Imagem de Os 6 piores anos para se viver na história da humanidade no megacurioso

Apesar dos 2 anos seguidos de pandemia, existiram outros momentos muito piores para se estar vivo ao longo da história

Talvez voc&ecirc; afirme estar vivendo os piores tempos da hist&oacute;ria da humanidade por causa da pandemia do coronav&iacute;rus, mas se voc&ecirc; acredita que as coisas est&atilde;o piorando a cada ano que passa, saiba que, provavelmente, a situa&ccedil;&atilde;o j&aacute; foi muito pior.
O fato &eacute; que existem na hist&oacute;ria algumas datas que s&atilde;o verdadeiramente terr&iacute;veis. Para mostrar a voc&ecirc; que talvez o que estamos vivendo n&atilde;o esteja sendo t&atilde;o tenebroso assim, ainda que horr&iacute;vel, de qualquer forma, apresentamos os 6 piores anos para se viver na hist&oacute;ria da humanidade.
<h2 class="uk-text-justify">1. Ano 536</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07190307190392.jpg" alt="(Fonte: The Collector/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Collector/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O ano &eacute; 536 d.C. e uma n&eacute;voa cobria a Europa, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/42967-conheca-15-belezas-naturais-do-oriente-medio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oriente M&eacute;dio</a> e parte da &Aacute;sia. O Sol perdeu seu brilho, e a temperatura nessas partes do mundo caiu. Parece roteiro de filme de terror, mas isso realmente aconteceu. Ent&atilde;o, o ano 536 &eacute; considerado, por historiadores, o pior ano para se estar vivo.
Pesquisas afirmam que o nevoeiro teria liga&ccedil;&atilde;o com grandes erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas ocorridas na regi&atilde;o que compreende a Isl&acirc;ndia. Fome, adoecimento de fam&iacute;lias inteiras e crises econ&ocirc;micas se espalharam. Seus impactos teriam chegado a criar outro per&iacute;odo sombrio da humanidade, conhecido pela praga de Justiniano.
<h2 class="uk-text-justify">2. Ano 541: a praga de Justiniano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07190411893393.jpg" alt="(Fonte: Brewminate)" />(Fonte: Brewminate)
A precursora de todas as pandemias da hist&oacute;ria tem data: 541 d.C. Chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120486-constantinopla-teria-sido-berco-do-primeiro-surto-de-peste-bubonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">praga de Justiniano</a>, ela era transmitida pela picada de pulgas de ratos infectados. Originada no Egito, chegou &agrave; Constantinopla, capital do Imp&eacute;rio Bizantino, e se alastrou pela S&iacute;ria, Europa e &Aacute;sia Menor &mdash; hoje Turquia.
Estima-se que mais de 25 milh&otilde;es de pessoas tenham morrido em decorr&ecirc;ncia da doen&ccedil;a. Foi batizada dessa maneira porque as tropas justinianas teriam ajudado a propag&aacute;-la.
<h2 class="uk-text-justify">3. Ano 1347: a peste bub&ocirc;nica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07190526206396.jpg" alt="(Fonte: History)" />(Fonte: History)
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120550-como-uma-vila-inglesa-se-sacrificou-para-evitar-a-peste-bubonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peste bub&ocirc;nica</a> tornaria a assolar a Europa no s&eacute;culo XIV. Ela &eacute; um marco importante na transforma&ccedil;&atilde;o da sociedade e da economia na era medieval. Estima-se que a peste tenha ceifado a vida de mais de 50 milh&otilde;es de pessoas. S&oacute; a Europa teria perdido quase metade de sua popula&ccedil;&atilde;o.
A origem &eacute; semelhante &agrave; praga de Justiniano, com roedores carregando a doen&ccedil;a trazidos em barcos de mercadores italianos, encontrando, na Europa, um terreno f&eacute;rtil para fazer um verdadeiro estrago em todas as camadas sociais.
<h2 class="uk-text-justify">4. Ano 1520: a epidemia de var&iacute;ola nas Am&eacute;ricas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07190704893397.jpg" alt="(Fonte: Science)" />(Fonte: Science)
A chegada dos europeus nas Am&eacute;ricas foi determinante para a hist&oacute;ria dos continentes. Um dos primeiros impactos est&aacute; diretamente relacionado com as doen&ccedil;as trazidas pelos colonizadores ao continente. As popula&ccedil;&otilde;es origin&aacute;rias, at&eacute; ent&atilde;o isoladas, passaram a sofrer com os pat&oacute;genos mortais carregados de seus pa&iacute;ses de origem.
Sarampo, gripe, peste, mal&aacute;ria, difteria, tifo e c&oacute;lera causaram estragos, mas foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">var&iacute;ola</a> a maior respons&aacute;vel por eliminar cerca de 20 milh&otilde;es de ind&iacute;genas. Pesquisas indicam que, ao longo de cem anos, as comunidades ind&iacute;genas foram reduzidas de 60 milh&otilde;es de pessoas para apenas 5 ou 6 milh&otilde;es, muito por causa das doen&ccedil;as trazidas pelos europeus.
<h2 class="uk-text-justify">5. Ano 1918: Primeira Guerra Mundial e a gripe espanhola</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07190836956398.jpg" alt="(Fonte: Folha de S&atilde;o Paulo)" />(Fonte: Folha de S&atilde;o Paulo)
A Primeira Guerra Mundial e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113918-gripe-espanhola-de-1918-omissoes-cura-falsa-e-medo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gripe espanhola</a> fizeram muitos estragos. Imagine que uma terr&iacute;vel guerra toma conta de parte consider&aacute;vel da Europa e acaba com a vida de 8 milh&otilde;es de pessoas. Agora, junte a isso uma epidemia severa de gripe, em per&iacute;odo cujos avan&ccedil;os vacinais fossem limitados.
Pois &eacute;, 1918 foi um dos anos mais terr&iacute;veis e desastrosos da humanidade. A epidemia de gripe &mdash; a maior do s&eacute;culo XX &mdash; partiu de uma variante do v&iacute;rus Influenza vinda dos porcos. Sua origem seria uma base militar nos Estados Unidos que treinava americanos para a Primeira Guerra Mundial. Adoecidos, eles embarcaram para a Europa, onde a doen&ccedil;a se alastrou.
A gripe espanhola, que de espanhola n&atilde;o tem nada, matou ao menos 50 milh&otilde;es de pessoas em 1 ano, n&uacute;mero que pode ter sido muito maior. Mesmo no Brasil, 35 mil pessoas morreram, entre elas, o presidente Rodrigues Alves.
<h2 class="uk-text-justify">6. Ano 1929: a Grande Depress&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07191035894399.jpg" alt="(Fonte: Suno)" />(Fonte: Suno)
Parece &oacute;bvio que um ano conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120202-panico-de-1873-a-primeira-crise-economica-da-historia-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Depress&atilde;o</a> deve ter sido bem ruim. Foi dessa maneira que batizaram a crise de superprodu&ccedil;&atilde;o de 1929, resultado do colapso do capitalismo e do liberalismo econ&ocirc;mico.
Uma grande recess&atilde;o econ&ocirc;mica estourou nos Estados Unidos, que j&aacute; eram a maior economia global. Apesar do boom da economia na d&eacute;cada de 1920, os baixos sal&aacute;rios fizeram que o aumento da produ&ccedil;&atilde;o n&atilde;o fosse acompanhado pelo aumento do consumo. Com pouco dinheiro, milhares de pessoas que tinham a&ccedil;&otilde;es em empresas americanas decidiram comercializ&aacute;-las.
O pico de vendas do dia 24 de outubro de 1929 resultou na quebra da Bolsa de Nova York, tamb&eacute;m conhecida como &ldquo;quinta-feira negra&rdquo;. Era a quebra da economia que, &agrave; &eacute;poca, era a maior credora do mundo, respons&aacute;vel por produzir 42% de todos os bens industrializados e por comprar 40% das mat&eacute;rias-primas das 15 na&ccedil;&otilde;es mais comerciais do mundo.

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Os 6 piores anos para se viver na história da humanidade

Imagem de As terríveis histórias de tortura e morte da Mansão LaLaurie  no megacurioso

Considerada uma das casas mais mal-assombradas de Nova Orleans, a Mansão LaLaurie carrega histórias de tortura, morte e sofrimento ocorridas há quase 2 séculos

Madame LaLaurie e a Mans&atilde;o LaLaurie entraram para a hist&oacute;ria como um dos cap&iacute;tulos mais tristes de tortura e morte dos Estados Unidos. Hoje, a vida dessa mulher &eacute; lembrada como causadora de dor, enquanto a mans&atilde;o localizada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113407-carnaval-americano-estados-unidos-conheca-mardi-gras-nova-orleans.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Orleans</a> &eacute; um tema recorrente de relatos de assombra&ccedil;&atilde;o.
<a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/39570-terror-real-personagens-de-american-horror-story-existiram-de-verdade-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marie Delphine LaLaurie</a> nasceu em Nova Orleans, Estados Unidos, em 1775. Ela, que inspirava respeito e prest&iacute;gio por pertencer a uma fam&iacute;lia de pol&iacute;ticos da regi&atilde;o, era, no fundo, uma das mais cru&eacute;is e perversas assassinas em s&eacute;rie que o pa&iacute;s j&aacute; conheceu.
Estimativas apontam que ela tenha causado a morte de, aproximadamente, 100 pessoas, entre homens, mulheres e crian&ccedil;as. Outros in&uacute;meros haveriam sido torturados. Nem seus filhos teriam escapado impunes &agrave; viol&ecirc;ncia dela.
<h2 class="uk-text-justify">Tr&ecirc;s casamentos e v&aacute;rios funerais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07192838629403.jpg" alt="Madame LaLaurie teve tr&ecirc;s casamentos e seis filhos. (Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)" />Madame LaLaurie teve tr&ecirc;s casamentos e seis filhos. (Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)
A socialite se casou 3 vezes, mas foi apenas no &uacute;ltimo casamento em que adquiriu o sobrenome LaLaurie. Com seu novo marido, o m&eacute;dico Leonard Louis Nicolas LaLaurie, mudou-se, em 1831, para uma mans&atilde;o no bairro mais antigo da cidade. L&aacute;, montou o palco para suas perversidades.
Hoje, conhecemos a verdadeira faceta da senhora LaLaurie, mas at&eacute; 1834 as hist&oacute;rias que rondavam seu nome eram vistas apenas como boatos e lendas. Delphine gostava de oferecer grandes banquetes em sua resid&ecirc;ncia, momentos em que os convidados entravam em contato com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravizados</a> que trabalhavam para o casal LaLaurie.&nbsp;Os relatos eram sempre que estes viviam abatidos, feridos e fracos.
Alguns de seus vizinhos afirmavam ter visto, a dist&acirc;ncia, seu comportamento vil contra homens e mulheres. O mais terr&iacute;vel deles tinha como protagonista uma jovem escravizada de apenas 12 anos de idade, chamada Lia.&nbsp;A fun&ccedil;&atilde;o da menina era escovar os cabelos da madame e, em um ato de descuido, teria feito isso com mais for&ccedil;a do que o necess&aacute;rio. Irada, Delphine teria atirado a garota do telhado da mans&atilde;o. Em uma sociedade escravocrata, o m&aacute;ximo de puni&ccedil;&atilde;o foi a perda de 9 escravizados.
<h2 class="uk-text-justify">A descoberta da maldade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07193015175404.jpg" alt="Inc&ecirc;ndio causado por idosa torturada ajudou a descobrir o terror vivido na mans&atilde;o. (Fonte: 64 Parishes)" />Inc&ecirc;ndio causado por idosa torturada ajudou a descobrir o terror vivido na mans&atilde;o. (Fonte: 64 Parishes)
No dia 10 de abril de 1834, um inc&ecirc;ndio na Mans&atilde;o LaLaurie levou a pol&iacute;cia a descobrir as crueldades praticadas por Marie Delphine. Com a chegada de volunt&aacute;rios e das autoridades, descobriu-se, entre outras coisas, uma idosa acorrentada ao fog&atilde;o pelo tornozelo.
Outros sete escravizados foram encontrados amarrados com colares de ferro no pesco&ccedil;o e gravemente mutilados, alguns com as v&iacute;sceras para fora. O fogo havia iniciado como uma tentativa de suic&iacute;dio da idosa, que na impossibilidade de fuga, cogitou tirar a pr&oacute;pria vida.
Antes mesmo que as chamas consumissem todo o casar&atilde;o, o espa&ccedil;o foi invadido por uma multid&atilde;o, que destruiu tudo o que foi poss&iacute;vel. Misteriosamente, o casal LaLaurie conseguiu fugir para o Alabama e de l&aacute; para Paris, onde Madame LaLaurie teria morrido, em 1842.
<h2 class="uk-text-justify">Uma casa de horrores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07193349832405.jpg" alt="Torturas, morte e dor marcam a hist&oacute;ria da casa. (Fonte: AminoApps)" />Torturas, morte e dor marcam a hist&oacute;ria da casa. (Fonte: AminoApps)
Com a fuga da fam&iacute;lia e a destrui&ccedil;&atilde;o do im&oacute;vel, uma investiga&ccedil;&atilde;o detalhada foi instaurada. Nela, a pol&iacute;cia constatou que as sess&otilde;es de tortura envolveriam a remo&ccedil;&atilde;o de genitais, extra&ccedil;&atilde;o de sangue e pelos.
A Mans&atilde;o LaLaurie permaneceu abandonada por diversos anos. Na tentativa de repaginar o im&oacute;vel, o local foi utilizado para diferentes prop&oacute;sitos: escola, casa de reabilita&ccedil;&atilde;o para adolescentes, conservat&oacute;rio de m&uacute;sica, pr&eacute;dio de apartamentos e loja de varejo.
N&atilde;o s&atilde;o poucos os relatos ao longo dos anos afirmando que o lugar &eacute; mal-assombrado. Gritos, gemidos, correntes arrastando e cheiro de carne humana queimada. Os mesmos fantasmas s&atilde;o descritos, todos sempre muito violentos, incluindo uma mulher branca de olhos brilhantes, a quem as narrativas creem se tratar da pr&oacute;pria Madame LaLaurie.
<h2 class="uk-text-justify">Sem acesso &agrave; Mans&atilde;o LaLaurie</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07193506066406.jpg" alt="Atual propriet&aacute;rio n&atilde;o aceita visitas, nem mesmo de emissoras de TV. (Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)" />Atual propriet&aacute;rio n&atilde;o aceita visitas, nem mesmo de emissoras de TV. (Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)
Em 2007, o ator <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109166-nicolas-cage-diz-que-odeia-ser-meme-e-reclama-do-site-cage-cage.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nicolas Cage</a> chegou a adquirir a mans&atilde;o para escrever um livro de terror; contudo, ela ficou pouco tempo sob sua posse. Cage perdeu o im&oacute;vel, em 2009, para a execu&ccedil;&atilde;o hipotec&aacute;ria.
Em 2013, Michael Whalen, um magnata do petr&oacute;leo do Texas, adquiriu a Mans&atilde;o LaLaurie e se mudou para l&aacute; com a esposa. Desde ent&atilde;o, nunca permitiu visitas, nem mesmo as equipes de produ&ccedil;&atilde;o de American Horror Story: Coven, s&eacute;rie antol&oacute;gica de terror que contou um pouco a hist&oacute;ria de Marie Delphine LaLaurie.
Moradores contam que, se o propriet&aacute;rio est&aacute; na varanda do segundo andar e v&ecirc; turistas se aproximando, recolhe-se em seus aposentos. Ao que tudo indica, melhor fantasmas do que turistas.

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As terríveis histórias de tortura e morte da Mansão LaLaurie 

Imagem de Operação Gladio: as redes espiãs que queriam inibir o comunismo no megacurioso

Muitos países ainda se mantêm em silêncio sobre o assunto

Nascidas no per&iacute;odo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, as opera&ccedil;&otilde;es stay-behind ("ficar para atr&aacute;s", em tradu&ccedil;&atilde;o livre) foram redes de organiza&ccedil;&otilde;es secretas e clandestinas ligadas &agrave; Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte (Otan), implantadas em 16 pa&iacute;ses da Europa Ocidental durante os pr&oacute;speros tempos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119421-aos-10-anos-samantha-smith-tentou-acabar-com-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>.
O objetivo dessas c&eacute;lulas era deter, em qualquer pa&iacute;s, um ind&iacute;cio da "amea&ccedil;a comunista", montando uma rede de ex&eacute;rcitos secretos de guerrilha, sustentada, em muitos casos, com viol&ecirc;ncia por parte dos extremistas de direita para atingir seu prop&oacute;sito.&nbsp;
Coordenadas pela Otan, pela Ag&ecirc;ncia Central de Intelig&ecirc;ncia (CIA) e o Servi&ccedil;o Secreto de Intelig&ecirc;ncia Brit&acirc;nico (SIS), essas redes foram financiadas, armadas e treinadas em atividades secretas de resist&ecirc;ncia, incluindo assassinato, provoca&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e desinforma&ccedil;&atilde;o; prontas para serem ativadas em caso de invas&atilde;o pelas for&ccedil;as do Pacto de Vars&oacute;via. Nisso, a&nbsp;rede italiana Opera&ccedil;&atilde;o Gladio se tornou uma das mais famosas.
<h2 class="uk-text-justify">A trama</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sputnik News&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTozqKlRNd3qhRFVW-JXdWQG-i9ErmT8xB04wkbzZAVNtBfw6R5mfNU0r-8QXxCzh9Jhik&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07205432663425.jpg" alt="(Fonte: Sputnik News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Sputnik News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A princ&iacute;pio, a Gladio foi formada a partir das Unidades Auxiliares Brit&acirc;nicas pelo medo de uma invas&atilde;o alem&atilde;, for&ccedil;ando o SIS a treinar grupos de pessoas em toda a Gr&atilde;-Bretanha, conhecidos como Unidades Auxiliares, como um movimento de resist&ecirc;ncia &mdash; isso tudo durante a Segunda Guerra Mundial.
Nenhum desses homens eram soldados regulares, apenas civis altamente treinados, mas sem uma estrutura psicol&oacute;gica nem habilidades necess&aacute;rias. Al&eacute;m disso, eles n&atilde;o eram pagos e n&atilde;o usavam uniforme oficial. O objetivo deles era perseguir uma for&ccedil;a de ocupa&ccedil;&atilde;o por tr&aacute;s das linhas mesmo depois de uma rendi&ccedil;&atilde;o oficial.
Essa foi a primeira vez que um governo tentou estabelecer uma rede guerrilheira pr&eacute;-organizada. E, visto que os alem&atilde;es nunca invadiram a Gr&atilde;-Bretanha, o sucesso da opera&ccedil;&atilde;o foi contestado.
Ent&atilde;o, elas foram ressignificadas com o Tratado de Bruxelas de 1948, que criou o Comit&ecirc; de Planejamento Clandestino (CPRC) e, depois, a Otan, com o Quartel-General Supremo das Pot&ecirc;ncias Aliadas na EUROPA (SHAPE). Foi por meio dessa rede que os Estados membros da Otan organizaram as stay behind.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07205626398427.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: All That's Interesting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No final dos anos de 1960, a CIA j&aacute; estava financiando secretamente dezenas de redes de agentes espi&otilde;es em 13 pa&iacute;ses da Europa Ocidental, incluindo a neutra Su&eacute;cia.
Durante toda a Opera&ccedil;&atilde;o Gladio, a CIA se afiliou ao Vaticano, usando suas fontes para coletar informa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o apenas sobre a It&aacute;lia, mas tamb&eacute;m sobre os pa&iacute;ses atr&aacute;s da Cortina de Ferro, como a Pol&ocirc;nia e a Ucr&acirc;nia. O cardeal Domenico Tardini, um dos principais assessores do Papa Pio XXII e chefe das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores da Secretaria de Estados do Vaticano, foi uma das principais fontes dos americanos.
Al&eacute;m disso, a Opera&ccedil;&atilde;o Gladio canalizou muito dinheiro por meio do Banco do Vaticano (IOR), pelo fato de que a institui&ccedil;&atilde;o n&atilde;o mantinha nenhum registro ou rastro de papel de qualquer natureza. Foi assim que a CIA "despejou" mais de US$ 65 milh&otilde;es de seu dinheiro clandestino no Banco do Vaticano.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">M&aacute;fia das armas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07205718414428.jpg" alt="(Fonte: Tumblr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tumblr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A falta de fiscaliza&ccedil;&atilde;o em todas as esferas possibilitou que a Opera&ccedil;&atilde;o Gladio armasse muito bem seus ex&eacute;rcitos espi&otilde;es, deixando-os prontos para o ataque. De acordo com uma mat&eacute;ria da Associated Press, estoques de armas e explosivos foram escondidos em toda a Europa Ocidental entre 1950 e 1990 para os agentes das stay behind. Na Gr&eacute;cia, armas e muni&ccedil;&otilde;es foram encontradas enterradas anos depois que a rede foi desmantelada.
O perigo &eacute; que nem todos os dep&oacute;sitos secretos foram encontrados. S&oacute; na It&aacute;lia, 12 deles ficaram desaparecidos, como aponta um documento desclassificado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Os esconderijos italianos continham muni&ccedil;&otilde;es, explosivos, granadas de m&atilde;o, facas e punhais, morteiros de 60 mm, v&aacute;rios rifles sem recuo de 57 mm, rifles de precis&atilde;o, transmissores de r&aacute;dio, bin&oacute;culo e v&aacute;rias ferramentas. Tudo que pode ter ca&iacute;do em m&atilde;os erradas.
Foi s&oacute; em 1990 que a rede come&ccedil;ou a cair, quando o Parlamento Europeu aprovou uma resolu&ccedil;&atilde;o alegando que alguns servi&ccedil;os secretos militares estavam envolvidos em crimes graves e terrorismo. A resolu&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m instava a investiga&ccedil;&atilde;o por parte dos judici&aacute;rios dos pa&iacute;ses onde esses ex&eacute;rcitos operavam para que o modus operandi de toda a organiza&ccedil;&atilde;o fosse exposta.
At&eacute; o momento, apenas It&aacute;lia, Su&iacute;&ccedil;a e B&eacute;lgica realizaram inqu&eacute;ritos parlamentares sobre o assunto.

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Operação Gladio: as redes espiãs que queriam inibir o comunismo

Imagem de Como os egípcios antigos fabricavam o papiro? no megacurioso

O processo é considerado até hoje uma obra de arte

A escrita surgiu por volta de 3500 a.C., quando os povos sum&eacute;rios desenvolveram o que ficou conhecido como escrita cuneiforme na Mesopot&acirc;mia, feita na argila por meio de s&iacute;mbolos cavados no material. Essa primeira escrita completa do mundo era uma replica&ccedil;&atilde;o escrita palavra por palavra da linguagem falada, assim tornando poss&iacute;vel o arquivo de registros cotidianos, econ&ocirc;micos e pol&iacute;ticos da &eacute;poca.
Por milhares de anos, escrever foi uma habilidade reservada &agrave; elite, pertencente apenas aos escribas, ao clero e &agrave; aristocracia. Foi s&oacute; por volta de 3000 a.C. que os eg&iacute;pcios antigos inventaram o papiro, considerado uma revolu&ccedil;&atilde;o para a arte da escrita e um passo a mais na caminhada na modernidade da civiliza&ccedil;&atilde;o humana.
<h2 class="uk-text-justify">Como surgiu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06210019106013.jpg" alt="(Fonte: Emo Tours/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Emo Tours/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A argila podia se partir ou desintegrar, mas o papiro apresentava ainda mais desvantagens e vulnerabilidades do que ela, por ser menos resistente ao fogo e &agrave; &aacute;gua. A prova de sua inefic&aacute;cia &eacute; que toda a not&oacute;ria Biblioteca de Alexandria, no Egito, considerada o maior arquivo do mundo antigo, foi reduzida a cinzas por volta de 273 d.C.
No entanto, a argila era mais f&aacute;cil de se obter das plan&iacute;cies aluviais da Mesopot&acirc;mia, mas n&atilde;o muito do Egito, por isso os povos precisaram encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o para estabelecer os pr&oacute;prios arquivos. O papiro se tornou uma op&ccedil;&atilde;o de f&aacute;cil fabrica&ccedil;&atilde;o porque era oriundo do junco que crescia em todos os lugares ao longo do vale do Rio Nilo.
<ul class="uk-text-justify">
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia" target="_blank">Leia mais sobre Hist&oacute;ria no Mega Curioso</a></li>
</ul>
Crescendo at&eacute; 5 metros de altura, a planta Cyperus papyrus, al&eacute;m de fornecer o papiro &agrave; escrita, servia para muitos aspectos da vida eg&iacute;pcia, como alimenta&ccedil;&atilde;o, corda, cestas, sand&aacute;lias, brinquedos, itens cerimoniais, amuletos e objetos de prote&ccedil;&atilde;o espiritual. Sua gama de aplica&ccedil;&otilde;es compensava sua vulnerabilidade ao fogo e &aacute;gua, ent&atilde;o o material se tornou t&atilde;o parte do cotidiano eg&iacute;pcio que a vida ap&oacute;s a morte era conhecida como Campo dos Juncos.
<h2 class="uk-text-justify">Como era feito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06210056028014.jpg" alt="(Fonte: World History Encyclopedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: World History Encyclopedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi o naturalista Pl&iacute;nio, o Velho o 1&deg; a documentar como era feito o papiro, em 77 ou 79 d.C., milhares de anos depois que o material j&aacute; estava em uso. Visto que o papiro era confeccionado a partir do caule da planta, era necess&aacute;rio que fosse cortado em tiras finas para que se chegasse ao processo de se tornar uma folha.
Ap&oacute;s secas, essas l&acirc;minas eram mergulhadas em &aacute;gua, onde permaneciam por 6 dias com o prop&oacute;sito de se eliminar o a&ccedil;&uacute;car. De novo secas, elas eram arrumadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas &agrave;s outras para, por fim, serem prensadas.
Depois de prontas, as folhas eram colocadas entre dois peda&ccedil;os de tecido de algod&atilde;o e ent&atilde;o mantidas assim por mais 6 dias. Era com o peso dessa prensa que as finas l&acirc;minas se misturavam para formar o papel amarelado, pronto para o uso. Finalmente, o papiro era enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para que fosse criado um rolo, que seria usado durante a escrita.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06210239341015.jpg" alt="(Fonte: Proven Winners/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Proven Winners/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Esse processo todo levou anos para que os eg&iacute;pcios descobrissem e dominassem. Quando Pl&iacute;nio, o Velho fez sua grava&ccedil;&atilde;o do processo de fabrica&ccedil;&atilde;o, o papiro j&aacute; estava em uso pelo menos desde a constru&ccedil;&atilde;o das Pir&acirc;mides de Giz&eacute;, no s&eacute;culo XXVI a.C., sendo que o mais antigo descoberto remonta &agrave; 3&ordf; e 4&ordf; dinastias do Antigo Imp&eacute;rio do Egito.
Todos os papiros encontrados na Modernidade eram documentos legais importantes, reparti&ccedil;&otilde;es governamentais e cole&ccedil;&otilde;es de pessoas ricas, n&atilde;o de plebeus. Os pobres escreviam em madeira, pedra ou argila, como na Mesopot&acirc;mia.

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Como os egípcios antigos fabricavam o papiro?

Imagem de 6 descobertas históricas espetaculares feitas nos últimos 20 anos no megacurioso

Relembre alguns dos achados mais impressionantes feitos por cientistas e historiadores durante o século XXI

N&oacute;s estamos sempre aprendendo mais sobre o mundo em que vivemos, o que significa que praticamente todos os dias um cientista ou historiador realiza uma descoberta interessante sobre o mundo ou sobre nosso estilo de vida. Logicamente, entretanto, alguns achados s&atilde;o mais importantes que outros.
E a quantidade de acontecimentos durante o s&eacute;culo XXI n&atilde;o &eacute; pequena. Pensando nisso, n&oacute;s separamos uma lista com seis das descobertas hist&oacute;ricas mais espetaculares feitas nos &uacute;ltimos 20 anos e que te deixar&atilde;o simplesmente impressionado.&nbsp;
<h2>1. Queijo antigo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10104702786123.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Depois que o t&uacute;mulo de Ptahmes foi desenterrado no final do s&eacute;culo XIX, o local acabou sumindo de vista novamente. O motivo: nenhum arque&oacute;logo havia feito anota&ccedil;&otilde;es a respeito da localiza&ccedil;&atilde;o da descoberta. Em 2018, por&eacute;m, a tumba acabou sendo reencontrada e nela foram achados resqu&iacute;cios do mais antigo res&iacute;duo s&oacute;lido arqueol&oacute;gico de queijo j&aacute; encontrado na hist&oacute;ria.
O queijo provavelmente era feito com leite de cabra e tinha um gosto extremamente &aacute;cido, disse um especialista ao The New York Times. Apetitoso, n&atilde;o?
<h2>2. Os ossos de Ricardo III</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10104547896120.jpg" alt="(Fonte: Associated Press)" />(Fonte: Associated Press)
Durante s&eacute;culos, historiadores chegaram a acreditar que o corpo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/69590-inglaterra-inicia-funeral-de-ricardo-iii-apos-500-anos-de-sua-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ricardo III</a>, antigo rei da Inglaterra, jamais seria descoberto. Depois que ele foi morto durante a Batalha de Bosworth Field em 1485, o cad&aacute;ver do membro da realeza acabou sendo enterrado na Igreja Greyfriars Priory em Leicester.
Com o passar do tempo, no entanto, a localiza&ccedil;&atilde;o exata da antiga igreja e do corpo de Ricardo acabou sendo perdida e s&oacute; foi ser redescoberta em 2004, quando uma jovem colegial chamada Philippa Langley se deparou com o t&uacute;mulo enquanto atravessava um estacionamento em Leicester.
<h2>3. Arquitetura feita de mamutes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10104339224119.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Nossos ancestrais n&atilde;o eram exatamente conhecidos por seus dons art&iacute;sticos, mas uma descoberta datada da Era do Gelo sugere outra coisa. Em 2014, arque&oacute;logos escavaram uma estrutura de 25 mil anos em uma densa floresta pr&oacute;xima a Moscou, na R&uacute;ssia.&nbsp;
Segundo os pesquisadores, ela havia sido constru&iacute;da com os ossos de mais de 60 mamutes-lanosos. Isso mostra que nossos parentes do Paleol&iacute;tico j&aacute; tinham uma ideia de arquitetura e planejaram essa estrutura meticulosamente.
<h2>4. &Uacute;ltimo navio negreiro nos EUA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10104204880117.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119201-marinha-real-travou-guerra-para-acabar-com-trafico-de-escravos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">importa&ccedil;&atilde;o de escravizados</a> foi algo banido dentro dos Estados Unidos em 1808, mas isso n&atilde;o significa que embarca&ccedil;&otilde;es ilegais n&atilde;o continuaram circulando pelo Atl&acirc;ntico. Em 1860, por exemplo, o navio Clotilda chegou ao solo norte-americano com uma carga de escravizados levados da &Aacute;frica Ocidental.&nbsp;
Durante d&eacute;cadas, o que havia acontecido com essa escuna permanecia como um mist&eacute;rio. Mas todo o segredo acabou em 2019, quando arque&oacute;logos marinhos descobriram o navio negreiro enterrado na lama do Rio Mobilo, que corre pelo estado do Alabama.
<h2>5. Jogo de tabuleiro de 4 mil anos</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu do Louvre/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://457408.smushcdn.com/1295015/wp-content/uploads/2019/01/Jogo-antigo-58-Buracos.jpg?lossy=1&amp;strip=1&amp;webp=1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10104106693098.jpg" alt="(Fonte: Museu do Louvre/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Museu do Louvre/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Em 2018, arque&oacute;logos do Azerbaij&atilde;o examinaram um padr&atilde;o peculiar esculpido nas pedras de um antigo abrigo. Ap&oacute;s uma an&aacute;lise mais aprofundada, os pesquisadores notaram que a gravura era, na realidade, um exemplar de 4 mil anos do jogo de tabuleiro &ldquo;58 buracos&rdquo;.&nbsp;
Segundo o relato dos historiadores, o jogo era disputado como uma corrida entre os dois jogadores, que precisariam movimentar suas pe&ccedil;as no formato de estacas pelos buracos esculpidos pelo tabuleiro &mdash; equivalentes a uma pista de corrida.&nbsp;
<h2>6. Receita de cerveja</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10103932911083.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Atualmente, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103948-6-beneficios-da-cerveja-para-a-sua-saude-fisica-e-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> &eacute; uma das bebidas alco&oacute;licas mais apreciadas pelos seres humanos, por&eacute;m a sua f&oacute;rmula original n&atilde;o &eacute; nem um pouco recente. Em 2016, arque&oacute;logos chineses descobriram potes e recipientes que eram usados na confec&ccedil;&atilde;o de cerveja e decidiram analisar os res&iacute;duos ainda presentes.
Com isso, eles conseguiram recriar a receita utilizada para a confec&ccedil;&atilde;o de cervejas h&aacute; 5 mil anos. O estudo aponta que milho, cevada, l&aacute;grima-de-nossa-senhora e alguns tub&eacute;rculos eram fermentados juntos. A descoberta demonstrou que a cevada j&aacute; era cultivada na China cerca de 1 mil anos antes do que se imaginava.

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6 descobertas históricas espetaculares feitas nos últimos 20 anos

Imagem de 6 mitos sobre a Era Vitoriana no megacurioso

Se a Era Vitoriana faz você pensar em espartilhos, puritanismo e piercings genitais, você pode estar enganado

Pensar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120666-6-tradicoes-esquisitas-de-ano-novo-da-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a> &eacute; imaginar Jane Eyre, livro da escritora Charlotte Bront&euml;, adaptado ao cinema em 2011, e suas imensas mans&otilde;es, crian&ccedil;as &oacute;rf&atilde;s, casas comandadas por governantas com "m&atilde;o de ferro", n&atilde;o &eacute; mesmo? Ou quem sabe aqueles vestidos bufantes, espartilhos apertados, homens utilizando cartola e bengalas?
Certo, h&aacute; uma parte do imagin&aacute;rio desse per&iacute;odo da hist&oacute;ria que condiz com a realidade, mas h&aacute; muitas mentiras e mitos que foram se perpetuando no imagin&aacute;rio das pessoas e que este texto pretende mostrar para voc&ecirc;. Ent&atilde;o, preste aten&ccedil;&atilde;o, que agora &eacute; hora de saber seis mitos sobre a Era Vitoriana.
<h2 class="uk-text-justify">Mito 1: o piercing do pr&iacute;ncipe Albert</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03210032250008.jpg" alt="&nbsp;(Fonte: Men's Health)" />&nbsp;(Fonte: Men's Health)
Existe um <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/70181-10-piercings-e-alargadores-exoticos-que-vao-te-causar-muita-aflicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piercing</a> conhecido como pr&iacute;ncipe Albert. Trata-se de um acess&oacute;rio genital, colocado atrav&eacute;s de uma perfura&ccedil;&atilde;o na uretra. Atribu&iacute;do como de uso do monarca, esse &eacute; um mito cuja origem &eacute; incerta. O que se sabe &eacute; que, durante as d&eacute;cadas de 1960 e 1970, um adepto do uso de piercings chamado Doug Malloy divulgou por meio de impressos uma hist&oacute;ria sobre a origem desse piercing espec&iacute;fico.
Segundo Malloy, o pr&iacute;ncipe Albert teria criado esse "acess&oacute;rio" como maneira de "domar" a apar&ecirc;ncia de seu &oacute;rg&atilde;o avantajado quando vestisse cal&ccedil;as justas. Contendo pouqu&iacute;ssimos fatos, panfletos certamente foram respons&aacute;veis por impulsionar o mito. Existem teorias que relacionam a cria&ccedil;&atilde;o e o uso desse piercing com a prote&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o genital masculino. Vale ressaltar que piercings genitais s&atilde;o conhecidos desde o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119721-india-do-kama-sutra-e-templos-eroticos-para-o-sexo-como-tabu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kama Sutra,</a> publica&ccedil;&atilde;o que data de aproximadamente o s&eacute;culo II.
<h2 class="uk-text-justify">Mito 2: o vibrador surgiu para ajudar mulheres &ldquo;hist&eacute;ricas&rdquo;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03210231188009.jpg" alt="(Fonte: Science Museum)" />(Fonte: Science Museum)
Outro mito propagado com frequ&ecirc;ncia liga a cria&ccedil;&atilde;o dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/90609-hora-de-falar-de-sexo-conheca-a-bizarra-origem-do-vibrador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vibradores</a> modernos com os tratamentos para mulheres com "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120433-especialistas-acreditam-que-estamos-vivendo-uma-histeria-coletiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histeria</a>", termo extinto que abarcava de tudo, desde dores de cabe&ccedil;a at&eacute; colapsos nervosos.
Popularizado em filmes e document&aacute;rios, essa narrativa ganhou for&ccedil;a com a obra The Technology of Orgasm: "Hysteria", the Vibrator, and Women's Sexual Satisfaction (A Tecnologia do Orgasmo: "Histeria", o Vibrador, e a Satisfa&ccedil;&atilde;o Sexual Feminina), escrita pela historiadora Rachel Maines, pesquisadora na Universidade Cornell, nos Estados Unidos (EUA), pois um novo estudo apontou que a tese original tinha bases question&aacute;veis, tendo muitas de suas alega&ccedil;&otilde;es refutadas.
Dispositivos mec&acirc;nicos foram desenvolvidos &agrave; &eacute;poca como massageadores de costas e pesco&ccedil;o, auxiliando a contornar o cansa&ccedil;o de m&eacute;dicos que precisassem aplicar massagem em suas pacientes. Muitos acabaram sendo utilizados para masturba&ccedil;&atilde;o na primeira d&eacute;cada do s&eacute;culo XX, mas como eram comercializados apenas para m&eacute;dicos, n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de que mulheres teriam acesso a eles.
Ainda por cima, &eacute; preciso ter em mente de que naquele momento da hist&oacute;ria n&atilde;o havia compreens&atilde;o do que seriam os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112332-pesquisadora-quer-desvendar-as-origens-do-orgasmo-feminino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orgasmos femininos</a>, tornando ainda mais improv&aacute;vel que tais aparelhos tivessem essa finalidade.
<h2 class="uk-text-justify">Mito 3: a Era Vitoriana foi um per&iacute;odo de puritanos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03210554922010.jpg" alt="(Fonte: WikiMedia Commons)" />(Fonte: WikiMedia Commons)
Um dos mitos mais reproduzidos &eacute; de que a Era Vitoriana seria composta de&nbsp;puritanos. Ideal refor&ccedil;ado pelas artes pl&aacute;sticas e seus retratos de gente vestida at&eacute; o pesco&ccedil;o, esse mito entra em choque, por exemplo, com a literatura da &eacute;poca, carregada de erotismo, ou mesmo se imaginarmos que a Rainha Vit&oacute;ria&nbsp;detalhou as aventuras sexuais de sua noite de n&uacute;pcias em seu di&aacute;rio.
A Rainha Vit&oacute;ria tinha uma cole&ccedil;&atilde;o de pinturas de nus, sendo a escolha recorrente da troca de presentes entre ela e seu marido, o pr&iacute;ncipe Albert. N&atilde;o podemos nos esquecer do livro de mem&oacute;rias&nbsp;Minha Vida Secreta, cujo autor an&ocirc;nimo transcorria em min&uacute;cias relatos de suas aventuras sexuais.
<h2 class="uk-text-justify">Mito 4: Rainha Vit&oacute;ria, a primeira noiva de branco</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03211353329012.jpg" alt="(Fonte: Vanity Fair)" />(Fonte: Vanity Fair)
A ideia rom&acirc;ntica do <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/101925-19-fotos-que-mostram-vestidos-de-noiva-de-diferentes-partes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vestido de casamento</a> branco certamente surgiu com o da Rainha Vit&oacute;ria, mas apont&aacute;-la como sendo a 1&ordf; a utilizar &eacute; impreciso. Antes de tudo, a populariza&ccedil;&atilde;o do uso da cor remonta ao per&iacute;odo da coroa&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120108-napoleao-bonarpate-quase-foi-morto-por-coelhos-domesticados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napole&atilde;o Bonaparte</a>,&nbsp;em 1804, quando ele e a sua esposa&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118093-napoleao-e-josefina-uma-historia-de-amor-conturbada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Josefina</a>&nbsp;mandaram confeccionar trajes brancos bordados com fios de ouro para a cerim&ocirc;nia, que tamb&eacute;m oficializaria a uni&atilde;o do casal.
J&aacute; o uso exclusivo por noivas ainda n&atilde;o possui consenso entre historiadores, apesar de muitos defenderem que essa tradi&ccedil;&atilde;o surgiu no s&eacute;culo XVI gra&ccedil;as &agrave; Rainha Mary Stuart, da Esc&oacute;cia, que vestiu branco em homenagem &agrave; fam&iacute;lia materna, cujo bras&atilde;o tinha essa cor. Maria de M&eacute;dici, Rainha da Fran&ccedil;a no s&eacute;culo XVII, tamb&eacute;m &eacute; apontada como poss&iacute;vel criadora da tend&ecirc;ncia.
<h2 class="uk-text-justify">Mito 5: os espartilhos levavam as mulheres vitorianas ao desmaio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03211250844011.jpg" alt="(Fonte: IBXK)" />(Fonte: IBXK)
Surgido por volta dos anos 1500, o corset, popularmente conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119034-4-pecas-de-roupa-classicas-no-mundo-da-moda-e-suas-historias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espartilho</a>, era um acess&oacute;rio de uso comum entre os aristocratas espanh&oacute;is e franceses. O formato mais comum era o c&ocirc;nico, que tinha al&ccedil;as e estrutura mais curta do que aqueles que ficaram famosos, lembrando uma ampulheta.
Apesar de apontado como elemento de fetichiza&ccedil;&atilde;o e opress&atilde;o da mulher, a hist&oacute;ria mostra que parte de sua m&aacute; fama &eacute; anterior ao per&iacute;odo vitoriano. Durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa, esse elemento foi associado &agrave; aristocracia e, por isso, rejeitado. Na mesma &eacute;poca, difundiram-se boatos de "origem m&eacute;dica", sem embasamento cient&iacute;fico, sobre problemas causados pelo seu uso. Sem contar a associa&ccedil;&atilde;o feita entre prostitui&ccedil;&atilde;o e o uso de espartilhos.
A verdade &eacute; que os espartilhos s&oacute; machucavam as pessoas que n&atilde;o fizessem um bom ajuste do elemento, o que, &eacute; bom pontuar, n&atilde;o significa que o acess&oacute;rio n&atilde;o tenha causado danos em quem os apertasse em demasia.
<h2 class="uk-text-justify">Mito 6: Rainha Vit&oacute;ria era pretensiosa e mal-humorada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/03/03211545125013.jpg" alt="(Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)" />(Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)
&Eacute; conhecido que os &uacute;ltimos 40 anos de vida da Rainha Vit&oacute;ria foram de luto e muito sofrimento causado pelo falecimento prematuro de seu marido, pr&iacute;ncipe Albert, aos 42 anos. Apesar disso, apont&aacute;-la como uma pessoa sisuda e pretensiosa parece ser um engano.
&Eacute; certo que, ap&oacute;s o falecimento de seu companheiro, as lamenta&ccedil;&otilde;es de forma privada e p&uacute;blicas aconteceram, mas antes disso ela perpetuou uma imagem de algu&eacute;m muito animada. Al&eacute;m de amar literatura e falar de forma fluente ingl&ecirc;s, franc&ecirc;s e alem&atilde;o, ela era uma ex&iacute;mia pianista, apreciadora de artes e pintou at&eacute; seus 70 anos.
O mito perpetuado de que ela teria proferido a frase "we are not amused" ("n&atilde;o nos divertimos", em tradu&ccedil;&atilde;o livre) foi desmentido em 1976 pela princesa Alice, neta da monarca, quem afirmou que a pr&oacute;pria havia-lhe confidenciado se tratar de uma mentira.

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6 mitos sobre a Era Vitoriana

Imagem de Mercy dogs: os cães heroicos da Primeira Guerra Mundial no megacurioso

Na época, o exército alemão treinava cachorros para identificar soldados feridos no campo de batalha e confortá-los no leito de morte

Ferir-se em um campo de batalha na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a> poderia ser uma situa&ccedil;&atilde;o catastr&oacute;fica. O medo de morrer sozinho e abandonado no meio da Terra de Ningu&eacute;m &mdash; um territ&oacute;rio sob disputa durante o conflito armado &mdash; era uma realidade constante no leito de morte de muitos soldados. Entretanto, o ex&eacute;rcito alem&atilde;o tinha um plano para n&atilde;o deixar ningu&eacute;m a s&oacute;s: os Mercy Dogs &mdash; ou c&atilde;es misericordiosos.
Esses cachorros eram treinados para vasculhar um territ&oacute;rio ap&oacute;s uma longa batalha em busca de soldados para ajudar, levando consigo suprimentos m&eacute;dicos nas costas e portando at&eacute; mesmo uma m&aacute;scara de g&aacute;s. E caso n&atilde;o houvesse mais solu&ccedil;&atilde;o para aquela pessoa, a miss&atilde;o do companheiro canino era fornecer conforto nos &uacute;ltimos minutos de vida.
<h2>Mercy dogs na guerra</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/30/Red_Cross_dog_calling_aid_-_Britain_LCCN2006690219.jpg/1024px-Red_Cross_dog_calling_aid_-_Britain_LCCN2006690219.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04112828588165.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Conforme mais soldados eram despachados para as trincheiras durante a Primeira Guerra, o mesmo acontecia com os c&atilde;es. Durante os quatro anos de confronto sangrento, estima-se que os dois lados da guerra tenham usado mais de 50 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120783-por-que-cachorros-nao-podem-tomar-cafe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a> em combate.
As ra&ccedil;as mais comuns eram: Airedale Terrier, Pastor-alem&atilde;o, Dobermann e Boxer. Esses c&atilde;es poderiam ser chamados de mercy dogs, c&atilde;es da Cruz Vermelha, c&atilde;es-ambul&acirc;ncia, ou c&atilde;es-v&iacute;timas e atuaram no suporte de soldados feridos desde os primeiros confrontos em 1914.
Ent&atilde;o, eles foram enviados ao campo de batalha para fornecer medicamentos para que os combatentes pudessem tentar se tratar sozinhos. Caso algu&eacute;m estivesse gravemente ferido, um peda&ccedil;o de seu uniforme seria arrancado pelo c&atilde;o e levado de volta ao acampamento como uma forma de pedir de ajuda.
Essa era uma mensagem de esperan&ccedil;a para o enfermo, que teria pelo menos uma ideia de que seus superiores haviam sido comunicados de sua baixa. O m&eacute;todo era bastante eficiente e r&aacute;pido no resgate de soldados feridos at&eacute; mesmo na calada da noite, quando era dif&iacute;cil de enxergar por conta da escurid&atilde;o nos campos da Europa.
<h2>Focinho amigo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04112958010172.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em alguns casos, os mercy dogs conseguiram identificar v&iacute;timas que teriam sido julgadas como &ldquo;sem salva&ccedil;&atilde;o&rdquo; pelos seres humanos, mas que ap&oacute;s uma noite de cuidados em um centro especializado demonstraram &oacute;tima rea&ccedil;&atilde;o. Mas como a guerra est&aacute; longe de ser um conto de fadas, nem sempre o desfecho era positivo.
Quando um c&atilde;o treinado para realizar os primeiros socorros se deparava com um soldado em seu leito de morte, sua principal tarefa era oferecer-lhe &ldquo;um focinho amigo&rdquo; antes do fim. Ent&atilde;o, eles se deitariam ao lado do corpo fatalmente ferido e ficariam ali para que essa pessoa n&atilde;o morresse sozinha.
Alguns desses c&atilde;es ficaram at&eacute; mesmo famosos, como foi o caso do Sargento Stubby, o primeiro c&atilde;o de guerra dos Estados Unidos, que aprendeu a alertar os soldados sobre ataques de g&aacute;s mostarda e ajudou na busca dos feridos. A maioria dos mercy dogs, entretanto, trabalhava anonimamente e uma grande parte deles morreu durante a guerra. Ao fim do conflito em 1918, estima-se que 7 mil c&atilde;es tenham sido mortos em combate.&nbsp;
<h2>Legado canino</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04112920416169.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O trabalho feito pelos mercy dogs na Primeira Guerra estabeleceu um caminho a ser seguido em confrontos futuros. Ao longo do s&eacute;culo XX, humanos passaram a enviar c&atilde;es para quase todos os seus conflitos armados. Na Segunda Guerra Mundial, os cachorros n&atilde;o s&oacute; trabalhavam como enfermeiros, mas serviam como c&atilde;es mensageiros, c&atilde;es de guarda e c&atilde;es escoteiros.
Os EUA, que mal tinham c&atilde;es de guerra em 1914, enviaram 20 mil ajudantes caninos para a guerra de 1939 &mdash; algo que se tornou padr&atilde;o para os norte-americanos na Guerra do Vietn&atilde; e nas miss&otilde;es no Iraque e no Afeganist&atilde;o. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118676-o-que-e-o-movimento-internacional-da-cruz-vermelha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruz Vermelha</a>, por outro lado, come&ccedil;ou a usar c&atilde;es de terapia com soldados convalescendo ap&oacute;s a batalha na d&eacute;cada de 1940.
E assim foi sendo constru&iacute;do um legado. Esses bravos aliados caninos, que deveriam ter fornecido apenas um suporte m&eacute;dico, demonstraram ser fi&eacute;is escudeiros e trabalhadores implac&aacute;veis em todas as oportunidades.&nbsp;

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Mercy dogs: os cães heroicos da Primeira Guerra Mundial

Imagem de 6 heróis não reconhecidos pela história no megacurioso

Saiba como essas grandes figuras do passado contribuíram para a sociedade, mas não receberam o reconhecimento que mereciam

<head></head><body>A história da humanidade é constantemente contada pelos vencedores, mas isso não significa que todas as pessoas do mundo tenham recebido o reconhecimento que mereciam pelos seus feitos. Inclusive, existem algumas figuras importantes ao passar das décadas que foram deixadas de lado, porém realmente tiveram uma participação fundamental em seus meios.Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis grandes heróis que foram subestimados pelos livros de história e merecem ter seus feitos contados por gerações. Olha só quem está presente no grupo!<h2>1. Virginia Apgar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06174050173384.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Mesmo tendo graduado como quarta melhor aluna de sua turma de médicos e cirurgiões formados pela Universidade de Columbia em 1933, Virginia Apgar teve que encarar uma série de desafios no início de sua carreira. Ela começou sua jornada trabalhando com cirurgias, mas foi desencorajada por pessoas a sua volta.Em 1938, voltou para Columbia como diretora de anestesia, mas teve que se contentar com salários baixos e a falta de respeito de seus colegas. Porém, as coisas começaram a mudar na década de 1940. Anestesia tornou-se um ramo importante e isso fez com que Apgar conquistasse uma vaga de professora na universidade — a primeira mulher a assumir o cargo. Em 1950, ela inventou um novo sistema de avaliação de recém-nascidos.<h2>2. John Tradescant</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06174127236385.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ao longo de sua carreira como jardineiro para a realeza inglesa, John Tradescant tornou-se habilidoso em coletar uma série de artefatos. Sua coleção incluía desde animais exóticos, como salamandras e pelicanos, até o que era visto como um ovo de dragão.Em 1628, Trandescant abriu sua casa para visitações, cobrando uma pequena taxa para que as pessoas pudessem observar de perto todos os seus itens. Em pouco tempo, essa se tornou uma grande atração de Londres e depois deu lugar ao moderno Ashmolean Museum — o primeiro museu público do mundo.<h2>3. Alexander Fleming</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06174224923386.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Enquanto servia como médico do exército norte-americano durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, Alexander Fleming viu um soldado morrer na sua frente por conta de complicações de uma ferida infeccionada. Suas observações o levaram a escrever um artigo sobre o assunto, o qual acabou não aceito pelas revistas científicas da época.Em 1928, entretanto, ele acabou descobrindo um fungo capaz de matar bactérias após ter deixado uma Placa de Petri aberta próximo a uma janela. E foi assim que surgiu a penicilina, um verdadeiro marco científico no ramo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115767-bacterias-avisam-outras-sobre-ataque-de-antibiotico-quando-morrem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>.<h2>4. Lavinia Fontana</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Lavinia_Fontana#/media/File:Lavinia_Fontana_-_Self-Portrait_at_the_Spinet_-_WGA07985.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06174658158388.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Nascida em 1552 e filha de um pintor em Bologna, na Itália, Lavinia Fontana demonstrou ter talento para a arte desde muito nova. Seu pai não demorou muito para notar esse dom e, inclusive, tentou utilizá-lo para evitar pagar um dote em seu casamento com um rico comerciante.Ao longo de sua vida, ela foi mãe de 11 crianças. E enquanto não estava ocupada trocando fraldas, tornou-se a primeira pintora profissional em toda a Europa, tornando-se uma artista de retratos cobiçada pelas nobres da época. Sua lista de clientes chegou a incluir a Igreja Católica e o rei da Espanha.&nbsp;<h2>5. Louis Braille</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06174806456389.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Após ter se cegado acidentalmente aos 3 anos de idade, Louis Braille conseguiu um fato incrível aos 15 anos: desenvolver um sistema de escrita para pessoas com deficiência visual usando pontos em alto relevo. Cinco anos depois disso, ele publicou um livro completo sobre o assunto — completamente em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118372-braille-como-surgiu-o-sistema-de-escrita-tatil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">braille</a>.&nbsp;Essa inovação fez com que ele se tornasse um nome importante nos campos da educação, álgebra, gramática, música e geografia na Nova Escola para Cegos de Paris, onde posteriormente virou o primeiro professor completamente cego.&nbsp;<h2>6. Sarah Breedlove</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/06174909238391.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons) Nascida numa família de escravos, órfã aos 6 anos, casada aos 14 e viúva aos 20, Sarah Breedlove teve uma vida cheia de percalços. Com um filho de 2 anos para cuidar, ela precisou trabalhar como empregada doméstica e fazia aulas noturnas para dar continuidade aos seus estudos.Foi assim que acabou desenvolvendo o "Walker System", um método aprimorado para tratar cabelos afro, o que acabou virando uma grande indústria de cosméticos para mulheres negras. Em 1908, seu sucesso era tamanho que acabou se tornando a primeira mulher negra a se tornar milionária.&nbsp;</body>

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6 heróis não reconhecidos pela história

Imagem de Entenda porque o Brasil não tem mais ferrovias no megacurioso

Embora sejam usados até hoje para transportar algumas commodities, os trens já foram bem mais importantes em nosso país

As ferrovias oferecem diversas vantagens em rela&ccedil;&atilde;o ao transporte por estradas: levam mais passageiros e carga com menos emiss&otilde;es de poluentes, s&atilde;o mais r&aacute;pidos e confort&aacute;veis para longas dist&acirc;ncias, al&eacute;m de compensarem financeiramente a longo prazo, mesmo com custos de constru&ccedil;&atilde;o mais altos. Por&eacute;m, no Brasil, cerca de 2 ter&ccedil;os das cargas s&atilde;o transportadas por caminh&otilde;es, e a quantidade de pessoas que viaja de trem &eacute; irris&oacute;ria.&nbsp;
N&atilde;o &eacute; que o Brasil n&atilde;o tenha ferrovias: com 30 mil km, estamos entre as 15 maiores malhas ferrovi&aacute;rias do mundo &mdash; embora 1 ter&ccedil;o disso n&atilde;o seja utilizado e algumas linhas estejam totalmente sucateadas. O problema &eacute; que isso &eacute; pouqu&iacute;ssimo para um pa&iacute;s do tamanho do nosso: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119442-excepcionalismo-americano-porque-os-eua-se-acham-o-centro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>, n&atilde;o s&atilde;o muito maiores e t&ecirc;m 10 vezes mais linhas f&eacute;rreas; a Alemanha, que &eacute; bem menor, tem mais trilhos do que n&oacute;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07002943232034.jpg" alt="(Fonte: Biblioteca Nacional)" />(Fonte: Biblioteca Nacional)
Claro que as rodovias t&ecirc;m suas vantagens, como menor custo de implanta&ccedil;&atilde;o e manuten&ccedil;&atilde;o, mas por que o Brasil n&atilde;o investe mais em ferrovias para cobrir suas dist&acirc;ncias continentais? &Eacute; poss&iacute;vel entender isso olhando para a hist&oacute;ria do pa&iacute;s.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">Dos tempos do imperador &agrave; crise</h2>
Os trens j&aacute; foram bem importantes no Brasil, entre o final do s&eacute;culo XIX e as primeiras d&eacute;cadas do s&eacute;culo XX. Ferrovias come&ccedil;aram a ser constru&iacute;das no Segundo Reinado, com incentivo do governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110018-15-de-novembro-por-que-o-brasil-abandonou-a-monarquia-de-dom-pedro-ii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dom Pedro II</a>. Muitos trilhos usados at&eacute; hoje, ali&aacute;s, s&atilde;o dessa &eacute;poca.&nbsp;
Al&eacute;m de transportar passageiros, as ferrovias eram usadas para transportar o principal produto de exporta&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s: o caf&eacute;. Por isso, muitas linhas eram operadas por empresas privadas, que tinham liga&ccedil;&atilde;o com a cafeicultura. Bem, a&iacute; &eacute; que come&ccedil;a o problema.
Com a crise de 1929, que se estendeu pela d&eacute;cada de 1930, os consumidores do caf&eacute; brasileiro pararam de comprar &mdash; e n&oacute;s paramos de produzir. As empresas n&atilde;o tinham mais receita nem motivos para operar as ferrovias, como tamb&eacute;m n&atilde;o tinham recursos para investir em manuten&ccedil;&atilde;o e moderniza&ccedil;&atilde;o da malha ferrovi&aacute;ria.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/43/Railroad_station_brazil_1885.jpg/2560px-Railroad_station_brazil_1885.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05234840607018.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
<h2 class="uk-text-justify">J&aacute; que est&aacute; tudo sucateado mesmo...</h2>
A partir disso, tudo s&oacute; piorou. Para se ter ideia, o Brasil j&aacute; tinha mais de 30 mil km de ferrovias nos anos 1940, e esse n&uacute;mero se mant&eacute;m at&eacute; hoje, sendo que 1 ter&ccedil;o disso n&atilde;o &eacute; utilizado, ou seja, s&oacute; "andamos para tr&aacute;s".&nbsp;
Na d&eacute;cada seguinte, as ferrovias j&aacute; estavam antiquadas, e as concess&otilde;es para empresas privadas estavam terminando &mdash; sem que ningu&eacute;m tivesse muito interesse em renov&aacute;-las. Nesse cen&aacute;rio, em 1957, foi criada a Rede Ferrovi&aacute;ria Federal S/A (RFFSA), que iria operar o problem&aacute;tico transporte por trens no pa&iacute;s.
Por&eacute;m, nessa mesma &eacute;poca, o governo do presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115186-nao-foi-so-a-covid-que-doencas-ja-influenciaram-a-politica-nacional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Juscelino Kubitschek</a>&nbsp;(JK) queria crescer 50 anos em 5 e buscou a ind&uacute;stria automobil&iacute;stica para modernizar o Brasil. Carros e caminh&otilde;es precisavam de estradas para andar, e estradas s&atilde;o muito mais r&aacute;pidas de construir do que ferrovias.&nbsp;
&Eacute; f&aacute;cil fazer essa conta, n&eacute;? No governo JK as rodovias pavimentadas triplicaram &mdash; de 2,5 mil km para 9,5 mil km &mdash;, e os trilhos ficaram ainda mais em 2&deg; plano.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">Uma uni&atilde;o de fatores</h2>
Mas os 50 anos em 5 n&atilde;o s&atilde;o os &uacute;nicos culpados pelo esquecimento das ferrovias no Brasil. A verdade &eacute; que governos posteriores, inclusive na ditadura militar, viam mais vantagem em fazer grandes obras rodovi&aacute;rias (como a ponte Rio-Niter&oacute;i e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119824-milagre-economico-como-o-brasil-cresceu-na-ditadura-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Transamaz&ocirc;nica</a>) do que conservar os velhos trilhos dos tempos do Brasil Imp&eacute;rio.
Na verdade, muitos dos problemas das nossas ferrovias come&ccedil;aram l&aacute; atr&aacute;s. Por exemplo, n&atilde;o foi definido um padr&atilde;o de bitola (dist&acirc;ncia entre trilhos), inviabilizando a cria&ccedil;&atilde;o de uma malha unificada. Para piorar, o governo imperial ofereceu uma grana alta por quil&ocirc;metro constru&iacute;do, o que gerou muitas ferrovias cheias de curvas s&oacute; para se ganhar um pouco mais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05235523378022.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Al&eacute;m disso, grande parte das ferrovias existentes est&atilde;o na Regi&atilde;o Sudeste. A&iacute;, quando chegou a hora de investir pesado na integra&ccedil;&atilde;o do Brasil, ficou dif&iacute;cil defender os trens. O Brasil virou um pa&iacute;s de estradas, e os passageiros, quando precisam ir de um lado a outro, v&atilde;o de avi&atilde;o, carro ou &ocirc;nibus mesmo.
Um dos argumentos &eacute; que as ferrovias s&atilde;o deficit&aacute;rias, isto &eacute;, n&atilde;o d&atilde;o lucro; por&eacute;m, a verdade &eacute; que os trens compensam no longo prazo e para longas dist&acirc;ncias. Al&eacute;m disso, prestam um servi&ccedil;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, que n&atilde;o precisa enfrentar dias de viagem &mdash; e isso &eacute; mais importante do que o lucro financeiro, puro e simples. Em meados do s&eacute;culo XX, ningu&eacute;m pensou nisso.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">O expresso das commodities</h2>
A partir da d&eacute;cada de 1960, linhas de passageiros deficit&aacute;rias come&ccedil;aram a ser desativadas. O que restou foram trens metropolitanos, como parte das linhas da CPTM em S&atilde;o Paulo ou da Super Via no Rio de Janeiro. Para viagens intermunicipais, h&aacute; pouqu&iacute;ssimas op&ccedil;&otilde;es, como a Estrada de Ferro Caraj&aacute;s, entre o Maranh&atilde;o e o Par&aacute;.&nbsp;
Nas d&eacute;cadas seguintes, o Brasil foi afundando cada vez mais em crises econ&ocirc;micas e infla&ccedil;&atilde;o, ent&atilde;o simplesmente n&atilde;o havia recurso para investir em um tipo de transporte que n&atilde;o "andava" muito bem &mdash; nem para conservar o que j&aacute; existia, quem dir&aacute; para amplia&ccedil;&otilde;es. Assim, nos anos 1990, as ferrovias foram entregues &agrave; iniciativa privada, novamente.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07003132436035.jpg" alt="(Fonte: Biblioteca Nacional)" />(Fonte: Biblioteca Nacional)
Hoje, mais da metade da malha ferrovi&aacute;ria brasileira pertence &agrave; Rumo Log&iacute;stica, que &eacute; ligada a empresas de min&eacute;rios de ferro. Outros 2 mil km, ali&aacute;s, s&atilde;o operados pela Vale. Quando nossos trens n&atilde;o transportam ferro, eles levam soja e, para as empresas, est&aacute; tudo bem assim.&nbsp;
Por fim, vale mencionar que o Brasil tamb&eacute;m poderia aproveitar melhor seus rios e lagos para transporte: de 29 mil km de rios naveg&aacute;veis, somente 13 mil s&atilde;o utilizados, levando cerca de 1% das cargas. O transporte aquavi&aacute;rio demora mais, &eacute; claro, por&eacute;m tamb&eacute;m poderia ser mais usado.

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Entenda por que o Brasil não tem mais ferrovias

Imagem de Putsch da Cervejaria: o primeiro golpe fracassado de Adolf Hitler no megacurioso

10 anos antes de se tornar Führer, Hitler invadiu uma das maiores cervejarias na Alemanha para tentar interromper um comício político

<head></head><body>Na madrugada do dia 8 para o dia 9 de novembro de 1923, um jovem de ascendência austríaca elaborou um plano arriscado: invadir um comício político que estava sendo realizado na Bürgerbräukeller, uma das maiores cervejarias de Munique, na Alemanha, para chamar a atenção dos indivíduos presentes no local.Ele se chamava Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemão (NSDAP) — que posteriormente ficaria conhecido como Partido Nazista. Com sua arma em mãos, ele falou aos convidados presentes sobre uma "revolução social" que devolveria à Alemanha a uma posição de glória após ter sido humilhada na <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/45079-100-anos-da-primeira-guerra-mundial-20-curiosidades-que-voce-precisa-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>. Entretanto, esse plano ainda se estenderia por vários anos.<h2>Rosto desconhecido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05112207080258.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Naquela época, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107317-25-fatos-sobre-adolf-hitler-uma-das-figuras-mais-odiadas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hitler</a> ainda estava longe de ser uma das figuras mais influentes na Alemanha. Por isso, muitas das pessoas presentes na cervejaria nem conheciam o rapaz de 34 anos, que havia lutado na guerra, saído ferido e, mais tarde, ainda teria tentado se tornar um artista sem sucesso.Foi inclusive o fracasso no mundo artístico que fez ele trocar o lápis e o pincel por discursos políticos, tornando-o um dos principais oradores do NSDAP desde que ingressou no partido. Seu objetivo era inspirar reação naqueles alemães que se sentiam frustrados com a crise no período entre guerras.Para Hitler, os governantes haviam traído o país e algo precisava ser feito para recolocar a Alemanha no topo. Por isso, o plano do futuro Führer e seus seguidores naquela noite era invadir o comício, fazer três generais reféns e levá-los para uma sala separada, onde foram convidados a se juntar ao Partido Nazista e ser fieis à causa. A meta final seria derrubar a República de Weimar.&nbsp;<h2>Crise política</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05112433502261.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Desde a assinatura do Tratado de Versalhes em 1919 como forma de retaliação às ações alemãs na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha havia afundado em uma enorme crise. O governo havia concordado em pagar uma série de tributos que não estava conseguindo cumprir, o que acarretou em uma hiperinflação.Se não bastasse o peso no bolso na população, o exército alemão estava completamente reduzido e incapaz de reagir. Então, Hitler havia se inspirado em Benito Mussolini para transformar tudo ao seu redor. Junto da Sturmabteilung, uma milícia particular formada por ex-soldados, ele pretendia tomar a região da Baviera, da qual Munique era a capital, e marchar para Berlim.Seu principal alvo era o comissário do Estado da Baviera, Gustav von Kahr, e um importante general da Primeira Guerra Mundial, Erich Ludendorff, que seriam símbolos do golpe. Na história, a noite do dia 8 de novembro de 1923 acabou ficando conhecida como Putsch da Cervejaria, ou simplesmente golpe da cervejaria.<h2>Missão fracassada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05112550455263.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Construída no centro de Munique, Bürgerbräukeller era uma das maiores cervejarias da Alemanha e era constantemente usada como ponto de encontro para eventos políticos — o local tinha capacidade para mais de 3 mil pessoas. Sabendo que existiria um comício na região, Hitler se planejou para invadir a sessão naquela noite.Seu primeiro ato foi atirar no teto e ameaçar os convidados com violência. Von Kahr e outras duas autoridades da Baviera foram levados para uma sala nos fundos onde foram forçados a mostrar apoio público ao Nazismo por Hitler e o general Ludendorff. Dali, o líder do partido saiu para lidar com o golpe em outras partes da cidade.Estava planejado que 2 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45397-voce-sabia-que-os-uniformes-nazistas-eram-hugo-boss.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazistas</a> tomariam conta dos prédios do governo e marchariam para Munique no dia seguinte. Hitler havia organizado uma passeata de protesto junto com Ludendorff e sua esperança era que nenhum oficial da Baviera se atrevesse a atirar ou interromper seu plano. No entanto, um confronto armado aconteceu e o Putsch da Cervejaria foi por água abaixo.<h2>Ascensão nazista</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Adolf_Hitler#/media/File:Bundesarchiv_Bild_183-1987-0703-506,_Adolf_Hitler_vor_Rundfunk-Mikrofon.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/05/05112751815266.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Naquela noite, a batalha entre policiais e nazistas deixou 20 pessoas mortas. Hitler conseguiu fugir para a casa de um amigo que morava perto e se escondeu até ser levado para um tribunal, onde foi julgado e condenado. Na cadeia, acabou escrevendo seu clássico Mein Kampf ("Minha Luta") — um símbolo do Partido Nazista.Embora o Putsch da Cervejaria não tivesse dado certo, ele estava longe de desistir. Anos depois, acabou reorganizando as estruturas do partido e conseguiu levar vários representantes ao Parlamento alemão através de eleições. Foi assim que conseguiu se posicionar como uma figura central na Alemanha e abriu espaço para instaurar sua ditadura. No fim das contas, o golpe encontrou mais sucesso na democracia do que na base da força.</body>

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