Imagem de Papiro destruído na erupção do Vesúvio é decifrado com ajuda de IA no megacurioso

Descoberta foi divulgada pela Universidade do Kentucky. Alunos foram recompensados com US$ 50 mil. Expectativa é que a IA possa traduzir todo conteúdo do papiro

<head></head><body>Os "Pergaminhos de Herculano" são um conjunto de papiros antigos que, provavelmente, pertenciam à família do imperador romano Julio César, moradores da cidade de Herculano. Esses documentos foram danificados pela erupção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Vesúvio</a> e pelo passar dos séculos.Assim, é impossível abrir os pergaminhos e ler o que está escrito ali sem destruir completamente os documentos. Porém, com ajuda de alta tecnologia, dois estudantes universitários conseguiram ler o papiro sem destruí-lo — e receberam uma bela recompensa em dinheiro por isso.No ano de 79 d.C., o <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/100756-o-monte-vesuvio-que-destruiu-pompeia-pode-acordar-de-novo-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Vesúvio</a> entrou em erupção e matou moradores de várias cidades antigas ao seu redor. O caso mais famoso é o da cidade romana de Pompeia. Nela, os corpos das vítimas foram eternizados no momento da morte pelas cinzas vulcânicas e se tornaram as estátuas que fascinam o mundo até hoje.Mas ainda há muito o que se descobrir sobre esse fato trágico e sobre a vida e cultura dessas pessoas. Uma pista para conhecer esse passado são os registros escritos pelas pessoas que foram atingidas por essa tragédia — e esse é o caso dos famosos Pergaminhos de Herculano.<h2>Como esses estudantes leram os Pergaminhos de Herculano?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18134532659311.jpg" alt="Pergaminho não pode ser aberto sem ser destruído. (Fonte: Reprodução: Universidade de Kentucky )">Pergaminho não pode ser aberto sem ser destruído. (Fonte: Reprodução: Universidade de Kentucky )Como já mencionado, os pergaminhos não podem ser abertos. Por isso, cientistas da Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, lançaram neste ano o “Desafio do Vesúvio”. A ideia era convidar os estudantes a tentarem achar uma solução para que os papiros fossem lidos.A universidade disponibilizou aos universitários milhares de imagens dos pergaminhos. Essas imagens foram feitas em 3D, usando técnicas de raio-x. Dessa forma, os documentos não precisaram ser manipulados, o que os preservou.Além disso, a instituição desenvolveu um sistema de IA que ajudaria os estudantes a traduzirem as mensagens. Com todo esse investimento tecnológico, a missão de quem aceitasse o desafio ficaria bem mais simples.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18134733352316.jpg" alt="Luke foi o primeiro a conseguir traduzir os textos do papiro. (Fonte: Reprodução: Universidade do Kentucky)">Luke foi o primeiro a conseguir traduzir os textos do papiro. (Fonte: Reprodução: Universidade do Kentucky)O primeiro estudante a conseguir algum progresso nessa tarefa foi Luke Farritor, de 21 anos. Ele conseguiu descobrir que uma das palavras do pergaminho era “roxo”. Meses depois, outro universitário, Youssef Nader, que mora na Alemanha, confirmou que a descoberta de Luke estava correta.“Essa palavra é o nosso primeiro mergulho em um livro antigo fechado, evocativo da realeza, da riqueza e até da zombaria”, disse Brent Seales, cientista da computação da Universidade de Kentucky, ao The Guardian.Pelo sucesso em seus achados, Luke ganhou US$ 40 mil e Youssef foi bonificado com US$ 10 mil.<h2>Ainda é possível ganhar milhares de dólares no Desafio do Vesúvio</h2>Estudantes do mundo todo podem participar dessa iniciativa. Ao todo, a verba para premiação total é de um milhão de dólares, como explica o <a href="https://scrollprize.org/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">site oficial do concurso</a>.Nele, os estudantes têm acesso a códigos que estão sendo usados, além de poderem divulgar suas pesquisas junto à comunidade envolvida.As recentes descobertas dos estudantes têm animado pesquisadores, pois podem mudar a forma como vemos o passado. Jesus Cristo teria sido ridicularizado por usar roxo, então, saber o motivo dessa cor estar registrada em documentos romanos pode ajudar a entender o motivo dessa zombaria, por exemplo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18134641161313.jpg" alt="Reprodução: Universidade do Kentucky">Reprodução: Universidade do Kentucky“O Evangelho de Marcos descreve como Jesus foi ridicularizado quando estava vestido com vestes roxas antes da crucificação. O que esse pergaminho em particular está discutindo ainda é desconhecido, mas acredito que será revelado em breve. Uma história nova começa para nós com a palavra 'roxo' e isso é muito empolgante”, opina Federica Nicolardi, papirologista da Universidade de Nápoles Federico II, também ao The Guardian.</body>

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Papiro destruído na erupção do Vesúvio é decifrado com ajuda de IA

Imagem de "Tumba de Cérbero", de 2 mil anos, é encontrada incrivelmente preservada por arqueólogos no megacurioso

O sarcófago foi encontrado no município de Giugliano, próximo a Nápoles

<head></head><body>A Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles divulgou uma incrível descoberta por meio de um comunicado. Enquanto eram realizadas obras no sistema de água e esgoto da cidade de Giugliano, na Campânia, Itália, arqueólogos encontraram uma tumba de cerca de 2,2 mil anos em ótimo estado de conservação.Não se pode dizer que a descoberta foi inesperada, já que vários outros sítios arqueológicos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126798-5-misterios-nao-desvendados-sobre-a-roma-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a>, com tumbas e sepulturas datadas entre 510 a.C. e 476 d.C., foram encontradas na região. Desde então, os arqueólogos começaram a fazer parte do programa de renovação do sistema de água do município. Mas o que chama a atenção é a idade da nova tumba descoberta e o grau de preservação das pinturas, afrescos e mosaicos presentes nela.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles&nbsp;" data-fonte-url="https://sabapmetropolitanana.cultura.gov.it/archeologia-a-giugliano-scoperta-la-tomba-del-cerbero/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16145648571250.jpg" alt="Entrada da Tumba de Cérbero. (Fonte: Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles/Reprodução)">Entrada da Tumba de Cérbero. (Fonte: Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles/Reprodução)<h2>A descoberta</h2>Durante análise de rotina dos lugares por onde as obras passariam, arqueólogos encontraram uma parede construída com a antiga técnica romana “opus incertum”. Esta técnica foi desenvolvida após a introdução do concreto e consistia em preencher o miolo com diferentes pedras, formando uma parede sem um padrão regular. A antiga estrutura chamou a atenção e os arqueólogos retiraram as estruturas para encontrar a tumba.Segundo o Mariano Nuzzo, Superintendente de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles, os afrescos e pinturas estavam extremamente nítidos e o gesso parecia recém-colocado. A descoberta foi classificada como indescritível e sem precedentes.<h2>Painéis, pinturas e afrescos</h2>Os afrescos da tumba retratam cenas mitológicas. A mais emblemática delas é a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120866-templo-mitologico-de-hercules-pode-ter-sido-descoberto-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hércules</a> em seu último trabalho, lutando contra Cérbero, o cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo dos mortos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110411-10-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia grega</a>. Ao lado da cena está o deus-mensageiro Hermes. Como ainda não foi possível identificar quem foi enterrado na tumba, ela ficou conhecida apenas como "Tumba de Cérbero".&nbsp;Outra cena mitológica representada na tumba mostra dois ictiocentauros — centauros que são peixes na metade de baixo do corpo e com patas dianteiras de leão ou cavalos. Os dois seres estão segurando um clípeo, um escudo usado por guerreiros gregos e posteriormente romanos. A imagem é completa por dois erotes, figuras semelhantes a querubins que representam filhos alados de Afrodite, deusa da beleza.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles&nbsp;" data-fonte-url="https://sabapmetropolitanana.cultura.gov.it/archeologia-a-giugliano-scoperta-la-tomba-del-cerbero/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16145852998251.jpg" alt="Detalhe do mural com os Ictiocentauros. (Fonte: Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles/Reprodução)">Detalhe do mural com os Ictiocentauros. (Fonte: Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem para a Área Metropolitana de Nápoles/Reprodução)O corpo enterrado ainda estava na cama funerária com vários objetos de valor. No túmulo ainda foram encontrados outros objetos de grande importância arqueológica, incluindo vasos ritualísticos. Segundo os arqueólogos, os trabalhos para reunir mais informações sobre o indivíduo enterrado e sobre a própria tumba continuam.Mariano Nuzzo ainda afirmou no comunicado que depois de muitos anos esquecido no sentido de pesquisas, o território de Giugliano (nas proximidades de Nápoles) voltará a seu passado glorioso e será protegido como merece.</body>

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'Tumba de Cérbero', de 2 mil anos, é encontrada incrivelmente preservada por arqueólogos

Imagem de Estudo revela as cores originais das esculturas do Partenon no megacurioso

Atualmente brancas, as estátuas de mármore de 2,5 mil anos já tiveram cores vibrantes

<head></head><body>Usando técnicas inovadoras de digitalização de imagens e instrumentação científica, pesquisadores encontraram vestígios das tintas originais utilizadas para decorar as esculturas do Partenon, revelando que elas possuíam tonalidades bem diferentes do branco atual. Detalhes sobre este novo estudo foram publicados na revista Antiquity, na quarta-feira (11).<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120814-a-tentativa-grega-de-recuperar-dos-britanicos-suas-esculturas-do-partenon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Em exibição no Museu Britânico de Londres</a>, no Reino Unido, as esculturas faziam parte do famoso templo erguido na Acrópole, em Atenas, na Grécia, há cerca de 2,5 mil anos. A coleção de estátuas de mármore atualmente tem a cor branca, mas já se suspeitava que esta não era a sua tonalidade original.A mudança nas cores ao longo dos séculos aconteceu devido a inúmeros processos de restauração, limpeza excessiva e desgastes, entre outros fatores. Na tentativa de descobrir como as obras eram originalmente, pesquisadores liderados pelo especialista do Art Institute of Chicago, Giovanni Verri, resolveram fazer uma nova análise das peças.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu Britânico/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cambridge.org/core/journals/antiquity/article/goddess-new-clothes-the-carving-and-polychromy-of-the-parthenon-sculptures/9D7277925E339AC98642081CBAAD8794"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13174501429165.jpg" alt="(Fonte: Museu Britânico/Divulgação)">(Fonte: Museu Britânico/Divulgação)Para tanto, a equipe examinou as esculturas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112862-saiba-como-eram-o-partenon-e-outros-monumentos-ha-2-500-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Partenon</a> usando uma técnica chamada luminescência induzida pelo visível. Desenvolvido por Verri, este método não invasivo permite detectar vestígios de azul egípcio, pigmento composto por cálcio, cobre e silício, criado pelo homem e largamente utilizado na antiguidade.<h2>Cheias de cores</h2>Quando submetido ao procedimento, o pigmento invisível a olho nu acaba brilhando, o que possibilitou a sua identificação em várias das esculturas que ficavam na Grécia. Além do azul egípcio, foram detectados&nbsp;vestígios de pigmentos branco e roxo, este último bastante valorizado na região do antigo Mediterrâneo.Os pesquisadores também descobriram evidências de determinados padrões seguidos pelos artistas que criaram as obras. Algumas delas, como a estátua de Dione, mãe de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afrodite</a>, traziam desenhos, incluindo figuras humanas, como a imagem de pernas correndo, junto com uma mão e um pé, e folhas de palmeira.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu Britânico/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cambridge.org/core/journals/antiquity/article/goddess-new-clothes-the-carving-and-polychromy-of-the-parthenon-sculptures/9D7277925E339AC98642081CBAAD8794"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13174543764166.jpg" alt="(Fonte: Museu Britânico/Divulgação)">(Fonte: Museu Britânico/Divulgação)Ainda de acordo com a investigação, os escultores aparentemente fizeram pouco esforço para desenvolver uma superfície mais aderente à tinta, o que teria facilitado a perda das tonalidades originais com o passar do tempo. Por outro lado, priorizaram a reprodução da forma pretendida, adotando técnicas diferentes em cada área.Na representação dos tecidos dos vestidos dos deuses e deusas do Olimpo, há marcas do uso de ferramentas específicas para a reprodução de peças que usavam linho e outras mais suaves para lã. Já as áreas de pele eram bem mais polidas.<h2>Trabalho complexo</h2>Para a equipe, que também incluía profissionais do próprio Museu Britânico e da King’s College London, o estudo revela que as esculturas do Partenon são parte de um projeto muito mais complexo do que se imaginava. Além disso, demonstra a importância das cores para os gregos antigos.“As vestimentas elegantes e elaboradas possivelmente pretendiam representar o poder dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121251-os-12-deuses-mais-importantes-do-olimpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deuses do Olimpo</a>, bem como a riqueza e o alcance de Atenas e dos atenienses, que encomendaram o templo”, afirmou Verri, em entrevista ao IFL Science.</body>

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Estudo revela as cores originais das esculturas do Partenon

Imagem de Conheça a seita medieval que inspirou o videogame ‘Assassin's Creed’ no megacurioso

Como uma história intrigante e complexa serviu como inspiração para uma das franquias mais populares dos videogames

<head></head><body>O universo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122979-videogame-vicio-de-jovens-brasileiros-esta-acima-da-media-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">videogames</a> muitas vezes encontra inspiração na história e em eventos reais para criar narrativas e cenários atrativos. Um exemplo fascinante desse processo criativo é a franquia de jogos Assassin's Creed, que encontra raízes na Ordem dos Assassinos. Baseada nos Nizari Ismailis, um grupo muçulmano xiita que existiu nos séculos XI a XIII, essa misteriosa seita medieval usava o assassinato político como meio para alcançar seus objetivos.<h2>As origens dos Nizari Ismailis</h2>Na virada do século X, grande parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107725-estas-fotos-mostram-como-os-islamicos-celebram-o-ramadan-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo islâmico</a> vivia sob o domínio do califado abássida, que reivindicava autoridade universal sobre todos os muçulmanos. No entanto, os xiitas, incluindo os ismaelitas, acreditavam que o califado só poderia ser transmitido através da linhagem dos imãs, descendentes de Maomé designados como infalíveis. Isso levou a divisões dentro da comunidade muçulmana, com os ismaelitas sendo um grupo dissidente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16214857861029.jpg" alt="Nizari Ismailis">Nizari Ismailis<h2>A ascensão do Califado Fatímida</h2>Os ismaelitas estabeleceram o Califado Fatímida em 909, uma dinastia ismaelita que desafiou a hegemonia sunita. Ao longo dos anos, os fatímidas expandiram seu território pelo Norte da África, Egito, Hejaz e parte do Levante, tornando-se uma séria ameaça aos sunitas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16215123282030.png" alt="Califado Fatímida">Califado Fatímida<h2>Hasan Sabbah e a Ordem dos Assassinos</h2>Hasan Sabbah, convertido ismaelita, tornou-se uma figura-chave na história dos Nizari Ismailis. Após treinar como missionário, ele voltou para a Pérsia e, em 1090, capturou o Castelo de Alamut, que se tornou o centro da Ordem dos Assassinos. A partir daí, ele lançou uma série de ataques e assassinatos direcionados contra líderes inimigos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16215306799031.jpg" alt="Hasan Sabbah">Hasan Sabbah<h2>Métodos dos assassinos</h2>Os Nizaris usavam uma série de métodos, incluindo assassinatos políticos, para atingir seus objetivos. Eles eram notórios por suas táticas, como assassinatos públicos que causavam medo e confusão. Eles também se infiltravam nas estruturas políticas e militares de seus inimigos, buscando converter oficiais e minar o poder sunita.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:An_obituary_listing_eight_victims_of_the_Nizari_Isma%CA%BFili_assassins,_Iran,_Herat,_early_15th_century.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16215628977032.jpg" alt="Obituário listando oito vítimas dos Nizari Ismailis">Obituário listando oito vítimas dos Nizari Ismailis<h2>A influência em 'Assassin's Creed'</h2>O protagonista da franquia de videogame "Assassin's Creed", Altaïr Ibn-La'Ahad, é um membro da Ordem dos Assassinos que se envolve em uma luta contra os Cavaleiros Templários. Embora a representação da Ordem seja fortemente ficcional, a franquia faz um esforço para manter o contexto histórico mais amplo.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/108010-conheca-a-historia-da-ordem-dos-assassinos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ordem dos Assassinos</a>, baseada nos Nizari Ismailis, é um exemplo fascinante de como a história real pode inspirar a criação de mundos de ficção em videogames. Embora a franquia "Assassin's Creed" tenha adaptado essa história de maneira ficcional, ela contribui para uma visão mais realista e historicamente viável dos Nizaris, desafiando as lendas fantasiosas que circularam por séculos.</body>

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Conheça a seita medieval que inspirou o videogame ‘Assassin's Creed’

Imagem de 5 coisas que são muito mais antigas do que você imagina no megacurioso

Ciência apresenta evidências de que várias das coisas que fazem parte do nosso dia a dia são mais antigas até mesmo que a nossa espécie

<head></head><body>Certas descobertas arqueológicas nos fazem repensar nossa compreensão sobre o passado, revelando que alguns aspectos da vida cotidiana são muito mais antigos do que pensávamos. De tavernas a cemitérios, essas cinco curiosidades nos transportam para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125423-como-era-a-vida-de-uma-pessoa-comum-na-europa-da-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">épocas antigas</a>, mostrando que nossos antepassados compartilhavam mais semelhanças conosco do que imaginávamos.<h2 style="text-align: justify;">1. Fast food (pelo menos 79 d.C.)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09214420922496.jpg" alt="Termopólio: o fast food dos romanos em Pompeia. (Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/ Divulgação)">Termopólio: o fast food dos romanos em Pompeia. (Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/ Divulgação)A antiga e famosa cidade de Pompeia, antes de virar cinzas, era um lugar onde até mesmo os cidadãos comuns podiam desfrutar de uma rápida refeição. Os termopólios, literalmente "balcões de bebidas quentes", eram estabelecimentos onde as pessoas podiam comprar comida pronta, tal qual os fast foods atuais.Estes lugares eram essenciais para aqueles sem lareiras em casa para cozinhar. Evidências revelam que mesmo os cidadãos mais pobres tinham acesso a uma dieta variada, incluindo pães, queijos, legumes e carne.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">2. Sanitário com descarga (2.200–2.400 anos atrás)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09215118574497.jpg" alt="O sanitário com descarga mostra que os chineses sempre foram bons com tecnologia. (Fonte: China Internet Information Center/ Divulgação)">O sanitário com descarga mostra que os chineses sempre foram bons com tecnologia. (Fonte: China Internet Information Center/ Divulgação)Em uma escavação na cidade de Yueyang, na China, arqueólogos encontraram um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121407-a-surpreendentemente-complicada-historia-do-inventor-do-vaso-sanitario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaso sanitário</a> com descarga que datava de aproximadamente 2.200 a 2.400 anos. Isso deixa claro que os chineses antigos já usavam sistemas de descarga, algo que pensávamos ser uma inovação muito mais recente.&nbsp;Este vaso sanitário "avançado" foi provavelmente um luxo usado por membros do alto poder e da alta classe, mostrando que as sociedades antigas já valorizavam o conforto e a higiene.<h2 style="text-align: justify;">3. Taverna (cerca de 5 mil anos atrás)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16080345766000.jpg" alt="Ícones da Idade Média, as tavernas são muito mais antigas, chegando até os sumérios. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">Ícones da Idade Média, as tavernas são muito mais antigas, chegando até os sumérios. (Fonte: GettyImages / Reprodução)Imagine-se entrando em uma taverna há 5 mil anos. Sim, nesse período havia lugares onde as pessoas comuns se reuniam para comer e beber. Arqueólogos descobriram uma taverna suméria na cidade de Lagash, na antiga Mesopotâmia, equipada com um sistema de refrigeração primitivo, um grande forno e uns bancos onde as pessoas podiam se sentar.&nbsp;Foi achada também uma receita de cerveja em uma tábua de argila, mostrando que a cerveja era a bebida mais comum na época, mais até do que a água.<h2 style="text-align: justify;">4. Amputação bem-sucedida (31 mil anos atrás)</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;T. Maloney et al / Nature&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nature.com/articles/s41586-022-05160-8?utm_medium=affiliate&amp;utm_source=commission_junction&amp;utm_campaign=CONR_PF018_ECOM_GL_PHSS_ALWYS_DEEPLINK&amp;utm_content=textlink&amp;utm_term=PID100060515&amp;CJEVENT=50ea70d36c1411ee835a62010a82b82d"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16081700937001.jpg" alt="Cientistas encontram osso com sinal de cicatrização após amputação. (Fonte: T. Maloney et al - Nature / Divulgação)">Cientistas encontram osso com sinal de cicatrização após amputação. (Fonte: T. Maloney et al - Nature / Divulgação)Pesquisadores descobriram ossos da Idade do Gelo de um indivíduo que não apenas sobreviveu a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amputação</a>, mas também continuou a viver por vários anos após o procedimento. Em Bornéu, no sudeste asiático, arqueólogos encontraram os restos de um adolescente cujo pé esquerdo foi habilmente amputado na metade da panturrilha.&nbsp;Assim, percebe-se que as sociedades antigas possuíam habilidades médicas incrivelmente avançadas, com procedimentos complexos muito antes da invenção dos antissépticos no século XIX.<h2 style="text-align: justify;">5. Cemitério (Entre 100.000 e 200.000 anos atrás)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16083520912010.jpg" alt="Pesquisadores apontam que cemitérios são mais antigos que a nossa própria espécie. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">Pesquisadores apontam que cemitérios são mais antigos que a nossa própria espécie. (Fonte: GettyImages / Reprodução)Em uma caverna perto de Joanesburgo, na África do Sul, arqueólogos descobriram um cemitério do Homo naledi. Estes hominídeos, parentes humanos distantes, eram enterrados de forma organizada, mostrando um comportamento não apenas complexo, mas também emocional.&nbsp;Esse achado desafia as noções anteriores sobre a capacidade cognitiva desses ancestrais e revela que práticas mortuárias não eram exclusivas dos Homo sapiens, mas existiam muito antes do que pensávamos.Ao olhar para essas curiosidades antigas, somos lembrados de que, embora os tempos tenham mudado, muitos aspectos fundamentais da nossa humanidade permanecem intocados pelo passar dos séculos.</body>

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5 coisas que são muito mais antigas do que você imagina

Imagem de Como os antigos maias conseguiam prever eclipses com precisão? no megacurioso

Descoberta do Códice de Dresden mostra tabelas e almanaques usados pelos maias para rastrear o movimento de objetos celestes

<head></head><body>Enquanto muitos brasileiros se preparavam para observar o glorioso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127629-5-recomendacoes-para-assistir-ao-eclipse-solar.htm#:~:text=O%20fen%C3%B4meno%20astron%C3%B4mico%20acontece%20quando,e%20Rio%20Grande%20do%20Norte." rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipse solar</a> total no último sábado (14) — o qual criou um glorioso "anel de fogo" —, observadores na Península de Yucatán e em outras partes do sul do México apenas seguiram os passos dos antigos maias. Afinal, eles eram conhecidos por sua grandiosa experiência astronômica.A cultura pré-hispânica sempre teve o costume de monitorar diversos eventos celestes, entre eles os eclipses. Recentemente, o Instituto Nacional Mexicano de Antropologia e História (INAH) chegou a afirmar que os maias tinham um conhecimento tão profundo da mecânica espacial ao ponto de serem capazes de ter muita precisão na previsão desse tipo de fenômeno. Mas como isso era possível para um povo sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121528-os-10-telescopios-mais-importantes-na-historia-da-ciencia-espacial.htm#:~:text=MeerKat&amp;text=O%20radiotelesc%C3%B3pio%20%C3%A9%20composto%20por,foi%20iniciada%20no%20ano%20passado." rel="noopener noreferrer" target="_blank">telescópios</a> ou outros dispositivos para ajudar nos cálculos?<h2>À frente do seu tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16155423896321.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao contrário de astrônomos modernos, os quais contam com o auxílio de inúmeras tecnologias para monitorar eventos celestiais, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109445-as-caracteristicas-mais-marcantes-da-civilizacao-maia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maias</a> precisam se virar de outras formas. Por esse motivo, pesquisadores estimam que os eles tenham sido capazes de prever cerca de 55% dos eclipses com uma precisão impressionante.Embora o número esteja longe dos 100% de acerto, esse ainda é um dado bem relevante considerando a falta de tecnologia moderna. Então, como eles eram capazes de prevê-los? Um dos grandes motivos é que os maias sabiam que não se pode existir eclipse solar exceto durante a Lua Nova, e não se pode ter eclipse lunar a menos que seja Lua Cheia.Com base nessas informações, eles conseguiam fazer um certo grau de previsão. Muitos dessas dados podem ser demonstrados no Códice de Dresden, uma série de textos maias que trazem um acervo astrológico daquele tempo. Acredita-se que a obra tenha sido escrita um pouco antes da conquista espanhola.<h2>Sinais no Códice de Dresden</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16155500744322.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um dos sinais de como os maias interpretavam os eclipses pode ser encontrado na página 54 do Códice de Dresden. Nesse texto, é possível ver a imagem de uma faixa celestial, o Sol, dois fêmures e campos pretos e brancos que se parecem com asas de borboletas. Na língua local, tais eventos eram referidos como Pa'al K'in, o que significa "Sol quebrado". Já para os astecas, normalmente os eclipses eram chamados de Tonatiuh qualo, o que quer dizer "o Sol é comido".Atualmente, nós temos uma ideia de que o Sol não é devorado nem danificado durante um eclipse solar. Na realidade, a estrela é apenas obscurecida quando a Lua Nova cruza o plano da órbita da Terra. Esse fenômeno costuma ocorrer a cada 177 dias — um período conhecido como temporada de eclipses —, mas que não costuma ser visto de forma total em todas as partes do mundo.&nbsp;Dentro do Códice de Dresden, existem tabelas e almanaques divididos em intervalos de 177 a 148 dias, o que mostra uma correlação com o intervalo de tempo dos eclipses solares e lunares. A precisão dessas leituras só mostra ainda mais a proficiência astronômica dos maias em um tempo onde os humanos não tinham nem metade dos recursos disponíveis atualmente.&nbsp;</body>

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Como os antigos maias conseguiam prever eclipses com precisão?

Imagem de É possível que no futuro a humanidade more em cidades subterrâneas? no megacurioso

Com as mudanças climáticas cada vez mais fortes, países procuram a alternativa de colocar sua população para morar no subsolo

<head></head><body>É inegável que a Terra está cada ano mais quente, resultado direto da industrialização, do abuso dos recursos naturais e do aumento da população mundial. Inclusive, é desde meados do século XIX que as pessoas passaram a morrer de calor com mais frequência. Nos Estados Unidos de 1896, quando não havia ar-condicionado e ventiladores, em 10 dias, mais de 1,3 mil pessoas morreram de calor apenas em Nova York e seus cadáveres se decompuseram em menos de 24 horas devido à forte temperatura.Nesse ínterim, 1.258 corpos de cavalos também se amontoaram pelas ruas da cidade, transformando-as em um cemitério fétido ao ar livre. Quem sobreviveu, não passou um dia sem desmaiar com as quedas de pressão e a desidratação. Em 2022, um estudo publicado na revista científica Nature Medicine descobriu que mais de 60 mil pessoas morreram na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125218-por-que-a-europa-esta-secando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> de causas relacionadas ao calor, sendo que a The Lancet prospectou que em média 5 milhões de pessoas no mundo morrem por condições excessivamente quente ou frias.A comunidade científica já alertou que as temperaturas globais atingiram níveis sem precedentes e, como informou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, há um perigo imenso se as temperaturas subirem 1,5 graus Celsius ou mais na média nas próximas duas décadas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13163803716139.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em um futuro em que o aquecimento global venceu em todos os aspectos, o nível do mar terá aumentado em proporções avassaladoras, bem como tempestades furiosas destruirão cidades inteiras. O calor será um dos maiores inimigos, causando incêndios descontrolados, devastando safras e colheitas, e atraindo secas severas. Os efeitos das mudanças climáticas, que já afetam nossa saúde, consumirão comunidades, a economia e a possibilidade de um futuro saudável para a nova geração.Em meio a isso, surge uma dúvida: se a crise climática tornar as cidades inabitáveis, é possível que os humanos morem em cidades subterrâneas para escapar das consequências do aquecimento global?<h2>O refúgio secular</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13163848428140.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A vida no subsolo acontece desde 1800 a.C., quando o povo da região da Capadócia, na Turquia, decidiu cavar uma cidade inteira no chão porque sentiu que não conseguia viver no ambiente climaticamente hostil e em constante ameaça de guerra.Assim nasceu<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124901-a-complexa-cidade-subterranea-encontrada-em-um-porao-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Derinkuyu</a>, a mais antiga cidade subterrânea ainda existente, que chegou a abrigar cerca de 20 mil pessoas, fornecendo uma estrutura de escolas, casas, áreas comerciais e locais para culto. Tudo isso muito bem protegido por gigantes portas de pedra que permitiam que cada andar fosse fechado separadamente, funcionando também como uma espécie de fronteira.Isso é só um fragmento de que a humanidade e os animais têm vivido confortavelmente no subsolo por milhares de anos, e que isso se tornou mais possível ainda com a modernização dos meios. Cerca de 60% da população de Coober Pedy, uma cidade localizada no sul da Austrália, com aproximadamente 3 mil habitantes, atualmente mora no subsolo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13163945378141.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Entre as décadas de 1960 e 1970, os moradores começaram a fazer buracos no chão usando picaretas e explosivos, não só em busca de opalas – a cidade é a maior produtora do minério no mundo – como também de moradia, visto que os verões escaldantes podem chegar a 52&nbsp;°C e os invernos a temperaturas congelantes de 2&nbsp;°C.Os habitantes da pequena cidade perceberam que as massas de rocha e solo podem manter as temperaturas muito mais estáveis no subsolo sem a necessidade de ar condicionado ou aquecedor. Sem isso, o custo de energia seria proibitivamente caro para a maioria deles.<h2>O futuro da humanidade?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13164032165142.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Engana-se quem imagina que viver no subsolo é sinônimo de uma vida primitiva, como era há milhares de anos. Em Coober Pedy, enquanto os pássaros caem mortos do céu com o calor e os eletrônicos fritam, abaixo, a maioria das pessoas desfruta de um conforto luxuoso e aconchegante.As casas subterrâneas da cidade estão localizadas a pelo menos 2,5 metros abaixo da superfície para evitar que o telhado desapareça, e são equipadas com salas de estar grandes, jardins, áreas de lazer e até piscinas. Estar no subsolo transformou a vida de muitos, principalmente porque a escavação já rendeu uma fortuna que encontraram opalas no valor de até US$ 980 mil.É estimado que 60% da população mundial esteja vivendo em centros urbanos até 2050, o que significa que é preciso encontrar moradia para cerca de 2,5 bilhões de pessoas até lá, sendo que a terra urbana se tornou um recurso cada vez mais limitado. Não é para menos que governos de alguns países estão pensando em alternativas para dar um jeito no problema, como fez a França com seu projeto "Reinvent Paris 2", que pedia a designers que criassem usos para terrenos urbanos atualmente não utilizados ou subutilizados.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13164147693143.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Foi exatamente pensando na superlotação, além das condições climáticas extremas e segurança da nação, que em 2010, a câmara municipal de Helsinque, capital da Finlândia, aprovou o Plano Direto Subterrâneo, o primeiro passo para uma cidade subterrânea.O governo de Singapura está empenhado na preservação de sua população, investindo mais de US$ 188 milhões em engenharia e pesquisa em construção subterrânea, chegando a modificar suas leis de direitos de propriedade para que todos os porões pertençam ao Estado.O desespero está nos números. Com uma população de 5,53 milhões de pessoas compartilhando um espaço de meros 719 quilômetros quadrados, Singapura é o terceiro lugar mais densamente povoado do planeta. Ou seja, suas alternativas estão se esgotando. A cidade já construiu muito para cima, com prédios de até 70 andares, porém, com projeções para 1,5 milhão de pessoas a mais nos próximos 15 anos, as opções são tão limitas quanto o espaço.<h2>O lado obscuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13164229049144.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Asmo Jaaksi, sócio do escritório de arquitetura de Helsinque JKMM, disse à revista&nbsp;Wired&nbsp;que viver no subsolo não só conserva e protege do calor, quanto pode ser um dos lugares mais seguros, à medida que a emergência climática aumenta. Mas será que é uma solução viável para lidar com o problema?Em entrevista à LiveScience, Will Hunt, autor de Underground: A Human History of the Worlds Beneath Our Feet, ressalta que o subterrâneo é sinônimo de morte para muitas culturas. “Nós não pertencemos a esse local. Biológica e fisiologicamente, nossos corpos simplesmente não são projetados para a vida no subsolo”.Mover vidas para baixo da terra em espaços confinados, longe da luz do dia, não é para qualquer um, e pode desencadear crises claustrofóbicas e medo extremo. Biologicamente, passar muito tempo sem exposição à luz do dia pode aumentar em até 30 horas a necessidade de sono do corpo, interrompendo também o ritmo circadiano, acarretando vários problemas de saúde, como aumento de peso, diabetes e até hipertensão.Quanto a isso, Lawrence Palinkas, professor da Universidade do Sul da Califórnia e especialista em ambientes extremos, disse ao Popular Science: “Com o tempo, as pessoas se ajustariam a viver no subsolo e adotariam novos padrões de comportamento que lhes permitiriam viver confortavelmente sem efeitos adversos sobre a saúde e o bem-estar”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13164329205145.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os países localizados em posições vulneráveis das placas tectônicas, portanto mais propensos a terremotos, compartilham de um dos ônus em mover cidades para o subsolo. Aqueles que não sofreriam com esse problema, ainda assim estariam à mercê de inundações repentinas, fruto dos eventos climáticos extremos.&nbsp;Fora isso, em um mundo em que o planeta está fervendo, morar no subsolo pode nem ser possível devido à expansão da terra abaixo, causando danos estruturais às construções.Mas, existe a ideia de que, se a tecnologia nos levou para fora do nosso planeta, também vai possibilitar a vida nele. “Certamente, não será apenas uma questão de cavar um grande buraco no chão”, ressaltou Palinkas.Portanto, resta saber se será possível fazer na escala que precisamos, porque transferir milhões ou até bilhões de pessoas para o subsolo requer tantos recursos, principalmente primários, que ninguém sabe ao certo se a humanidade estará preparada.&nbsp;</body>

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É possível que no futuro a humanidade more em cidades subterrâneas?

Imagem de Vinhos de 5 mil anos são encontrados em tumba de rainha do Egito no megacurioso

A rainha Merneith pode ter sido a primeira mulher faraó

<head></head><body>Centenas de jarras de vinho de 5 mil anos foram encontradas na tumba da rainha Merneith do Egito, na região de Abidos, durante escavações. Parte da bebida estava em potes lacrados, como informou o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito no dia 1º de outubro.De acordo com a equipe internacional de especialistas, liderada pela arqueóloga da Universidade de Viena (Áustria), Christiana Köhler, as jarras de vinho provavelmente datam de 3050 a.C. a 3000 a.C., quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124819-qual-e-a-diferenca-entre-rainha-e-rainha-consorte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha consorte</a> assumiu o trono. Muitas delas preservam o líquido em seu interior.Junto com os potes, os pesquisadores localizaram sementes de uva incrivelmente preservadas. Espera-se que o material ajude a esclarecer como funcionavam os processos primitivos de produção, comércio e consumo da bebida na região do Mediterrâneo e no Norte da África.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.facebook.com/tourismandantiq/posts/pfbid02ear2VgtaarBRd8ry4BxSnkZqquhYCgn6KfLzMX4xhQ4yrC4JYevwSHmHQYNvABKJl"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13104734421048.jpg" alt="(Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)">(Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)“A análise dos resíduos deixados no interior dos frascos, por exemplo, poderia trazer luz sobre a composição química do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121888-8-mitos-sobre-vinhos-que-voce-deve-desacreditar-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinho</a> que estava dentro, revelando seu perfil de sabor e quaisquer ingredientes aditivos que foram utilizados”, explicou o professor da Universidade de Londres, Emlyn Dodd, em entrevista à Newsweek. Ele não participou do estudo.<h2>Primeira mulher faraó?</h2>A descoberta dos vinhos de 5 mil anos no túmulo da rainha Merneith também pode revelar detalhes sobre a vida da misteriosa monarca egípcia, da qual se suspeita ser a primeira mulher faraó, anterior a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123205-conheca-hatshepsut-a-primeira-grande-farao-feminina-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hatshepsut</a>. Além da valiosa bebida, a tumba guarda outros indícios de que a pessoa enterrada ali era poderosa.O túmulo se localiza em uma região conhecida como cemitério dos faraós do sexo masculino do início do período dinástico. A área, que fica a pouco mais de 10 km de distância do rio Nilo, tem vista para um vale que os antigos egípcios acreditavam ser passagem para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/102135-3-entidades-mitologicas-que-guiam-as-almas-dos-mortos-para-o-alem-tumulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reino dos mortos</a>.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.facebook.com/tourismandantiq/posts/pfbid02ear2VgtaarBRd8ry4BxSnkZqquhYCgn6KfLzMX4xhQ4yrC4JYevwSHmHQYNvABKJl"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13104821801050.jpg" alt="(Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)">(Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)Soma-se a isso a grandiosidade da tumba, que tem inscrições relacionadas ao trabalho desempenhado por Merneith. Conforme a pesquisa, os textos indicam que ela cuidava dos gabinetes do governo central, sendo a responsável pelo tesouro real.Considerada por muitos como a “mulher mais poderosa da sua época”, há dúvidas se ela governou sozinha e em relação à duração do seu governo.<h2>Tumba imponente</h2>Outro detalhe que revela a importância da rainha Merneith é a presença de 41 tumbas menores ao redor da principal. Os especialistas acreditam se tratar de conselheiros e pessoas que serviam à monarca — em agradecimento, foram enterradas junto com ela.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.facebook.com/tourismandantiq/posts/pfbid02ear2VgtaarBRd8ry4BxSnkZqquhYCgn6KfLzMX4xhQ4yrC4JYevwSHmHQYNvABKJl"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/13/13104904504051.jpg" alt="(Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)">(Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)Segundo os arqueólogos, o complexo foi construído ao longo do tempo, utilizando argila, tijolos e madeira. Isso sugere que as pessoas sepultadas perto da rainha não foram mortas em um ritual de sacrifício, como se suspeitava.</body>

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Vinhos de 5 mil anos são encontrados em tumba de rainha do Egito

Imagem de Os 4 bobos da corte mais famosos da história no megacurioso

Pode não parecer, mas utilizar a tolice como meio de conseguir seus objetivos era uma estratégia inteligente

<head></head><body>Na intrincada geopolítica da história medieval europeia, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112664-bobos-da-corte-a-tolice-como-tecnica-de-inteligencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bobos da corte</a> aparecem como personagens intrigantes. Também chamados de bufos ou bufões, esses comediantes tinham uma tarefa um tanto ingrata de entreter, principalmente, o rei.Os bufões de palácio eram únicos na Idade Média, proporcionando risadas e, muitas vezes, críticas em meio à pompa da realeza. Seja por meio de contação de histórias, músicas, poemas, malabarismo, truques de mágica ou de formas de humor menos complexas, como soltar pum, os bobos da corte precisavam entreter a corte real. Caso fizessem um bom trabalho, poderiam ser recompensados, ganhando o favor da nobreza e desfrutando de várias regalias. Conheça alguns dos bobos da corte mais famosos da história.<h2>1. Roland, o flatulento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11155353179276.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Pouco se sabe sobre Roland, mas seu apelido já deixa claro o motivo pelo qual ele era conhecido. Roland serviu o Rei Henrique II no século XVII, mas existem algumas teorias que ele servira outros monarcas também.No entanto, ele ficou conhecido por ter caído nas graças de Henrique II, que lhe deu uma mansão em uma terra de 14 hectares por seus serviços. Um dos registros mais conhecidos é que todo natal Roland apresentava um número chamado "um pulo e assobio e um pum" na festa do monarca.<h2>2. Jeffrey Hudson</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11112319970089.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Pode-se dizer que Jeffrey Hudson fez uma entrada triunfal na corte de Carlos I no século XVII, quando foi presenteado à Rainha Henriqueta Maria de França dentro de um bolo. Com nanismo, Hudson tinha menos de 50 cm na ocasião, quando tinha seis anos. Desde então, ele caiu nas graças da Rainha e a acompanhou por boa parte da vida, tendo sido educado e treinado em muitas artes na corte. Um dos truques mais famosos envolvia outro bobo, William, que com mais de 2,10 metros de altura, tirava Hudson do bolso e fazia um sanduíche.Infelizmente, o destino de Hudson não foi tão feliz. Depois que eclodiu a guerra entre a França e a Inglaterra, e ele seguiu a Rainha para seu país natal, onde se envolveu em uma briga e desafiou um desafeto para um duelo. Hudson, treinado em armas, matou o oponente, porém duelos eram ilegais na França e a sua vítima era irmão de um nobre poderoso. Hudson fugiu após receber uma sentença de morte, mas foi capturado por piratas e escravizado. Quando conseguiu voltar para a Inglaterra, foi preso por ser católico e morreu na obscuridade.<h2>3. O bobo da corte de Filipe VI</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11155152892274.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Às vezes, a confiança que o rei depositava no bobo da corte fazia com que tarefas bem mais difíceis lhe fossem atribuídas, como no caso do bobo de Filipe VI da França. Durante seu reinado, o exército de Filipe sofreu uma das maiores derrotas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126975-4-batalhas-brutais-por-tronos-na-realeza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra de Cem Anos</a>, entre Inglaterra e França.As forças inglesas destruíram a frota da França, que era duas vezes maior, matando mais de 20 mil soldados, e coube ao bobo dar as notícias ao rei. Diz-se que ele tentou fazê-lo com um pouco de graça, afirmando ao rei que os ingleses não tinham a mesma coragem dos franceses, afinal, nenhum deles ousou pular no mar com a armadura completa, como os franceses fizeram.<h2>4. Will Sommers</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11112623973096.jpg" alt="A família de Henrique VIII com Sommers restratado no canto direito. (Fonte: Wikimedia Commons)">A família de Henrique VIII com Sommers restratado no canto direito. (Fonte: Wikimedia Commons)Mais do que por um número engraçado, Will Sommers é lembrado por um feito notável: não ter sido decapitado. Ele foi o bobo da corte de Henrique VIII, aquele que rompeu com a Igreja Católica, fundou uma nova religião, usou o dinheiro para financiar gastos extravagantes e alimentar uma série de guerras, casou com seis mulheres e mandou decapitar duas delas.Sommers caiu nas graças da corte por conseguir acalmar o impulsivo rei e, assim, livrar alguns nobres de um julgamento mais severo.</body>

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Os 4 bobos da corte mais famosos da história

Imagem de Obra perdida de Gentileschi é redescoberta em depósito e restaurada no megacurioso

Pintura que pertenceu o rei Charles I foi atribuída a outro pintor e passou mais de cem anos armazenada

<head></head><body>Uma pintura rara de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122547-artemisia-gentileschi-pintora-se-vingou-de-seu-estuprador-pela-arte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Artemisia Gentileschi</a> foi redescoberta e restaurada na Inglaterra. A obra, datada do século XVII, estava extremamente desgastada e arquivada sob a autoria de outro pintor. Sua recuperação só foi possível graças a uma pesquisa do King’s Royal Collection, que procura localizar o inventário do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125110-se-o-atual-rei-charles-e-o-3-quais-foram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Charles I</a>.Um time de historiadores da arte, liderado por Niko Munz, perseguiu o que foi feito das obras de arte de Charles I após a sua execução em 1649. Havia relatos de que o rei possuía sete trabalhos da celebrada artista italiana Artemisia Gentileschi, que foi contratada com seu pai, Orazio Gentileschi, para retratar a sua corte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04131857286150.jpg" alt="Pintura de Artemisia Gentileschi após restauração. (Fonte: Royal Trust Collection/Reprodução)">Pintura de Artemisia Gentileschi após restauração. (Fonte: Royal Trust Collection/Reprodução)<h2>Trajetória do quadro até sua redescoberta</h2>O quadro em questão é denominado Susanna and the Elders ("Susanna e os anciões" em português) e narra a história bíblica de Susana, descrita no livro de Daniel — aceito pela Igreja Católica e considerado apócrifo para correntes protestantes. Acredita-se que a pintura tenha sido comissionada por Henriqueta Maria de França, esposa de Charles I e concluída em 1639.O quadro circulou por alguns palácios, mas depois de 1660 foi transferido para a Somerset House e aparentemente ficou como enfeite sobre lareiras em várias ocasiões. Depois disso foi movido mais algumas vezes, até que foi encontrado e teve sua chegada registrada no Hampton Court Palace em 1862. Nessa época já foi considerado estar em péssimo estado e foi movido para a restauração.Os processos de restauração da época não eram dos melhores e consistiam em aplicar novos vernizes à pintura, o que contribuiu para o estado com cores muito apagadas na qual o quadro foi encontrado.O quadro foi resgatado do depósito do Hampton Court Palace, onde estava há mais de 100 anos. Segundo os pesquisadores que o encontraram, ele estava extremamente marrom e descolorido, o que é comum para pinturas com vernizes orgânicos. A pintura, então, foi enviada para o estúdio de Adelaide Izat para restauração e vai ficar em exposição na Royal Collection.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04131714398147.jpg" alt="Susanna and The Elders (primeira pintura a esquerda) em exposição na Castelo de Windsor. (Fonte: Royal Collection Trust/Divulgação)">Susanna and The Elders (primeira pintura a esquerda) em exposição na Castelo de Windsor. (Fonte: Royal Collection Trust/Divulgação)<h2>O significado da pintura para a autora</h2>Artemisia Gentileschi (1593–1656) foi uma das pintoras mais celebradas de sua época e a primeira mulher aceita na Academia de Belas Artes de Florença. Muitos de seus quadros retratam figuras femininas de histórias bíblicas, mas o quadro de Susanna pode ter um significado especial.Atermisia foi estuprada por Agostino Tassi, que havia sido contratado por seu pai para lhe dar aulas. O fato gerou um extenso julgamento que acabou com a condenação de Tassi — que mais tarde conseguiu evitar a prisão por uma anulação.Na história de que inspirou a obra redescoberta, dois anciões chantageiam Susanna para manter relações com eles, caso contrário a denunciariam por adultério, o que levaria a sentença de morte. Susanna nega e luta pela justiça até que sua inocência seja provada.Artemisia pintou a cena algumas vezes durante a sua vida e os traços e posições dos corpos parecem mostrar a força da luta feminina e a opressão da sociedade, em diferentes épocas.</body>

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