Imagem de A história da violência na política brasileira no megacurioso

O país tem um histórico ligado à violência política, que inicia desde a época da monarquia e permanece até hoje

<head></head><body>O Brasil é, historicamente, um país marcado pela violência política. Há uma longa "tradição" nacional que mostra que a política sempre caminhou aqui ao lado dos ataques violentos, apoiados pela própria classe dos governantes.Isso remete desde os tempos da monarquia, já que a República foi proclamada a partir de um golpe civil-militar, chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que era chefe do Exército brasileiro à época, e destituiu <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119760-golpe-da-maioridade-a-manobra-que-coroou-d-pedro-ii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dom Pedro II</a>. Marechal Deodoro proclamou-se como presidente do governo provisório e ordenou que Dom Pedro II deixasse o Brasil. Mas isso não significou um apaziguamento dos ânimos nas lutas políticas brasileiras.<h2>Um dos principais ataques violentos no país: o golpe militar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03102247097089.jpg" alt="(Fonte: ADUR)">(Fonte: ADUR)Provavelmente nenhum episódio histórico foi mais importante que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golpe dado pelos militares</a> no governo de João Goulart em 1964, ocasionando 20 anos de opressão e violência política praticada pelos novos governantes contra os cidadãos.Nestas duas décadas, foram incontáveis casos de perseguição a pessoas que iam contra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119063-ditadura-militar-no-brasil-6-mentiras-contadas-sobre-o-regime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">governo ditatorial</a>, com a promulgação de decretos (como o famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112850-ai-5-o-que-foi-a-lei-que-escancarou-a-tirania-da-ditadura-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">AI-5</a>) que restringiam as liberdades de todos os moradores do país e generalizava o uso da violência por parte da polícia militar.Em 2012, a Comissão Nacional da Verdade foi instituída pela então presidente Dilma Rousseff para investigar os casos de violações aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121266-o-que-a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-diz-sobre-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direitos humanos</a> ocorridas neste período. Em 2014, o relatório da comissão concluiu que houve 191 pessoas assassinadas e 243 desaparecidas (cujos corpos nunca foram encontrados), além de cerca de 20 mil brasileiros torturados.<h2>A nova ascensão de violência política no Brasil</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;O Globo&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/GAeSM9J0q22kIuYYvCsN-RiheWY=/0x0:3188x2016/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/9/7/wclzORRsAx7Zekcg5D9g/100430803-pa-rio-de-janeiro-rj-09-09-2022-comicio-de-lula-em-sao-goncalo-petistas-brigando-com-bolso-1-.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03102138268088.jpg" alt="(Fonte: O Globo)">(Fonte: O Globo)Há muitos outros episódios políticos na história do Brasil que envolveram intervenções da violência. Entre eles, pode-se mencionar o famoso caso do ataque ao jornalista Carlos Lacerda, que era opositor a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas,</a> em 1954. Ele chegava em casa, em Copacabana, quando viu um homem disparar uma arma que matou o militar que fazia sua segurança. Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Vargas, acabou confessando ser mandante do crime.Mas a grande questão é que tem havido um aumento dos casos de ataques a opositores políticos, em parte motivados pelos discursos do atual presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122753-o-que-e-o-hidrogenio-verde-que-bolsonaro-falou-no-jornal-nacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bolsonaro</a>. Segundo matéria do portal The Conversation, o presidente conta ao seu lado com o que o cientista político Charles Tilly chamou em seu livro The Politics of Collective Violence como experts em violência, ou seja, pessoas que são adeptas a armas, sejam policiais ou membros de clubes de tiro.Segundo o antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares, que já foi secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, esta é uma das marcas deste governo. "Aqueles que poderiam ajudar a evitar essa violência estão comprometidos com ela e com o bolsonarismo. Não posso generalizar, mas sabemos que a maioria de policiais tem mais disposição de contribuir com o bolsonarismo e seus métodos do que o contrário, assim como as Forças Armadas", declarou em entrevista à Rádio França Internacional.A socióloga Angela Alonso, que participou da elaboração do livro Conflitos: Fotografia e Violência Política no Brasil 1889-1964, resume a relação do país com a violência: “se você aprendeu na escola que este é um país pacífico e conciliador, vai desaprender. Aqui se descortina uma sociedade de faca, tiro e bomba. Não pense que se fala de um mundo à parte, o dos 'marginais'. É do coração da República que se trata”.</body>

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A história da violência na política brasileira

Imagem de 5 esquisitices sobre os maiores filósofos da história no megacurioso

Entre morrer de rir e defender a alma dos feijões, alguns filósofos tem um passado bastante curioso

<head></head><body>Alguns dos maiores filósofos da história são lembrados por pensamentos que são ensinados até hoje. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120612-caverna-de-platao-a-ardua-jornada-em-busca-do-conhecimento-pleno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O mito da Caverna</a> de Platão, ou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121195-5-vezes-que-voce-usou-o-teorema-de-pitagoras-e-nao-lembra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teorema de Pitágoras</a>, por exemplo, sobreviveram milênios após as mortes de seus idealizadores e ainda têm um grande impacto na nossa sociedade. Porém, outras histórias sobre eles – algumas bem peculiares – se perderam, ou são menos conhecidas. Abaixo, listamos cinco delas!<h2>1. O filósofo que perdeu a vida, mas não perdeu a piada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105538714054.jpg" alt="'A Morte de Sócrates', por Jacques-Louis David. (Fonte: Wikimedia Commons)">'A Morte de Sócrates', por Jacques-Louis David. (Fonte: Wikimedia Commons)Sócrates tinha o hábito de fazer perguntas às pessoas na rua sem nunca oferecer uma resposta. Com certa ironia, hoje ele poderia ser chamado de “troll” por alguns – e ele levou essa fama até às últimas consequências. Em 399 a.C., Sócrates foi julgado por corromper alguns jovens, e a maioria dos jurados votou pela condenação do filósofo.Em um segundo julgamento, que iria decidir sua punição, ele poderia escolher entre a pena de morte e o exílio. Considerando que ambas as opções eram injustas, ele desejou ser recompensado por seus serviços à Atenas e solicitou que recebesse refeições gratuitas às custas do governo pelo resto de sua vida. Com isso, sua punição foi a morte por envenenamento.&nbsp;<h2>2. O filósofo que morreu de rir</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105647153055.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Crisipo viveu por volta de 279 a 206 a.C., e sua morte pode ter sido causada por uma crise de riso. Ele nasceu em Solos, onde hoje é a Turquia, e foi um atleta em sua juventude, antes de se dedicar à filosofia. Quando ele se mudou para Atenas, estudou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121180-o-que-o-estoicismo-diz-sobre-os-males-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estoicismo</a> com Cleantes, chefe da Escola Estóica.Mas além de um grande intelectual, Crisipo também gostava de aproveitar a vida. Em uma festa, quando tinha cerca de 73 anos, ele estava bêbado quando viu um burro comendo um figo. Em uma das versões sobre sua morte, ele teria gritado “agora, dê ao burro vinho para beber e lavar os figos”, e riu tanto da própria piada que acabou morrendo.&nbsp;<h2>3. O filósofo que inventou um reino&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Platonic_Academy#/media/File:Plato's_Academy_mosaic_from_Pompeii.jpgademy_mosaic_from_Pompeii.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105727901056.jpg" alt="Academia de Platão. (Fonte: Wikimedia Commons)">Academia de Platão. (Fonte: Wikimedia Commons)Por volta de 360 a.C., Platão escreveu as obras Timeu e Crítias – ou Natureza&nbsp;e Atlântida,&nbsp;respectivamente. Nelas, o filósofo fala sobre um país utópico, avançado e dramaticamente perdido que desapareceu sob as ondas. E foi assim que a lenda de Atlântida teve início.Porém, enquanto a Atlântida que ficou popularmente conhecida era um país pacífico e sábio, a história de Platão tinha uma abordagem diferente. Ele escreveu sobre um país rico, tecnologicamente avançado e militarmente poderoso que foi corrompido por seu poder. Se a Atlântida de Platão existisse hoje, provavelmente tentaria conquistar e escravizar todos nós.<h2>4. O filósofo que acreditava que feijões tinham almas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Pythagoras#/media/File:The_story_of_the_greatest_nations;_a_comprehensive_history,_extending_from_the_earliest_times_to_the_present,_founded_on_the_most_modern_authorities,_and_including_chronological_summaries_and_(14783288925).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29105917246057.jpg" alt="Pitágoras ensinando uma classe de mulheres. (Fonte: Wikimedia Commons)">Pitágoras ensinando uma classe de mulheres. (Fonte: Wikimedia Commons)Pitágoras é hoje lembrado pela relação que estabeleceu sobre a hipotenusa e os catetos de um triângulo, mas ele também foi um dos grandes pensadores gregos. Porém, algumas das suas convicções não tiveram o mesmo sucesso da famosa equação. Uma delas era a de que ninguém deveria comer feijões.Pitágoras acreditava que esse legume continha as almas dos mortos. Ele chegou a essa conclusão ao desenterrar alguns feijões recém-plantados e perceber a semelhança com fetos humanos em estágio inicial.<h2>5. O filósofo romano que influenciou o Renascimento após sua morte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29110010616059.jpg" alt="Retorno de Cícero do Exílio. (Fonte: Wikimedia Commons)">Retorno de Cícero do Exílio. (Fonte: Wikimedia Commons)Marcus Tullius Cícero é considerado o maior orador de Roma. Além de filósofo, ele foi um estadista, advogado e escritor que serviu como cônsul em 63 a.C. Em 60 a.C., a influência de Cícero era tão grande, que Júlio César o convidou para ser o quarto membro de uma parceria, que acabou se tornando o Primeiro Triunvirato.Porém, o filósofo recusou e, anos mais tarde foi exilado do Império Romano. Mas o seu trabalho como pensador foi tão marcante, que a redescoberta de seus escritos – mais de um milênio depois de sua morte – influenciou todo o pensamento renascentista.</body>

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5 esquisitices sobre os maiores filósofos da história

Imagem de 4 provas que o sexo na Era Vitoriana era cheio de contradições no megacurioso

Durante o século XIX, o limite entre o que era aceito e o que era repudiado nem sempre fazia muito sentido

<head></head><body>A sexualidade passou por inúmeras transformações <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122169-como-era-o-sexo-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ao longo da história</a>. Entre os humanos, existiram sociedades mais conservadoras, enquanto outras eram bastante sexualmente abertas. E no meio dessa variação, existiu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120850-6-mitos-sobre-a-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inglaterra Vitoriana.</a>O sexo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121700-3-habitos-considerados-peculiares-na-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a> podia ser bastante contraditório em alguns momentos. Se por um lado, a impressão que ficou é de um certo puritanismo, algumas atitudes que podem ser consideradas explícitas hoje, no século XIX eram bem comuns. Conheça quatro contradições da sexualidade na Era Vitoriana.<h2>1. Não podia tirar o casaco, mas podia tirar toda a roupa&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/23/23184630944289.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)É muito comum ver fotos da Inglaterra vitoriana com homens vestindo casacos, e isso tinha uma explicação. Se ainda hoje a higiene pessoal não é uma prioridade para a maioria dos europeus, um século atrás isso era menos importante ainda. Para evitar situações desconfortáveis, não tirar o casaco era uma elaborada etiqueta social para cobrir (literalmente) o fedor. A regra básica era: Nunca tirar o casaco enquanto estiver de pé, sentado, ou andando com uma dama.Por outro lado, ir à praia sem roupa não era exatamente um problema para os ingleses. Existem relatos de pessoas que reclamavam do costume de utilizar calções de banho e sobre a “necessidade” de não utilizá-los. O mais curioso é que isso não era uma regra, mas as pessoas que iam à praia vestidas pareciam não se importar com as pessoas peladas.&nbsp;<h2>2. A prostituição era liberada, a homossexualidade não</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/23/23182223739282.jpg" alt="Oscar Wilde. (Fonte: Wikimedia Commons)">Oscar Wilde. (Fonte: Wikimedia Commons)A prostituição nos tempos vitorianos era tão comum que em meados do século XIX estima-se que existiam cerca de nove mil prostitutas apenas em Londres. Existiram tentativas de fechar os bordéis, o que realmente fez muitas mulheres procurarem outros empregos. Mesmo assim, os homens vitorianos ainda pagavam por prostitutas com certa frequência.Já os homossexuais enfrentaram uma perseguição tão severa que até Oscar Wilde foi apanhado. O romancista e seu namorado foram condenados a dois anos de trabalho forçado por lascívia — e o juiz reclamou por não poder sentenciá-los a mais do que isso. As mulheres vitorianas só não foram igualmente perseguidas porque na época a possibilidade de existirem mulheres homossexuais era desconsiderada por parte das autoridades.<h2>3. Mulheres eram estimuladas a procriar, mas não a transar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/25/25114042452026.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na era vitoriana, a maternidade era muitas vezes considerada o propósito de uma mulher. Elas eram estimuladas a fazer sexo com seus maridos para que pudessem produzir herdeiros. Mas o sexo só era considerado algo normal para os homens — um dos motivos de existirem tantas prostitutas na época. As mulheres deveriam ser guiadas por seus instintos maternos, não por seus desejos sexuais.Para fortalecer essa ideia, um livro intitulado Dicas de Sexo para Maridos e Esposas, publicado em 1894, orientava os casais a administrar sua vida sexual. A autora do livro chegou a aconselhar que as esposas deveriam: “fazer pouco sexo e, acima de tudo, de má vontade. Caso contrário, o que poderia ser um casamento adequado pode se tornar uma orgia de luxúria sexual.”<h2>4. Crianças não recebiam educação sexual, mas podiam consentir com o sexo aos 10 anos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/25/25114113328027.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Durante a maior parte do século XIX, a idade de consentimento nos tempos vitorianos girava em torno de 10 a 12 anos. Somente em 1885 essa idade foi elevada para 16. Também não eram raras as pinturas e fotografias com crianças vestindo pouca ou nenhuma roupa.E elas não eram nem ensinadas sobre sexualidade. Algumas crianças — sobretudo meninas —, aprendiam sobre sexo apenas observando animais de fazenda. E no pouco material que havia disponível sobre o tema, a genitália feminina era citada apenas no contexto do parto e sem informações sobre como manter a saúde do sistema reprodutivo fora da gravidez.</body>

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4 provas que o sexo na Era Vitoriana era cheio de contradições

Imagem de Como era a vida da mulher no Brasil colonial? no megacurioso

De ingestão de ácido para autocontrole a escravização e abusos, a jornada da mulher sempre foi marcada por desafios

Apesar de todos os avan&ccedil;os e conquistas atrav&eacute;s dos s&eacute;culos, ainda &eacute; poss&iacute;vel dizer que as mulheres enfrentam uma jornada na conquista por seu lugar de direito na sociedade, &agrave; sombra da igualdade e respeito que as estat&iacute;sticas e um sistema patriarcal insiste em lhes negar diariamente.
Conforme o World Population Review, 35% das mulheres em todo o mundo j&aacute; sofreram <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108396-mulher-leva-tapa-na-cara-em-publico-apos-mandar-assediador-se-calar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ass&eacute;dio sexual</a>. O RAINN mostra que uma em cada seis mulheres norte-americanas j&aacute; foram v&iacute;timas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107842-como-a-biblia-influencia-a-cultura-do-estupro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estupro</a> em sua vida. No Brasil, a cada 10 minutos uma mulher &eacute; v&iacute;tima de agress&atilde;o sexual, segundo um levantamento do F&oacute;rum Brasileiro de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21171840416490.jpg" alt="(Fonte: The Conversation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Conversation/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 2020, dados do US Census Bureau revelaram que a cada US$ 1 ganho por homens, as mulheres receberam US$ 83 centavos, sendo que as mulheres negras est&atilde;o em desvantagem ainda maior. At&eacute; o ano passado, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121905-o-que-a-biblia-fala-sobre-aborto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aborto</a> &eacute; considerado um m&eacute;todo ilegal em 24 pa&iacute;ses, mostrando um controle do Estado sobre o corpo da mulher.
Pobreza menstrual, falta de educa&ccedil;&atilde;o, viol&ecirc;ncia de todos os tipos, subestima&ccedil;&atilde;o sistem&aacute;tica e desvaloriza&ccedil;&atilde;o ainda assombram as mulheres pelo mundo. Historicamente, elas sofreram um processo de apagamento de suas hist&oacute;rias, principalmente no per&iacute;odo colonial, o que nos faz questionar: como era a vida da mulher no Brasil colonial?
<h2>A sedu&ccedil;&atilde;o ing&ecirc;nua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21172005113491.jpg" alt="(Fonte: Behance/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Behance/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A princ&iacute;pio, durante o per&iacute;odo de pr&eacute;-coloniza&ccedil;&atilde;o (entre 1500 a 1535) quando os colonos portugueses chegaram em territ&oacute;rio brasileiro, eles foram bem recebidos pela sociedade ind&iacute;gena que possu&iacute;a h&aacute;bitos e comportamentos totalmente diferentes dos europeus. O homem branco ficou fascinado pela maneira como as mulheres andavam "sem pudor", todas nuas iguais aos homens, enquanto elas foram seduzidas pelos objetos brilhantes que os estrangeiros de apar&ecirc;ncia amig&aacute;vel carregavam.
Antes do processo furioso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coloniza&ccedil;&atilde;o</a>, o desconhecimento, ingenuidade e percep&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena de que os brancos eram "deuses de outro mundo" despertou o interesse nas mulheres nativas, que se entregaram a eles em troca de um espelho ou pente. A cultura ind&iacute;gena n&atilde;o s&oacute; recebeu esses homens em suas terras como permitiu que a uni&atilde;o deles com suas mulheres porque imaginavam que fossem povos de paz. Assim se estabeleceu a primeira base da sociedade que seria colonizada.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21172045671492.jpg" alt="(Fonte: Beduka/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Beduka/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo o escritor Gilberto Freyre, foi na moral sexual dos amer&iacute;ndios que os europeus encontraram um campo f&aacute;cil para expandir sua tend&ecirc;ncia sexual pol&iacute;gama, considerada pecado aos olhos da religi&atilde;o e socialmente inaceit&aacute;vel. Do outro lado do oceano, os homens viram a oportunidade de "fazer a festa".
A partir desse envolvimento do europeu com os amer&iacute;ndios, nasceu a mulher brasileira, cujos h&aacute;bitos e maneiras foram moldados a partir do s&eacute;culo XVI.
<h2>Sempre oprimidas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21172128080493.jpg" alt="(Fonte: Ensianar Hist&oacute;ria/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ensianar Hist&oacute;ria/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A estrutura patriarcal j&aacute; montada na mente dos europeus coincidiu com a cultura ind&iacute;gena, cujos homens eram ensinados desde crian&ccedil;a a tratar a mulher como inferior. Naquela &eacute;poca, as mulheres eram a for&ccedil;a motriz de subsist&ecirc;ncia antes da chegada dos portugueses, trabalhando no campo e dentro de casa; cuidando dos filhos e ainda servindo aos maridos, enquanto estes se dedicavam &agrave;s atividades art&iacute;sticas, como a constru&ccedil;&atilde;o da oca. A produtividade delas consolidou a monocultura e serviu de base para a economia <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121534-o-que-teria-acontecido-se-colombo-nao-tivesse-descoberto-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonial</a>.
Ap&oacute;s o rompimento dos la&ccedil;os entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120194-voce-sabe-como-surgiu-o-termo-pejorativo-indio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&iacute;ndigenas</a> e os portugueses com a consolida&ccedil;&atilde;o de um governo no Brasil e o processo de escraviza&ccedil;&atilde;o dos nativos, as mulheres foram as que mais sofreram com as mudan&ccedil;as, sendo resumidas a roupas moralizadas conforme os costumes europeus e &agrave; transforma&ccedil;&atilde;o de seu papel na sociedade em um escravo das fam&iacute;lias &ndash; bem como geradoras de filhos fora do casamento. Foi nesse tempo que o estupro delas se tornou uma atividade recorrente.
J&aacute; no s&eacute;culo XVII, o casamento como institui&ccedil;&atilde;o foi determinado pela Igreja e o Estado, que tentaram convencer as pessoas das vantagens de um casamento, estabelecendo um conjunto de regras sobre como deveria ser a conduta de uma "mulher direita". Em 1650, fazia parte da obriga&ccedil;&atilde;o da mulher comprovar ser f&eacute;rtil antes do compromisso, mostrando que n&atilde;o havia tabus sobre a necessidade de uma mulher casar virgem.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21172350680495.jpg" alt="(Fonte: Toda Mat&eacute;ria/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Toda Mat&eacute;ria/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se no acordo pr&eacute;-nupcial ela n&atilde;o gerasse um filho, os homens eram autorizados a repudi&aacute;-las sexualmente ao longo do casamento e ter filhos com outras &ndash; embora esse &uacute;ltimo fosse impl&iacute;cito. A mulher, no entanto, era obrigada a se manter fiel.
Isso fazia parte de um dos mandamentos da Igreja, quando determinou que tudo era pecado, at&eacute; mesmo uma posi&ccedil;&atilde;o sexual &ndash; os homens deveriam ficar sobre as mulheres porque imaginava que elas "enlouqueceriam" se ficassem por cima. A posi&ccedil;&atilde;o em quatro apoios era considerada uma blasf&ecirc;mia porque acreditava dar origem a crian&ccedil;as parapl&eacute;gicas.
A mulher tamb&eacute;m foi proibida da paix&atilde;o porque, supostamente, "virava o casamento de cabe&ccedil;a para baixo". Amor deveria ser um sentimento exclusivo a Deus e ao marido, a mulher devia apenas obedi&ecirc;ncia, rever&ecirc;ncia e temor. Enquanto o homem deveria sentir pura piedade dela.
Fora todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120004-o-luto-na-era-vitoriana-possuia-um-conjunto-de-etiquetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regras de etiqueta</a> para a "mulher direita", elas tamb&eacute;m foram agredidas, enclausuradas, perseguidas e dominadas &agrave;s m&atilde;os dos homens, que recapitulavam seu dever de submiss&atilde;o previsto em Lei e aos olhos de Deus. No lar, que virou uma pris&atilde;o, elas tomavam banhos frios e at&eacute; ingeriam &aacute;cido para acalmar suas vontades indecentes. Foi l&aacute; que adquiriram conhecimentos sobre doen&ccedil;as, ervas curativas, aborto, parto e sobre o pr&oacute;prio corpo. N&atilde;o &eacute; para menos que na literatura, por vezes, essas mulheres foram chamadas de feiticeiras.
<h2>O outro lado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21172602186500.jpg" alt="(Fonte: Brasil Escola/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Brasil Escola/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar disso, as mulheres brancas do per&iacute;odo colonial eram consideradas o pin&aacute;culo de eleg&acirc;ncia, consorte &agrave; imagem do homem, enquanto a viv&ecirc;ncia das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120981-como-o-racismo-se-manifestou-em-palavras-ao-longo-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres negras</a> foi diminu&iacute;da &agrave; pior esfera poss&iacute;vel, animalizada e marginalizada.
Elas eram respons&aacute;veis por iniciar os filhos de seus propriet&aacute;rios na vida sexual, ap&oacute;s terem sido amas de leite. Escravizadas, elas prestavam servi&ccedil;os, cuidavam da casa e eram estupradas continuamente. Aquelas que conseguiam suas cartas de alforria, ganhando a liberdade ap&oacute;s anos, sofriam sem espa&ccedil;o na sociedade, acabando por se tornarem prostitutas a fim de evitar a fome e mis&eacute;ria.
Contudo, em meio ao caos que foi a vida da mulher no per&iacute;odo Brasil Col&ocirc;nia, tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel encontrar na literatura aquelas que viveram longe da domina&ccedil;&atilde;o das regras sociais e religiosas.
Uma pesquisa feita pela historiadora brasileira Mary Del Priore, mostrou um longo registro do s&eacute;culo XVIII com um n&uacute;mero expressivo de mulheres envolvidas no com&eacute;rcio durante o per&iacute;odo da economia aur&iacute;fera, quando os centros urbanos coloniais foram recheados de estabelecimentos para abastecer a popula&ccedil;&atilde;o local.
Estima-se que 70% desses estabelecimentos comerciais de Vila Rica, em 1776, eram administrados por mulheres. Del Priore colheu relatos arquivados de mulheres que romperam a conv&iacute;vio matrimonial em busca de uma vida aut&ocirc;noma. Ainda que moralmente marginalizadas, conseguiram ter sucesso com suas estrat&eacute;gias e a&ccedil;&otilde;es, muitas das quais desenvolvidas na solid&atilde;o do cativeiro que havia se tornado o lar. Contudo, apesar de os privil&eacute;gios de n&atilde;o serem negras e terem conhecimentos considerados diversos, n&atilde;o era raro que elas se entregassem &agrave; prostitui&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m.
Se hoje as mulheres lutam constantemente por meio de v&aacute;rios instrumentos, tanto sociais quanto pol&iacute;ticos, &eacute; porque voltar para as sombras n&atilde;o &eacute; uma op&ccedil;&atilde;o.

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Como era a vida da mulher no Brasil colonial?

Imagem de Celina Guimarães: quem foi a primeira brasileira a votar? no megacurioso

Nascida em 1972, professora potiguar entrou para a história brasileira como a primeira eleitora mulher registrada a votar no país

<head></head><body>Poucas pessoas marcaram seu nome na história do Brasil de forma tão espetacular quanto Celina Guimarães, a professora potiguar falecida há 50 anos que ficou conhecida por ser a primeira eleitora mulher registrada a conseguir votar no país. Entretanto, esse fato emblemático está longe de ser a única coisa que colocou Celina como uma cidadã muito à frente do seu tempo.Ao longo dos seus 82 anos de vida, ela se posicionou como ativista em seu trabalho, sempre se colocando como uma educadora progressista. Se não fosse o suficiente, ela ainda atuou como juíza de futebol entre 1917 e 1919, sendo provavelmente a primeira mulher a exercer esse cargo — apesar de não existirem registros oficiais que comprovem essa afirmação.<h2>Participação na democracia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29184554319429.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A conquista de Celina Guimarães como primeira mulher a votar passou longe de ser apenas uma conquista individual. Tudo começou quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122788-voce-sabia-que-esses-conceitos-vieram-do-feminismo-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento feminista</a> brasileiro se organizou para traçar estratégias e articulações políticas que resultassem em progresso para as mulheres em todo o país.Foi a partir do crescimento do movimento e o seu contato com congressistas do Rio Grande do Norte que Celina e diversas outras mulheres potiguares puderam se alistar para servir a causa. Naquela época, os estados brasileiros tinham autonomia em relação à legislação eleitoral e a Constituição não possuía nada efetivo que proibisse as mulheres de votar.Em 1927, então, uma nova legislação entrou em vigor no Rio Grande do Norte para regulamentar o serviço eleitoral. A "distinção de sexo" havia finalmente caído por terra e o movimento feminista deu entrada em seus primeiros pedidos de alistamento eleitoral. Tempos depois, o juiz de direito Israel Ferreira Nunes assinou um despacho que afirmava que "tendo a requerente satisfeito as exigências da lei para ser eleitora, mando que inclua-se na lista de eleitores".<h2>O papel de Celina Guimarães</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29184639525430.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Antes de Celina Guimarães ter recebido uma positiva para seu alistamento eleitoral, muitas mulheres em várias partes do país haviam tentado o mesmo sem sucesso. Conforme publicado pela reportagem da BBC, o debate sobre o voto feminino crescia no Brasil desde 1880 e a necessidade de uma reforma já estava escancarada.&nbsp;Naquela época, o movimento feminista se articulava com algumas lideranças masculinas para conseguir adesão à sua causa. Por esse motivo, Justino Lamartine de Faria mandou um telegrama solicitando que ficasse claro o direito de voto para ambos os sexos quando o congresso estadual do Rio Grande do Norte preparava uma nova lei eleitoral em 1927.A primeira votação a contar com a participação feminina foi justamente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119630-o-que-e-o-distritao-nas-eleicoes-e-por-que-o-modelo-e-criticado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eleição</a> complementar que decidiu quem ocuparia a vaga de senador deixada por Lamartine, que havia conquistado o cargo de governador do Rio Grande do Norte. Mesmo com todas as autorizações, a comissão de verificação do Senado que tinha a competência para averiguar o resultado eleitoral decidiu anular os votos das mulheres naquela eleição por serem considerados "inapuráveis".<h2>Luta infinita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/29/29184724915431.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Embora sempre houvessem forças que tentavam frear a inserção de mulheres na sociedade, o voto de Celina Guimarães e de outras potiguares foi o primeiro passo para tudo que ainda aconteceria no Brasil. Em 1914, ela saiu de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123024-5-cidades-brasileiras-que-mudaram-de-nome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Natal</a> e foi para Mossoró na companhia de seu marido.Naquele lugar, assumiu a educação infantil de um grupo escolar e decidiu abolir uma prática que era comum nos colégios: os castigos físicos para punir alunos. Foi assim que, a cada ano que passava, Celina escrevia sua história não só como um símbolo político, mas também educacional e de caráter.</body>

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Celina Guimarães: quem foi a primeira brasileira a votar?

Imagem de Por que Elizabeth II era a rainha de 15 países? no megacurioso

Países pertencem à Comunidade Britânica e, mesmo independentes, se mantém como monarquias constitucionais

<head></head><body>Até o dia 30 de novembro de 2021, Elizabeth II era a rainha de 15 nações ao redor do mundo. Porém, desde aquele dia Barbados foi declarado independente e se tornou uma república. Apesar disso, o país segue membro da Commonwealth.Mas por que o país permanecia fazendo parte da coroa britânica? E por que o Reino Unido mantém a soberania sobre outros 14 países?<h2>O legado do Império Britânico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30140644929171.jpg" alt="Elizabeth II em visita à Austrália, em outubro de 1982. (Fonte: Wikimedia Commons)">Elizabeth II em visita à Austrália, em outubro de 1982. (Fonte: Wikimedia Commons)Em 1926, quando a rainha <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123002-7-momentos-historicos-que-elizabeth-ii-testemunhou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elizabeth II</a> nasceu, o Reino Unido governava quase um quarto da população mundial. Porém, durante o período entre guerras e nos anos que se seguiram após a Segunda Guerra Mundial, os países começaram processos de independência.Dentre os motivos que resultaram no afastamento da coroa britânica, estavam os séculos nos quais o Império controlou e extraiu as riquezas e os recursos de cada um dos países membros. Em Barbados, por exemplo, os nativos foram explorados em plantações de cana-de-açúcar. Na África do Sul, <a href="https://www.megacurioso.com.br/amp/artes-cultura/123068-koh-i-noor-a-historia-das-joias-britanicas-e-de-seu-sangrento-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Inglaterra saqueou milhões de quilates de diamantes</a> de minas locais.Quando a rainha Elizabeth II assumiu o trono na década de 1950, o mundo havia mudado. Era mais interessante para os países se tornarem totalmente independentes, com alguns optando por manter relações através da Commonwealth, como aconteceu com Barbados em 2021.Atualmente, fazem parte da Comunidade Britânica 14 nações: Austrália, Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Tuvalu. Eles não são mais governados pela Grã-Bretanha, mas simbolicamente permaneceram monarquias constitucionais.Eles são considerados países independentes, mas optaram por manter a rainha como chefe de estado cerimonial. Isso significa apenas que Elizabeth II &nbsp;— ou algum membro da família real — participava de cerimônias oficiais e poderia receber chefes de Estado em nome dos países. Essa função foi repassada agora para Charles III, que esteve na cerimônia de independência de Barbados.<h2>E a Commonwealth?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30134441299155.jpg" alt="Os primeiros-ministros de cinco membros da Commonwealth em 1944. Da esquerda para a direita: Mackenzie King (Canadá), Jan Smuts (África do Sul), Winston Churchill (Reino Unido), Peter Fraser (Nova Zelândia) e John Curtin (Austrália). (Fonte: Wikimedia Commons)">Os primeiros-ministros de cinco membros da Commonwealth em 1944. Da esquerda para a direita: Mackenzie King (Canadá), Jan Smuts (África do Sul), Winston Churchill (Reino Unido), Peter Fraser (Nova Zelândia) e John Curtin (Austrália). (Fonte: Wikimedia Commons)A Commonwealth of Nations — ou Comunidade das Nações, é uma organização composta por diversos países, a maioria sendo ex-colônias britânicas. Ela não possui o status de união política, mas sim de uma organização intergovernamental que busca aproximar social, politica e economicamente os países membros. Atualmente ela é composta de 56 nações independentes. Exceto por Gabão e Togo, Moçambique e Ruanda, todos os demais países fizeram parte do Império Britânico.Embora ela não garanta autoridade ou soberania da Grã-Bretanha sobre os demais países, ela ajuda a manter a relevância da monarquia no cenário atual. A liderança atual da Commonwealth foi passada para Charles III, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122905-o-que-esperar-do-rei-charles-iii-do-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assim que ele assumiu o trono</a>. Porém, a posição também é simbólica e sua relevância está associada com a habilidade do monarca em dialogar com os demais membros.</body>

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Por que Elizabeth II era a rainha de 15 países?

Imagem de Favelização: um fenômeno impulsionado pela escravidão no megacurioso

Já houve o tempo em que o povo periférico não tinha nenhum direito social perante o Estado

<head></head><body>De acordo com um levantamento feito pelo Data Favela em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) e o Instituto Locomotiva, o Brasil atualmente tem 13.151 favelas – o dobro registrado 10 anos atrás pelo índice do IBGE –, com 11, 4 milhões de habitantes, espalhadas entre 743 cidades. Isso é equivalente a 8% da população brasileira.No ano passado, o Instituto Data Favela e a Cufa realizaram uma pesquisa com 2.087 pessoas maiores de 16 anos em 76 favelas do Brasil que indicou que 68% delas não tiveram dinheiro para comprar comida em ao menos um dia nas duas semanas que antecederam o levantamento. O número de refeições diárias de moradores nas comunidades pelo Brasil vem caindo de uma média de 2,4, em agosto de 2020, para 1,9 em fevereiro de 2021. Cerca de 71% das famílias atualmente estão sobrevivendo com menos da metade da renda que tinham antes da pandemia, sendo que 93% dos moradores não têm nenhum dinheiro guardado.Em 2019, um cruzamento feito pelo UOL com dados divulgados pela Rede Nossa São Paulo mostrou que 32% dos moradores da cidade se identificam como pretos ou pardos – categorias agrupadas sob o guarda-chuva "negros" –, mas em bairros periféricos da capital, como o Jardim Ângela, a população negra chega a 60%, quase o dobro da média, enquanto em bairros de alto padrão, como Moema, apenas 5,82% das pessoas são pretas ou pardas, deixando em evidência que os negros são a maior concentração nas comunidades pelo país.Mas como as favelas surgiram no Brasil?<h2>Uma chaga chamada escravidão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27193740864087.jpg" alt="(Fonte: O Globo/Reprodução)">(Fonte: O Globo/Reprodução)Começou com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão</a>, claro. Quando, em 1888, a princesa Isabel assinou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118715-lei-aurea-entenda-como-foi-a-abolicao-da-escravatura-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lei Áurea</a>, dando liberdade a todos os escravos, ela não estava nem perto de acabar com todo o estigma que uma sociedade estruturalmente branca causou sobre a vida do povo negro, principalmente por enxergá-lo como animais.Afinal, entre um dos vários motivos pelos quais o Brasil foi o último a abolir a escravatura no mundo estavam a dependência econômica, o prestígio social e o poder político por parte dos proprietários rurais. A rentabilidade do trabalho escravo postergou em 50 anos a abolição pela falta de votos pela Lei, até que pressões de outros países – que temiam que o Brasil se tornasse uma potência igual os Estados Unidos ou maior por sua mão de obra "gratuita" – levaram ao emblemático 13 de maio de 1888.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28140414493397.jpg" alt="Canudos. (Fonte: Manual do Turista/Reprodução)">Canudos. (Fonte: Manual do Turista/Reprodução)Com uma mão na frente e outra atrás, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120981-como-o-racismo-se-manifestou-em-palavras-ao-longo-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">negros</a> foram lançados para uma sociedade totalmente branca que os temia e despreza com ódio de morte profundo, e o processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119020-ruby-bridges-a-garotinha-que-enfrentou-a-segregacao-racial-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segregação</a> se cristalizou quando eles tiveram que procurar em morros, encostas, córregos e outros lugares uma forma de construir suas moradias.O termo favela, porém, só surgiu durante a Guerra dos Canudos, em 1896, na Bahia. A fazenda onde se instalou o arraial de Canudos era Belo Monte, e chegou a ter mais de 35 mil habitantes, composta por pessoas que fugiram da extrema miséria do sertão nordestino. Com apenas uma vida de acesso, milhares de casas precárias feitas de madeira se amontoaram, constituindo uma cidade a parte, com leis, normas e até comércio próprio.<h2>Vítimas da estrutura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28140705185400.jpg" alt="(Fonte: El País/Reprodução)">(Fonte: El País/Reprodução)O século XX foi um período crucial de crescimento acelerado e disseminação das favelas pelo Brasil, por coincidir com a imigração dos italianos e japoneses e o início do processo de industrialização do país. Com isso, o êxodo rural de nativos e imigrantes que trabalhavam nas lavouras foi a única alternativa, incluindo construir casas e morar em lugares considerados zonas de risco, que era tudo o que o dinheiro poderia pagar. Isso tudo em meio ao cenário caótico da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira e Segunda Guerra Mundial</a>.A imigração se estendeu até 1980, quando o Brasil era pobre em PIB per capita, pouco escolarizado e muito desigual. O boom de urbanização também aconteceu demograficamente, com a população do país aumentando de 40 milhões para 120 milhões, levando o percentual de pessoas vivendo em cidades de 31% para 67%.O resultado foi uma massa de brasileiros pobres e sem qualquer direito social vivendo de maneira precária ao ocupar loteamentos irregulares, comprados sem registro de grileiros, e em áreas inadequados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28140819428402.jpg" alt="(Fonte: Exame/Reprodução)">(Fonte: Exame/Reprodução)Em construções em sua maioria de madeira, eles viviam sem água encanada, energia elétrica, coleta de esgoto e de lixo, policiamento, transporte público, educação, saúde e lazer. Além de tudo isso, essas pessoas periféricas também não eram bem vistas pela sociedade, por constituírem todos os tipos de minorias excluídas e hostilizadas: nordestinos, imigrantes e negros.Não é para menos que, por muito tempo, a única política pública movida pelo governo foi a erradicação das favelas, destruindo casas e expulsando seus moradores, que eram descritos como páreas e não cidadãos dignos de direitos.Essa visão distorcida só começou a mudar com o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119063-ditadura-militar-no-brasil-6-mentiras-contadas-sobre-o-regime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura</a> no país, e em meados da década de 1990, com a redemocratização do país através da Constituição de 1988, estabelecendo que os brasileiros que vivem nas favelas detêm direitos iguais e são resguardados pelo Estado. Começava então o processo de urbanização das favelas, levando serviços e infraestruturas.O passar do tempo permitiu que esse processo adquirisse proporções ainda maiores, transformando todo o contexto socioeconômico, mas não o suficiente para atravessar a estrutura social, principalmente perante as estatísticas, mantendo ainda a pobreza, níveis elevados de desemprego, violência e falta de oportunidades para o povo periférico.</body>

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Favelização: um fenômeno impulsionado pela escravidão

Imagem de Qual é o papel do agronegócio no Brasil? no megacurioso

O agronegócio, tema presente em todos os debates eleitorais, é um dos setores mais proeminentes na indústria do país

<head></head><body>Um dos temas presentes no debate eleitoral da Globo com os candidatos à presidência foi a questão do agronegócio brasileiro. Mas por que este assunto gera tanta discussão, e é realmente importante que os planos de governo pensem sobre isso?Primeiro de tudo, é preciso dizer que o agro é um setor econômico importante não apenas para o Brasil, mas para todos os países. Ele envolve uma cadeia de produção de alimentos que está interligada a vários outros setores, como a pecuária, a agricultura, a indústria e o comércio.&nbsp;Quando se pensa em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121609-tecnicas-agricolas-que-podem-diminuir-o-uso-de-fertilizantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agronegócio</a>, está se discutindo especialmente as atividades econômicas ligadas à agricultura e à pecuária. Mas é preciso lembrar que o setor, além de pensar na questão de plantio, cultivo de vegetais e manejo de animais, também lida com manejo de florestas e com o extrativismo vegetal. Por isso, suas práticas podem ter impactos fortíssimos no meio ambiente e, consequentemente, na vida de todos nós.<h2>O agronegócio é importante para o país?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30143655886207.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Há muitas visões sobre esta questão. Contudo, é inegável que a atividade <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111623-agropecuaria-e-responsavel-por-13-das-emissoes-globais-de-co2-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agropecuária</a> é fundamental para a economia brasileira. Dentro do PIB brasileiro de 2020, o agronegócio teve uma participação de 26,6%, ou seja, uma porcentagem muito alta. Em 2021, as exportações geradas por este setor beiraram a faixa dos 8 bilhões de dólares.Vale lembrar que, quando pensamos sobre isto, não se fala apenas no aspecto alimentar, uma vez que o agronegócio impacta a economia do país como um todo. Ele gera novos empregos, estimula o desenvolvimento de novas tecnologias, criando pontes com a pesquisa científica, cria insumos para vários tipos de indústria, etc.Contudo, todas estas benesses geradas por este setor precisam sempre ser problematizadas à luz de suas consequências, como os impactos nas questões ambientais e a participação (ou não) desta indústria na redução da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122671-as-sinistras-mensagens-reveladas-nas-pedras-da-fome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fome</a> dos próprios brasileiros.<h2>O questionamento sobre as práticas do agronegócio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30143657933208.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A questão do agronegócio costuma envolver prioritariamente o trabalho feito por médias e grandes propriedades rurais que buscam soluções modernas e tecnológicas para aumentar sua produção. Por isso, é comum que estas empresas acabem recorrendo a práticas que nem sempre são as mais recomendadas, como o uso de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237946-agrotoxicos-matam-pessoa-cada-2-dias-brasil-diz-relatorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agrotóxicos</a>, a modificação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/nutricao-e-saude/84732-os-beneficios-das-sementes-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sementes</a> e a aceleração dos ciclos da natureza.Tais ações normalmente buscam gerar uma alta produtividade, uma vez que boa parte dos alimentos e bens produzidos pelo agronegócio visa sobretudo a exportação - diferente, por exemplo, da agricultura familiar. Por conta disso, uma das características destas grandes propriedades é a monocultura, que consiste no plantio de um único vegetal em uma parte extensa do campo.&nbsp;Há muitos dados que mostram que as práticas da agricultura empresarial ocorrem às custas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120006-e-possivel-produzir-sem-desmatar-a-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a> e de uma superexploração do meio ambiente. Alguns aspectos deste fenômeno é a derrubada de florestas para receber gados e lavouras, ameaçando partes dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121238-6-biomas-do-brasil-que-tornam-nosso-pais-um-lugar-incrivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biomas brasileiros</a>, como o Pantanal, o Cerrado e a Amazônia.<h2>A participação do agro na redução da fome</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/30/30143700325209.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O outro aspecto — e não menos importante — é a questão da fome. Dados recentes levantados pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar revelam que cerca de 56% da população do país está em estado de insegurança alimentar, que ocorre quando um indivíduo não possui acesso físico, econômico e social a alimentos que supram minimamente as suas necessidades.Ou seja, ter uma grande indústria que produza alimentos em escala mundial não significa diminuir a fome dos próprios brasileiros. Uma das questões é que, como esta indústria prioriza o lucro, nem sempre toda esta produção de vegetais significa geração de comida. Dados apontados pelo portal O Joio e o Trigo mostram que 62% da produção de milho do Brasil em 2020 foi destinada à produção de ração. No mesmo período, 60% da produção da soja brasileira foi exportada.A grande discussão, portanto, não deve ser sobre a importância ou não da existência do agronegócio, mas a reflexão sobre como as suas práticas podem ou não estar beneficiando o país ou se estão se prestando mais à geração de lucros para os próprios empresários.</body>

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Qual é o papel do agronegócio no Brasil?

Imagem de As 5 armaduras mais fascinantes da história da humanidade no megacurioso

A história da humanidade mostra como diferentes sociedades utilizaram armaduras como sistema de defesa corporal

<head></head><body>A gente se acostumou tanto a assistir aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122095-como-o-super-homem-se-tornou-um-dos-super-herois-mais-populares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">super-heróis</a> na TV e no cinema que pode até se esquecer que, em um longo período da humanidade, os guerreiros utilizavam armaduras reais. Tudo bem, elas não tinham os apetrechos da roupa do Homem de Ferro, nem eram resistentes como a do <a href="https://www.megacurioso.com.br/quadrinhos/34257-a-evolucao-do-simbolo-do-batman-em-30-designs.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Batman</a>, mas isso não diminui seu valor histórico.Ao longo da trajetória humana, várias sociedades utilizaram alguma espécie de armadura corporal, dos mais variados materiais. Tecido, couro e até madeira já serviram de instrumento de defesa, sempre mudando conforme as civilizações aprendiam a trabalhar com diferentes materiais, como os metais.Vamos mergulhar no passado e relembrar algumas dessas armaduras que marcaram a história. Confira.<h2>1. Armadura de Filipe II da Macedônia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26222621940002.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Filipe II foi responsável pelo início da conquista da Grécia pela Macedônia, transformando sua nação na maior potência da antiga Grécia. Pai de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104773-confira-20-fatos-aleatorios-relacionados-com-alexandre-o-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a>, foi ele quem criou as bases para a expansão Helênica. Sua armadura é símbolo desse poderio. Seu túmulo foi descoberto em 1977 pelo arqueólogo grego Manolis Andronikos.Entre os achados estava uma impressionante armadura, que de acordo com a forma corporal do rei descrita em textos antigos, provavelmente pertencia ao seu acervo pessoal. Atualmente, a armadura está em exibição no Museu Arqueológico de Aigai.Ela é feita de ferro e contem sete placas anatômicas conectadas por dobradiças longas. Na área frontal, ostenta o emblema do Sol de Vergina.<h2>2. Armadura de soldado grego do século IV a.C.</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26222810372004.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Em exibição no Museu de Arte Metropolitana, o Met, esta é uma armadura grega feita de bronze, datada do século IV a.C., que de acordo com historiadores fazia parte do conjunto utilizado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100583-como-os-espartanos-eram-treinados-para-se-transformar-em-guerreiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerreiros gregos.</a> Integra o acervo do museu, juntamente com outras peças do período, desde 1992.Soldados costumavam carregar armaduras que podiam pesar até trinta quilos. Era usada principalmente para proteger o corpo durante a guerra, usadas juntamente com caneleiras de bronze e capacete. Esse modelo em questão foi feito incluindo detalhes dos músculos do abdômen e do umbigo. Originalmente, contava com uma parte traseira.<h2>3. Armadura segmentada de legionário romano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26223348085008.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/48158-mais-5-classes-de-guerreiros-de-elite-que-ja-existiram-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">legionários romanos&nbsp;</a>eram soldados que faziam parte de uma legião, isto é, uma unidade militar do exército. Eram conhecidos por serem bem treinados e muito organizados, geralmente sendo cidadãos romanos, entre 17 e 46 anos de idade, que ficavam em serviço por, aproximadamente, 25 anos.Sua armadura era segmentada, composta de 26 segmentos de metal, que protegiam o abdômen, tórax, costas e ombros. Ela não era uma peça inteira, o que lhe conferia maior flexibilidade sem perder a capacidade de proteção. Esta da foto foi encontrada em 1964, na Inglaterra, e sua datação foi definida como entre o fim do século I e início do século II d.C.<h2>4. Armadura romana de couro de crocodilo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Archaeologist&nbsp;" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/6047d405b02148755fb6e601/bfe15e49-3a3f-4619-9e7f-172c95ce28d3/8c55ee89bcb67d319a9ad73757580e4c.jpg?format=1500w"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27010924996000.jpg" alt="(Fonte: The Archaeologist/Reprodução)">(Fonte: The Archaeologist/Reprodução)A armadura feita de couro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilo</a> foi utilizada por legiões do exército romano por volta do século III d.C. Sem registros que atestem se o material concedia algum tipo de bônus na defesa, denota, sem dúvida, como os romanos nutriam respeito e admiração pela cultura egípcia.O povo egípcio não foi a única civilização a usar o couro de crocodilo em roupas e armaduras, mas foi o primeiro a fazer isso de modo mais significativo. A desta foto foi encontrada em Manfalut, no Egito, preservado em uma gruta.<h2>5. Armadura do-maru</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27080624776007.jpg" alt="(Fonte: Met Museum/Reprodução)">(Fonte: Met Museum/Reprodução)A do-maru é uma armadura originalmente utilizada pela pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121847-samurais-como-os-guerreiros-japoneses-treinavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">samurais</a> do Japão feudal. Ela surgiu inicialmente no século XI, mas foi se tornar um item comum a partir da Guerra do Genpei, no século XII, conflito que colocou em lados opostos os clãs Taira e Minamoto e estabeleceu, com a vitória do segundo, um governo liderado por samurais.Ela era feita de vários materiais, como ferro, couro e seda. De posse do Museu Metropolitano de Arte, o Met, essa armadura é do século XV, foi encontrada em 1893 e integrou a coleção pessoal da artista Kawasaki Chitora, até ser doada ao museu, em 1914.</body>

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As 5 armaduras mais fascinantes da história da humanidade

Imagem de Protestos no Irã: 3 razões para esse ser um momento ímpar no megacurioso

A onda de manifestações pela morte de Mahsa Amini que domina o Irã e recebe apoio em todo o mundo é diferente da agitação política de outros momentos

<head></head><body>No último dia 16 de setembro, Mahsa Amini foi morta em Teerã, capital do Irã. Ela tinha apenas 22 anos e estava presa por não usar corretamente o hijab, sob a custódia da Patrulha de Orientação, uma espécie de unidade policial de moralidade.Quando a notícia de sua morte foi tornada pública, um convulsão social tomou conta da capital e outras cidades, repercutindo também em várias cidades ao redor do mundo. A divulgação de uma imagem de Amini em um hospital, deitada em coma, deu mais vigor às manifestações.A morte da jovem iraniana ilustra a violência e a brutalidade do governo local em relação <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122705-mulheres-iranianas-vivem-a-crueldade-de-certificar-sua-virgindade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">às mulheres</a> e aos grupos étnicos minoritários, como os curdos, do qual ela fazia parte. Não foi a primeira vez que algo do tipo ocorreu, mas agora as coisas parecem estar tomando um rumo diferente. Entenda as razões.<h2>Grande apoio público</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28234356728047.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Patrulha de Orientação, esquadrão do Comando de Aplicação da Lei da República Islâmica do Irã é responsável por supervisionar a implementação pública dos regulamentos do hijab, as vestimentas prescritas pela doutrina islâmica. Relatos dados pelos familiares de Mahsa Amini dão conta de que a jovem foi espancada até a morte, alegação refutada pelo governo e pela própria polícia.Acontece que as informações e as imagens geraram uma grande revolta pública, fazendo com que os manifestantes fossem às ruas exigir que as mulheres tenham o direito de escolher o que vestir. O tempo fez crescer a insatisfação pela interferência do governo nas questões de âmbito pessoal.Apesar dela já ter sido muito maior, o conjunto de regulações sociais e regras rígidas de estilo de vida seguiam muito pesadas para as mulheres, que praticamente não possuem direitos fundamentais. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes/98029-artista-se-transforma-em-personagens-incriveis-com-a-ajuda-de-seu-hijab.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hijab</a>, no fim, é apenas a ponta do iceberg de questões muito mais profundas e complexas, que ganham cada vez mais apoio de diferentes camadas da população.<h2>Protestos liderados por mulheres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28234744046049.jpg" alt="(Fonte: WIkimedia Commons)">(Fonte: WIkimedia Commons)Enquanto outras manifestações públicas tinham homens à frente, a deste momento é liderada por mulheres. As questões são bastante profundas, mas é impossível negar que os direitos femininos estejam no centro das demandas.Isso não significa dizer que as questões econômicas ou outros aspectos da política local não importe, mas a pauta comportamental foi a que mostrou maior potencial de união. A insatisfação com a ingerência sobre a vida, especialmente das mulheres iranianas, mostra que o governo tem sérios problemas pela frente.O histórico do país mostra uma sequência de casos de humilhações em virtude de gênero. Ainda que a violência costume ser muito maior com as curdas e os curdos, desta vez as demais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121948-qual-e-a-diferenca-entre-raca-e-etnia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">etnias</a> parecem estar mais propensos a simpatizarem com a causa.<h2>A coragem dos manifestantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28234553642048.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Protestar contra um governante não é uma situação tão simples mesmo em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123022-7-sistemas-de-governos-nao-ditatoriais-que-existem-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">democracias</a>. No caso do Irã, o problema é ainda maior, já que coloca em risco todo manifestante. Porém, ao contrário do que poderia parecer, a insatisfação popular se tornou maior do que o próprio medo.Na capital e também em cidades do interior, mulheres têm tirado seus lenços na rua. Não é incomum filmagens e fotos mostrando essas mesmas pessoas ateando fogo neles, ou cortando o cabelo em público. Esse tipo específico de manifestação tem sido replicado em outros lugares do mundo, onde iranianos e simpatizantes dos movimentos tomam as ruas em apoio aos protestos.Nem mesmo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112555-o-esquadrao-feminino-quase-esquecido-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquadrão</a> da polícia responsável por controlar motins está dando conta de dispersar a população. É possível encontrar vídeos circulando nas redes sociais mostrando que, em alguns locais, os manifestantes conseguem até empurrar a polícia para trás. É cedo para dizer se alguma mudança virá, mas certamente deixarão impactos. Resta saber quais.</body>

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