Uma tragédia na vida de Samuel Morse o ajudou a criar o telégrafo

07/11/2021 às 06:002 min de leitura

Algumas das milhares de invenções do passado que causaram revolução e empurraram a sociedade para a era da modernidade surgiram por causa de situações trágicas ou traumáticas. Isso aconteceu na década de 1952 com o engenheiro industrial John Hetrick, quando ele decidiu criar o primeiro airbag da história, após bater seu carro enquanto fazia um passeio de domingo com sua esposa e filha, quase causando a morte de ambas.

Com Samuel Morse não foi diferente: a invenção dele partiu de um plano de fundo totalmente trágico. Nascido Samuel F. B. Morse, em 1791, Charlestown (Massachusetts, EUA), o homem sempre foi apaixonado por pintura apesar de ter-se formado pela Universidade Yale em Filosofia Religiosa, Matemática e Ciência dos Cavalos.

Foi durante sua passagem pela faculdade que ele assistiu a palestras sobre eletricidade de Benjamin Silliman e Jeremiah Day, sem sequer imaginar que um dia todo aquele conhecimento seria útil para ele.

A tragédia

(Fonte: Tiooda/Reprodução)(Fonte: Tiooda/Reprodução)

Graduado em 1810, no ano seguinte ele se mudou para Inglaterra para estudar pintura com Washington Allston. Ele retornou aos Estados Unidos apenas 5 anos depois e sofreu muito para encontrar trabalho como pintor profissional, assim acabou tendo que se sustentar pintando retratos de famílias.

Foi procurando clientes em 1816, em New Hampshire, que Morse conheceu Lucretia Pickering Walker, com quem se casou em 1818. A filha do casal, Susan, nasceu 1 ano após a união, e a família se mudou para New Haven, em Connecticut, onde o homem pintou retratos de algumas figuras locais importantes.

Em 1825, a carreira de Morse deu um salto quando ele recebeu uma encomenda vinda de Nova York para pintar o Marquês de Lafayette, um dos heróis da Guerra Revolucionária. Foi durante essa viagem a Washington para realizar o projeto, deixando Lucretia grávida de seu 3° filho, que sua vida mudou completamente.

Lucretia Walker. (Fonte: Alamy/Reprodução)Lucretia Walker. (Fonte: Alamy/Reprodução)

Em 7 de fevereiro daquele ano, Lucretia, aos 25 anos, morreu de ataque cardíaco logo após o nascimento de seu filho, James. Morse só ficou sabendo dias depois por meio de uma carta enviada por seu pai. Quando o pintor conseguiu chegar a New Haven, a amada dele já havia sido enterrada.

Frustrado com a demora para ser notificado, visto que sua carta foi transportada por cavaleiros até ele, Morse iniciou a empreitada de explorar maneiras mais rápidas de comunicação.

"O que Deus fez?"

(Fonte: Times Magazine/Reprodução)(Fonte: Times Magazine/Reprodução)

Em 1832, ele começou a desenvolver o 1° telégrafo eletromagnético, usando todo seu conhecimento nas palestras que teve na faculdade, registrando sua patente para o dispositivo 5 anos depois.

O Congresso financiou uma linha telegráfica para o funcionamento do aparelho, construída de Washington a Baltimore, constituindo uma distância de cerca de 60 quilômetros.

Quando a linha ficou pronta, em meados de 1844, Morse enviou a 1ª mensagem: "O que Deus fez?".

Começava ali uma revolução na era da comunicação moderna.

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