Imagem de Chefe John Smith, a história do homem que dizia ter 137 anos no megacurioso

Antes de morrer, em 1922, o morador da região de Cass Lake (Estados Unidos) afirmou ter vivido mais do que 1 século

Em 1922, um homem chamado John Smith viveu seus &uacute;ltimos dias. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118460-onde-vivem-os-indigenas-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ind&iacute;gena</a> da tribo Chippewa e morador das florestas de Class Lake, no norte do estado de Minnesota, John teria sido conhecido como uma pessoa qualquer se n&atilde;o fosse por um &uacute;nico motivo: ele afirmava ter 137 anos.
Smith era chamado em sua aldeia por Ga-Be-Nah-Gewn-Wonce, que pode ser traduzido de maneira literal como "carne enrugada". O apelido provavelmente foi dado por conta de sua cara cheia de rugas &mdash; algo que &eacute; de se esperar de algu&eacute;m que afirma ter vivido mais de 1 s&eacute;culo. Ent&atilde;o, conhe&ccedil;a um pouco mais a hist&oacute;ria dele!
<h2 class="uk-text-justify">A vida do Chefe John Smith</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:John_Smith_(Chippewa_Indian)#/media/File:Ke-be-nah-gwey-wence_-_chef_indien_Chippewa_-_1921.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11152201506402.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
De acordo com o povo Chippewa, testemunhas oculares e o pr&oacute;prio Smith, sua idade era de 137 anos quando faleceu, tendo nascido em 1785. Apesar de o ano de nascimento ser altamente questionado por historiadores, ainda n&atilde;o houve uma pessoa sequer capaz de desvendar qual foi a data exata em que ele teria vindo ao mundo.
O assunto era inclusive tema de brincadeiras por parte de Smith. Segundo Paul Buffalo, que vivia entre os Chippewa, o idoso repetidamente dizia ter entre "8 a 10 anos quando as estrelas ca&iacute;ram do c&eacute;u". Entre os mais jovens da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116945-sentineleses-a-tribo-mais-isolada-e-temida-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tribo</a>, o homem era chamado de "vov&ocirc;".&nbsp;
Pesquisadores acreditam que a fala do ind&iacute;gena se referia &agrave; chuva de meteoros Le&ocirc;nidas, em 1833. Usar fen&ocirc;menos da natureza para indicar um per&iacute;odo hist&oacute;rico era algo comum entre as tribos nativas norte-americanas. No entanto, se esse realmente fosse o caso, Smith teria nascido por volta de 1823 ou 1825, o que significaria que ele teria morrido um pouco antes de completar 100 anos &mdash; uma idade consideravelmente longe dos 137 anos.
<h2 class="uk-text-justify">Investiga&ccedil;&otilde;es sobre o caso</h2>
Na &eacute;poca da morte de John Smith, o jornal Star Tribune, que havia publicado a sua morte, tentou validar a idade do homem. A reportagem dizia que ele claramente lembrava de conflitos marcantes entre os Chippewa e seus vizinhos Sioux, as quais teriam acontecido antes da virada do s&eacute;culo XIX.
Al&eacute;m disso, segundo o jornal, ele tinha lembran&ccedil;as da Guerra Anglo-Americana de 1812, dizendo nunca ter lutado contra o homem branco. Se ele fosse <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/43182-9-animais-que-viveram-mais-do-que-o-ser-humano-mais-velho-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">velho</a> o suficiente para participar desse conflito, seu ano de nascen&ccedil;a estaria pr&oacute;ximo ao de 1784 &mdash; o que estaria muito mais perto do ano em que ele dizia ter nascido.
Por mais que Smith tenha ficado "famoso" por dizer ter 137 anos, pouco se sabe a respeito da sua vida. De acordo com os relatos de Buffalo, &eacute; sabido que ele foi eleito chefe do povo Chippewa, mas recusou o cargo porque n&atilde;o queria a responsabilidade. Al&eacute;m disso, o homem teria-se casado oito vezes, mas sem ter filhos biol&oacute;gicos.
<h2 class="uk-text-justify">Os &uacute;ltimos dias de vida</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:John_Smith_(Chippewa_Indian)#/media/File:John-Smith-Chippewa-Indian-c1900-1915.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11152224053403.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A &uacute;nica crian&ccedil;a na vida de John Smith chamava-se Tom, quem ele havia adotado e sempre ressaltou acreditar na hist&oacute;ria de que o pai havia 137 anos. Tom Smith tamb&eacute;m destacou que John permaneceu ativo em seus &uacute;ltimos anos de vida at&eacute; o momento de sua morte, mencionando que ele havia sido atropelado por um trem ao cruzar os trilhos da ferrovia em 1920 e que levou apenas 3 semanas para se recuperar.
Mesmo em 1922, no ano em que morreu, Smith continuava recebendo visitantes em sua casa e contava suas hist&oacute;rias de vida. Em fevereiro daquele ano, ele acabou contraindo pneumonia e n&atilde;o resistiu devido &agrave; idade avan&ccedil;ada. Smith foi enterrado em um cemit&eacute;rio da Igreja Cat&oacute;lica em Cass Lake, e at&eacute; hoje a l&aacute;pide dele lista seu ano de nascimento como 1784.

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Chefe John Smith, a história do homem que dizia ter 137 anos

Imagem de "Quarto de escravos" preservado é encontrado nas ruínas de Pompeia no megacurioso

Datado de mais de 2 mil anos, o quarto pertencia a uma família rica de Pompeia e abrigava escravos que cuidavam das atividades diárias

Arque&oacute;logos identificaram, em um sub&uacute;rbio da antiga cidade romana de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119707-artista-e-ex-escravo-o-esqueleto-mais-bem-preservado-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pompeia</a>, uma sala perfeitamente intacta que supostamente abrigava escravos h&aacute; pouco mais de 2 mil anos. O quarto se localiza nas ru&iacute;nas de uma vila conhecida como Civita Giuliana, situada a pouco mais de 700 metros das muralhas do distrito, e revela um pouco mais as rela&ccedil;&otilde;es entre castas sociais durante a Idade Antiga.
Segundo os pesquisadores, o quarto de aproximadamente 17 metros quadrados era ocupado por uma pequena fam&iacute;lia respons&aacute;vel por executar as atividades di&aacute;rias de seu mestre, incluindo a prepara&ccedil;&atilde;o e a manuten&ccedil;&atilde;o da carruagem. No local, havia 3 camas feitas de cordas e t&aacute;buas,&nbsp;uma delas de crian&ccedil;a, al&eacute;m de um &uacute;nico penico compartilhado. O aposento recebia luz natural de apenas uma fonte: uma pequena janela como ponto decorativo no local.
Al&eacute;m de ter muitos fragmentos de jarros, itens pessoais e uma arca de madeira contendo pe&ccedil;as de metal e tecido, aparentemente utilizadas como arreios de cavalos, a &aacute;rea tamb&eacute;m estava cercada por um po&ccedil;o de carruagem, indicando que o mestre residencial da vila de Civita Giuliana poderia ser um mercador ou algu&eacute;m com amplo movimento pelas ruas de Pompeia.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11102604297096.jpg" alt="(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;O mais impressionante &eacute; a natureza apertada e prec&aacute;ria deste c&ocirc;modo, que fica entre um dormit&oacute;rio e um dep&oacute;sito&rdquo;, disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueol&oacute;gico de Pompeia. &ldquo;&Eacute; certamente uma das descobertas mais emocionantes da minha vida como arque&oacute;logo, mesmo sem a presen&ccedil;a de grandes '<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120166-vale-de-hula-como-o-governo-israelense-destruiu-um-tesouro-ecologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouros</a>'. O verdadeiro presente aqui &eacute; a experi&ecirc;ncia humana &mdash; neste caso, dos membros mais vulner&aacute;veis da sociedade antiga &mdash; da qual esta sala &eacute; um testemunho &uacute;nico&rdquo;, ele falou.
<h2 class="uk-text-justify">As escava&ccedil;&otilde;es em Civita Giuliana</h2>
Desde 2017, escavadores v&ecirc;m trabalhando nas ru&iacute;nas de Civita Giuliana. Desde ent&atilde;o, uma carruagem cerimonial e um est&aacute;bulo que continha os restos mortais de tr&ecirc;s cavalos atrelados foram identificados, assim como registros de 2 pessoas nas imedia&ccedil;&otilde;es do quarto de escravos, que provavelmente eram mestre e servo que conseguiram escapar da fase inicial da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erup&ccedil;&atilde;o do Ves&uacute;vio</a>, mas que acabaram atingidos em um momento seguinte por uma nova explos&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11102925594100.jpeg" alt="(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de estar situada em regi&atilde;o suburbana, a pequena vila supostamente pertencia a algum cidad&atilde;o rico, sendo densamente povoada por complexos de assentamentos que respondiam tanto &agrave;s necessidades de produ&ccedil;&atilde;o (fazendas para a produ&ccedil;&atilde;o de vinho e azeite) quanto &agrave;s necessidades residenciais ou sazonais de perman&ecirc;ncia tempor&aacute;ria do propriet&aacute;rio. Dessa forma, o achado aponta importantes documenta&ccedil;&otilde;es das rela&ccedil;&otilde;es sociais em Pompeia e de que forma o setor produtivo-servil operava para fornecer mat&eacute;ria ao meio agr&iacute;cola.

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'Quarto de escravos' preservado é encontrado nas ruínas de Pompeia

Imagem de A história da maior comunidade de japoneses fora do Japão no megacurioso

Japoneses encontraram no Brasil uma oportunidade para fugir do desemprego e da pobreza

O Jap&atilde;o, historicamente, permaneceu isolado do Ocidente por muitos s&eacute;culos. Em 1542, por exemplo, os primeiros navios mercantes de Portugal chegaram ao pa&iacute;s. Mas isso apenas fez que a na&ccedil;&atilde;o se fechasse ainda mais, especialmente porque n&atilde;o gostaram da presen&ccedil;a de jesu&iacute;tas tentando espalhar o cristianismo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04090636671034.jpg" alt="(Fonte: Jap&atilde;o em Foco/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jap&atilde;o em Foco/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mais de 200 anos depois, em 1853, Matthew C. Perry (1794-1858), um oficial naval dos Estados Unidos (EUA), acompanhado por uma frota de combatentes, conseguiu ancorar na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ba&iacute;a de T&oacute;quio</a> e for&ccedil;ar o pa&iacute;s a &ldquo;dar uma chance&rdquo; para o com&eacute;rcio com outros pa&iacute;ses.
Ainda assim, o Jap&atilde;o continuou firme na resolu&ccedil;&atilde;o de n&atilde;o permitir que nenhum japon&ecirc;s deixasse o lugar. Essa situa&ccedil;&atilde;o somente come&ccedil;ou a mudar em 1857, ano em que o imperador Meiji (1852-1912) chegou ao poder.
<h2 class="uk-text-justify">As reformas do imperador</h2>
Durante o seu reinado, entre 1864 e 1912, o imperador Meiji colocou em pr&aacute;tica uma s&eacute;rie de reformas que ficaram conhecidas como Revolu&ccedil;&atilde;o Meiji (de 1868 a 1900). Mudan&ccedil;as intensas foram feitas nos campos social, religioso, pol&iacute;tico, econ&ocirc;mico, educacional, entre outros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04085635264027.jpg" alt="Imperador Meiji. (Fonte: Academia do Reiki/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Imperador Meiji. (Fonte: Academia do Reiki/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Basicamente, o pa&iacute;s, naquela &eacute;poca com um regime democr&aacute;tico rec&eacute;m-iniciado, voltava-se para a abertura econ&ocirc;mica, especialmente liberando o acesso aos portos por estrangeiros. O intenso processo de urbaniza&ccedil;&atilde;o e de ocidentaliza&ccedil;&atilde;o que transformou o Jap&atilde;o em uma das maiores pot&ecirc;ncias do mundo teve in&iacute;cio nesse per&iacute;odo.
<h2 class="uk-text-justify">Moderniza&ccedil;&atilde;o japonesa</h2>
N&atilde;o demorou muito para que o Jap&atilde;o do imperador Meiji se tornasse um dos melhores e mais bem-sucedidos casos de moderniza&ccedil;&atilde;o de todo o Oriente. Isso deu poder ao pa&iacute;s, que, no final do XIX, fez incurs&otilde;es dominando territ&oacute;rios da China e da Coreia, bem como a Ilha Formosa &mdash; hoje, Taiwan.
J&aacute; no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, a vit&oacute;ria militar do Jap&atilde;o contra os sovi&eacute;ticos fez que o pa&iacute;s come&ccedil;asse a ser visto como uma pot&ecirc;ncia imperialista militar. Al&eacute;m disso, tornou-se o principal rival econ&ocirc;mico dos EUA no Pac&iacute;fico.
<h2 class="uk-text-justify">Pobreza e desemprego</h2>
Por ocasi&atilde;o da Segunda Guerra Mundial, o pa&iacute;s j&aacute; tinha seus gigantescos conglomerados empresariais, como Mitsui e Mitsubishi. &nbsp;Contudo, mesmo sendo uma das maiores pot&ecirc;ncias mundiais da &eacute;poca, estava tendo problemas internos. A economia n&atilde;o ia bem, a pobreza aumentava nas zonas rurais e o desemprego n&atilde;o parava de subir.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04090045374029.jpg" alt="(Fonte: About Japan/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: About Japan/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O povo n&atilde;o estava feliz, e diversos setores da sociedade criticavam o governo, principalmente devido &agrave; maneira como estava expandindo o dom&iacute;nio e a influ&ecirc;ncia do pa&iacute;s, ou seja, na base da for&ccedil;a militar.
Ent&atilde;o, o governo viu na imigra&ccedil;&atilde;o uma oportunidade onde todos ganhariam, tanto quem recebia os imigrantes quanto quem os enviava. Parecia ser uma ideia melhor do que as conquistas militares.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">O Brasil como destino</h2>
Por aqui, faltava m&atilde;o de obra nas planta&ccedil;&otilde;es de caf&eacute;. O problema &eacute; que os p&eacute;ssimos sal&aacute;rios e as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho nada decentes n&atilde;o agradaram os europeus. A situa&ccedil;&atilde;o foi t&atilde;o cr&iacute;tica que a It&aacute;lia proibiu aos seus cidad&atilde;os que viessem para o Brasil patrocinados pelo governo brasileiro. Com isso, a m&atilde;o de obra voltou a faltar nos cafezais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04085433279024.jpg" alt="(Fonte: BBC/ Getty Images/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/ Getty Images/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Do outro lado do mundo, o Jap&atilde;o tentava lidar com a pobreza. Como o governo do pa&iacute;s queria mandar japoneses para o exterior, quem precisava de trabalho aproveitou a oportunidade. Muitos grupos se estabeleceram no Peru e no M&eacute;xico, mas foi nas planta&ccedil;&otilde;es de caf&eacute; de S&atilde;o Paulo que os imigrantes da "<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/41972-por-que-o-japao-e-chamado-de-terra-do-sol-nascente-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terra do sol nascente</a>" encontraram a prosperidade.
A vinda dos japoneses para o Brasil chegou ao &aacute;pice no fim dos anos 1920 e come&ccedil;o dos anos 1930. Contudo, o sentimento de avers&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o japonesa cresceu por aqui. Em 1934, Get&uacute;lio Vargas (1882-1954), impulsionado pelas pr&oacute;prias pol&iacute;ticas nacionalistas, restringiu a entrada de cidad&atilde;os do Jap&atilde;o no Brasil.
J&aacute; durante o Estado Novo (1937-1945), Vargas colocou em pr&aacute;tica uma s&eacute;rie de restri&ccedil;&otilde;es legais que afetavam a comunidade. O ano de 1942 &eacute; considerado a &eacute;poca em que a imigra&ccedil;&atilde;o japonesa para o Brasil teve fim. &nbsp;Nesse per&iacute;odo, havia por aqui cerca de 190 mil japoneses; atualmente, s&atilde;o mais de 2 milh&otilde;es &mdash; entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107540-mais-15-provas-de-que-o-japao-e-um-dos-paises-mais-incriveis-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas que nasceram no Jap&atilde;o&nbsp;</a>e seus descendentes em terras brasileiras.

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A história da maior comunidade de japoneses fora do Japão

Imagem de Cigarros já foram permitidos como medicação no século XX no megacurioso

Com médicos endossando o fumo em anúncios, a indústria fez de tudo para conseguir vender

<p style="margin: 0px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Conforme apontam os dados da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118776-parar-de-fumar-engorda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabaco&nbsp;</a>&eacute; respons&aacute;vel pela morte de mais de 8 milh&otilde;es de pessoas por ano, das quais 7 milh&otilde;es s&atilde;o resultado direto do uso do produto, enquanto cerca de 1,2 milh&atilde;o &eacute; o resultado de n&atilde;o-fumantes expostos ao fumo passivo das subst&acirc;ncias atrav&eacute;s da fuma&ccedil;a expelida.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Contudo, no s&eacute;culo passado, os cigarros n&atilde;o eram somente glamourizados pela m&iacute;dia e pela sociedade, tamb&eacute;m eram considerados &ldquo;aceitos&rdquo; pela pr&oacute;pria Medicina.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Entre as d&eacute;cadas de 1930 e 1940, os an&uacute;ncios de cigarros se aproveitaram da autoridade dos m&eacute;dicos para afirmar que fumar um cigarro poderia melhorar, por exemplo, uma irrita&ccedil;&atilde;o na garganta. Naquela &eacute;poca a medicina ainda n&atilde;o havia encontrado uma liga&ccedil;&atilde;o consistente entre tabagismo e&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120231-quando-as-pessoas-acreditavam-que-redes-de-alta-tensao-causavam-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&acirc;ncer</a>&nbsp;de pulm&atilde;o, por isso os &oacute;rg&atilde;os regulamentadores patrocinavam esse tipo de marketing.
<h2>Vendendo morte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03141848940248.jpg" alt="" voc="" sempre="" pode="" confiar="" na="" qualidade="" do="" craven="" a="" eles="" s="" o="" super="" gentis="" para="" sua="" garganta="" fonte:="" fine="" art="" america="" reprodu="" /><span style="color: #888888; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 12px; font-style: italic; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&ldquo;Voc&ecirc; sempre pode confiar na qualidade do 'Craven A'. Eles s&atilde;o super gentis para a sua garganta&rdquo;. (Fonte: Fine Art America/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Nos anos 40, a taxa de morte por c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e seus diagn&oacute;sticos aumentaram de maneira exponencial, passando a assustar as pessoas. Nenhuma delas sabia que era culpa dos cigarros.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">A ind&uacute;stria se promoveu em cima de alguns sintomas causados pelo fumo, como tosse e irrita&ccedil;&atilde;o na garganta, para criar uma verdadeira rivalidade, em que marcas de cigarros anunciavam que seu produto &ldquo;n&atilde;o causava problemas&rdquo;, apenas os da concorr&ecirc;ncia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03141929549249.jpg" alt="" 20="" 679="" m="" dicos="" dizem="" luckies="" irritam="" menos="" sua="" prote="" o="" contra="" irrita="" e="" tosse="" fonte:="" history="" reprodu="" /><span style="color: #888888; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 12px; font-style: italic; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&ldquo;20.679 m&eacute;dicos dizem 'Luckies irritam menos.' Sua prote&ccedil;&atilde;o contra irrita&ccedil;&atilde;o e tosse&rdquo;. (Fonte: History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">A American Tobacco, fabricante do not&oacute;rio Lucky Strikes, foi a primeira empresa de cigarros a usar m&eacute;dicos em seus an&uacute;ncios. Em 1930, eles divulgaram uma campanha afirmando que 20.679 m&eacute;dicos disseram que o Lucky era o menos irritante para a garganta. Para obter esse n&uacute;mero, a ag&ecirc;ncia de publicidade da empresa enviou aos m&eacute;dicos caixas do cigarro e uma carta perguntando se eles achavam que o Lucky Strike era menos irritante para as gargantas sens&iacute;veis.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Muitos m&eacute;dicos responderam positivamente a essa pergunta&nbsp;<s>tendenciosa</s>, e o resultado foi parar em an&uacute;ncios por todo o pa&iacute;s. Em 1937, a empresa Philip Morris resolveu ir al&eacute;m na autopromo&ccedil;&atilde;o ao afirmar em um an&uacute;ncio no&nbsp;Saturday Evening Post&nbsp;que os m&eacute;dicos haviam conduzido um estudo mostrando que, quando os fumantes mudaram para cigarros Philip Morris, cada caso de irrita&ccedil;&atilde;o desapareceu completamente. A empresa s&oacute; esqueceu de mencionar que pagou muito bem a cada um deles.
<h2>A divulga&ccedil;&atilde;o tendenciosa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03142057221250.jpg" alt="" qu="" o="" suave="" um="" cigarro="" pode="" ser="" de="" acordo="" com="" a="" pesquisa="" nationwide:="" m="" dicos="" fumam="" camels="" mais="" do="" que="" qualquer="" outro="" fonte:="" center="" for="" history="" reprodu="" />"Qu&atilde;o suave um cigarro pode ser? De acordo com a pesquisa Nationwide:&nbsp;m&eacute;dicos fumam Camels mais do que qualquer outro cigarro." (Fonte: Center for History/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Com a introdu&ccedil;&atilde;o da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119676-por-que-a-injecao-de-benzetacil-doi-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a>&nbsp;&mdash; que causou uma revolu&ccedil;&atilde;o na d&eacute;cada de 1940 em como a sociedade enxergava a medicina e a ci&ecirc;ncia &mdash;, as empresas passaram a usar disso para atrair mais clientes: a Reynolds Tobacco Company fez isso criando uma Divis&atilde;o de Rela&ccedil;&otilde;es M&eacute;dicas, e a anunciando em jornais m&eacute;dicos.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Ela passou a pagar pela pesquisa e depois a cit&aacute;-la em seus an&uacute;ncios, bem como a Philip Morris. Em uma campanha publicit&aacute;ria de 1946, Reynolds publicou o&nbsp;slogan: &ldquo;M&eacute;dicos fumam Camel mais do que qualquer outro cigarro&rdquo;.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Foi s&oacute; em meados da d&eacute;cada de 1950 que as empresas tiveram que confrontar, com boas evid&ecirc;ncias, que seus produtos causavam c&acirc;ncer de pulm&atilde;o. A partir desse momento, a estrat&eacute;gia de marketing mudou rapidamente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03142210533251.jpg" alt="" cigarros="" asthma:="" para="" o="" al="" vio="" tempor="" rio="" da="" sua="" asma="" fonte:="" read="" sector="" reprodu="" /><span style="color: #888888; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 12px; font-style: italic; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&ldquo;Cigarros Asthma: para o al&iacute;vio tempor&aacute;rio da sua asma&rdquo;. (Fonte: Read Sector/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Em 1954, as empresas lan&ccedil;aram uma Declara&ccedil;&atilde;o Franca para os Fumantes, em que argumentavam que a pesquisa que mostrava uma liga&ccedil;&atilde;o entre o c&acirc;ncer e o fumo era alarmante, mas n&atilde;o conclusiva. Portanto, a ind&uacute;stria estava formando um comit&ecirc; de pesquisa para apurar o assunto.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Logo ap&oacute;s isso, os an&uacute;ncios pararam de apresentar declara&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas porque o p&uacute;blico j&aacute; n&atilde;o se convencia mais. Al&eacute;m disso, os pr&oacute;prios profissionais aos poucos estavam se manifestando contra o cigarro, at&eacute; que em 1964, foi publicado o relat&oacute;rio do U.S Surgeon General determinando que fumar causa c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e de laringe, e bronquite cr&ocirc;nica.
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Mesmo assim, as empresas seguiram dizendo, atrav&eacute;s dos comit&ecirc;s de pesquisa que formaram, que ainda havia muita controv&eacute;rsia sobre aquele tipo de conclus&atilde;o. Isso durou, de fato, at&eacute; 1998, quando o Instituto do Tabaco e o Comit&ecirc; para Pesquisa do Tabaco foram dilu&iacute;dos em um acordo de a&ccedil;&atilde;o judicial.&nbsp;
<p style="margin: 20px 0px 20px 3px; padding-top: 10px; border: 1px dashed #bbbbbb; background: url('data:image/gif;base64,R0lGODlhCQAJAJEAAAAAAP///7u7u////yH5BAEAAAMALAAAAAAJAAkAAAIQnG+CqCN/mlyvsRUpThG6AgA7') no-repeat transparent; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; text-decoration-thickness: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial;">Atualmente, &eacute; exigido por lei que os malef&iacute;cios do produto sejam impressos na embalagem.

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Cigarros já foram permitidos como medicação no século XX

Imagem de 5 relatos trágicos de pessoas que sobreviveram ao naufrágio do Titanic no megacurioso

Na noite de 14 de abril de 1912, mais de 1,5 mil pessoas morreram no naufrágio mais dramático da história moderna

Dos 2240 passageiros e tripulantes registrados no RMS Titanic &mdash; navio com quase 270 metros de comprimento e 9 andares de luxo &mdash; mais de 1,5 mil pessoas foram v&iacute;timas de uma das maiores trag&eacute;dias do mundo moderno quando a embarca&ccedil;&atilde;o colidiu contra um iceberg e naufragou. A noite de 14 de abril de 1912 ficou marcada n&atilde;o apenas pelo fim da vida de v&aacute;rios viajantes, mas pelas dram&aacute;ticas hist&oacute;rias que v&aacute;rios sobreviventes relataram, evidenciando o terror que mudou para sempre suas vidas.
Conhe&ccedil;a abaixo algumas das hist&oacute;rias mais tristes que ocorreram durante <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119582-7-fatos-essenciais-sobre-a-historia-do-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o naufr&aacute;gio do Titanic.</a>
<h2 class="uk-text-justify">1. A fam&iacute;lia Fortune</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/05/05092726099049.jpg" alt="(Fonte: Listverse / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Listverse / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 14 de abril de 1912, Mary Fortune e suas 3 filhas conseguiram escapar do naufr&aacute;gio ap&oacute;s entrarem em um dos botes salva-vidas. Devido &agrave; conduta "mulheres e crian&ccedil;as primeiro" realizada pela tripula&ccedil;&atilde;o, Mark, esposo de Mary, e o &uacute;nico filho homem do casal, na &eacute;poca com 19 anos, n&atilde;o conseguiram desembarcar a tempo. A trag&eacute;dia marcou o fim dos passageiros da primeira classe e o rein&iacute;cio da vida das mulheres Fortune, que lutaram para viver sozinhas na mans&atilde;o tudoriana em sua terra natal.
<h2 class="uk-text-justify">2. O casal Straus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/05/05093831333059.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ida Straus, mesmo sendo uma das pessoas com prioridade para entrar no bote salva-vidas, decidiu n&atilde;o desembarcar do navio para permanecer com seu marido, Isidor, com quem era casada h&aacute; 40 anos. Instantes antes de a mulher tomar a decis&atilde;o, Isidor afirmou aos tripulantes que, mesmo sendo idoso e com prefer&ecirc;ncia na fila, s&oacute; iria entrar no bote ap&oacute;s todas as mulheres e crian&ccedil;as a bordo do navio deixarem o naufr&aacute;gio. Com a decis&atilde;o, ambos encontraram seu fim no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120234-6-criaturas-muito-esquisitas-que-vivem-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fundo do mar</a>. O relato foi contado por sobreviventes que testemunharam o ocorrido.
&ldquo;N&oacute;s vivemos toda a nossa vida juntos e, se voc&ecirc; vai continuar no barco e morrer enquanto ele afunda, eu continuarei no barco com voc&ecirc;. N&atilde;o nos deixaremos depois de nosso longo e maravilhoso casamento juntos&rdquo;, disse Ida antes de morrer.
<h2 class="uk-text-justify">3. Elin Braf</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/05/05095239043066.jpg" alt="(Fonte: Listverse / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Listverse / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Elin Braf, de apenas 20 anos, viajava acompanhada de amigas para visitar sua irm&atilde;, Annie Hammar, em Chicago. O naufr&aacute;gio do Titanic a pegou despreparada e causou um medo sem precedentes na vida da jovem, que viu suas colegas embarcarem no bote, mas n&atilde;o conseguiu dar um passo sequer para fora do navio, mesmo sendo puxada para o barco salva-vidas.&nbsp;Apavorada, Elin travou completamente e tornou-se uma das v&iacute;timas do naufr&aacute;gio ao permanecer no local.
<h2 class="uk-text-justify">4. Thomas Millar</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ackermann Marketing&nbsp;" data-fonte-url="http://thinkackermann.com/susie-millar-descendant-of-rms-titanic-engineer-to-visit-titanic-museum-attraction-and-unveil-new-exhibit/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/05/05100237295078.jpg" alt="(Fonte: Ackermann Marketing / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ackermann Marketing / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Thomas Millar era um dos tripulantes do Titanic que decidiu trabalhar no navio para sustentar seus dois filhos e superar o tr&aacute;gico destino da rec&eacute;m-falecida esposa. Antes de embarcar no Titanic, o homem deixou pouco dinheiro com as crian&ccedil;as e instruiu que n&atilde;o o gastassem com trivialidades, mas infelizmente aquele foi o &uacute;ltimo contato entre a fam&iacute;lia.
A noite de 14 de abril foi a &uacute;ltima de Thomas com vida, e seus filhos passaram para a guarda da tia, sendo amparados com uma mesada pelo Fundo Nacional de Ajuda a Desastres. O dinheiro deixado pelo pai segue at&eacute; hoje guardado como tesouro pelos Millar.
<h2 class="uk-text-justify">5. Ramon Artagaveytia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/05/05103228921096.jpg" alt="(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ramon Artagaveytia, nascido no Uruguai, foi um dos 65 sobreviventes de um naufr&aacute;gio ocorrido em 1861, quando escapou de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120175-incendios-zumbis-o-fenomeno-que-esta-destruindo-as-florestas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inc&ecirc;ndio</a> sem precedentes em terras americanas. Em relatos constantemente enviados a seu primo, Ramon citava pesadelos e traumas apavorantes com o acidente, revelando acordar com gritos de "fogo" mesmo durante as viagens mais calmas.&nbsp;
Apesar de ter escapado pela primeira vez, o passageiro n&atilde;o teve a mesma sorte com o RMS Titanic e, al&eacute;m de ter sido aconselhado por um amigo a n&atilde;o subir em um bote salva-vidas para evitar um resfriado, seu rel&oacute;gio estava sincronizado com o hor&aacute;rio de Montevid&eacute;u, e isso foi suficiente para que o homem, por muito pouco, n&atilde;o tenha encontrado a equipe de resgate.

thumb-image-2024-02-29T14:05:50.974Z

5 relatos trágicos de pessoas que sobreviveram ao naufrágio do Titanic

Imagem de Uma tragédia na vida de Samuel Morse o ajudou a criar o telégrafo no megacurioso

O dispositivo foi o responsável pelo caminhar para uma era de modernidade na comunicação

Algumas das milhares de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120187-5-tecnologias-antigas-que-sao-impossiveis-de-reproduzir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inven&ccedil;&otilde;es do passado</a> que causaram revolu&ccedil;&atilde;o e empurraram a sociedade para a era da modernidade surgiram por causa de situa&ccedil;&otilde;es tr&aacute;gicas ou traum&aacute;ticas. Isso aconteceu na d&eacute;cada de 1952 com o engenheiro industrial John Hetrick, quando ele decidiu criar o primeiro airbag da hist&oacute;ria, ap&oacute;s bater seu carro enquanto fazia um passeio de domingo com sua esposa e filha, quase causando a morte de ambas.
Com Samuel Morse n&atilde;o foi diferente: a inven&ccedil;&atilde;o dele partiu de um plano de fundo totalmente tr&aacute;gico. Nascido Samuel F. B. Morse, em 1791, Charlestown (Massachusetts, EUA), o homem sempre foi apaixonado por pintura apesar de ter-se formado pela Universidade Yale em Filosofia Religiosa, Matem&aacute;tica e Ci&ecirc;ncia dos Cavalos.
Foi durante sua passagem pela faculdade que ele assistiu a palestras sobre eletricidade de Benjamin Silliman e Jeremiah Day, sem sequer imaginar que um dia todo aquele conhecimento seria &uacute;til para ele.
<h2 class="uk-text-justify">A trag&eacute;dia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/28/28181702223451.jpg" alt="(Fonte: Tiooda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Tiooda/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Graduado em 1810, no ano seguinte ele se mudou para Inglaterra para estudar pintura com Washington Allston. Ele retornou aos Estados Unidos apenas 5 anos depois e sofreu muito para encontrar trabalho como pintor profissional, assim acabou tendo que se sustentar pintando retratos de fam&iacute;lias.
Foi procurando clientes em 1816, em New Hampshire, que Morse conheceu Lucretia Pickering Walker, com quem se casou em 1818. A filha do casal, Susan, nasceu 1 ano ap&oacute;s a uni&atilde;o, e a fam&iacute;lia se mudou para New Haven, em Connecticut, onde o homem pintou retratos de algumas figuras locais importantes.
Em 1825, a carreira de Morse deu um salto quando ele recebeu uma encomenda vinda de Nova York para pintar o Marqu&ecirc;s de Lafayette, um dos her&oacute;is da Guerra Revolucion&aacute;ria. Foi durante essa viagem a Washington para realizar o projeto, deixando Lucretia gr&aacute;vida de seu 3&deg; filho, que sua vida mudou completamente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/28/28181846208452.jpg" alt="Lucretia Walker. (Fonte: Alamy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Lucretia Walker. (Fonte: Alamy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 7 de fevereiro daquele ano, Lucretia, aos 25 anos, morreu de ataque card&iacute;aco logo ap&oacute;s o nascimento de seu filho, James. Morse s&oacute; ficou sabendo dias depois por meio de uma carta enviada por seu pai. Quando o pintor conseguiu chegar a New Haven, a amada dele j&aacute; havia sido enterrada.
Frustrado com a demora para ser notificado, visto que sua carta foi transportada por cavaleiros at&eacute; ele, Morse iniciou a empreitada de explorar maneiras mais r&aacute;pidas de comunica&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">"O que Deus fez?"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/28/hard-drive-28182114708455.jpeg" alt="(Fonte: Times Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Times Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1832, ele come&ccedil;ou a desenvolver o 1&deg; tel&eacute;grafo eletromagn&eacute;tico, usando todo seu conhecimento nas palestras que teve na faculdade, registrando sua patente para o dispositivo 5 anos depois.
O Congresso financiou uma linha telegr&aacute;fica para o funcionamento do aparelho, constru&iacute;da de Washington a Baltimore, constituindo uma dist&acirc;ncia de cerca de 60 quil&ocirc;metros.
Quando a linha ficou pronta, em meados de 1844, Morse enviou a 1&ordf; mensagem: "O que Deus fez?".
Come&ccedil;ava ali uma revolu&ccedil;&atilde;o na era da comunica&ccedil;&atilde;o moderna.

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Uma tragédia na vida de Samuel Morse o ajudou a criar o telégrafo

Imagem de Ana Rosa: a jovem morta pelo marido que se tornou milagreira no megacurioso

Mais de 200 milagres são atribuídos à Ana Rosa

No dia 22 de junho de 1885, os habitantes da regi&atilde;o de Botucatu (S&atilde;o Paulo) ficaram horrorizados com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117595-as-teorias-sobre-a-misteriosa-morte-de-brittany-murphy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descoberta do corpo</a> de uma mulher nas proximidades da cidade. Sem dedos, l&aacute;bios, orelhas e l&iacute;ngua, a cena dificilmente poderia ser esquecida por quem a visse.
Mais tarde, descobriu-se que aquele corpo mutilado era da jovem Ana Rosa. Na &eacute;poca, ela tinha apenas 20 anos. At&eacute; hoje sua sepultura atrai muitos curiosos, especialmente porque muitas pessoas atribuem ao esp&iacute;rito da mo&ccedil;a assassinada a uma s&eacute;rie de milagres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04105841316122.jpg" alt="Capele em homenagem a Ana. (Fonte: BBC/ S. de Turismo de Botucatu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Capela em homenagem &agrave; Ana. (Fonte: BBC/ S. de Turismo de Botucatu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2 class="uk-text-justify">Uma vida de viol&ecirc;ncia</h2>
Ana Rosa n&atilde;o teve uma juventude f&aacute;cil. Foi obrigada a se casar com apenas 15 anos com Francisco Carvalho Bastos, popularmente chamado de Chicuta, um homem influente e bastante violento, que tinha em torno dos 40 anos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04105617737121.jpg" alt="(Fonte: BBC/ S. de Turismo de Botucatu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/ S. de Turismo de Botucatu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s se casarem, Ana e Chicuta viveram em uma propriedade nos arredores de Avar&eacute;, cidade a 77 quil&ocirc;metros de Botucatu. A jovem era alvo constante da viol&ecirc;ncia e dos ci&uacute;mes do marido. O sofrimento s&oacute; aumentava, e Ana n&atilde;o sabia mais o que fazer at&eacute; que, certo dia, seu algoz decidiu viajar. Era a oportunidade perfeita para fugir daquele lugar e tentar se manter longe das surras.
Ana conseguiu a ajuda de um homem escravizado para fugir. O objetivo dela era se esconder no cabar&eacute; de uma tia na cidade de Botucatu. Quando Chicuta descobriu o que havia acontecido, identificou o escravizado e o matou. Depois, foi atr&aacute;s da esposa.
Como suas tentativas de tirar Ana do cabar&eacute; da tia n&atilde;o foram bem-sucedidas, Chicuta contratou dois homens, sendo que um deles, de nome Costinha, tinha uma miss&atilde;o bem espec&iacute;fica: ganhar a confian&ccedil;a da jovem para, depois, engan&aacute;-la, prometendo que a ajudaria chegar ao Paran&aacute; para que o marido nunca mais a encontrasse.
Por desespero ou inoc&ecirc;ncia, Ana Rosa acabou acreditando no capanga contratado pelo seu esposo. No dia 21 de junho de 1885, ela seguiu Costinha at&eacute; as proximidades do Rio Lavap&eacute;s, em Botucatu, onde foi entregue a Chicuta que a matou lentamente, mutilando seu corpo.
O assassinato de Ana Rosa foi descoberto por acaso: uma mulher escravizada tinha se escondido no local onde Chicuta <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/105088-em-nome-do-amor-mulher-mata-marido-e-joga-acido-na-cara-do-amante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cometeu o crime</a> e, por isso, viu como tudo aconteceu. Depois que o corpo foi encontrado por um fazendeiro da regi&atilde;o, ela decidiu contar o ocorrido.
<h2 class="uk-text-justify">Vingan&ccedil;a</h2>
Apenas um dos dois capangas contratados foi condenado, Minigirdo era filho de escravizados. Costinha, por ser filho de uma rica fam&iacute;lia das redondezas, foi absolvido. Quanto a Chicuta, sua desculpa para o crime foi a defesa da honra. Ele tamb&eacute;m foi absolvido.
O enterro de Ana Rosa atraiu centenas de pessoas. A hist&oacute;ria n&atilde;o acaba aqui, mais tarde, os tr&ecirc;s envolvidos em seu assassinato tiveram fins horr&iacute;veis. Chicuta morreu com o pesco&ccedil;o cortado por uma roda de carro de boi; Costinha viu seu fim sendo esmagado por uma &aacute;rvore; enquanto Minigirdo contraiu var&iacute;ola e morreu na pris&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/04/04105507236120.jpg" alt="(Fonte: BBC/ S. de Turismo de Botucatu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/ S. de Turismo de Botucatu/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Esses eventos fizeram as pessoas come&ccedil;arem a pensar que o esp&iacute;rito de Ana Rosa foi quem <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117731-caso-daniella-perez-o-marcante-assassinato-de-uma-atriz-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">puniu os assassinos</a>. Nas d&eacute;cadas que se seguiram &agrave; sua morte, diversos milagres foram atribu&iacute;dos a ela. No local onde foi encontrada, uma capela foi erguida pelos moradores em homenagem &agrave; mo&ccedil;a. A figura da jovem &eacute; t&atilde;o importante na regi&atilde;o que existe at&eacute; um movimento popular pela sua canoniza&ccedil;&atilde;o.

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Ana Rosa: a jovem morta pelo marido que se tornou milagreira

Imagem de Como o Império do Japão quase importou judeus refugiados no megacurioso

Em 1930, Japão lançou o chamado Plano Fugu, que visava trazer centenas de refugiados para impulsionar a economia do país

Em um determinado per&iacute;odo da humanidade, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118335-igreja-catolica-ja-condenava-o-antissemitismo-em-1919.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antissemitismo</a> crescia deliberadamente, e as comunidades judaicas eram amea&ccedil;adas em diversas partes do mundo. O mesmo era v&aacute;lido para o Jap&atilde;o, sobretudo dentro dos c&iacute;rculos militares e pol&iacute;ticos do pa&iacute;s que acreditavam que os judeus faziam parte de uma conspira&ccedil;&atilde;o para "dominar o mundo".
Por conta disso, o imp&eacute;rio japon&ecirc;s tinha uma estrat&eacute;gia em mente: o Plano Fugu, um esfor&ccedil;o generalizado para encorajar a imigra&ccedil;&atilde;o judaica para o territ&oacute;rio japon&ecirc;s antes e durante a Segunda Guerra Mundial, a fim de impulsionar a prosperidade econ&ocirc;mica do pa&iacute;s. Dessa forma, eles poderiam utilizar o "inimigo" a seu favor.
<h2 class="uk-text-justify">Antissemitismo no Jap&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/01/01110147768128.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O movimento antissemita passou a crescer no Oriente ap&oacute;s a chega do livro Os Protocolos dos S&aacute;bios de Si&atilde;o (1903), que pregava &oacute;dio aos judeus, pelas m&atilde;os do ex&eacute;rcito do General Grigory Semyonov, um l&iacute;der do movimento branco durante a Guerra Civil Russa.&nbsp;
Ap&oacute;s esse per&iacute;odo, a obra passou a fascinar o Major Norihiro Yasue, que era fluente em russo e um candidato natural para trabalhar para as for&ccedil;as japonesas como int&eacute;rprete e oficial de intelig&ecirc;ncia quando as tropas do pa&iacute;s partiram da China para o norte em 1918.&nbsp;
Yasue decidiu traduzir o livro para o japon&ecirc;s e passou a compartilh&aacute;-lo entre os militares. Muitos passaram a acreditar no conte&uacute;do antissemita e viam a viol&ecirc;ncia como medida necess&aacute;ria. Ao mesmo tempo, alguns oficiais questionavam esse tipo de comportamento e passaram a tra&ccedil;ar uma nova estrat&eacute;gia.
<h2 class="uk-text-justify">Origem do Plano Fugu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/01/01110102409126.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O Minist&eacute;rio de Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Jap&atilde;o passou a ficar realmente interessado pela ideia de Yasue para controlar a popula&ccedil;&atilde;o judaica no pa&iacute;s. Ao longo da d&eacute;cada de 1930, a expans&atilde;o imperial do pa&iacute;s pela China e pelo Pac&iacute;fico tinham causado um isolamento diplom&aacute;tico, e os l&iacute;deres buscavam uma forma de recuperar uma influ&ecirc;ncia internacional.
Foi ent&atilde;o que as autoridades locais passaram a trabalhar com a ideia de trazer judeus refugiados para o pa&iacute;s para mant&ecirc;-los sob controle e faz&ecirc;-los trabalhar pelo benef&iacute;cio do Imp&eacute;rio. As tratativas estavam concentradas sobretudo no oficial da marinha Koreshige Inuzuka, que havia-se tornado uma conex&atilde;o militar com as comunidades judaicas que foram dominadas na China.&nbsp;
Inuzuka tinha como ideia levar milhares de judeus alem&atilde;es para a Manchuria, com a esperan&ccedil;a que eles ajudassem a controlar a f&uacute;ria da popula&ccedil;&atilde;o local com a m&atilde;o de obra barata. Em 1939, o militar publicou um artigo encorajando a chegada das comunidades judaicas em territ&oacute;rio japon&ecirc;s e escreveu aos seus superiores dizendo que "os judeus s&atilde;o como um fugu (baiacu); &eacute; muito delicioso, mas a menos que voc&ecirc; saiba bem como o cozinhar, pode ser fatal".
<h2 class="uk-text-justify">Derrocada da ideia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Pearl_Harbor_attack#/media/File:USS_SHAW_exploding_Pearl_Harbor_Nara_80-G-16871_2.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/01/01110241675130.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Para Inuzuka, existia o conceito de que os judeus eram "criaturas venenosas", mas que poderiam ser usados para alcan&ccedil;ar as comunidades judaicas nos Estados Unidos, expandir a influ&ecirc;ncia japonesa no Ocidente e injetar capital na economia do pa&iacute;s. Os conspiracionistas tamb&eacute;m acreditavam que esses refugiados poderiam trazer mais informa&ccedil;&otilde;es sobre um eventual plano de "domina&ccedil;&atilde;o global".
Entretanto, com a chegada da Segunda Guerra Mundial, o Plano Fugu parecia se tornar algo completamente improv&aacute;vel. O governo japon&ecirc;s aparentava n&atilde;o estar disposto a gastar tanto dinheiro financiando a chegada de imigrantes, e os judeus refugiados pareciam criar maiores la&ccedil;os com os Estados Unidos, recusando aceitar o convite para se mudarem para outros pa&iacute;ses, e tudo teria ido para o fundo do po&ccedil;o com o ataque de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112083-conheca-a-historia-do-pearl-harbor-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pearl Harbor</a> em 1941.
Al&eacute;m disso, o Imp&eacute;rio do Jap&atilde;o acabou criando la&ccedil;os pol&iacute;ticos com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alemanha Nazista</a> durante o conflito armado. Sendo assim, qualquer plano que envolvia abrigar judeus alem&atilde;es refugiados poderia comprometer o bem-estar diplom&aacute;tico entre as duas na&ccedil;&otilde;es. Por fim, o Plano Fugu acabou nunca saindo do papel e ficou conhecido como apenas mais uma ideia bizarra daquele per&iacute;odo hist&oacute;rico.

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Como o Império do Japão quase importou judeus refugiados

Imagem de A vida de Carlos Marighella: político, escritor e guerrilheiro no megacurioso

Para uns, um guerrilheiro em busca de justiça social; para outros, um violento terrorista

O baiano Carlos Marighella (1911-1969) j&aacute; foi tema de livros, m&uacute;sicas e filmes. A produ&ccedil;&atilde;o mais recente &eacute; o longa-metragem biogr&aacute;fico dirigido pelo brasileiro Wagner Moura, que aborda os &uacute;ltimos momentos de vida desse pol&ecirc;mico e importante personagem da hist&oacute;ria brasileira. Nos &uacute;ltimos anos, as discuss&otilde;es pol&iacute;ticas e hist&oacute;ricas em torno de Marighella se tornaram frequentes.
<h2 class="uk-text-justify">Breve hist&oacute;rico</h2>
Marighella nasceu na cidade de Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Foi pol&iacute;tico, poeta, escritor e guerrilheiro. Conheceu muita gente importante, como o cineasta franc&ecirc;s Jean-Luc Godard, o dramaturgo Dias Gomes (1922-1999), o pintor C&acirc;ndido Portinari (1903-1962), bem como os escritores Graciliano Ramos (1892-1953) e Jorge Amado (1912-2001).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27101721707083.jpg" alt="Marighella ao centro. (Fonte: Isto &eacute;/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Marighella ao centro. (Fonte: Isto &eacute;/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Experimentou na pele a repress&atilde;o e a viol&ecirc;ncia dos dois regimes autorit&aacute;rios da hist&oacute;ria do Brasil: o Estado Novo de Get&uacute;lio Vargas (1937-1945) e a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119063-ditadura-militar-no-brasil-6-mentiras-contadas-sobre-o-regime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar</a>&nbsp;iniciada com o golpe de 1964, finalizando em 1985. Foi no regime militar que a atua&ccedil;&atilde;o de Marighella come&ccedil;ou a incomodar. Como um dos l&iacute;deres da resist&ecirc;ncia, chegou a ser considerado o principal inimigo da ditadura.
<h2 class="uk-text-justify">Da pol&iacute;tica &agrave; guerrilha</h2>
O pai de Marighella era o oper&aacute;rio italiano Augusto Marighella, e a m&atilde;e dele, Maria Rita do Nascimento, era uma mulher negra e filha de escravos. Na juventude,&nbsp;Marighella chegou a cursar Engenharia Civil na Bahia, mas n&atilde;o deu continuidade aos estudos.
Na d&eacute;cada de 1930, Marighella decidiu se filiar ao PCB para fazer oposi&ccedil;&atilde;o &agrave; ditadura presidencialista de Vargas instaurada com Estado Novo. J&aacute; nessa &eacute;poca passou pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119809-paul-aussaresses-o-torturador-convidado-pela-ditadura-militar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pris&atilde;o e pelas primeiras torturas</a>. Foi preso 2 vezes, sendo que, na 2&ordf;, ficou na cadeia por 6 anos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Comiss&atilde;o da Verdade SP/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.brasildefato.com.br/2019/12/05/em-1969-morte-de-marighella-era-anunciada-pela-imprensa"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27102030613089.jpg" alt="(Fonte: Comiss&atilde;o da Verdade SP/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Comiss&atilde;o da Verdade SP/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Depois de solto, conseguiu ser eleito pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) da Bahia como deputado federal em 1945. Por&eacute;m, 2 anos depois perdeu o mandato: o partido foi categorizado como ilegal pelo governo. A partir desse momento, a solu&ccedil;&atilde;o encontrada por Marighella foi a milit&acirc;ncia praticada na clandestinidade.
Em 1964, por ocasi&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golpe Militar</a>, o&nbsp;PCB ainda estava ativo, e Marighella continuava filiado ao partido. Contudo, abandonou a legenda devido a uma s&eacute;rie de diverg&ecirc;ncias. O principal motivo &eacute; que ele achava que o partido n&atilde;o tinha iniciativas nem a capacidade de criar algo capaz de derrotar o governo autorit&aacute;rio em vigor.
Nessa &eacute;poca, ap&oacute;s ser baleado em um cinema, foi preso novamente. Quando saiu da cadeia, usou seus dons para a escrita para escrever e publicar o livro Por que resisti &agrave; pris&atilde;o.&nbsp;
Na publica&ccedil;&atilde;o, ele fala&nbsp;um pouco de tudo que passou naquele per&iacute;odo: a pris&atilde;o, algumas reflex&otilde;es sobre a vida, os desapontamentos em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s dire&ccedil;&otilde;es adotadas pelo PCB e, claro, a import&acirc;ncia e a necessidade urgente de se enfrentar o autoritarismo que dominava o Brasil.
<h2 class="uk-text-justify">Objetivos da luta armada</h2>
N&atilde;o muito tempo ap&oacute;s sair do PCB, Marighella criou a A&ccedil;&atilde;o Libertadora Nacional (ALN), uma organiza&ccedil;&atilde;o armada com foco em lutas sociais e democr&aacute;ticas, cujo objetivo era acabar com o autoritarismo e repress&atilde;o do governo militar.
O movimento cresceu rapidamente. Para financiar as atividades e garantir armamento, o grupo liderado pelo ex-deputado foi dividido em v&aacute;rias equipes t&aacute;ticas armadas, com a finalidade de assaltar bancos e quart&eacute;is em busca de dinheiro, armas e muni&ccedil;&otilde;es.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Carta Maior/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Cinema/Carlos-Marighella-mais-vivo-do-que-nunca/59/51875"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27105139292114.jpg" alt="(Fonte: Carta Maior/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Carta Maior/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Um dos mais famosos eventos realizados pela ALN liderada por Marighella foi o sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick. O ato tinha como finalidade for&ccedil;ar a libera&ccedil;&atilde;o de 15 presos pol&iacute;ticos.
Uma das estrat&eacute;gias para atrair novos integrantes e informar a sociedade sobre os objetivos da A&ccedil;&atilde;o Libertadora Nacional foi a chamada R&aacute;dio Libertadora. Basicamente, o esquema consistiu fitas cassete que pudessem ser tocadas em qualquer alto falante para espalhar as ideias do grupo. Em uma delas, os objetivos da causa e da luta armada eram citados pelo pr&oacute;prio l&iacute;der guerrilheiro, os quais eram:
<ul class="uk-text-justify">
<li>eliminar a ditadura militar;</li>
<li>extinguir o latif&uacute;ndio e expropriar grandes latifundi&aacute;rios;</li>
<li>criar a&ccedil;&otilde;es para melhorar e transformar as condi&ccedil;&otilde;es de vida dos trabalhadores oper&aacute;rios, moradores do campo e da classe m&eacute;dia;</li>
<li>expulsar os norte-americanos do pa&iacute;s, bem como expropriar suas propriedades e bens &mdash; portanto, as companhias estrangeiras lideradas por esses indiv&iacute;duos seriam tomadas, e o mesmo deveria ocorrer com as pessoas que colaborassem com eles;</li>
<li>o novo e revolucion&aacute;rio governo deveria ser formado pelo povo.</li>
</ul>
<h2 class="uk-text-justify">A execu&ccedil;&atilde;o</h2>
Mesmo sabendo das a&ccedil;&otilde;es violentas promovidas pelo governo aos inimigos capturados, Marighella decidiu permanecer e continuar com sua luta no pa&iacute;s sempre com armas nas m&atilde;os.
No dia 4 de novembro de 1969, caiu em uma emboscada e foi morto. D&eacute;cadas depois de sua morte, em 1996, um dossi&ecirc; elaborado pela Comiss&atilde;o Especial de Mortos e Desaparecidos, do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a, contestou as informa&ccedil;&otilde;es sobre a morte do guerrilheiro apresentadas pelo Dops por ocasi&atilde;o de sua execu&ccedil;&atilde;o.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Isto &Eacute;/ Cada Minuto/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2012/03/03/comissao-da-verdade-revista-revela-farsa-na-cena-da-morte-de-carlos-marighella"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27102540739096.jpg" alt="(Fonte: Isto &Eacute;/ Cada Minuto/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Isto &Eacute;/ Cada Minuto/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De acordo com o documento, o laudo do m&eacute;dico legista indicava que Marighella havia sido morto &agrave; queima-roupa, com tiro no peito, j&aacute; dominado pela pol&iacute;cia. Depois disso, teria sido arrastado e deixado no carro em uma posi&ccedil;&atilde;o imposs&iacute;vel, ou seja, incompat&iacute;vel com eventos relatados pelos policiais.
Em 2012, a Portaria n&deg; 2.780, publicada no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o, concedeu a Carlos Marighella a anistia post mortem.

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A vida de Carlos Marighella: político, escritor e guerrilheiro

Imagem de 6 mentiras que contam sobre os vikings no megacurioso

Afinal, eles não eram tão sujos, brutos e fedidos assim... 

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=vikings#gsc.tab=0&amp;gsc.q=vikings&amp;gsc.page=2" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> se tornaram bem populares nas m&iacute;dias, e muito se fala neles &mdash; sejam em s&eacute;ries, filmes ou jogos, sejam nas hist&oacute;rias em quadrinhos. Por&eacute;m, eles sempre s&atilde;o vistos como homens grandes e fortes, selvagens, destemidos que navegavam pelos mares, sujos, usando capacetes de chifres e com "cara de poucos amigos".
Dos mitos que cercam esse povo b&aacute;rbaro da Escandin&aacute;via, listamos seis ideias equivocadas, mas que s&atilde;o comuns, sobre os vikings. Confira-as.
<h2 class="uk-text-justify">1. Vikings usavam capacetes com chifres</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jMuodtYqumM" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/27580-mito-ou-verdade-os-vikings-usavam-capacetes-com-chifres-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos mais emblem&aacute;ticos</a> relacionados a esse povo s&atilde;o os capacetes com chifres, que, na realidade, s&oacute; come&ccedil;aram a aparecer no s&eacute;culo XIX, quando uma &oacute;pera os retratou como vil&otilde;es que usavam esses artefatos na cabe&ccedil;a.
Na realidade, os capacetes vikings eram feitos de ferro ou couro, e &eacute; poss&iacute;vel que muitos indiv&iacute;duos nem sequer usassem um, j&aacute; que eram itens caros na &eacute;poca. Na verdade, os arque&oacute;logos encontraram apenas um capacete viking aut&ecirc;ntico, feito de ferro e sem chifres, que alguns historiadores e especialistas em batalhas acreditam n&atilde;o ter absolutamente nenhum benef&iacute;cio em combate.
<h2 class="uk-text-justify">2. Vikings tinham "apelidos" assustadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21192803474434.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)
Quando as hist&oacute;rias sobre esse povo se espalharam pela Europa, &agrave;s vezes eram acompanhadas de apelidos que soavam horr&iacute;veis, como "&Aacute;sgeirr, o Terror dos Noruegueses" ou "Hilf, o Castrador de Cavalos". Essa pode ter sido uma maneira &uacute;til de se referir aos vikings com reputa&ccedil;&atilde;o de serem dur&otilde;es em uma &eacute;poca na qual os sobrenomes reais eram escassos, mas, em diversos casos, esses "t&iacute;tulos" eram bem menos malvad&otilde;es, como "Olver, o Amigo das Crian&ccedil;as" ou o famos&iacute;ssimo "Ragnar Lothbrok", que significa nada menos que "Ragnar Cal&ccedil;as Peludas".
<h2 class="uk-text-justify">3. Eles tinham funerais vikings</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21192108848433.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)
Vikings da cultura pop normalmente apresentam uma tradi&ccedil;&atilde;o de funeral de seu povo: quando um guerreiro morre, o corpo dele era vestido com trajes de gala e colocado em um barco junto de seus pertences, sendo lan&ccedil;ado no mar e ent&atilde;o incendiado com um disparo de flecha.
&Eacute; tudo muito legal de se ver em filmes e s&eacute;ries, mas, na realidade, essa n&atilde;o &eacute; a verdade absoluta. Eles tinham funerais parecidos a quase todas as outras culturas e, quando um deles morria, normalmente era enterrado no solo.
O mito do navio em chamas pode ter vindo de uma combina&ccedil;&atilde;o de duas pr&aacute;ticas reais dos vikings: &agrave;s vezes, eles sepultavam seus mortos em seus navios, embora os navios permanecessem em terra onde foram enterrados. E, &agrave;s vezes, eles queimavam alguns cad&aacute;veres em uma pilha de material combust&iacute;vel.
<h2 class="uk-text-justify">4. Vikings eram guerreiros experientes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21191813473431.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)
Embora seja verdade a viol&ecirc;ncia presente entre os vikigns, eles n&atilde;o eram os guerreiros mais espertos e experientes daquela &eacute;poca. Na verdade, em sua maioria, os vikings eram pessoas normais.
Os historiadores acreditam que os vikings eram formados principalmente por fazendeiros, pescadores e camponeses, em vez do tipo "b&aacute;rbaro" que estamos acostumados. Considerando que as aldeias que eles costumavam atacar n&atilde;o ofereciam muita resist&ecirc;ncia, qualquer pessoa poderia ser um viking sem mesmo precisar lutar bem para isso.&nbsp;Inclusive, outro mito comum &eacute; que eles estavam constantemente&nbsp;<a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110109-identificaram-arma-secreta-usada-pelos-vikings-em-sua-expansao-na-europa.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiBvafGuNzzAhVNHLkGHXqpAMY4ChAWegQIARAC&amp;usg=AOvVaw12p_zJ5e29grIOkXxTHxnv" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lutando e guerreando</a>.
<h2 class="uk-text-justify">5. Vikings eram sujos, fedorentos e brutos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21191931114432.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)
A maioria das representa&ccedil;&otilde;es de vikings &mdash; com exce&ccedil;&atilde;o de algumas poucas, como &eacute; o caso da s&eacute;rie Vikings da Netflix &mdash; mostram-nos como pessoas sujas, brutas e de odores desagrad&aacute;veis, mas, ao longo dos anos,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114251-mais-de-mil-artefatos-vikings-sao-descobertos-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arque&oacute;logos descobriram uma quantidade significativa</a> de produtos de higiene pessoal que pertenceram a eles, incluindo pin&ccedil;as, pentes, palitos e limpadores de ouvido.
<h2 class="uk-text-justify">6. Vikings n&atilde;o inclu&iacute;am mulheres</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21193038443435.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)
Apesar de, atualmente, ser uma cultura considerada bastante machista, os vikings tinham uma abordagem bastante progressiva para sua &eacute;poca em rela&ccedil;&atilde;o aos pap&eacute;is de g&ecirc;nero. As mulheres podiam possuir propriedades, desafiar qualquer tipo de arranjo de casamento e at&eacute; mesmo solicitar o div&oacute;rcio se as coisas n&atilde;o estivessem funcionando.
Al&eacute;m disso, elas eram conhecidas por irem &agrave; guerra de vez em quando. O registro hist&oacute;rico de uma batalha em 971 diz que mulheres lutaram e morreram ao lado dos homens. Segundo a lenda, mais de 300 escudeiras lutaram na Batalha de Br&aacute;vellir no s&eacute;culo VIII e mantiveram com sucesso os inimigos a dist&acirc;ncia.
Inclusive, de acordo com a hist&oacute;ria, uma das mais not&aacute;veis escudeiras foi uma guerreira chamada Lathgertha, que impressionou tanto Ragnar Lothbrok a ponto de ele se apaixonar por ela e pedi-la em casamento.

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