Imagem de 5 artefatos históricos descobertos por acaso no megacurioso

Conheça algumas das peças mais impressionantes da história que foram encontradas sem qualquer intenção

<head></head><body>Encontrar um tesouro é algo que todo historiador e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121053-como-a-arqueologia-pode-nos-ajudar-contra-a-crise-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogo</a> sonha em sua carreira. Afinal, descobrir um pedaço importante da história humana que estava perdido faz parte da nossa missão de entender como o mundo funcionava nas gerações passadas. Entretanto, não é como se essa fosse uma tarefa fácil.Muitas vezes, essas tentativas exigem estudo e planejamento cuidadosos, envolvendo muito dinheiro e recursos. Porém, existem casos bem raros e curiosos de pessoas que simplesmente tropeçam em uma enorme descoberta sem qualquer tipo de esforço. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco artefatos históricos que foram descobertos totalmente por acaso. Olha só!<h2>1. Floresta de fósseis</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;California State University&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/hSaA26cRD8kKq6nxDT0LaoKXVhk=/fit-in/1072x0/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer/4e/49/4e49f486-d450-4d46-8266-2edddf30183f/20210427_tuskreveal_jh_006-scaled.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19152311428387.jpg" alt="(Fonte: Jason Halley/California State University)">(Fonte: Jason Halley/California State University)O ano era 2021 e o guarda florestal e naturalista, Greg Francek, estava caminhando no sopé de Sierra Nevada, nos Estados Unidos. Ao rodear uma das bacias geográficas da região, ele notou que o solo estava estranho. Foi então que Francek percebeu que havia entrado em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118687-as-5-florestas-mais-velhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">floresta</a> de árvores petrificadas — um local com origens primitivas.&nbsp;Então, o guarda entrou em contato com paleontólogo e geólogo Russell Shapiro, que levou sua equipe até o local. Segundo os pesquisadores, a antiga floresta datava para 10 milhões de anos atrás, quando a terra da região ainda era quente o suficiente para sustentar uma floresta tropical.<h2>2. Pulseira hitita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19152209428383.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodução)">(Fonte: Internet/Reprodução)Em 2021, em uma província de Çorum, na Turquia, um agricultor arava o solo de sua propriedade quando atingiu uma espécie de bracelete de bronze, níquel, prata e ouro. O objeto foi levado para o Museu de Çorum, onde determinaram que a pulseira tinha 3,3 mil anos e era do final da Idade do Bronze.O artefato foi criado pelos hititas, conhecidos como a primeira civilização a fabricar armas e armaduras de ferro. Poucas joias dos hititas foram encontradas até hoje, muito menos uma com tantos detalhes. Desde a descoberta, a pulseira foi restaurada e adicionada à Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.<h2>3. Pedras no campo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19152037928378.jpg" alt="(Fonte: Lubusz Historic Preservation Office)">(Fonte: Lubusz Historic Preservation Office)Em agosto de 2021, um agricultor na Polônia da província de Lubusz trabalhava para limpar as rochas de seu campo quando encontrou artefatos de bronze pelo seu terreno. Surpreso, ele protegeu o local e alertou as autoridades competentes. Ao todo, foram encontrados três cetros, três punhais de bronze, um machado e um cinzel.Segundo o Escritório de Preservação Histórica da Voivodia, os objetos datam para entre os anos 2200 a.C. e 1500 a.C. — durante a Idade do Bronze. Estudos também mostram que os artefatos fazem parte da cultura Únetice, conhecida por suas habilidades metalúrgicas com estanho-bronze.&nbsp;<h2>4. Encontro de casal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/20/20153634549450.jpg" alt="(Fonte: David Gibbins/Reprodução)">(Fonte: David Gibbins/Reprodução)Em 1974, um casal que caminhava pela Loe Bar Beach, na Inglaterra, encontrou um lingote de cobre parado na areia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119559-vai-pra-praia-nao-esqueca-de-levar-o-talco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">praia</a>. Se não bastasse esse acontecimento, 12 anos depois eles também foram os responsáveis por descobrir uma moeda de ouro de 600 anos no mesmo lugar.Devido às suas descobertas, especialistas e mergulhadores decidiram investigar a região e encontraram um navio de 1527. A embarcação era uma nau portuguesa que havia sido atolada na costa de Loe Bar. O navio carregava cobre e prata, tecido e linho. Também foram encontrados no navio instrumentos musicais, ferramentas de navegação e canhões com piche e alcatrão.&nbsp;<h2>5. Limpeza na praia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19151508115373.jpg" alt="(Fonte: Jennie Fitzgerald/Reprodução)">(Fonte: Jennie Fitzgerald/Reprodução)Recentemente, Jennie Fitzgerald se voluntariou para ajudar na limpeza de uma praia em Norfolk, Inglaterra. Ela estava pronta para voltar para casa após um longo dia de trabalho quando notou um pedaço incomum de madeira na areia. Ao puxar o objeto, notou que se tratava de um baú trancado.Na fechadura estavam as iniciais “VR”, com uma pequena coroa. Em casa, a família de Fitzgerald conseguiu abrir o baú e dentro dele encontrou moedas de de mais de 100 anos atrás, gemas claras e cor de âmbar, um relógio de bolso e um frasco de perfume. Os objetos foram levados para análise pelo Conselho de Norwich, que ainda não divulgou atualizações sobre o caso.</body>

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5 artefatos históricos descobertos por acaso

Imagem de Robert Houdin: o "pai" do ilusionismo conseguiu evitar uma guerra no megacurioso

Inspiração para Harry Houdini, Robert levou a mágica para outro nível ao convencer povos argelinos que os franceses eram mais fortes

Muito antes das For&ccedil;as Armadas dos EUA recrutarem artistas para fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119805-ghost-army-um-exercito-de-artilharia-inflavel-enganou-os-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tanques infl&aacute;veis</a> em 1944 para enganar os alem&atilde;es, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, e do pr&oacute;prio m&aacute;gico <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119091-jasper-maskelyne-o-magico-que-enganou-a-todos-na-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jasper Maskelyne</a> fazer o mesmo do ex&eacute;rcito da Gr&atilde;-Bretanha &mdash; esse tipo de truque j&aacute; havia causado muita confus&atilde;o, como aconteceu quando Napole&atilde;o III entrou em contato com Robert Houdin.
Jean-Eug&egrave;ne Robert-Houdin, um artista franc&ecirc;s nascido em 7 de dezembro de 1805, considerado o "pai da m&aacute;gica moderna", ficou encantado pelo ilusionismo quando ainda bem jovem ao assistir outros m&aacute;gicos muito de perto para entender como tudo funcionava, principalmente se eles cometessem algum erro.
Antes de se tornar "O Grande Robert Houdin" &mdash; de quem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120408-o-segredo-por-tras-das-6-maiores-ilusoes-de-harry-houdini.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Harry Houdini</a> tiraria o nome c&eacute;lebre como inspira&ccedil;&atilde;o &mdash;, ele passava seu tempo construindo rel&oacute;gios na loja de sua fam&iacute;lia, o que facilitou na confec&ccedil;&atilde;o de dispositivos que serviram de inspira&ccedil;&atilde;o para grandes nomes do ilusionismo do s&eacute;culo XX.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119091-jasper-maskelyne-o-magico-que-enganou-a-todos-na-2-guerra-mundial.htm" target="_blank">Jasper Maskelyne: o m&aacute;gico que enganou a todos na 2&ordf; Guerra Mundial</a>
<h2>A grande inova&ccedil;&atilde;o &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/18/18175629701585.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O primeiro passo para a grande mudan&ccedil;a na vida de Houdin aconteceu quando ele construiu um teatro inteiro no antigo Palais Royal, em Paris, para poder se apresentar como m&aacute;gico, atraindo multid&otilde;es pela maneira s&oacute;lida como se vestia, sem nenhum tipo de parafern&aacute;lia brilhante ou roupas extravagantes, muito diferente dos outros m&aacute;gicos. Ele elevou o status do ilusionismo a um patamar quase sobrenatural, algo endossado e sustentado por Houdini mais tarde.
Em 1856, suas habilidades m&aacute;gicas surpreendentes chegaram aos ouvidos do imperador Napole&atilde;o III, que queria conquistar a col&ocirc;nia francesa da Arg&eacute;lia depois que uma rebeli&atilde;o de nativos despertou preocupa&ccedil;&atilde;o. Para isso, ele buscou o m&aacute;gico para manter o controle da col&ocirc;nia e impedir que os santos dos religiosos, conhecidos como marabus, "incentivassem" a rebeli&atilde;o e causassem uma guerra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07194630032437.jpg" alt="(Fonte: Star Film/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Star Film/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para controlar a situa&ccedil;&atilde;o, Houdin usou do seu ilusionismo para convencer o povo de que a magia francesa era mais forte do que a argelina, o que evitaria confronto e derramamento de sangue.
O m&aacute;gico realizou uma variedade de truques que desestimularam os nativos e aumentou o medo contra os franceses, provando, por exemplo, a fraqueza dos marabus ao fazer um homem musculoso n&atilde;o conseguir levantar uma simples caixa com al&ccedil;a do ch&atilde;o. Eles se convenceram que suas armas eram in&uacute;teis e nunca seriam t&atilde;o poderosas quanto as da mil&iacute;cia francesa.
O que Houdin fez o consagrou para sempre no teatro do ilusionismo, servindo de inspira&ccedil;&atilde;o para uma gera&ccedil;&atilde;o de m&aacute;gicos que prosperaram durante os s&eacute;culos XIX e XX, tanto na Europa quanto na Am&eacute;rica.

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Robert Houdin: o 'pai' do ilusionismo conseguiu evitar uma guerra

Imagem de 3 hábitos considerados peculiares na Era Vitoriana no megacurioso

Você consegue imaginar, por exemplo, que era comum fazer piqueniques em cemitérios? Cruzes!

<head></head><body>De <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118348-o-que-foram-as-bonecas-de-luto-na-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bonecas de luto</a> a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115045-vitimas-da-moda-as-roupas-assassinas-da-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tintas com arsênico</a>, o período vitoriano não deixou a desejar no quesito peculiaridades. Até mesmo para se divertir, as pessoas daquela época conseguiam ser excêntricas, por vezes beirando o obscuro.Na Era Vitoriana, a qualidade de vida e o bem-estar eram tão importantes quanto a religião, visto que o trabalho pesado era uma das bases fundamentais para as noções de melhoria e progresso — não foi por acaso que a Revolução Industrial dominou o globo através das redes comerciais.Enquanto isso, no pouco tempo livre que tinham para aproveitar um pouco da vida, os vitorianos se deleitavam em atividades pitorescas como essas três listadas abaixo. Continue lendo!<h2>1. Piqueniques em cemitérios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/18/18170013962555.jpg" alt="(Fonte: St. Luke's Historic Church &amp; Museum)">(Fonte: St. Luke's Historic Church &amp; Museum)Você não leu errado. Para os vitorianos, os cemitérios não representavam um lugar de agouro, tampouco inspiravam uma atmosfera sombria, ainda mais porque desde o nascimento aprendiam a conviver com o fantasma da morte devido à alta taxa de mortalidade do século.Além disso, a morte era enaltecida e vista como um dos momentos mais importantes, principalmente o pós-morte. Um enterro era o que havia de mais sagrado, por isso as famílias pobres guardavam dinheiro literalmente até o fim da vida para terem uma cerimônia luxuosa e digna no único momento que se "igualariam" aos abastados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07192529469418.jpg" alt="(Fonte: Boulder Daily Camera/Reprodução)">(Fonte: Boulder Daily Camera/Reprodução)No entanto, os cemitérios não só eram um lugar de paz e calmaria, como também a opção mais próxima de um parque público em uma época em que o planejamento urbano valorizava os espaços verdes para construir os cemitérios.Então era comum ver uma família enterrando um ente querido próximo a um grupo de pessoas comendo ao ar livre entre as lápides, brincando com os filhos e tomando sol.<h2>2. Joias de cabelo humano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07192634437419.jpg" alt="(Fonte: Minnesota Historical Society)">(Fonte: Minnesota Historical Society)Quando não estavam em meio às lápides, as mulheres vitorianas poderiam estar em casa confeccionando joias feitas de cabelo humano. Quem começou o movimento foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120708-a-doenca-que-a-rainha-vitoria-espalhou-pelas-familias-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Vitória</a> que, após a trágica morte do príncipe Albert, em 1861, passou a andar com um colar adornado com mechas de cabelo de seu amado.Ainda que o hábito de confecção não seja oriundo do século XIX, os vitorianos foram os responsáveis por elevarem a prática para outro patamar, transformando as mechas em acessórios que poderiam beirar o luxo.Brincos, pulseiras, broches, anéis e medalhões. Tudo o que você poderia imaginar como acessório era feito de cabelo humano de familiares falecidos, e as pessoas carregavam como uma espécie de lembrete e amuleto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07192744219421.jpg" alt="(Fonte: Wellcome Images/Wikimedia Commons)">(Fonte: Wellcome Images/Wikimedia Commons)A tendência se tornou tão forte que atravessou o Atlântico, indo parar no pescoço das mulheres cujos maridos ou familiares pereceram durante a Guerra Civil Americana. Como observou uma matéria da revista Smithsonian Magazine: "Em uma época de crescente mercantilismo, a prática se tornou uma forma de sinalizar a sinceridade e, paradoxalmente, manter o estilo".Instituições como o Museu de Anatomia Mórbida se especializam na preservação de joias feitas de cabelo.<h2>3. Falar com os mortos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07192902875422.jpg" alt="(Fonte: Hulton-Deutsch Collection/Corbis/Getty Images)">(Fonte: Hulton-Deutsch Collection/Corbis/Getty Images)Se a morte era considerada uma verdadeira companhia para os vitorianos desde o primeiro dia, se comunicar com aqueles que partiram era um hábito mais do que normal, sobretudo quando a Europa passava pela transformação do Espiritismo de Allan Kardec.Através dos fenômenos chamados "mesas girantes", as pessoas se reuniam ao redor de mesas para realizar sessões de contato espiritual, em que cartas eram escritas por médiuns em transe e fotografias mediúnicas poderiam ser capturadas.Segundo o New Yorker, estima-se que mais de 11 milhões de pessoas foram identificadas como espíritas durante o século XIX, entre elas a rainha Vitória e o notório escritor <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120066-arthur-conan-doyle-e-sua-obsessao-pelo-espiritismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arthur Conan Doyle</a>.</body>

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3 hábitos considerados peculiares na Era Vitoriana

Imagem de Divórcio medieval: casais lutavam até a morte para se separarem no megacurioso

Quando marido e mulher não conseguiam conviver mais em harmonia, invocar o tribunal por combate era a única solução, nem que isso significasse morrer lutando

<head></head><body>Devido aos custos e a burocracia imensa imposta por uma lei privada do Parlamento, na Grã-Bretanha da década de 1750, o processo de divórcio era demorado e uma verdadeira sina para os casais. Foi pensando em facilitar a vida dos pobres que surgiu uma prática absurda, mas normalizada pela sociedade e governo, chamada<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121229-venda-de-esposas-a-bizarra-pratica-de-divorcio-do-seculo-xvii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> venda de esposas</a>.Isso foi feito em lugares mais remotos até meados do século XIX na Inglaterra, com homens arrastando suas esposas em correntes e as conduzindo até tavernas, praças e feiras para leiloá-las para outros homens, sem ter que enfrentar a lei. Apesar do teor, deu muito certo.Mas no período medieval, a situação era bem diferente, e no mínimo alarmante. Na França, por exemplo, quando marido e mulher não conseguiam mais conviver como um casal, a única maneira de um homem impedir que sua esposa o deixasse era obter uma ereção completa no meio de um tribunal, provando que ainda "estava à altura da tarefa de prover seus deveres sagrados como marido".Em outras situações, tanto em uma corte francesa como em qualquer outra da Europa durante período medieval, era possível que ambos invocassem o tribunal por combate para saber quem sairia vitorioso da ação.<h2>Um passo para frente e dois para trás &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07200302737452.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)O julgamento por combate era uma prática bastante popular naquele tempo, ainda que fosse difícil ver mulheres como oponentes, visto que o princípio dele era sem mulheres, crianças ou leprosos. Só havia duas exceções: quando uma mulher precisava se defender ao ser acusada de cometer um crime, ou durante as disputas conjugais.Por outro lado, se julgasse mais adequado, a mulher poderia designar um homem campeão para representá-lo, o mais próximo que ela teria de um advogado naquele tempo. Mas poucas o faziam, visto que era um momento crucial para elas mostrarem que poderiam ser independentes e cuidar do fim daquela relação por conta própria.Segundo o manual de duelo escrito por Hans Talhoffer, em 1467, os juízes tomaram algumas medidas para tornar o duelo entre marido e mulher o mais justo o possível. Diferente dos duelos por combates regulares, em que os réus tinham a permissão de escolher a própria arma, nos duelos conjugais as armas foram designadas pela corte. A mulher seria armada com uma pedra embrulhada em um pano e os homens lutavam com um porrete de madeira.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07200348753453.jpg" alt="(Fonte: Science Photo Library/Reprodução)">(Fonte: Science Photo Library/Reprodução)A luta acontecia com o homem em um buraco até a altura do peito, de onde ele poderia atacar sua esposa com o porrete apenas em uma mão, enquanto a outra ficaria amarrada às costas. E apesar disso, o homem ainda tinha muitas vantagens a seu favor, como mais força que as mulheres que não estavam acostumadas ao tipo de situação, tampouco a pegar em armas, e outras táticas desenvolvidas ao longo do tempo.Não se sabe ao certo como era determinado um vencedor, apenas que a morte de um dos participantes era certa. Se o marido vencesse, a mulher era enterrada viva em um buraco, mas se ela ganhasse, o homem então era executado com honras na praça da cidade.No final das contas, o sexismo da época sempre vencia, de uma forma ou de outra, em um jogo de progresso e retrocesso, sempre com um passo para frente e dois para trás.</body>

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Divórcio medieval: casais lutavam até a morte para se separarem

Imagem de Operação Fantasia: os EUA tentaram bombardear o Japão com raposas no megacurioso

E como se isso não fosse o bastante, os animais foram pintados com uma tinta radioativa para que brilhassem no escuro e causassem pavor nos japoneses

<head></head><body>Nada surge por acaso, por isso existe um motivo pelo qual a Agência Central de Inteligência (CIA) decidiu mandar seu homem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120735-cia-inventou-vampiros-durante-guerra-psicologica-nas-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edward Lansdale</a> para as Filipinas em 1950 para que ele usasse do folclore local de pânico contra criaturas vampirescas que supostamente andavam pela floresta, para instaurar uma guerra psicológica contra os nativos de grupos rebeldes.Esse tipo de tática ainda era um recurso das medidas desesperadas tomadas pelos Estados Unidos quando a Marinha Imperial japonesa decidiu atacar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120575-o-ataque-a-pearl-harbor-na-visao-de-um-sobrevivente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pearl Harbor</a> e colocar a potência na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, em 7 de dezembro de 1941.Enquanto o patriotismo dos americanos fazia de tudo para contribuir para a causa da guerra, a primeira agência secreta da América, o Gabinete de Serviços Estratégicos (OSS) desenvolvia a Operação Fantasia, que visava invadir o Japão continental com raposas radioativas que brilhavam no escuro.<h2>Um plano ambicioso</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Smithsonian Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/X_p9KCy8POpOSLUG1W8DGUFBDw4=/fit-in/1072x0/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer/f3/c3/f3c30327-b8ec-4b5e-9668-99a29eed3889/gettyimages-53366993.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13151310482350.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)">(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)Parte do plano que envolvia o ataque Doolittle, uma série de bombardeamentos em 18 de abril de 1942 como resposta ao ataque japonês ao Pearl Harbor, incluía atingir os centros industriais do Japão com mais medo, choque e confusão do que bombas.Sob o lema “Tudo é justo na guerra”, a OSS queria fazer os japoneses tremerem com uma guerra psicológica para mostrar que os americanos conheciam sobre todos seus medos, e isso significava inundar o país com criaturas mitológicas que representassem "presságios de destruição", uma amostra do iminente ataque.Foi o empresário e especialista em guerra psicológica da OSS, Ed Salinger, que idealizou a Operação Fantasia, em 1943, com a certeza de que o lançamento de raposas infligiria uma série de danos psicológicos nos japoneses porque, em suas palavras, "eles eram sujeitos a superstições, crenças em espíritos malignos e manifestações não naturais que poderiam ser provocadas e estimuladas".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13151442357351.jpg" alt="(Fonte: The Atlantic/Reprodução)">(Fonte: The Atlantic/Reprodução)Na mitologia japonesa, as raposas servirem como guardiãs fiéis do deus Inari, protetor do cultivo e do arroz, bem como algumas delas agiram como demônios, assediando humanos com comportamento maligno nas aldeias.Para inspirar essa faceta grotesca, seria preciso que Salinger fizesse as raposas brilharem no escuro para parecerem sobrenaturais, o que significava que teriam que trabalhar com radiação. Esse foi o aspecto mais perigoso do plano.<h2>Prejudicando a todos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13151525967353.jpg" alt="(Fonte: Ripley's/Reprodução)">(Fonte: Ripley's/Reprodução)A OSS começou capturando milhares de raposas vivas na Austrália e na China para pulverizar com tinta luminescente a base de rádio, causando impactos sobre as populações de vida selvagem e ecossistema em todo o mundo, apenas para que fossem submetidas a uma dolorida contaminação para um plano extremamente risível.A princípio, a OSS recorreu ao veterinário Harry Nimphius, do Zoológico do Central Park, para saber como poderiam fazer a tinta grudar nos pelos do animal, começando os testes a partir de um guaxinim. Dando seguimento ao plano, ironicamente, antes de aterrorizar os japoneses, a Operação Fantasia fez isso com os próprios americanos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13151631170357.jpg" alt="(Fonte: Gigazine/Reprodução)">(Fonte: Gigazine/Reprodução)As pessoas empregadas para pintarem as raposas sofreram com os efeitos da radiação igual as "garotas radioativas" da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119011-as-tropas-britanicas-sofreram-com-as-ists-na-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, que tiveram de anemia a câncer, fora necrose na mandíbula por trabalharem com o material sem proteção adequada. E não parou por aí.A OSS chegou a liberar 30 das criaturas luminosas em Rock Creek Park, em Washington D.C., para ver se suas cobaias realmente assustariam as pessoas. O sucesso foi considerado esmagador, e em momento algum a agência considerou o quanto aquilo afetou as pessoas que entraram em contato com o animal.<h2>Sumindo na História</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13151736233359.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Não contentes com isso, para descobrir como infiltrar as raposas contaminadas no continente japonês, os agentes da OSS lançaram os animais em gaiolas no mar pela Baía de Chesapeake, forçando-as a nadar até a praia — o que deu certo, apesar de boa parte da tinta ter ficado na água.Salinger não parou diante dos empecilhos apresentados pela operação. Ele continuou tentando incansavelmente várias maneiras, enquanto contaminava tudo com rádio ao seu redor.Até que em setembro de 1943, a OSS se cansou da Operação Fantasia, que empalideceu conforme os EUA entravam na Era Atômica que encerrou a Segunda Guerra Mundial.&nbsp;Demorou até 1950 para que a ideia de um plano de bombardeio usando raposas contaminadas com radiação, desaparecesse do radar da inteligência tática americana.</body>

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Operação Fantasia: os EUA tentaram bombardear o Japão com raposas

Imagem de Levantador de saias: o acessório que "salvou" as mulheres vitorianas no megacurioso

Em vestidos que chegavam a pesar 4 quilos e tinham saias muito longas, as mulheres decidiram encontrar uma solução para terem alguma qualidade de vida

<head></head><body>Em uma época em que até o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120004-o-luto-na-era-vitoriana-possuia-um-conjunto-de-etiquetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luto possuía regras</a> estritas de etiqueta sobre como e com qual tipo de tecido as mulheres deveriam se vestir durante a Era Vitoriana, não é de se impressionar que elas tivessem um vestido para cada ocasião de seu dia e até mesmo de sua vida.Ainda que essa ideia não seja muito estranha para a modernidade, visto que tipos de roupas são aplicadas a ambientes e situações diferentes, naquele período não havia um momento, senão a hora de dormir, em que as mulheres não estavam em vestidos longos repletos de anáguas e presas por espartilhos dolorosos.Além disso, as regras muito específicas do século XIX, como aponta o The Ladies Book of Etiquette and Manuel of Politeness, de 1872, beiravam o perturbador. Uma mulher tinha até o vestido certo para receber um telefonema, por exemplo, e que deveria combinar com os acessórios feitos especificamente para aquele momento.<h2>O problema &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11145213524359.jpg" alt="(Fonte: Moriah Densley/Reprodução)">(Fonte: Moriah Densley/Reprodução)Toda essa moda impraticável que pendurava nas mulheres até 4 quilos de tecidos, tornou impossível que a mulher se mexesse nos vestidos apertados. Nada o que acontecia abaixo da linha da cintura e da extensão de seus braços poderia ser controlado por elas porque se abaixar não era uma opção possível.Ainda que esse tipo de vestuário fosse a tendência e a lei social vigente da época, muitas mulheres sentiam que também era uma maneira de oprimir e aprisioná-las, portanto criaram inovações para recuperar o mínimo de mobilidade e dignidade sobre os próprios corpos.Foi assim que surgiu, por exemplo, a crinolina — uma armação em forma de colmeia que sustentava a sai por baixo — que não só reduziu o peso absurdo e refrescou o corpo feminino, como também deu espaço para as pernas se moveram, ainda que sua composição fosse extremamente inflamável.<h2>O início da revolução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11145419712360.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Mas isso não era o suficiente, porque as mulheres ainda precisam carregar a bainha de suas saias para que não ficasse suja e afetasse sua posição social de maneira "apocalíptica" para os vitorianos, atraindo a ira até de seus maridos.Foi assim que surgiu o levantador de saia, em meados de 1846, que não passava de um pequeno grampo preso no meio do vestido e amarrado na cintura da mulher. Ele segurava a bainha do vestido sem que fosse necessário ocupar as mãos, permitindo que as mulheres se envolvessem em todos os tipos de atividades antes limitadas pela expectativa de moda e falta de mobilidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/11/11145455369361.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)O levantador de saias foi só um dos produtos que abriu caminho para um futuro em que a moda pensasse mais na mulher como uma pessoa, não uma espécie de boneca social que deveria sempre estar impecável para os outros. Além disso, o acessório permitiu que elas desfrutassem de atividades esportivas, como andar de bicicleta.A Revolução Industrial também fez seu papel com a quantidade de capital e estímulo de produção em massa que ajudou a acelerar as tendências, que não mais duravam décadas, mas anos.</body>

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Levantador de saias: o acessório que 'salvou' as mulheres vitorianas

Imagem de 3 experimentos militares considerados absurdos no megacurioso

Os EUA, por exemplo, considerou criar uma 'bomba gay' para distrair os soldados inimigos ao fazê-los se atraírem uns pelos outros

<head></head><body>O Exército dos Estados Unidos está no "topo da cadeia alimentar" quando se trata de pesquisas e experimentos militares, em sua maioria desenvolvidos ao longo do século XX, entre 1940 e 1980. Isso porque a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> despertou um sentimento de encurralamento e, portanto, foi necessário o pensamento bélico. Por outro lado, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria&nbsp;</a>instigou a inteligência do governo para inventar meios para que fosse possível se mover no "escuro" proporcionado pelo período.Muito do que a Central de Inteligência (CIA) pensou e até mesmo desenvolveu, como drogar indivíduos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115567-operacao-midnight-climax-drogas-e-sexo-para-controlar-mentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Operação Midnight Clímax</a> para controlar suas mentes, ultrapassou o absurdo de tal modo que até hoje muitas pessoas não acreditam que realmente os militares podem ter chegado a tanto.Contudo, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121593-varas-de-deus-a-arma-mortal-projetada-para-ser-lancada-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimentos iguais às Varas de Deus</a>, ficou mais do que provado que um conceito que soa absurdo pode ser considerado pelas Forças Armadas, e esses 3 experimentos se enquadram perfeitamente no quesito:<h2>1. Projeto Iceworm &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07194842126439.jpg" alt="(Fonte: Sandboxx/Reprodução)">(Fonte: Sandboxx/Reprodução)Os EUA foram autorizados a construir bases militares na Groenlândia devido a um acordo com a Dinamarca, no início da década de 1950, para propósitos de estratégia contra a União Soviética, em caso das tensões arrebentarem.No entanto, a base Camp Century, enterrada sob o gelo da Groenlândia, foi usada para outro objetivo ultrassecreto: o Projeto Iceworm, cujo objetivo era construir uma rede de lançamento de mísseis nucleares móveis sob a camada gelada. Dessa forma, os soviéticos nunca teriam certeza da localização exata dos mísseis, enviados para várias direções a todo o momento.O projeto foi longe, mas não funcionou porque a maneira como o gelo se movia constantemente acabava destruindo os túneis. Antes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> derreter quase tudo e expor a verdadeira cidade e instalação nuclear mantida nos confins das calotas, o programa veio à tona em janeiro de 1995 durante uma investigação do Instituto Dinamarquês de Política Externa (DUPI) sobre o uso e armazenamento de armas nucleares na Groenlândia.<h2>2. A bomba gay</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07195222143440.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Em uma época em que se acreditava que a homossexualidade era contagiosa e que o vírus da AIDS poderia ser transmitido até mesmo por um aperto de mão, o Departamento de Defesa dos EUA, interessado em encontrar maneiras menos letais de lidar com soldados inimigos, viu em uma "bomba gay" a solução para desmoralizar e debilitar temporariamente.Tendo como base compostos químicos sem contexto científico algum, eles criariam a "bomba gay", que custaria US$ 7,5 milhões, para tornar os soldados tão irresistivelmente atraentes uns para os outros usando feromônios e elementos afrodisíacos que provocariam tanta luxúria que a tensão sexual seria demais para eles aguentarem.O projeto foi descrito em um artigo intitulado Harassing, Annoying, and 'Bad Guy' Identifying Chemicals, que nunca saiu do papel, embora tenha servido de inspiração para outros tipos de bombas com conceitos estranhos.<h2>3. Projeto Habakkuk</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07195313846443.jpg" alt="(Fonte: Amusing Planet/Reprodução)">(Fonte: Amusing Planet/Reprodução)A Marinha Real Britânica sofreu com os ataques dos submarinos alemães no teatro da Batalha do Atlântico, durante a Segunda Guerra Mundial, que eliminavam comboios navais inteiros, gerando prejuízos imensos para a Grã-Bretanha.Vendo isso acontecer, o inventor britânico Geoffrey Pyke chegou à seguinte conclusão: e se criasse um porta-aviões feito inteiramente de gelo, ou melhor, boa parte dele? Apesar de parecer absurda, a ideia se apoiava no conceito de que os icebergs se provaram muito resistentes a diversos tipos de colisões e até a ataques de mísseis ao longo do tempo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07195400424445.jpg" alt="Geoffrey Pyke. (Fonte: Pinterest/Reprodução)">Geoffrey Pyke. (Fonte: Pinterest/Reprodução)Assim surgiu o Projeto Habakkuk e o pykrete, um material feito com cerca de 14% de serragem de madeira, algodão e 86% de água, com o qual seria fabricado navios mais resistentes a ataques.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120481-veja-como-e-feito-o-pykrete-o-gelo-mais-forte-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Veja como é feito o pykrete, o gelo mais forte do mundo</a></li></ul>A proposta foi tão promissora que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120259-racismo-genocidio-e-esterilizacao-o-legado-de-winston-churchill.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Winston Churchill&nbsp;</a>não hesitou em aprovar o projeto de pesquisa, desenvolvido no Lago Patricia, no Canadá. No entanto, tão rápido o projeto começou, os problemas surgiram. As embarcações teriam que ser imensas, pensando que os icebergs são mais resistentes abaixo da linha d’água. Mas conforme o gelo fosse derretendo, o navio começaria a se inclinar, podendo derrubar as aeronaves que continha. O pykrete seria a solução se não precisasse de uma taxa de fusão tão baixa, que não podia ser proporcionada pelas unidades de refrigeração pouco complexas da época.</body>

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3 experimentos militares considerados absurdos

Imagem de Os 6 dos piores genocídios da história no megacurioso

Relembre alguns dos capítulos mais assombrosos da história da humanidade e quais impactos eles tiveram

Ao longo da hist&oacute;ria mundial, uma s&eacute;rie de crimes e assassinatos em massa contra a humanidade foram registrados por diversas gera&ccedil;&otilde;es. O genoc&iacute;dio&nbsp;deixa marcas t&atilde;o grandes que, inclusive, muitos desses eventos continuam repercutindo at&eacute; hoje e precisam de um trabalho constante de conscientiza&ccedil;&atilde;o para n&atilde;o serem repetidos.
Portanto, para que essas enormes trag&eacute;dias n&atilde;o se apaguem das nossas mem&oacute;rias, n&oacute;s reunimos uma lista com os seis dos piores casos de genoc&iacute;dio de todos os tempos. Veja s&oacute;.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120858-os-6-piores-anos-para-se-viver-na-historia-da-humanidade.htm" target="_blank">Os 6 piores anos para se viver na hist&oacute;ria da humanidade</a>
<h2>6. Massacre de Ruanda</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Genocidio_em_Ruanda#/media/Ficheiro:Ntarama_Church_Genocide_Memorial_-_Flickr_-_Dave_Proffer_(9).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/14/14164942470484.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1990, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110200-100-dias-de-morte-o-genocidio-de-ruanda-ignorado-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ruanda</a> entrou em uma guerra civil severa. O conflito era resultado de brigas &eacute;tnicas dentro da popula&ccedil;&atilde;o e um passado de esquemas pol&iacute;ticos corruptos. Quando o presidente ruand&ecirc;s Habyarimana morreu repentinamente, a maioria hutu que vivia no pa&iacute;s se achou no direito de atacar a minoria tutsi.
Segundo os dados de historiadores, grupos extremistas de hutus teriam matado cerca de 800 mil a 1 milh&atilde;o de pessoas no pa&iacute;s inteiro em apenas 100 dias. Logo, esse conflito ficou conhecido como um dos maiores genoc&iacute;dios em massa na hist&oacute;ria.
<h2>5. Holomodor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/14/14165055565486.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A palavra "Holomodor" em ucraniano significa "matar pela fome", que &eacute; basicamente o que aconteceu durante o conflito Ucr&acirc;nia-Sovi&eacute;tica entre 1922 e 1923. Na &eacute;poca, os sovi&eacute;ticos tentavam for&ccedil;ar os ucranianos a desistirem de suas pr&oacute;prias terras para trabalhar para o governo.
Para isso, as autoridades passaram a confiscar comida das casas dos habitantes, e as pessoas n&atilde;o estavam autorizadas a sair para buscar ajuda. Com isso, diversas regi&otilde;es agr&iacute;colas da Ucr&acirc;nia passaram a sofrer com a fome extrema. Estima-se que 12 milh&otilde;es de pessoas morreram nessa &eacute;poca.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121325-holomodor-a-grande-fome-que-devastou-a-ucrania-na-epoca-da-urss.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holomodor: a grande fome que devastou a Ucr&acirc;nia na &eacute;poca da URSS</a>
<h2>4. Genoc&iacute;dio Arm&ecirc;nio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/14/14182417813579.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Sob o dom&iacute;nio de Ismail Enver entre 1915 e 1923, a Arm&ecirc;nia atravessou momentos sombrios. Nessa &eacute;poca, cerca de 1,8 milh&atilde;o de arm&ecirc;nios e n&atilde;o-turcos foram massacrados, deportados ou mortos de fome pelas m&atilde;os do Imp&eacute;rio Otomano durante o per&iacute;odo da Primeira Guerra Mundial.
A justificativa dos turcos &eacute; de que o governo estava tentando se livrar de qualquer povo que se associasse aos russos. Esse &eacute; considerado o primeiro genoc&iacute;dio orquestrado em massa do s&eacute;culo XX.
<h2>3. Holocausto</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto#/media/Ficheiro:Selection_on_the_ramp_at_Auschwitz-Birkenau,_1944_(Auschwitz_Album)_1a.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/14/14165126378488.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A hist&oacute;ria dos horrores que aconteceram na Segunda Guerra Mundial repercutem em grande escala at&eacute; os dias atuais, o que prova a grande trag&eacute;dia que foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119888-holocausto-como-um-judeu-preso-enviava-cartas-a-esposa-secretamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>. Esse &eacute; o genoc&iacute;dio mais conhecido da hist&oacute;ria e tamb&eacute;m o mais documentado, quando Adolf Hitler e as for&ccedil;as nazistas tentaram exterminar os "indesej&aacute;veis" pelo Terceiro Reich.&nbsp;
Mais de 35 pa&iacute;ses ao redor do mundo sofreram as consequ&ecirc;ncias dessa guerra e o poderio alem&atilde;o foi respons&aacute;vel por assassinar mais de 6 milh&otilde;es de judeus, ciganos, eslavos, homossexuais, deficientes f&iacute;sicos e dissidentes religiosos.
<h2>2. Grande Salto Adiante</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/14/14165234097489.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O Grande Salto Adiante &mdash; tamb&eacute;m chamado de Segundo Plano Quinquenal &mdash; foi o plano econ&ocirc;mico e social lan&ccedil;ado por Mao Zedong e o Partido Comunista Chin&ecirc;s entre 1958 e 1962. A campanha visava reconstruir a sociedade agr&aacute;ria do pa&iacute;s em uma sociedade comunista industrializada, mas ficou conhecida como um dos piores genoc&iacute;dios da hist&oacute;ria.
Por meio de pol&iacute;ticas excessivas de coleta de gr&atilde;os que deixaram os agricultores chineses sem nada para comer, o pa&iacute;s foi assolado pela fome por todos os lados. Estima-se que entre 55 a 60 milh&otilde;es de pessoas morreram nesse per&iacute;odo.
<h2>1. Invas&otilde;es mong&oacute;is</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/14/14165351316490.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No s&eacute;culo XIII, o ex&eacute;rcito mongol realizou uma invas&atilde;o em massa pela Eur&aacute;sia, resultando no ato mais mort&iacute;fero de matan&ccedil;a em massa da hist&oacute;ria humana. At&eacute; hoje, nenhum outro genoc&iacute;dio ultrapassou sua barb&aacute;rie e seu alcance geral. Os mong&oacute;is matavam e saqueavam os povos de todos os lugares por onde passavam, expandindo controle pela regi&atilde;o.
Por meio de batalhas, cercos de cidades inteiras, bem como massacres em larga escala de popula&ccedil;&otilde;es civis, o Imp&eacute;rio Mongol subjugou rapidamente suas v&iacute;timas. Nesse meio tempo, mais de 100 milh&otilde;es de mortes foram cometidas pelas suas for&ccedil;as.

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Os 6 dos piores genocídios da história

Imagem de "Marrom múmia": a cor de tinta feita de restos mortais no megacurioso

A tinta se tornou uma 'febre' entre os pintores no século XVIII, que não faziam ideia de que carregavam múmia em pó em suas paletas

Antes de serem consideradas patrim&ocirc;nio imaterial da humanidade, as m&uacute;mias&nbsp;foram tanto <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121146-a-historia-por-tras-de-3-fotografias-famosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compradas e vendidas</a> por ambulantes e membros da elite europeia para serem usadas em festas e confraterniza&ccedil;&otilde;es no s&eacute;culo XVIII, como mo&iacute;das para tratar feridas, tosse e dores articulares.
Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120004-o-luto-na-era-vitoriana-possuia-um-conjunto-de-etiquetas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>, compreendida entre 1837 e 1901, as pessoas misturavam o p&oacute; da m&uacute;mia com &aacute;lcool ou chocolate antes de ser consumido como rem&eacute;dio, e isso acontecia desde o s&eacute;culo XII, devido &agrave; cor desses restos mortais milenares. Foi assim que o "marrom m&uacute;mia" surgiu &mdash; e se tornou um fen&ocirc;meno.
<h2>A cor feita de gente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07194200922431.jpg" alt="(Fonte: R. Leopoldina Torres/Florida State University/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: R. Leopoldina Torres/Harvard Art Museums)
A tinta, oriunda da mistura dos restos mortais da m&uacute;mia em p&oacute; com mirra e piche branco, se tornou altamente famosa a partir do s&eacute;culo XVII entre os pintores. Eles ficaram fascinados pela pigmenta&ccedil;&atilde;o do composto, que dava &agrave; tinta uma boa transpar&ecirc;ncia, sendo vers&aacute;til em v&aacute;rios contextos art&iacute;sticos.
O problema &eacute; que todo esse deslumbramento com o poder e qualidade revolucion&aacute;rias que a tinta apresentava, acabava no momento em que ela secava na tela. A "cor de m&uacute;mia" rachava facilmente, secava mal ao sol e desbotava quando atingida pelo vento. Foi por esse motivo que muitos pintores pararam de us&aacute;-la.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Messy Nessy Chic&nbsp;" data-fonte-url="https://static.messynessychic.com/wp-content/uploads/2019/06/A_nomenclature_of_colors_for_naturalists_-_and_compendium_of_useful_knowledge_for_ornithologists._1886_14777665391-1-1-930x1256.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07194339547434.jpg" alt="(Fonte: Messy Nessy Chic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Boston Public Library/Wikimedia Commons)
Da mesma maneira que poucas pessoas sabiam que tintas de parede e algumas maquiagens eram recheadas por compostos t&oacute;xicos, como ars&ecirc;nico, os artistas n&atilde;o faziam ideia de que o nome "cor de m&uacute;mia" n&atilde;o fazia alus&atilde;o apenas &agrave; tonalidade do cad&aacute;ver adquirida ao longo dos s&eacute;culos, mas sim que era realmente feita de restos humanos.
Mesmo ap&oacute;s isso ser revelado, e muitos pintores desapegarem da tinta devido a fatores t&eacute;cnicos, a produ&ccedil;&atilde;o da cor "marrom m&uacute;mia" s&oacute; foi realmente acabar na d&eacute;cada de 1960, quando a empresa C Roberson &amp; Co. esgotou seu estoque de m&uacute;mias.
No final das contas, fora a bizarrice provocada pelo tempo, a exist&ecirc;ncia de uma cor de tinta feita a partir de m&uacute;mias s&oacute; faz pensar o quanto esses bens valiosos foram sistematicamente roubados, desviados e destru&iacute;dos por puro capricho &mdash; nada muito diferente do que os ingleses fizeram no s&eacute;culo XVIII.

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'Marrom múmia': a cor de tinta feita de restos mortais

Imagem de Aqua Tofana: o veneno para matar maridos no século XVII no megacurioso

O veneno servia às esposas que estavam infelizes no casamento e queriam se livrar dos maridos

No s&eacute;culo XVII, as mulheres em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75394-5-tradicoes-antigas-de-casamento-que-vao-deixar-voce-de-queixo-caido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento</a> ruim n&atilde;o tinham muitas op&ccedil;&otilde;es &mdash; a &uacute;nica alternativa era simplesmente aguentar o c&ocirc;njuge, por mais abusivo que ele fosse. No entanto, essa perspectiva era diferente na It&aacute;lia gra&ccedil;as ao trabalho de uma nobre chamada Giulia Tofana, que se dedicava &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/76659-tratamentos-dignos-de-rainha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cosmetologia</a> artesanal.
Giulia &eacute; a inventora de uma subst&acirc;ncia chamada Aqua Tofana, uma esp&eacute;cie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69548-4-usos-potencialmente-medicinais-para-o-veneno-de-cobras-e-aranhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a> "perfeito", pois era incolor, inodoro e ins&iacute;pido &mdash; portanto, poderia ser misturado em qualquer comida ou bebida. Ele passou a ser usado por esposas que queriam matar seus maridos e fugir do infeliz casamento sem deixar vest&iacute;gios.
Estima-se que cerca de 600 pessoas foram mortas por esse veneno t&atilde;o poderoso que era poss&iacute;vel "calcular", a partir de sua quantidade, quanto tempo levaria at&eacute; que fizesse efeito. O produto se tornou t&atilde;o conhecido que at&eacute; Mozart desconfiou ter sido envenenado por ele.
<h2>Quem foi Giulia Tofana?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;All That's Interesting&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2020/06/illustration-of-a-woman-about-to-poison-her-husband.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/29/29193801804636.jpg" alt="(Fonte: Universal History Archive/Universal Images Group/Getty Images)" />(Fonte: Universal History Archive/Universal Images Group/Getty Images)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114739-giulia-tofana-a-mulher-que-envenenou-600-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Giulia Tofana</a> nasceu em Palermo (It&aacute;lia), por volta de 1620. Durante toda a sua vida, a morte sempre esteve por perto.&nbsp;A jovem Giulia herdou a receita do veneno de sua m&atilde;e &mdash; que foi executada ap&oacute;s ter sido acusada de envenenar o pr&oacute;prio marido.
Ainda que a f&oacute;rmula exata tenha sido perdida, imagina-se que fosse uma pasta feita com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118289-4-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-que-eram-venenosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ars&ecirc;nico</a>, chumbo e <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/62072-descubra-quais-sao-as-11-plantas-mais-venosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">beladona</a> &mdash; planta extremamente t&oacute;xica usada para tratar c&oacute;licas de &uacute;lceras g&aacute;stricas. A alta efici&ecirc;ncia da subst&acirc;ncia simulava os sintomas de doen&ccedil;as comuns, como diarreias, enjoos e v&ocirc;mitos.
Com o tempo, Giulia Tofana estabeleceu um neg&oacute;cio em Roma: ela montou um pequeno botic&aacute;rio em que produzia e comercializava (discretamente, &eacute; claro) a po&ccedil;&atilde;o da morte. A Aqua Tofana era vendida sob o nome de "Man&aacute; de S&atilde;o Nicolau de Mira", um &oacute;leo medicinal bem comum na casa das pessoas. Assim, ela conseguia vender o veneno sem levantar desconfian&ccedil;as.
Logo, muitas mulheres desesperadas come&ccedil;aram a comprar a subst&acirc;ncia e, por consequ&ecirc;ncia, dezenas de maridos passaram a aparecer mortos.
<h2>A descoberta do veneno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/12/12183408626639.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A Aqua Tofana foi comercializada por anos, at&eacute; que uma das clientes se arrependeu na exata hora em que servia uma sopa envenenada ao marido. Ela, ent&atilde;o, implorou que ele n&atilde;o tomasse a sopa e, pressionada, revelou sobre o veneno e onde comprara.
Outra vers&atilde;o sobre o fim do com&eacute;rcio de Giulia Tofana menciona que talvez as mulheres tenham citado os assassinatos em suas confiss&otilde;es para padres. Em pouco tempo, os casos vieram &agrave; tona.
Giulia Tofana foi presa, torturada e levada a julgamento, onde admitiu que seu veneno havia sido administrado para cerca de 600 pessoas. Ela foi condenada &agrave; morte junto de seus funcion&aacute;rios e alguns clientes &mdash; os que eram pobres, &eacute; claro, pois os ricos foram poupados da morte a pedido do Papa.

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