentos supostamente marinhos, separadas por outra camada n&atilde;o marinha. Foram analisadas mais de 900 amostras dessas camadas para chegar &agrave; conclus&atilde;o apresentada recentemente.
Outra teoria diz que toda a regi&atilde;o amaz&ocirc;nica poderia ter sido um gigantesco lago de &aacute;gua doce, que acabou contaminado pela incurs&atilde;o da &aacute;gua marinha a ponto de deixar esses registros hist&oacute;ricos n&atilde;o conclusivos. Para chegar a um consenso, ser&aacute; preciso mais uma s&eacute;rie de pesquisas.
A regi&atilde;o amaz&ocirc;nica &eacute; a que possui a maior biodiversidade do planeta, e os cientistas acreditam que a compreens&atilde;o das eras passadas pode explicar tamanha complexidade da flora e da fauna de l&aacute;. Se essas inunda&ccedil;&otilde;es de fato aconteceram, seria interessante pensar que foi antes mesmo da eleva&ccedil;&atilde;o do Andes, que os cientistas estimam possuir no m&aacute;ximo 10 milh&otilde;es de anos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/05/05190050899361.jpg" />O paleont&oacute;logo Carlos Jaramillo acredita que a regi&atilde;o amaz&ocirc;nica j&aacute; foi inundada duas vezes por &aacute;guas marinhas
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thumb-image-2024-02-29T14:02:24.722Z

Evidências sugerem que a Amazônia já esteve duas vezes no fundo do mar

Imagem de Frango moderno sofreu mutação com dogmas impostos por monges da Idade Média no megacurioso

Práticas religiosas relacionadas ao jejum impunham regras sobre o consumo de animais de 4 patas, fazendo com que as aves se tornassem uma fonte viável de proteína para nossos antepassados

Hoje em dia, as galinhas s&atilde;o uma fonte de alimento em v&aacute;rios lugares do mundo, mas nem sempre foram assim. A hist&oacute;ria da sua domestica&ccedil;&atilde;o &eacute; antiga, datando de 6 mil anos atr&aacute;s, quando se tornaram animais de rinha para o povo do sudeste asi&aacute;tico. Frequentemente, as aves tamb&eacute;m acompanhavam os ex&eacute;rcitos nas guerras, porque supostamente traziam sorte.
Agora, novas pesquisas com DNA de ossos antigos de galinhas mostram que a partir do ano 1000 d.C. elas se tornaram muito mais pr&oacute;ximas dos animais que conhecemos hoje em dia. As galin&aacute;ceas passaram por uma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica justamente na &eacute;poca em que houve uma crescente urbaniza&ccedil;&atilde;o e quando a Igreja Cat&oacute;lica passou a praticar o jejum no norte da Europa.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/04/04183534091485.jpg" />A partir do ano 1000 d.C., galinhas passaram a conviver cada vez mais com os seres humanos
O gene TSHR j&aacute; &eacute; conhecido como o respons&aacute;vel por v&aacute;rios animais dom&eacute;sticos diminu&iacute;rem sua reprodu&ccedil;&atilde;o sazonal. Nas galinhas, o gene atuou tornando-as menos agressivas e mais aptas a colocar ovos durante o ano todo, podendo conviver nos ambientes mais restrito das resid&ecirc;ncias. Essa muta&ccedil;&atilde;o do TSHR teria acontecido por volta do ano 920 d.C., selecionando as aves mais prop&iacute;cias ao conv&iacute;vio humano.
Nessa mesma &eacute;poca, come&ccedil;aram a pipocar cada vez mais registros do consumo dos frangos pelos seres humanos. Um pouco disso &eacute; culpa da crescente urbaniza&ccedil;&atilde;o do per&iacute;odo, mas tamb&eacute;m coincide com as pr&aacute;ticas religiosas de proibir o consumo de animais de quatro patas. Logo, as galinhas passaram a ser uma fonte vi&aacute;vel de prote&iacute;na.
&ldquo;N&oacute;s tendemos a analisar como as press&otilde;es da sele&ccedil;&atilde;o em plantas e em animais dom&eacute;sticos variaram atrav&eacute;s do tempo em resposta a diferentes prefer&ecirc;ncias ou fatores ecol&oacute;gicos&rdquo;, analisou Greger Larson, autor do novo estudo sobre as aves.&nbsp;&ldquo;Essa pesquisa mostra o qu&atilde;o f&aacute;cil &eacute; conduzir uma caracter&iacute;stica particular a uma alta frequ&ecirc;ncia em um piscar de olhos da evolu&ccedil;&atilde;o&rdquo;, finaliza.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/04/04184328094494.jpg" />Muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica fez com que galinhas ficassem menos agressivas em ambientes confinados, tornando-as mais aptas para a domestica&ccedil;&atilde;o e o consumo
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thumb-image-2024-02-29T14:02:24.571Z

Frango moderno sofreu mutação com dogmas impostos por monges da Idade Média

Imagem de Sabia que os bonobos podem ser mais próximos dos humanos que os chimpanzés? no megacurioso

Para entender a nossa evolução, talvez seja uma boa ideia focar nossos estudos nesta outra espécie de primata

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido in&uacute;meras vezes que, cientificamente falando, os chimpanz&eacute;s s&atilde;o os &ldquo;parentes&rdquo; mais pr&oacute;ximos dos humanos, certo? Conforme explicamos em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/99424-se-somos-parentes-dos-chimpanzes-por-que-eles-nao-evoluem-em-humanos.htm" target="_blank">mat&eacute;ria anterior</a> aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/evolucao" target="_blank" title="Evolu&ccedil;&atilde;o">Mega Curioso</a>, tanto eles como n&oacute;s &mdash; incluindo os nossos antepassados extintos, os gorilas, os orangotangos e os bonobos &mdash; evolu&iacute;mos a partir de um ancestral comum que viveu h&aacute; 14 milh&otilde;es de anos e hoje compomos a fam&iacute;lia taxon&ocirc;mica dos Homin&iacute;deos.
S&oacute; que, de acordo com Josh Davis, do site <a href="http://www.iflscience.com/plants-and-animals/bonobos-are-a-better-proxy-for-last-common-ancestor-with-humans-than-chimpanzees-/" target="_blank">IFLScience!</a>, apesar de os chimpanz&eacute;s levarem a fama de ser os primatas mais pr&oacute;ximos dos humanos, um estudo recente apontou que, na verdade, para entender melhor a nossa evolu&ccedil;&atilde;o, talvez n&oacute;s dev&ecirc;ssemos olhar para os bonobos &mdash; que parecem ser os s&iacute;mios que mais se aproximam anatomicamente do ancestral comum que deu origem a todos n&oacute;s.
<h2>Nova an&aacute;lise</h2>
Segundo Josh, os cientistas acreditam que a linhagem dos humanos se separou da dos chimpanz&eacute;s e bonobos h&aacute; cerca de 8 milh&otilde;es de anos, e que essas duas esp&eacute;cies de primatas, por sua vez, se separaram perto de 2 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/03/03173639941067.jpg" />Bonobo sendo fofo
O interessante &eacute; que, embora os chimpanz&eacute;s e os bonobos ocupassem regi&otilde;es geograficamente pr&oacute;ximas &mdash; eles, basicamente, ficaram divididos pelo Rio Congo &mdash;, depois da separa&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies, conforme esses primatas continuaram evoluindo, eles foram desenvolvendo caracter&iacute;sticas diferentes.
Pois os pesquisadores do Centro de Estudos Avan&ccedil;ados em Paleobiologia Humana da Universidade George Washington estavam interessados justamente em descobrir como os chimpanz&eacute;s se distinguiam anatomicamente dos bonobos e em como essas diferen&ccedil;as se comparavam aos humanos.
Ent&atilde;o, ap&oacute;s concluir a mais detalhada an&aacute;lise da anatomia das tr&ecirc;s esp&eacute;cies de primatas &mdash; humanos, chimpanz&eacute;s e bonobos &mdash;, os cientistas descobriram que a anatomia dos bonobos foi a que menos mudou ao longo dos mil&ecirc;nios. Em outras palavras, isso significa que eles seriam os representantes mais pr&oacute;ximos daquele ancestral comum que viveu h&aacute; milh&otilde;es de anos e, portanto, os bonobos, e n&atilde;o os chimpanz&eacute;s, seriam um melhor modelo para estudarmos a nossa pr&oacute;pria evolu&ccedil;&atilde;o.
<h2>Parecidos, mas nem tanto</h2>
Apesar de chimpanz&eacute;s e bonobos serem visualmente superparecidos, anatomicamente falando, existem v&aacute;rias diferen&ccedil;as entre eles. E a an&aacute;lise conduzida pelos pesquisadores revelou que a musculatura dos bonobos &eacute; mais primitiva do que a dos chimpanz&eacute;s &mdash; que parece ter sofrido mais mudan&ccedil;as ao longo de sua evolu&ccedil;&atilde;o. J&aacute; os m&uacute;sculos dos bonobos passaram por menos altera&ccedil;&otilde;es e n&atilde;o s&oacute; s&atilde;o mais parecidos com os dos humanos, como t&ecirc;m fun&ccedil;&otilde;es semelhantes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/03/03173700832068.jpg" />Semelhan&ccedil;as
O estudo conduzido pelos cientistas tamb&eacute;m revelou outra coisa importante: um mosaico evolutivo no qual algumas caracter&iacute;sticas parecem ser compartilhadas entre humanos e bonobos, humanos e chimpanz&eacute;s e entre chimpanz&eacute;s e bonobos. Pois ele corresponde a um mosaico molecular observado anteriormente em an&aacute;lises de DNA dos tr&ecirc;s primatas, e os pesquisadores acreditam que, uma vez consigamos entender de onde, exatamente, evolu&iacute;mos como esp&eacute;cie, n&oacute;s sejamos capazes de compreender melhor v&aacute;rias quest&otilde;es relacionadas &agrave; sa&uacute;de humana.
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