Imagem de Por que a explosão de Beirute formou uma nuvem em forma de cogumelo? no megacurioso

O formato é normalmente ligado a casos de explosões nucleares, mas não é o caso do ocorrido no porto de Beirute, no Líbano

<head></head><body>A explosão que aconteceu no porto de Beirute, no Líbano, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115513-fotografo-registra-explosao-no-libano-em-ensaio-com-noiva-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocou e mobilizou todo o planeta</a>. Além da busca por sobreviventes e investigações para melhor entender a origem do ocorrido, uma dúvida surgiu entre as pessoas: por que a explosão causou uma "nuvem de cogumelo" vermelha?As nuvens de fumaça com formato de cogumelo ficaram conhecidas e marcadas por desastres radioativos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/101810-voce-sabe-o-que-acontece-durante-uma-explosao-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bombardeios nucleares</a>, sendo uma marca registra destes tipos de explosão.<h2>Formato e perigos químicos da explosão</h2>A cor vermelho vívido da explosão é uma característica de dióxido de nitrogênio, liberado em casos de combustão de nitrato de amônio. O composto químico pode causar problemas respiratórios, como inflamação das vias aéreas, tosse e respiração ofegante, além de uma redução da função pulmonar.&nbsp;Mas e o formato de cogumelo? Segundo especialistas, qualquer explosão muito grande pode gerar a chamada "nuvem de cogumelo". O professor Jeffrey Lewis, do Instituto Middlebury de Estudos Internacionais, explicou que o formato aparece porque "a bola de fogo está esfriando, expandindo e interagindo com a atmosfera. Quando esfria, você fica com a forma de cogumelo da formação de nuvens".Portanto, o gás quente da explosão entra em conflito com o ar frio e denso da atmosfera, que o empurra para baixo, e, assim, gera o formato de cogumelo.&nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eGEmD6j8diU" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>Causa da explosão no porto de Beirute</h2>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115512-5-imagens-de-satelite-mostram-beirute-antes-e-depois-da-explosao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explosão no Líbano</a> foi causada, segundo as últimas informações, por um estoque de quase 3 toneladas de nitrato de amônio que teriam entrado em combustão. Mas por que esse material estava acumulado ali?O que se sabe é que o nitrato de amônio é muito utilizado em fertilizantes e detonadores. No primeiro, a alta concentração de nitrogênio do composto estimula o crescimento das plantas. Já no segundo caso, é uma substância chave usada como agente de detonação pela indústria de mineração para quebrar grandes agregações de rocha.Ainda que altamente inflamável, o material precisaria de condições específicas para entrar em combustão e isso está sendo investigado. Segundo o governo libanês, o nitrato de amônio foi apreendido em 2013, quando foi confiscado de um navio cargueiro russo.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;STR/AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/MZSWsssqdKT6Hdlh2aGi3CoLe7w=/0x0:3936x2624/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/z/5/B7YHnkTxaVEFlDPeBA5g/000-1wa3es.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/07/07210352378369.jpg" alt="Destroços da explosão em Beirute, no Líbano. (Fonte: STR/AFP/Reprodução)">Destroços da explosão em Beirute, no Líbano. (Fonte: STR/AFP/Reprodução)O foco do Líbano agora é continuar as buscas na área devastada da explosão, que deixou mais de 130 mortos, 5 mil feridos e 100 desaparecidos.&nbsp; </body>

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Por que a explosão de Beirute formou uma nuvem em forma de cogumelo?

Imagem de A Operação "Cherry Blossoms at Night" destruiria os EUA em 1945 no megacurioso

A intenção dos japoneses era detonar pela primeira vez uma arma biológica em território americano

Entre novembro e dezembro de 1940, bombas contendo pulgas de peste bub&ocirc;nica foram lan&ccedil;adas sobre as cidades de Changde e Ningbo, na China, causando a morte de mais de 2 mil pessoas. N&atilde;o foi a primeira vez que o ex&eacute;rcito japon&ecirc;s usou o pa&iacute;s como alvo para as suas experi&ecirc;ncias secretas, por&eacute;m nessa ocasi&atilde;o se tratava de um ensaio para bombardear os Estados Unidos.
Com o sucesso do ataque do Jap&atilde;o a Pearl Harbor em dezembro de 1941, a guerra se tornou uma certeza, algo que as for&ccedil;as militares japonesas desejavam desde o come&ccedil;o. Elas estavam preparadas para travar a mais sangrenta guerra contra a pot&ecirc;ncia norte-americana e, depois de anos de estudos, a guerra biol&oacute;gica estaria no centro de tudo.
<h2>A orquestra&ccedil;&atilde;o de um plano</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/23/23203341061197.jpg" alt="(Fonte: Scribd/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Scribd/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Tal como os norte-americanos, anos antes dos atentados de Hiroshima e Nagasaki, o Jap&atilde;o tinha planejado diferentes ataques de origem biol&oacute;gica, a fim de paralisar a popula&ccedil;&atilde;o dos EUA. Em mar&ccedil;o de 1942, em cada 10 lan&ccedil;amentos, a Terra do Sol Nascente considerou detonar ton&eacute;is de pulgas transmissoras da peste bub&ocirc;nica no campo de batalha de Bataan, mas se rendeu antes de o plano entrar em andamento.
Dois anos depois, em julho de 1944, os japoneses se prepararam com a mesma arma biol&oacute;gica para atacar em algum momento da Batalha de Saipan. Felizmente para as for&ccedil;as norte-americanas, as pulgas foram mortas a caminho do campo de batalha quando o submarino americano Swordfish afundou o submarino japon&ecirc;s que transportava a praga.
Aconteceu de novo durante a Batalha de Iwo Jima, em 1945, quando o piloto japon&ecirc;s Shoichi Matsumoto recebeu ordens para enviar dois planadores e liberar a doen&ccedil;a. Contudo, mais uma vez o plano falhou, pois as aeronaves decolaram e nunca chegaram ao destino.
De certa forma, os l&iacute;deres japoneses ficaram satisfeitos com as duas tentativas fracassadas, pois n&atilde;o queriam arriscar atingir uma na&ccedil;&atilde;o aliada durante o ataque aos americanos e sofrer com a possibilidade de retalia&ccedil;&atilde;o. Portanto, o plano se tornou mais ousado: eles atacariam diretamente o territ&oacute;rio dos Estados Unidos.
<h2>A mente de uma opera&ccedil;&atilde;o</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/23/23203551436198.jpg" alt="(Fonte: Flipboard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Flipboard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Nascido em 15 de junho de 1892 em Shibayama, no Jap&atilde;o, Shiro Ishii pertencia a uma nobre fam&iacute;lia e sempre foi considerado intelectualmente talentoso demais para a sua idade. Depois que se formou em Medicina na Universidade Imperial de Quioto, foi designado ao ex&eacute;rcito em 1920.
N&atilde;o demorou muito para que Ishii percebesse que n&atilde;o tinha tato para lidar com pessoas doentes e se voltasse para a &aacute;rea de pesquisa cient&iacute;fica. Em meados de 1924, ele foi enviado para a ilha de Shikoku para estudar um surto que havia matado 3,5 mil pessoas, sobrecarregado os hospitais e causado caos e terror, al&eacute;m de paralisia na economia e no governo locais. Descobriu-se que era um novo tipo de doen&ccedil;a transmitida por mosquitos: encefalite japonesa tipo B.
Ishii ficou surpreso com o efeito destrutivo da condi&ccedil;&atilde;o e pensou em como seria &uacute;til usar o poder de devasta&ccedil;&atilde;o dela contra os inimigos. Em 1930, com PhD em Microbiologia, o homem se tornou encarregado do Laborat&oacute;rio de Pesquisa em Preven&ccedil;&atilde;o de Epidemias, que deveria proteger as tropas japonesas contra doen&ccedil;as, mas serviu apenas para criar epidemias e us&aacute;-las como armamento biol&oacute;gico. Em 1936, Ishii se tornou oficialmente o diretor da bestial <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/98159-unidade-731-a-crueldade-humana-nao-tem-limites.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Unidade 731</a>, ap&oacute;s anos defendendo a cria&ccedil;&atilde;o de um programa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/45351-9-perigos-biologicos-que-podem-ser-usados-como-armas-letais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas biol&oacute;gicas</a> e desenvolvimento de guerra qu&iacute;mica.
Quando a Alemanha se rendeu e o Jap&atilde;o se preparou para enfrentar toda a aten&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos, o imperador japon&ecirc;s Hirohito pediu que Ishii e os militares desenvolvessem um ataque biol&oacute;gico de longa dist&acirc;ncia forte o suficiente para minar a for&ccedil;as dos norte-americanos. Nos meses finais da Segunda Guerra Mundial, eles criaram a Opera&ccedil;&atilde;o Cherry Blossoms at Night (Flores de Cerejeira &agrave; Noite, em tradu&ccedil;&atilde;o livre), que visava devastar o sul da Calif&oacute;rnia.
<h2>A morte sob a &aacute;gua</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/23/23203910625199.jpg" alt="(Fonte: Interesting Engineering/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Interesting Engineering/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A miss&atilde;o kamikaze exigiria muitos submarinos, aeronaves e homens para fazerem a instala&ccedil;&atilde;o adequada das armas que carregariam a praga. Cinco submarinos I-400 de longo alcance, cada um transportando tr&ecirc;s hidroavi&otilde;es Aichi M6A Seiran, deixariam a costa do Jap&atilde;o e viajariam pelo Oceano Pac&iacute;fico com 20 das 500 novas tropas recrutadas pelo instrutor da Unidade 731, Toshimi Mizobuchi.
Assim que os submarinos chegassem &agrave; costa da Calif&oacute;rnia durante a madrugada, os militares japoneses que seriam sacrificados durante a miss&atilde;o equipariam um dos avi&otilde;es e o conduziriam at&eacute; San Diego, para que o inferno de chamas e doen&ccedil;as come&ccedil;asse.
Finalizada em 25 de mar&ccedil;o de 1945, a opera&ccedil;&atilde;o idealizada por Shiro Ishii estava marcada para acontecer em 22 de setembro daquele mesmo ano.
<h2>A falha do plano</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/23/23204134689200.jpg" alt="(Fonte: Wikiwand/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Wikiwand/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Logo ap&oacute;s a aprova&ccedil;&atilde;o da opera&ccedil;&atilde;o, o general Yoshijiro Umezu, chefe da marinha imperial japonesa, vetou tudo porque considerou que se tratava de algo muito arriscado e invi&aacute;vel no quesito log&iacute;stica. Al&eacute;m disso, ele pretendia dedicar os esfor&ccedil;os &agrave; prote&ccedil;&atilde;o das ilhas pr&oacute;ximas ao Jap&atilde;o e n&atilde;o queria potencialmente sacrificar um de seus novos submarinos I-400.
A miss&atilde;o come&ccedil;ou a ser reconsiderada meses depois, no in&iacute;cio de agosto, assim que a marinha informou que havia alguns submarinos mais capazes de transportar a aeronave sem problemas significativos. O comandante respons&aacute;vel pelo ex&eacute;rcito da marinha de uma das subdivis&otilde;es da Unidade 731 disse que apenas 3 submarinos I-400 ficariam prontos at&eacute; 15 agosto, por&eacute;m calculava que at&eacute; 2 de setembro mais 3 estariam conclu&iacute;dos, n&atilde;o prejudicando o planejamento inicial do ataque.
Felizmente, quaisquer chances de execu&ccedil;&atilde;o da Opera&ccedil;&atilde;o Cherry Blossoms at Night terminaram com a rendi&ccedil;&atilde;o do Jap&atilde;o aos Estados Unidos em 15 de agosto daquele ano, pondo um fim na Segunda Guerra Mundial.&nbsp;
Apesar de haver um extenso debate em aberto sobre o qu&atilde;o perto a miss&atilde;o chegou de ser realizada, o que se sabe &eacute; que o Jap&atilde;o talvez tivesse grandes chances de sair vitorioso, causando uma reviravolta na hist&oacute;ria.

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A Operação 'Cherry Blossoms at Night' destruiria os EUA em 1945

Imagem de Explosão da bomba de Hiroshima fundiu pedaços da cidade com praias no Japão no megacurioso

A cidade voou pelos ares – literalmente!

A explos&atilde;o da bomba at&ocirc;mica sobre Hiroshima, no Jap&atilde;o, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115482-bomba-de-hiroshima-completa-75-anos-e-ameaca-nuclear-ainda-assombra.htm" target="_blank" title="Bomba de Hiroshima completa 75 anos e amea&ccedil;a nuclear ainda assombra">aconteceu no dia 6 de agosto de 1945</a>, e provocou a morte de um n&uacute;mero estimado entre 70 mil e 80 mil pessoas instantaneamente &ndash; sem contar nos mais de 70 mil feridos em decorr&ecirc;ncia do ataque. Al&eacute;m disso, a detona&ccedil;&atilde;o do artefato causou a devasta&ccedil;&atilde;o de uma &aacute;rea de mais ou menos 12 quil&ocirc;metros quadrados e, segundo determinaram as autoridades japonesas, quase 70% de todas as edifica&ccedil;&otilde;es da cidade foram completamente destru&iacute;das, enquanto perto de 7% foram seriamente danificadas.
Naturalmente, depois desse catastr&oacute;fico incidente, o foco das equipes m&eacute;dicas, de resgate e de cientistas foi o de cuidar das v&iacute;timas, realizar levantamentos sobre a radia&ccedil;&atilde;o liberada e a contamina&ccedil;&atilde;o provocada pela explos&atilde;o e planejar como lidar com a calamidade que instaurou. Assim, ningu&eacute;m se preocupou em descobrir onde, afinal, tinham ido parar as toneladas e mais toneladas de cimento, concreto, vigas, a&ccedil;o e todo o material que compunha as constru&ccedil;&otilde;es que existiam em Hiroshima e desapareceram com a bomba at&ocirc;mica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/15/15164352402047.jpg" alt=" />
Cad&ecirc; as montanhas de escombros? (Reprodu&ccedil;&atilde;o / Wikimedia Commons / U.S. Navy Public Affairs Resources Website)
<h2>Voando pelos ares &ndash; literalmente!</h2>
Agora, 75 anos depois da fat&iacute;dica explos&atilde;o, um grupo de cientistas acredita ter encontrado uma resposta para esse mist&eacute;rio. Durante a detona&ccedil;&atilde;o da bomba at&ocirc;mica, Hiroshima voou pelos ares &ndash; literalmente &ndash; e o calor liberado pela explos&atilde;o fez com que os escombros das edifica&ccedil;&otilde;es se fundissem e se transformassem em um material cristalizado que hoje pode ser encontrado depositado nas praias da regi&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/15/15170334353059.jpg" alt=" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / FayerWayer)
De acordo com Sergio Trujillo, do site FayerWayer, os escombros se encontram distribu&iacute;dos pelas praias da pen&iacute;nsula de Motojina e foram descritos pelos pesquisadores como fragmentos com poucos mil&iacute;metros de espessura e como esferoides e filamentos de cristal e outros materiais fundidos. Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; composi&ccedil;&atilde;o, as an&aacute;lises revelaram a presen&ccedil;a de carbono, sil&iacute;cio, oxig&ecirc;nio, alum&iacute;nio e c&aacute;lcio, assim como a&ccedil;o, ferro puro, m&aacute;rmore, concreto e borracha.
Mas o mais assustador foi que os cientistas conclu&iacute;ram que, para que esses cristais se formassem, o material que compunha a cidade de Hiroshima teve que ser exposto a milhares de graus C&eacute;lsius, convertido em l&iacute;quido e ser lan&ccedil;ado na atmosfera &ndash; onde as part&iacute;culas come&ccedil;aram a colidir umas com as outras at&eacute; formar agregados e &ldquo;chover&rdquo; sobre a superf&iacute;cie na forma de fragmentos cristalizados.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/05/15/15170603337060.jpg" alt=" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / FayerWayer)
E os cientistas n&atilde;o tiveram que revirar muito a areia das praias para achar essas part&iacute;culas, n&atilde;o, j&aacute; que os escombros se encontravam a apenas 10 cent&iacute;metros de profundidade, sem falar na quantidade &ndash; que &eacute; enorme. Para se ter ideia, de cada 1 quilo de areia coletada e examinada, os pesquisadores conclu&iacute;ram que 0,6% a 2,5% do total era composto por escombros cristalizados. Isso significa que existem entre 2,3 mil e 3,1 mil toneladas de "restos de Hiroshima" por quil&ocirc;metro quadrado de praia. Aterrador, voc&ecirc; n&atilde;o concorda?

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Explosão da bomba de Hiroshima fundiu pedaços da cidade com praias no Japão

Imagem de Bomba de Hiroshima completa 75 anos e ameaça nuclear ainda assombra no megacurioso

75 anos após o horror de Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos possuem 1.750 ogivas nucleares; a Rússia, 1.520 e a China, 320

Esta quinta-feira, 5 de agosto, marca os 75 anos de um dos atos mais brutais da hist&oacute;ria da humanidade: a explos&atilde;o da primeira bomba at&ocirc;mica do mundo, determinada pelo governo dos Estados Unidos sobre a cidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115328-conheca-a-historia-das-donzelas-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima</a>, no Jap&atilde;o, seguida de outra detona&ccedil;&atilde;o tr&ecirc;s dias depois de outra bomba em Nagasaki, vaporizando vidas, constru&ccedil;&otilde;es e um pouco da dignidade humana.
A cidade foi arrasada e cerca de 40% dos seus 350 mil habitantes morreram, metade deles incinerados instantaneamente. O ataque aconteceu &agrave;s 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, e marcou uma nova forma com a qual as guerras passariam a ser pensadas pelas grandes pot&ecirc;ncias desde ent&atilde;o.
<h2>Hiroshima, harmonia e beleza</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/05/05145123659346.jpg" alt="Hiroshima antes da bomba (Fonte: U. S. National Archives/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Hiroshima antes da bomba (Fonte: U. S. National Archives/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nomeada a partir da conflu&ecirc;ncia de duas palavras, hiroshi que significa "aquele que tem harmonia e beleza em torno de si" e shima, ilhas, Hiroshima talvez tenha recebido esse nome em virtude do Ota-gawa, rio que banha a cidade, dividi-la em pequenas "ilhas" formadas pelos seus seis canais.
Imagens de arquivo revelam uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103176-fotos-mostram-hiroshima-antes-e-depois-da-explosao-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima</a> pr&eacute;-bomba como uma cidade bela, movimentada e pr&oacute;spera, com bicicletas, riquix&aacute;s, homens de terno embarcando em bondes, mulheres em elegantes quimonos e crian&ccedil;as uniformizadas indo para escola rindo e brincando sob a sombra das cerejeiras.&nbsp;
Ap&oacute;s a queda da Little Boy (Garotinho), nome ir&ocirc;nica ou perversamente atribu&iacute;do &agrave; bomba, os escombros e o metal contorcido das constru&ccedil;&otilde;es se espalharam por uma paisagem desolada e sem vida. Postes sem fios e &aacute;rvores sem folhas se juntaram a alguns edif&iacute;cios sem janelas que teimosamente permaneceram de p&eacute;.
<h2>A celebra&ccedil;&atilde;o</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Asahi Shimbun/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographic.com/content/dam/travel/2017-digital/hiroshima-tourism/lanterns-motoyasugawa-river-hiroshima-japan.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/05/05153513131388.jpg" alt="Celebra&ccedil;&atilde;o do 74&ordm; anivers&aacute;rio do bombardeio (Fonte: Asahi Shimbun/Getty Images - Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Celebra&ccedil;&atilde;o do 74&ordm; anivers&aacute;rio do bombardeio (Fonte: Asahi Shimbun/Getty Images - Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O governo do Jap&atilde;o j&aacute; anunciou que ir&aacute; celebrar o 75&ordm; anivers&aacute;rio do bombardeio das duas cidades de forma discreta neste ano devido &agrave; pandemia da covid-19, com uma quantidade menor de assentos e mensagens de autoridades transmitidas por v&iacute;deo.
No ano passado, o primeiro-ministro <a dir="ltr" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Shinz%C5%8D_Abe" lang="pt"></a><a dir="ltr" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Shinz%C5%8D_Abe" lang="pt"></a>Shinzo Abe e os prefeitos das cidades <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111589-no-74-aniversario-da-bomba-atomica-hiroshima-pede-fim-de-armas-nucleares.htm" target="_blank">participaram das celebra&ccedil;&otilde;es anuais</a> com homenagens aos mortos e promessas renovadas por um planeta livre de <a href="https://www.megacurioso.com.br/explosoes-atomicas/89413-qual-e-a-diferenca-entre-a-bomba-atomica-e-a-de-hidrogenio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas nucleares</a>. Como acontece anualmente, os sinos tocaram e um minuto de sil&ecirc;ncio foi observado no exato momento em que as bombas apagaram as duas cidades.
A comemora&ccedil;&atilde;o &eacute; realizada debaixo da estrutura de um domo de ferro destru&iacute;do de um antigo centro de exposi&ccedil;&otilde;es, hoje conhecido como Domo da Bomba At&ocirc;mica. Em torno do local, ainda s&atilde;o vis&iacute;veis os resqu&iacute;cios da destrui&ccedil;&atilde;o. Sobretudo, &eacute; impressionante reparar no rastro do horror at&ocirc;mico em contraste com a beleza reconstru&iacute;da pela resili&ecirc;ncia dos japoneses.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/05/05164611222434.png" alt="Filme Hiroshima&nbsp;de Kaneto Shindo (Fonte: Criterion/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />Filme Hiroshima&nbsp;de Kaneto Shindo (Fonte: Criterion/Divulga&ccedil;&atilde;o)
<h2>Uma nova maneira de ver a guerra</h2>
Quando se analisam os mortos nos dois ataques a bomba no Jap&atilde;o, o que se percebe &eacute; que apenas 10% daquelas pessoas eram militares &mdash; quase todos de Hiroshima, onde funcionava uma f&aacute;brica de muni&ccedil;&otilde;es localizada fora da cidade.
Ao tentar "justificar" as bombas, o argumento normalmente usado &eacute; o de que uma eventual invas&atilde;o ao arquip&eacute;lago poderia causar a perda de 1 milh&atilde;o de vidas de soldados americanos e talvez de at&eacute; 10 milh&otilde;es de japoneses. No entanto, essa contabilidade, embora poss&iacute;vel, &eacute; pouco prov&aacute;vel. &nbsp;&nbsp;
A libera&ccedil;&atilde;o de arquivos militares americanos da &eacute;poca da <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/45071-8-misterios-da-segunda-guerra-mundial-que-continuam-sem-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra</a> mostra que a cidade de Hiroshima, at&eacute; ent&atilde;o poupada por bombardeios, foi escolhida para receber a primeira bomba nuclear da hist&oacute;ria apenas pelo tamanho da sua popula&ccedil;&atilde;o, a segunda maior do Jap&atilde;o na &eacute;poca.&nbsp;
Ao que parece, a inten&ccedil;&atilde;o dos militares americanos, al&eacute;m do impacto psicol&oacute;gico, era poder mensurar o poder de destrui&ccedil;&atilde;o da nova arma lan&ccedil;ada do avi&atilde;o "superfortaleza" Boeing B-29, batizado de Enola Gay, nome da m&atilde;e do piloto, o coronel Paul Tibbets.&nbsp;
<h2 dir="ltr">O mundo p&oacute;s-bomba</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/05/05170754746443.jpg" alt="&nbsp;Desfile militar na Coreia do Norte (Fonte: Damir Sagolj/Reuters - Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />&nbsp;Desfile militar na Coreia do Norte (Fonte: Damir Sagolj/Reuters - Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No dia 1&ordm; de julho de 1968, foi assinado em Nova York o Tratado de N&atilde;o-Prolifera&ccedil;&atilde;o de Armas Nucleares (TNP) que, por ter vigorado a partir de 1970, completou em mar&ccedil;o passado 60 anos, contando com 191 signat&aacute;rios. Em 2017, outro tratado, mais radical, foi assinado por 81 pa&iacute;ses: o Tratado de Proibi&ccedil;&atilde;o de Armas Nucleares.
Esse &uacute;ltimo, para entrar em vigor, depende da ratifica&ccedil;&atilde;o dos parlamentos de 50 pa&iacute;ses, mas at&eacute; agora apenas 14 o fizeram, e os demais, a&iacute; inclu&iacute;do o Brasil, ainda n&atilde;o se manifestaram.&nbsp;
Com ou sem ratifica&ccedil;&otilde;es, ainda temos, ao celebrar o 75&ordm; anivers&aacute;rio da bomba de Hiroshima, 3.720 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115283-cientista-descreve-cenarios-catastroficos-para-o-fim-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ogivas nucleares prontas</a> para serem usadas no mundo, sendo 1.800 classificadas como alerta m&aacute;ximo, o que significa que poderiam ser disparadas instantaneamente.

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Bomba de Hiroshima completa 75 anos e ameaça nuclear ainda assombra

Imagem de Conheça a história das "donzelas de Hiroshima" no megacurioso

Mulheres que ficaram desfiguradas, após a bomba, receberam apoio de pastor e puderam fazer cirurgias para reconstruir seu corpo e suas vidas

Em agosto de 2020, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/103176-fotos-mostram-hiroshima-antes-e-depois-da-explosao-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o lan&ccedil;amento das bombas at&ocirc;micas sobre Hiroshima e Nagasaki</a> completa 75 anos. Esse ataque acabou com a participa&ccedil;&atilde;o japonesa na Segunda Guerra Mundial e deixou mais de 120 mil mortos na hora &mdash; sem contar outros 125 mil que faleceram at&eacute; o final de 1945 e v&aacute;rios outros que morreram nos anos seguintes, como consequ&ecirc;ncia.&nbsp;
Dentre tantas pessoas, um grupo de 25 mulheres se tornou especialmente conhecido: "as donzelas de Hiroshima". Uma hist&oacute;ria impressionante sobre como a guerra pode transformar a vida das pessoas.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://supercurioso.com/doncellas-de-hiroshima/?utm_source=feedly&amp;utm_medium=rss&amp;utm_campaign=doncellas-de-hiroshima"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21005154869500.jpg" alt="Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2>Al&eacute;m da bomba, o ostracismo</h2>
Voltando para o in&iacute;cio da hist&oacute;ria, logo que ocorreu o incidente que arrasou Hiroshima, milhares de pessoas morreram e outras tantas ficaram gravemente feridas.&nbsp;
As mulheres que se tornariam "as donzelas de Hiroshima" foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/44925-11-fatos-sinistros-sobre-o-desastre-e-os-sobreviventes-de-hiroshima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atingidas pela bomba at&ocirc;mica</a> ainda na inf&acirc;ncia ou adolesc&ecirc;ncia, e as queimaduras deixaram-nas completamente desfiguradas. Em algumas, os ferimentos formaram queloides (um problema que ocorre quando a pele cresce demais na cicatriza&ccedil;&atilde;o). Outras ficaram com as m&atilde;os in&uacute;teis, sem movimentos.
Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o, muitos sobreviventes da calamidade foram exclu&iacute;dos da conviv&ecirc;ncia comunit&aacute;ria, pois as pessoas tinham medo da radia&ccedil;&atilde;o ou se impressionavam com a apar&ecirc;ncia deles. Eles eram chamados de hibakusha&nbsp;(ou "pessoas afetadas pela bomba").
Al&eacute;m disso, em uma &eacute;poca pr&eacute;-movimentos feministas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/75330-5-conselhos-que-as-esposas-ouviam-nos-anos-50-para-agradarem-a-seus-maridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">construir uma fam&iacute;lia era um dos principais projetos para uma jovem</a>. Por&eacute;m, essas mo&ccedil;as japonesas permaneceram "donzelas", usando o termo da &eacute;poca, pois suas chances de casamento foram extintas devido aos seus ferimentos.&nbsp;
No in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1950, um pastor metodista de Hiroshima chamado Kiyoshi Tanimoto &mdash; que tamb&eacute;m sobreviveu &agrave; bomba &mdash; resolveu criar um grupo de apoio em sua igreja. Assim, essas pessoas, que sofriam exclus&atilde;o da comunidade, poderiam encontrar conforto entre outros que viviam a mesma experi&ecirc;ncia.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21011513055505.jpg" alt="As queimaduras de uma das donzelas seguiam o padr&atilde;o do kimono que ela usava quando foi atingida (Fonte: Wikimedia Commons)" />As queimaduras de uma das donzelas seguiam o padr&atilde;o do kimono que ela usava quando foi atingida. (Fonte: Wikimedia Commons)
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21011736901506.jpg" alt="Uma mo&ccedil;a que teve seu rosto desfigurado por queloides (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Uma mo&ccedil;a que teve seu rosto desfigurado por queloides. (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21012002924507.jpg" alt="Duas das donzelas, se recuperando das cirurgias (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Duas das donzelas se recuperando de cirurgias. (Fonte: Supercurioso/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Surgem "as donzelas de Hiroshima"</h2>
A situa&ccedil;&atilde;o das donzelas, em especial,&nbsp; compadeceu o pastor. Ent&atilde;o, ele resolveu angariar fundos para bancar cirurgias para elas, e algumas das mo&ccedil;as da igreja fizeram cirurgias pl&aacute;sticas no Jap&atilde;o, contudo o pa&iacute;s ainda n&atilde;o era t&atilde;o avan&ccedil;ado nessa &aacute;rea.
Assim, foi nesse momento que a hist&oacute;ria chegou ao jornalista americano Norman Cousins, que defendia <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111589-no-74-aniversario-da-bomba-atomica-hiroshima-pede-fim-de-armas-nucleares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o fim das bombas at&ocirc;micas</a>. Em 1953, ele come&ccedil;ou uma campanha a fim de trazer essas jovens aos Estados Unidos para elas realizarem os procedimentos no pa&iacute;s e, com isso, podendo ter um futuro melhor.&nbsp;
Ao todo, 25 mulheres viajaram do Jap&atilde;o aos Estados Unidos &mdash; onde foram entrevistadas por programas de TV e fizeram, ao todo, mais de 130 cirurgias. Desse modo, foi nos EUA que a express&atilde;o "as donzelas de Hiroshima" foi usada para descrev&ecirc;-las. Ao retornar, algumas das mo&ccedil;as puderam, enfim, encontrar um marido e formar suas fam&iacute;lias. Outras dedicaram suas vidas ao trabalho.&nbsp;

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Conheça a história das 'donzelas de Hiroshima'

Imagem de Níveis anormais de radiação são detectados na atmosfera da Europa no megacurioso

Ainda sem origem determinada, misterioso pico supostamente estaria relacionado a usinas nucleares da Rússia

Segundo informa&ccedil;&otilde;es reportadas pelo site Live Science, o norte europeu registrou, nas &uacute;ltimas semanas, um pico de radia&ccedil;&atilde;o na atmosfera. Apesar de os n&iacute;veis constatados n&atilde;o representarem amea&ccedil;as &agrave;&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">sa&uacute;de</a> humana e ao <a href="http://www.tecmundo.com.br/meio-ambiente/" target="_blank" title="Meio ambiente">meio ambiente</a>, poderiam ser reflexo de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">combust&iacute;vel nuclear</a> utilizado em usinas da R&uacute;ssia &mdash; por&eacute;m ag&ecirc;ncias de monitoramento n&atilde;o foram capazes de identificar uma fonte espec&iacute;fica.
Finl&acirc;ndia, sul da Escandin&aacute;via e &Aacute;rtico foram as regi&otilde;es que mais tiveram os n&iacute;veis elevados de radionucl&iacute;deos (c&eacute;sio-134, c&eacute;sio-137 e rut&ecirc;nio-103) detectados por &oacute;rg&atilde;os de vigil&acirc;ncia de seguran&ccedil;a nuclear na Europa. Esses is&oacute;topos radioativos s&atilde;o subprodutos inst&aacute;veis da fiss&atilde;o nuclear, cujo processo de gera&ccedil;&atilde;o de energia libera o excesso atrav&eacute;s de decaimento radioativo; logo, s&atilde;o artificiais e resultado de atividade humana.
Ap&oacute;s a observa&ccedil;&atilde;o, a Autoridade Sueca de Seguran&ccedil;a Radiol&oacute;gica ressaltou que ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel confirmar qual poderia ser a fonte dos n&iacute;veis anormais, supostamente origin&aacute;rios dos c&eacute;us orientais no continente. &Oacute;rg&atilde;os finlandeses e noruegueses tamb&eacute;m n&atilde;o especularam sobre o assunto.
<blockquote class="twitter-tweet">
22 /23 June 2020, RN <a href="https://twitter.com/hashtag/IMS?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#IMS</a> station SEP63 <a href="https://twitter.com/hashtag/Sweden?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Sweden</a>???? detected 3isotopes; Cs-134, Cs-137 &amp; Ru-103 associated w/Nuclear fission @ higher[ ] than usual levels (but not harmful for human health). The possible source region in the 72h preceding detection is shown in orange on the map. <a href="https://t.co/ZeGsJa21TN">pic.twitter.com/ZeGsJa21TN</a>
&mdash; Lassina Zerbo (@SinaZerbo) <a href="https://twitter.com/SinaZerbo/status/1276559857731153921?ref_src=twsrc%5Etfw">June 26, 2020</a></blockquote>
J&aacute; o Instituto Nacional de Sa&uacute;de P&uacute;blica e Meio Ambiente da Holanda disse que, ap&oacute;s a an&aacute;lise de dados, "os c&aacute;lculos mostram que os radionucl&iacute;deos (is&oacute;topos radioativos) v&ecirc;m do oeste da R&uacute;ssia", sugerindo poss&iacute;veis danos em usinas nucleares do pa&iacute;s.
A empresa de opera&ccedil;&otilde;es de energia nuclear Rosenergoatom negou problemas relacionados &agrave;s instala&ccedil;&otilde;es na pen&iacute;nsula de Kola e em Leningrado, as duas usinas ativas na regi&atilde;o. "Elas funcionam normalmente, com os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o dentro dos padr&otilde;es", disse a companhia &agrave; ag&ecirc;ncia de not&iacute;cias russa TASS.
<h2>Eventos que preocupam o mundo</h2>
A not&iacute;cia preocupou a comunidade cient&iacute;fica, pois a repercuss&atilde;o soa muito similar aos eventos posteriores ao colapso de Chernobyl, maior desastre nuclear da hist&oacute;ria. Poucos dias ap&oacute;s a falha, altos n&iacute;veis de radioatividade foram detectados por outras usinas nucleares em &aacute;reas pr&oacute;ximas, o que levou ao fortalecimento de instrumentos para emiss&atilde;o de alertas.
Outros casos de pico repentino tamb&eacute;m foram observados nos &uacute;ltimos anos, entre eles nuvens radioativas misteriosas sobre a Europa, com n&iacute;veis anormais do radionucl&iacute;deo rut&ecirc;nio-106, em 2017.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155035-niveis-anormais-radiacao-detectados-atmosfera-europa.htm">Níveis anormais de radiação são detectados na atmosfera da Europa</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Níveis anormais de radiação são detectados na atmosfera da Europa

Imagem de Turismo atômico: testes nucleares na Las Vegas de 1950 no megacurioso

Ver as bombas atômicas detonarem no deserto se tornou turismo de milhares de dólares e teve consequências mortais

Em 16 de julho de 1945, a Experiência Trinity marcou o início da era atômica, com a detonação da primeira arma nuclear da história. A reação em cadeia do uso da tecnologia nuclear causou mudanças drásticas no pensamento sociopolítico mundial tanto quanto significou o início do progresso para a modernidade, apesar de ter sido motivo para destruição em guerras que inviabilizaram o uso pacífico e adequado da energia para a evolução da indústria global de exportação.Para explorar os locais que serviram como zona nuclear, surgiu o turismo atômico. Com visitações a sítios onde aconteceram testes, museus com armas nucleares e outros lugares que foram importantes nos tempos da guerra, é possível aprender sobre a ambígua história cultural de uma nação.Apesar de esse tipo de atração ser considerado novo, em 1950, no apogeu da Guerra Fria, já acontecia de uma forma totalmente equivocada em Las Vegas.<h2>A cidade das luzes</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18161016239399.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>Em 27 de janeiro de 1951, a detonação de uma ogiva na Área de Testes de Nevada, uma região desértica a cerca de 105 quilômetros a noroeste de Las Vegas, causou um espetáculo no céu com a famosa nuvem em formato de cogumelo e marcou o início de milhares de testes nucleares realizados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos em 40 anos de atividade.Rapidamente, a Câmara de Comércio de Las Vegas passou a imprimir calendários para anunciar os horários e melhores locais para assistir ao "show de luzes". A imprensa foi mobilizada para divulgar detalhes e promover comerciais que enalteciam os testes nucleares com um slogan parecido com "nós trabalhamos e você se diverte". Não demorou para que Vegas fosse apelidada de Cidade Atômica, atraindo cerca de 25 mil pessoas todos os meses.Naquele tempo, a indústria de cassinos na Cidade do Pecado ainda estava dando seus primeiros passos, então os empresários usavam seus bares de extremo luxo para exibir a melhor vista do norte, onde aconteciam as detonações. "Coquetéis atômicos" eram servidos enquanto belas mulheres disputavam o título de Senhorita Energia Atômica. Para muitos magnatas, a melhor coisa que aconteceu na cidade foi a bomba atômica.<h2>A explosiva economia</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18161238068404.png" alt="(Fonte: Research Gate/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Research Gate/Reprodução)</figcaption></figure>Entre 1951 e 1960, a população de Las Vegas cresceu 161%, quando a cidade se tornou o mais novo ponto turístico da América. Guias cobravam até US$ 3 para que as pessoas assistissem à atração, e viagens internacionais eram feitas tendo o local como destino principal.A economia explodiu, e o comércio cresceu exponencialmente com a venda de todo tipo de quinquilharia produzida para fomentar a nova indústria. Donos de cafés entraram com petições para mudar o nome dos estabelecimentos para algo que fosse mais temático, o que causou um conflito ferrenho por conta de ideias iguais. Joe Sobchki, proprietário do antigo Virginia's Eatery, renomeou a lanchonete para Café Atômico, passando a servir comidas e bebidas ultrassecretas e nucleares enquanto os clientes aproveitavam a vista que o telhado do local proporcionava.Obcecadas pelas nuvens de cogumelo geradas pelas bombas, as pessoas discutiam sobre o apocalipse e as tensões e reforçavam as paranoias sobre o futuro incerto. Em um tempo de guerra marcado pelo medo, aquele espetáculo fascinante no céu tinha como significado um anúncio de morte para a população de Hiroshima e Nagasaki.<h2>Atração mortal</h2><figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18162553528413.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>As explosões aconteciam em Yucca Flat, uma bacia de drenagem fechada em meio ao deserto norte-americano, o que os cientistas acreditavam que diminuiria as ameaças às pessoas que moravam perto e preservaria uma visão do tão aguardado espetáculo. As escolas colocaram placas de identificação para as crianças, em caso de ocorrer algum acidente nas instalações em que aconteciam os testes nucleares. Os pequenos foram instruídos a se esconderem embaixo das mesas, se necessário.Muito embora as pessoas fossem conscientes do estrago causado por uma bomba, praticamente ninguém sabia dos malefícios provocados pela radiação emitida por ela. Os soldados foram os primeiros expostos aos riscos; muitos desenvolveram câncer e tiveram a capacidade reprodutiva afetada. Na época, os oficiais militares disseram que qualquer um que fosse exposto demais às ondas radioativas poderia simplesmente tomar um banho logo em seguida e tudo ficaria bem.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18163527416419.jpg" alt="(Fonte: Atomic Heritage Foundation/Reproudção)"><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Atomic Heritage Foundation/Reprodução)</figcaption></figure>Aparentemente, o Departamento de Energia dos EUA não levou em consideração que, apesar de o sítio atômico ter sido colocado no meio do deserto, os fortes ventos carregariam as cinzas nucleares até a população. A cidade de St. George, em Utah, no nordeste de Las Vegas, sofreu com uma enorme incidência de câncer e doenças pulmonares que levaram milhares de pessoas à morte até meados de 1980.O último teste aberto aconteceu em 1962. No ano seguinte, após a Crise dos Mísseis em Cuba, entrou em vigor o Tratado de Proibição Limitada de Testes Nucleares, que encerrou a detonação de bombas na superfície terrestre; contudo, durante 30 anos, elas continuaram acontecendo no subsolo. Entre 1951 e 1992, estima-se que o governo norte-americano tenha conduzido 1.021 testes nucleares na base de Nevada.Por um tempo, o turismo da região cessou e a economia despencou, tornando a cidade o lar de empresários e magnatas que fizeram a indústria dos cassinos acontecer. Os comerciantes voltaram a usar os antigos nomes em suas lojas e houve um êxodo das pessoas que tinham se mudado apenas para ficar mais perto da maior atração da cidade.Atualmente, a área na qual os dispositivos eram detonados sustenta apenas as sóbrias marcas de uma era em que a diversão consistia em não pensar por alguns minutos nas incertezas do futuro que a guerra causava, ainda que isso significasse assistir ao próprio medo de camarote.

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Turismo atômico: testes nucleares na Las Vegas de 1950

Imagem de Pesquisadores descobrem origem de nuvem radioativa de 2017 no megacurioso

A nuvem atingiu a Europa e causou inúmeras preocupações para a população da região

Voc&ecirc; se lembra da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146615-acidente-nuclear-russia-2017-ocultado-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvem radioativa que atingiu a Europa</a> durante os meses de setembro e outubro de 2017? Ela causou uma enorme preocupa&ccedil;&atilde;o em cientistas e a popula&ccedil;&atilde;o das regi&otilde;es. Recentemente, cientistas descobriram um pouco mais sobre a origem da nuvem, que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145024-estudo-confirma-nuvem-radioativa-atingiu-europa-2017-veio-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nasceu na R&uacute;ssia</a> e foi causada por um reator nuclear civil.
J&aacute; existia uma suspeita de onde havia surgido a nuvem, mas pesquisas mais atuais comprovaram as teorias e ajudaram a identificar algumas caracter&iacute;sticas novas sobre o caso. Um estudo, que foi publicado na Nature Communications, est&aacute; trazendo &agrave; tona essas informa&ccedil;&otilde;es.
<h2>Onde exatamente nasceu a nuvem</h2>
As pesquisa feitas por cientistas, entre eles o professor Thorsten Kleine, da Universidade de M&uuml;nster, apresentaram que a origem exata da nuvem foi na regi&atilde;o sul dos Montes Urais, em Mayak. O local j&aacute; foi origem de problemas nucleares, quando, em 1955, uma explos&atilde;o de reator nuclear aumentou os &iacute;ndices de radioatividade na Europa.
O caso mais recente, de 2017, deixou muitas pessoas preocupadas e, embora tenha sido alto &iacute;ndice, na maioria das regi&otilde;es, como Alemanha, It&aacute;lia, &Aacute;ustria, Su&iacute;&ccedil;a e Fran&ccedil;a, n&atilde;o atingiram n&iacute;veis que trouxessem preocupa&ccedil;&atilde;o para a vida humana. Ainda assim, o acontecimento continua preocupando as entidades europeias e, por conta disso, a pesquisa seguiu por tanto tempo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/19/19030347536123.png" alt="Imagens &aacute;ereas de Marak, onde deve ter vazado a nuvem e, tamb&eacute;m, local de in&uacute;meros problemas radioativos. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Imagens &aacute;ereas de Marak, onde deve ter vazado a nuvem e, tamb&eacute;m, local de in&uacute;meros problemas radioativos. (Fonte: Wikimedia Commons)
<h2>Causa da preocupa&ccedil;&atilde;o</h2>
A import&acirc;ncia dada para o caso &eacute; fundamentada no qu&atilde;o grave foi o incidente. A nuvem radioativa era feita de rut&ecirc;nio-106 e gerou uma concentra&ccedil;&atilde;o, na Europa, 100 vezes maior que o desastre nuclear de Fukushima, em 2011.
Ainda que os &iacute;ndices fossem preocupantes e que o local de origem tenha sido descoberto na R&uacute;ssia, as autoridades russas n&atilde;o auxiliaram nas investiga&ccedil;&otilde;es e seguiram negando as acusa&ccedil;&otilde;es. Outra preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; o fato de ser um reator nuclear civil, algo extremamente esquisito.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/19/19030748880124.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
<h2>Reator n&atilde;o militar</h2>
As pesquisas do professor Kleine apresentaram alguns aspectos que comprovam a possibilidade de ser um reator civil. Por exemplo, a prov&aacute;vel mistura entre Rut&ecirc;nio e Plut&ocirc;nio, uma caracter&iacute;stica que n&atilde;o &eacute; comum em reatores militares ou de governo, j&aacute; que estes utilizam o Ur&acirc;nio no ciclo do combust&iacute;vel.
Outra caracter&iacute;stica que corrobora a ideia, &eacute; que os Is&oacute;topos de Rut&ecirc;nio, encontrados na nuvem, surgem do reprocessamento de combust&iacute;vel em reatores VVER. Esses reatores s&atilde;o os encontrados em Mayek, dando ainda mais embasamento para o fato de que, muito provavelmente, a nuvem radioativa tenha nascido na R&uacute;ssia e de um vazamento em reator civil.

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Pesquisadores descobrem origem de nuvem radioativa de 2017

Imagem de Incêndio na Ucrânia se aproxima da Usina Nuclear de Chernobyl no megacurioso

O fogo alcançou a cidade fantasma de Pripyat, preocupando moradores, especialistas e ativistas do meio ambiente.

O incêndio ocorrendo atualmente no norte da Ucrânia já vinha causando grandes preocupações, principalmente por gerar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114050-incendio-nos-arredores-de-chernobil-faz-nivel-de-radiacao-aumentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumento significativo no nível de radiação</a> local, fruto da retenção de radioatividade nas florestas após o acidente nuclear de Chernobyl.Ainda fora de controle no momento, o fogo já chegou na cidade fantasma de Pripyat e está uma distância de um a dois quilômetros da antiga Usina Nuclear de Chernobyl, segundo informações de guias de turismo local, moradores da região e ativistas.Sergiy Zibtsev, chefe do Centro Regional de Monitoramento de Incêndios do Leste Europeu, afirmou que 20 mil hectares estão comprometidos pelo incêndio a oeste da zona de exclusão do acidente nuclear.<img src="https://ogimg.infoglobo.com.br/in/24366729-ba9-0b8/FT1500A/690/xincendio1.jpg.pagespeed.ic.s4Y8EKzJ2W.jpg"> (Fonte: Volodymyr Shuvayev / Agence France - Presse)Parte da população local e importantes organizações de ativismo pelo meio ambiente estão questionando a falta de seriedade do governo para lidar com esta ameaça. O Greenpeace Russia afirmou que a área coberta pelo fogo é mil vezes maior do que foi divulgado pelas autoridades ucranianas.Anton Herashchenko, vice-ministro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, utilizou o Facebook para acalmar a população, focando no fato do nível de radiação em Kiev estar equilibrado.Em vídeo divulgado ontem, Volodymyr Demchuk, oficial sênior do Serviço de Emergência da Ucrânia, também tentou aliviar a tensão do povo e afirmou que "não há ameaça para a usina nuclear de Chernobyl" ou para as instalações de armazenamento do resíduo radioativo.<img src="https://s.rfi.fr/media/display/87ac8376-7bdd-11ea-97cf-005056a98db9/w:1240/p:16x9/2020-04-06t131751z_389457573_rc21zf98g1gb_rtrmadp_3_ukraine-chernobyl-fire_0.jpg"> (Fonte: REUTERS / Yaroslav Yemelianenko in Rahivka, Ukraine, April 5, 2020)Se a situação continuar como está agora, o nível de radiação tem a tendência de aumentar um pouco nas regiões onde a fumaça chega através do vento, mas não há risco de um aumento geral da radioatividade no leste europeu, ou mesmo na Ucrânia. Contudo, se o fogo destruir coisas que estão muito carregadas de radiação (muito mais radioativas que a floresta queimando agora), há chance do problema se tornar mais grave.Segundo estudo publicado na revista Environmental International em 2014, incêndios em áreas contaminadas por radiação provinda de <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/75544-5-fatos-surpreendentes-sobre-o-acidente-nuclear-de-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a> são comuns, sendo geralmente causados por humanos para fins agriculturais. Porém, o risco de grandes incêndios vem aumentando com o aquecimento global, entre outros fatores.O estudo aponta também que incêndios em grande escala na região, bem maiores que os atuais, poderiam gerar redistribuição de <a href="https://www.tecmundo.com.br/energia/9897-25-anos-do-desastre-de-chernobyl-mitos-e-verdades-da-energia-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radioatividade</a> no continente.&nbsp;

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Incêndio na Ucrânia se aproxima da Usina Nuclear de Chernobyl

Imagem de Incêndio nos arredores de Chernobil faz nível de radiação aumentar no megacurioso

A boa notícia é que a radiação parece ter ficado concentrada na área das queimadas

Em plena pandemia de covid-19, outro evento assustador chamou a aten&ccedil;&atilde;o do mundo: inc&ecirc;ndios nos arredores de Chernobil fizeram o n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o no ar aumentar em at&eacute; 16 vezes. As queimadas aconteceram pr&oacute;ximo &agrave; vila de Vladimirovka, que fica dentro da zona de exclus&atilde;o da antiga usina nuclear, atualmente desabitada. O fogo iniciou no s&aacute;bado e, at&eacute; segunda-feira de manh&atilde;, ainda n&atilde;o havia sido controlado.
O n&iacute;vel normal de radia&ccedil;&atilde;o atual na &aacute;rea &eacute; de 0,14 &micro;Sv/h (microsievert por hora), enquanto a m&aacute;xima permitida &eacute; de 0,5 &micro;Sv/h. Entretanto, no centro dos inc&ecirc;ndios, a medi&ccedil;&atilde;o chegou a 2,3 &micro;Sv/h. N&atilde;o h&aacute; ind&iacute;cios de que essa radia&ccedil;&atilde;o tenha se movimentado em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; capital Kiev nem mesmo a Chernobil, que segue com n&iacute;veis normais de radia&ccedil;&atilde;o. Outra medi&ccedil;&atilde;o, feita no domingo, apontou 0,34 &micro;Sv/h, um pouco abaixo do limite.
Muitas queimadas s&atilde;o provocadas por pessoas que moram pr&oacute;ximo &agrave; regi&atilde;o, ainda que de maneira acidental
Ao todo, cerca de 20 hectares foram consumidos pelas chamas. Mais de 120 bombeiros, 2 avi&otilde;es e 1 helic&oacute;ptero trabalham para conter os inc&ecirc;ndios. A &aacute;rea fica dentro do per&iacute;metro de 2,5 mil km&sup2; que foi desabitada ap&oacute;s o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141908-chernobyl-causou-o-pior-acidente-nuclear-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente nuclear de 1986</a>. Hoje em dia, ela &eacute; tomada por florestas que podem gerar inc&ecirc;ndios.&nbsp;
Por&eacute;m, muitas queimadas s&atilde;o provocadas por pessoas que moram pr&oacute;ximo &agrave; regi&atilde;o, ainda que de maneira acidental. O servi&ccedil;o de inspe&ccedil;&atilde;o ecol&oacute;gica da Ucr&acirc;nia cobra leis mais duras para quem for pego ateando fogo no quintal, pois isso agrava as queimadas, principalmente durante o outono e a primavera.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151863-incendio-arredores-chernobil-nivel-radiacao-aumentar.htm">Inc&ecirc;ndio nos arredores de Chernobil faz n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o aumentar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Explosões Atômicas

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