Imagem de Terra recebe mensagem enviada a laser de 16 milhões de km de distância no megacurioso

Cientistas acreditam que método de troca de mensagens pode mudar o futuro da comunicação das espaçonaves 

<head></head><body>Um experimento feito pela NASA na espaçonave <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127737-psyche-revelando-os-misterios-do-asteroide-de-metal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Psyche</a>, que estava viajando no espaço profundo, acaba de transmitir pela primeira vez uma mensagem via laser para a Terra de muito além da Lua. De acordo com os pesquisadores, essa é uma conquista que pode transformar completamente como as espaçonaves se comunicam.Na demonstração mais distante desse tipo de comunicação ótica, o Deep Space Optical Communications (DSOC) emitiu um laser infravermelho próximo codificado com dados de teste a partir da sua posição a cerca de 16 milhões de km de distância da Terra — o que é cerca de 40 vezes maior do que o normal. A mensagem foi recebida pelo Telescópio Hale no Observatório Palomar da Caltech, na Califórnia.<h2>Tecnologia revolucionária</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/22202608552281.jpg" alt="(Fonte: NASA/Ben Smegelsky)">(Fonte: NASA/Ben Smegelsky)O DSOC é uma demonstração tecnológica de dois anos que acompanha a espaçonave Psyche em seu caminho até seu alvo principal: o asteroide Psyche. A demonstração alcançou a chamada "primeira luz" no dia 14 de novembro, de acordo com o Jet Propulsion Laboratory (JPL) da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>.&nbsp;“Alcançar a primeira luz é um dos muitos marcos críticos do DSOC nos próximos meses, abrindo caminho para comunicações com taxas de dados mais altas, capazes de enviar informações científicas, imagens de alta definição e streaming de vídeo em apoio ao próximo salto gigante da humanidade: enviar seres humanos para Marte”, disse a diretora de Demonstrações Tecnológicas da NASA, Trudy Kortes, em comunicado oficial.As comunicações óticas já foram usadas no passado para enviar mensagens da órbita da Terra, mas essa é a maior distância já alcançada por feixes de laser. Nesse método, um feixe de fótons se move na mesma direção e no mesmo comprimento de onda. A comunicação a laser pode transmitir grandes quantidades de dados a velocidades sem precedentes, empacotando informações nas oscilações dessas ondas de luz e codificando um sinal ótico que pode transportar mensagens para um receptor por meio de feixes infravermelhos — invisíveis para os humanos.<h2>Próximas etapas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/22202644340283.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em geral, a NASA usa ondas de rádio para se comunicar com missões além da Lua. Contudo, a vantagem fornecida pelos raios laser é que muitos mais dados podem ser compactados em ondas muito mais estreitas. Segundo os cientistas, a demonstração tecnológica da DSOC visa mostrar taxas de transmissão 10 a 100 vezes maiores do que os atuais sistemas de comunicação de rádio de ponta.Permitir a transmissão de mais dados permitirá que futuras missões transportem instrumentos científicos de resolução muito mais elevada, bem como comunicações mais rápidas em potenciais missões no espaço profundo. Um exemplo disso seria eventuais transmissões de vídeo ao vivo na superfície de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128026-afinal-a-corrida-espacial-para-marte-ja-comecou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>.No entanto, existem alguns desafios a serem superados no caminho. Quanto maior a distância que a comunicação ótica tem que percorrer, mais difícil ela se torna pela dificuldade de precisão para apontar o feixe de laser. Além disso, o sinal dos fótons ficam mais fracos, demorando mais para chegar ao seu destino — criando atrasos de comunicação.Durante o teste de 14 de novembro, os fótons demoraram cerca de 50 segundos para viajar de Psyche até a Terra. Quando a espaçonave atingir sua maior distância, o atraso estimado é de 20 minutos. De todo modo, podemos estar presenciando o futuro da comunicação espacial acontecendo diante de nossos olhos.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:18.695Z

Terra recebe mensagem enviada a laser de 16 milhões de km de distância

Imagem de Quando os continentes mais antigos do Universo, em outros planetas, se formaram? no megacurioso

Estudo indica que primeiros exocontinentes da Via Láctea podem ser 5 bilhões de anos mais velhos que a Terra

<head></head><body>Quando surgiram os primeiros exocontinentes do Universo, ou seja, os primeiros continentes em outros planetas além da Terra? Segundo um estudo divulgado na revista Research Notes of the American Astronomical Society, essas primeiras formações podem ser pelo menos 5 bilhões de anos mais velhas do que nosso planeta.Jane Greaves, professora de Astronomia na Universidade de Cardiff, no País de Gales, foi a responsável por essa pesquisa cujo intuito foi entender a formação de exocontinentes em planetas semelhantes à Terra. Neste levantamento, ela descobriu dois estruturas dessas que podem ser bilhões de anos mais velhos que o nosso mundo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15233624414114.jpg" alt="Continentes são importantes para a manutenção da vida e da temperatura de um planeta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Continentes são importantes para a manutenção da vida e da temperatura de um planeta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>A importância dos continentes</h2>Em sua hipótese, a pesquisadora ressalta que os continentes são peças fundamentais para manter uma grande biomassa, seja na Terra ou nesses possíveis mundos rochosos. Em nosso planeta, por exemplo, eles flutuam sobre um manto viscoso e o calor do núcleo evita que esse manto acabe se solidificando, o que seria prejudicial para os nossos continentes.Outro ponto importante sobre os continentes é que eles não apenas são importantes para que a vida possa surgir e se desenvolver, mas também para regular as temperaturas no planeta. Por conta disso, Greaves defende que eles são importantes para a formação da vida.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127234-zelandia-a-historia-do-misterioso-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zelândia: a história do misterioso continente perdido</a></li></ul>Com isso em mente, ela aponta em seu estudo que sistemas mais antigos que a Terra podem abrigar formas de vida graças à formação desses continentes. Para isso, é preciso que o núcleo de um planeta seja capaz de produzir calor suficiente para ocasionar a formação de placas tectônicas.Vale mencionar que, no caso da Terra, é a formação dessas placas tectônicas que ajuda a liberar calor do núcleo, onde podemos encontrar os isótopos radioativos de urânio 238, tório 232 e potássio 40. Um dado importante é que esses materiais possuem formação advinda da mesma nebulosa solar que forma suas estrelas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15233733741115.jpg" alt="Placas tectônicas também auxiliam na formação de continentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Placas tectônicas também auxiliam na formação de continentes. (Fonte: Getty Images/Reprodução) <h2>Importância dos eventos cósmicos</h2>Ainda falando sobre os elementos radioativos, eles acabam se formando por conta de alguns eventos cósmicos, como explosões de supernovas e colisões de formações conhecidas como estrelas neutras. Neste caso, tais elementos podem ser detectados nas extensões de luz que uma estrela emite.Para estimar quando um planeta rochoso ao redor dessas estrelas foram capazes de fazer placas tectônicas emergirem, Greaves utilizou urânio 238 e potássio presente nestes corpos celestes, além da idade das estrelas conforme mensurado pelo satélite Gaia.Com isso em mente, a pesquisadora descobriu que os planetas de duas estrelas que são pouco menores que o nosso Sol (HD 76932 e HD 201891, localizadas a 70 e 100 anos-luz, respectivamente), foram os primeiros a formar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122569-afinal-como-surgiram-os-nomes-dos-continentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">continentes</a> a 5 bilhões de anos.Por fim, Greaves conclui dizendo que “as perspectivas parecem muito promissoras para encontrar exoplanetas rochosos com continentes, dado que estrelas próximas semelhantes ao Sol já produziram alguns candidatos a hospedeiros”. Esse achado se torna ainda mais especial quando nos lembramos que estamos a 17 anos do lançamento do futuro Observatório de Mundos Habitáveis pela NASA.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:18.331Z

Quando os continentes mais antigos do Universo, em outros planetas, se formaram?

Imagem de O que aconteceria com o corpo humano no espaço sem uma roupa de astronauta? no megacurioso

Os filmes não nos contaram a verdade sobre o que aconteceria nessa situação

<head></head><body>Durante toda a história da humanidade, cerca de 600 pessoas tiveram a chance de circular na órbita espacial em torno do planeta. Dentre elas, apenas três – os cosmonautas Georgy Dobrovolsky, Vladislav Volkov e Viktor Patsayev – morreram após passar da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121901-onde-a-terra-termina-e-comeca-o-espaco-sideral.htm#:~:text=A%20linha%20imagin%C3%A1ria%20que%20separa,divis%C3%A3o%20entre%20as%20duas%20partes." rel="noopener noreferrer" target="_blank">linha Kármán</a>, que é o limite do espaço.&nbsp;E uma dúvida peculiar sempre circulou entre nós: o que será que aconteceria com o nosso corpo caso ele fosse exposto ao vácuo do espaço sem uma roupa preparada para isso? O que sabemos sobre isso é apenas o que aparece na mídia de massa, como o cinema. Mas, neste texto, contamos a verdade sobre esta curiosidade!<h2>O que aconteceria se nos expuséssemos ao vácuo do espaço sideral?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07215521691445.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Diferente do que alguns filmes mostram (lembre, por exemplo, das cenas do clássico dos anos 1990, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121667-5-vezes-que-a-ficcao-cientifica-previu-o-futuro.htm#:~:text=O%20Vingador%20do%20Futuro%20%C3%A9,verba%20para%20uma%20viagem%20interespacial." rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Vingador do Futuro</a>), não ficaríamos com olhos esbugalhados, com o corpo explodindo e gritando sem parar.&nbsp;Também não congelaríamos imediatamente caso resolvêssemos tirar o capacete no espaço, tampouco seríamos assados em poucos segundos pela energia do Sol. Nossa morte no espaço seria muito menos dramática e, com sorte, muito menos dolorosa do que costumamos imaginar.Na verdade, o que provavelmente nos mataria se fôssemos ao espaço sem um traje espacial seria a falta da pressão atmosférica e a falta de oxigênio.<h2>Como seria a nossa morte se ficássemos expostos no espaço?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07215444955443.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Vejamos, primeiramente, o que ocorreria por conta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117818-vida-na-terra-pode-acabar-em-1-bilhao-de-anos-por-falta-de-oxigenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falta de oxigênio</a>. Sem a pressão, os fluidos do corpo evaporariam em uma temperatura muito mais baixa. Assim, tudo que temos na superfície do organismo – como pele, boca e olhos – iria borbulhar rapidamente.&nbsp;A ausência de pressão também levaria à formação de bolhas nos fluidos corporais. Embora seja provável que a maior parte delas ocorresse na pele, a ebulição poderia também passar para o sangue, levando à ocorrência de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/115016-trombose-inatividade-em-casa-pode-aumentar-o-risco-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">embolia</a>.Ainda assim, o corpo não explodiria. Isso porque a nossa pele é bastante elástica, então é possível que ela inchasse até o dobro do tamanho normal antes de romper. Na muito afastada chance de que você se encontre um dia nessa situação, a dica é não prender a respiração. Por conta da descompressão, o ar nos pulmões pode se expandir e os órgãos se rompem.Por consequência, a falta de oxigênio faz com que você perca a consciência em cerca de 15 segundos. Essa é a boa notícia: você permanece vivo por mais um minuto, mas pelo menos está inconsciente.Caso um milagre aconteça e você seja resgatado, há outro fator a ser enfrentado: as consequências de ter sido exposto à radiação do sol. A luz ultravioleta vai causar queimaduras solares gravíssimas no seu corpo. É tão forte que o efeito é semelhante ao do raio-x: você terá seu DNA danificado e terá muito mais chances de desenvolver câncer no futuro.Por isso, fica a dica: melhor passar longe de qualquer situação em que você fique nu no meio do espaço sideral!</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:17.283Z

O que aconteceria com o corpo humano no espaço sem uma roupa de astronauta?

Imagem de Afinal, a corrida espacial para Marte já começou? no megacurioso

Segundo pesquisadores, uma nova corrida espacial poderia impulsionar novas tecnologias, mas à custa de outros projetos

<head></head><body>Há um ano, a Administração Espacial Nacional Chinesa (CNSA) fez um anúncio que ganhou pouca atenção, mas que poderia ter grandes implicações para a exploração espacial. Eles anunciaram a intenção de enviar outra missão a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, chamada Tianwen-3, e usá-la para trazer uma amostra da superfície do planeta vermelho. A data anunciada do retorno do projeto foi 2031.Isso significa que a missão chinesa chegará antes da data prevista para o retorto da missão Mars Sample Return (MSR) da NASA, a qual deve chegar na Terra em 2033. Se a China cumprir com o objetivo anunciado, esse será o maior golpe que os Estados Unidos sofrerão no espaço desde a Guerra Fria. Portanto, podemos dizer que estamos no meio de outra corrida espacial? E quais implicações isso teria para a humanidade?<h2>Disputas espaciais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16131415227192.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A concorrência chinesa no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127953-5-itens-bizarros-que-pegaram-uma-carona-para-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espaço</a> não é algo que os EUA devem aceitar de braços cruzados. Se em algum momento parecer que a China conseguirá cumprir os seus objetivos, é bem provável que a NASA consiga alavancagem para atrair mais dinheiro no congresso norte-americano para chegar em Marte mais rapidamente — ou pelo menos alcançar outras vitórias que ofuscarão qualquer feito dos chineses.Contudo, também existe uma grande probabilidade dos EUA e seus aliados alterarem as suas prioridades espaciais para objetivos mais chamativos que resultem em vitórias de relações públicas em vez de objetivos mais cientificamente recompensadores. Isso poderia ser considerado uma derrota científica tremenda em uma época em que as tecnologias se expandem.Tudo isso, porém, dependerá das perspectivas de sucesso da missão da China serem consideradas plausíveis, uma vez que anunciar uma missão MSR é bem diferente de concretizá-la. Afinal, existem motivos pelos quais até mesmo a NASA está tendo tantos problemas para colocar em ordem seus planos para sua própria missão de recuperar poeira marciana.<h2>Projetos desperdiçados</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/16/16131459482195.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A Agência Espacial Japonesa (JAXA) possui o plano de capturar um pedaço de uma das luas marcianas até 2029. Mesmo que decolar de Fobos ou Deimos seja desafiador, isso ainda está dentro das capacidades atuais. A gravidade marciana, por sua vez, é quase mil vezes maior — mesmo se ignorarmos quaisquer obstáculos adicionar existentes em sua atmosfera.E o que isso quer dizer? Para escapar desse problema, serão necessários foguetes poderosos, que devem pousar na superfície do planeta vermelho em condições de disparar novamente. Por conta disso, a China já tem desenvolvido um novo modelo mais resistente aos danos que a poeira marciana causou às sondas e rovers anteriores. Afinal, corridas espaciais acabam incentivando a criação de novas tecnologias.Por exemplo, a corrida espacial durante a Guerra Fria causou a criação do primeiro satélite artificial e a chegada do primeiro humano na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127880-baixa-gravidade-da-lua-pode-ser-boa-para-plantas-em-futura-tentativa-de-colonizacao-do-satelite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. Foram tantos projetos surgindo ao mesmo tempo que a ciência estava completamente no seu ápice. Contudo, a prioridade sempre esteve em projetos que gerassem boa repercussão para os políticos norte-americanos, e não exatamente nas replicações do que seria mais útil cientificamente.&nbsp;No atual cenário, existem temores de que os excessos de custos para a MSR levem ao esgotamento ou atraso de outras missões espaciais, especialmente aquelas para o Sistema Solar Exterior. Sendo assim, obviamente coletar informações de Marte será algo impressionante, mas valerá a pena se para isso tivermos que sacrificar anos de avanços científicos relevantes? Veremos em breve.&nbsp; </body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:17.971Z

Afinal, a corrida espacial para Marte já começou?

Imagem de Robô 'químico' com IA é capaz de produzir oxigênio em Marte no megacurioso

A descoberta pode revolucionar a exploração espacial ao fornecer uma abordagem inovadora para a geração de oxigênio no Planeta Vermelho

<head></head><body>Com a perspectiva de futuras missões tripuladas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, a produção de oxigênio no Planeta Vermelho torna-se uma prioridade essencial. Nesse cenário, pesquisadores chineses criaram um robô movido por inteligência artificial (IA) para extrair oxigênio da água de Marte. A máquina inteligente utiliza materiais encontrados no planeta para gerar catalisadores que desdobram a molécula da água, resultando na liberação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127361-nova-forma-rara-de-oxigenio-desafia-cientistas-e-a-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oxigênio</a>.<h2>Análise detalhada dos elementos marcianos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15150659956064.jpg" alt="A pesquisa analisou material do solo marciano. (Getty Images/Reprodução)">A pesquisa analisou material do solo marciano. (Getty Images/Reprodução)O trabalho de pesquisa, recentemente divulgado na revista Nature Synthesis, foi liderado por Jun Jiang, professor da Universidade de Ciência e Tecnologia da China. Jiang e sua equipe utilizaram uma unidade móvel com o tamanho aproximado de uma geladeira e equipada com um braço robótico.Esse dispositivo foi empregado na análise de cinco meteoritos, originários de Marte ou coletados na Terra, mas que reproduziam as características da superfície marciana. No experimento, o robô “químico” de IA conduziu uma análise minuciosa dos elementos metálicos presentes no Planeta Vermelho, incluindo ferro, níquel, manganês, magnésio, alumínio e cálcio.<h2>Eficiência do uso da IA</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15150420086063.jpg" alt="O processo de análise do robô &quot;químico&quot; com IA. (Fonte: Nature Synthesis/Reprodução)">O processo de análise do robô "químico" com IA. (Fonte: Nature Synthesis/Reprodução)O experimento empregou ácido e álcali para dissolver e separar o material, seguido pela análise dos compostos resultantes, que serviram como base para uma extensa pesquisa. A IA entrou em cena, calculando mais de 3,7 milhões de possíveis moléculas resultantes da combinação desses elementos.O sistema de IA sintetizou 243 moléculas, destacando uma específica como o catalisador mais eficaz para a separação de oxigênio e hidrogênio na água. O catalisador identificado pelo robô exibiu notável versatilidade ao operar em condições extremas, suportando temperaturas tão baixas quanto -37 graus Celsius. Essa característica é crucial, considerando o ambiente hostil de Marte.<h2>Processo acelerado de descoberta com IA</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15151517572069.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Toda a análise ocorreu em um tempo recorde de apenas seis semanas e sem intervenção humana. Esse processo rápido e eficiente contrasta significativamente com métodos tradicionais de tentativa e erro, evidenciando a vantagem da inteligência artificial na aceleração da descoberta científica.Enquanto um cientista humano demandaria mais de dois mil anos para alcançar resultados semelhantes, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127992-ia-generativa-esta-colaborando-na-disseminacao-de-fake-news.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IA</a> demonstrou não apenas velocidade, mas também precisão na identificação de soluções viáveis para a produção de oxigênio em condições marcianas.A descoberta do catalisador por meio do robô "químico" com IA representa um salto significativo na busca por soluções inovadoras para a produção de oxigênio em Marte. À medida que nos aproximamos da possibilidade de missões tripuladas ao Planeta Vermelho, a convergência entre a química e a inteligência artificial emerge como uma ferramenta poderosa para superar desafios complexos.O próximo passo consiste em testar a operabilidade do robô em condições marcianas reais, um marco crucial em direção ao sonho de habitar Marte e utilizar seus próprios recursos para atender às necessidades de oxigênio.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:17.730Z

Robô 'químico' com IA é capaz de produzir oxigênio em Marte

Imagem de Homem decide enviar seu DNA à Lua para ser utilizado por alienígenas no megacurioso

O audacioso plano levanta questões sobre o que pode acontecer com nossos restos mortais no universo

<head></head><body>No universo das opções post mortem, que vai desde a aquamação até o congelamento criogênico, uma escolha peculiar e intrigante surge: enviar os restos mortais para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127392-quantos-planetas-existem-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espaço</a>.Recentemente, um novo capítulo dessa história foi escrito quando o professor de física Kenneth Ohm declarou o plano de enviar seu DNA para a Lua após sua morte. As razões por trás do desejo de Ohm são surpreendentes e ilustram a peculiaridade que permeia as escolhas contemporâneas em relação à nossa existência além da vida.<h2>O enterro espacial</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15194337165081.jpg" alt="Os restos mortais são lançados ao espaço. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Os restos mortais são lançados ao espaço. (Fonte: Getty Images/Reprodução)A prática de enviar cinzas para o espaço tornou-se uma tradição com empresas funerárias espaciais, como a Celestis que, desde 1994, conduz lançamentos de restos mortais em diversas órbitas, incluindo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111890-orbita-da-terra-ja-acumula-quase-20-mil-detritos-espaciais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">órbita terrestre</a>, o espaço profundo e até mesmo a Lua.Nomes ilustres, como Nichelle Nichols, Gene Roddenberry e L. Gordon Cooper, escolheram essa jornada como sua última morada, marcando a convergência da celebração da vida com o vasto cosmos.<h2>Legado cósmico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15194917995082.jpg" alt="Kenneth Ohm. (Fonte: The New York Times Magazine/Reprodução)">Kenneth Ohm. (Fonte: The New York Times Magazine/Reprodução)Em uma entrevista reveladora ao New York Times, Kenneth Ohm compartilhou uma perspectiva única por trás de sua decisão de enviar seu DNA para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126994-enorme-estrutura-metalica-e-encontrada-sob-superficie-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superfície lunar</a>. Além do desejo de proporcionar à sua família uma conexão com a Lua, Ohm delineou uma finalidade "prática".Ele imagina um futuro distante no qual seres alienígenas ou civilizações avançadas podem descobrir seu material genético, especulando sobre os possíveis usos, desde exibições em zoológicos intergalácticos até a criação de um exército de clones "Ken Ohms" dispersos pelo universo.<h2>Plano ousado</h2>A audácia da visão de Ohm, embora possa não parecer totalmente séria, destaca a fascinação humana com o desconhecido e o transcendental. Mesmo que a criação de um exército de clones seja uma especulação extravagante, o ato de enviar restos mortais para o espaço não deixa de ser uma maneira única de celebrar a vida.Esta prática singular combina elementos de uma cerimônia memorial com um espetáculo cósmico, proporcionando uma nova perspectiva sobre como os humanos buscam ultrapassar os limites terrestres em direção ao infinito.Em um mundo onde as opções para o destino póstumo são tão vastas quanto o próprio universo, a história de Kenneth Ohm acrescenta um capítulo peculiar e cativante. Sua esperança de que alienígenas possam transformar seu DNA em um legado intergaláctico não apenas surpreende, mas também convida a uma reflexão sobre o que significa viver, morrer e como nossas escolhas transcendem as fronteiras da vida terrestre.Enquanto aguardamos o desdobramento desta narrativa espacial, a história de Kenneth Ohm permanecerá como um testemunho da eterna busca pela imortalidade, mesmo que seja por meio de um exército de clones extraterrestres.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:17.635Z

Homem decide enviar seu DNA à Lua para ser utilizado por alienígenas

Imagem de 5 itens bizarros que "pegaram uma carona" para o espaço no megacurioso

Conheça a história por trás do lançamento desses itens inusitados para fora do nosso planeta

A jornada da humanidade ao espa&ccedil;o est&aacute; repleta de marcos impressionantes, desde o pouso na Lua at&eacute; as observa&ccedil;&otilde;es sobre as profundezas do Universo com telesc&oacute;pios poderosos. Por&eacute;m, nem tudo que est&aacute; envolvido no tema "viagem espacial" &eacute; t&atilde;o glorioso ou monumental assim. Inclusive, existem muitas hist&oacute;rias bizarras no meio disso tudo.
N&atilde;o foram poucas vezes que os seres humanos decidiram enviar ao vazio cargas um tanto quando incomuns &mdash; para n&atilde;o dizer completamente bizarras. Pensando nisso, n&oacute;s separamos uma lista com cinco itens inusitados que pegaram uma carona para uma jornada espacial!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127354-as-5-historias-mais-malucas-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As 5 hist&oacute;rias mais malucas da Corrida Espacial</a>
<h2>1. Bact&eacute;rias Salmonella</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08162123870291.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A bact&eacute;ria Salmonella, conhecida por causar intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar, foi enviada para a Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) em miss&otilde;es de &ocirc;nibus espaciais entre 2006 e 2008 &mdash; o que resultou em uma descoberta surpreendente. No ambiente &uacute;nico de microgravidade do espa&ccedil;o, pesquisadores notaram que a bact&eacute;ria se tornou mais violenta do que suas vers&otilde;es na Terra.
Essa descoberta &eacute; significativa porque as condi&ccedil;&otilde;es no espa&ccedil;o s&atilde;o um pouco semelhantes &agrave;s do intestino humano, onde uma for&ccedil;a mec&acirc;nica chamada "cisalhamento de fluxo" &eacute; baixa. Essa semelhan&ccedil;a ajudou os pesquisadores a entender como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/101837-salmonelas-fazem-seus-hospedeiros-comerem-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salmonela</a> se comporta dentro do corpo humano &mdash; uma pesquisa fundamental para entender o que pode ser feito em miss&otilde;es onde astronautas passar&atilde;o muito tempo longe de ajuda m&eacute;dica.&nbsp;
<h2>2. Brinquedos LEGO</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08162514794304.jpg" alt="(Fonte: NASA/LEGO/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA/LEGO/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Tr&ecirc;s estatuetas LEGO especiais foram enviadas em uma viagem a J&uacute;piter, a bordo da espa&ccedil;onave Juno da NASA, em 2011. Essas minifiguras exclusivas representam o deus romano J&uacute;piter, sua esposa Juno e o "pai da ci&ecirc;ncia" Galileo Galilei. A ideia fez parte do projeto "Tijolos no Espa&ccedil;o", um esfor&ccedil;o colaborativo da NASA e do Grupo LEGO que visa inspirar crian&ccedil;as a mergulhar na ci&ecirc;ncia.
Curiosamente, esses personagens de brinquedo n&atilde;o eram feitos de pl&aacute;stico, mas sim de alum&iacute;nio especial para uso espacial. Eles foram submetidos a testes rigorosos para garantir que estavam aptos para a miss&atilde;o.&nbsp;
<h2>3. Sabre de luz de Luke Skywalker</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/10/lucasfilm-20th-century-fox-10131814948197.jpg" alt="Lucasfilm/20th Century-Fox" />(Fonte: Lucasfilm/20th Century-Fox/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em outubro de 2007, a miss&atilde;o STS-120 do &ocirc;nibus espacial Discovery transportou uma carga &uacute;nica junto de sua tripula&ccedil;&atilde;o para a ISS: o sabre de luz original usado por Luke Skywalker (Mark Hamill) no filme Star Wars: Epis&oacute;dio IV &ndash; Uma Nova Esperan&ccedil;a (1977). O evento fez parte da celebra&ccedil;&atilde;o do 30&ordm; anivers&aacute;rio da ic&ocirc;nica franquia de filmes.
A miss&atilde;o espacial, liderada pela comandante Pam Melroy e pelo piloto George Zamka, incluiu uma tripula&ccedil;&atilde;o de sete pessoas encarregadas de entregar o m&oacute;dulo Harmony &agrave; esta&ccedil;&atilde;o espacial. A partida do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122320-seria-possivel-construir-um-saber-de-luz-real.htm#:~:text=O%20sabre%20de%20luz&amp;text=O%20primeiro%20%C3%A9%20que%20a,do%20que%20uma%20espada%20convencional." rel="noopener noreferrer" target="_blank">sabre de luz</a> e a subsequente viagem espacial foram um aceno simb&oacute;lico ao impacto cultural da saga Star Wars, que mistura fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica com explora&ccedil;&atilde;o espacial do mundo real.&nbsp;
<h2>4. Roda de queijo</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08162308993299.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Outro objeto intrigante enviado ao espa&ccedil;o foi uma grande roda de queijo Le Brouere, que viajou junto da c&aacute;psula espacial Dragon durante uma miss&atilde;o feita pela SpaceX, em 2010. O ato extravagante foi uma homenagem &agrave; uma esquete cl&aacute;ssica do programa de com&eacute;dia brit&acirc;nico Monty Python's Flying Circus.
A c&aacute;psula Dragon entrou para a hist&oacute;ria como a primeira espa&ccedil;onave comercial do mundo a alcan&ccedil;ar a &oacute;rbita e retornar &agrave; Terra com seguran&ccedil;a, completando duas &oacute;rbitas antes de cair no Oceano Pac&iacute;fico.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118667-6-objetos-perigosos-e-inusitados-que-ja-cairam-do-espaco.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 objetos perigosos e inusitados que j&aacute; ca&iacute;ram do espa&ccedil;o</a>
<h2>5. Cinzas humanas</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08162359037302.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Michael Ochs Archives/Getty Images)
Em 2024, a Celestis, uma empresa que oferece sepulturas espaciais, lan&ccedil;ar&aacute; uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121034-6-descobertas-que-so-foram-possiveis-gracas-as-viagens-espaciais.htm" target="_blank" rel="sponsored">miss&atilde;o pioneira</a> no espa&ccedil;o profundo carregando quase 200 c&aacute;psulas de restos mortais cremados e amostras de DNA. Entre essas cinzas estar&aacute; a de Gene Roddenberry, criador da saga <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36610-qual-e-a-relevancia-da-serie-star-trek-para-a-humanidade-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Star Trek</a>, de sua esposa Majel Barrett Roddenberry e de seu filho Eugene.&nbsp;
A miss&atilde;o, chamada Voyager Memorial Spaceflight, enviar&aacute; esses restos mortais em uma jornada para orbitar permanentemente o sol, marcando um novo cap&iacute;tulo nos enterros espaciais. O foguete Vulcan Centaur impulsionar&aacute; as c&aacute;psulas para o espa&ccedil;o, onde passar&atilde;o pelo sistema Terra-Lua e pelo telesc&oacute;pio James Webb, para se tornarem parte da Enterprise Station, o posto avan&ccedil;ado de reposit&oacute;rio humano permanente mais distante que orbita o sol.

thumb-image-2024-02-29T14:07:17.102Z

5 itens bizarros que 'pegaram uma carona' para o espaço

Imagem de Se Vênus tem placas tectônicas, é possível desenvolver vida também? no megacurioso

De acordo com pesquisadores, Vênus poderia ter tido movimentos de placas tectônicas semelhantes aos da Terra primitiva

<head></head><body>Recentemente, um estudo indicou que Vênus, o segundo planeta do Sistema Solar, outrora pode ter tido os mesmos movimentos de placas tectônicas apresentados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121009-9-fatos-curiosos-sobre-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a> em seus primeiros anos de vida. Essa descoberta cria cenários tentadores relativos à possibilidade de vida primitiva no planeta, ao seu passado evolutivo e muito mais.Os pesquisadores usaram dados atmosféricos de Vênus e modelagem computacional para mostrar a composição atual da atmosfera e pressão superficial do planeta — algo que só teria sido possível como resultado de uma forma inicial de placas tectônicas. No entanto, para os cientistas, esse processo que envolve múltiplas placas continentais se empurrando é crítico para a existência de vida!<h2>Estudando Vênus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30160630918411.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na Terra, a movimentação das placas tectônicas intensificou-se ao longo de bilhões de anos. Isso foi responsável pela formação de novos continentes, montanhas e conduzir reações químicas que estabilizaram a temperatura da superfície do planeta. Além disso, resultou num ambiente mais propício ao desenvolvimento da vida.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116161-5-fatos-curiosos-sobre-o-planeta-venus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vênus</a>, por outro lado, é o nosso vizinho mais próximo e planeta-irmão, mas seguiu na direção oposta e hoje tem temperaturas de superfície altas o suficiente para derreter o chumbo. Anteriormente, pesquisadores acreditavam que isso acontecia porque o planeta tinha uma "tampa estagnada", o que significa que a sua superfície tem apenas uma única placa com quantidades mínimas de movimento e gases a serem liberados na atmosfera.&nbsp;O novo artigo, no entanto, sugere que isso nem sempre foi assim. A abundância de azoto e dióxido de carbono na atmosfera de Vênus indicam que o planeta deve ter tido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127690-cientista-descobre-placa-tectonica-gigantesca-ate-entao-escondida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas</a> algum tempo depois da formação do planeta — entre 4,5 a 3,5 bilhões de anos atrás. Esse movimento inicial, tal como na Terra, teria sido limitado em termos do número de placas em movimento e do quanto elas se deslocaram.&nbsp;<h2>Placas tectônicas no Sistema Solar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30160727542415.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)“Uma das conclusões gerais é que muito provavelmente tínhamos dois planetas ao mesmo tempo, no mesmo sistema solar, operando num regime de placas tectônicas – o mesmo modo de tectônica que permitiu a vida que vemos hoje na Terra”, afirmou o autor principal do estudo, Matt Weller. Isso reforçaria a possibilidade da antiga Vênus ter apresentado vida microbiana em certo ponto.Na visão dos cientistas, em dado momento, Vênus e Terra eram muito parecidos. Eles também acreditam que as placas tectônicas atuam em questão de tempo. Isso mostraria que os planetas podem entrar e sair de diferentes estados tectônicos e que isso pode ser bastante comum — com exceção da Terra. Porém, isso também seria um indício de que planetas entram e saem da habitabilidade em vez de serem continuamente habitáveis.&nbsp;No geral, a equipe de estudos acredita que Vênus acabou ficando muito quente e sua atmosfera muito espessa em alguma época, o que "secou" os ingredientes necessários para o movimento tectônico. Os pesquisadores dizem que os detalhes desse fenômeno podem ter implicações importantes para a Terra no futuro e, por isso, precisam ser analisados mais profundamente.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.691Z

Se Vênus tem placas tectônicas, é possível desenvolver vida também?

Imagem de Marte tem núcleo menor que esperado e coberto por camada de rochas derretidas no megacurioso

Uma nova análise dos dados sismológicos do Planeta Vermelho revelou detalhes até então desconhecidos

O n&uacute;cleo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127788-5-descobertas-incriveis-feitas-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a> parece n&atilde;o ser t&atilde;o grande e pouco denso quanto os cientistas imaginavam. Dois novos estudos, publicados na revista Nature, trazem um olhar diferente a respeito da parte interna do nosso vizinho espacial, sugerindo que ele &eacute; menor e coberto por uma camada de silicato derretido.
Realizadas com base nos dados obtidos pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonda InSight da NASA</a>, que chegou por l&aacute; em 2018, as pesquisas encontraram evid&ecirc;ncias de que o n&uacute;cleo marciano &eacute; 30% menor do que as estimativas anteriores. An&aacute;lises feitas em 2021 apontavam um di&acirc;metro de 3.600 km.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Maryland/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://cmns.umd.edu/news-events/news/Vedran-Lekic-NASA-InSight-discover-molten-layer-covering-martian-core"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30101445803075.jpeg" alt="(Fonte: Universidade de Maryland/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: IPGP/CNES/Henri Samuel/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Com as atualiza&ccedil;&otilde;es, os autores acreditam agora que ele tenha di&acirc;metro variando de 3.300 km a 3.350 km. Al&eacute;m disso, se mostrou com uma maior densidade, apresentando entre 9% e 14% de elementos mais leves na sua composi&ccedil;&atilde;o.
A diferen&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o ao c&aacute;lculo anunciado h&aacute; dois anos foi causada principalmente pela presen&ccedil;a da camada de silicato derretido sobre o n&uacute;cleo de Marte. At&eacute; ent&atilde;o desconhecida, essa cobertura de rocha macia possui cerca de 150 km de espessura, como afirma um dos estudos.
<h2>Influ&ecirc;ncia no campo magn&eacute;tico</h2>
A descoberta da camada de rochas derretidas pode ajudar a esclarecer algumas d&uacute;vidas, como em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; aus&ecirc;ncia de um campo magn&eacute;tico forte no Planeta Vermelho. Coautor de um dos artigos, o professor de geologia da Universidade de Maryland (Estados Unidos), Vedran Lekic, a comparou com uma manta de aquecimento.
De acordo com ele, a camada isola o calor que vem da &aacute;rea interna do planeta e evita o seu resfriamento, ao mesmo tempo que concentra elementos capazes de gerar calor ao serem decompostos. Com isso, os movimentos de convec&ccedil;&atilde;o, respons&aacute;veis por criar o campo magn&eacute;tico, acabam n&atilde;o sendo produzidos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30101608083076.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Apesar disso, a crosta marciana apresentou atividade magn&eacute;tica em seus primeiros 500 milh&otilde;es a 800 milh&otilde;es de anos. Isso pode ter sido fruto de impactos com objetos celestes ou de intera&ccedil;&otilde;es gravitacionais com antigos sat&eacute;lites naturais j&aacute; desaparecidos.
Vale ressaltar que o outro estudo, liderado pelo cientista planet&aacute;rio do Instituto Federal Su&iacute;&ccedil;o de Tecnologia, Amir Khan, concluiu que a camada &eacute; menos densa e possui menor quantidade de oxig&ecirc;nio e enxofre. Para ele, tal caracter&iacute;stica alimenta o vulcanismo em Marte, ajudando a formar a enorme estrutura da regi&atilde;o de Tharsis.
<h2>Fora de a&ccedil;&atilde;o</h2>
Embora tenha sido fundamental para desvendar os mist&eacute;rios sobre o n&uacute;cleo marciano, a sonda InSight n&atilde;o est&aacute; mais em uso. Ela <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/257657-nasa-aposenta-sonda-insight-investigou-terremotos-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parou de funcionar em 2022</a>, ap&oacute;s seus pain&eacute;is solares serem cobertos pela poeira marciana, bloqueando o fornecimento de energia para os instrumentos.
Neste trabalho, ela permitiu mapear as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/214961-sonda-insight-detecta-dois-enormes-terremotos-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividades s&iacute;smicas em Marte</a> a partir das quedas de rochas espaciais. Os dados obtidos pelo equipamento podem abrir o caminho para futuras miss&otilde;es de pesquisa sismol&oacute;gica no Planeta Vermelho e em outras partes do Sistema Solar.

thumb-image-2024-02-29T14:07:15.328Z

Marte tem núcleo menor que esperado e coberto por camada de rochas derretidas

Imagem de Baixa gravidade da Lua pode ser boa para plantas em futura tentativa de colonização do satélite no megacurioso

O experimento chinês mostra que, apesar das adversidades, é possível cultivar plantas na superfície lunar

<head></head><body>As plantas não só podem crescer na Lua como também se beneficiam da gravidade reduzida por lá. A descoberta, que sugere a possibilidade de cultivar alimentos em futuras missões espaciais, foi apresentada em estudos publicados nas revistas Microgravity Science and Technology e Acta Astronautica em junho e outubro, respectivamente.O projeto Biological Experiment Payload (BEP)&nbsp;integrou a missão Chang’e 4, que chegou à Lua em janeiro de 2019. A espaçonave chinesa levou sementes de quatro espécies para cultivação, com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112316-novidades-sobre-a-primeira-planta-levada-pelos-chineses-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crescimento de algodão</a> chamando a atenção à época.Além de acompanhar o desenvolvimento das plantas, os cientistas da Universidade de Chongqing, na China, queriam saber quais eram os efeitos da baixa gravidade e da radiação na superfície lunar sobre os vegetais. Para comparação, eles realizaram o mesmo experimento em terra, simulando as condições do espaço.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/02/02151429655004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Os resultados da pesquisa agora estão disponíveis, mostrando que o cultivo de alimentos não deve ser um empecilho para o desenvolvimento de colônias na Lua e em Marte. Vale ressaltar que outros estudos já haviam demonstrado ser possível <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121967-cientistas-cultivam-as-primeiras-plantas-em-solo-lunar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alcançar este feito</a>, mas ainda há problemas para resolver.<h2>Sobrevivendo às baixas temperaturas</h2>Conforme os pesquisadores da instituição chinesa, apenas a semente de algodão germinou na Lua. Já no experimento realizado na Terra, simultaneamente, as sementes de canola cresceram junto com as de algodão.No satélite natural, a maior ameaça foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109538-voce-sabe-como-sao-os-dias-e-noites-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">noite lunar</a>, iniciada pouco tempo depois do pouso. Durante o período equivalente a 18 dias terrestres, as plantas foram expostas à temperatura de -52 °C, forçando a equipe a fazer o mesmo no experimento em solo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/02/02152902367007.jpg" alt="Experimento transportado pela Chang'e 4. (Fonte: Acta Astronautica/Reprodução)">Experimento transportado pela Chang'e 4. (Fonte: Acta Astronautica/Reprodução)Quando voltou a esquentar, a muda estava de pé, surpreendentemente, segundo os cientistas, enquanto as plantas cultivadas na universidade morreram. O modelo espacial sobreviveu ao segundo dia lunar, estagnando seu crescimento, possivelmente pela falta de oxigênio no compartimento, mas não sobreviveu à noite lunar seguinte.Os autores acreditam que a baixa gravidade lunar acelerou a germinação da semente de algodão, além de ter desencadeado a resistência ao congelamento. Quanto ao fracasso das demais espécies, é provável que elas não se adaptaram à temperatura reduzida, de acordo com o artigo.<h2>A importância do experimento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/02/02164942466003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A capacidade de cultivar plantas na Lua é fundamental para os planos da NASA de estabelecer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272487-casas-lua-nasa-planeja-construir-habitacoes-na-superficie-lunar-2040.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bases no satélite natural</a>. Com isso, os astronautas que farão parte destes postos terão fornecimento de alimentos constante, não dependendo do envio de suprimentos da Terra.Posteriormente, a mesma tecnologia deve ser usada em Marte, com o dobro da gravidade lunar, o que pode levar a um efeito semelhante nos vegetais, segundo os pesquisadores, facilitando a criação das primeiras <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114498-pesquisadores-acham-o-lugar-para-futura-colonia-humana-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colônias no Planeta Vermelho</a>.É importante destacar que a segurança das plantas lunares não foi avaliada, sendo necessária uma nova investigação para determinar se elas são saudáveis.</body>

Exploração Espacial

Novidades