Imagem de DNA mitocondrial pode ser herdado também dos pais, diz estudo no megacurioso

Pesquisa quebra teorias sobre DNA mitocondrial ser herança exclusiva das mães e sugere abertura para novos projetos sobre doenças hereditárias

<head></head><body>Cientistas do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, Estados Unidos, descobriram que, assim como as mães, os pais também são capazes de doar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> mitocondrial para os filhos. A pesquisa, considerada "inovadora" pelos estudiosos, trouxe uma conclusão revolucionária e surge como uma grande contribuição a campos inéditos da Ciência, possibilitando a procura das causas de novas doenças e condições hereditárias.A pesquisa contou com a participação de 17 voluntários de famílias não relacionadas, que entregaram amostras de seus materiais genéticos para serem analisados em vários laboratórios. Utilizando uma moderna tecnologia de sequenciamento de DNA, o pediatra Taosheng Huang verificou conclusivamente a presença de DNA mitocondrial herdado dos pais em alguns dos pacientes, integrado a um conjunto dividido em duas partes; uma para cada parente direto.<h2>Entenda o estudo</h2>O maior destaque fez referência a três famílias que apresentavam padrões semelhantes da herança. A pesquisa indicou que apenas alguns membros desses grupos foram afetados, significando uma transmissão de forma esperada para certos integrantes e a "quebra das regras biológicas da paternidade" em outros. Curiosamente, as informações genéticas oriundas dos pais, em alguns desses casos, foram carregadas com as contrapartes maternas durante a fertilização, ocasionando mitocôndrias híbridas de forma indireta.Como resultado, esses pais foram capazes de transferir o material misto para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121324-filhos-de-casal-de-gemeos-identicos-sao-primos-ou-irmaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filhos</a>, em um clássico caso de variação dominante onde sua existência em apenas um dos parentes seria suficiente para ser manifestada na prole. Dessa forma, a condição foi classificada definitivamente como um traço genético, apesar de ser um evento incomum supostamente causado por uma mutação codificada no núcleo desorganizado da mitocôndria.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24134325506208.jpg" alt="(Fonte: Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento / Reprodução)">(Fonte: Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento / Reprodução)Segundo Florence Marlow, bióloga da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, a anomalia pode estar na etapa em que as mitocôndrias do esperma são normalmente "agendadas" para a morte. Caso essa etapa venha a ser saltada, o óvulo fertilizado torna-se incapaz de identificar e eliminar os intrusos paternos, que ganham um sinal verde para prosseguir caminho ao lado do material materno. Porém, até o momento, não há conclusões sobre como essa herança ocorre.<h2>Herança materna do DNA mitocondrial como regra</h2>Em quase todos os animais conhecidos, o DNA mitocondrial é herdado exclusivamente da mãe. Especialmente em humanos, o processo evolui para facilitar a coordenação dos genomas no núcleo e nas mitocôndrias, já que possuir um único resíduo da organela possibilitaria o funcionamento celular adequado e evitaria que houvesse falhas na comunicação entre as matérias-primas.&nbsp;Por outro lado, acredita-se que as mitocôndrias do esperma experimentam taxas mais altas de mutação que as dos óvulos, tornando-as objetos invasores que poderiam prejudicar a fertilização. Assim, o corpo humano condicionou um verdadeiro sistema molecular a garantir que nenhuma contribuição paterna indesejada avance no processo, eliminando-a antes mesmo do início da fecundação ou reduzindo substancialmente sua vida à medida que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121096-6-fatos-sobre-esperma-e-espermatozoides-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espermatozoides</a> se desenvolvem.“Esses resultados vão mudar a maneira como descrevemos a herança mitocondrial”, conclui Sophie Breton, geneticista mitocondrial da Universidade de Montreal. “Tenho 100% de certeza de que encontraremos mais casos como esses no futuro.”</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:05.332Z

DNA mitocondrial pode ser herdado também dos pais, diz estudo

Imagem de 6 mutações genéticas típicas dos seres humanos no megacurioso

Processo evolutivo dos seres humanos passou por muitas mutações genéticas, e isso não é algo negativo

<head></head><body>É relativamente comum que, ao ouvir o termo mutação genética, associemos ele a algo negativa, nocivo. Ocorre que a evolução humana é recheada de situações em que mutações genéticas aconteceram e determinaram nossos rumos.Não é exagero dizer, por exemplo, que sem as mutações ocorridas dentro de nosso sistema imunológico através da resposta natural ou das vacinas, não teríamos chegado até aqui. Ou que transformações em nossos corpos sobre a aceitação de alimentos foram determinantes a garantir nossa chegada ao século XXI. Então, venha conhecer 6 mutações genéticas que são características dos seres humanos contemporâneos.<h2>1. Resistência imunológica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23091231912045.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Doenças impactam nosso sistema imunológico de modo que ele dê uma resposta em defesa do organismo, como provavelmente você tenha ouvido muito ao largo destes últimos meses de pandemia. Contudo, o processo evolutivo humano deve muito à maneira como nossos corpos responderam às doenças ao longo dos séculos.Por exemplo, pessoas com o tipo sanguíneo O são mais suscetíveis a serem afetadas por cólera. Como a doença é endêmica em algumas regiões do planeta, o cólera foi preponderante em fazer a seleção da população em países do sul asiático, como Bangladesh, por exemplo, onde se encontra a menor prevalência de seres com tipo sanguíneo O no mundo.<h2>2. Dentes do siso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23091035381043.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/IFLScience)">(Fonte: Reprodução/IFLScience)A ciência acredita que, tal qual outros mamíferos, nossos ancestrais possuíssem três conjuntos de quatro molares, que ajudava à mastigação da vegetação dura que fazia parte de sua alimentação.Com o domínio do fogo e a evolução de nossos processos de alimentação, os dentes passaram a não ter mais utilidade, justamente o que chamamos de dentes do siso. Contudo, descobriu-se que grande parte da população mundial não tem, ao menos, um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109004-conheca-7-curiosidades-sobre-o-dente-do-siso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentes de siso</a>, fruto de alguma mutação genética. Sorte que eles não fazem falta.<h2>3. Tolerância à lactose</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23090922506042.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Você talvez conheça alguém com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/99563-de-onde-vem-e-o-que-e-a-intolerancia-a-lactose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intolerância à lactose</a>, ou até mesmo seja essa pessoa. Mas sabia que, antigamente, há cerca de 10 mil anos, esse era algo natural? Como outros mamíferos, quando nos tornávamos adultos, deixávamos de produzir a enzima lactase, e não digeríamos mais o leite.Acontece que uma mutação no gene MCM6 fez com que alguns humanos seguissem produzindo a enzima. Não se sabe exatamente em que momento houve a predominância de quem produzia a tal enzima, mas a ligação deve estar próxima com a domesticação de animais como a vaca.<h2>4. Cabelos ruivos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23090627193039.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110449-misterio-resolvido-pesquisa-genetica-revela-da-onde-vem-os-ruivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelo ruivo</a> é uma mutação genética promovida em um gene recessivo, o MC1R, também responsável na produção de melanina. A mutação ocorrida nesse gene faz com que a produção de coloração marrom ou preta seja inferior ao normal, enquanto torna a produção de cor vermelha e alaranjada maior.Estimativas apontam que até 3% da população mundial seja ruiva, número pouco mais que 150 milhões de pessoas. Porém, como se trata de um gene recessivo, é provável que muitas pessoas o carreguem por aí, mas ele não se manifesta, já que precisa de outro gene para compor o par de cromossomos.<h2>5. Olhos azuis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/23/23090806427041.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Em um estudo relativamente recente, a humanidade ficou sabendo que as pessoas de olhos azuis no mundo são todas descendentes de um único ser humano. Há mais de 7.000 anos, na região do Mar Negro, uma mutação no gene OCA2, que controla a produção de melanina, regulador das cores em nosso organismo, levou a que o pigmento castanho dos olhos fosse transformado em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120673-por-que-alguns-povos-antigos-nao-enxergavam-a-cor-azul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">azul</a>.De acordo com o estudo conduzido pelo geneticista dinamarquês Hans Eiberg, essa hipótese poderia explicar a grande concentração de pessoas com olhos azuis na Europa, principalmente no leste europeu.<h2>6. Rubor asiático</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/24/24130608818196.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Quem tem amigos de ascendência asiática talvez já tenham visto que eles ficam com a pele do rosto ligeiramente vermelha após a ingestão de bebida alcoólica. Esse fenômeno, conhecido como rubor asiático, é causado por uma enzima inativa no fígado, a ALDH2.Depois de ingerido, o álcool vai ao intestino, depois para o sangue, até chegar aos tecidos do corpo, sendo, por fim, filtrado no fígado. Lá, o álcool é transformado, no fim do processo, em ácido acético, coordenado pela enzima ALDH2. Nos asiáticos que a tem inativa, esse processo é tão lento que causa o rubor. Estima-se que 40% da população do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109408-5-comidas-do-leste-asiatico-que-sao-sadicas-ao-extremo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leste asiático</a> tenha esse defeito na enzima.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:05.241Z

6 mutações genéticas típicas dos seres humanos

Imagem de Lobo-da-tasmânia: ciência vai ressuscitar animal extinto em 1936 no megacurioso

O último lobo-da-tasmânia morreu em um zoológico, mas pesquisadores estão confiantes na possibilidade de trazer esse animal de volta à vida

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120762-primeiro-animal-com-mil-patas-e-descoberto-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas australianos</a> do Laborat&oacute;rio de Pesquisa em Restaura&ccedil;&atilde;o Gen&ocirc;mica Integrada de Tilacino est&atilde;o confiantes na possibilidade de trazer o lobo-da-tasm&acirc;nia, animal j&aacute; extinto, de volta &agrave; vida. Para alcan&ccedil;ar esse objetivo, os pesquisadores usar&atilde;o sequenciamento gen&eacute;tico, tecnologia aperfei&ccedil;oada em seus laborat&oacute;rios gra&ccedil;as &agrave; generosidade de doa&ccedil;&otilde;es que somaram mais de US$ 3,6 milh&otilde;es.
Ainda que essa hist&oacute;ria possa lembrar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/46807-voce-sabia-que-a-extincao-dos-dinossauros-nao-foi-a-maior-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme Jurassic Park</a>, em que cientistas criam um grave problema ao ressuscitarem esp&eacute;cies j&aacute; extintas, a volta do lobo-da-tasm&acirc;nia &mdash; tamb&eacute;m conhecido em algumas l&iacute;nguas como tigre-da-tasm&acirc;nia &mdash; &eacute; vista com entusiasmo, pois ela pode ajudar a corrigir erros graves que a coloniza&ccedil;&atilde;o causou no ecossistema de regi&otilde;es da Oceania, como a Tasm&acirc;nia.
<h2>A morte do &uacute;ltimo lobo-da-tasm&acirc;nia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15123352303001.jpg" alt="&Uacute;ltimo exemplar conhecido de um lobo-da-tasm&acirc;nia (Fonte: Dom&iacute;nio P&uacute;blico)" />&Uacute;ltimo exemplar conhecido de um lobo-da-tasm&acirc;nia. (Fonte: Dom&iacute;nio P&uacute;blico)
Benjamin foi o &uacute;ltimo lobo-da-tasm&acirc;nia conhecido. Ele vivia em um zool&oacute;gico australiano e morreu no ano de 1936. A extin&ccedil;&atilde;o desse animal foi provocada pela ca&ccedil;a. Naquela &eacute;poca, fazendeiros acreditavam que esse bicho tinha potencial para ser um predador de rebanhos, principalmente de ovelhas. Assim, eles iniciaram uma guerra aos animais, que s&oacute; terminou com o &uacute;ltimo deles morto.
Como diz o ditado popular, &ldquo;as apar&ecirc;ncias enganam&rdquo;. Estudos desenvolvidos por pesquisadores da Universidade de New South Wales, em Sydney, mostram que esses animais jamais tiveram potencial para ser um problema para os fazendeiros, j&aacute; que tinham mand&iacute;bulas pequenas, incapazes de matar um animal de grande porte, como uma ovelha. Essa caracter&iacute;stica tornava a vida desses animais ainda mais dif&iacute;cil. Eles precisavam ca&ccedil;ar v&aacute;rios bichos pequenos para conseguir uma dieta adequada.
<h2>Os esfor&ccedil;os para trazer o lobo-da-tasm&acirc;nia dos mortos</h2>
Para tentar trazer esse animal de volta &agrave; vida, os pesquisadores precisaram ter acesso a uma c&eacute;lula viva de um animal parecido com o lobo-da-tasm&acirc;nia, nesse caso, um dunnart, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121167-afinal-de-contas-por-que-os-cangurus-pulam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo de marsupial</a> roedor. Depois, altera-se essa c&eacute;lula para que ela se torne uma c&eacute;lula de lobo-da-tasm&acirc;nia, clonando-a na sequ&ecirc;ncia.
Se bem-sucedido, esse processo pode gerar um embri&atilde;o que ser&aacute; implantado em outro animal que servir&aacute; como "barriga de aluguel". Esse processo, segundo os cientistas, poder&aacute; gerar indiv&iacute;duos saud&aacute;veis, capazes de viver na natureza. Os pesquisadores acreditam que os primeiros exemplares desses animais andar&atilde;o livremente em 10 anos.
<h2>A import&acirc;ncia dos lobos-da-tasm&acirc;nia para o ecossistema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/21/a-21182501740595.jpg" alt="a" />Dem&ocirc;nio-da-tasm&acirc;nia. (Fonte: Shutterstock)
Todo esse esfor&ccedil;o n&atilde;o est&aacute; sendo feito porque os cientistas acham os lobos-da-tasm&acirc;nia fofos. O que acontece &eacute; que sem esses predadores, houve uma desordem no ecossistema que tem gerado problemas para v&aacute;rias esp&eacute;cies, como o diabo-da-tasm&acirc;nia.
V&aacute;rios diabos-da-tasm&acirc;nia t&ecirc;m apresentado tumores. Isso ocorre porque sem seus predadores, mais indiv&iacute;duos doentes conseguem se reproduzir, aumentando o n&uacute;mero de animais predispostos a terem essa doen&ccedil;a. O problema est&aacute; levando esse animal &agrave; extin&ccedil;&atilde;o &mdash; e esse &eacute; apenas um dos exemplos das desordens causada por esse desequil&iacute;brio no ambiente onde vivem.

thumb-image-2024-02-29T14:06:04.788Z

Lobo-da-tasmânia: ciência vai ressuscitar animal extinto em 1936

Imagem de Milhares de pessoas descendem da realeza — e não fazem ideia disso no megacurioso

Especialistas em genealogia dizem que ter um antepassado nobre, como um rei, não é algo tão difícil assim

O que voc&ecirc; faria se descobrisse que seus antepassados <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121142-os-3-reis-mais-diabolicos-e-sanguinarios-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eram da realeza</a>? Ao contr&aacute;rio do que muita gente pensa, esse tipo de situa&ccedil;&atilde;o pode ser muito comum &mdash; t&atilde;o comum que rende assunto para uma temporada inteira de um programa de televis&atilde;o.
A rede brit&acirc;nica de televis&atilde;o BBC tem um programa chamado Who Do You Think you Are? ("quem voc&ecirc; pensa que &eacute;?" em portugu&ecirc;s). Nele, especialistas em genealogia buscam antepassados de celebridades brit&acirc;nicas. Normalmente, esses profissionais partem de registros, como cartas, documentos oficiais, fotos etc.
Al&eacute;m de descobrir as hist&oacute;rias de amor e os dramas vividos pelos seus antepassados, como foi o caso do ator Daniel Radcliffe, muitas celebridades descobrem que descendem da realeza brit&acirc;nica.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/yxsAFcUtW8k" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Toda celebridade descende da realeza?</h2>
Josh Widdicombe &eacute; um dos principais comediantes da Inglaterra, al&eacute;m de ter o seu pr&oacute;prio programa de entrevistas. Se esses n&atilde;o forem motivos suficientes para se orgulhar, ele agora tem mais um: &eacute; descendente do rei Eduardo I, que morreu h&aacute; 700 anos.
O ator Danny Dyer tamb&eacute;m foi outra celebridade que descobriu ser descendente da realeza brit&acirc;nica, o rei Eduardo III. Al&eacute;m deles, v&aacute;rias celebridades brit&acirc;nicas t&ecirc;m descoberto que t&ecirc;m membros da corte em suas &aacute;rvores geneal&oacute;gicas.
Talvez, voc&ecirc; esteja pensando: &ldquo;Bem, se celebridades t&ecirc;m antepassados reais, isso pode indicar que a concentra&ccedil;&atilde;o de renda na Inglaterra &eacute; t&atilde;o grande que, s&eacute;culos depois, os descendentes de reis ainda se destacam na sociedade&rdquo;. Esse pensamento at&eacute; teria l&oacute;gica se ser descendente da realeza fosse uma exclusividade das celebridades, mas n&atilde;o &eacute;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/21/21174901453561.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Genealogistas ouvidos pela BBC revelaram que milhares de brit&acirc;nicos compartilham galhos de suas &aacute;rvores geneal&oacute;gicas. Em muitos desses galhos, existem membros da nobreza, inclusive reis e rainhas. Sendo assim, n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil que uma pessoa comum da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121163-425-corpos-sao-encontrados-em-escavacao-na-gra-bretanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inglaterra tenha antepassados nobres</a>. O dif&iacute;cil &eacute; conseguir comprovar isso, por meio de documentos que sustentem essa afirma&ccedil;&atilde;o.
<h2>Testes de DNA podem apresentar pistas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://img.freepik.com/fotos-gratis/album-de-fotos-antigo-nos-bracos-da-mulher-tanga-linda_8353-1397.jpg?t=st=1647286075~exp=1647286675~hmac=f70a609c3d5c49d9efffb90725e7f81b3c00d845d8b0fd6a0ed0f59a7d2b0307&amp;w=740"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14162928541173.jpg" alt="(Fonte: Freepik)" />(Fonte: Freepik)
O laborat&oacute;rio analisa essa amostra e cruza os resultados com bancos de dados geneal&oacute;gicos. Esses bancos t&ecirc;m informa&ccedil;&otilde;es do mundo todo. Assim, &eacute; poss&iacute;vel saber a origem de at&eacute; oito gera&ccedil;&otilde;es anteriores &agrave; sua. Com essa informa&ccedil;&atilde;o, j&aacute; d&aacute; para saber onde pesquisar por documentos, n&atilde;o &eacute; mesmo?
O avan&ccedil;o na an&aacute;lise de dados gen&eacute;ticos vai al&eacute;m da mera curiosidade individual. Pesquisadores da Universidade de Oxford criaram algo parecido com uma &aacute;rvore geneal&oacute;gica da esp&eacute;cie humana, analisando 27 milh&otilde;es de ancestrais da nossa esp&eacute;cie.
&ldquo;N&oacute;s basicamente constru&iacute;mos uma &aacute;rvore geneal&oacute;gica gigante, que monta de forma precisa a hist&oacute;ria de toda a variedade gen&eacute;tica humana existente hoje. Essa genealogia nos permite ver como a sequ&ecirc;ncia gen&eacute;tica de uma pessoa se relaciona com outras em cada ponto de um genoma&rdquo;, disse o pesquisador Yan Wong em um comunicado divulgado &agrave; imprensa.
Al&eacute;m disso, amostras gen&eacute;ticas tamb&eacute;m s&atilde;o usadas nas resolu&ccedil;&otilde;es de crimes, inclusive aqui no Brasil.

thumb-image-2024-02-29T14:06:04.776Z

Milhares de pessoas descendem da realeza — e não fazem ideia disso

Imagem de O que é o DNA e como ele se parece? no megacurioso

Mesmo após 69 anos da descoberta do formato das fitas de DNA, pesquisadores ainda estão coletando mais informações sobre o tema

<head></head><body>No dia 25 de abril de 1953, os pesquisadores Francis Crick e James Watson publicaram pela primeira vez um artigo inovador que indicava que o formato original do nosso DNA era uma dupla hélice. Entretanto, essa análise não havia sido diretamente, uma vez que o objeto em questão era pequeno demais para ser observado.As respostas vieram após uma série de cálculos e imagens provenientes da difração dos raios-X — o que ajudou na criação de um modelo de DNA. Mas será que nós sabemos exatamente como esse composto orgânico que carrega todas as instruções genéticas do nosso corpo realmente se parece? Veja só tudo o que sabemos sobre o tema durante os próximos parágrafos!<h2>O que é o DNA?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22111611401160.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)O ácido desoxirribonucleico, ou simplesmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a>, é feito de um conjunto de moléculas chamadas nucleotídeos. Cada uma dessas moléculas é composta por três elementos: um grupo de fosfato, que é um átomo de fósforo ligado a quatro átomos de oxigênio; uma molécula de açúcar; e uma base nitrogenada, que pode ser adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina (C).Os nucleotídeos se unem para formar duas fitas espiraladas que criam a estrutura chamada de dupla hélice. Conforme os modelos digitalizados mostram, o DNA seria semelhante a uma escada, onde as moléculas de fosfato e açúcar seriam os lados e ligações de bases nitrogenadas — que variam entre adenina com timina (AT) e guanina com citosina (GC) — seriam os degraus. A ordem das bases nitrogenadas em uma sequência de DNA forma os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120765-seus-genes-podem-fazer-voce-gostar-de-cafe-preto-e-amargo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes</a>.&nbsp;De maneira resumida, o DNA é um composto orgânico cujas moléculas carregam todas as instruções genéticas para coordenar o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e até mesmo alguns vírus. Ele é responsável por transmitir as características hereditárias de casa espécie, que estão sendo armazenadas pelos genes.&nbsp;<h2>Como é o verdadeiro DNA?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/22/22111500370159.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A estrutura de dupla hélice tornou-se extremamente icônica na hora de representar o DNA em livros de biologia ou em páginas na internet. Em todo canto, podemos encontrar esse tipo de modelo sendo divulgado e recriado em diferentes bancos de imagem.&nbsp;Porém, o que sabemos até hoje sobre como essa estrutura orgânica realmente é? Nós sabemos que a dupla hélice existe pois esse é o único padrão de formato que explicaria os padrões de difração de raios-X observados por Rosalind Franklin no passado e também pelas inúmeras pesquisas feitas sobre o tema até hoje.&nbsp;Mesmo assim, isso não é algo que podemos ver claramente através de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110005-11-partes-do-corpo-humano-vistas-sob-um-microscopio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microscópio</a>. Uma fita de dupla hélice tem cerca de 2 nanômetros de largura. Ou seja, somente o seu dedo é pelo menos 5 milhões de vezes maior que isso. Com a criação de novos equipamentos com lentes de aumento, esse cenário pode acabar mudando nos próximos anos, mas ainda não estamos lá.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:01.887Z

O que é o DNA e como ele se parece?

Imagem de Descubra como funcionam os testes de gravidez de farmácia no megacurioso

Maneira simples e segura de descobrir se uma mulher está grávida, os testes de gravidez de farmácia são 99% precisos

Os testes de gravidez vendidos em farm&aacute;cia s&atilde;o uma maneira bem simples e relativamente r&aacute;pida de descobrir se a mulher est&aacute; gr&aacute;vida ou n&atilde;o. O resultado &eacute; obtido a partir da aferi&ccedil;&atilde;o do beta HCG, sigla para gonadotrofina cori&ocirc;nica humana, produzido durante a gesta&ccedil;&atilde;o e presente na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118856-6-contribuicoes-curiosas-do-xixi-para-a-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urina</a>.
Desde que realizado da maneira correta e no per&iacute;odo certo, os testes de gravidez vendidos em farm&aacute;cia s&atilde;o bastante confi&aacute;veis. O m&eacute;todo costuma ter precis&atilde;o de 99%, vamos entender um pouco mais sobre seu funcionamento.
<h2>Fa&ccedil;a o teste ap&oacute;s o primeiro dia de atraso da menstrua&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25140747870232.jpg" alt="(Fonte: Ana Maria/UOL)" />(Fonte: Ana Maria/UOL)
O atraso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119109-menstruacao-3-metodos-alternativos-ao-absorvente-tradicional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">menstrua&ccedil;&atilde;o</a> costuma ser um sinal de alerta para muitas mulheres. A d&uacute;vida sobre a possibilidade de um beb&ecirc; estar a caminho &eacute; costumeira, fazendo com que muitas pessoas corram &agrave; farm&aacute;cia mais pr&oacute;xima em busca de uma caixinha das diferentes marcas comercializadas de testes de gravidez.
O primeiro passo &eacute; que a mulher fa&ccedil;a o exame apenas ap&oacute;s o primeiro dia do atraso menstrual. Se este for o seu caso, &eacute; importante entender que o procedimento pode dar resultado negativo.&nbsp;
Ainda assim, a menstrua&ccedil;&atilde;o pode seguir atrasada. Se os sintomas sugestivos de gravidez persistirem, como leve corrimento vaginal cor-de-rosa ou mamas doloridas, voc&ecirc; pode repetir o teste entre 3 e 5 dias, porque os n&iacute;veis do horm&ocirc;nio beta HCG podem estar elevados, sendo mais f&aacute;cil detect&aacute;-lo.
<h2>Como fazer o teste de gravidez de farm&aacute;cia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25141012980234.jpg" alt="(Fonte: MD Sa&uacute;de)" />(Fonte: MD Sa&uacute;de)
Idealmente, a mulher deve fazer o teste usando a primeira urina da manh&atilde;, pois haver&aacute; maior concentra&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114300-medicos-testam-hormonios-femininos-no-combate-a-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">horm&ocirc;nios</a>. De toda forma, isso n&atilde;o inviabiliza a realiza&ccedil;&atilde;o do teste, que segue sendo confi&aacute;vel mesmo se feito em outro per&iacute;odo do dia.
Cada marca pode ter suas especificidades, variando a maneira de executar o teste de gravidez de farm&aacute;cia. De modo a garantir o m&aacute;ximo de confiabilidade, siga sempre as orienta&ccedil;&otilde;es presentes na bula do teste de gravidez. Geralmente, as instru&ccedil;&otilde;es s&atilde;o as seguintes:
<ol>
<li>Urine em um recipiente limpo e seco.</li>
<li>Tire a tampa do teste e mergulhe a ponta absorvente na urina por alguns segundos.</li>
<li>Coloque o teste em uma superf&iacute;cie plana. O resultado costuma aparecer entre 1 e 5 minutos depois.</li>
</ol>
<h2>Como saber se o teste deu positivo ou negativo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25141306870236.jpg" alt="(Fonte: Marie Stopes)" />(Fonte: Marie Stopes)
Ap&oacute;s concluir as orienta&ccedil;&otilde;es acima e aguardar o tempo indicado para que o dispositivo conclua o teste, os resultados podem ser:
<ul>
<li>Duas riscas: positivo, indica gravidez.</li>
<li>Uma risca: negativo, indica n&atilde;o haver gravidez ou que ainda &eacute; cedo para detect&aacute;-la.</li>
<li>"+": positivo, indica gravidez.</li>
<li>"-": negativo, indica n&atilde;o haver gravidez ou que ainda &eacute; cedo para detect&aacute;-la.</li>
</ul>
<h2>O teste de gravidez de farm&aacute;cia n&atilde;o substitui a import&acirc;ncia de uma consulta ginecol&oacute;gica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25141452902238.jpg" alt="(Fonte: Dra. Patricia Varella)" />(Fonte: Dra. Patricia Varella)
Falsos positivos s&atilde;o muito raros. Quando ocorrem, est&atilde;o conectados &agrave; m&aacute; utiliza&ccedil;&atilde;o do produto, ou &agrave; validade vencida. Existe a rar&iacute;ssima <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119348-6-fatos-interessantes-sobre-a-gravidez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> qu&iacute;mica, em que o corpo feminino produz o beta HCG mesmo sem estar gestando.
J&aacute; falso negativo, mesmo que incomum, pode vir a acontecer por uma s&eacute;rie de raz&otilde;es. Realizar o exame antes do prazo m&iacute;nimo, por exemplo, pode resultar em falso negativo. Ingest&atilde;o de l&iacute;quido em excesso tamb&eacute;m pode dificultar a detec&ccedil;&atilde;o do horm&ocirc;nio, ou at&eacute; no caso de que voc&ecirc; utilize medicamentos para fertilidade que contenham o beta HCG.
Atualmente, alguns testes de gravidez, conhecidos como "antecipados", conseguem detectar uma poss&iacute;vel gravidez at&eacute; 6 dias antes do atraso da menstrua&ccedil;&atilde;o. Mas &eacute; importante que repita o teste no primeiro dia do atraso menstrual. De toda maneira, n&atilde;o esque&ccedil;a de consultar um ginecologista de sua confian&ccedil;a.

thumb-image-2024-02-29T14:05:59.391Z

Descubra como funcionam os testes de gravidez de farmácia

Imagem de 5 ensinamentos sobre saúde obtidos com pesquisas sobre gêmeos no megacurioso

Pesquisas realizadas com gêmeos já forneceram informações valiosas sobre nossa saúde. Conheça 5 casos em que isso ocorreu

Quem nunca viu <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120797-gemeos-nascem-em-anos-diferentes-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">g&ecirc;meos</a> e come&ccedil;ou a fabular se eles dividiam sonhos, desejos, dores e pensamentos? At&eacute; a Ci&ecirc;ncia j&aacute; se debru&ccedil;ou em extensos artigos sobre as diferen&ccedil;as comportamentais e de sa&uacute;de entre eles.
Mas voc&ecirc; sabia que as pesquisas com g&ecirc;meos j&aacute; deram &agrave; humanidade respostas importantes sobre nossa sa&uacute;de? Ent&atilde;o nos acompanhe para conhecer algumas destas revela&ccedil;&otilde;es.
<h2>1. Tabagismo e as fraturas &oacute;sseas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/16/16155445560002.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)." />(Fonte: Unsplash).
Pesquisadores australianos, em 1994, realizaram um trabalho em que compararam 20 pares de mulheres g&ecirc;meas, dentre as quais apenas uma de cada par era fumante h&aacute; bastante tempo.
Foi poss&iacute;vel concluir que consumir um ma&ccedil;o de cigarros por dia, ao longo de 20 anos, aumentou a perda de densidade &oacute;ssea. Na pr&aacute;tica, essa perda poderia levar ao desenvolvimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bem-estar/80181-luz-infravermelha-e-malhacao-podem-afastar-osteoporose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">osteoporose</a>, o que dobraria o risco de ocorrer fraturas.
<h2>2. Problemas anteriores ao parto n&atilde;o s&atilde;o, necessariamente, a causa de epilepsia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/16/16155707639003.jpg" alt="(Fonte: iStockPhoto)." />(Fonte: iStockPhoto).
Desde a d&eacute;cada de 1960, estudos com g&ecirc;meos foram realizados demonstrando que uma mistura de genes e ambiente causava epilepsia, grupo de dist&uacute;rbios nos quais a atividade cerebral &eacute; anormal, e o principal sintoma s&atilde;o as convuls&otilde;es.
At&eacute; o in&iacute;cio da d&eacute;cada de 1990, obstetras e parteiras, por vezes, eram considerados culpados de causar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114883-algoritmo-de-rede-cerebral-pode-ajudar-no-combate-a-epilepsia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epilepsia</a>, j&aacute; que se acreditava que problemas ocorridos durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120661-parto-empelicado-a-ocorrencia-considerada-rarissima-por-medicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parto</a> fossem decisivos em causar estes eventos. Essa percep&ccedil;&atilde;o mudou a partir de 1993, quando um estudo realizado com g&ecirc;meos n&atilde;o encontrou rela&ccedil;&atilde;o entre problemas durante o parto e o desenvolvimento de epilepsia.
<h2>3. G&ecirc;meos id&ecirc;nticos s&atilde;o mais diferentes do que imaginamos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/16/16155911201004.jpg" alt="(Fonte: Brein in Actie)." />(Fonte: Brein in Actie).
Ainda que pare&ccedil;am iguais, quase como c&oacute;pias, g&ecirc;meos geneticamente id&ecirc;nticos t&ecirc;m diferen&ccedil;as estruturais e funcionais em seus genes, causadas por uma sequ&ecirc;ncia de eventos aleat&oacute;rios e experi&ecirc;ncias individuais no &uacute;tero.
Ainda que o local em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/22145-ovulos-humanos-criados-em-laboratorio-podem-ser-o-futuro-da-reproducao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&oacute;vulo fertilizado</a> se instale seja aleat&oacute;rio, h&aacute; alguns mais favor&aacute;veis ao crescimento do feto. Para g&ecirc;meos que se dividem antes de chegarem ao &uacute;tero, isso pode resultar na instala&ccedil;&atilde;o dos &oacute;vulos em locais diferentes, repercutindo de maneiras distintas no desenvolvimento dos beb&ecirc;s. Por essa raz&atilde;o, irm&atilde;os g&ecirc;meos podem apresentar diferen&ccedil;a de peso, por exemplo.
<h2>4. Leucemia se origina antes do nascimento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/16/16160113217005.jpg" alt="(Fonte: Vida e A&ccedil;&atilde;o)." />(Fonte: Vida e A&ccedil;&atilde;o).
O desenvolvimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113192-leucemia-casos-crescem-entre-quem-trabalhou-no-11-de-setembro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leucemia</a> (c&acirc;ncer do sangue) tem rela&ccedil;&atilde;o com uma mudan&ccedil;a da sequ&ecirc;ncia gen&eacute;tica dos gl&oacute;bulos sangu&iacute;neos. Contudo, como essas mudan&ccedil;as apresentam caracter&iacute;sticas muito particulares, n&atilde;o se sabia quando estas mudan&ccedil;as ocorreriam. Tudo mudou quando g&ecirc;meos id&ecirc;nticos foram diagnosticados com leucemia originada da mesma c&eacute;lula.
Essa descoberta possibilitou aos pesquisadores concluir que a leucemia havia iniciado em um dos g&ecirc;meos e se espalhado pelos vasos sangu&iacute;neos da placenta compartilhada. Mesmo com o in&iacute;cio da leucemia anterior ao parto, o c&acirc;ncer progrediu de maneiras diferentes entre os g&ecirc;meos, inclusive com diagn&oacute;stico em idades distintas.
<h2>5. G&ecirc;meos id&ecirc;nticos ou fraternos?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Jovem Nerd&nbsp;" data-fonte-url="https://uploads.jovemnerd.com.br/wp-content/uploads/2021/09/irmaos-gemeos-sequencia-arnold-schwarzenegger-danny-devito-tracy-morgan.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/16/16160453952006.jpg" alt="(Fonte: Jovem Nerd)." />(Fonte: Jovem Nerd).
G&ecirc;meos id&ecirc;nticos se originam a partir da divis&atilde;o do &oacute;vulo fertilizado, compartilhando quase a totalidade do DNA e sendo, geralmente, do mesmo sexo. J&aacute; os g&ecirc;meos fraternos s&atilde;o resultados da fertiliza&ccedil;&atilde;o de dois &oacute;vulos quase concomitantemente, sendo geneticamente diferentes como qualquer outra dupla de irm&atilde;os, e podem ou n&atilde;o ser do mesmo sexo.
Ao contr&aacute;rio do imagin&aacute;rio coletivo, muitos g&ecirc;meos n&atilde;o sabem de qual tipo s&atilde;o. Para auxili&aacute;-los, o instituto de pesquisa Twins Research Australia desenvolveu um teste capaz de elucidar a quest&atilde;o. A partir de "impress&otilde;es digitais gen&eacute;ticas" do DNA, &eacute; poss&iacute;vel descobrir se os g&ecirc;meos s&atilde;o id&ecirc;nticos ou fraternos. Uma pesquisa desse mesmo instituto descobriu que quase um ter&ccedil;o dos g&ecirc;meos tinham sua identidade gen&eacute;tica errada ou incerta.

thumb-image-2024-02-29T14:05:58.681Z

5 ensinamentos sobre saúde obtidos com pesquisas sobre gêmeos

Imagem de Conheça a tribo nômade que nada até 60 metros debaixo da água no megacurioso

Nativos da tribo Bajau, que vive nas águas do sudeste asiático, conseguem prender a respiração por muito mais tempo do que o normal

A maioria das pessoas consegue prender a respira&ccedil;&atilde;o por alguns segundos ao mergulhar &mdash; no m&aacute;ximo alguns minutos, quando a pessoa &eacute; bem treinada. Se o mergulho for mais fundo, &eacute; recomendado usar equipamentos, como m&aacute;scaras e cilindros de oxig&ecirc;nio.&nbsp;
J&aacute; os nativos da tribo Bajau, que vivem nas &aacute;guas do sudeste asi&aacute;tico, conseguem prender a respira&ccedil;&atilde;o por at&eacute; 13 minutos, nadando a uma profundidade em torno de 60 metros &mdash; usando apenas &oacute;culos ou m&aacute;scaras artesanais, de madeira, al&eacute;m de pesos para afundar. S&oacute; isso.&nbsp;
A tribo Bajau &eacute; formada por "n&ocirc;mades do mar", que vivem em casebres suspensos na &aacute;gua e tiram todo seu sustento dela. Diariamente, v&aacute;rios membros do cl&atilde; passam mais de metade do dia literalmente mergulhados, ca&ccedil;ando peixes e frutos do mar, al&eacute;m de coletar conchas para o artesanato das mulheres. Ao todo, cerca de 1 milh&atilde;o de pessoas se identificam como Bajau na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120074-indonesia-destroi-habitat-de-dragoes-de-komodo-para-construir-resort.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indon&eacute;sia</a>, Filipinas e Mal&aacute;sia &mdash; a maioria delas seguindo o estilo de vida marinho.&nbsp;
A capacidade dos Bajau intrigou a Ci&ecirc;ncia: Melissa Llardo, pesquisadora da Universidade de Copenhagen, foi at&eacute; a Indon&eacute;sia para estudar os "n&ocirc;mades do mar".&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10211230324000.jpg" alt="Imagem: Melissa Llardo/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Imagem: Melissa Llardo/Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2 class="uk-text-justify">Treino ou gen&eacute;tica?</h2>
Uma pesquisa anterior ofereceu uma hip&oacute;tese para a capacidade incr&iacute;vel de mergulho da tribo Bajau: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/viagem/76132-st-regis-lhasa-e-o-primeiro-hotel-de-luxo-do-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tibetanos</a>, acostumados a respirar no ar rarefeito das montanhas, realmente t&ecirc;m altera&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas por causa disso. Acredita-se que, h&aacute; milh&otilde;es de anos, o povo da regi&atilde;o adquiriu esses genes de outros homin&iacute;deos &mdash; e a sele&ccedil;&atilde;o natural fez o resto, at&eacute; hoje.&nbsp;
Ent&atilde;o, a pesquisadora Llardo foi conhecer os nativos Bajau e fez exames em v&aacute;rios deles. Uma caracter&iacute;stica que chamou aten&ccedil;&atilde;o foi o tamanho do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116845-mulher-com-dor-na-barriga-descobre-que-baco-saiu-do-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ba&ccedil;o</a>: o &oacute;rg&atilde;o &eacute; at&eacute; 50% maior do que em outra tribo da regi&atilde;o, que vive em terra firme.&nbsp;
Al&eacute;m disso, mesmo as mulheres da tribo &mdash; que n&atilde;o passam tanto tempo embaixo da &aacute;gua &mdash; t&ecirc;m essa caracter&iacute;stica. Logo, n&atilde;o se trata de um simples caso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118298-croata-fica-mais-de-24-minutos-sem-respirar-e-bate-recorde-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">treinamento de apneia</a>. &Eacute; a gen&eacute;tica Bajau. A equipe de cientistas mapeou o genoma dos nativos e encontrou altera&ccedil;&otilde;es em 25 locais, com destaque para o gene PDE10A, que est&aacute; relacionado ao tamanho do ba&ccedil;o.
<ul class="uk-text-justify">
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leia mais sobre gen&eacute;tica no Mega Curioso</a></li>
</ul>
Segundo Llardo, outros mam&iacute;feros que mergulham por bastante tempo tamb&eacute;m t&ecirc;m o ba&ccedil;o de tamanho avantajado &mdash; as focas, por exemplo. Ainda resta descobrir se &eacute; apenas o tamanho do &oacute;rg&atilde;o que faz essa diferen&ccedil;a toda e tamb&eacute;m como os Bajau desenvolveram essa caracter&iacute;stica.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10211612512007.jpg" alt="Imagem: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Imagem: NPR/Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2 class="uk-text-justify">O tanque de oxig&ecirc;nio natural</h2>
Voc&ecirc; talvez n&atilde;o saiba, mas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116845-mulher-com-dor-na-barriga-descobre-que-baco-saiu-do-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ba&ccedil;o</a> &eacute; t&atilde;o importante para o mergulho quanto um pulm&atilde;o com bastante f&ocirc;lego. A ci&ecirc;ncia explica que nosso organismo entra em um "modo de sobreviv&ecirc;ncia" assim que mergulhamos o rosto na &aacute;gua: os vasos sangu&iacute;neos se contraem, para direcionar o sangue com oxig&ecirc;nio para os &oacute;rg&atilde;os vitais, e o ba&ccedil;o tamb&eacute;m se contrai.
Isso porque esse &oacute;rg&atilde;o armazena gl&oacute;bulos vermelhos com oxig&ecirc;nio fresco e pode fornec&ecirc;-los, quando necess&aacute;rio &mdash; &eacute; quase um tanque de oxig&ecirc;nio do pr&oacute;prio organismo. Por isso, ter esse tanque com "capacidade maior" ajuda muito o estilo de vida dos Bajau. Tamb&eacute;m pode ajudar a Ci&ecirc;ncia a entender o fen&ocirc;meno da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120435-consumo-de-sal-causa-reacao-surpreendente-no-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hip&oacute;xia</a>, uma falta aguda de oxig&ecirc;nio, que faz tantas v&iacute;timas em centros m&eacute;dicos &mdash; Llardo acredita que sua pesquisa pode ser &uacute;til nesse aspecto. &nbsp;
Por fim, &eacute; importante observar que essa capacidade incr&iacute;vel de mergulho pode n&atilde;o ser o suficiente para a sobreviv&ecirc;ncia dos Bajau. A presen&ccedil;a de barcos de pesca est&aacute; tirando o sustento dos nativos. Al&eacute;m disso, eles n&atilde;o t&ecirc;m cidadania dos pa&iacute;ses da regi&atilde;o, e muitos est&atilde;o preferindo migrar para as terras da Indon&eacute;sia em busca de uma vida melhor.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:57.830Z

Conheça a tribo nômade que nada até 60 metros debaixo da água

Imagem de A domesticação diminuiu o cérebro dos animais ao longo das gerações no megacurioso

Cachorros, por exemplo, não são mansos e dóceis à toa

Estima-se que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119451-como-os-caes-se-tornaram-os-melhores-amigos-das-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&atilde;es</a> se separaram dos lobos h&aacute; cerca de 27 a 40 mil anos, com o 1&deg; enterro de cachorro datado de 12.200 a.C. Assim, foi nessa &eacute;poca que os humanos come&ccedil;aram a domesticar os animais, fazendo do cachorro o mais antigo de todos "nessa arte".
As pessoas amam ver um cachorrinho obedecer &agrave;s ordens de seu dono, sentando-se ou pulando quando ordenado, bem como buscando um graveto ou passando por circuitos em competi&ccedil;&otilde;es.
Mas, no final das contas, a domestica&ccedil;&atilde;o &eacute; um processo de tortura para o c&eacute;rebro do animal. Por ordem, ovelhas, porcos, gado, cavalos e cachorros compartilham a mesma intelig&ecirc;ncia social d&oacute;cil e &aacute;vida por agradar porque a domestica&ccedil;&atilde;o tornou os c&eacute;rebros deles menores no decorrer de gera&ccedil;&otilde;es.
<ul class="uk-text-justify">
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/animais" target="_blank">Leia mais sobre animais no Mega Curioso</a></li>
</ul>
<h2 class="uk-text-justify">A s&iacute;ndrome da domestica&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05201015617036.jpg" alt="(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Conforme uma pesquisa publicada ano passado na Royal Publishing Society, os porcos domesticados t&ecirc;m c&eacute;rebros 35% menores do que os javalis, o que constitui o fen&ocirc;meno chamado s&iacute;ndrome da domestica&ccedil;&atilde;o, o qual &eacute; um conjunto de efeitos colaterais que ocorre em todos os animais sujeitos a esse processo.
O estudo valida o sentido intuitivo de que os cachorros domesticados se tornam est&uacute;pidos, como crian&ccedil;as dependentes, cujas mentes se atrofiam por falta de sofrimento.
Os nossos ancestrais observaram quais animais pareciam mais d&oacute;ceis e mais f&aacute;cil de serem controlados, assim os criaram ao longo das gera&ccedil;&otilde;es dessa forma, para que a anatomia do c&eacute;rebro desses bichos fosse modificada, indo contra a natureza deles. Isso acontece com os cavalos desde 3.000 a.C.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;AnimalPaw&nbsp;" data-fonte-url="https://animalpaw.ru/images/jXsycnMiYMsUSat6ODJqFmAzv44VUoZSI_n36WQIBNE/fill/1024/0/no/1/aHR0cDovL21pbmlvOjkwMDAvYW5pbWFscGF3LzIwMTktMTAtMTYvaXN0b3JpaWEtcHJpcnVjaGVuaWlhLWRvbWFzaG5pa2gtemhpdm90bnlraC0xLmpwZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05201258633038.jpg" alt="(Fonte: AnimalPaw/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: AnimalPaw/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A docilidade que caracteriza a s&iacute;ndrome acontece porque os c&eacute;rebros de animais domesticados encolhem em regi&otilde;es espec&iacute;ficas, como nas partes envolvidas no monitoramento de perigos ambientais, ou seja, sua resposta em uma situa&ccedil;&atilde;o entre fugir ou lutar &eacute; moderada. Isso significa que os animais est&atilde;o mais propensos a reagir menos agressivamente a uma amea&ccedil;a em potencial, n&atilde;o se importando em rolar e realizar truques para se alimentar.
Cabras, ovelhas, vacas, porcos, c&atilde;es e coelhos t&ecirc;m orelhas ca&iacute;das, focinhos mais curtos, pelos mais claros e padr&otilde;es de cores manchados porque as mudan&ccedil;as morfol&oacute;gicas acontecem em 100% de toda a linhagem de animais domesticados, que passam isso por meio dos genes.
<h2 class="uk-text-justify">Gen&eacute;tica alterada &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05201412180039.jpg" alt="(Fonte: CBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A revista Genetics publicou um estudo em 2014 dissecando a explica&ccedil;&atilde;o unificada, uma teoria que mostra a exist&ecirc;ncia de um conjunto espec&iacute;fico de c&eacute;lulas chamadas "c&eacute;lulas da crista neural", que influenciam o desenvolvimento de todas as caracter&iacute;sticas de cada animal domesticado, incluindo a mansid&atilde;o.
Durante o desenvolvimento do animal no &uacute;tero, as c&eacute;lulas da crista neural "viajam" para os ouvidos e formam a cartilagem, a pele para criar cor e o nariz para aumentar o comprimento, chegando a se instalar at&eacute; nos rins para induzir a produ&ccedil;&atilde;o de adrenalina, respons&aacute;vel por alimentar a resposta de lutar ou fugir. A baixa quantidade de c&eacute;lulas desse tipo &eacute; o fator respons&aacute;vel por transformar um lobo em um cachorrinho d&oacute;cil.
Em 1960, o Instituto de Citologia e Gen&eacute;tica da Academia Russa de Ci&ecirc;ncias pegou 130 raposas prateadas e come&ccedil;ou a cri&aacute;-las para serem mansas, sob a supervis&atilde;o do geneticista Dmitry Belyaev.
Dezenove anos depois, como aponta uma mat&eacute;ria do Washington Post&nbsp;de 1979, Belyaev notou mudan&ccedil;as f&iacute;sicas nos animais, como pele manchada, cauda enrolada, orelhas curtas e outras altera&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
O experimento foi muito criticado, com a maioria das pessoas dizendo que as raposas eram mais domesticadas do que a maioria dos animais, tentando encontrar uma maneira de justificar a pr&aacute;tica cont&iacute;nua que deforma o comportamento animal.

thumb-image-2024-02-29T14:05:57.624Z

A domesticação diminuiu o cérebro dos animais ao longo das gerações

Imagem de De pé e andando: a história da mobilidade humana no megacurioso

Tornar-se bípede foi fundamental para o processo evolutivo da humanidade

A&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/40008-8-fatos-que-voce-ainda-nao-sabia-sobre-a-evolucao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&ccedil;&atilde;o humana</a> &eacute; um tema que fascina a todos, certamente, e um fator importante nesse processo foi o momento em que os seres humanos come&ccedil;aram a andar, mais especificamente sobre as duas pernas.
Mesmo sendo tarefa dif&iacute;cil precisar com exatid&atilde;o esse momento, os estudos de muitos antrop&oacute;logos j&aacute; s&atilde;o capazes de nos dar uma dimens&atilde;o interessante sobre nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/39352-novo-estudo-sugere-que-postura-ereta-e-determinada-por-abertura-no-cranio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bipedismo</a> e como ele foi fundamental em nosso processo evolutivo.
Pesquisas j&aacute; encontraram f&oacute;sseis com ind&iacute;cios de bipedismo com mais de 4 milh&otilde;es de anos. A 1&ordf; descoberta foi feita na Eti&oacute;pia e trata-se do Ardipithecus ramidus. Seus ossos indicavam bipedismo, com o p&eacute; tendo uma estrutura que permitia dar passos com impulso dos dedos, tal como n&oacute;s fazemos hoje, algo que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116332-primatas-com-cerebros-maiores-nao-sao-mais-inteligentes-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&iacute;mios</a> que caminham sobre 4 patas n&atilde;o fazem.
<ul class="uk-text-justify">
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leia mais sobre evolu&ccedil;&atilde;o no Mega Curioso</a></li>
</ul>
<h2 class="uk-text-justify">Como o bipedismo interferiu na evolu&ccedil;&atilde;o da humanidade?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04205314630487.jpg" alt="Com as m&atilde;os livres, os homin&iacute;nios poderiam construir ferramentas para uso no cotidiano. (Fonte: Getty Images)" />Com as m&atilde;os livres, os homin&iacute;nios poderiam construir ferramentas para uso no cotidiano. (Fonte: Getty Images)
&Eacute; prov&aacute;vel que &ldquo;Ardi&rdquo;, como foi apelidada essa descoberta, n&atilde;o andasse como n&oacute;s, mas esses ind&iacute;cios ajudam a compreender a evolu&ccedil;&atilde;o do homem sobre diferentes aspectos. O bipedismo n&atilde;o tem rela&ccedil;&atilde;o com correr mais r&aacute;pido, j&aacute; que essa era uma habilidade de muitos animais de quatro patas, muitos at&eacute; mais velozes do que os humanos.
A hip&oacute;tese mais aceita para a sele&ccedil;&atilde;o natural de homin&iacute;nios b&iacute;pedes&nbsp;trata da necessidade de libera&ccedil;&atilde;o das m&atilde;os para execu&ccedil;&atilde;o de outras tarefas, como a cria&ccedil;&atilde;o de ferramentas, por exemplo. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119926-como-a-camuflagem-ajudou-na-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sele&ccedil;&atilde;o natural</a> acontecia de modo a manter vivos os seres capazes de agarrar e segurar objetos, permitindo, por exemplo, que m&atilde;es carregassem seus beb&ecirc;s, al&eacute;m da coleta e transporte de alimentos.
Com as m&atilde;os livres, como dissemos acima, era poss&iacute;vel a constru&ccedil;&atilde;o de ferramentas, o que facilitou a execu&ccedil;&atilde;o de tarefas e a resolu&ccedil;&atilde;o de problemas de novas maneiras, fazendo que os c&eacute;rebros e as habilidades cognitivas desses primeiros homin&iacute;nios tamb&eacute;m fossem desenvolvidas.
Com as ferramentas e a possibilidade de carregar alimentos, o pr&oacute;ximo passo foi a capacidade de migrar para longas dist&acirc;ncias, dominando&nbsp;h&aacute;bitats e regi&otilde;es novos.
<h2 class="uk-text-justify">A descoberta de Lucy</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.elimparcial.com/__export/1615640415235/sites/elimparcial/img/2021/03/13/_117497121_gettyimages-76363238.jpg_673822677.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04205535037488.jpg" alt="&ldquo;Lucy&rdquo; foi uma descoberta important&iacute;ssima na formula&ccedil;&atilde;o das hip&oacute;teses sobre o bipedismo humano. (Fonte: Getty Images)" />&ldquo;Lucy&rdquo; foi uma descoberta important&iacute;ssima na formula&ccedil;&atilde;o das hip&oacute;teses sobre o bipedismo humano. (Fonte: Getty Images)
Descobertas mais recentes corroboraram as pesquisas anteriores. Um exemplo disso foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117827-cientistas-usam-reconstrucao-facial-para-corrigir-rosto-de-lucy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lucy</a>, f&oacute;ssil da esp&eacute;cie Australopithecus afarensis&nbsp;cujos ossos da coxa mostraram aos pesquisadores que ela caminhava ereta sobre as duas pernas. Descobertas posteriores de outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;sseis</a> da mesma esp&eacute;cie indicaram o mesmo.
Na mesma regi&atilde;o em que encontraram Lucy, os antrop&oacute;logos descobriram pegadas fossilizadas com cerca de 3,6 milh&otilde;es de anos. Esses rastros se estendem por cerca de 30 metros e t&ecirc;m 70 impress&otilde;es individuais que indicam a presen&ccedil;a de ao menos tr&ecirc;s indiv&iacute;duos caminhando eretos sobre os dois p&eacute;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04205743585489.jpg" alt="O bipedismo permitiu que o ser humano conquistasse regi&otilde;es, preservasse a esp&eacute;cie e se desenvolvesse sua intelig&ecirc;ncia. (Fonte: Getty Images)" />O bipedismo permitiu que o ser humano conquistasse regi&otilde;es, preservasse a esp&eacute;cie e desenvolvesse sua intelig&ecirc;ncia. (Fonte: Getty Images)
Homin&iacute;nios com caracter&iacute;sticas mais pr&oacute;ximas das nossas s&oacute; apareceram, de acordo com os estudos, cerca de 1,8 milh&atilde;o de anos atr&aacute;s. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108643-treta-na-ciencia-pesquisador-propoe-que-homo-erectus-morreu-de-preguica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo erectus&nbsp;</a>foi o 1&deg; a ter pernas longas e bra&ccedil;os ligeiramente mais curtos que o possibilitou andar, correr e se deslocar. Seu c&eacute;rebro tamb&eacute;m era muito maior do que os dos b&iacute;pedes anteriormente descobertos.
As hip&oacute;teses da comunidade cient&iacute;fica s&atilde;o, em sua maioria, interligadas. Isso significa que todas elas constroem uma esp&eacute;cie de linha do tempo do processo evolutivo humano, indicando que dificilmente seriam raz&otilde;es dissociadas.
Esses dados n&atilde;o respondem com firmeza a raz&atilde;o pela qual os homin&iacute;nios andam eretos ou mesmo a data em que isso ocorreu, mas nos oferece uma teoria sobre quando isso ocorreu e levanta muitas hip&oacute;teses sobre essa que &eacute;, certamente, a marca registrada de n&oacute;s, humanos.

Genética

Novidades