Imagem de O que é Síndrome de Estocolmo e qual a sua história no Megacurioso

Caracterizada pelo fato de que a vítima de um crime passa a sentir carinho pelo criminoso, essa síndrome foi nomeada por causa de um sequestro que ficou famoso em todo o mundo

Imagine que você está na fila para ser atendido em uma pequena agência bancária. De repente, um assaltante invade o estabelecimento, com capuz na cabeça e armado. A maioria das pessoas consegue fugir, mas você e dois funcionários não têm a mesma sorte e acabam servindo como reféns. A polícia chega logo e as negociações começam.



No final das contas, tudo dura muito mais tempo do que o necessário e vocês acabam passando alguns dias sob o comando do criminoso. As primeiras horas são do mais completo pânico, você tem medo de falar, de olhar para o lado, de morrer, de tudo. Os outros reféns também estão apavorados, e o criminoso, por ter de lidar com a polícia e a grande comoção ao redor do prédio, também não é a mais calma das criaturas.



No segundo dia, no entanto, você pensa em acalmar o sequestrador e resolve conversar, atitude seguida também pelos outros dois reféns. Depois de algumas horas, estão todos mais calmos e conversando sem muito nervosismo e, de repente, você passa a sentir uma espécie de carinho por aquele homem, ainda que ele represente uma ameaça à sua própria vida.



<h2>Sim, isso acontece</h2>



<figure class="mt-2"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/23/23124423746066.jpg" alt="" /></figure>







Coisa de filme? Que nada!



A Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico em que uma pessoa passa a ter um sentimento de ternura por um agressor após vivenciar períodos de intimidação e pressão. O termo, aliás, teve origem com uma história parecida com essa que fizemos você imaginar.



Em 1973, em Estocolmo, na Suécia, um assalto a banco deu origem ao nome da síndrome. Na ocasião estavam um assaltante, Jan-Erik Olsson, um presidiário e quatro funcionários da agência bancária, que permaneceram juntos durante seis e, com o passar do tempo, acabaram desenvolvendo uma forte relação afetiva.



Tudo começou com Olsson entrando com uma metralhadora e explosivos na agência bancária que ficava na região central da cidade. Olsson disparou contra o teto e imediatamente fez três funcionários como reféns para tentar, em troca da liberdade deles, conseguir uma boa quantia em dinheiro com a polícia e, assim, fugir do país.



<h2>Negociações e afeto</h2>



<figure class="mt-2"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/23/23124435543067.jpg" alt="" /></figure>







Outra exigência: um de seus amigos, Clark Olofsson, que era um dos bandidos mais famosos da Suécia e que Olsson conhecera na prisão, deveria ser levado ao banco para fazer parte do esquema e conseguir fugir também. A polícia acabou aceitando o acordo e Olofsson foi levado ao banco. A essa altura, um funcionário que tinha conseguido se esconder foi descoberto e se juntou ao grupo de reféns.



Alguns agentes policiais conseguiram entrar em um departamento da agência, e, a partir daí, os reféns e os bandidos ficaram escondidos em um espaço bem menor. Para passar o tempo, eles começaram a conversar e a jogar baralho — a partir daí, todo mundo já era praticamente amigo de infância.



As negociações com a polícia eram feitas pelo telefone, por meio de dois reféns: Olof Palme e Kristin Enmark, ambos com 23 anos na época. Nas ligações deles com a polícia, ficou bastante claro: tanto Palme quanto Enmark estavam do lado dos sequestradores. Kristin chegou a dizer que confiava plenamente nos sequestradores e que viajaria com eles como refém sem o menor problema, se fosse o caso.



<h2>Todo mundo ficou bem</h2>



<figure class="mt-2"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/23/23124444465068.jpg" alt="" /></figure>







Depois de três dias de sequestro, os policiais entraram no banco por meio de um buraco e conseguiram se mostrar aos reféns que estavam lá, mas logo foram descobertos pelos sequestradores também, que ameaçaram os reféns e atiraram contra os policiais. Depois de seis dias, a polícia utilizou gás lacrimogêneo, o que fez com que os dois sequestradores se rendessem, sem que os reféns ficassem feridos.



A despedida entre sequestradores e reféns foi calorosa, com trocas de abraços apertados. Uma das funcionárias do banco, que ficou presa durante esses seis dias, disse saber que era estranho, mas que não gostaria que nada de ruim acontecesse aos sequestradores.



O responsável por batizar a síndrome foi Nils Berejot, criminologista que trabalhou com a polícia durante o famoso sequestro. Basicamente, ela é descrita como uma tentativa de a vítima se conectar com o criminoso, para tentar diminuir os riscos do crime. De forma inconsciente, é uma maneira de a vítima agradar o bandido para que, uma vez que ele tenha simpatia por ela, não a faça mal.



Quando soube da existência da síndrome, Olsson disse que não acreditava nela e que a amizade que desenvolveu com seus reféns era verdadeira, tanto que dois deles estiveram em seu casamento na prisão. Ele ficou dez anos detido e, depois de ser libertado, nunca mais teve problemas com a Lei. Já Olofsson foi absolvido em segunda instância, mas se envolveu com problemas com a polícia diversas vezes em sua vida.



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Publicado originalmente em 23/09/2016

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O que é Síndrome de Estocolmo e qual a sua história

Imagem de Dia da Marmota — saiba como funciona essa tradição! no Megacurioso

A marmota-espírito Punxsutawney Phil saiu de sua toca para cumprir suas obrigações do Dia da Marmota e previu 6 semanas de inverno

Hoje, 2 de fevereiro, é o Dia da Marmota. Se o evento não diz grande coisa para nós, brasileiros, é uma cerimônia tradicionalíssima nos Estados Unidos desde 1886, pois é neste dia que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115102-peste-bubonica-na-china-estaria-ligada-ao-consumo-de-carne-de-marmota.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma marmota</a> na cidade Punxsutawney consegue prever se o inverno irá continuar intenso ou se a primavera chegará mais cedo.



No evento realizado hoje (2) nessa cidade da Pensilvânia e transmitido ao vivo pela internet (em virtude das medidas sanitárias), a marmota Phil “previu” mais seis semanas de inverno no país, que enfrenta hoje uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149283-mudancas-clima-matar-americanos-formas-inesperadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forte nevasca</a> em toda a sua região nordeste.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i.guim.co.uk/img/media/97ac01a8c50a255bffc02771059e0fe2573dfa5d/0_0_3500_2592/master/3500.jpg?width=620&amp;quality=45&amp;auto=format&amp;fit=max&amp;dpr=2&amp;s=49b4d70b6843cbdaea688953359752fb"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/02/02144133109164.jpg" alt="Fonte: Alan Freed/Reuters/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Alan Freed/Reuters/Reprodução</figcaption></figure>



O tutor da marmota, que consegue de certa forma “conversar” com o roedor, A. J. Dereume, pediu que os membros do “círculo de confiança” de Phil o acordassem hoje às 7h25 (horário local) em Gobbler&#8217;s Knob, a colina considerada a capital mundial do tempo. Após um entendimento, Dereume deu o veredito: &#8220;Eu vejo minha sombra real, seis semanas mais de inverno pela frente&#8221;.



<h2>Como funciona a previsão da marmota?</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://s2.glbimg.com/_wcPwBh-YSrEaI191a1d6sSwMYs=/0x0:3000x2000/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/S/i/KtOm3xTqCKA4ZBvvTPDg/ap21033460037896.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/02/02144440689165.jpg" alt="Fonte: Barry Reeger/AP/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Barry Reeger/AP/Reprodução</figcaption></figure>



Embora seja um evento muito conhecido nos Estados Unidos e no Canadá, a tradição de origem alemã se tornou popular em 1993, com o filme Groundhog Day, exibido no Brasil com o nome de <a href="https://www.megacurioso.com.br/blog/81152-feitico-do-tempo-erros-e-acertos-mostrados-por-uma-comedia-inteligente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Feitiço do Tempo</a>, no qual o ator Bill Murray interpreta um meteorologista presunçoso e arrogante que acaba preso em um looping temporal.



Na cerimônia realizada hoje, um representante do “staff” da marmota brincou com o filme, dizendo que “às vezes parece que estamos todos vivendo o mesmo dia repetidamente. O Dia da Marmota também nos mostra que a monotonia acaba. O ciclo será quebrado”.



<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Groundhog Day 2021: Punxsutawney Phil makes his prediction" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/RDAHhUHkzG4?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



A lenda que orienta a tradição do Dia da Marmota afirma que o Phil de hoje é a mesma marmota de 1886. O mito afirma que, se o animal que está hibernando sair da toca e sua sombra aparecer no dia 2 de fevereiro, o inverno irá durar mais seis semanas.



Porém, se nenhuma sombra for vista, é porque a primavera virá mais cedo. A informação era importantíssima em épocas de poucos recursos alimentícios, e depois passou a ser utilizada pelos fazendeiros para a semeadura dos campos. Até hoje, Phil viu sua sombra mais de 100 vezes e só não viu em 18 ocasiões.

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Dia da Marmota — saiba como funciona essa tradição!

Imagem de Múmia com língua feita de ouro é encontrada no Egito no Megacurioso

Descoberto em escavação, corpo de mais de 2 mil anos parece preparado para conversar com os deuses após a morte

Uma nova escavação realizada no Egito resultou na descoberta de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-inexplicaveis/39561-10-mumias-famosas-e-suas-fascinantes-historias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmia</a> com uma característica diferente: a língua do corpo embalsamado foi removida e substituída por uma peça idêntica, porém feita de ouro.



Os objetos foram descobertos no templo de Taposiris Magna, que fica ao oeste de Alexandria, e datam de períodos de auge de civilizações como Grécia e Roma. Até por isso, o estado de preservação dos corpos não é dos melhores, já que as técnicas utilizadas são diferentes. O formato do sepultamento também não é o mesmo, com poços de pequena profundidade escavados em pedra.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://egymonuments.gov.eg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/02/02081145033005.jpg" alt="A múmia com a língua dourada." /></a><figcaption>A múmia com a língua dourada.</figcaption></figure>



A língua feita de ouro foi posicionada a partir de lâminas sobrepostas e, segundo os pesquisadores, tinha um objetivo bem específico: permitir que o morto se comunicasse com o deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112324-deus-egipcio-osiris-pode-ter-ganhado-nova-representacao-segundo-arqueologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Osíris</a> durante o julgamento realizado no além-vida. Este é o momento, de acordo com as tradições do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103575-viaje-na-historia-com-estas-15-curiosidades-aleatorias-sobre-o-antigo-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>, em que o falecido deve provar que possui honra e realizou atos de justiça durante a trajetória no plano dos vivos.



Entretanto, não é comum que múmias sejam encontradas com esse adorno. Por isso, há a suspeita de que a pessoa em questão tinha alguma dificuldade de fala — embora nenhuma pista evidente no local indique isso.



<h2>Mais descobertas</h2>



Segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, foram descobertos outros 15 poços de sepultamento na escavação, resultando em mais múmias e artefatos. Além de Osíris, há menções à deusa Ísis, que também é uma das responsáveis por auxiliar na passagem após a morte.



Uma delas foi enterrada com uma máscara funerária que cobre todo o corpo e exibe um sorriso, com um espaço aberto na região dos olhos.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://egymonuments.gov.eg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/02/02081311769006.jpg" alt="A máscara funerária que sorri." /></a><figcaption>A máscara funerária que sorri.</figcaption></figure>



Outra possui pergaminhos em um estado de conservação que permite a leitura do conteúdo, atualmente em fase de estudos e com ilustrações relacionadas a Osíris.



Moedas com o rosto de Cleópatra também foram encontradas, o que bate com a hipótese de que as tumbas datam do período da dominação romana na região — as múmias teriam mais de 2 mil anos, segundo as primeiras estimativas.&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://egymonuments.gov.eg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/02/02081352191009.jpg" alt="Algumas das máscaras encontradas." /></a><figcaption>Algumas das máscaras encontradas.</figcaption></figure>



A escavação foi obra da equipe da arqueóloga Dr. Kathleen Martinez, da Universidade de Santo Domingo.

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Múmia com língua feita de ouro é encontrada no Egito

Imagem de Navios de tesouros revelam segredos de rotas de comércio no Megacurioso

 Quatro navios cheios de tesouros foram encontrados na região de Kasos, na Grécia, e permitiram compreender melhor as rotas de comércio antigas

<a name="_GoBack"></a> No outono de 2020, quatro investidores gregos encontraram <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/99603-a-historia-da-mulher-que-sobreviveu-a-tres-naufragios-ate-o-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufrágios</a> da Grécia com diversos tesouros antigos. Com isso, foi possível entender um pouco mais sobre como eram as rotas de comércio antigas. A notícia da descoberta foi publicada no The Smithsonian e mostrou que os navios eram datados de diferentes períodos históricos.



O primeiro naufrágio foi da era helenística; ou seja, do século I a.C. Enquanto isso, o segundo foi da era clássica, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116341-arqueologos-acham-sepultura-de-povo-que-inspirou-game-of-thrones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">século V</a>, seguido por um do século II ou III e um último navio moderno. Dentre todos, o mais notável foi o este terceiro, já que ele continha um tesouro de cerâmica romana.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://allthatsinteresting.com/kasos-shipwreck"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01150134811176.jpg" alt="(Fonte: Greek Ministry of Culture/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Greek Ministry of Culture/Reprodução)</figcaption></figure>



No navio, foram encontradas ânforas completas com óleo produzido na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42163-proxima-parada-espanha-conheca-um-pouco-mais-sobre-a-terra-do-flamenco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a>. Essa foi a primeira vez que essas ânforas foram encontradas, portanto os pesquisadores assumiram que a rota dos navios de comércio era para as costas da Ásia Menor.



Segundo a Ancient History Encyclopedia, as ânforas são potes ou jarros com alças verticais utilizadas na antiguidade para transportar azeite, vinho e diversos alimentos.



<h2>Navios de tesouros foram desenterrados em 200 horas</h2>



O trabalho para desenterrar os naufrágios exigiu 100 mergulhos, uma equipe de 23 especialistas em diversas áreas e cerca de 200 horas de trabalho. A pesquisa permitiu concluir que os naufrágios eram romanos.



Os quatro navios estavam na região de Kasos, uma ilha grega meridional. O local é conhecido por ser uma rota comercial importante, ligando a região do Edeu ao Oriente Médio. Segundo o Ministério da Cultura e Desportos da Grécia, Kasos é conhecida por ser uma encruzilhada de culturas.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://allthatsinteresting.com/kasos-shipwreck"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01150157842177.jpg" alt="(Fonte: Greek Ministry of Culture/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Greek Ministry of Culture/Reprodução)</figcaption></figure>



Além destes navios encontrados em 2020, outra exploração encontrou, em 2019, cinco navios, um deles datado da década de 1820. Logo, os cientistas afirmam que o próximo projeto na região incluirá uma máquina de detecção do fundo do mar. Com isso, eles poderão encontrar pontos de naufrágio com mais facilidade.&nbsp;

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Navios de tesouros revelam segredos de rotas de comércio

Imagem de A incrível MITOLOGIA INDÍGENA BRASILEIRA! [Vídeo] no Megacurioso

A mitologia indígena brasileira é imensamente rica e com deuses tão poderosos e legais que não ficam devendo nada para as outras mitologias que existem

A mitologia indígena brasileira é imensamente rica e com deuses tão poderosos e legais que não ficam devendo nada para as outras mitologias que existem por aí! Vamos conhecer alguns dos deuses brasileiros?



<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="A incrível MITOLOGIA INDÍGENA BRASILEIRA!" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/-Mf4IbieUmA?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



Créditos: DIREÇÃO E ROTEIRO: Mike Ale ANIMAÇÃO: Coletivo Gueri Gueri NARRAÇÃO: Renan Pagliarusi SONORIZAÇÃO: Pablo Mello ARTE DA THUMB: Vanessa Velozo e Fernando Perazzoli ARTE: Lucas Alves dos Santos FINALIZAÇÃO: Matheus Zimmer

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A incrível MITOLOGIA INDÍGENA BRASILEIRA! [Vídeo]

Imagem de Leite Moça: a história de uma marca que não para de fazer sucesso no Megacurioso

O Leite Moça começou a ser produzido com esse nome no Brasil em 1921, pois os consumidores não conseguiam pronunciar a marca Milkmaid

Nesta semana, notícias reveladoras dos gastos do governo federal com alimentação em 2020 levaram aos trending topics do Twitter uma marca conhecida no mundo inteiro, mas que dificilmente havia frequentado o noticiário político anteriormente: o Leite Moça, ingrediente básico da cozinha brasileira e um elemento básico em festas de aniversário.



Do total de R$ 1,8 bilhão gastos em alimentação pelo executivo federal, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/39636-voce-conhece-a-historia-do-leite-condensado-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leite condensado</a> ocupou posição de destaque com despesas de R$ 15,6 milhões, um valor considerado salgado por alguns críticos, mas justificado pelo ministério da Economia, afirmando que o leite condensado destinou-se à alimentação das tropas das Forças Armadas. &nbsp;



Dentre as diversas marcas do produto, o Leite Moça, da Nestlé, é a mais conhecida e uma das mais queridas dos consumidores, não só pela tradição, confiança e qualidade, mas também por associá-la a momentos doces, como infância, família, festas, brigadeiros (os doces) e aquele momento em que abrimos uma latinha escondidos e tomamos tudo.



<h2>A origem do leite condensado: alimentação de tropas</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://3.bp.blogspot.com/-b5XgH4xALQ4/U3-mJIDxdWI/AAAAAAAAjdo/mXtmQEDI8cc/s1600/tricheiras+leite+mocCCA7a.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/27/27174014041290.jpg" alt="Fonte: Propagandas Históricas/Reprodução"/></a><figcaption>Fonte: Propagandas Históricas/Reprodução</figcaption></figure>



Associar gastos com leite condensado à alimentação das tropas faz todo o sentido quando consideramos que a invenção do produto, patenteada em 1856, só fez sucesso quando eclodiu a Guerra Civil Americana, em abril de 1861, após longa controvérsia sobre a libertação dos escravos negros nos Estados Unidos.&nbsp;



O fazendeiro Gail Borden descobriu, ao tentar desidratar o leite comum para fazer leite em pó, que o produto se transformava antes em leite condensado. O inventor passou a transportá-lo para os combatentes. O inventor também colocou o produto no mercado e, em 1867, fundou sua primeira indústria dedicada a produzir o leite condensado.



Em 1905, o leite passou a ser produzido na Suíça, fruto de uma fusão entre a Anglo Swiss Condensed Milk Co. e a Nestlé. Na primeira embalagem já aparecia uma primeira versão da jovem camponesa com trajes típicos do século XIX, que vemos hoje e que se chamava La Laitiére. &nbsp;



<h2>Chegada do Leite Moça ao Brasil</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://saborclub.uol.com.br/media/uploads/quadro-retro-cozinha-leite-moca-leite-condensado.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/27/27174207793292.jpg" alt="Fonte: Nestlé/Reprodução"/></a><figcaption>Fonte: Nestlé/Reprodução</figcaption></figure>



O leite La Laitiére chegou ao Brasil em 1890, como uma alternativa ao leite fresco, cujo abastecimento era problemático pela falta de refrigeração. Porém, a opção inicial dos fabricantes foi vender o leite condensado em drogarias, com o nome inglês de Milkmaid, pois não havia uma palavra equivalente em português (leiteira era o vasilhame).



O produto fez muito sucesso, pois era misturado à água para se obter o leite integral, que já vinha adoçado, além de poder ser armazenado por muito tempo sem estragar. Porém, a dificuldade de pronunciar o nome em inglês, fez com que os consumidores passassem a pedir nas farmácias o “leite da moça”, referindo-se à camponesa.



Por isso, quando a Nestlé abriu sua primeira fábrica no país, em Araras no ano de 1921, começou a produzir o produto com o nome criado espontaneamente pelos consumidores: Leite Moça. Em pouco tempo, o Brasil se transformaria no maior mercado mundial de leite condensado, posição que mantém até hoje.



<h2>A chegada do Leite Moça às cozinhas</h2>



Durante a Segunda Guerra Mundial, o leite condensado deixou de ser consumido apenas como leite, e chegou às cozinhas do mundo, passando a ser utilizado pelas donas de casa como um ingrediente fundamental no preparo de doces e sobremesas. A partir daí, as vendas do produto dispararam.



No Brasil, a chegada foi ainda mais espetacular, aproveitando <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/102242-25-doces-que-marcaram-a-infancia-de-muita-gente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma paixão pelos doces</a> que vinha dos nossos colonizadores portugueses. Em 1945, um relato folclórico garante que <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/36353-voce-sabia-que-o-brigadeiro-e-brasileiro-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o docinho brigadeiro</a> foi criado por apoiadoras do Brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República. O militar perdeu, mas o repertório das festas infantis ganhou mais um docinho.



<h2>A concorrência e a liderança absoluta</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i0.wp.com/gkpb.com.br/wp-content/uploads/2020/03/moca-novos-tamanhos-e-embalagens-geek-publicitario.jpg?fit=12002C675&amp;ssl=1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/27/27174941096298.jpg" alt="Fonte: Nestlé/Divulgação"/></a><figcaption>Fonte: Nestlé/Divulgação</figcaption></figure>



No início dos anos 1960, as receitas passaram a vir no rótulo do Leite Moça: pudim, doce de leite (cozido em banho-maria). Nos anos 1970, os rótulos traziam sugestões para festas típicas: Festas Juninas, Festas de Aniversário, Natal, entre outras. Durante 60 anos, a marca não teve concorrentes no Brasil.



Com o surgimento dos primeiros concorrentes diretos, na década de 1980, como o Mococa e o Glória, o Leite Moça, mesmo com uma liderança de 60% do mercado, decidiu lançar o leite condensado em sabores, o que se revelou um tremendo fracasso. A empresa recuou e apostou tudo no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/69493-ele-voltou-nestle-atende-aos-fas-e-relanca-leite-moca-cremoso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leite Condensado Tradicional</a>.



Hoje, após diversificar o produto e lançá-lo sob a forma de cereais, chocolates e sorvetes, a marca é líder absoluta. Segundo estatísticas da própria Nestlé, são consumidas por segundo no Brasil aproximadamente 8 latas de Leite Moça, um número que pode ter se elevado a julgar pela relevância do produto nas compras do governo do Brasil.

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Leite Moça: a história de uma marca que não para de fazer sucesso

Imagem de Paleta de cores do Egito Antigo desperta curiosidade na internet no megacurioso

Parte do acervo do Museu Metropolitano de Arte, nos Estados Unidos, paleta de cores tem mais de 3,4 mil anos e era feita de marfim

Recentemente, um objeto artístico da época do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/115518-as-5-historias-mais-incriveis-sobre-o-nascimento-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a> andou despertando muito interesse de internautas no mundo todo. Parte do acervo do Museu Metropolitano de Arte de Nova York, nos Estados Unidos, uma paleta de cores de 3,4 mil anos de idade é apenas uma entre tantos objetos extraordinários expostos no local e traz uma perspectiva sobre como viviam nossos antepassados.



Culturas antigas são uma temática de grande fascínio por grande parte dos seres humanos, sobretudo pela capacidade de objetos de épocas distintas fornecerem uma espécie de &#8220;viagem no tempo&#8221;. Justamente por isso, a existência de um artefato artístico tão antigo nos demonstra a força da arte ao longo dos séculos.



<h2>A história da paleta de cores</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2021/01/DP-17704-002-600540ff0c5ef__880.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20043855918001.jpg" alt="(Fonte: Metropolitan Museum of Art)" /></a><figcaption>(Fonte: Metropolitan Museum of Art)</figcaption></figure>



Feita com uma única peça de marfim, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/98967-30-paletas-de-cores-de-cenas-maravilhosas-de-grandes-sucessos-do-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paleta de cores</a> contém seis buracos onde os artistas costumavam armazenar suas tintas na época do Egito Antigo. Os pesquisadores estimam que a ferramenta tenha sido criada entre os anos 1390 e 1352 a.C.&nbsp;



Apesar da suspeita que o objeto fosse utilizado livremente por qualquer artista, a edição guardada no The Met possui um valor simbólico muito forte. Isso porque a paleta de cores localizada nos Estados Unidos tem uma inscrição que indica quem era o seu dono naquele tempo, o faraó Amenófis III.



A paleta ainda guarda consigo alguns resquícios de cor. Dentro das paredes da peça de marfim, é possível detectar fragmentos de tinta azul, verde, amarelo, vermelho, preto e algo que possivelmente seria a cor marrom. Antes de chegar às mãos do museu, o objeto havia sido adquirido em 1923 pelo Lord Carnarvon — Conde que financiou a expedição que acabou descobrindo a tumba de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/99711-maldicao-do-farao-sera-que-a-tumba-de-tutancamon-era-mesmo-amaldicoada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tutancâmon</a>.



<h2>A arte no Egito Antigo</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2021/01/image-5-60055b175c76a__880.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20043920450002.jpg" alt="(Fonte: Metropolitan Museum of Art)" /></a><figcaption>(Fonte: Metropolitan Museum of Art)</figcaption></figure>



Conhecida por ser uma das paletas de cores mais velhas conhecidas pelo homem, o objeto data para o início do Império Novo no Egito. Segundo os historiadores, a relíquia artística era constantemente usada no Alto Egito durante o reinado de Amenófis III, um grande apreciador da arte.



Também conhecido como &#8220;O Magnífico&#8221;, o antigo líder egípcio fez parte da 18ª dinastia e foi um dos grandes responsáveis por dar importância para a expressão artística ao longo daquela época.



Segundo o The Met Museum, as paletas não eram necessariamente utilizadas para pintura, apesar de ser a finalidade mais recorrente. Durante o Egito Antigo, o objeto também era usado por escritores e dentro do meio diplomático.

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Paleta de cores do Egito Antigo desperta curiosidade na internet

Imagem de 'Santuário nazista' era esconderijo de traficantes de armas no megacurioso

Polícia espanhola rastreou traficantes de armas até o depósito em que se organizavam, onde havia diversos objetos dedicados a Hitler

Após quase um ano de investigações sobre um poderoso esquema de tráfico de armas na Europa, a polícia espanhola foi levada nesta semana a um dos depósitos utilizados pelos contrabandistas, identificado na região da Andaluzia, na costa sul da Espanha. No local, foram encontrados diversos objetos incriminadores, incluindo artefatos relacionados ao nazismo.



Segundo reportado pela Newsweek, o armazém da Andaluzia era um verdadeiro santuário dedicado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/117343-mulher-judia-de-102-anos-revela-como-era-morar-ao-lado-de-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>, com a presença de uniformes, emblemas e medalhas nazistas. Além disso, parte do local estava enfeitado com quadros e retratos nazistas, e manequins a caráter estavam espalhados por todo o seu interior, de forma organizada e bem distribuída como se fosse um museu das tropas alemãs.



O prédio havia sido aparentemente alugado por um grupo de três homens, sendo dois alemães e um britânico. O trio é suspeito de liderar um dos maiores esquemas de modificações e comercialização de armas ilegais em todo o continente europeu, realizando atualizações de munição e no sistema automatizado e também falsificando números de séries dos equipamentos.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.newsweek.com/hitler-portraits-nazi-memorabilia-found-raid-suspected-arms-dealers-1557961"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20103908707051.jpg" alt="(Fonte: Guarda Civil Espanhola / Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Guarda Civil Espanhola / Reprodução)</figcaption></figure>



As investigações sobre as atividades dos contrabandistas direcionaram as autoridades à Málaga, outra região da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/117346-rede-de-acampamentos-do-imperio-romano-e-descoberta-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a>, onde supostamente as armas são modificadas em uma oficina secreta para logo em seguida serem transferidas para o depósito nazista, dando início ao processo de distribuição às mulas e grupos armados. Quanto aos donos do armazém, os três já foram acusados de tráfico de drogas e falsificação de documentos e um deles possui ligações com o movimento neonazista.



<h2>Todos os caminhos levam à Andaluzia</h2>



Nos últimos anos, o estreito da Andaluzia, que liga a Espanha à África, tornou-se polo de ação de contrabandistas e traficantes de drogas, com um aumento substancial no número de <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117352-4-vezes-em-que-a-pimenta-se-tornou-uma-arma-de-guerra.htm" target="_blank">armas</a> de fogo e munições. Dessa forma, a Inteligência espanhola logo relacionou o território a um dos alemães que vivia no país com identidade falsa, e os rastros levaram ao santuário de Hitler.



<blockquote class="twitter-tweet">Intervenido un arsenal de armas que surtía a los narcotraficantes de Costa del Sol y Campo de Gibraltar. De las 160 armas hay 30 fusiles de asalto y subfusiles, además de casi 10.000 cartuchos, 270 cargadores y hasta una granada con explosivo militar. <a href="https://t.co/VQF4O9C0Pv">https://t.co/VQF4O9C0Pv</a> <a href="https://t.co/9x64r99Dlt">pic.twitter.com/9x64r99Dlt</a>&mdash; Guardia Civil ?? (@guardiacivil) <a href="https://twitter.com/guardiacivil/status/1343924654734499840?ref_src=twsrc%5Etfw">December 29, 2020</a></blockquote> 



No armazém, foram encontrados 22 rifles de assalto AK-47, oito metralhadoras e 121 armas de curto alcance, além de quase 10 mil balas e três quilos de explosivo. A polícia também acredita que as armas foram compradas de traficantes do leste europeu e chegariam em Costa del Sol e Campo de Gibraltar.

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'Santuário nazista' era esconderijo de traficantes de armas

Imagem de Tumba achada no Egito tinha jogo de tabuleiro e Livro dos Mortos no megacurioso

Espaço usado para sepultamentos data de até 1550 a.C. e pertencia a cultistas do faraó Teti

Um grupo de arqueólogos ligados ao governo do Egito anunciou no último sábado (16) os resultados de escavações na região de Saqqara, que fica ao sul da capital Cairo. As descobertas envolvem um templo dedicado à rainha Nearit, esposa do faraó Teti, e incluía ainda um espaço para sepultamentos.



O templo era feito de pedra e ainda continha uma série de objetos utilizados em oferta para o casal.



Porém, a maior descoberta foi mesmo a dos três cômodos próximos feitos com tijolos, contendo mais de 50 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116382-59-sarcofagos-de-sacerdotes-do-antigo-egito-sao-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sarcófagos</a> de madeira datados de um período entre 1.186 a.C a 1.150 a.C.&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="http://www.antiquities.gov.eg/DefaultAr/pages/NewsDetails.aspx?newsid=2420"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20172846220299.jpg" alt="Alguns objetos de adoração encontrados junto às tumbas." /></a><figcaption>Alguns objetos de adoração encontrados junto às tumbas.</figcaption></figure>



Análises mais aprofundadas ainda serão realizadas, mas especula-se que os ocupantes eram cultistas que se reuniram após a morte do faraó. O grupo teria durado mais de mil anos e os mortos eram todos sepultados no local pela proximidade com a pirâmide de Teti.



<h2>O que foi encontrado?</h2>



O objeto mais badalado das escavações foi uma série de fragmentos que, se reunidos, formam parte do Capítulo 17 do &#8220;Livro dos Mortos&#8221;, um manuscrito com instruções sobre como seguir o além-vida a partir das tradições do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/103107-voce-sabia-que-os-antigos-egipcios-nao-chamavam-sua-nacao-de-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antigo Egito</a>.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="http://www.antiquities.gov.eg/DefaultAr/pages/NewsDetails.aspx?newsid=2420"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20172652799294.jpg" alt="Os fragmentos manuscritos do livro." /></a><figcaption>Os fragmentos manuscritos do livro.</figcaption></figure>



O dono do pergaminho parece ser um indivíduo de nome Pwkhaef, que está sepultado no local e assinou também algumas esculturas que serviriam para ajudar no processo de transição do falecido. O objeto agora será comparado com outras cópias do mesmo texto, para identificar se ele possui conteúdos diferentes.



Outra figura influente que foi sepultada no local é Khaptah, um militar que supervisionava o veículo de transporte de um faraó. Ele tinha seis filhos e o casal era devoto de Osíris, de acordo com desenhos encontrados nas paredes da tumba. Diversas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108880-10-coisas-que-talvez-voce-ainda-nao-sabia-sobre-mumias-egipcias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a> foram encontradas, incluindo uma em especial com condições de saúde peculiares: a febre familiar Mediterrânea, uma doença hereditária de caráter inflamatório.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="http://www.antiquities.gov.eg/DefaultAr/pages/NewsDetails.aspx?newsid=2420"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20172716315295.jpg" alt="Khaptah e a família." /></a><figcaption>Khaptah e a família.</figcaption></figure>



Um pequeno altar dedicado a Anúbis também foi identificado, mas sem maiores informações. Até mesmo um jogo de tabuleiro antigo foi encontrado: Senet, que era popular na região.



<h2>E agora?</h2>



A equipe de egiptólogos que realizou a operação foi liderada por Zahi Hawass, um especialista renomado na área. Segundo ele, a ideia é que a descoberta ajude a completar os conhecimentos a respeito da região de Sacara entre os séculos 16 a.C e 11 a.C.

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Tumba achada no Egito tinha jogo de tabuleiro e Livro dos Mortos

Imagem de Qual é a história por trás de O Flautista de Hamelin? no megacurioso

O conto tem raízes obscuras e é alvo de teorias até hoje

Era 1284, quando a cidade de Hamelin, na época um porto próspero às margens do Rio Weser, na Baixa Saxônia (Alemanha), passou a sofrer com uma incontrolável infestação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104150-pavor-de-rato-descobriram-uma-especie-gigante-que-abre-cocos-com-os-dentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos.</a> Os habitantes começaram a se desesperar porque os animais comiam as barcas cheias de milho e trigo, os bolos, os pães e o que mais havia pela frente, além de espalharem pulgas por toda a parte, tornando a cidade um verdadeiro inferno.



O prefeito então anunciou que premiaria com mil florins (moeda de ouro) quem conseguisse livrar Hamelin daquela peste desesperadora. No dia seguinte, um homem que não era familiar pela cidade vestido em roupas coloridas surgiu alegando ser um caçador de ratos. Incentivado pelo prefeito, ele tirou uma flauta do bolso e começou a tocar uma melodia.



Os habitantes de Hamelin assistiram, admirados, a milhares de ratos saírem aos atropelos das casas e comércios e, estranhamente, seguirem o som que o flautista produzia. O homem misterioso conduziu os camundongos para fora da cidade em direção ao Rio Weser, onde se lançaram e morreram afogados.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://adventurematerials.files.wordpress.com/2018/07/414px-the_pied_piper_of_hamelin_e28094_child_life.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/15/15103117498113.jpg" alt="(Fonte: Adventure Materials/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Adventure Materials/Reprodução)</figcaption></figure>



Assim que o flautista voltou à praça da cidade para coletar o seu prêmio, o prefeito apenas riu de sua cara e lhe deu 50 florins, além de acusá-lo de ter trazido os ratos com aquela sua “mágica”. Antes de ir embora enraivecido, o homem prometeu que se vingaria de toda a Hamelin pelo desprezo.



Em 26 de junho de 1284, dia de São João e São Paulo, quando os adultos estavam na igreja celebrando, o flautista voltou vestido de verde e tocou uma melodia diferente. Dessa vez, no entanto, não foram os ratos que começaram a segui-lo, mas sim as crianças: um total de 130 pequenos foi atrás do flautista e desapareceu para sempre após entrar em uma caverna.



<h2>História por trás da história</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSlLmR3-GCyLCjTJw2MRFQR_Ma0Y6AFtiW-9aoHCf3czYaBVvTqGlf59EUN9Q9dRLwftuqkuYGXeMBnczne0V3_o_K22VK4nZBUZg&amp;usqp=CAU&amp;ec=45761792"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/15/15103345155119.jpg" alt="(Fonte: Gospel Vision/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Gospel Vision/Reprodução)</figcaption></figure>



Essa é a história do popular e perturbador Flautista de Hamelin, um conto do folclore europeu que ensinou a várias gerações o preço da ingratidão. Os notórios <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115653-qual-e-a-verdadeira-historia-de-rapunzel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">irmãos Grimm</a> foram os responsáveis por terem reescrito a história pela primeira vez, em 1816, a partir do que o escritor Goethe havia retratado em seu livro 13 anos antes.



O conto do Flautista foi destacado em um vitral colocado na Igreja St. Nicolai, em Hamelin, por volta de 1384, mas que foi destruído em 1660. O historiador Hans Dobbertin se encarregou de reconstruí-lo na era moderna. &nbsp;



A história sobreviveu por meio do boca a boca dos cidadãos, que foram passando-a para seus filhos e netos como um conto de moral. Contudo, O Flautista de Hamelin não é mais considerada apenas uma fábula, pois há indícios claros de que foi inspirada em um fato. De acordo com o manuscrito de Luneberg do século XV, os versos se referem a 130 crianças ou jovens que teriam desaparecido em 26 de junho de 1284.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.nationalgalleries.org/sites/default/files/styles/postcard/public/externals/89339.jpg?itok=ch5cCSmU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/15/15103438281121.jpg" alt="(Fonte: National Galleries of Scottland/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: National Galleries of Scottland/Reprodução)</figcaption></figure>



Entre centenas de especulações que surgiram ao longo dos anos, a principal teoria sustentada pelos historiadores e desenvolvida pelo linguista alemão Jürgen Udolph, é de que os jovens da cidade fizeram parte de uma migração de alemães para a Europa Oriental devido a uma depressão econômica. O Flautista seria a representação desse “recrutador” com roupas chamativas que tocava um instrumento para atrair a atenção de novos colonos.



Udolph sugere que essas pessoas tenham ido para regiões ao redor de Berlim, como Uckermark e Prignitz, já que existem muitos nomes na cidade que eram comuns apenas em Hamelin. A teoria é reforçada pelas evidências de que a região estava pronta para a colonização alemã na época, pois havia sido recém-libertada dos dinamarqueses.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://st.depositphotos.com/1329636/4137/i/950/depositphotos_41379459-stock-photo-statue-of-pied-piper-rat.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/15/15103625813122.jpg" alt="(Fonte: Depositphotos/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Depositphotos/Reprodução)</figcaption></figure>



A teoria de que O Flautista seria uma alegoria que representa a morte devastadora da época, causada por constantes epidemias, ainda existe. Há também a crença de que as crianças tenham sido submetidas à fracassada Cruzada das Crianças de 1212, quando foram vendidas como escravas para um recrutador da região Báltica da Europa Oriental (uma prática bem comum para a época), e que morreram. Os historiadores, porém, consideram essas teorias mais fantasiosas e repletas de falhas históricas e evidências.



Seja qual for a melhor explicação, o conto &#8220;O Flautista de Hamelin&#8221; ainda é misterioso e faz parte de uma herança cultural conhecida e respeitada no mundo. É por isso que a rua em Hamelin onde as crianças se reuniram em procissão atrás do flautista atualmente é chamada de Bungelosenstrasse, algo como “rua sem bateria”, em alemão, onde ninguém tem permissão para tocar música ou dançar em homenagem àqueles que saíram e nunca mais voltaram.

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