
Estilo de vida
14/01/2022 às 08:00•3 min de leitura
Madame LaLaurie e a Mansão LaLaurie entraram para a história como um dos capítulos mais tristes de tortura e morte dos Estados Unidos. Hoje, a vida dessa mulher é lembrada como causadora de dor, enquanto a mansão localizada em Nova Orleans é um tema recorrente de relatos de assombração.
Marie Delphine LaLaurie nasceu em Nova Orleans, Estados Unidos, em 1775. Ela, que inspirava respeito e prestígio por pertencer a uma família de políticos da região, era, no fundo, uma das mais cruéis e perversas assassinas em série que o país já conheceu.
Estimativas apontam que ela tenha causado a morte de, aproximadamente, 100 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Outros inúmeros haveriam sido torturados. Nem seus filhos teriam escapado impunes à violência dela.
Madame LaLaurie teve três casamentos e seis filhos. (Fonte: Aventuras na História)
A socialite se casou 3 vezes, mas foi apenas no último casamento em que adquiriu o sobrenome LaLaurie. Com seu novo marido, o médico Leonard Louis Nicolas LaLaurie, mudou-se, em 1831, para uma mansão no bairro mais antigo da cidade. Lá, montou o palco para suas perversidades.
Hoje, conhecemos a verdadeira faceta da senhora LaLaurie, mas até 1834 as histórias que rondavam seu nome eram vistas apenas como boatos e lendas. Delphine gostava de oferecer grandes banquetes em sua residência, momentos em que os convidados entravam em contato com os escravizados que trabalhavam para o casal LaLaurie. Os relatos eram sempre que estes viviam abatidos, feridos e fracos.
Alguns de seus vizinhos afirmavam ter visto, a distância, seu comportamento vil contra homens e mulheres. O mais terrível deles tinha como protagonista uma jovem escravizada de apenas 12 anos de idade, chamada Lia. A função da menina era escovar os cabelos da madame e, em um ato de descuido, teria feito isso com mais força do que o necessário. Irada, Delphine teria atirado a garota do telhado da mansão. Em uma sociedade escravocrata, o máximo de punição foi a perda de 9 escravizados.
Incêndio causado por idosa torturada ajudou a descobrir o terror vivido na mansão. (Fonte: 64 Parishes)
No dia 10 de abril de 1834, um incêndio na Mansão LaLaurie levou a polícia a descobrir as crueldades praticadas por Marie Delphine. Com a chegada de voluntários e das autoridades, descobriu-se, entre outras coisas, uma idosa acorrentada ao fogão pelo tornozelo.
Outros sete escravizados foram encontrados amarrados com colares de ferro no pescoço e gravemente mutilados, alguns com as vísceras para fora. O fogo havia iniciado como uma tentativa de suicídio da idosa, que na impossibilidade de fuga, cogitou tirar a própria vida.
Antes mesmo que as chamas consumissem todo o casarão, o espaço foi invadido por uma multidão, que destruiu tudo o que foi possível. Misteriosamente, o casal LaLaurie conseguiu fugir para o Alabama e de lá para Paris, onde Madame LaLaurie teria morrido, em 1842.
Torturas, morte e dor marcam a história da casa. (Fonte: AminoApps)
Com a fuga da família e a destruição do imóvel, uma investigação detalhada foi instaurada. Nela, a polícia constatou que as sessões de tortura envolveriam a remoção de genitais, extração de sangue e pelos.
A Mansão LaLaurie permaneceu abandonada por diversos anos. Na tentativa de repaginar o imóvel, o local foi utilizado para diferentes propósitos: escola, casa de reabilitação para adolescentes, conservatório de música, prédio de apartamentos e loja de varejo.
Não são poucos os relatos ao longo dos anos afirmando que o lugar é mal-assombrado. Gritos, gemidos, correntes arrastando e cheiro de carne humana queimada. Os mesmos fantasmas são descritos, todos sempre muito violentos, incluindo uma mulher branca de olhos brilhantes, a quem as narrativas creem se tratar da própria Madame LaLaurie.
Atual proprietário não aceita visitas, nem mesmo de emissoras de TV. (Fonte: Aventuras na História)
Em 2007, o ator Nicolas Cage chegou a adquirir a mansão para escrever um livro de terror; contudo, ela ficou pouco tempo sob sua posse. Cage perdeu o imóvel, em 2009, para a execução hipotecária.
Em 2013, Michael Whalen, um magnata do petróleo do Texas, adquiriu a Mansão LaLaurie e se mudou para lá com a esposa. Desde então, nunca permitiu visitas, nem mesmo as equipes de produção de American Horror Story: Coven, série antológica de terror que contou um pouco a história de Marie Delphine LaLaurie.
Moradores contam que, se o proprietário está na varanda do segundo andar e vê turistas se aproximando, recolhe-se em seus aposentos. Ao que tudo indica, melhor fantasmas do que turistas.
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