Imagem de O que é Síndrome de Estocolmo e qual a sua história no Megacurioso

Caracterizada pelo fato de que a vítima de um crime passa a sentir carinho pelo criminoso, essa síndrome foi nomeada por causa de um sequestro que ficou famoso em todo o mundo

Imagine que você está na fila para ser atendido em uma pequena agência bancária. De repente, um assaltante invade o estabelecimento, com capuz na cabeça e armado. A maioria das pessoas consegue fugir, mas você e dois funcionários não têm a mesma sorte e acabam servindo como reféns. A polícia chega logo e as negociações começam.



No final das contas, tudo dura muito mais tempo do que o necessário e vocês acabam passando alguns dias sob o comando do criminoso. As primeiras horas são do mais completo pânico, você tem medo de falar, de olhar para o lado, de morrer, de tudo. Os outros reféns também estão apavorados, e o criminoso, por ter de lidar com a polícia e a grande comoção ao redor do prédio, também não é a mais calma das criaturas.



No segundo dia, no entanto, você pensa em acalmar o sequestrador e resolve conversar, atitude seguida também pelos outros dois reféns. Depois de algumas horas, estão todos mais calmos e conversando sem muito nervosismo e, de repente, você passa a sentir uma espécie de carinho por aquele homem, ainda que ele represente uma ameaça à sua própria vida.



<h2>Sim, isso acontece</h2>



<figure class="mt-2"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/23/23124423746066.jpg" alt="" /></figure>







Coisa de filme? Que nada!



A Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico em que uma pessoa passa a ter um sentimento de ternura por um agressor após vivenciar períodos de intimidação e pressão. O termo, aliás, teve origem com uma história parecida com essa que fizemos você imaginar.



Em 1973, em Estocolmo, na Suécia, um assalto a banco deu origem ao nome da síndrome. Na ocasião estavam um assaltante, Jan-Erik Olsson, um presidiário e quatro funcionários da agência bancária, que permaneceram juntos durante seis e, com o passar do tempo, acabaram desenvolvendo uma forte relação afetiva.



Tudo começou com Olsson entrando com uma metralhadora e explosivos na agência bancária que ficava na região central da cidade. Olsson disparou contra o teto e imediatamente fez três funcionários como reféns para tentar, em troca da liberdade deles, conseguir uma boa quantia em dinheiro com a polícia e, assim, fugir do país.



<h2>Negociações e afeto</h2>



<figure class="mt-2"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/23/23124435543067.jpg" alt="" /></figure>







Outra exigência: um de seus amigos, Clark Olofsson, que era um dos bandidos mais famosos da Suécia e que Olsson conhecera na prisão, deveria ser levado ao banco para fazer parte do esquema e conseguir fugir também. A polícia acabou aceitando o acordo e Olofsson foi levado ao banco. A essa altura, um funcionário que tinha conseguido se esconder foi descoberto e se juntou ao grupo de reféns.



Alguns agentes policiais conseguiram entrar em um departamento da agência, e, a partir daí, os reféns e os bandidos ficaram escondidos em um espaço bem menor. Para passar o tempo, eles começaram a conversar e a jogar baralho — a partir daí, todo mundo já era praticamente amigo de infância.



As negociações com a polícia eram feitas pelo telefone, por meio de dois reféns: Olof Palme e Kristin Enmark, ambos com 23 anos na época. Nas ligações deles com a polícia, ficou bastante claro: tanto Palme quanto Enmark estavam do lado dos sequestradores. Kristin chegou a dizer que confiava plenamente nos sequestradores e que viajaria com eles como refém sem o menor problema, se fosse o caso.



<h2>Todo mundo ficou bem</h2>



<figure class="mt-2"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/09/23/23124444465068.jpg" alt="" /></figure>







Depois de três dias de sequestro, os policiais entraram no banco por meio de um buraco e conseguiram se mostrar aos reféns que estavam lá, mas logo foram descobertos pelos sequestradores também, que ameaçaram os reféns e atiraram contra os policiais. Depois de seis dias, a polícia utilizou gás lacrimogêneo, o que fez com que os dois sequestradores se rendessem, sem que os reféns ficassem feridos.



A despedida entre sequestradores e reféns foi calorosa, com trocas de abraços apertados. Uma das funcionárias do banco, que ficou presa durante esses seis dias, disse saber que era estranho, mas que não gostaria que nada de ruim acontecesse aos sequestradores.



O responsável por batizar a síndrome foi Nils Berejot, criminologista que trabalhou com a polícia durante o famoso sequestro. Basicamente, ela é descrita como uma tentativa de a vítima se conectar com o criminoso, para tentar diminuir os riscos do crime. De forma inconsciente, é uma maneira de a vítima agradar o bandido para que, uma vez que ele tenha simpatia por ela, não a faça mal.



Quando soube da existência da síndrome, Olsson disse que não acreditava nela e que a amizade que desenvolveu com seus reféns era verdadeira, tanto que dois deles estiveram em seu casamento na prisão. Ele ficou dez anos detido e, depois de ser libertado, nunca mais teve problemas com a Lei. Já Olofsson foi absolvido em segunda instância, mas se envolveu com problemas com a polícia diversas vezes em sua vida.



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Publicado originalmente em 23/09/2016

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O que é Síndrome de Estocolmo e qual a sua história

Imagem de Vila inglesa fez lockdown no século XVII para conter avanço de peste no Megacurioso

Moradores do vilarejo de Eyam decidiram se isolar após contaminação para proteger vizinhos

Com a pandemia da covid-19 avançando ao longo de um ano ainda com números elevados de mortes e casos confirmados, a história de um vilarejo que tomou uma atitude drástica, corajosa e de empatia para proteger o território próximo em outra situação de saúde pública voltou a ser comentada.



O acontecimento data de 1665, auge da Grande Peste de Londres, uma epidemia de peste bubônica que assombrou a região.&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="http://commons.wikimedia.org"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01125458178128.jpg" alt="A igreja de Eyam" /></a><figcaption>A igreja de Eyam</figcaption></figure>



E a atitude dos moradores da pequena localidade de Eyam, no distrito governamental de Derbyshire, fica marcada pela ousadia: isolar boa parte da própria população para evitar um espalhamento da doença pelo resto do território, mesmo que isso significasse um número elevado de mortes entre os próprios habitantes.



<h2>Lockdown total</h2>



Os primeiros casos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113909-as-10-piores-pandemias-e-epidemias-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epidemia</a> registrados em Eyam datam de setembro de 1665. A doença provavelmente chegou a partir de pulgas que vieram em tecidos encomendados por alfaiates da região — sendo que outros vilarejos próximos ainda estavam livres da epidemia, que matou entre 75 mil e 100 mil pessoas ao todo e foi uma das últimas grandes ocorrências em massa da peste bubônica na Europa, de proporção menor que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106164-botaram-a-culpa-nos-bichos-ratos-podem-nao-ter-espalhado-a-peste-negra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peste Negra</a>.



Temendo que a peste seria espalhada de Eyam para outros locais, o responsável pela igreja da vila, William Mompesson, e o seu predecessor, Thomas Stanley, tomaram uma medida drástica: colocar a vila em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114432-o-que-e-lockdown-e-como-isso-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estado de lockdown</a> ou quarentena, isolando os doentes e impedindo o espalhamento da doença pelo território.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://en.wikipedia.org/wiki/Great_Plague_of_London#/media/File:Great_plague_of_london-1665.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01125836165131.jpg" alt="Ilustração sobre a Grande Peste de Londres" /></a><figcaption>Ilustração sobre a Grande Peste de Londres</figcaption></figure>



Foi uma aplicação considerada bem-sucedida do chamado cordão sanitário, uma técnica de combate a epidemias que consiste em restringir a locomoção de pessoas entre fronteiras. Porém, com poucos avanços medicinais na época, não foram poucas as dificuldades encontradas pelos moradores.



<h2>Sobrevivendo sozinhos</h2>



Com todas as entradas bloqueadas e moradores isolados ao máximo, a vila sobrevivia pelos produtos locais e também com a ajuda de mercadores que enviavam suprimentos em troca de dinheiro desinfetado com vinagre, posicionado em pedras com orifícios ou pequenos poços na divisa de Eyam. Remédios e alimentos eram obtidos dessa forma.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.historic-uk.com/HistoryUK/HistoryofEngland/Why-Is-Eyam-Significant/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01125258520125.jpg" alt="Uma das pedras usadas no período para troca de objetos." /></a><figcaption>Uma das pedras usadas no período para troca de objetos.</figcaption></figure>



Além disso, os moradores já praticavam atividades de distanciamento social: eventos religiosos ocorriam ao ao livre, com as pessoas não tão próximas entre si. Os sepultamentos no período também não foram feitos em solos sagrados, como era a tradição, mas sim em terrenos particulares dos próprios moradores para evitar contaminações.



A luta não foi vencida sem sacrifícios: ao todo, 14 meses depois do início do lockdown, eles voltaram a abrir os portões. Cerca de 260 pessoas morreram, o que significa que a vila registrou apenas 83 sobreviventes.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="http://www.pinterest.com"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01130115683132.jpg" alt="Eyam celebra anualmente a vida daqueles que ajudaram a conter a peste." /></a><figcaption>Eyam celebra anualmente a vida daqueles que ajudaram a conter a peste.</figcaption></figure>



Porém, Eyam entrou para a história por ser uma região que lutou bravamente contra o espalhamento de uma doença: em novembro de 1666, ela já estava erradicada com a ajuda dela e de outras localidades que conseguiram conter a infecção para o norte da Inglaterra, com certeza impedindo que ela fizesse muitos milhares de mortos — com os sobreviventes se transformando em heróis e de consciência limpa de que os vizinhos não foram afetados.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.historic-uk.com/HistoryUK/HistoryofEngland/Why-Is-Eyam-Significant/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/01/01125137550124.jpg" alt="A cidade registrou os mortos e homenageia os heróis com placas." /></a><figcaption>A cidade registrou os mortos e homenageia os heróis com placas.</figcaption></figure>



A cidade hoje tem monumentos e placas em respeito às vítimas. Além disso, os moradores despertam a curiosidade da ciência: é possível que descendentes dos sobreviventes da grande peste que foi contida por Eyam tenham uma genética mais propensa à imunização contra certas doenças.

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Vila inglesa fez lockdown no século XVII para conter avanço de peste

Imagem de Trepanação: a prática médica que perfurava a cabeça dos pacientes no Megacurioso

A cirurgia já foi usada até para livrar o corpo das pessoas de espíritos malignos

De acordo com o estudo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109749-conheca-a-verdadeira-historia-de-valak-o-demonio-de-a-freira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demonologia</a> moderna, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114910-michael-taylor-o-homem-possuido-por-40-demonios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exorcismo</a> é uma prática para expulsar, por meio de orações deprecativas, uma entidade demoníaca que tenha se apossado do corpo de uma pessoa, porém de forma totalmente espiritual, apesar de ser possível que o corpo físico também seja controlado.



O conceito de exorcismo evoluiu bastante ao longo da história da humanidade: registros históricos apontam que ele teria nascido na Babilônia e no Antigo Egito como uma espécie de “cura sobrenatural”, que poderia ser feita por meio de ervas, de imposição das mãos ou de buracos na cabeça. Os curandeiros xamânicos costumavam abrir pequenos orifícios nos crânios das pessoas que se comportavam de maneira considerada anormal ou “possessa” para liberar o espírito maligno, técnica conhecida como trepanação. Isso porque as civilizações daquela época não faziam distinção entre doenças mentais, corporais e espirituais, já que encaravam o corpo como um vaso em que qualquer coisa poderia ser depositada.&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRnICSiIBo0AQRRFNxl0wp-qIKgqOOla8rGPg&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21140919483133.jpg" alt="(Fonte: Ancient History Encyclopedia/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Ancient History Encyclopedia/Reprodução)</figcaption></figure>



Em 1685, o teólogo Bernard Montfaucon encontrou o primeiro esqueleto com o crânio trepanado enterrado na região de Cocherel, o que levou à descoberta de outros 120 crânios na França, 40 dos quais perfurados pelo método. Um dos mais antigos data de aproximadamente 7 mil anos e foi encontrado em uma sepultura neolítica em Ensisheim, Alsácia (França).



Um dos esqueletos era de um homem que morreu com cerca de 50 anos, de acordo com uma amostra de radiocarbono de seus ossos. Ele tinha duas trepanações: uma na frente, que media 5 centímetros de diâmetro e estava totalmente curada, e outra, de 7 centímetros, que estava parcialmente cicatrizada por causa de seu enorme tamanho. No entanto, ambas indicavam que as operações foram bem-sucedidas.



<h2>A descoberta de Broca</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://static1.squarespace.com/static/52ec8c1ae4b047ccc14d6f29/t/539650c4e4b08fdb25472e96/1402360021469/paul_broca.jpg?format=1500w"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21141309689134.jpg" alt="Paul Broca. (Fonte: Neuroscientifically Challenged/Reprodução)" /></a><figcaption>Paul Broca. (Fonte: Neuroscientifically Challenged/Reprodução)</figcaption></figure>



Trepanação foi cunhada da palavra grega “tripanon”, que significava algo como “fazer um buraco”, e ficou definida como a forma mais antiga de neurocirurgia da humanidade. O anatomista e cirurgião Paul Pierre Broca foi o primeiro a analisar a técnica em 1867, quando recebeu do arqueólogo Ephraim George Squier um antigo crânio inca dado a ele por um rico peruano colecionador de artefatos antigos. Squier queria entender o motivo de um pedaço retangular de osso ter sido removido do topo do crânio.



Ao longo de suas análises, Broca chegou à conclusão de que a abertura era fruto de um procedimento cirúrgico feito enquanto o paciente ainda estava vivo, e que ele poderia ter vivido pelo menos mais 2 anos. Sobre como a trepanação era feita, Broca descobriu alguns métodos, um deles realizado com ferramentas com pontas de pedras afiadas (como a obsidiana e a sílex) e consistia em raspar o crânio até perfurá-lo. Entre pausas para descansar as mãos, o procedimento deveria levar no mínimo 1 hora.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i.pinimg.com/originals/3b/d7/0d/3bd70d6ed39ff187cd8a143dd851079a.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21141459824135.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



Ele percebeu que, no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108789-9-das-maiores-bizarrices-da-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>, utilizou-se um instrumento parecido com a trefina, que tem uma lâmina cilíndrica e desempenha um papel similar ao de um saca-rolhas, e era muito usada para realizar lobotomias e amplamente descrita por Hipócrates em suas escrituras. Na obra Da Medicina, o médico romano do século I, Aulo Cornélio Celso, descrevia essa ferramenta como tendo um pino central retrátil e uma alça transversal.



Em seus registros sobre o método, Broca não soube dizer se alguma anestesia era usada, mas ele arriscava que os povos antigos fizessem o uso de substâncias parecidas com o ópio e o álcool. Ao longo dos anos, foi sugerido que os peruanos podem ter usado a coca (planta da qual a cocaína é extraída) como anestésico local.



<h2>Trepanação e trefinação</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQNXaoNi0gbQ2usOjQswAyR8eF2obZAGEJtbw&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21141822811137.jpg" alt="(Fonte: Welcome Collection/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Welcome Collection/Reprodução)</figcaption></figure>



Embora as palavras “trepanação” e “trefinação” agora sejam sinônimas, na história antiga da cirurgia cerebral elas se referiam a procedimentos diferentes. A trepanação consistia em fazer uma perfuração no crânio com ferramentas com pontas de pedras, e a cabeça deveria ser mantida imóvel por uma moldura ou suporte de madeira ao longo da operação. Hipócrates menciona a terebra e o trépano (do grego “trupanon”, o mesmo que “broca”) como dois instrumentos muito semelhantes ao trefino moderno, inventado no século XVI pelo cirurgião Girolamo Fabrizio.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Trephining_instruments_and_apparatus,_1573_Wellcome_L0007377.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21142050316138.jpg" alt="Trefino. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" /></a><figcaption>Trefino. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



O objeto possuía três braços com pontas de formatos diferentes que podiam ser firmadas no crânio para gerar estabilidade para que a serra fizesse a perfuração e removesse o osso do topo da cabeça. Fabrizio o chamou de “tre fines”, que vem do latim “três pontas”. Depois o nome evoluiu para trafina, trefina e, finalmente, para trépano em 1656.



<h2>A morte certa</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://media.sciencephoto.com/image/n7000105/800wm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21142438418140.jpg" alt="(Fonte: Science Photo Library/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Science Photo Library/Reprodução)</figcaption></figure>



Ao longo do século XIX, a trepanação foi usada para tratar qualquer problema que envolvesse a cabeça. O procedimento começou a ser questionado pelos conselhos de medicina porque se tornou uma verdadeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117156-10-pessoas-que-previram-a-pandemia-do-novo-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epidemia</a>: todo mundo queria ser submetido à trefinação, mesmo quando não apresentava fraturas cranianas, convulsões, ataques epiléticos nem tinha doenças mentais. Isso acontecia porque os médicos usavam o método como tratamento até para dores de cabeça comuns, e a taxa de mortalidade era muito grande, pois os pacientes quase sempre não aguentavam quando tinham a dura-máter penetrada.



A trepanação causava infecção, hemorragia interna e danos cerebrais irreversíveis, deixando uma margem para erros pequena demais para que fosse realizada de maneira tão recorrente e sem propósitos relevantes. Se o paciente sobrevivia aos instantes que precediam a cirurgia, ele estava condenado a sofrer com as feridas sanitárias deixadas no local da trepanação, assim como hiperemia e atividade osteoclástica ao redor do osso necrótico devido à perda de suprimento sanguíneo.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRnxQICKm_gwgK2KIkJzuGTMUszKwlbujHOSA&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21142222750139.jpg" alt="(Fonte: Mo Costandi/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Mo Costandi/Reprodução)</figcaption></figure>



No século XIX, a trepanação deixou de ser realizada em casa e foi transferida para os hospitais, momento em que o índice de mortalidade explodiu, de modo que os médicos e o governo passaram a proibir a prática e permitir que fosse feita só em casos em que a pessoa “tivesse caído de cabeça no chão”.



Demorou até o século XX para que a trepanação ganhasse uma leitura médica mais séria e científica a respeito de como a pressão intracraniana durante episódios de traumatismos cranianos poderia ser minimizada. Até lá, ela se perdeu no mesmo caminho obscuro que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114735-lobotomia-o-mais-abominavel-capitulo-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobotomia</a>, sendo uma prática muito usada em locais como o que <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115031-a-familia-kennedy-e-sua-maldicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rosemary Kennedy</a> foi enviada para morrer.

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Trepanação: a prática médica que perfurava a cabeça dos pacientes

Imagem de Afantasia, a bizarra condição que impede a imaginação visual no Megacurioso

Também conhecida por "cegueira da mente", doença rara e estranha impossibilita pessoas de visualizar coisas em suas cabeças

Com 44 anos de idade, o britânico Niel Kenmuir é uma das poucas pessoas no mundo a ser diagnosticado com afantasia, uma condição extremamente rara — que o impossibilita de visualizar coisas dentro de sua cabeça — que não havia sido explorada pela ciência até o início da última década. 



Segundo Kenmuir, o problema foi descoberto por ele e sua família ainda em sua infância. Em uma noite com problemas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44586-5-curiosidades-interessantes-relacionadas-com-o-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adormecer</a>, seu pai havia lhe pedido para que fechasse os olhos e contasse ovelhas. Entretanto, o ainda jovem Niel não conseguia enxergar nada dentro de sua mente, o que posteriormente seria diagnosticado como afantasia.&nbsp;



<h2>A doença da falta de imaginação</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://pixabay.com/pt/illustrations/sono-contando-ovelhas-homem-cama-5735224/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20024612344001.png" alt="(Fonte: Pixabay)"/></a><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



Após ser estudado pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, Niel disse que tinha problemas em compreender o conceito de imagens no cérebro. &#8220;Eu me lembro de não entender o que significava &#8216;contar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114254-ovelha-retorna-para-casa-depois-de-7-anos-com-muita-la-acumulada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovelhas</a>&#8216;. Para mim, meus pais diziam isso no sentido figurado&#8221;, explicou.



Depois de inúmeras tentativas fracassadas de tentar criar alguma figura em seu cérebro, o britânico se mostrou aliviado por sua condição estar finalmente sendo pesquisada a fundo após anos tentando encontrar alguma informação sobre ela na internet.



O conceito de pessoas sem a capacidade de visualizar imagens foi criado em 1880 pelo cientista Francis Galton. No século XX, um levantamento chegou a sugerir que essa inabilidade atingia cerca de 2,5% da população mundial. Porém, a afantasia foi pouco explorada pela ciência até o início da última década, quando recebeu essa nomenclatura.



<h2>Os problemas da afantasia</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://pixabay.com/pt/illustrations/celula-nervosa-neuronio-cerebro-2213009/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20024551656000.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)"/></a><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



A afantasia pode parecer uma condição inofensiva para a maioria das pessoas, porém pode ser um verdadeiro inconveniente na vida das pessoas que convivem com a falta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111634-linguagem-e-imaginacao-do-ser-humano-foram-desenvolvidas-so-ha-70-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imaginação&nbsp;</a>diariamente. De acordo com Niel, livros extremamente descritivos de suas ambientações são um caso perdido mesmo para ele que é amante da leitura.



Porém, a maior dificuldade é quando a afantasia afeta sua vida pessoal. Para o britânico, até mesmo pensar em uma pessoa querida pode ser muito frustrante, já que sua cabeça não consegue reproduzir qualquer imagem de sua noiva, por exemplo, por mais que ele se esforce bastante para que isso ocorra.



Para explicar tal condição, Kenmuir sempre possui uma bela analogia engatilhada. &#8220;A mente é como um quadro e os neurônios trabalham juntos para projetar algo nesse objeto. Meus neurônios todos funcionam perfeitamente, exceto que eu não tenho uma tela para ser pintada&#8221;, descreveu.

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Afantasia, a bizarra condição que impede a imaginação visual

Imagem de 3 transtornos mentais muito mal interpretados por Hollywood no Megacurioso

A arte imita a vida? Saiba quais transtornos mentais têm aparecido no mundo das telonas de maneiras distantes da realidade

Transtornos mentais podem ser um tipo de problema nem sempre reconhecido ou compreendido por boa parte da sociedade, o que muitas vezes reflete em como eles são retratados no mundo dos cinemas. Ao longo dos anos, Hollywood falhou frequentemente em trazer a verdade de alguns tópicos delicados como as doenças psicológicas. 



Por isso, nós trouxemos uma lista com três das condições médicas que foram representadas nas telonas de uma forma completamente distorcida da realidade. Olha só!



<h2>1. Amnésia</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i2.wp.com/pocilga.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Memento-1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/18/18041247824001.jpg" alt="(Fonte: Newmarket Films/Reprodução)"/></a><figcaption>(Fonte: Newmarket Films/Reprodução)</figcaption></figure>



Personagens que sofrem com perda de memória ou acordam com algum trauma na cabeça em um lugar qualquer não são exatamente uma novidade no mercado hollywoodiano. Esse transtorno mental inclusive deu nome para o filme Amnésia&nbsp;(2000), do renomado diretor Christopher Nolan.



Entretanto, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/42790-conheca-5-casos-absurdos-de-amnesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amnésia</a> não é uma condição tão comum quanto os filmes fazem parecer ser. Além de possuir diversos tipos diferentes, esse transtorno pode representar até mesmo a incapacidade de formar novas memórias ou despertar um grande estado de confusão e agitação nos pacientes.



Por fim, a amnésia retrógrada — mais conhecida pela população em geral — costuma ser mais lenta e variar do jeito que é mostrada nos filmes, apesar de continuar sendo uma condição muito séria.



<h2>2. Depressão</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/o8sVZABA1I1FUj7KwvoPk-QfAga14C8pfPJCQLJ2t1OXpQocPTcejSpXb1Ox5Eg6XqRIgpIxLYqeWyv3QzytJ2fPQDAqV1HWDMxeuv8m6ydakF_zfl_aSxW3HHDgux6A2QmAWbcV7LExYImLfDw78pLuTKNF1L80q73hVA8LWgqCeA"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/18/18041509614002.jpg" alt="(Fonte: Summit Entertainment/Reprodução)"/></a><figcaption>(Fonte: Summit Entertainment/Reprodução)</figcaption></figure>



As discussões sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109752-4-sintomas-de-depressao-e-o-que-fazer-para-melhorar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> parecem ter crescido nos últimos anos, mas mesmo assim o tópico ainda não é representado nos cinemas exatamente como é de verdade. Justamente por ser uma condição bastante comum, é possível que você conheça alguém próximo que sofra com esse transtorno.



Mais do que uma doença que causa tristeza extrema, a depressão é um problema que acomete milhões de pessoas e não pode ser superada em apenas semanas. Essa condição demanda tratamento psicológico e suporte que poucas vezes é demonstrado nas películas.



<h2>3. Insanidade</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.ome.lt/unT_UCnONRMKzAACeOr7qMyjA_Q=/fit-in/837x500/smart/uploads/conteudo/fotos/coringa-7.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/18/18041203995000.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros./Reprodução)"/></a><figcaption>(Fonte: Warner Bros./Reprodução)</figcaption></figure>



Recentemente, o filme Coringa&nbsp;(2019) surgiu como uma grande representação do que seria um ser humano sofrendo de insanidade. Entretanto, a representação sobre o que é &#8220;perder a sanidade&#8221; ou &#8220;tornar-se louco&#8221; pode soar muito desrespeitoso e ser uma imitação muito barata do que esse transtorno representa para quem sofre com ele.



Sempre levada para o lado extremo, onde os pacientes sofrem com fortes alucinações e comportamento perigoso, a insanidade mental não necessariamente precisa ser tão catastrófica.&nbsp;



Uma pessoa insana é alguém que perdeu o domínio de suas capacidades mentais e, portanto, pode enfrentar dificuldades para distinguir quais comportamentos podem ser considerados éticos ou morais dentro de uma sociedade.

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3 transtornos mentais muito mal interpretados por Hollywood

Imagem de Mãe viraliza após falar sobre menstruação com seus filhos homens no Megacurioso

A mãe também instruiu os meninos a carregarem absorventes em suas mochilas, caso alguma amiga esteja precisando

Mesmo sendo um processo totalmente natural do corpo humano, a menstruação ainda é vista como um tabu na maior parte do mundo — com algumas situações bizarras, em alguns países específicos, como nós já contamos <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/73039-9-conceitos-absurdos-sobre-a-menstruacao-em-algumas-partes-do-mundo.htm" target="_blank">nesse outro post</a>



Até no ocidente — que costuma ser uma região mais progressista — não é raro ver <a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/90646-10-coisas-que-os-homens-nunca-vao-entender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homens</a> morrendo de nojo simplesmente ao ouvir falar de menstruação. Comprar um pacote de absorventes para sua companheira ou apenas ajudar uma amiga quando ela está precisando de um é encarado como um constrangimento por muitos. Se você tiver teorias que expliquem porque <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/71768-menstruacao-um-tabu-que-prejudica-atletas-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a menstruação ainda é um tabu</a> tão grande no mundo, conte para a gente nos comentários — para este redator, é algo incompreensível.&nbsp;



Nesse contexto, é interessante observar essa história que viralizou nos Estados Unidos. Na publicação, Tara Ahrens conta que tem dois filhos adolescentes, Elijah e Micah, que costumam carregar absorventes em suas mochilas — a ideia é dar assistência a alguma colega que esteja precisando. Afinal, quase toda mulher já passou pela constrangedora situação de sentir o sangue descer e não ter nenhum deles na bolsa.&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.boredpanda.com/mom-and-her-teenage-sons-overlook-menstruation-taboo/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21221038139002.jpg" alt="Essa é a mãe (Fonte: Tara Ahrens/Facebook)"/></a><figcaption>Essa é a mãe (Fonte: Tara Ahrens/Facebook)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.boredpanda.com/mom-and-her-teenage-sons-overlook-menstruation-taboo/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21221106796003.jpg" alt="E os dois meninos — que não tem problema em falar sobre menstruação (Fonte: Tara Ahrens/Facebook)"/></a><figcaption>E os dois meninos — que não tem problema em falar sobre menstruação (Fonte: Tara Ahrens/Facebook)</figcaption></figure>



<h2>&#8220;Por que tem que ser constrangedor?&#8221;</h2>



Esse, aliás, foi um dos pontos principais do discurso de Tara para seus filhos: por que um processo natural do <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpo humano</a> causa tanto constrangimento? A mãe explicou que esse tipo de situação — uma mulher precisar de um absorvente — precisa ser vista de uma forma tranquila e corriqueira.&nbsp;



Por isso, também não há problema nenhum em seus dois filhos, do sexo masculino, carregarem um ou dois desses produtos na mochila para ajudar alguma colega. Afinal, as mulheres emprestam absorventes umas às outras o tempo todo — e Elijah e Micah não vão se tornar menos homens se fizerem isso também.&nbsp;



Segundo Tara, os dois meninos contaram que alguns de seus colegas tiraram sarro da história toda, quando souberam. Ainda assim, eles continuaram levando os absorventes e, logo, as brincadeiras cessaram. Já houve um dia em que uma das meninas da turma precisou usar a ajuda de Micah, o mais velho.&nbsp;



No fim das contas, o que essa história nos ensina é que desconstruir <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85227-5-estereotipos-de-genero-que-ja-foram-vistos-de-maneiras-bem-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabus de gênero</a> é algo saudável para todos, sejam meninos e meninas. Na medida em que Elijah e Micah se tornam homens menos constrangidos com coisas normais — como uma menstruação — eles ganham e as mulheres que convivem com eles também. E você, o que achou da ideia dessa mãe?&nbsp;

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Mãe viraliza após falar sobre menstruação com seus filhos homens

Imagem de Cachorro manca para mostrar solidariedade ao dono com perna ferida no megacurioso

A princípio o dono do cachorro pensou que o animal estivesse ferido, mas depois de uma consulta e exames de raios-X, soube que era só empatia

Uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116187-arnold-o-cao-que-superou-sua-ansiedade-com-um-amigo-de-terapia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">história de amizade</a> viralizou nas redes sociais: um cidadão londrino chamado Russell Jones compartilhou um vídeo comovente no Facebook, com milhares de curtidas e compartilhamentos, no qual seu lurcher (cão de caça) imita o seu jeito de caminhar com a perna engessada, mancando junto com ele.



No vídeo, é possível ver Russell chegando, de muletas e perna direita engessada, caminhando pela rua com o cachorro Bill. À medida que o dono manca, o cachorro também manca ao seu lado, com a patinha erguida acima do solo.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2021/01/dog-copy-injured-owner-limping-6006ba953f250__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/19/19153134878187.jpg" alt="Fonte: Russell Jones/Facebook" /></a><figcaption>Fonte: Russell Jones/Facebook</figcaption></figure>



A princípio, Russell pensou que Bill estava mesmo ferido e levou-o a uma clínica veterinária. Quando veio o diagnóstico, Bill escreveu na postagem: “Me custou 300 libras (R$ 2,2 mil) em honorários do veterinário e raios-X. Não havia nada errado, apenas solidariedade. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110270-13-provas-de-que-os-caes-sao-os-melhores-amigos-do-homem-em-qualquer-idade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amo esse cachorro</a>”.



Conforme o site Cesar’s Way, do famoso treinador de cães Cesar Milan, os cães não apenas imitam uns aos outros, mas também <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/98326-incrivel-fotografo-edita-imagens-e-transforma-seu-cao-em-um-amigo-gigante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">copiam o que fazemos</a>, e fazem isso mesmo quando a imitação não os beneficia, o que torna o ato de Bill ainda mais fofo e emocionante. Vejam o vídeo:



<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Injured dog owner spends £300 on X-Rays and vets for his limping dog" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/-vGM180TaxM?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>

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Cachorro manca para mostrar solidariedade ao dono com perna ferida

Imagem de Mulher vietnamita retira pedra de 400 gramas da bexiga no megacurioso

O caso da paciente vietnamita impressionou os internautas menos pela tamanho da pedra mas pela intensidade da dor que ela supostamente sentiu

Uma notícia veiculada por jornais vietnamitas viralizou nas redes sociais principalmente pelas fotos apresentadas: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103932-pedra-quase-do-tamanho-de-um-ovo-de-avestruz-e-retirada-de-bexiga-de-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma pedra gigante na bexiga</a>, retirada cirurgicamente de uma jovem de 34 anos no pronto-socorro do Hospital Geral de Phu Binh, na região de Tay Nguyen, no Vietnã.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.odditycentral.com/wp-content/uploads/2021/01/giant-bladder-stone5.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/19/19170601569242.jpg" alt="Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução</figcaption></figure>



A moça chegou reclamando de fortes dores no abdômen e, após alguns testes, submeteu-se a uma tomografia computadorizada que revelou uma massa arredondada enorme na região abdominal. Ela teve que se submeter a uma cirurgia de emergência para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103366-depois-de-sofrer-por-10-anos-mulher-retira-mais-de-200-pedras-da-vesicula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">retirada</a> de uma pedra de 10 cm de comprimento e 400 gramas, que estava alojada em sua bexiga.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.odditycentral.com/wp-content/uploads/2021/01/giant-bladder-stone5.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/19/19170745008243.jpg" alt="Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução</figcaption></figure>



Embora as reportagens dos jornais locais não ofereçam mais detalhes sobre o caso, a quantidade de fotos, uma mostrando até uma enfermeira fazendo selfie ao lado da pedra, indicam que todos estavam diante de uma raridade no hospital.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.odditycentral.com/wp-content/uploads/2021/01/giant-bladder-stone4.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/19/19170841915244.jpg" alt="Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução</figcaption></figure>



Mais do que o tamanho da pedra em si, o caso impressionou os internautas pela suposta dor que a jovem possa ter sentido. Uma pessoa comentou: “Eu, com um pouco de areinha, estava com dores terríveis. Como essa pessoa foi capaz de suportar a dor causada por isso?”.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.odditycentral.com/wp-content/uploads/2021/01/giant-bladder-stone6.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/19/19171006963245.jpg" alt="Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução" /></a><figcaption>Fonte: Hospital Geral de Phu Binh/Reprodução</figcaption></figure>



O motivo pelo qual os organismos de algumas pessoas produzem esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113185-idoso-descobre-mais-de-100-pedras-em-sua-bexiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipo exagerado de calcificação</a> ainda é desconhecido.

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Mulher vietnamita retira pedra de 400 gramas da bexiga

Imagem de Crianças com autocontrole se tornam adultos mais saudáveis no megacurioso

Segundo estudo, pessoas que apresentaram maiores níveis de autocontrole durante a infância envelhecem mais devagar que restante da sociedade

O segredo para uma vida adulta saudável é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/100814-pessoas-egocentricas-tem-menos-autocontrole-e-empatia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">autocontrole</a>, é o que diz um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences. Segundo o documento, pessoas que foram crianças com maior habilidade de controlar emoções, pensamentos e comportamentos tendem a envelhecer de maneira mais devagar que o restante da sociedade.



Para chegar a tal conclusão, o estudo liderado pela professora-assistente da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, Leah Richmond-Rakerd analisou mais de 1 mil adultos com 45 anos de idade nascidos na Nova Zelândia. Conforme a conclusão chegada pelos pesquisadores, crianças autocentradas desenvolveram-se em adultos com cérebros mais jovens e saudáveis que os demais.



<h2>A ligação entre autocontrole e saúde</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/08/08014146963000.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



De acordo com os pesquisadores, o autocontrole é uma característica essencial para deixar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115299-criancas-destroem-o-maior-castelo-de-vidro-soprado-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">criança</a> pronta para o colégio, assim como também prepara os adultos para a vida. Durante a fase de entrevista da pesquisa, o grupo com maior autodisciplina também mostrou-se mais capaz de lidar com desafios de saúde, financeiros e sociais de suas jornadas. 



Além dos bons desempenhos na fase de entrevistas estruturadas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/102378-8-dicas-para-voce-ter-uma-boa-vida-financeira.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">análise financeira</a> de crédito, o grupo de alto autocontrole na infância também expressou opiniões mais positivas sobre o envelhecimento e mostraram-se mais satisfeitos com a meia-idade.



Na visão de Richmond-Rakerd, a cada ano a população mundial envelhece e passam mais tempo vivendo com doenças relacionadas a idade. “É importante identificar maneiras de ajudar as pessoas a se prepararem com sucesso para os desafios da velhice e viver mais anos livres de deficiências. Descobrimos que o autocontrole no início da vida pode ajudar a prepará-los para um envelhecimento saudável”, destacou.



<h2>Autocontrole e segurança financeira</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/08/08014406418001.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



Apesar do autocontrole ser uma característica importante para o envelhecimento, o estudo mostrou que a maior parte das crianças com essas habilidades pessoais costumam vir de famílias financeiramente estáveis. Entretanto, os pesquisadores acreditam que a disparidade social não necessariamente precisa ser um grande fator para o futuro.



Mesmo que as condições de infância não sejam as mesmas para todos, alguns dos adultos participantes do experimento mudaram seus níveis de autocontrole ao envelhecerem e apresentaram melhores condições de saúde do que suas experiências como crianças indicavam.



Dessa forma, o autocontrole é uma habilidade que pode ser ensinada para mais pessoas. Segundo os cientistas, investimentos nesse tipo de treinamento poderiam ajudar no aumento da expectativa e qualidade de vida não só em crianças, mas como em adultos já desenvolvidos.

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Crianças com autocontrole se tornam adultos mais saudáveis

Imagem de Resusci Anne: jovem afogada se tornou famoso manequim de RCP no megacurioso

Milhões de pessoas em todo o mundo foram treinadas em ressuscitação cardiopulmonar com ela

A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é uma técnica de primeiros socorros que combina massagem cardíaca e respiração e é ensinada inicialmente em manequins. Algo que você talvez não saiba é que o primeiro modelo não foi criado aleatoriamente, mas sim com base no rosto de uma adolescente encontrada sem vida no fim do século XIX no rio Sena, em Paris (França).



Não havia sinais de violência em seu corpo, então muitos acreditam que ela cometeu suicídio. De qualquer modo, como a sua identidade nunca foi descoberta, a jovem passou a ser chamada de “a desconhecida do Sena”. 



Segundo o que se sabe, o patologista que realizou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107757-voce-sabe-como-uma-autopsia-e-feita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">autópsia</a> ficou tão intrigado por conta da expressão serena que decidiu providenciar um molde de gesso de seu rosto. Depois disso, a máscara passou a ser replicada e vendida, e o seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mistério</a> se tornou inspiração para vários escritores, poetas e artistas. 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19091538933003.jpg" alt="(Fonte: BMJ/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: BMJ/Reprodução)</figcaption></figure>



Por outro lado, há quem não se convença de que a menina estava morta quando a máscara foi criada. “É surpreendente ver um rosto tão pacífico. Todos que encontramos na água estão inchados, não têm uma boa aparência”, explica Pascal Jacquin, chefe da Brigada Fluvial.



<h2>“A garota mais beijada do mundo”</h2>



Curiosamente, o que levou a famosa máscara a entrar para o mundo médico foi outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44465-10-fatos-sobre-afogamento-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">afogamento</a> — ou quase, na verdade. Em 1955, um fabricante de brinquedos norueguês chamado Asmund Laerdal conseguiu salvar o filho de 2 anos tirando a água dos pulmões do menino.



Pouco tempo depois, ele foi procurado pelos médicos Archer Gordon e Bjorn Lind para produzir um boneco a ser usado em treinamentos de ressuscitação cardiopulmonar. Isso porque, praticando uns nos outros, os alunos corriam o risco de causar dor e fraturas nas costelas.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19092634502004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Asmund não só aceitou o projeto, como também concluiu que seria melhor se o boneco tivesse uma aparência natural, então se lembrou de uma máscara que existia na casa de seus avós — ela mesma, a desconhecida do Sena. 



Resusci Anne foi feita de cloreto de polivinila, um material relativamente novo na época, e tinha dimensões adultas de tamanho real, incluindo tórax flexível e lábios abertos. Com o tempo e a popularização do uso de manequins para treinar a técnica, a jovem francesa ficou conhecida como “a garota mais beijada do mundo”.



A iniciativa e o desenvolvimento funcionaram tanto que a <a href="https://laerdal.com/us/products/simulation-training/resuscitation-training/">empresa de Laerdal</a> mudou o foco para artigos médicos e, desde então, milhões de pessoas foram treinadas no mundo todo com o modelo, que foi se tornando cada vez mais diversificado.

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