Imagem de Alicudi: a ilha italiana onde mulheres podem voar no megacurioso

Conheça as histórias e tradições dessa ilha e mergulhe na conexão entre o sobrenatural e as práticas mágicas transmitidas ao longo dos tempos

<head></head><body>No coração do arquipélago vulcânico das Eólias, uma ilha esconde segredos mágicos e lendas fascinantes. Conhecida como o lar das mahare arcudare — bruxas que voam pelos céus em barcos ou se transformam em animais — Alicudi é uma terra de mistério e magia. Essa ilha remota e selvagem, habitada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119014-pescadores-vendem-vomito-de-baleia-por-1-5-milhao-de-dolares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pescadores</a> e agricultores, guarda segredos que remontam aos tempos antigos. Através das histórias transmitidas de geração em geração, emergem as figuras enigmáticas das mulheres dotadas de poderes que desafiam a lógica e conectam o local a um reino mágico.<h2>Mestres do domínio das marés</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21224434519522.jpg" alt="Éolo, deus do vento. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Éolo, deus do vento. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Enquanto Lipari, a ilha mais turística do arquipélago, preserva tradições e lendas, Alicudi permanece como um tesouro intocado. Escassamente povoada, essa ilha remete a uma terra mágica, onde os "cortadores" desafiam as tempestades. O ritual ancestral de "cortar" as trombetas do mar revela uma ligação direta com Éolo, o deus dos ventos, conferindo aos habitantes da ilha uma habilidade única para domar as forças da natureza.A essência mágica de Alicudi transcende a realidade nas histórias das mahare. Essas mulheres não apenas voam nos céus, mas também decolam em pequenos barcos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116726-micropesca-a-arte-da-busca-por-peixes-pequenos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesca</a>. Suas jornadas noturnas em direção ao mar aberto, muitas vezes interpretadas como a busca por pescadores em perigo, revelam uma relação profunda entre o sobrenatural e a vida cotidiana dos habitantes.<h2>Viagem psicodélica: pão, ergot e visões extraordinárias</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21224652932523.jpg" alt="Ergot. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Ergot. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Alicudi é também o cenário de visões extraordinárias, atribuídas ao consumo de pão feito com centeio contaminado pelo fungo ergot, também conhecido como esporão-do-centeio, cravagem, grão-de-corvo, dente-de-cão ou cornecha. Este parasita, conhecido por suas propriedades alucinógenas, sugere que os habitantes da ilha foram involuntariamente os pioneiros de uma experiência psicodélica coletiva entre 1902 e 1905. As histórias de banquetes suntuosos durante esse período, muitas vezes associadas à fome e emigração, revelam um capítulo intrigante na história local.Enquanto algumas teorias atribuem as visões à ingestão inconsciente do ergot, outras sugerem um conhecimento ancestral das práticas xamânicas. A conexão com os Mistérios de Elêusis na Grécia antiga e a possível influência do esporão-do-centeio na preparação de rituais sugerem uma tradição mágica mais profunda. As bruxas arcudare, guardiãs de um saber milenar, mantêm viva a interseção entre o real e o mágico na ilha.A ilha de Alicudi, com sua aura de mistério e magia, continua a encantar aqueles que exploram suas histórias. A lenda das mulheres que voam, permeada por rituais antigos e visões psicodélicas, confere um lugar único no folclore eólico. Seja nas tempestades domadas pelos "cortadores", seja nos céus noturnos adornados pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121957-6-formas-que-eram-usadas-para-identificar-uma-bruxa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas</a>, a ilha permanece um lugar onde a fronteira entre o real e o fantástico se desfaz, convidando os visitantes a testemunharem a magia que perdura nas ondas do tempo.</body>

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Alicudi: a ilha italiana onde mulheres podem voar

Imagem de Como a genética transforma um fungo pacífico em um predador carnívoro no megacurioso

Descubra os intricados mecanismos genéticos que transformam um fungo comum em um assassino

<head></head><body>No solo do seu jardim, um fungo aparentemente pacífico pode esconder um segredo sombrio. Cientistas descobriram que o Arthrobotrys oligospora, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125181-pesquisadores-desenvolvem-tecido-feito-de-fungos-capaz-de-se-regenerar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungo</a> comum e bem difundido, pode se transformar em um assassino carnívoro quando privado de nitrogênio. Essa descoberta intrigante levanta questões sobre como genes específicos desencadeiam essa transformação, tornando-o um predador temível.Para entender mais sobre o assunto, vamos explorar as recentes descobertas de uma equipe de pesquisadores de Taiwan e dos EUA, liderada pelo biólogo molecular Hung-Che Lin, que desvendou os mistérios genéticos por trás desse fascinante comportamento.<h2>Adaptação à escassez de nitrogênio</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23002531398368.jpg" alt="Arthrobotrys oligospora. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Arthrobotrys oligospora. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)O Arthrobotrys oligospora, em condições normais, sobrevive de matéria orgânica já morta. Entretanto, quando os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125289-hipoxia-de-nitrogenio-o-novo-metodo-de-execucao-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">níveis de nitrogênio tornam-se escassos</a>, uma série de eventos genéticos tem início para garantir sua sobrevivência. A pesquisa revela que a replicação do DNA e a produção de ribossomos aumentam, preparando o terreno para a metamorfose do fungo em um predador.Contudo, de forma surpreendente, o modo predador deste fungo só é ativado quando detecta a presença de nematoides nas proximidades. Lin e sua equipe usaram nematoides do gênero Caenorhabditis elegans para identificar a via genética responsável por conferir ao A. oligospora a habilidade de "cheirar" feromônios de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125041-vermes-nematoides-tambem-ficam-com-larica-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vermes</a>. Isso desencadeia a intensificação da expressão genética, resultando na formação de armadilhas especializadas para captura.<h2>Proteínas críticas na captura</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23003254616369.jpg" alt="Caenorhabditis elegans. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Caenorhabditis elegans. (Fonte: Getty Images / Reprodução)A pesquisa revelou uma nova classe de proteínas na superfície das armadilhas, chamadas de proteínas enriquecidas por armadilha (TEP). A desativação dessas proteínas reduziu drasticamente a eficácia das armadilhas, destacando sua importância na adesão aos nematoides. A proteína, conhecida como sintaxina, desempenha um papel crucial no transporte do "adesivo de verme", uma substância viscosa e natural que se desprende da armadilha, conferindo-lhe uma aderência significativa, dificultando a locomoção da presa.Após a captura bem-sucedida, o fungo inicia a digestão usando filamentos chamados hifas. Os pesquisadores observaram um aumento significativo na atividade dos genes relacionados à produção de enzimas protease, essenciais para a digestão. Experimentos com inibidores de protease demonstraram a importância dessas enzimas na eficiência da digestão dos nematoides.A pesquisa sobre os genes que transformam o Arthrobotrys oligospora de um fungo pacífico em um assassino carnívoro oferece percepções fascinantes sobre a adaptação e a evolução desses organismos. Compreender os intricados processos genéticos por trás do carnivorismo fúngico não apenas expande nosso conhecimento científico, mas também destaca a complexidade e engenhosidade da natureza.Esse estudo pioneiro abre portas para futuras pesquisas sobre a interação entre fungos e seus ambientes, revelando os segredos genéticos por trás do comportamento predatório desses organismos aparentemente simples.</body>

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Como a genética transforma um fungo pacífico em um predador carnívoro

Imagem de Por que o mofo tem cores diferentes e o que elas significam? no megacurioso

Embora não seja um indicador absoluto, a cor do mofo pode fornecer algumas informações sobre o tipo de fungo presente e sua toxicidade

Onipresentes em nossas casas, a maioria dos microrganismos &eacute; alegremente ingerida por n&oacute;s, sem que consigamos ao menos distinguir entre bact&eacute;rias, fungos, v&iacute;rus, &aacute;caros, algas ou protozo&aacute;rios. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125454-voce-sabia-que-os-cogumelos-podem-suar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">No caso dos fungos,</a> embora indetect&aacute;veis a olho nu devido ao seu tamanho microsc&oacute;pico, eles provocam manchas coloridas com odor terroso e desagrad&aacute;vel: o mofo.&nbsp;
Embora a cor n&atilde;o represente um indicador 100% confi&aacute;vel de toxicidade, ela pode fornecer algumas informa&ccedil;&otilde;es &uacute;teis sobre a esp&eacute;cie de fungo presente, formas de infesta&ccedil;&atilde;o e at&eacute; mesmo n&iacute;veis de risco para seres humanos.
Confira abaixo as colora&ccedil;&otilde;es mais comuns de mofo.
<h2>Mofo preto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10135814535240.jpg" alt="Fonte: GettyImages." />Fonte: GettyImages.
O mofo preto est&aacute; ligado &agrave; umidade e &eacute; geralmente associado &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de subst&acirc;ncias t&oacute;xicas para os seres humanos e animais, chamadas micotoxinas. Causada na maioria das vezes pelo fungo Stachybotrys chartarum, essa infesta&ccedil;&atilde;o escura pode dar in&iacute;cio a uma s&eacute;rie de problemas de sa&uacute;de, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124813-as-3-alergias-sazonais-que-mais-afetam-as-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">principalmente em pessoas com alergias</a>, asma ou sistemas imunol&oacute;gicos comprometidos.&nbsp;
Como existem alguns tipos de mofo preto in&oacute;cuos ou de baixo risco para a sa&uacute;de, como o Aureobasidium pullulan, &eacute; importante consultar um profissional da &aacute;rea para avaliar a urg&ecirc;ncia da remo&ccedil;&atilde;o.
<h2>Mofo azul</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10140757072249.jpg" alt="Fonte: GettyImages." />Fonte: GettyImages.
O mofo azul-esverdeado &eacute; aquele que surpreendemos muitas vezes em uma laranja na fruteira. Ele &eacute; resultado do ac&uacute;mulo do Penicillium, o fungo conhecido <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122007-como-a-penicilina-foi-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por produzir o insight da penicilina em Alexander Fleming</a> e tamb&eacute;m pela colora&ccedil;&atilde;o de alguns queijos como roquefort e o gorgonzola.
Apesar de nem todas as esp&eacute;cies de Penicillium serem prejudiciais &agrave; sa&uacute;de, algumas delas s&atilde;o capazes de produzir micotoxinas, o que demanda buscar profissionais especializados, para evitar a infesta&ccedil;&atilde;o.
<h2>Mofo amarelo-alaranjado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10143740417267.jpg" alt="Fonte: GetImages." />Fonte: GetImages.
Produzindo um tipo de mofos com manchas amarelas, marrons ou alaranjadas, os fungos Stemphylium e Epicoccum s&atilde;o uma classe de organismos que prosperam na luz, ao contr&aacute;rio da maioria dos seus "irm&atilde;os".&nbsp;
Isso ocorre porque alguns pat&oacute;genos de plantas usam a luz ultravioleta como gatilho para produzir seus esporos, escondendo depois seu DNA em conchas de melanina. Esses fungos n&atilde;o produzem toxinas significativas para a sa&uacute;de humana.
<h2>Mofo verde</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10150105036295.jpg" alt="Fonte: GettyImages." />Fonte: GettyImages.
Esp&eacute;cie mais comum em nossas cozinhas, o mofo verde aparece geralmente como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/59822-comer-queijo-ou-pao-bolorento-realmente-faz-mal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manchas em p&atilde;es, bolos e outros alimentos</a>. &Agrave;s vezes, somos tentados a cortar a parte comprometida e comer o resto, mas isso n&atilde;o &eacute; recomend&aacute;vel porque as ra&iacute;zes desses fungos, conhecidas como "mic&eacute;lios", s&atilde;o filamentos finos que penetram profundamente no alimento.&nbsp;
Os habitantes do tufo verde s&atilde;o geralmente fungos Aspergillus, que possuem v&aacute;rias esp&eacute;cies, algumas perigosas &agrave; sa&uacute;de humana, outras ben&eacute;ficas. Outro "verdinho" &eacute; o Trichoderma, ou "pele peluda" em latim, que s&atilde;o in&oacute;cuos para humanos, mas causam doen&ccedil;as em plantas.
<h2>Mofos rosa, roxo e vermelho</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10145941172292.jpg" alt="Fonte: GettyImages." />Fonte: GettyImages.
O chamado "bolor vermelho do p&atilde;o" &eacute; o fungo filamentoso chamado Neurospora, n&atilde;o perigoso para seres humanos, e muito estudado por cientistas como organismo modelo em estudos gen&eacute;ticos e bioqu&iacute;micos.&nbsp;
Nesse espectro, h&aacute; tamb&eacute;m o Fusarium, respons&aacute;vel pela colora&ccedil;&atilde;o roxa do arroz estragado, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124935-eua-testou-armas-biologicas-em-seus-proprios-cidadaos-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma bact&eacute;ria chamada Serratia</a>, de cor rosa, conhecida como devoradora... de res&iacute;duos de sabonetes de banheiros, e tamb&eacute;m n&atilde;o patog&ecirc;nica para seres humanos.
<h2>Mofo branco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/10/10152403220301.jpg" alt="Fonte: Encyclopedia of Life." />Fonte: Encyclopedia of Life.
O fungo branco (n&atilde;o pigmentado) &eacute; caracterizado por crescimentos brancos brilhantes em forma de &aacute;rvore, geralmente causado em infec&ccedil;&otilde;es de insetos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125254-por-que-os-insetos-sao-atraidos-por-luzes-artificiais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como mariposas e cigarras,</a> pelo chamado Isaria farinosa.&nbsp;
Embora perigoso para esses insetos, a ponto de ser considerado um agente de controle biol&oacute;gico natural, o fungo n&atilde;o apresenta riscos para a sa&uacute;de humana.&nbsp;

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Por que o mofo tem cores diferentes e o que elas significam?

Imagem de Você sabia que os cogumelos podem "suar"? no megacurioso

Saiba mais sobre o fenômeno, ainda não muito estudado e aparentemente universal, da vida dos fungos

<head></head><body>Atenção, fãs de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124104-the-last-of-us-uma-pandemia-zumbi-causada-por-fungos-e-possivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Last of Us</a>": aqui vai uma notícia para acreditar ainda mais no poder dos fungos e como eles podem ser extremamente peculiares! Uma pesquisa realizada pela revista científica PNAS, a publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, revelou que os cogumelos — e talvez todos os fungos — têm um jeitinho peculiar de se refrescar: eles suam água! &nbsp;Ainda não se sabe ao certo por que eles precisam se manter fresquinhos, mas essa descoberta lança uma luz sobre a biologia desses seres e pode ter até consequências interessantes para a nossa saúde. Ficou curioso para saber mais? Então, continue a leitura e embarque no incrível mundo dos cogumelos conosco!<h2>A descoberta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13204718602442.jpg" alt="(Fonte: Soft Matter Physics/JKU Linz)">(Fonte: Soft Matter Physics/JKU Linz)Tudo começou quando Radamés Cordero, autor principal da pesquisa e expert&nbsp;em micróbios da Universidade Johns Hopkins, pegou sua câmera infravermelha e foi clicar algumas fotos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124426-cogumelo-juba-de-leao-pode-ajudar-portadores-de-doencas-neurodegenerativas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos&nbsp;</a>na floresta. Com essa "câmera mágica", as temperaturas relativas dos objetos são reveladas na imagem. Foi assim que o pesquisador percebeu algo esquisito: os cogumelos pareciam estar mais fresquinhos do que o ambiente ao redor deles. Os cientistas já haviam notado antes que os fungos costumavam ser mais frios do que o ambiente onde se encontravam, mas Arturo Casadevall, um dos coautores da pesquisa e também microbiologista na mesma universidade que Cordero, ficou intrigado com o fato e decidiu investigar a fundo se todos esses serem tinham o mesmo efeito refrescante.&nbsp;Além de fotografar cogumelos selvagens, os cientistas cultivaram diferentes tipos de fungos no laboratório e, adivinha só? O mesmo efeito se repetiu — todos os fungos estavam mais frescos do que o ambiente ao redor. Até um fungo que nasce lá na Antártida, chamado Cryomyces antarcticus,&nbsp;também teve essa sensação geladinha. Que coisa maluca, não?<h2>Ventinho refrescante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13210800640446.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os pesquisadores perceberam que os fungos têm um jeitinho especial para se refrescar: eles "suam" através da evapotranspiração da água em suas superfícies. Trazendo para o nosso mundo, seria como sair do banho — sabe quando estamos molhados e sentimos frio antes de nos enxugarmos? Então! Isso acontece porque parte da água em nossa pele evapora e leva o calor junto, acontecendo da mesma forma com os fungos!&nbsp;Para complementar o experimento, os cientistas decidiram criar um ar-condicionado movido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125126-ha-milhoes-de-anos-a-terra-era-coberta-por-cogumelos-gigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos</a>, utilizando algumas espécies bem conhecidas, como os do tipo portobello, e uma caixa de isopor com um buraco em cada lado. Do lado de fora da caixa, introduziram um ventilador e encaixaram o experimento, chamado de "MycoCooler", dentro de um recipiente maior. Com o ventilador ligado, o vento circulava sobre os cogumelos, gerando um ar fresquinho e ecológico para todos.&nbsp;Depois de 40 minutos, o ar no recipiente maior tinha caído cerca de 100 graus Fahrenheit, — aproximadamente 37,8 graus Celsius — para 82 °F, ou incríveis&nbsp;27,8 °C! Os cogumelos foram os responsáveis por essa redução de temperatura usando a mágica do resfriamento evaporativo, transformando a água líquida em gás e levando embora o calorzinho chato.<h2 style="text-align: justify;">O veredito final</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13212517234453.jpg" alt="(Fonte: Alexander Volkov/GettyImages)">(Fonte: Alexander Volkov/GettyImages)Na publicação do artigo, os autores fizeram algumas especulações divertidas sobre o fenômeno. Uma das hipóteses pode ter a ver com os cogumelos criando as condições perfeitas para a formação de esporos, ou até mesmo ajudando a espalhar esses esporos por aí. Afinal, ao mexer com a temperatura, eles podem estar criando um ventinho que os leva pelo ar.&nbsp;Outra alternativa diz respeito à evapotranspiração — quando os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungos&nbsp;</a>liberam umidade no ar, essa ação também pode aumentar a umidade geral do ambiente. Quem sabe os fungos estejam apenas buscando um clima úmido e o resfriamento seja apenas um efeito colateral peculiar!<h2>Os fungos e a saúde humana&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13213654898456.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Descobrir o motivo por trás desse resfriamento nos cogumelos e outros fungos pode nos ajudar a entender melhor como eles interagem com o ambiente e outros seres vivos — incluindo nós mesmos. E, como já vimos em filmes e séries por aí, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124380-por-que-nao-temos-vacinas-contra-doencas-causadas-por-fungos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças fúngicas</a> não são brincadeira! Mas, pode relaxar: no momento, estamos com uma vantagem em relação à isso porque temos o sangue quente, e esses seres não se dão muito bem com a nossa temperatura corporal.&nbsp;Entretanto, com as mudanças climáticas, os fungos podem começar a se adaptar e gostar mais do calor — o que pode ser um problema para nós. Se entendermos por que eles preferem temperaturas mais fresquinhas, talvez consigamos encontrar formas de barrar essas infecções fúngicas. Seria como dar um gelinho neles!Por enquanto, essa nova descoberta levanta mais perguntas do que respostas. "Acho que se conseguirmos entender o motivo — por que eles querem ficar mais frios que o ambiente? — vamos aprender muita coisa", finaliza Casadevall. Quem sabe essa descoberta maluca nos ajude a combater melhor esses fungos encrenqueiros e evitar o apocalipse mundial?&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.595Z

Você sabia que os cogumelos podem 'suar'?

Imagem de Cientistas descobrem antídoto contra cogumelo mais mortal do mundo no megacurioso

Primeiros testes foram conduzidos em animais e mostram que a toxina do fungo pode ser combatida usando um corante

<head></head><body>Na natureza, há <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124900-cogumelos-podem-ser-grandes-aliados-na-prevencao-de-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos</a> que podem ser consumidos pelos seres humanos, enquanto outros são bem perigosos e mortais por conta de seu veneno. Entre estes, podemos encontrar o Amanita phalloids, também conhecido como "chapéu-da-morte" graças à sua toxicidade. Porém, uma descoberta pode colocar um fim a essas ameaças.Na edição mais recente da Nature Communications, foi revelado que um grupo de cientistas chineses conseguiu encontrar aquele que pode ser considerado o primeiro antídoto para a toxina desse fungo, responsável por mais de 90% das mortes por envenenamento.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125126-ha-milhoes-de-anos-a-terra-era-coberta-por-cogumelos-gigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Há milhões de anos, a Terra era coberta por cogumelos gigantes</a></li></ul><h2>Usando um velho conhecido</h2>Os responsáveis por essa descoberta são Qiaoping Wang e Guohui Wan, pesquisadores da Universidade Sun Yat-sen. Após verificar que a medicina tinha apenas um tratamento de suporte para oferecer aos que ingeriam esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119521-as-6-especies-de-cogumelos-mais-bizarras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelo</a> (que inclusive tem um sabor bom vindo do gorro, de acordo com quem o comeu por acidente e sobreviveu), eles decidiram investigar a fundo a natureza do A. phalloides.Utilizando tecnologia de edição de genes CRISPR-Cas9, eles conseguiram criar um pool de células humanas para testar os tipos de mutações que ajudariam as células a sobreviver ao contato à alfa-amantina. Esta é a substância liberada na toxina do cogumelo, que é capaz causar vômitos, convulsões, danos hepáticos graves e a morte na maior parte dos casos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25234919248048.jpg" alt="(Fonte: Dreamstime/Reprodução)">(Fonte: Dreamstime/Reprodução)Após uma primeira triagem, eles descobriram que as células que não possuem uma versão funcional da enzima STT3B conseguem sobreviver à toxina em questão. Ela faz parte de uma via bioquímica que leva moléculas de açúcar às proteínas, e a sua interrupção impede a entrada de toxina nas células e, por consequência, o avanço do envenenamento.Após essa descoberta, a equipe fez uma busca entre aproximadamente 3.200 compostos químicos, descobrindo que o verde de indocianina (ICG), um corante fluorescente medicinal, é capaz de ajudar no tratamento do envenenamento.&nbsp;<h2>Testes em camundongos mostram bom resultado</h2>Após um teste em camundongos, foi revelado que o ICG possui uma eficiência de 50% no grupo que recebeu o tratamento (a taxa de morte foi de 90% no grupo não tratado).“O verde de indocianina tem um imenso potencial para o tratamento de casos de envenenamento humano por cogumelos e pode ser o primeiro antídoto específico com uma proteína-alvo. Isso poderia salvar muitas vidas se fosse tão eficaz em pessoas quanto em camundongos”, comentou Wang em entrevista à AFP.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:55.271Z

Cientistas descobrem antídoto contra cogumelo mais mortal do mundo

Imagem de Pesquisadores desenvolvem tecido feito de fungos capaz de se regenerar no megacurioso

Com potencial para substituir o couro, o material desenvolvido pode ser utilizado na composição dos mais variados itens

<head></head><body>Já parou para pensar o quanto seria fantástico se roupas tivessem a capacidade de se autorregenerar? Seria uma característica que teria um papel importante para evitar o descarte com o passar dos anos.E graças couro feito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115828-10-fungos-que-parecem-ter-saido-direto-da-ficcao-cientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungos</a>, essa possibilidade está sendo explorada, como indica um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Newcastle e da Universidade de Northumbria.O estudo, publicado no Advanced Functional Materials&nbsp;no mês de abril,&nbsp;destaca como os micélios, que fazem parte daquela estrutura dos fungos que fica escondida sob o solo, compostos por redes que lembram a raiz de uma planta, podem desenvolver a propriedade da autorregeneração.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10103113999077.jpg" alt="Material produzido tem potencial para substituir o couro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Material produzido tem potencial para substituir o couro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Potenciais aplicações do couro produzido a partir da cultura de fungos</h2>No experimento conduzido durante o estudo, a partir da mistura de diferentes componentes, como carboidratos e proteínas, graças à ação dos micélios, pesquisadores obtiveram a formação de uma camada fina, comparável a de um tecido comum.Em seguida, ao realizar um teste perfurando a superfície desse material, após mantê-lo em condição semelhante à que foi produzido, ele se regenerava em até dois dias. E apesar de ainda apresentar algumas marcas, essa propriedade se apresentou de forma bastante significativa, preservando a integridade dessa espécie de tecido.Essa característica seria útil tanto para lidar com defeitos menores quanto para danos mais profundos, de modo que ela seja encarada por pesquisadores como o caminho para a substituição do couro. Ou seja, esse material composto por células fúngicas poderia ser utilizado para a confecção de itens variados, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124260-como-sao-feitas-as-sedas-na-industria-textil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roupas</a>, bolsas e acessórios.E se pensarmos um pouco além da indústria de vestuário, esse uso poderia estar presente na composição de outros tipos de produtos, como estofados, itens para o lar e materiais veiculares.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reserach Gate&nbsp;" data-fonte-url="https://www.researchgate.net/publication/369941769/figure/fig1/AS:11431281143272546@1681232474540/Regeneration-process-of-fungal-ELM-with-self-healing-capacities-A-Dry-mycelium-material_W640.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10103336330084.jpg" alt="(Fonte: Advanced Functional Materials/Wiley/Reprodução)">(Fonte: Advanced Functional Materials/Wiley/Reprodução)<h2>O futuro do tecido produzido a partir de fungos</h2>A partir disso, o que se espera, conforme relatou Martyn Dade-Robertson, coautor do estudo, ao Science News, é que seja possível adaptar esse material para torná-lo ainda mais resistente no futuro, indo além de controlar melhor o crescimento dos micélios.A verdade é que tecidos que partiram dessa mesma ideia já vinham sendo elaborados. Mas há uma diferença que pode ser destacada nesse método de produção, em comparação com outros tecidos feitos a partir de fungos já desenvolvidos.Nele, os micélios não são expostos a agentes que os inativem, de modo que eles possam ser reativados para regenerar o tecido da mesma maneira que o produziram, uma vez que os fungos permanecem vivos. Além disso, o micélio substitui o uso de partículas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121898-4-mentiras-sobre-a-reciclagem-do-plastico-que-voce-sempre-ouviu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plásticas</a>, algo comum na composição de tecidos substitutos para o couro.Afinal, já que os micélios dominaram a natureza e estão em todos os lugares, nada melhor que recorrer a uma ajudinha deles! E se você quer saber mais sobre o universo desses pequenos organismos, vale a pena dar uma conferida no documentário Fungos Fantásticos, disponível na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123333-os-30-melhores-codigos-secretos-da-netflix-para-explorar-o-catalogo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix</a>.</body>

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Pesquisadores desenvolvem tecido feito de fungos capaz de se regenerar

Imagem de Há milhões de anos, a Terra era coberta por cogumelos gigantes no megacurioso

Antes que as árvores dominassem a superfície do nosso planeta, os fungos é que reinavam absolutos

<head></head><body>Há muito tempo, antes das árvores dominarem a paisagem do nosso planeta, um fenômeno curioso reinava supremo. A superfície terrestre era coberta por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124900-cogumelos-podem-ser-grandes-aliados-na-prevencao-de-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos gigantes</a>, criaturas impressionantes que pontilhavam a paisagem antiga com suas torres imponentes. Essa intrigante descoberta nos transporta para um período entre 420 milhões e 350 milhões de anos atrás, quando as plantas terrestres ainda engatinhavam em sua evolução e as árvores mal ultrapassavam alguns metros de altura.Imaginem um cenário onde a natureza era dominada por gigantes torres de vida, compostas por troncos de até 8 metros e 1 metro de largura. Naquela época, as plantas mal alcançavam alguns metros de altura, os animais invertebrados eram pequenos e os vertebrados terrestres ainda não haviam surgido. Nesse contexto, a presença de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungo colossal de 6 metros de altura&nbsp;</a>era algo verdadeiramente extraordinário.<h2>Mas, afinal, eram fungos mesmo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/02103729980030.jpg" alt="Por muito tempo os cientistas debateram se os fósseis eram realmente fungos. (Fonte: Getty Images)">Por muito tempo os cientistas debateram se os fósseis eram realmente fungos. (Fonte: Getty Images)Durante décadas, os fósseis dessas estruturas misteriosas foram objeto de intenso debate entre cientistas. Alguns argumentaram que eram líquens, enquanto outros acreditavam que se tratavam de algas ou até mesmo algum tipo desconhecido de árvore. A anatomia complexa desses organismos despertava inúmeras teorias, mas não fornecia uma resposta conclusiva.No entanto, em 2007, um estudo revolucionário revisitou uma nova perspectiva. Através da análise de fósseis desenterrados na Arábia Saudita, os cientistas finalmente desvendaram o enigma por trás dessas estruturas gigantes. Eles concluíram que os prototaxites, nome pelo qual esses fósseis são chamados, eram, na verdade, fungos. Sim, gigantescos cogumelos primitivos que dominavam a Terra antiga.Essa teoria não foi aceita de imediato por todos os cientistas. A ideia de um fungo de proporções tão grandiosas desafiava a imaginação. Contudo, estudos subsequentes fortaleceram a hipótese do fungo gigante.<h2>Fungos ainda dominam a Terra de alguma forma</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/02/02103804421031.jpg" alt="Maior organismo da Terra é um fungo gigante. (Fonte: Getty Images)">Maior organismo da Terra é um fungo gigante. (Fonte: Getty Images)Embora os cogumelos gigantes tenham desaparecido há muito tempo, a natureza ainda nos surpreende com suas maravilhas. Atualmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122767-quanto-maior-esse-fungo-fica-mais-problemas-nos-teremos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o maior organismo da Terra é um imenso tapete de fungos</a> espalhado por 2.200 acres de floresta no leste do Oregon. Uma prova de que, mesmo após milhões de anos, os fungos continuam desempenhando um papel fundamental em nossos ecossistemas.Mesmo que ainda haja muitas perguntas sem resposta, uma coisa é certa: esses cogumelos gigantes deixaram sua marca na história da Terra. Sua presença impressionante em uma paisagem dominada por criaturas minúsculas é um testemunho da diversidade e complexidade da vida em tempos remotos.</body>

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Há milhões de anos, a Terra era coberta por cogumelos gigantes

Imagem de Espécie de besouro fareja fungos para infestar árvores no megacurioso

Segundo biólogos, esses animais são conhecidos por farejar árvores com infecções fúngicas, que serão invadidas e devoradas por dentro

<head></head><body>Com temperaturas anormalmente altas e secas durante o verão, as florestas de coníferas em toda a Europa estão sob constante ameaça de uma criatura muito pequena, mas com impacto ecológico gigantesco: o Ips typographus, também conhecido popularmente como besouro-da-casca-do-abeto-da-eurásia.&nbsp;Esses pequeninos insetos são conhecidos por farejar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121098-sequoia-conheca-as-maiores-arvores-do-mundo.htm#:~:text=Curtiu%3F,nos%20quesitos%20altura%20e%20volume." rel="noopener noreferrer" target="_blank">árvores</a> que estão sofrendo com infecções fúngicas, enterram-se em suas cascas e acabam matando as plantas de dentro para fora. Em julho de 2022, a Comissão Florestal do Reino Unido iniciou um novo programa para tentar lidar com surtos de besouros e combater a propagação futura. Entenda mais sobre esse caso nos próximos parágrafos!<h2>Problemas na Europa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24155430639596.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Além do Reino Unido, citado anteriormente, outras nações europeias têm demonstrado problemas com infestações de besouros. Desde 2018, a Alemanha registrou a perda de meio milhão de hectares de florestas, sendo várias espécies de abetos sendo particularmente atingidas pelos besouros.Na Noruega, esses pequenos bichos se enterram na casca dos abetos, acasalam lá dentro e depositam seus ovos ali mesmo. Como registrado por pesquisadores, os insetos parecem ter preferência pelas árvores já infectadas com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124104-the-last-of-us-uma-pandemia-zumbi-causada-por-fungos-e-possivel.htm#:~:text=O%20Cordyceps%20existe%20h%C3%A1%20cerca,v%C3%ADtimas%20apenas%20no%20mundo%20animal!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungo</a> simbiótico chamado Grosmannia penicillata, que enfraquece as árvores e quebra suas defesas químicas.&nbsp;Isso permite que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123558-5-curiosos-mecanismos-de-defesa-existentes-na-natureza.htm#:~:text=O%20escaravelho%20da%20batata%20%C3%A9,desagrad%C3%A1vel%20%E2%80%94%20ajudando%20a%20afastar%20predadores." rel="noopener noreferrer" target="_blank">besouros</a> se reproduzam com sucesso dentro da casca sem sofrer qualquer tipo de retaliação. Uma pesquisa publicada na revista PLoS Biology descobriu que os fungos decompõem os monoterpenos — substâncias químicas presentes na resina da casca da árvore — em novos compostos, incluindo cânfora e tujanol. Por sua vez, as antenas dos besouros são excelentes captadoras dessas substâncias, o que explica o fato deles serem completamente "viciados" em árvores com infecções fúngicas.<h2>Estratégias para o futuro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/European_spruce_bark_beetle#/media/File:Kuuse-kooreurask_ja_tegutsemisjaljed_Ips_typographus.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24155502703597.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Segundo os pesquisadores, entender qual o papel que os novos compostos químicos exercem nos ataques de besouros em árvores europeias precisa ser o primeiro passo para ajudar na criação de melhores estratégias de manejo de pragas. Dessa forma, seria possível proteger as coníferas europeias de futuros surtos epidêmicos.“Os besouros da casca que atualmente matam milhões de abetos todos os anos na Europa são apoiados em seus ataques por fungos associados”, declarou o coautor do estudo Jonathan Gershenzon, bioquímico do Instituto Max Planck de Ecologia Química, em comunicado aberto.De acordo com Gershenzon, os pesquisadores estão otimistas que identificar os compostos que atraem os besouros para as cascas das árvores será uma enorme etapa para criar iscas mais eficazes. Atualmente, os cientistas têm optado por um coquetel de feromônios para tentar atrair os besouros para uma armadilha em massa, mas o método "não tem tido tanto sucesso no ciclo de surtos que começou nos últimos 10 anos".&nbsp;A última esperança, então, é que a adição dos compostos recém-descobertos e relacionados a fungos às armadilhas será o suficiente para aumentar sua eficácia e fornecer um maior sistema de proteção aos ecossistemas europeus para as próximas décadas.&nbsp; </body>

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Espécie de besouro fareja fungos para infestar árvores

Imagem de Cogumelo-juba-de-leão pode ajudar portadores de doenças neurodegenerativas no megacurioso

Usado há séculos pela medicina chinesa, veja como este fungo 'do bem' pode auxiliar no tratamento de doenças neurológicas degenerativas no futuro

<head></head><body>Séculos atrás, curandeiros utilizavam itens da natureza como ervas, folhas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119521-as-6-especies-de-cogumelos-mais-bizarras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos</a> nos mais variados tratamentos para diversos tipos de doenças diferentes. Pode até ser que, comparado à medicina atual, curar alguém usando plantas pareça uma ideia atrasada, mas parece que em alguns casos eles estavam no caminho certo.Um bom exemplo disto é o caso do cogumelo-juba-de-leão, usado há centenas de anos nas medicinas chinesa e europeia, pode auxiliar até mesmo no tratamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119819-quais-doencas-no-cerebro-levam-a-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças neurológicas degenerativas</a> no futuro.<h2>Uso medicinal do cogumelo-juba-de-leão</h2>Embora saibamos que fungos podem ser bastante prejudiciais à saúde, com a versão fictícia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124193-cordyceps-5-fatos-sobre-o-fungo-da-serie-the-last-of-us.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cordyceps vista na série The Last of Us</a> da HBO botando o reino fungi no radar do público, é importante lembrar que nem todos eles são nocivos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/20/20121938900078.jpg" alt="Cogumelo-juba-de-leão pode auxiliar no tratamento de doenças neurodegenerativas">Cogumelo-juba-de-leão pode auxiliar no tratamento de doenças neurodegenerativasAlguns fungos são comestíveis e outros são&nbsp;usados em tratamentos medicinais há muitos e muitos anos, como o cogumelo-juba-de-leão (Hericium erinaceus), utilizado há séculos pela medicina tradicional chinesa. Já o grego <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109434-dia-do-medico-quem-foi-hipocrates-o-pai-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hipócrates</a>, considerado o "pai da medicina," também utilizava este cogumelo em outros tratamentos, como em casos de inflamações e até para cauterizar feridas.Agora, um time de pesquisadores da Austrália e da Coreia do Sul descobriu que o cogumelo-juba-de-leão tem ainda propriedades benéficas para o nosso cérebro. De acordo com o estudo, publicado no início deste ano no Journal of Neurochemistry, este cogumelo (que é comestível) pode, entre outras coisas, auxiliar no crescimento de células do cérebro.Falando ao site EurekAlert, o coautor do estudo Frederic Meunier explicou que o extrato do juba-de-leão já vinha sendo usado há muitos séculos pela medicina tradicional asiática mas seu time queria "determinar cientificamente seu efeito potencial em células cerebrais." Segundo ele, testes pré-clínicos mostraram que o cogumelo tem "impacto significativo no crescimento de células cerebrais e na melhora da memória."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/20/20122132171079.jpg" alt="Cogumelo-juba-de-leão auxilia no crescimento de neurônios">Cogumelo-juba-de-leão auxilia no crescimento de neurôniosMeunier explicou ainda que sua equipe observou como os componentes encontrados no juba-de-leão impactam as células do cérebro, verificando que eles auxiliam no crescimento e na conexão entre os neurônios.<h3>Benefícios do fungo do bem</h3>De acordo com os pesquisadores, os componentes do juba-de-leão podem ser usados no tratamento de doenças neurodegenerativas como o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119381-qual-a-diferenca-entre-demencia-e-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a>. Segundo o PopSci, o co-autor do estudo Ramon Martinez-Marmol afirmou que a ideia do time era "identificar componentes bioativos de fontes naturais que poderiam agir no cérebro e regular o crescimento de neurônios, resultando em uma melhora da formação de memórias."O cogumelo-juba-de-leão cresce em troncos de árvores de folhas grandes e largas, como as encontradas no norte do nosso país, e tem componentes que ajudam a reduzir a pressão sanguínea e o nível de açúcar no sangue. Suas propriedades também podem ser aplicadas em tratamentos da saúde mental, como em casos de depressão; além de auxiliarem no tratamento de doenças neurológicas degenerativas e lesões cerebrais.</body>

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Cogumelo-juba-de-leão pode ajudar portadores de doenças neurodegenerativas

Imagem de Cordyceps: 5 fatos sobre o fungo da série The Last of Us no megacurioso

Fungo presente no game e na série existe no mundo real e foi detectado pela primeira vez em 1818

<head></head><body><a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/jogos/the-last-of-us" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Last of Us</a> é uma franquia de games nascida nos consoles PlayStation e que recebeu uma série neste ano — que inclusive vem chamando a atenção de diversas pessoas, fãs do jogo ou não.Apesar de ter seu enredo ambientado em um mundo pós-apocalíptico, aqui não tratamos necessariamente de zumbis comedores de cérebro, mas de uma mutação provocada por um fungo chamado cordyceps que existe de verdade.Ficou curioso para saber um pouco mais sobre ele? Então confira uma lista preparada pela equipe do Mega Curioso a seguir:<h2>1. Cordyceps infectam insetos</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XuKjBIBBAL8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A inspiração para Neil Druckmann e Bruce Straley criarem a história do jogo (que também foi portada para a série de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259859-serie-the-last-of-us-melhor-jogo-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Last of Us</a>) veio após um documentário produzido pela BBC ( que você pode conferir acima, em inglês).&nbsp;Nele, é possível ver como o cordyceps pode afetar os insetos, em especial as formigas. Uma vez que o ciclo de infecção está completo (isso leva algum tempo) e o pequeno animal morre, sua cabeça explode e envia esporos pelo ar, possibilitando a contaminação de outros seres vivos da mesma espécie.<h2>2. Humanos são imunes ao cordyceps</h2>Diferente do que foi visto na série e nos jogos, atualmente o cordyceps não tem força para infectar seres humanos - algo que possivelmente levaria milhões de anos para acontecer, especialmente porque o salto da infecção de um inseto para uma pessoa é algo muito grande.Inclusive, na versão do fungo que vemos em The Last of Us é explicado que a infecção em seres humanos só aconteceu por conta das mudanças climáticas. O principal motivo para isso é que o cordyceps não conseguiria sobreviver por conta da temperatura do corpo do homem e, no caso da ficção, isso teria ajudado o fungo a se tornar mais resistente.<ul><li>LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/259851-the-last-of-us-mudanca-serie-emociona-fas-repercute-redes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Last of Us: mudança na série emociona fãs e repercute nas redes.</a></li></ul><h2>3. Ele pode ser benéfico para pessoas</h2>Por mais doido que pareça, já há alguns casos em que o cordyceps é usado para auxiliar em tratamentos, sendo muito popular nas medicinas chinesa, japonesa, coreana e indiana.Até o momento, é possível listar os seguintes benefícios no uso desse fungo:<ul><li>Ajuda a melhorar anemia;</li><li>Reforça a imunidade;</li><li>Retarda o processo de envelhecimento;</li><li>Ajuda na recuperação pós-cirúrgica;</li><li>Tem ação antitumoral;</li><li>Auxilia no combate à impotência sexual.</li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/30/30161107250299.jpg" alt="Quando o inseto já está dominado pelo cordyceps, fungos surgem acima da sua cabeça. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Quando o inseto já está dominado pelo cordyceps, fungos surgem acima da sua cabeça. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>4. Cordyceps não cria zumbis</h2>Tal como foi retratado nos jogos e na série, a infecção por meio do cordyceps não cria necessariamente zumbis, como muitos acreditam. Vale lembrar que um zumbi é uma pessoa que morreu e "voltou a viver", em muitos casos mantendo apenas algumas funções básicas.No caso da infecção com esse fungo, a pessoa não chega a morrer, tendo em vista que ela continua viva e sofrendo alterações em sua biologia de acordo com o estágio em que se encontra.<h2>5. Quem batizou o fungo?</h2>Apesar do cordyceps já existir no planeta Terra há bastante tempo, ele recebeu seu nome apenas em 1818 após alguns estudos feitos pelo micologista E.M. Fries. Há inclusive relatos de que outras formas do fungo estejam interagindo com formigas pelos últimos 48 milhões de anos.</body>

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