Imagem de OMS espera milhões de doses da vacina contra covid-19 neste ano no megacurioso

O setor de produção de vacinas é um território complexo e cheio de incertezas, porém a OMS permanece otimista

<head></head><body>Em declaração à Agência Reuters nesta manhã (18), a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) Soumya Swaminathan afirmou que a agência espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113951-so-noticias-boas-sobre-o-coronavirus.htm">covid-19</a> sejam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114839-vacina-de-oxford-contra-covid-19-tem-cadeias-de-producao-iniciadas.htm">produzidas</a> ainda neste ano, e mais dois bilhões até o final do ano que vem.Segundo a pediatra indiana, a OMS já trabalha com projeções para decidir quem deveria receber as primeiras doses da vacina, tão logo ela seja aprovada.&nbsp;É certo que a prioridade deverá ser dada aos profissionais da linha frente, como médicos e enfermeiros, pessoas mais vulneráveis por causa da idade ou doenças preexistentes, e a quem trabalha ou vive em locais de alta transmissão como prisões e casas de repouso.<h2>Esperança e otimismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18124310196248.jpg" alt="Fonte: OMS/Reprodução">Fonte: OMS/ReproduçãoAfirmando-se muito <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114875-por-que-e-possivel-criar-vacinas-para-um-virus-e-nao-para-outros.htm">esperançosa</a> e otimista, Swaminathan reconhece que a área de desenvolvimento de vacinas é um empreendimento complexo e sujeito a muitas incertezas. Por outra lado, afirma, "o bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira falhar ou se a segunda falhar, não deveríamos perder a esperança ou desistir".Com a expectativa de disponibilização nos próximos meses para prevenção do novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/novidades/">coronavírus</a>, em torno de dez vacinas encontram-se na fase de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114809-tres-vacinas-contra-a-covid-19-ja-estao-na-fase-final-de-testes.htm">testes</a> em seres humanos. Alguns paíse estão fechando acordos bilionários com empresas farmacêuticas para garantir o seu suprimento de doses antes mesmo que as vacinas se revelem eficazes.&nbsp;Swaminathan considera que a expectativa por milhões de doses ainda em 2020 pode ser vista como otimista. Assim como a esperança por até dois bilhões de doses de três diferentes tipos de vacina seja ainda dependente de uma série de condições.A cientista acrescentou que, até o momento atual, os dados de análises genéticas coletados não indicam que o novo coronavírus tenha passado por nenhuma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114401-pesquisadores-debatem-se-mutacao-tornou-coronavirus-mais-contagioso.htm">mutação</a> significativa que pudesse alterar o grau de severidade da doença que causa.</body>

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OMS espera milhões de doses da vacina contra covid-19 neste ano

Imagem de Coronavírus: descarga sem tampa pode contaminar todo o banheiro no megacurioso

Simulação feita em computador revela que a descarga pode levar o vírus contido nas fezes para superfícies do banheiro

Em estudo, um novo modelo computacional revelou que descargas com assentos levantados pode liberar o novo&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a> pelo ambiente. O sistema digest&oacute;rio leva parte do v&iacute;rus para fezes humanas, e descargas com a tampa aberta n&atilde;o s&oacute; suspendem coliformes fecais pelo ambiente, como tamb&eacute;m o Sars-CoV-2.
Foi comprovado que o coronav&iacute;rus n&atilde;o s&oacute; est&aacute; presente pr&oacute;ximo da boca e nariz, como tamb&eacute;m no sistema digest&oacute;rio. Pessoas infectadas podem enfrentar sintomas como diarreia, n&aacute;useas e v&ocirc;mitos quando acometidas pela doen&ccedil;a. Com isso em mente, um modelo computacional demonstrou que banheiros p&uacute;blicos ou compartilhados podem ser ambientes de contamina&ccedil;&atilde;o.
Isso se d&aacute; por um descuido: ao dar descarga sem abaixar a tampa ap&oacute;s a defeca&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m dos coliformes fecais, o novo coronav&iacute;rus pode ser suspenso no ar ou alcan&ccedil;ar superf&iacute;cies do ambiente &mdash; dificultando ainda mais o controle sobre a doen&ccedil;a.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17192906702015.jpg" alt="a" /> <a class="fonte_imagem" href="https://visualhunt.com/f4/photo/7791359312/01985037ee/">&nbsp;VisualHunt&nbsp;</a></figure>
Ao cometer esse descuido, os agentes infecciosos podem ser liberados para mais de 1 metro de dist&acirc;ncia no ar e contaminar outras partes do banheiro &mdash; incluindo escovas de dentes, se n&atilde;o armazenadas devidamente; ma&ccedil;anetas e outros recipientes.
A conclus&atilde;o parte de uma simula&ccedil;&atilde;o com a f&iacute;sica de l&iacute;quidos. At&eacute; o momento, n&atilde;o se sabe a real gravidade dessa descoberta e se banheiros p&uacute;blicos devem ser evitados durante esse per&iacute;odo de pandemia. Se cen&aacute;rios reais comprovarem essa simula&ccedil;&atilde;o, ser&aacute; necess&aacute;rio que os indiv&iacute;duos colaborem e deem descarga devidamente, higienizando as m&atilde;os logo em seguida.
Sendo assim, fam&iacute;lias com banheiro &uacute;nico devem ter cuidado dobrado quando algu&eacute;m for diagnosticado com covid-19. Para Ji-Xiang Wang, um dos coautores do estudo, essa descoberta &eacute; &ldquo;bastante alarmante&rdquo; e admite que ser&aacute; necess&aacute;rio aprofundar o estudo nesse tipo de dispers&atilde;o do v&iacute;rus para entender a dimens&atilde;o desse problema e as chances de contamina&ccedil;&atilde;o em banheiros p&uacute;blicos.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152503-respostas-principais-perguntas-covid-19-mapas-graficos.htm" target="_blank"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/18/legenda-corona-18103356737131.jpg" alt="Legenda Corona" /></a>
Leia tamb&eacute;m:
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<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114869-1-em-cada-5-pessoas-corre-o-risco-de-desenvolver-covid-19-grave.htm" target="_blank" title="1 em cada 5 pessoas corre o risco de desenvolver covid-19 grave">1 a cada 5 pessoas no mundo corre mais riscos com a covid-19, diz estudo</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114868-estudo-comprova-eficacia-da-dexametasona-no-tratamento-da-covid-19.htm" target="_blank" title="Estudo comprova efic&aacute;cia da dexametasona no tratamento da covid-19 ">Dexametasona pode reduzir mortes por covid-19, apontam cientistas</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114834-coronavirus-ataca-tambem-vasos-sanguineos-e-o-cerebro.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus ataca tamb&eacute;m vasos sangu&iacute;neos e o c&eacute;rebro">Coronav&iacute;rus ataca tamb&eacute;m vasos sangu&iacute;neos e o c&eacute;rebro</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114804-afinal-pacientes-assintomaticos-transmitem-o-novo-coronavirus.htm" target="_blank" title="Afinal, pacientes assintom&aacute;ticos transmitem o novo coronav&iacute;rus?">Afinal, pacientes assintom&aacute;ticos transmitem o novo coronav&iacute;rus?</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114776-coronavirus-estudos-calculam-a-eficacia-de-medidas-restritivas.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus: estudos calculam a efic&aacute;cia de medidas restritivas">Coronav&iacute;rus: estudos calculam a efic&aacute;cia de medidas restritivas</a></li>
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<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113957-saude-e-economia-impactos-da-quarentena-no-brasil-segundo-especialistas.htm" target="_blank" title="Sa&uacute;de e Economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas">Sa&uacute;de e economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas</a></li>
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Coronavírus: descarga sem tampa pode contaminar todo o banheiro

Imagem de Transplante de pulmões salva jovem comprometida pela covid-19 no megacurioso

A jovem, que não fazia parte de nenhum dos grupos de risco, precisou do transplante para conseguir sobreviver

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114358-site-preve-datas-para-o-fim-da-pandemia-do-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a> está preocupando médicos e populações de todo o mundo. Tentar manter vivos aqueles que, infelizmente, foram contaminados pelo novo coronavírus e desenvolveram a doença é um dos principais focos existentes. Nessa ideia, uma jovem americana teve sua vida mantida graças a um transplante de pulmões.&nbsp;<h2 class="inserted">O que aconteceu</h2>O caso ocorreu em Chicago, no hospital Northwestern Medicine, e foi necessário para salvar a americana. A paciente, que não teve seu nome divulgado, estava na casa dos 20 anos e era completamente saudável antes da covid-19, ou seja, não fazia parte de nenhum dos grupos de risco.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/16/16184708795243.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A jovem mulher precisou do transplante após passar seis semanas dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, sobrevivendo por meio de respiradores e oxigenação por membrana corporal (que mantém coração e pulmão funcionando). Por conta da situação extremamente grave e da incapacidade de funcionamento dos pulmões, a americana precisou passar por um transplantes e receber um novo par.&nbsp;<h2 class="inserted">Decisão salvadora</h2>A paciente foi a pessoa em estado mais crítico dentro a unidade médica por muitas semanas. Mesmo com os testes para covid-19 apresentando que ela estava curada da doença, seus pulmões acabaram ficando extremamente danificados. Esta questão levou os médicos a buscarem alternativas para, de uma vez por todas, livrar a jovem do sofrimento e dar uma esperança de vida para ela.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/16/16190623327258.jpg" alt="O pulmão removido de dentro da paciente que sobreviveu ao coronavírus. (Fonte: Northwestern Medicine/Divulgação)">O pulmão removido de dentro da paciente que sobreviveu ao coronavírus. (Fonte: Northwestern Medicine/Divulgação)Em comunicado divulgado pelo hospital, a médica Beth Malsin, pneumologista e responsável pelos casos críticos, afirmou que foram semanas de tratamentos emergenciais e cuidados em momentos críticos, que visavam manter todos os órgãos da jovem o mais saudáveis possível enquanto esperavam por pulmões compatíveis para o transplante.&nbsp;<h2 class="inserted">Expectativas pós-transplante</h2>Depois do procedimento, os médicos entendem que a jovem ainda precisará de alguns dias para se recuperar e estão na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113951-so-noticias-boas-sobre-o-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esperança</a> de que, após a troca dos órgãos, seu corpo volte a funcionar normalmente.&nbsp;O caso acende um alerta para a força da doença causada pelo novo coronavírus e para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114246-covid-19-pele-de-medicos-chineses-fica-marrom-apos-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">possíveis sequelas</a> que ela pode deixar. Buscando entender a causa de uma jovem saudável ter sofrido tanto com o Sars-CoV-2, os médicos do Northwestern Medicine divulgaram que o grupo de pesquisa está fazendo uma pesquisa sobre o assunto. </body>

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Transplante de pulmões salva jovem comprometida pela covid-19

Imagem de Algoritmo de rede cerebral pode ajudar no combate à epilepsia no megacurioso

A compreensão das conexões neurais e o estudo dos campos do cérebro podem ser os primeiros passos no importante tratamento de pacientes epilépticos

<head></head><body>Atualmente, o tratamento de pacientes epilépticos é visto com muita cautela pela comunidade médica, já que a impossibilidade de prever, em muitas casos, sua ocorrência, além da discriminação das causas, torna a avaliação ainda mais delicada e sutil mesmo para especialistas da área. Com sintomas irregulares que podem surgir poucos instantes ou, até mesmo, semanas antes de uma crise, a necessidade de investir em estudos e pesquisas surge como algo imprescindível para o combate à epilepsia.Cientistas e pesquisadores do Centro de Neurociência de Sistemas da Universidade de Boston e do Hospital Geral de Massachusetts, então, iniciaram um estudo alternativo aos medicamentos, já que cerca de um terço dos pacientes não respondem com eficácia à utilização de remédios, e à cirurgia de resseção, que consiste na remoção de uma seção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114752-como-vive-um-homem-quase-sem-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecido cerebral</a> para corrigir as convulsões.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17092939441065.jpeg" alt="(Fonte: Epilepsy Foundation Ohio/Reprodução)">(Fonte: Epilepsy Foundation Ohio/Reprodução)O novo projeto de combate à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112259-4-doencas-que-marcaram-a-vida-de-personalidades-historicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crise epiléptica</a> tem como base a análise e o conhecimento do funcionamento da rede cerebral humana, onde todos os dados de conexões e mapeamento da atividade neurológica serão extraídos para facilitar o entendimento das áreas do cérebro e o comportamento de como suas comunicações são estabelecidas, assim como ocorre seu trabalho coletivo na determinação e no padrão das crises epilépticas.<h2>A tecnologia favorecendo a biologia</h2>Diversos pesquisadores das áreas clínicas e da análise de dados se uniram, então, para tentar desmembrar as informações retidas no cérebro através da utilização de eletrodos, processo realizado em procedimentos pré-cirúrgicos de resseção, quando cerca de 80 eletrodos são instalados no cérebro do paciente para detectar o comportamento cerebral local.“Criamos uma metodologia que nos ajudou a extrair o que chamamos de 'comunidades dinâmicas' desses dados”, disse Eric Kolaczyk, diretor do Rafik B. Hariri Instituto de Computação e Ciência e Engenharia da Computação. “Isso, por sua vez, permite visualizar e analisar como essas redes mudam ao longo do tempo. A epilepsia é tradicionalmente considerada um evento em que o cérebro trava e todas as regiões estão trabalhando juntas. Descobrimos que há um processo mais matizado.”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17093429597072.jpg" alt="(Fonte: University of California San Francisco">(Fonte: University of California San FranciscoDessa forma, cada eletrodo é responsável por mapear a região cerebral a qual está relacionado, podendo rastrear padrões de comunicação através de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114836-novo-algoritmo-tenta-conferir-veracidade-de-orgasmos-femininos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algoritmo</a> especializado, em uma tarefa complexa de mapeamento onde sequências de até 80.000 redes podem ser encontradas em 24 horas de exames.&nbsp;A "comunidade dinâmica", então, poderá surgir como um dos grandes determinantes para o tratamento de crises epilépticas e para sua consequente prevenção.</body>

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Algoritmo de rede cerebral pode ajudar no combate à epilepsia

Imagem de Por que é possível criar vacinas para um vírus e não para outros? no megacurioso

Extremamente adaptados e funcionando de diversas formas no organismo, os vírus ainda são uma misteriosa barreira a ser combatida, provando-se cada vez mais resistentes e evoluídos

<head></head><body>Conhecida como uma das invenções mais importantes da humanidade, a vacina foi responsável por colaborar imensuravelmente com a evolução humana, adaptando os indivíduos e comunidades a sobreviver em situações adversas e fortalecendo o organismo no combate às doenças e máculas.&nbsp;Porém, da mesma forma que a vacinação surge como uma atividade essencial para a manutenção da saúde das populações, os agentes a serem eliminados, os micro-organismos, continuam surgindo cada vez mais adaptados, sem dar descanso à comunidade científica que tanto pesquisa e estuda para continuar evitando que crises em escalas destrutíveis voltem a assolar o planeta.A <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154230-dexametasona-reduzir-mortes-covid-19-apontam-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crise pandêmica</a> do coronavírus, então, reacendeu a discussão sobre a importância da vacina e seu processo de fabricação, colocando em xeque o meio científico especialmente por conta da demora no aparecimento de um antiviral eficaz, já que há meses é possível observar um esforço coletivo para contornar o surto, mas sem sucesso mesmo com toda a tecnologia e os recursos disponíveis para o avanço dos estudos.<h2 dir="ltr">O quê está faltando para surgir uma vacina anticovid-19?</h2>Fabricar uma vacina é um processo longo e de altíssimo custo. Identificar a doença ou a presença de sintomas em uma amostra populacional não é o mesmo que trabalhar em cima de anticorpos ou de agentes preventivos de combate para o organismo, conceituando rotinas complementares e essenciais para a compreensão do funcionamento do vírus e sendo o primeiro passo para o início das pesquisas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17105058920155.jpg" alt="(Fonte: AP Photo/Reprodução)">(Fonte: AP Photo/Reprodução)Apesar do novo coronavírus atingir o planeta e continuar fazendo um estrago desde dezembro de 2019 e mesmo antes, já que uma outra modalidade da doença, mais transmissível do que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113864-covid-19-e-mais-letal-que-h1n1-apontam-estatisticas-da-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">H1N1</a>, foi identificada durante 2009 e 2011, a limitação de recursos e a extrema competitividade para a fabricação de um antiviral eficaz contra a doença ainda colocam as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114539-covid-19-paises-querem-que-a-futura-vacina-seja-um-bem-publico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais de 130 vacinas</a> em produção em seus estágios iniciais, sendo testadas em animais e em um grupo pequeno de voluntários, mas sem resultados conclusivos para serem lançadas ao mercado.Diversos estágios pré-clínicos, baterias de testes em grupos de voluntários, detecção de doses efetivas, administração das vacinas e um enorme processo burocrático, porém necessário, já que a questão principal é a segurança e a proteção da vida humana, são apenas os primeiros passos para um projeto de custos imensos na casa dos bilhões de dólares, que certamente barram a aprovação acelerada de medicamentos e tornam o tempo algo ainda mais precioso.<h2 dir="ltr">Mas por que, então, o coronavírus de 2009 foi combatido e, mesmo assim, há tanta demora em relação ao de 2019/2020?&nbsp;</h2>A resposta pode ser mais simples do que se pensa: o vírus. Habitantes silenciosos das células humanas, os micro-organismos são, atualmente, a maior ameaça para o corpo, com potencial mortal em diversos casos e exigindo um esforço tremendo para serem combatidos. Enquanto sofremos fisicamente, o sistema imunológico parte em uma interminável caçada aos pequenos inimigos, que se espalham pelo corpo e se replicam, tornando a detecção muito mais complicada.Porém, os vírus possuem uma tendência natural a possuir outros dentro deles, abrindo portas para o surgimento de diversas variações que, para a comunidade científica, demandaria muito mais tempo e custo para serem eliminados, já que criar vacinas para cada especificidade viral e a cada momento em que surgem não seria algo nem um pouco prático.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17105158545156.jpg" alt="(Fonte: AP Photo/Reprodução)">(Fonte: AP Photo/Reprodução)Como uma árvore genealógica humana, os vírus também possuem um ancestral em comum, especialmente se são da mesma natureza, como os da gripe. Porém, com sua evolução e adaptação, explorar pesquisas para identificar uma semelhança entre os vírus contra os quais já existem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114840-coronavirus-3-cepas-do-virus-sao-as-principais-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> e os que ainda não são plenamente extermináveis torna-se uma atividade muito mais difícil, principalmente se limitada por recursos financeiros, pessoais e de tempo.<h2 dir="ltr">Existe esperança para o fim do coronavírus?</h2>Apesar do esforço insuficiente e do sigilo atual de diversas instituições ao competirem entre si para uma questão que envolve toda a coletividade e, logicamente, deveria ser um propósito em comum, a corrida certamente alavancará a excelência em fabricar uma vacina eficaz e de longa duração, já que a população está sabendo aceitar os imensos investimentos de recursos que estão sendo levantados para a confecção dos antivirais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17105326561157.jpg" alt="(Fonte: Ajeng Dinar Ulfiana/Reprodução)">(Fonte: Ajeng Dinar Ulfiana/Reprodução)Os primeiros resultados dos esforços de pesquisadores e cientistas já estão começando a surgir de maneira surpreendentemente rápida, apesar da urgência de uma solução, já que a pandemia está com números arrasadores em todo o planeta, deixar os cidadãos cada vez mais ansiosos ao ponto de acreditar que nada está sendo feito para combater a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114861-assintomaticos-podem-chegar-a-45-dos-casos-totais-de-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>.Mas será mesmo que nada está sendo realizado? Será que todo o investimento voltado para o futuro e para uma provável resolução definitiva da crise já não está dando resultados positivos? Talvez seja uma questão de ponto de vista, mas que vale a reflexão.</body>

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Por que é possível criar vacinas para um vírus e não para outros?

Imagem de 1 em cada 5 pessoas corre o risco de desenvolver covid-19 grave no megacurioso

De acordo com o peinel da Johns Hopkins University, já são mais de 8 milhões de infectados e mais de 440 mil mortos no mundo todo

Cerca de 1,7 bilh&atilde;o de pessoas no mundo podem desenvolver <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113819-virus-alienigena-e-arma-biologica-as-teorias-conspiratorias-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> grave se infectadas pelo novo coronav&iacute;rus, concluiu um estudo publicado nesta segunda-feira (15/06) pela revista cient&iacute;fica The Lancet. De acordo com o estudo, condi&ccedil;&otilde;es como idade e pobreza e outras doen&ccedil;as podem resultar em uma covid-19 mais grave.
J&aacute; um outro estudo, publicado nesta mesma segunda-feira (15/06) na revista Morbidity and Mortality Weekly Report, concluiu que a taxa de hospitaliza&ccedil;&otilde;es de pacientes com covid-19 pode ser at&eacute; seis vezes maior em caso de pacientes com doen&ccedil;as card&iacute;acas, diabetes e doen&ccedil;as pulmonares cr&ocirc;nicas. &nbsp;
Para o estudo da The Lancet, os pesquisadores analisaram bancos de dados de 188 pa&iacute;ses que participaram de um outro estudo de 2017 sobre cargas globais de doen&ccedil;as, les&otilde;es e fatores de risco, al&eacute;m de dados de uma proje&ccedil;&atilde;o populacional para 2020 da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114539-covid-19-paises-querem-que-a-futura-vacina-seja-um-bem-publico.htm" target="_blank" title="Covid-19: pa&iacute;ses querem que a futura vacina seja um bem p&uacute;blico">Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas</a> (ONU).
O estudo dividiu as condi&ccedil;&otilde;es que influenciam em uma covid-19 mais grave em 11 categorias de doen&ccedil;as: cardiovascular; renal cr&ocirc;nica; respirat&oacute;ria cr&ocirc;nica; hep&aacute;tica cr&ocirc;nica; diabetes; c&acirc;nceres com imunossupress&atilde;o direta; c&acirc;nceres sem imunossupress&atilde;o direta, mas com poss&iacute;vel imunossupress&atilde;o do tratamento; AIDS; tuberculose; dist&uacute;rbios neurol&oacute;gicos cr&ocirc;nicos e dist&uacute;rbios das c&eacute;lulas falciformes.
<h2 dir="ltr">Os resultados</h2>
De acordo com o estudo, 22% da popula&ccedil;&atilde;o mundial tem pelo menos uma dessas condi&ccedil;&otilde;es que os coloca em risco de desenvolver covid-19 grave. Somente 5% das pessoas com menos de 20 anos relataram possuir pelo menos uma dessas doen&ccedil;as. J&aacute; com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s pessoas com mais de 70 anos, 66% possuem pelo menos uma dessas doen&ccedil;as.
Outro dado publicado no estudo &eacute; que 1 em cada 25 pessoas (cerca de 349 milh&otilde;es) no mundo podem contrair covid-19 severa, que exige hospitaliza&ccedil;&atilde;o imediata. Para os autores, pa&iacute;ses com popula&ccedil;&otilde;es mais velhas, pa&iacute;ses com altas taxas de AIDS (HIV) e pequenas ilhas com altas taxas de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114716-veneno-de-caracol-marinho-pode-ser-eficaz-no-combate-a-diabetes.htm" target="_blank" title="Veneno de caracol marinho pode ser eficaz no combate a diabetes">diabetes</a> correm maior risco de infec&ccedil;&atilde;o grave.
No entanto, os autores lembram que os dados publicados s&atilde;o estimativas e por isso, podem ser incertas, j&aacute; que se concentram principalmente nas condi&ccedil;&otilde;es das doen&ccedil;as descritas e n&atilde;o em outros fatores de risco. "Nossas estimativas s&atilde;o incertas e se concentram nas condi&ccedil;&otilde;es subjacentes, n&atilde;o em outros fatores de risco, mas fornecem um ponto de partida para considerar o n&uacute;mero de indiv&iacute;duos que podem precisar ser protegidos ou vacinados &agrave; medida que a pandemia global se desdobra", escrevem.

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1 em cada 5 pessoas corre o risco de desenvolver covid-19 grave

Imagem de No meio da Antártida, Leonid Rogozov operou a si mesmo no megacurioso

Em 1961, sob as piores condições, o jovem médico enfrentou a morte em uma autocirurgia para a remoção do apêndice inflamado

Na medicina, a cirurgia &eacute; um dos procedimentos mais complexos e delicados tanto para o m&eacute;dico quanto para o paciente; ambos t&ecirc;m que lidar com as margens de erros, o imprevis&iacute;vel e a tens&atilde;o de estar sob o bisturi ou empunhando um. Uma equipe muito capacitada enche a sala de opera&ccedil;&atilde;o, para que o processo seja o mais assertivo e seguro poss&iacute;vel.
E quando falamos de situa&ccedil;&otilde;es extremas em que a sobreviv&ecirc;ncia depende de uma cirurgia emergencial, mas n&atilde;o h&aacute; tempo de chegar a um hospital? A morte &eacute; a resposta mais &oacute;bvia, por&eacute;m alguns n&atilde;o se conformam com ela.
Em 2000, em um remoto vilarejo mexicano onde o acesso a assist&ecirc;ncia m&eacute;dica levava 8 horas de carro, uma mulher de 40 anos de idade teve que fazer a pr&oacute;pria cesariana depois de horas de trabalho de parto improdutivo. Ela usou uma faca de cozinha para abrir o seu abd&ocirc;men, valendo-se de suas habilidades de anos realizando o abate de animais. O procedimento levou 1 hora; ela foi costurada por uma enfermeira local e depois levada para o hospital, do qual recebeu alta ap&oacute;s 10 dias de recupera&ccedil;&atilde;o.
Esse foi um caso cl&aacute;ssico de <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/39934-4-pessoas-que-fizeram-as-melhores-autocirurgias-de-todos-os-tempos.htm" target="_blank" title="4 pessoas que fizeram as melhores autocirurgias de todos os tempos">autocirurgia</a>, um raro tipo de a&ccedil;&atilde;o conduzida por momentos igualmente incomuns. O russo Leonid Rogozov foi al&eacute;m, sendo o primeiro a fazer isso sob circunst&acirc;ncias extremas e em um ambiente medicamente desamparado.
<h2>Abandonado no inverno</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05195016852179.jpg" alt="(Fonte: Teletype/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Teletype/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Em 1960, em meio &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114038-residuos-da-guerra-fria-ajudam-a-descobrir-idade-de-tubaroes-baleia.htm" target="_blank" title="Res&iacute;duos da Guerra Fria ajudam a descobrir idade de tubar&otilde;es-baleia">Guerra Fria</a>, a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica organizou a sexta expedi&ccedil;&atilde;o de cientistas &agrave; Ant&aacute;rtida, para que constru&iacute;ssem uma base de pesquisa em Schirmacher Oasis, regi&atilde;o oriental do continente. Entre os 12 profissionais estava o jovem Rogozov, com apenas 27 anos de idade, o &uacute;nico m&eacute;dico do time. Especializado em medicina familiar e cuidados da comunidade, ele era considerado promissor e brilhante para a idade, por isso foi um dos recrutados para a miss&atilde;o que duraria cerca de 1 ano.
Sob o frio cruel, a viagem at&eacute; a base sovi&eacute;tica Novolazarevskaya durou quase 6 dias. Em meados de fevereiro de 1961, ap&oacute;s um longo trabalho, o espa&ccedil;o ficou pronto, e o grupo de profissionais permaneceu l&aacute; at&eacute; que no in&iacute;cio da primavera um navio ou avi&atilde;o pudesse resgat&aacute;-los daquele mundo invernal.
<h2>Destino selado</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05195236633181.jpg" alt="(Fonte: Terra/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Terra/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O tempo frio causou um cansa&ccedil;o repentino em Rogozov, com fraqueza, ondas de enjoo e febre. Poderia ser um resfriado ou algo parecido, mas a forte dor no lado direito do abd&ocirc;men deixou claro para o m&eacute;dico que eram sintomas de uma apendicite aguda. Na manh&atilde; de 29 de abril de 1961, ele acordou com uma febre muito alta, suando frio e sofrendo com as dores na regi&atilde;o extremamente inchada. Ele precisava de uma cirurgia de emerg&ecirc;ncia, mas era imposs&iacute;vel, pois n&atilde;o tinha como ir at&eacute; um hospital.
Com todos muito preocupados com o seu estado cr&iacute;tico, Rogozov tomou a decis&atilde;o de que faria uma autocirurgia na noite seguinte. N&atilde;o foi uma escolha f&aacute;cil, mas ele sabia que cedo ou tarde o seu ap&ecirc;ndice poderia estourar e lev&aacute;-lo &agrave; morte. No mundo civilizado, era s&oacute; uma opera&ccedil;&atilde;o rotineira com a qual ele j&aacute; estava acostumado, por&eacute;m as circunst&acirc;ncias eram diferentes; ele estava em meio ao inverno polar e sem estrutura alguma.
O cirurgi&atilde;o teria que abrir sozinho o pr&oacute;prio abd&ocirc;men para retirar a por&ccedil;&atilde;o inflamada. E ele sequer sabia se seria humanamente poss&iacute;vel. De qualquer forma, ele morreria se n&atilde;o fizesse tanto quanto morreria se falhasse.
Os outros profissionais fizeram de tudo para melhorar a situa&ccedil;&atilde;o de Rogozov, mas os sintomas s&oacute; pioravam. Eles tentaram buscar ajuda entrando em contato com equipes de pesquisadores de outras bases na Ant&aacute;rtida, por&eacute;m a crescente tempestade impediu a comunica&ccedil;&atilde;o. No fim do dia, o destino de Rogozov j&aacute; parecia estar selado.
<h2>O corte frio</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05195636727182.jpg" alt="(Fonte: Quora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Quora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Na noite de 30 de abril, com a ajuda de um engenheiro mec&acirc;nico e um meteorologista que serviram como instrumentistas, o m&eacute;dico deu in&iacute;cio &agrave; cirurgia. Os demais membros do time foram instru&iacute;dos sobre o que fazer se ele perdesse a consci&ecirc;ncia, como injetar adrenalina e realizar ventila&ccedil;&atilde;o artificial.
Para manter a cabe&ccedil;a o mais clara poss&iacute;vel, ele teve que aplicar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113848-a-era-da-dor-como-eram-feitas-as-cirurgias-no-seculo-xix.htm" target="_blank" title="A era da dor: como eram feitas as cirurgias no s&eacute;culo XIX">anestesia local</a>, ent&atilde;o a remo&ccedil;&atilde;o do ap&ecirc;ndice deveria ser feita sob a pura dor. "Eu estava com medo, mas, quando peguei a agulha com a novoca&iacute;na e dei a primeira inje&ccedil;&atilde;o, de alguma forma mudei para o modo opera&ccedil;&atilde;o e, a partir daquele momento, n&atilde;o notei mais nada", escreveu Rogozov para um jornal da &eacute;poca.
Com um espelho posicionado na altura da barriga e uma l&acirc;mpada pairando sobre o local, ele aplicou a anestesia e abriu uma incis&atilde;o de 12 cent&iacute;metros apenas para come&ccedil;ar. Em sua mente, ele tinha o fantasma de Werner Forssmann e Evan O'Neill Kane, os primeiros a realizarem a pr&oacute;pria cirurgia, por&eacute;m em um ambiente controlado. Ali, ele n&atilde;o tinha nada, tampouco chances.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/05/05200056165184.jpg" alt="(Fonte: Atchuup/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><figcaption style="text-align: center;">(Fonte: Atchuup/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Guiando-se pelo toque, Rogozov moveu o intestino para chegar ao ap&ecirc;ndice, por&eacute;m, com a imagem invertida do espelho, ele cortou o intestino inferior, tendo que sutur&aacute;-lo. Em 30 minutos de procedimento, ele desmaiou, ent&atilde;o optou por fazer pausas a cada 5 minutos para descansar por 25 segundos. O cirurgi&atilde;o chegou ao&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109316-segundo-novo-estudo-tratamento-para-apendicite-nao-precisa-ser-cirurgico.htm" target="_blank" title="Segundo novo estudo, tratamento para apendicite n&atilde;o precisa ser cir&uacute;rgico">ap&ecirc;ndice inflamado</a> e descobriu pela apar&ecirc;ncia que, se tivesse demorado mais 1 dia, ele teria fatalmente rompido.
Ap&oacute;s 1 hora e 45 minutos, Rogozov terminou com maestria a autocirurgia em um ambiente impr&oacute;prio e contra todas as possibilidades. Em 5 dias, a sua temperatura voltou ao normal e os pontos da incis&atilde;o foram removidos. Ele se tornou mundialmente famoso pelo feito e at&eacute; hoje os instrumentos que usou na opera&ccedil;&atilde;o est&atilde;o expostos no Museu do &Aacute;rtico e do Ant&aacute;rtico, em S&atilde;o Petersburgo (R&uacute;ssia).
O m&eacute;dico n&atilde;o s&oacute; rendeu um relato hist&oacute;rico memor&aacute;vel como tamb&eacute;m foi fundamental para o estudo de altera&ccedil;&otilde;es na vis&atilde;o cl&iacute;nica de uma cirurgia e na administra&ccedil;&atilde;o de anestesias.

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No meio da Antártida, Leonid Rogozov operou a si mesmo

Imagem de Chinês ganha mais de 100 kg durante a quarentena no megacurioso

Em pouco mais de cinco meses de lockdown, o cidadão de Wuhan, epicentro inicial do coronavírus, já pesa mais de 270 quilos

Em pouco mais de cinco meses de lockdown na cidade de Wuhan, local onde se iniciou, em dezembro de 2019, o surto de coronav&iacute;rus, um cidad&atilde;o, identificado apenas como Zhou, registrou um aumento de mais de 100 quilos em massa corp&oacute;rea. Segundo noticiado, o isolamento social e o fechamento de diversos estabelecimentos comerciais mostraram-se extremamente prejudiciais ao homem, que aparentemente levava uma vida normal e mais saud&aacute;vel antes da pandemia.
Tal condi&ccedil;&atilde;o o fez ser levado &agrave;s pressas para ser internado, por&eacute;m suas condi&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas foram justificativas para a recusa de v&aacute;rios hospitais em trat&aacute;-lo, alegando que o excesso de peso tornava-o incapaz de realizar uma cirurgia de redu&ccedil;&atilde;o de est&ocirc;mago. O drama, ent&atilde;o, foi vivenciado at&eacute; o dia primeiro de junho, quando o Hospital Central da Universidade do Sul de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114708-coronavirus-6-perguntas-que-ainda-intrigam-os-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Wuhan</a> o aceitou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/15/15150730004220.jpg" alt="(Fonte: Weibo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weibo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A a&ccedil;&atilde;o movimentou um grande contingente de m&eacute;dicos e enfermeiros locais, que encontraram grandes dificuldades para transportar o paciente ap&oacute;s reclama&ccedil;&otilde;es que estava sem conseguir dormir por dois dias seguidos, em detrimento da dificuldade de conforto e das incessantes dores geradas pela grande sobrecarga de peso. Ap&oacute;s ser conduzido &agrave; UTI, sintomas de quadros de insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca e disfun&ccedil;&atilde;o respirat&oacute;ria foram detectados por&eacute;m, sem condi&ccedil;&otilde;es de realizarem cirurgias ou outros exames, os m&eacute;dicos o mantiveram em observa&ccedil;&atilde;o por quase duas semanas.
Ainda internado, por&eacute;m sem riscos de morte, &eacute; esperado que, nos pr&oacute;ximos tr&ecirc;s meses, Zhou perca um m&iacute;nimo de 22,5 quilos para que, somente assim, um tratamento de desvio g&aacute;strico ou uma redu&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114810-enguias-escapam-do-estomago-de-predadores-destruindo-os-por-dentro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">est&ocirc;mago</a> possam ser realizados sem complicar ainda mais a fr&aacute;gil sa&uacute;de do chin&ecirc;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/15/15150859160221.jpg" alt="(Fonte: Weibo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Weibo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
"S&oacute; espero que, ajustando a dieta, o repouso e outros m&eacute;todos, ele (peso corporal) possa reduzir mais de 22,5 quilos em tr&ecirc;s meses, para que o risco de cirurgia seja bastante reduzido", esclareceu o m&eacute;dico especialista&nbsp;Li Zhen, diretor da ala de Cirurgia Metab&oacute;lica e Obesidade do Hospital Central da Universidade do Sul de Wuhan.
<h2>O homem mais pesado de Wuhan</h2>
Pesando pouco mais de&nbsp;280 quilos, Zhou &eacute; considerado o homem mais pesado de Wuhan. Com apenas 26 anos, o chin&ecirc;s chegou a pesar algo pr&oacute;ximo a 80 kg pouco antes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114813-cientista-explica-por-que-o-tempo-passa-mais-devagar-na-quarentena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epidemia</a>, por&eacute;m o isolamento opcional (decidido por ele pr&oacute;prio antes do lockdown e depois da flexibiliza&ccedil;&atilde;o) e o decretado por lei o mantiveram confinado em casa, ambiente que mostrou-se primordial para o impressionante e r&aacute;pido aumento de sua massa corp&oacute;rea.

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Chinês ganha mais de 100 kg durante a quarentena

Imagem de Estudo comprova eficácia da dexametasona no tratamento da covid-19  no megacurioso

Pesquisadores da Universidade de Oxford explicaram como foi realizado o estudo clínico com um medicamento utilizado desde os anos 1960

Segundo notícia divulgada na BBC nesta terça-feira (16), pesquisadores britânicos afirmaram ter encontrado a primeira droga capaz de reduzir a incidência de mortes pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114861-assintomaticos-podem-chegar-a-45-dos-casos-totais-de-covid-19.htm">covid-19</a>. Resultados obtidos hoje na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114839-vacina-de-oxford-contra-covid-19-tem-cadeias-de-producao-iniciadas.htm">Universidade de Oxford</a> confirmaram uma redução de um terço das mortes em pacientes com baixas taxas de oxigênio no sangue, aos quais foi administrado o corticoide dexametasona.O estudo foi realizado por pesquisadores da universidade britânica com recursos da iniciativa do projeto RECOVERY, uma campanha nacional de ensaios clínicos que examina a eficácia de vários medicamentos disponíveis no mercado quando usados no tratamento da covid-19. &nbsp;<h2>O estudo com a dexametasona</h2>Numa declaração divulgada à imprensa, os principais pesquisadores Peter Horby e Martin Landray explicaram como foi realizado o estudo aleatório com a dexametasona.&nbsp;Conforme o texto, de 6425 pacientes hospitalizados com sintomas de coronavírus, 2104 receberam a referida medicação esteroide barata, utilizada desde a década de 1960 no tratamento da artrite reumatoide e asma. O medicamento foi administrado via oral ou intravenosa em doses diárias de 6 mg. Os 4321 pacientes restantes receberam o cuidado padrão.No caso de pacientes que já se encontravam em respiradores, a dexametasona reduziu o risco de morte de 40 para 28%. Para aqueles que necessitavam de suporte de oxigênio, a redução foi de 25 para 20%. Para cada oito pacientes em respiradores uma vida poderia ser salva apenas com o uso da dexmetasona. Nos submetidos ao tratamento com oxigênio, um em cada 25 poderia ser salvo.O sucesso do tratamento deve-se à característica <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113793-shot-de-imunidade-nao-combate-o-coronavirus.htm">anti-inflamatória</a> dos corticoides. Quando a covid-19 faz com que o sistema imunológico entre em ação, muitas vezes essa reação pode ser muito intensa e ter um efeito contrário, levando o paciente a óbito.<h2>Utilização no sistema de saúde</h2>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114839-vacina-de-oxford-contra-covid-19-tem-cadeias-de-producao-iniciadas.htm">Reino Unido</a> anunciou que disponibilizará dexametasona para todos os pacientes. &nbsp;O Ministro da Saúde britânico Matt Hancock afirmou: "Estamos trabalhando com o Serviço Nacional de Saúde para que o tratamento padrão contra a covid-19 inclua a dexametasona a partir desta tarde".A dexametasona ainda não conta com a aprovação da OMS (Organização Mundial da Saúde).&nbsp;

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Estudo comprova eficácia da dexametasona no tratamento da covid-19 

Imagem de Assintomáticos podem chegar a 45% dos casos totais de covid-19 no megacurioso

Em alguns casos, a ausência de sintomas em contaminados pode ser mais prejudicial do que em pessoas sintomáticas

<head></head><body>Publicado no início do mês de junho no site Annals of Internal Medicine, um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Scripps, nos Estados Unidos, indica que casos assintomáticos podem chegar até 45% do total de contaminados pelo novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114779-conheca-a-unica-brasileira-da-equipe-de-vacina-contra-covid-19-da-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a>. A estimativa, que coloca a ausência de sintomas em uma margem de 40% a 45% em todos os casos confirmados de presença do vírus, surgiu após a análise de outras 16 pesquisas da área, incluindo publicações dos sites PubMed, bioRxiv&nbsp;e medRxiv.Apesar de basear-se em dados especulativos, já que o pleno controle de testes e a ampla realização de exames em toda a população não é uma tarefa simples ou comum, a pesquisa surge como um alerta sobre a relevância dos testes de covid-19, assim como um reforço dos riscos existentes com a alta proporção de contaminados assintomáticos, já que podem transmitir o vírus da mesma forma que os que apresentam sintomas, segundo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154044-pacientes-assintomaticos-transmitem-novo-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atualização da Organização Mundial da Saúde</a>, porém sem seu conhecimento."A disseminação silenciosa do vírus torna ainda mais difícil o controle", disse Eric Topol, um dos pesquisadores e diretor do Instituto Translacional de Pesquisa Scripps. "Nossa análise realmente destaca a importância dos testes. É claro que, com uma taxa assintomática tão alta, precisamos lançar uma rede muito ampla, caso contrário, o vírus continuará nos escapando."<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/16/16140258876019.jpg" alt="(Fonte: Reuters/Reprodução)">(Fonte: Reuters/Reprodução)O tom de preocupação também é evidente no comunicado da equipe médica do instituto, que acredita que, em assintomáticos, a carga viral pode ser carregada por mais tempo, algo em torno de duas semanas, e podem chegar a possuir a mesma potência dos vírus que habitam organismos de pacientes em estado grave.&nbsp;"Desde fevereiro de 2020, há relatos de pessoas infectadas com SARS-CoV-2, mas que não desenvolveram sintomas de covid-19. Em alguns casos, a carga viral dessas pessoas assintomáticas tem sido igual à das pessoas sintomáticas, sugerindo potencial semelhante de transmissão viral", esclareceu o pesquisador.Mesmo com muitas dúvidas ainda existentes sobre o funcionamento do vírus em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114804-afinal-pacientes-assintomaticos-transmitem-o-novo-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casos assintomáticos</a>, tanto em relação à transmissão quanto em seu real impacto no organismo dos contaminados, exames já chegaram a comprovar que a permanência do vírus, durante o período de latência, pode trazer complicações respiratórias, atingindo os pulmões e prejudicando-os a longo ou curto prazo.</body>

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