Imagem de Exploração humana altera geografia da Lua no megacurioso

Ações humanas necessitam de atenção para satélite natural não sofrer os mesmos impactos da Terra

<head></head><body>Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corrida espacial</a>, nos anos 1950, a Lua era um dos principais objetivos. Desde que a União Soviética pousou por lá a nave Luna 2, em 1959, o solo lunar nunca mais foi o mesmo. Nosso satélite natural passou um tempo esquecido, mas novas missões espaciais novamente têm a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128257-theia-o-planeta-que-teria-colidido-com-a-terra-e-originado-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> como principal foco.Mesmo sem grande destaque nos últimos anos, os cientistas são unânimes em defender que a Lua passa por uma nova fase, na qual sua geografia é moldada principalmente por ações humanas. Naves acidentadas, equipamentos obsoletos, obras de arte e até fezes podem ser encontradas no satélite, mas a tendência é que isso piore consideravelmente nas próximas décadas.Essa nova época, chamada de Antropoceno Lunar, começou justamente com a chegada da Luna 2. “A ideia é praticamente a mesma que a discussão do Antropoceno na Terra – a exploração de quanto os humanos impactaram o nosso planeta”, explica Justin Holcomb, geoarqueólogo planetário da Universidade do Kansas, que defende a teoria de que a Lua passa por uma nova fase.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12111921325117.jpg" alt="Exploração da Lua já deixou diversos vestígios no satélite. (Foto: Pixabay)">Exploração da Lua já deixou diversos vestígios no satélite. (Foto: Pixabay)<h2>A hora de cuidar é agora</h2>O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273158-antropoceno-podemos-testemunhando-morte-natureza-alerta-especialista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antropoceno Terrestre</a> teria começado em 1800, segundo o químico holandês Paul J. Crutzen, juntamente com o início da sociedade industrial. Porém, ele foi definido muito tempo depois, evitando a propagação massiva dos danos. Assim, a definição relativamente recente do Antropoceno Lunar pode gerar mais ações que mitiguem o impacto humano no satélite.“Os processos culturais estão começando a superar o contexto natural dos processos geológicos na Lua”, analisa Holcomb. A intensa quantidade de lixo espacial na órbita da Terra, bem como aqueles que estão em solo lunar, mostra que o ser humano tem um potencial destrutivo muito grande.Normalmente, o solo lunar é modificado por meio de impactos de meteoróides e movimentação de massas. “No entanto, quando consideramos o impacto de rovers e landers e o movimento humano, eles perturbam significativamente o regolito (sedimentos lunares). No contexto da nova corrida espacial, a paisagem lunar será totalmente diferente em 50 anos”, complementa o geoarqueólogo.<h2>Colonização consciente</h2>As reservas de gelo são alguns dos principais pontos de atenção. Afinal, elas podem ser fundamentais para uma eventual colonização da Lua. E isso, é claro, começou com um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade.&nbsp;“Como arqueólogos, percebemos as pegadas na Lua como uma extensão da viagem da humanidade para fora de África, um marco fundamental na existência da nossa espécie”, diz Holcomb.Caminhar e até <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272487-casas-lua-nasa-planeja-construir-habitacoes-na-superficie-lunar-2040.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habitar a Lua</a> parecem destinos naturais do ser humano. Porém, é importante que isso seja feito sem esgotar os recursos naturais e mitigando os impactos negativos desde o início da eventual colonização do satélite.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12111520837108.jpg" alt="Pegada de Buzz Aldrin na Lua. (Foto: Wikimedia Commons)">Pegada de Buzz Aldrin na Lua. (Foto: Wikimedia Commons)</body>

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Exploração humana altera geografia da Lua

Imagem de Qual é o lugar mais frio do universo? no megacurioso

Enquanto na Terra a temperatura mais baixa já registrada foi de -89,2 °C, pelo universo esse número pode chegar a -272,15 °C

A temperatura do universo &eacute; surpreendentemente variada. <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/68375-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-o-sol-o-nosso-astro-rei.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Perto do Sol</a>, por exemplo, ela pode ultrapassar os 15 milh&otilde;es de graus Celsius. Por&eacute;m, a 4,5 bilh&otilde;es de quil&ocirc;metros dali &mdash; uma dist&acirc;ncia insignificante na escala do universo &mdash;, em Netuno, a temperatura m&eacute;dia &eacute; de 223&nbsp;&deg;C negativos.
Existe uma s&eacute;rie de fatores que influenciam nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/98589-calor-dos-infernos-qual-a-maior-temperatura-possivel-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">climas pelo universo</a>. Mas, ser&aacute; que existe algum lugar onde nenhuma fonte de calor consegue atingir? O zero absoluto (0 K, ou -273,16&deg;C) representa um limite te&oacute;rico para qu&atilde;o frias as coisas podem ficar. E, na pr&aacute;tica, qual &eacute; o lugar mais frio no universo?
<h2>Quase zero absoluto</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04100029952044.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros. Entertainment/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros. Entertainment/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No planeta Terra, a temperatura natural mais baixa j&aacute; registrada foi de -89,2&nbsp;&deg;C, na Ant&aacute;rtida. Esse &eacute; um valor consideravelmente superior aos -273&nbsp;&deg;C, obtidos artificialmente por pesquisadores da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, e da Universidade de Kyoto, no Jap&atilde;o. Para conseguir chegar a esse valor impressionante, eles utilizaram resfriamento a laser seguido de expans&atilde;o.
A temperatura registrada est&aacute; apenas um bilion&eacute;simo de grau acima do zero absoluto, quando o movimento dos &aacute;tomos de um elemento cessa por completo. Ou seja, oficialmente, a temperatura mais baixa do universo foi registrada aqui na Terra. Mas, considerando que n&atilde;o se trata de um evento natural e que um elemento qu&iacute;mico n&atilde;o &eacute; exatamente um lugar, este feito fica de fora da disputa.
<h2>A Nebulosa Bumerangue</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04100201845047.jpg" alt="Imagem da Nebulosa Bumerangue registrada pelo Telesc&oacute;pio Espacial Hubble. (Fonte: NASA/ESA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Imagem da Nebulosa Bumerangue registrada pelo Telesc&oacute;pio Espacial Hubble. (Fonte: NASA/ESA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Faz muitas d&eacute;cadas que os astr&ocirc;nomos j&aacute; sabem que ap&oacute;s o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a>, que deu origem a um universo superaquecido, o resfriamento ocorreu de maneira diferente. Por&eacute;m, a energia deixada pela explos&atilde;o original forneceu a radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo, que estabelece um limite de 2,7 K (-270,45&nbsp;&deg;C). Esse valor segue diminuindo muito lentamente conforme o universo envelhece.
At&eacute; 1995, acreditava-se que essa era a temperatura natural mais baixa que poderia existir. Por&eacute;m, com a descoberta da Nebulosa Bumerangue, foi verificado um padr&atilde;o estranho que permitiu com que ela se tornasse ainda mais fria, com uma temperatura de apenas 1 K (-272,15 &deg;C).
Embora a temperatura da Bumerangue j&aacute; tenha sido confirmada por v&aacute;rios estudos, ainda n&atilde;o se sabe exatamente como ela &eacute; poss&iacute;vel. At&eacute; o momento, o que se sabe &eacute; que a intera&ccedil;&atilde;o gravitacional entre a estrela que produziu a nebulosa e outra, descoberta em 2017, pode estar impulsionando a expans&atilde;o dos gases da regi&atilde;o. &Eacute; muito prov&aacute;vel que a explica&ccedil;&atilde;o possua outros fatores, mas, por enquanto, esta teoria ainda n&atilde;o foi refutada.
&Eacute; bastante prov&aacute;vel que existam outros lugares t&atilde;o frios quanto &mdash; ou at&eacute; mais &mdash;, considerando que a Nebulosa Bumerangue est&aacute; a apenas 5 mil anos-luz da Terra. Desde 1949, cientistas j&aacute; preveem a exist&ecirc;ncia de temperaturas abaixo do zero absoluto. Por&eacute;m, at&eacute; o momento, a &uacute;nica certeza &eacute; que se voc&ecirc; pudesse conhecer o lugar com a menor temperatura natural j&aacute; registrada, a Nebulosa Bumerangue seria o seu destino.

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Qual é o lugar mais frio do universo?

Imagem de Peregrine Lunar Lander: a jornada científica rumo à Lua em 24 de dezembro no megacurioso

Descubra as inovações que a NASA e cientistas ao redor do mundo estão enviando para a Lua através do módulo lunar Peregrine, marcando um marco histórico na exploração espacial

<head></head><body>Na véspera de Natal deste ano, enquanto o mundo se prepara para celebrar com presentes e comidas festivas, a NASA e cientistas globais estarão prestes a lançar um feito inédito: o Peregrine Lunar Lander. Este veículo, nomeado em homenagem ao rápido pássaro peregrino, está programado para decolar em 24 de dezembro, marcando a primeira missão sob a iniciativa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA.<h2>Pioneirismo da Iniciativa CLPS</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/07/07222858210493.jpg" alt="Foguete Vulcan Centaur. (Fonte: United Launch Alliance / Reprodução)">Foguete Vulcan Centaur. (Fonte: United Launch Alliance / Reprodução)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127032-5-missoes-espaciais-inovadoras-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missão</a> Peregrine destaca-se como um marco inovador na exploração lunar, sendo a primeira a ser lançada sob a inovadora iniciativa CLPS. Essa estratégia revolucionária permite que a agência entregue cargas úteis à Lua sem a necessidade de desenvolver uma espaçonave completa, com a liderança proeminente da empresa Astrobiotic nesse projeto visionário.O lançamento do Peregrine será conduzido pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111744-proximo-foguete-para-a-lua-ja-tem-data-marcada-veja-como-e-a-espaconave.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foguete Vulcan Centaur</a> da United Launch Alliance. Projetado para transportar cargas substanciais para o espaço, o Vulcan Centaur eleva a capacidade de exploração lunar a novos patamares, marcando um capítulo crucial na evolução da tecnologia espacial.<h2>Exploração científica com cargas da NASA</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/07/07223144914494.png" alt="Domos Gruithuisen. (Fonte: Wikimedia Comons / Reprodução)">Domos Gruithuisen. (Fonte: Wikimedia Comons / Reprodução)Durante a missão, cinco cargas científicas patrocinadas pela NASA serão implantadas na superfície lunar, destacando instrumentos avançados, como o PITMS, dedicado à investigação da exosfera lunar; o NSS, especializado na medição de nêutrons; o LRA, que possibilita um alcance preciso a laser; o NIRVSS, projetado para observações detalhadas da superfície; e o LETS, que desempenha o papel fundamental de monitorar a radiação espacial.Os instrumentos da missão Peregrine serão minuciosamente direcionados para analisar as características próximas ao local de pouso, com destaque para os Domos Gruithuisen. Essa região representa o vulcanismo lunar, e a análise detalhada dessas formações contribuirá significativamente para desvendar a história fascinante do solo lunar, oferecendo informações valiosas sobre a evolução geológica da Lua.<h2>Contribuições globais</h2>A missão Peregrine Lunar Lander, além de transportar valiosas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127953-5-itens-bizarros-que-pegaram-uma-carona-para-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cargas</a> científicas da NASA, destaca-se como um testemunho notável da colaboração internacional no espaço, com a participação significativa de diversas nações. Notavelmente, a cápsula Lunar Dream do Japão leva consigo mensagens comovedoras de mais de 80 mil crianças, eternizando suas aspirações na paisagem lunar.Adicionalmente, a Elysium Space contribui para a missão ao enviar os restos mortais de entes queridos, criando memoriais lunares que conferem uma perspectiva emocional e poética à exploração cósmica. Essas contribuições humanas estabelecem uma conexão entre a exploração espacial e a essência mais profunda da humanidade.O Peregrine Lunar Lander está prestes a levar a exploração lunar a novos patamares, incorporando ciência avançada e colaboração global. Aguardamos ansiosamente o lançamento, em 24 de dezembro, de uma missão que marcará a história e abrirá portas para futuras explorações espaciais e descobertas científicas que transcendem fronteiras.</body>

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Peregrine Lunar Lander: a jornada científica rumo à Lua em 24 de dezembro

Imagem de Crimes cometidos em outros planetas: como vamos lidar com isso? no megacurioso

Sem leis existentes para se aplicar em território marciano, como devem ser os próximos passos da humanidade no espaço?

<head></head><body>A cada ano que passa, a humanidade se prepara mais para explorar o espaço — inclusive com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127032-5-missoes-espaciais-inovadoras-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missões planejadas</a> para Lua e para Marte em um futuro próximo. Assim, que os humanos progredirem por esses novos terrenos, alguns desafios serão inevitáveis, como a atual ausência de leis em território extraterrestre.Por exemplo, imagine o seguinte cenário: por conta de um erro de planejamento com alguma espaçonave, um grupo de pessoas se vê preso fora da Terra e sua única fonte de alimento até a chegada de ajuda é a prática de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120747-5-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a>. Então, comer carne humana poderia ser considerado um crime? Ou então, a execução de um assassinato fora do nosso mundo pode ser julgado por um tribunal? Entenda como esses dilemas éticos poderão ser confrontados.&nbsp;<h2>Falta de precedentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29155356620316.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um grande questionamento que podemos ter é o que acontece quando alguém morre no espaço? Essa é uma resposta que nós não temos, uma vez que não existem precedentes para esse tipo de coisa. Afinal, a morte de viajantes espaciais sempre foi algo rápido e se resumiu a tripulações inteiras, que foram "sepultadas" no universo para o resto da eternidade.O mesmo vale para a refeição especial proibida: a carne humana. A literatura astronáutica sobre como o consumo da carne de outros tripulantes é bastante limitada, se não inexistente. Então, num cenário hipotético onde uma pessoa precisaria morrer para que o restante conseguisse o resgate em uma missão espacial, o que realmente deveria ser feito? Na maioria das vezes, não precisamos de canibalismo espacial ou de um incidente internacional para termos uma resposta.Em diversas ocasiões onde um grupo foi confrontado com uma situação onde seria necessário escolher pela vida de alguém para sobreviver — seja em submarinos naufragados, minas de carvão desabadas e barcos à deriva — as pessoas optam geralmente por encarar o fim juntos e morrer ao mesmo tempo. Porém, caso o cenário extremo acontecesse, existem alguns cenários jurídicos para tal.<h2>Meios jurídicos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29155420688320.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126982-marte-esta-girando-mais-rapido-e-os-cientistas-nao-sabem-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, assim como todos os outros "corpos celestes", é legalmente considerado uma "província de toda a humanidade" no Tratado do Espaço Exterior. O acordo proíbe a apropriação nacional de planetas e outros objetos espaciais. Por consequência, bases, estações, assentamentos e colônias marcianas serão consideradas como operando sob a jurisdição da sua nacionalidade de origem.Colônias, no entanto, têm um histórico de independência no passado humano. Portanto, também temos que considerar que pessoas que passarem a morar em Marte podem acabar decidindo declarar independência e, então, desconsiderar a lei internacional terrestre. Nesse sentido, existem dois cenários prováveis para o que pode acontecer.No acontecimento de um crime espacial, o culpado será julgado pelo sistema judicial de sua nacionalidade terrestre, sendo alvo de punição para o que a lei do seu país determina. Em caso de independência, esse indivíduo terá que ser responsabilizado pelo sistema de regras estabelecido dentro de sua colônia, caso o contrário o espaço se tornaria uma verdadeira terra sem leis. Sendo assim, esses são dilemas que se tornarão cada vez mais reais nos próximos anos.&nbsp;</body>

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Crimes cometidos em outros planetas: como vamos lidar com isso?

Imagem de Podemos levar 400 mil anos para conhecermos alienígenas, diz estudo no megacurioso

Se existirem 110 civilizações inteligente extraterrestres comunicantes na Via Láctea, cada uma levaria 400 mil anos para se comunicar com a outra, diz o estudo 

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127968-quando-foi-que-os-humanos-comecaram-a-pensar-em-vidas-alienigenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A comunicação com seres extraterrestres</a> é uma questão que preocupa os seres humanos há muito tempo. Na década de 1950, o físico italiano Enrico Fermi, prêmio Nobel de Física em 1938, questionou: "Se há muitos planetas na galáxia, alguns dos quais têm condições favoráveis para a vida, por que ainda não detectamos evidências de vida inteligente fora da Terra?".No ano passado, dois cientistas da Universidade Nacional de Pequim, na China, decidiram responder à clássica questão "Onde está todo mundo?", e o resultado é um artigo corajoso. De acordo com a dupla Wenjie Song e He Gao, ainda que existam inúmeras civilizações no cosmos, elas estão mais preocupadas com sua existência durante milhares de anos, do que falar com outros seres.Para testar suas hipóteses, os astrônomos chineses usaram a técnica estatística "simulação de Monte Carlo" para estimar o número de CETIs (civilizações inteligentes extraterrestres comunicantes) possíveis dentro da nossa Galáxia e a probabilidade de comunicação entre elas.&nbsp;<h2>Calculando o número de civilizações extraterrestres</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/01/01081225974020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127796-vidas-alienigenas-podem-ser-encontradas-por-meio-de-rastros-de-poluicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Para investigar o possível número de CETIs</a> em nossa própria galáxia sob diferentes condições, os autores trabalharam com dois cenários: no primeiro, a vida inteligente só pode se formar em um planeta semelhante ao nosso depois que sua estrela tenha pelo menos 5 Gyr (cinco bilhões de anos) de idade. No segundo cenário, esse tempo é entre 4,5 e 5,5 Gyr.Nas simulações, os pesquisadores criaram nove cenários onde as CETIs eram raras ou comuns. Se elas forem raras (cerca de 110 na Via Láctea), aponta a simulação, então uma civilização comunicante poderia ter que sobreviver durante 400 mil anos antes de receber um sinal de outra.Mas, em um cenário otimista, se tivermos 43 mil CETIs aqui na galáxia, serão necessários pelos menos dois mil anos para que uma civilização em comunicação receba sua primeira chamada interplanetária.<h2>Por que não recebemos ainda nenhum contato alienígena?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/01/01074530238008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conforme o estudo, a principal razão por não termos recebido ainda nenhum contato alienígena é "porque o tempo de vida da comunicação humana não é suficientemente longo no momento". No entanto, argumentam os autores, é preciso lembrar que o período de vida das civilizações é limitado (argumento do Juízo Final).Ou seja, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127236-esferas-encontradas-no-pacifico-tem-origem-fora-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as civilizações se extinguem devido a uma série de perturbações potenciais</a>, que incluem "questões populacionais, aniquilação nuclear, mudanças climáticas repentinas, cometas invasores, mudanças ecológicas", segundo o estudo.Isso significa que, se esse argumento estiver correto, jamais receberemos qualquer tipo de sinal de outros CETIs antes de estarmos extintos. Além disso, o número de planetas terrestres que pode dar origem à vida é bastante incerto, dizem os autores. E concluem: "o processo de evolução da vida para um CETI e a capacidade de enviar sinais detectáveis para o espaço é altamente imprevisível".</body>

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Podemos levar 400 mil anos para conhecermos alienígenas, diz estudo

Imagem de Exoplaneta gigante é descoberto orbitando estrela anã de massa baixa no megacurioso

A descoberta do sistema solar LHS 3154 contraria a teoria de que um planeta orbitando uma estrela anã M deveria ser menor que Neturno

<head></head><body>Cientista descobriram um sistema solar inédito que contraria tudo o que sabemos até agora sobre a maneira como esses conjuntos planetários se formam. O que chamou a atenção foi a existência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128053-quando-os-continentes-mais-antigos-do-universo-em-outros-planetas-se-formaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um planeta aparentemente grande demais</a> para o tamanho da sua estrela hospedeiraDe acordo com o estudo, publicado recentemente na revista Science, a estrela anã vermelha LHS 3154, detectada em um projeto que buscava estrelas (relativamente) frias, tem uma massa nove vezes menor que a do Sol, enquanto seu planeta é pelo menos 13 vezes maior que a Terra, ou seja, quase do tamanho de Netuno.A ideia de que estrelas pequenas conseguem sustentar planetas maiores do que suas próprias massas é um tipo de incompatibilidade cósmica que desafia a compreensão dos astrônomos. “Não esperaríamos que existisse um planeta tão pesado em torno de uma estrela de massa tão baixa”, reconhece o coautor do estudo Suvrath Mahadevan, astrônomo da Universidade Estadual da Pennsylvania, em comunicado.<h2>Como foi detectado o sistema solar diferente?&nbsp;</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04085601931010.jpg" alt="(Fonte: Guðmundur Stefánsson/X)">(Fonte: Guðmundur Stefánsson/X)O objetivo de encontrar estrelas mais frias era baseado na ideia de que elas poderiam abrigar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127482-o-que-indicaria-a-existencia-de-vida-em-outros-planetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas com maiores probabilidades de ter água em suas superfícies</a>. Para isso, Mahadevan e sua equipe utilizaram a ferramenta Habitable Zone Planet Finder (HPF na sigla em inglês) do Observatório McDonald, na cidade de Fort Davis, nos EUA.Apesar de não ser o exoplaneta mais massivo descoberto até hoje (pois há alguns até maiores do que Júpiter), o chamado LHS 3154b, o seu tamanho avantajado é um recorde quando comparado ao de sua estrela mãe.Afinal, o material do qual os planetas são feitos vêm da mesma nuvem de poeira cósmica que, primeiramente, forma a estrela. Tão logo a protoestrela emerge, seu disco de poeira, gás e seixos começa a se condensar e formar bolas de rocha, que vão crescendo até se transformarem em planetas.<h2>Por que o sistema solar de LHS 3154 chamou a atenção dos cientistas?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04090211228014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As teorias de formação planetária preveem que, quando a massa de poeira existente nos discos protoplanetários se aproxima da massa da estrela hospedeira, ela não deveria abrigar exoplanetas em sua órbita próxima com massas maiores do que Netuno (17 massas terrestres). Isso se aplica <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127127-estrelas-fracassadas-por-que-algumas-estrelas-nao-brilham-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">principalmente às estrelas anãs vermelhas</a>, também chamadas de M, por serem menos massivas.O problema é que o planeta 3154b é tão grande, que os pesquisadores estimam que demandaria cerca de 10 vezes a quantidade de poeira que se calcula estar presente em torno de sua estrela recente. Isso mostra que, ou esse sistema é extremante raro, ou “pouco sabemos sobre o universo”, afirma Mahadevan.Seja como for, os autores esperam que futuras análise mostrem como esse planeta ficou tão grande, e porque sua estrela é tão proporcionalmente pequena.&nbsp;</body>

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Exoplaneta gigante é descoberto orbitando estrela anã de massa baixa

Imagem de A verdade sobre Earthrise, a "imagem do século" e primeira foto tirada da Terra no megacurioso

Depoimentos revelam novas histórias por trás da produção da 'imagem do século'

Em 1968, os astronautas que estiveram na primeira miss&atilde;o de explora&ccedil;&atilde;o da lua, a Apollo 8, geraram a imagem "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112160-saiba-quais-sao-as-imagens-mais-baixadas-no-site-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Earthrise</a>" (Nascer da Lua), uma fotografia que teve grande impacto pol&iacute;tico e cultural no mundo todo.
Por anos, acreditou-se que a hist&oacute;ria por tr&aacute;s da foto seria a seguinte: a tripula&ccedil;&atilde;o teria sido pega de surpresa pela grande circunfer&ecirc;ncia azul da Terra surgindo por tr&aacute;s da lua. Contudo, revela&ccedil;&otilde;es recentes t&ecirc;m mostrado que provavelmente n&atilde;o foi bem assim que esse registro foi produzido.
Uma nova vers&atilde;o foi dada por Robert Poole, professor de hist&oacute;ria, em artigo publicado no portal IFL Science. Levantamentos feitos pelo autor nos arquivos da NASA mostram que houve mais planejamento por tr&aacute;s desta fotografia ic&ocirc;nica do que se costumava crer.
<h2>A viagem da Apollo 8</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/25/25164947080002.jpg" alt="Frank Borman. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)" />Frank Borman. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)
Segundo Poole, depois que os astronautas entraram na &oacute;rbita lunar, eles quase deixaram de ver a Terra. Eles somente perceberam que isso aconteceria quando a espa&ccedil;onave girou em 180 graus.
De acordo com Frank Borman, que era o comandante da miss&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/44581-10-coisas-intrigantes-que-os-astronautas-levaram-para-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apollo 8</a> da NASA em 1968 (e que faleceu em novembro de 2023), os membros da tripula&ccedil;&atilde;o teriam sido &ldquo;pegos de surpresa pois estavam muito ocupados com a observa&ccedil;&atilde;o lunar nas tr&ecirc;s primeiras &oacute;rbitas&rdquo;.
Ocorre que Dick Underwood, que deu alguns direcionamentos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206077-confira-10-fotos-famosas-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografia</a> para o grupo da Apollo 8, apresentou novos esclarecimentos a Robert Poole. Segundo seu depoimento, &ldquo;foram passadas horas com as tripula&ccedil;&otilde;es lunares, incluindo a tripula&ccedil;&atilde;o da Apollo 8, em instru&ccedil;&otilde;es sobre como exatamente configurar a c&acirc;mera, que filme usar&hellip; essas instru&ccedil;&otilde;es foram mais abrangentes&rdquo;.
Ainda assim, ocorreu alguma discuss&atilde;o dentro da NASA sobre o que os astronautas deveriam registrar quando estivessem l&aacute;. A administra&ccedil;&atilde;o insista que eles priorizassem fotos da geologia lunar e de locais de pouso.&nbsp;
Em uma entrevista dada &agrave; imprensa, Borman afirmou que esperava conseguir obter &ldquo;boas imagens da Terra a partir da Lua&rdquo;, enquanto seu colega, o astronauta Jim Lovell, dizia que queria ver &ldquo;a Terra p&ocirc;r-se e a Terra nascer&rdquo;. Por fim, o plano destinado &agrave; miss&atilde;o era mais de fotografar a lua e menos a Terra.
<h2>Um flagrante inesquec&iacute;vel</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27133114207226.jpg" alt="Foto original Earthrise, tirada em 1968 durante a miss&atilde;o Apollo 8. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)" />Foto original Earthrise, tirada em 1968 durante a miss&atilde;o Apollo 8. (Fonte: Space Frontiers/Getty Images)
Ao chegar o momento chave, os astronautas realmente foram surpreendidos por uma vis&atilde;o exuberante, s&oacute; que ela n&atilde;o durou muito tempo. O terceiro astronauta da miss&atilde;o, Bill Anders, estava em uma janela lateral tirando fotos de crateras usando uma c&acirc;mera com filme preto e branco quando, de repente, viu a Terra surgir por tr&aacute;s da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128094-projeto-olimpo-nasa-trabalha-para-construir-casas-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. Ele exclamou: &ldquo;Olha aquela imagem ali! Aqui est&aacute; a Terra surgindo&rdquo;.
Anders sacou bem rapidamente uma foto n&iacute;tida do momento em que a Terra emergia para cima do horizonte lunar. Ele e Lovell passaram a discutir sobre quem deveria pegar a c&acirc;mera colorida. Por fim, a tarefa sobrou para Anders, que gerou a foto que depois seria chamada de "a imagem do s&eacute;culo".
Contudo, houve outra imagem na c&acirc;mera que foi relativamente ignorada por ser em preto e branco. Mas, tecnicamente, ela seria mais perfeita que a outra. Sobre este momento hist&oacute;rico, Lovell refletiria no futuro: &ldquo;a solid&atilde;o aqui &eacute; inspiradora&hellip; nos faz perceber o que voc&ecirc; tem na Terra&rdquo;. J&aacute; Borman declarou que foi &ldquo;intensamente emocionante&hellip; N&atilde;o dissemos nada um ao outro, mas talvez tenhamos compartilhado outro pensamento que tive: 'Isso deve ser o que <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/71427-deus-e-mulher-ou-homem-por-que-nos-referimos-a-ele-com-o-sexo-masculino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deus</a> v&ecirc;'&rdquo;.

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A verdade sobre Earthrise, a 'imagem do século' e primeira foto tirada da Terra

Imagem de Galáxias 'adolescentes' são detectadas pelo telescópio James Webb no megacurioso

O estudo de 'galáxias adolescentes' do Universo antigo pode mostrar como esses aglomerados supermassivos de estrelas amadurecem e evoluem

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127540-james-webb-detecta-milhares-de-vias-lacteas-no-universo-primitivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudando apenas galáxias “adolescentes”,</a> ou seja, aquelas que se formaram somente entre dois a três bilhões de anos após o Big Bang, uma equipe de astrofísicos liderada pela Universidade Northwestern, de Evanston nos EUA, encontrou um elemento químico inesperado — o níquel — na imagem composta dos 33 aglomerados de estrelas observados.“Nunca, em meus sonhos mais loucos, imaginei que veríamos níquel”, afirmou em um comunicado Allison Strom, primeira autora do artigo, publicado recentemente na revista The Astrophysical Journal Letters. Para elaborar o estudo, a equipe trabalhou com dados do Telescópio Espacial James Webb (JWST), que olhou profundamente para o espaço para obter essas imagens do passado cósmico.&nbsp;Quando o Universo ainda era jovem, muitas galáxias, como as deste estudo, experienciaram um período fértil de formação estelar. Mesmo galáxias antigas, como nossa Via Láctea, ainda formam estrelas, embora de forma mais lenta, enquanto outras pararam completamente. Este trabalho pretende ajudar os astrônomos a compreenderem as razões dessas diferenças.<h2>Primeira pesquisa com "galáxias adolescentes"</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27181901451373.jpg" alt="(Fonte: NASA/ESA/CSA)">(Fonte: NASA/ESA/CSA)Para testar suas hipóteses, a equipe analisou resultados da pesquisa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chemical Evolution Constrained using Ionized Lines in Interstellar Aurorae (CECILIA)</a>, cujo objetivo é estudar a química de galáxias distantes. Além da inesperada presença de níquel, um elemento difícil de observar, os pesquisadores descobriram as galáxias adolescentes são anormalmente quentes.As 33 galáxias foram estudadas durante um período contínuo de 30 horas. Em seguida, os pesquisadores combinaram todos os comprimentos de onda de luz coletados, para formar uma imagem única representando o que está acontecendo dentro dessas estruturas.&nbsp;"Isso elimina os detalhes de galáxias individuais, mas nos dá uma noção melhor de uma galáxia média. Também nos permite ver características mais tênues", explicou Strom. Para a astrofísica, o estudo dessas "galáxias adolescentes" do universo antigo dá aos cientistas uma compreensão de como esses sistemas massivos de estrelas amadureceram e evoluíram.<h2>O que os astrofísicos observaram nas galáxias adolescentes?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27190142971401.jpg" alt="(Fonte: Aaron M. Geller, Northwestern, CIERA + IT-RCDS)">(Fonte: Aaron M. Geller, Northwestern, CIERA + IT-RCDS)Ao concluir a média dos espectros das 33 galáxias, tarefa que levaria 600 horas em um telescópio comum segundo a líder do projeto Gwen Rudie, foi possível "criar uma espécie de atlas que informará futuras observações do JWST de objetos muito distantes". Os autores identificaram oito elementos ao todo: hidrogênio, hélio, nitrogênio, oxigênio, silício, enxofre, argônio e níquel.Embora o níquel requeira condições específicas para ser observado, o que torna sua deteção surpreendente neste trabalho, os demais elementos "não são uma surpresa, mas a nossa capacidade de medir a sua luz não tem precedentes e mostra o poder do JWST", reconhece Rudie.Todos os elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio (que se formaram no início do Universo) ficaram comprimidos dentro das estrelas. Quando elas explodem, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127887-quilonova-a-explosao-capaz-de-destruir-a-vida-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como em supernovas, por exemplo,</a> expelem essas substâncias no ambiente cósmico, onde são incorporadas na próxima geração estelar. Encontrar esses elementos nas galáxias primordiais é uma forma de aprender como elas mudam ao longo da sua história evolutiva.&nbsp;</body>

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Galáxias 'adolescentes' são detectadas pelo telescópio James Webb

Imagem de Satélites de madeira: alternativa sustentável para reduzir o lixo espacial será lançada ano que vem no megacurioso

NASA e JAXA preparam o lançamento do primeiro satélite de madeira, uma inovação ecológica que pode transformar a paisagem espacial

Com o aumento significativo no n&uacute;mero de sat&eacute;lites no espa&ccedil;o, a preocupa&ccedil;&atilde;o com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120525-incidentes-com-lixo-espacial-esta-preocupando-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo espacial</a> cresce proporcionalmente. Diante desse desafio, cientistas das ag&ecirc;ncias espaciais dos Estados Unidos (NASA) e do Jap&atilde;o (JAXA) est&atilde;o trilhando uma rota inovadora: a cria&ccedil;&atilde;o do primeiro sat&eacute;lite artificial de madeira do mundo.
<ul>
<li style="font-weight: bold;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124322-sindrome-de-kessler-como-o-acumulo-de-lixo-espacial-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">S&iacute;ndrome de Kessler: como o ac&uacute;mulo de lixo espacial nos afeta?</a></li>
</ul>
Previsto para ser lan&ccedil;ado em 2024, esse projeto promete n&atilde;o apenas abordar a problem&aacute;tica do lixo espacial, mas tamb&eacute;m buscar uma solu&ccedil;&atilde;o ecologicamente consciente para as estruturas que circundam nosso planeta.
<h2>Projeto LignoStella Space Wood</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/jaxa-reproducao-22163411990179.jpg" alt="JAXA/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: JAXA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com mais de 10 mil&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126785-james-webb-as-6-maiores-destaques-do-primeiro-ano-do-satelite-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sat&eacute;lites em &oacute;rbita</a>, a quantidade de lixo espacial tornou-se uma preocupa&ccedil;&atilde;o. A predomin&acirc;ncia do alum&iacute;nio, material tradicional dos sat&eacute;lites, torna-se um fator agravante quando esses dispositivos se desintegram durante a reentrada atmosf&eacute;rica, contribuindo para a polui&ccedil;&atilde;o do nosso ambiente.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123532-os-detritos-espaciais-estao-destruindo-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os detritos espaciais est&atilde;o destruindo os oceanos</a></li>
</ul>
Diante dessa amea&ccedil;a crescente, os pesquisadores agora direcionam seus esfor&ccedil;os para avaliar a viabilidade dos sat&eacute;lites de madeira, uma inova&ccedil;&atilde;o que desafia as normas da ind&uacute;stria espacial. Em 2020, foi lan&ccedil;ado o revolucion&aacute;rio projeto LignoStella Space Wood, destinado a explorar a durabilidade de diferentes tipos de madeira no ambiente hostil do espa&ccedil;o. A ousada proposta submeteu as amostras de madeira a mais de 290 dias de exposi&ccedil;&atilde;o na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional.
O resultado desses testes desafiadores foi surpreendente. Contrariando as expectativas e desmistificando preocupa&ccedil;&otilde;es comuns sobre o uso de madeira no espa&ccedil;o, as amostras n&atilde;o exibiram quaisquer sinais vis&iacute;veis de decomposi&ccedil;&atilde;o ou danos. Entre as variedades testadas, a madeira de magn&oacute;lia mostrou-se a mais promissora.
<h2 style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif;">Impacto ambiental reduzido</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21215242023496.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />O alum&iacute;nio dos sat&eacute;lites tradicionais podem danificar a camada de oz&ocirc;nio.&nbsp;(Fonte: Getty Images)
Pesquisadores destacaram que o alum&iacute;nio presente nos sat&eacute;lites contribui significativamente para as part&iacute;culas de aerossol na estratosfera, podendo afetar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127084-qual-e-o-estado-atual-da-camada-de-ozonio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camada de oz&ocirc;nio</a>. Como a madeira queima completamente ao reentrar na atmosfera, os sat&eacute;lites feitos desse material oferecem uma solu&ccedil;&atilde;o potencial para minimizar esse impacto ambiental.
Contudo, embora apresente vantagens, o uso de recursos naturais em hardware espacial ainda s&atilde;o uma inc&oacute;gnita. A miss&atilde;o conjunta da NASA e da JAXA, Ag&ecirc;ncia Japonesa de Explora&ccedil;&atilde;o Aeroespacial, est&aacute; prevista para o ver&atilde;o de 2024 e ser&aacute; crucial para monitorar e avaliar o desempenho dessa inova&ccedil;&atilde;o ao longo do tempo.
A busca por solu&ccedil;&otilde;es sustent&aacute;veis no espa&ccedil;o &eacute; essencial, dada a crescente amea&ccedil;a do lixo espacial. Os sat&eacute;lites de madeira apresentam-se como uma alternativa promissora, proporcionando n&atilde;o apenas uma op&ccedil;&atilde;o ecologicamente correta, mas tamb&eacute;m potencialmente mais eficiente. O lan&ccedil;amento previsto para 2024 marca um passo audacioso em dire&ccedil;&atilde;o a um futuro onde a inova&ccedil;&atilde;o e a sustentabilidade coexistem no vasto cosmos.

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Satélites de madeira: alternativa sustentável para reduzir o lixo espacial será lançada ano que vem

Imagem de Projeto Olimpo: NASA trabalha para construir casas na Lua no megacurioso

Com as mudanças climáticas cada vez mais severas, a comunidade científica busca alternativas para o futuro da humanidade, e morar na Lua já é uma delas

<head></head><body>Na década de 1960, a obsessão do homem por alcançar o espaço sideral começou pela conquista da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127793-kamo-oalewa-como-um-pedaco-da-lua-se-transformou-em-um-quase-satelite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, então era de se imaginar que um dia ele fosse querer mais do que apenas fazer explorações em solo lunar e fincar uma bandeira.Bill Nelson, ex-astronauta, administrador da NASA e senador da Flórida, já declarou que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm#:~:text=Em%201950%2C%20foi%20o%20contexto,engenhosidade%20tecnol%C3%B3gica%20e%20recursos%20econ%C3%B4micos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Corrida Espacial</a> do século XXI é uma realidade. Em vez de os Estados Unidos competirem com a antiga União Soviética, agora enfrentam os chineses que, segundo o governo estadunidense, tenta dominar os recursos lunares ao reivindicar a propriedade das áreas ricas em recursos do satélite natural da Terra.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23135756785599.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 2022, isso ficou claro quando o programa espacial chinês começou a intensificar suas viagens lunares, construindo até uma estação espacial na órbita da Terra para ajudar em suas várias missões de órbita lunar e recuperação de amostras. Inclusive, está marcado para 2025 uma terceira fase do programa, visando estabelecer uma estação de pesquisa lunar autônoma próximo ao polo Sul da Lua.Esse cenário não é o único que mostra o quão sério é essa nova fase da Corrida Espacial. Uma vez que os humanos planejam passar mais tempo na Lua, Agência Espacial Europeia decidiu lançar um projeto para atrair empresas privadas para estabelecer um fuso horário lunar.E isso deve ser essencial para a NASA, que deseja construir casas na Lua até 2040 por meio do seu Projeto Olimpo.<h2>Uma alternativa para a humanidade</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23135849627600.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não é nenhuma hipérbole dizer que as mudanças climáticas tornam cada vez mais incerto o futuro da humanidade na Terra. Em um cenário em que o aquecimento global venceu em todos os aspectos, o nível do mar terá aumentado em proporções avassaladoras, bem como tempestades furiosas destruirão periodicamente cidades inteiras. O calor será um dos maiores inimigos, causando incêndios descontrolados, devastando safras e colheitas, a atraindo secas severas. As consequências, que já afetam nossa saúde, consumirão comunidades, a economia e a possibilidade de um futuro saudável para a nova geração.Desde o século passado que filmes e livros têm o cuidado de prospectar possibilidades de um mundo pós-apocalíptico em que a humanidade teve que buscar alternativas extremas para não ser extinta. Um exemplo disso foi o que fez a autora estadunidense Kass Morgan ao escrever a série de livros The 100, adaptada em uma famosa e influente série televisiva pela emissora CBS em 2014, mostrando a volta dos humanos para a Terra após 97 anos vivendo em uma estação espacial após uma guerra nuclear ter devastado o planeta.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23135939300601.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Tanto para isso quanto para o aquecimento global, essa realidade se tornou tão próxima que movimentou a própria comunidade científica e governamental a procurar alternativas para um futuro saudável para a humanidade.No entanto, a decisão da NASA em construir casas na Lua não é só para mostrar como é viável a vida fora do nosso planeta, mas também para estabelecer o poderio estadunidense do satélite natural, algo que começou em 1960, retomou em 2022 com o Programa Artemis e deve continuar pelas próximas décadas.“Estamos em um momento crucial e, de certa forma, parece uma sequência de sonhos”, disse Niki Werkheiser, diretora de maturação tecnológica da NASA, em matéria ao The New York Times. “Por outro lado, parece que era inevitável que chegássemos aqui”.<h2>Projeto Olimpo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23140026539602.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para tornar seu Projeto Olimpo uma realidade, a NASA se aliou a uma empresa de tecnologia chamada Icon, com sede em Austin (Texas, EUA), que utiliza impressoras 3D para construir casas na Terra de forma mais rápida e sustentável do que os métodos tradicionais. No momento, a empresa já construiu 100 estruturas em 3D, tanto na sua cidade natal, quanto em outras, visando ajudar as pessoas desabrigadas e de baixa renda, e também proteger outras que procuram casas mais resistentes a furacões.&nbsp;A agência espacial acredita que essa técnica de construção seria essencial para as casas na Lua, uma vez que sua aplicação poderia ser por meio de utilização de recursos "in-situ", ou seja, usar materiais no seu destino.Isso não seria tudo, afinal, morar na Lua é tão complexo quanto chegar até ela. A empresa, que tem parceria com a NASA desde 2020 e recebeu US$ 60 milhões para criar sistemas de construções lunares, planeja usar poeira, rochas e fragmentos minerais da superfície da Lua para criar a substância semelhante ao concreto que constituirá as casas e outros edifícios. Tudo para tornar as construções menos vulneráveis à poeira pontiaguda e tóxica da Lua.A impressora desenvolvida sob uma tecnologia especial da Icon será testada ano que vem no Marshall Space Flight Center da NASA, um centro de pesquisas especializado em foguetes e sistema de propulsão de espaçonaves, para ver como ela lida com as condições de vácuo, temperaturas extremas e os níveis de radiação lunar.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23140109741604.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Ainda que seu desempenho seja aprovado pelas diretrizes, a impressora só poderá ir para a Lua quando uma plataforma de pouso for construída para que, quando os foguetes pousem, a poeira lunar se espalhe e suas consequências sejam mitigadas.Apesar de o Projeto Olimpo parecer avançado, ainda há muito a ser solucionado. Não está claro, por exemplo, o quão durável será o material em 3D usado nas construções. A poeira lunar é conhecida por ser muito abrasiva, e há preocupação de que os materiais, inclusive, possam acabar danificando a impressora e outros hardwares.Com duas décadas de prazo de entrega, a NASA acredita que é tempo o suficiente para resolver todos os problemas até 2040.<h2>Vivendo na Lua</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23140143655605.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“Temos todas as pessoas certas juntas no momento certo com um objetivo comum, e é por isso que acho que chegaremos lá”, disse Werkheiser. “Todos estão prontos para dar esse passo juntos, então se desenvolvermos nossas principais capacidades, não há razão para que isso não seja possível”.Os cientistas concordam que a NASA está no caminho certo, e que o projeto vai acontecer se eles se manterem firmes a sua benchmark até o fim. A princípio, o Projeto Olimpo visa abrigar astronautas, mas seu objetivo é formar um contingente de civis estadunidenses para viverem para sempre em solo lunar.É para isso que a agência espacial está trabalhando com universidades e empresas privadas na criação de utensílios domésticos, que vão desde portas a azulejos e móveis.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23140219376606.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“Se esses objetos sobreviveram às nossas câmaras, é muito provável que sobreviva ao espaço”, disse Victor Pritchett, diretor de fluidos experimentais e teste ambiental da Marshall.Antes de todo o Projeto Olimpo dar o primeiro passo experimental, é necessário que a NASA, primeiro, estabeleça os astronautas na Lua. Se tudo correr conforme o planejado, a missão Artemis 2 os enviará à órbita lunar em 2024. Até 2025 ou 2026, a missão Artemis 3 deverá pousar no polo Sul lunar, com a ajuda da nave da SpaceX, consagrando, finalmente, a volta dos humanos à superfície da Lua.</body>

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